Carlos Eduardo Barbosa Viotto Modelagem Elétrica de Ambiente Residencial Visando a Testabilidade de Smart Grids Santo André 2014 i Universidade Federal do ABC Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Carlos Eduardo Barbosa Viotto Modelagem Elétrica de Ambiente Residencial Visando a Testabilidade de Smart Grids Dissertação apresentada à Pós-Graduação em Engenharia Elétrica como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do tı́tulo de Mestre em Engenharia Elétrica. Área de concentração: Sistemas de Energia Elétrica. Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Capovilla Santo André 2014 iii Este exemplar foi revisado e alterado em relação à versão original, de acordo com as observações levantadas pela banca no dia da defesa, sob responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador. Santo André, ____de _______________ de 20___. Assinatura do autor: _____________________________________ Assinatura do orientador: _________________________________ Dedico este trabalho à minha noiva Thaı́s, meus pais Lourdes e Edenilson e meu irmão Vinicius. Seu apoio e compreensão ao longo desta jornada foram fundamentais para que encontrasse força e inspiração. vi Agradecimentos Agradeço, ao Prof. Dr. Carlos Eduardo Capovilla pelo aceite de orientação, pelo ótimo acompanhamento e pelas valorosas dicas sobre a maneira como direcionar este trabalho; à UFABC pela infraestrutura fornecida para o desenvolvimento do trabalho; à CAS Tecnologia S/A pelo empréstimo de equipamentos necessários a uma das etapas de modelagem de cargas; ao amigo David Pereira Barbosa pelo auxı́lio na criação do arquivo executável para instalação da biblioteca gerada por este trabalho. vii “Onde não falta vontade existe sempre um caminho.” John Ronald Reuel Tolkien viii Resumo Este trabalho acadêmico apresenta a modelagem elétrica de um ambiente residencial e a disponibiliza como infraestrutura necessária para pesquisas futuras na área de redes inteligentes domésticas (Home Smart Grids). Tais modelos são disponbilizados em um formato de arquivo de biblioteca do ambiente de simulação MatLab/Simulink. Para atingir este objetivo, é realizada a modelagem teórica e experimental de diversos aparelhos domésticos e cabos elétricos. Dois modelos de medidores de energia inteligentes são desenvolvidos, que podem ser conectados a qualquer ponto da instalação elétrica residencial. Um modelo de residência com seu respectivo diagrama unifilar da instalação elétrica é apresentado, permitindo execução de simulações de seu funcionamento completo. Palavras-chave: Redes inteligentes residenciais. Modelagem de cargas elétricas residenciais. Consumo de aparelhos domésticos. Modelagem de Cabos. Medição Inteligente. ix Abstract This academic work presents the electric modeling of a residential wiring and makes it available as a necessary infrastructure for future researches about Home Smart Grids. The models are available in a MatLab/Simulink simulation environment library format. In order to achieve this objective, both theoretical and experimental modeling is performed for many electric loads (home appliances) and cables. Two kinds of electric smart meters are also developed, which can be connected at any point of the residential wiring. A residence model with its wiring diagram is presented, allowing the simulation execution of a full residence operation. Key-words: Home Smart Grids. Residential load modeling. Home appliances power consumption. Cable modeling. Smart Metering. x Lista de Figuras 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 2.11 2.12 2.13 Circuito equivalente para aparelhos baseados em fontes chaveadas Formas de onda para modelagem de cargas por fontes chaveadas . Modelo ZIP Simulink . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fluxograma para modelagem ZIP em ambiente Simulink . . . . . Circuito RL série para o modelo de cargas #3 . . . . . . . . . . . Imagens do ensaio com um forno de microondas . . . . . . . . . . Modelo ZIP para um ferro de passar a seco . . . . . . . . . . . . . Modelo ZIP para um aspirador de pó . . . . . . . . . . . . . . . . Modelo ZIP para computador portátil (Notebook ) . . . . . . . . . Imagens do ensaio com uma máquina de lavar . . . . . . . . . . . Modelo ZIP para um refrigerador . . . . . . . . . . . . . . . . . . Modelo ZIP para um aparelho de ar condicionado . . . . . . . . . Modelo ZIP para um chuveiro elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10 16 19 21 25 26 26 27 28 29 30 31 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9 3.10 3.11 3.12 Modelo RLC para representação de linha de transmissão bifilar Modelo RLC para representação de cabos . . . . . . . . . . . . Medição de resistência para modelagem de cabo . . . . . . . . . Medição de indutância para modelagem de cabo . . . . . . . . . Medição de capacitância para modelagem de cabo . . . . . . . . Imagens das medições dos parâmetros dos cabos . . . . . . . . . Modelo de cabos paralelos RL série . . . . . . . . . . . . . . . . Forma de onda de tensão para uma função senoidal de 60Hz . . Fluxograma do algoritmo de medição de energia . . . . . . . . . Modelo de Medidor de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . Modelo de Medidor de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . Modelo de Medidor de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 36 39 39 40 41 44 47 48 49 51 52 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 Planta de apartamento de 60m2 e diagrama unifilar da instalação elétrica Legenda do Diagrama Unifilar da instalação elétrica . . . . . . . . . . . . Diagrama Unifilar dos circuitos 1, 2, 4 e 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . Diagrama Unifilar dos circuitos 3 e 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diagrama Unifilar dos circuitos 5, 8, 9, 11 e 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 55 56 56 57 xi . . . . . . . . . . . . 4.6 4.7 4.8 4.9 4.10 4.11 4.12 4.13 4.14 4.15 4.16 4.17 4.18 4.19 4.20 4.21 4.22 4.23 4.24 4.25 4.26 4.27 4.28 4.29 4.30 4.31 4.32 4.33 4.34 4.35 4.36 4.37 4.38 4.39 4.40 Componentes básicos para o inı́cio da simulação . . . . . . . . Medidor conectado ao ponto TV - Dormitório 1 e suas cargas Dados de consumo - Medidor Totalizador . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - Medidor Totalizador . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto Li . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lj . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto Le . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto Ld . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lc . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lb . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lf . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto La . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lh . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 2 - chuveiro elétrico . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG Banho Suı́te . . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG 1 Suı́te . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG 2 Suı́te . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG 3 Suı́te . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG 1 Sala . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG 2 Sala . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG 1 Dormitório 1 . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG 2 Dormitório 1 . . . . . Dados de consumo - circuito 3 - TUG Banheiro 1 . . . . . . . Dados de consumo - circuito 4 - chuveiro elétrico . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 5 - TV Suı́te . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 5 - TV Dormitório 1 . . . . . . . Dados de consumo - circuito 5 - TV Sala . . . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 6 - Microondas . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 7 - TUG 1 Cozinha . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 7 - TUG 2 Cozinha . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 7 - TUG 3 Cozinha . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 8 - Secadora de Roupas . . . . . Dados de consumo - circuito 9 - Refrigerador . . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 11 - Lava Roupas . . . . . . . . . Dados de consumo - circuito 12 - Ar Condiciondo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A.1 A.2 A.3 A.4 A.5 A.6 A.7 Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 . 98 . 98 . 98 . 99 . 99 . 100 ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP para para para para para para para um aparelho de som do tipo mini system um aquecedor elétrico de ambiente . . . um barbeador elétrico antigo . . . . . . . um barbeador elétrico novo . . . . . . . . uma batedeira . . . . . . . . . . . . . . . uma cafeteira . . . . . . . . . . . . . . . um carregador de telefone celular . . . . xii . . . . . . . . . . . . . . 64 64 66 66 67 67 68 68 69 69 70 70 71 72 72 73 74 74 75 76 76 77 77 78 79 79 80 80 81 82 82 83 84 85 85 A.8 Modelo A.9 Modelo A.10 Modelo A.11 Modelo A.12 Modelo A.13 Modelo A.14 Modelo A.15 Modelo A.16 Modelo A.17 Modelo A.18 Modelo A.19 Modelo A.20 Modelo A.21 Modelo A.22 Modelo A.23 Modelo A.24 Modelo A.25 Modelo A.26 Modelo A.27 Modelo A.28 Modelo A.29 Modelo A.30 Modelo A.31 Modelo A.32 Modelo A.33 Modelo A.34 Modelo A.35 Modelo A.36 Modelo A.37 Modelo A.38 Modelo A.39 Modelo A.40 Modelo A.41 Modelo A.42 Modelo B.1 B.2 B.3 B.4 B.5 B.6 B.7 ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP ZIP para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para para uma chapa de cabelo . . . . . . . . . . . . . um aparelho leitor de DVD . . . . . . . . . . um espremedor de laranjas . . . . . . . . . . um ferro de passar a vapor . . . . . . . . . . um forno elétrico pequeno . . . . . . . . . . uma furadeira elétrica hobby . . . . . . . . . um grill elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . uma impressora a Laser . . . . . . . . . . . . uma lâmpada compacta fluorescente de 20W uma lâmpada incandescente de 100W . . . . uma lâmpada LED de 9W . . . . . . . . . . uma lâmpada LED de 11W . . . . . . . . . um liquidificador . . . . . . . . . . . . . . . um forno de microondas . . . . . . . . . . . um mixer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . um modem de internet de tecnologia ADSL . um modem de internet a cabo . . . . . . . . uma panela elétrica . . . . . . . . . . . . . . um computador (PC ou Desktop) . . . . . . uma porta retrato digital . . . . . . . . . . . um processsador de alimentos . . . . . . . . um rádio relógio . . . . . . . . . . . . . . . . um receptor de antena parabólica . . . . . . um receptor de TV a cabo . . . . . . . . . . um roteador Wi-Fi . . . . . . . . . . . . . . uma sanduicheira . . . . . . . . . . . . . . . um secador de cabelos . . . . . . . . . . . . umaparelho de telefone sem fio . . . . . . . . uma torradeira de pães . . . . . . . . . . . . uma TV LCD 32” . . . . . . . . . . . . . . . um aparelho umidificador de ar . . . . . . . um ventilador de 30cm . . . . . . . . . . . . um video game . . . . . . . . . . . . . . . . uma máquina de lavar . . . . . . . . . . . . uma máquina de lavar semiautomática . . . Intalação do ToolBox Home Smart Grid . . . . Componentes do ToolBox Home Smart Grid . . Menu informativo do medidor de energia . . . . Menu de configurações do modelo de cabo . . . Menu de configurações do modelo de cabo . . . Componentes básicos para o inı́cio da simulação Conexão de ramais, medidor e suas cargas . . . xiii . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 101 101 102 102 103 103 104 105 105 105 106 106 106 107 107 107 108 108 109 109 110 111 112 112 113 113 114 114 115 115 116 117 118 118 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 122 122 123 124 125 125 Lista de Tabelas 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 2.11 2.12 2.13 2.14 2.15 2.16 2.17 Tabela modelagem de um PC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tabela modelagem de uma TV de tubo de raios catódicos . . . . . . . . . . . . . Tabela modelagem de um computador portátil (Notebook ) . . . . . . . . . . . . Tabela de cargas residenciais modelo ZIP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Modelo R para chuveiro elétrico, aquecedor para torneira e ferro de passar . . . Modelo RL para refrigeradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Modelo RL para forno de microondas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tabela descritiva de hardware/software para comparativo entre modelos de cargas Descrição de parâmetros de simulação para comparativo entre modelos de cargas Comparativo de tempos computacionais entre os modelos distintos de cargas . . Caracterı́sticas gerais dos modelos de cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Valores de tensão de alimentação conforme res. PRODIST mod. 8 (ANEEL) . . Modelagem Experimental ZIP: Método #1 - Equipamentos utilizados . . . . . . Modelagem Experimental ZIP: Método #2 - Equipamentos utilizados . . . . . . Parâmetros do modelo ZIP para cargas residenciais . . . . . . . . . . . . . . . . Parâmetros do modelo ZIP para cargas residenciais . . . . . . . . . . . . . . . . Modelo teórico ZIP para cargas residenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 11 11 15 20 20 21 21 22 22 23 23 25 28 32 33 33 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 Tabela de parâmetros Resp , Lesp e Cesp para o modelo de cabos Modelagem de Cabos - Equipamentos utilizados . . . . . . . . Modelagem de Cabos - Medição da Resistência . . . . . . . . . Modelagem de Cabos - Medição da Indutância . . . . . . . . . Modelagem de Cabos - Medição da Capacitância . . . . . . . . Tabela de parâmetros Resp e Lesp para o modelo de cabos RL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 40 42 43 43 45 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 Tabela de distribuição de cargas para a residência modelo . . . . . . Tabela de distribuição de cargas para a residência modelo . . . . . . Tabela de acionamento de cargas para residência modelo . . . . . . Tabela de acionamento de cargas para residência modelo . . . . . . Tabela de acionamento de cargas para residência modelo . . . . . . Horários de funcionamento de aparelhos com mais de uma operação Tabela descritiva de parâmetros da simulação final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 59 60 61 62 63 65 xiv . . . . . . . . . . . . A.1 Tabela de aparelhos domésticos modelados experimentalmente . . . . . . . . . . A.2 Tabela de aparelhos domésticos modelados experimentalmente . . . . . . . . . . 95 96 B.1 Tabela de compiladores necessários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 B.2 Configurações necessárias para a execução de simulações . . . . . . . . . . . . . 124 xv Lista de Abreviaturas ADSL CRT FFT LCD LCF LED QGD PC p.u. PWM RC RL RLC RMS THD TUE TUG TV ZIP Asymmetric Digital Subscriber Line (linha digital assimétrica para assinante) Cathode Ray Tube (tubo de raios catódicos) Fast Fourier Transform (transformada rápida de Fourier) Liquid Crystal Display (tela de cristal lı́quido) Lâmpada Compacta Fluorescente Light Emitting Diode (diodo emissor de luz) Quadro Geral de Distribuição Personal Computer (computador pessoal) Per-Unit (por unidade) Pulse Width Modulation (modulação por largura de pulso) Modelo que apresenta resistência (R) e capacitancia (C) Modelo que apresenta resistência (R) e indutância (L) Modelo que apresenta resistência (R), indutância (L) e capacitancia (C) Root Mean Square (valor quadrático médio ou valor eficaz) Total Harmonic Distortion (distorção harmônica total) Tomada de Uso Especı́fico Tomada de Uso Geral Aparelho de televisão Modelo que apresenta impedância (Z), corrente (I) e potência (P) xvi Sumário Introdução Geral 1 1 Revisão Bibliográfica 1.1 Modelagem de Cargas . . . 1.2 Modelagem de Cabos . . . . 1.3 Modelagem de Medidores de 1.4 Modelagem de Residência . . . . . 5 6 7 8 8 . . . . . . . . . . . 9 9 12 15 19 21 23 24 27 29 30 31 . . . . . . 35 35 39 43 45 45 49 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético 4.1 Modelo de Residência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.1.1 Distribuição de cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 53 57 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Energia Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais 2.1 Modelo de Cargas #1: Circuito equivalente para fontes chaveadas 2.2 Modelo de Cargas #2: Modelo ZIP . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2.1 Modelagem ZIP em ambiente Simulink . . . . . . . . . . . 2.3 Modelo de Cargas #3: Circuitos R e RL . . . . . . . . . . . . . . 2.4 Comparativo entre modelos apresentados . . . . . . . . . . . . . . 2.5 Modelagem Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.5.1 Modelagem Experimental ZIP - Método #1 . . . . . . . . 2.5.2 Modelagem Experimental ZIP - Método #2 . . . . . . . . 2.5.3 Modelagem Experimental ZIP - Método #3 . . . . . . . . 2.5.4 Modelagem Experimental ZIP - Método #4 . . . . . . . . 2.5.5 Resultados Finais para Modelagem Experimental ZIP . . . 3 Modelagem de cabos e medidores de energia 3.1 Modelagem de Cabos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.1 Modelagem Experimental de Cabos . . . . . . . . . . 3.1.2 Modelo de Cabos RL . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2 Modelo de Medidor de Energia Elétrica . . . . . . . . . . . . 3.2.1 Medidor de Energia Elétrica Monofásico - Medição de 3.2.2 Medidor de Energia Elétrica Bifásico - Totalizador . . xvii . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.1.2 Utilização de cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2 Considerações a Respeito da Simulação da Residência . . . . . . 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação . . . . . . . . . . . . 4.3.1 Resultados Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3.2 Resultados Circuito 1: Iluminação . . . . . . . . . . . . . 4.3.3 Resultados Circuito 2: Chuveiro Elétrico Banheiro 1 . . . 4.3.4 Resultados Circuito 3: Tomadas de Uso Geral . . . . . . 4.3.5 Resultados Circuito 4: Chuveiro Elétrico Banheiro Suı́te 4.3.6 Resultados Circuito 5: Tomadas para TV . . . . . . . . . 4.3.7 Resultados Circuito 6: Forno de Microondas . . . . . . . 4.3.8 Resultados Circuito 7: Tomadas de uso Geral - Cozinha . 4.3.9 Resultados Circuito 8: Secadora de Roupas . . . . . . . . 4.3.10 Resultados Circuito 9: Refrigerador . . . . . . . . . . . . 4.3.11 Resultados Circuito 11: Lava-Roupas . . . . . . . . . . . 4.3.12 Resultados Circuito 12: Ar Condicionado . . . . . . . . . 4.4 Análise dos Resultados da Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 63 65 65 66 71 72 78 78 80 81 83 83 84 85 86 5 Conclusões 5.1 Expansão da Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 88 Bibliografia 91 A Modelo ZIP para cargas residenciais 95 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 . . . . . . . . . 97 A.2 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #2 . . . . . . . . . 117 B Instalação e Utilização da Biblioteca Home Smart Grid B.1 Passo #1: Instalação do compilador para funções MatLab . . . . . B.2 Passo #2: Instalação da biblioteca Home Smart Grid . . . . . . . . B.2.1 Instalação manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . B.2.2 Instalação automática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . B.2.3 Resultados da Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . B.3 Utilização da biblioteca Home Smart Grid . . . . . . . . . . . . . . B.3.1 Configurações recomendadas para a execução de simulações . xviii . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 119 120 120 121 121 122 124 Introdução Com o passar dos anos e a evolução da tecnologia, novos aparelhos elétricos e eletrônicos são lançados no mercado e se tornam cada vez mais acessı́veis, podendo causar uma elevação de consumo e a mudança do perfil de carga de cada consumidor residencial ao longo do tempo. Este fato vai de encontro ao apelo por eficiência energética e ao consumo eficiente. Este aumento do consumo de energia pode trazer à tona problemas de infraestrutura tanto para o consumidor e sua instalação elétrica, como para o distribuidor de energia e suas frequentes expansões. Considerando o lado do consumidor, nem sempre as instalações residenciais acompanham este aumento de demanda, principalmente as instalações mais antigas. Isto faz com que condutores e dispositivos de proteção empregados nas mesmas passem a não mais operar em condições recomendadas. Projetos de redes inteligentes trazem à realidade uma série de ferramentas de diagnóstico de rede que podem indicar diversos parâmetros a respeito do funcionamento das mesmas. Novas infraestruturas de comunicação para medição inteligente (Smart Metering) (Depuru, Wang & Devabhaktuni 2011) permitem que tais análises sejam executadas em tempo real. Entre estes novos componentes da medição inteligente, surgem pequenos medidores de energia elétrica de baixo custo, que podem ser instalados dentro das residências e medir o consumo de cada aparelho doméstico ou conjunto de aparelhos conectados a uma mesma tomada (Kang, Ke & Li 2011, Toledo 2012). Estes medidores podem ser chamados de micromedidores ou tomadas inteligentes (Smart Plugs). A utilização de Smart Plugs em uma instalação elétrica residencial pode trazer muito mais benefı́cios que os explorados até o momento, tanto para o lado do consumidor quanto para o lado do distribuidor de energia elétrica. Como benefı́cios ao distribuidor, podem ser listados itens como determinação de perfis de carga de uma instalação, a possibilidade da criação de métodos de redução de consumo por desligamento de carga (Load Shedding) e o deslocamento de carga para horários convenientes à rede (Load Shifting) (Depuru et al. 2011, Kang et al. 2011, Toledo 2012). Como benefı́cios para o consumidor, pode ser indicada a maior quantidade de informação de consumo de seus próprios aparelhos domésticos, visando o consumo consciente e a eficiência energética. A proposta do presente trabalho é prover um ambiente de simulação e testes capaz de operar como infraestrutura necessária para futuros estudos sobre redes inteligentes no âmbito 1 Cap. 0 Introdução Geral residencial (Home Smart Grids) e no âmbito da distribuição de energia elétrica (Smart Grids propriamente dito). Como exemplos, podem ser citados estudos sobre a determinação de perdas nas instalações elétricas residenciais, determinação de aquecimento de condutores da instalação elétrica residencial e a aplicação de métodos de deslocamento de cargas (Load Shifting) e o desligamento de cargas (Load Shedding) que podem ser realizados pelo distribuidor de energia evitando assim o desligamento completo de zonas de distribuição (Depuru et al. 2011, Kang et al. 2011). Tal infraestrutura é disponibilizada em um formato de arquivo de biblioteca que pode ser instalada em qualquer computador com ambiente Simulink. Para a construção desta infraestrutura, é realizada a modelagem matemática de uma instalação elétrica residencial completa, que permite as análises necessárias para a avaliação das condições de operação e integridade dos componentes da instalação em um ambiente de simulação Simulink. Estas análises são realizadas através da medição do consumo de energia em diversos pontos de uma instalação elétrica. Como parte deste objetivo, o texto se divide em cinco capı́tulos de forma a apresentar a modelagem matemática dos principais elementos encontrados em uma instalação elétrica residencial: os aparelhos domésticos (cargas) e os cabos, além dos medidores de energia e tomadas inteligentes (Smart Meters, Smart Plugs) que podem ser conectados a qualquer ponto da instalação. O primeiro capı́tulo apresenta uma revisão bibliográfica sobre as referências utilizadas para o desenvolvimento do presente trabalho. O segundo capı́tulo apresenta um breve estudo sobre três modelos de cargas elétricas disponı́veis na literatura. Um primeiro modelo é baseado em um circuito equivalente de fontes chaveadas. O segundo modelo é baseado em análise estática, conhecido como modelo ZIP, que apresenta fatores de ponderação que dependem de modelos de impedância (Z), corrente (I) e potência (P) constantes do aparelho a ser modelado. O terceiro modelo é baseado em cargas resistivas (R) e resistivas/indutivas (RL). Após um comparativo entre os três modelos, o modelo ZIP é adotado. Então é realizada a modelagem de diversos aparelhos domésticos baseados em resultados experimentais. O terceiro capı́tulo apresenta um modelo de cabos baseado em um circuito RLC proveniente do estudo de linhas de transmissão. Tal modelo permite a análise das perdas ocorridas na instalação elétrica residencial, pois é capaz de reproduzir efeitos de quedas de tensão proporcionais às correntes elétricas que passam por estes elementos da instalação. O capı́tulo também apresenta dois modelo de medidores de energia elétrica. O primeiro deles se refere a um medidor monofásico que pode ser conectado em qualquer ponto da instalação elétrica residencial. O segundo modelo apresenta um medidor bifásico (ou totalizador), próprio para ser conectado à entrada da instalação elétrica residencial e medir a energia elétrica total consumida pela mesma. O quarto capı́tulo apresenta uma planta de um apartamento de aproximadamente 60m2 e o diagrama unifilar de sua instalação elétrica. A partir deste diagrama são estimadas as posições de cada aparelho doméstico na residência e as distâncias que estes se encontram em relação à entrada da instalação (comprimentos dos ramais). É também apresentada uma tabela de 2 Introdução Geral utilização de cada aparelho residencial, com os respectivos horários que os mesmos são ligados e desligados. Por fim, a execução de uma simulação final do funcionamento completo de uma residência tem seus resultados apresentados. O quinto e último capı́tulo apresenta as conclusões do trabalho, realizando uma avaliação dos modelos adotados e suas limitações e propondo sugestões para expansão da pesquisa. 3 Cap. 0 Introdução Geral 4 Capı́tulo 1 Revisão Bibliográfica Tecnologias de medição inteligente são novas e ainda muito conceituais. Por este motivo são encontrados na literatura diversos artigos descritivos que caracterizam o estado da arte em medição inteligente, apresentam novas ideias de funcionalidades e fazem um contraste entre benefı́cios e riscos deste tipo de tecnologia. Depuru et al. (2011) apresentam uma descrição geral da tecnologia de medição inteligente e algumas funcionalidades, caracterı́sticas e desafios que a mesma pode apresentar. O autor descreve as funcionalidades básicas de um medidor inteligente, um medidor capaz de executar a medição em tempo real e, principalmente, ter capacidade de comunicação e identificação em uma rede inteligente. Como desafios, são citados a implantação de uma infraestrutura de comunicação que proporcione confiabilidade e segurança dos dados. O artigo apresenta também uma seção sobre a implantação de sistemas de medição inteligente em paı́ses em desenvolvimento e os benefı́cios que estes sistemas podem proporcionar no controle de perdas (principalmente as não técnicas) e na melhoria da qualidade de energia. Zhou, Xu & Ma (2010) apresentam o estado da arte a respeito de projetos de medição inteligente implantados em paı́ses como Estados Unidos, Itália e Reino Unido e sua importância com o objetivo de se alcançar a eficiência energética. Indo de encontro aos benefı́cios até então apresentados, McKenna, Richardson & Thomson (2012) apresentam uma discussão levando em conta os riscos da implementação deste tipo de tecnologia, principalmente no uso indevido das informações geradas em tempo real e a invasão de privacidade. Quanto menor o intervalo de medição de dados de consumo disponibilizado através de uma rede de comunicação, maior a quantidade de informações que podem ser extraı́das destes dados, principalmente informações sobre a rotina das pessoas que habitam na residência a ser analisada. Por exemplo, um sistema que envia informações de consumo horário ou a cada intervalo de poucos minutos permite a extração de informações sobre horários em que a casa se encontra vazia e horários de chegada e saı́da de pessoas da mesma. Os autores também apresentam caracterı́sticas positivas a respeito da tecnologia, como a capacidade de criação de tarifas flexı́veis de forma a melhorar a eficiência energética, identificação de falhas em tempo real e da operação de sistemas de distribuição próxima aos seus limites de operação. Os autores propõem um uso consciente da tecnologia, de forma que a mesma seja capaz de proporcionar 5 Cap. 1 Revisão Bibliográfica benefı́cios importantes com a mı́nima exposição de consumidores a riscos de privacidade. Toledo (2012) faz uma avaliação de projetos de redes inteligentes implementados em outros paı́ses, trazendo seus aspectos positivos e negativos, realizando em paralelo uma análise do cenário brasileiro e a melhor forma de atingir públicos distintos com sistemas capazes de produzir informações de consumo suficientes para o entendimento de pessoas de todos os nı́veis socioeconômicos. Apresenta um projeto de pesquisa e desenvolvimento de redes inteligentes implementado no Brasil e seus diversos desafios de implantação, desde a infraestrutua de comunicação e segurança de dados até a proposta de uma nova infraestrutura de medição e automação da distribuição. O artigo de Kang et al. (2011) vai além do âmbito da caracterização do sistema e das discussões apresentadas pelos outos autores. Os autores apresentam um sistema para controle de cargas residenciais capaz de monitorar o consumo de aparelhos domésticos e gerenciar a demanda com sua capacidade de cortar o fornecimento de energia a estes. Os tı́tulos acima citados foram as principais referências utilizadas para a formação da ideia do presente trabalho. Com uma clara descrição do estado da arte da tecnologia de medição inteligente, esta dissertação tenta caracterizar uma instalação elétrica residencial com o objetivo de prover uma infraestrutura necessária para análises mais detalhadas de redes inteligentes residenciais (Home Smart Grids) e uma forma de incentivo a pesquisas futuras. 1.1 Modelagem de Cargas As primeiras buscas por referências bibliográficas tentaram encontrar modelos de cargas mais próximos possı́veis de cargas reais, incluindo todos os componentes harmônicos que cada aparelho residencial é capaz de gerar. Ghorbani, Rad, Mokhtari, Honarmand & Youhannaie (2011) apresentam uma tabela com algumas cargas residenciais modeladas por circuitos equivalentes de Norton, com diversas fontes de corrente, cada uma responsável por gerar um componente harmônico de consumo de cargas não lineares. Os autores comparam os componentes harmônicos do modelo com medições realizadas em alguns aparelhos residenciais. No entanto, o modelo proposto pelos autores mostrou-se apropriado para a análise de componentes harmônicos de forma isolada, e sua implementação mostrou-se inviável para o propósito deste trabalho. Seguindo a mesma linha de pesquisa de referências bibliográficas, foi encontrado um modelo que utiliza um circuito equivalente de fontes chaveadas apresentado por Yong, Chen & Chen (2010). Trata-se de um circuito constituı́do por uma ponte de diodos formando um retificador de onda completa, um capacitor e um resistor de carga, além de um indutor reproduzindo um filtro de entrada. Os autores apresentam os resultados da modelagem de um computador (PC), um computador portátil (notebook ) e uma TV de tubo de raios catódicos. Este modelo foi reproduzido em ambiente Simulink e obteve resultados muito semelhantes aos resultados encontrados e divulgados pelos autores. Collin, Acosta, Hayes & Djokic (2010) apresentam diversos modelos de cargas, como o cir6 1.2 Modelagem de Cabos cuito equivalente de fontes chaveadas, o modelo ZIP e um modelo de injeções de componentes harmônicos de corrente, porém com uma abrangência para o modelo das cargas pelo lado da demanda, caracterizando estes componentes de acordo com o consumo total de uma residência. O artigo apresenta uma distribuição aproximada do uso de cada aparelho ao longo das horas do dia e, a partir disto, caracteriza os tipos de cargas ligadas. Foi uma importante referência pelo fato de citar diversas formas de modelagem, porém sem levantar parâmetros especı́ficos de cada carga residencial. Para um modelo ZIP de cargas residenciais, os autores Lu, Xie, Huang, Puyleart & Yang (2008) e Quilumba, Lee, Huang, Wang & Szabados (2011) apresentam métodos para modelagem ZIP através do levantamento de alguns parâmetros de consumo destes aparelhos, bem como tabelas de diversos aparelhos domésticos modelados. A grande maioria dos aparelhos apresentados pelos autores foram modelados em ambiente Simulink e utilizados em uma fase inicial de análises do presente trabalho, trazendo resultados bastante satisfatórios. Durante o desenvolvimento do trabalho, não foram encontrados na literatura modelos de cargas para determinados aparelhos domésticos. Por este motivo, surgiu o interesse pela modelagem de algumas cargas pelo modelo RL. Para a modelagem de um refrigerador, dados de consumo foram extraı́dos de Rodrigues, Zalewski, de Carvalho & Isayama (2009). Para a modelagem das demais cargas, os dados principais de consumo foram extraı́dos de catálogos de fabricantes de cada aparelho. Posteriormente, após comparativos entre os modelos de cargas encontrados, o modelo ZIP foi adotado como mais apropriado de acordo com critérios que serão detalhados posteriormente. Após a determinação das faixas de tensão que cada aparelho doméstico deveria ser modelado (ANEEL 2012), os mesmos aparelhos foram submetidos a ensaios experimentais e seus principais parâmetros de consumo de energia elétrica foram levantados para sua modelagem ZIP. 1.2 Modelagem de Cabos A modelagem dos cabos foi realizada utilizando um modelo de linhas de transmissão e seus parâmetros R (resistência), L (indutância) e C (capacitância). Vendrusculo & Pomilio (1999) e Vendrusculo (2001) apresentam um método de estimação de parâmetros de cabos longos para o acionamento de máquinas elétricas, com uma abordagem que leva em consideração as respostas em frequências maiores principalmente geradas por dispositivos inversores de frequências. De Paula, Chaves, Andrade, Freitas & Domingos (2005) também apresentam uma modelagem de cabos para acionamento de motores por dispositivos PWM (Pulse Width Modulation, ou modulação por largura de pulso). Como as referências anteriores fogem um pouco do objetivo principal do trabalho, que é modelar os cabos principalmente para operação em baixas frequências (frequência nominal da rede elétrica de 60Hz e suas primeiras harmônicas apenas), os cabos foram modelados por um modelo genérico RLC. Inicialmente, para atingir os objetivos necessários para a etapa de qualificação baseada em resultados puramente teóricos, foram utilizados como referências uma norma 7 Cap. 1 Revisão Bibliográfica (ABNT 2011b) que fornece os parâmetros R e as dimensões máximas dos condutores, enquanto os parâmetros L e C foram calculados através de equações fornecidas por Hayt & Book (2003). Posteriormente cabos de seções distintas foram submetidos a ensaios experimentais e seus parâmetros de resistência, capacitância e indutância foram medidos. Análises demonstradas no capı́tulo 3 justificam uma simplificação aplicada ao modelo RLC utilizado neste trabalho. 1.3 Modelagem de Medidores de Energia Elétrica Técnicas de medição de energia desde os medidores eletromecânicos até os medidores eletrônicos foram estudadas em EEI (2002). Um projeto de referência de um medidor eletrônico de energia elétrica foi utilizado para implementação dos algoritmos de tratamento dos valores das amostras de tensão e corrente e cálculo das grandezas instantâneas como, por exemplo, valores eficazes (RMS) de tensão e corrente, potências ativa e reativa e fator de potência (TexasInstruments 2011). O trecho final do terceiro capı́tulo descreve o funcionamento detalhado e demonstra o fluxograma dos modelos gerados através das referências citadas. 1.4 Modelagem de Residência Para a modelagem da residência, foi utilizada uma planta de um apartamento com seu respectivo diagrama unifilar da instalação elétrica. A planta se refere a um apartamento de aproximadamente 60m2 . Para a estimativa de tempo de utilização diária dos aparelhos domésticos, uma tabela de um órgão governamental foi consultada (PROCEL 2014). No entanto, a mesma apresenta um uso hipotético e, por este motivo, alguns aparelhos tiveram seu tempo de utilização ajustado às condições apresentadas no Capı́tulo 4. 8 Capı́tulo 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais O presente capı́tulo apresenta três métodos de modelagem de cargas residenciais disponı́veis na literatura avaliados como mais relevantes para a proposta deste trabalho e, ao final, realiza uma análise comparativa entre os mesmos. Após a definição do modelo mais adequado, a modelagem experimental é apresentada. 2.1 Modelo de Cargas #1: Circuito equivalente para fontes chaveadas Aparelhos domésticos baseados em fontes chaveadas são cada dia mais comuns. Devido às caracterı́sticas deste tipo de circuito de fonte, sua forma de onda da corrente apresenta distorções harmônicas, que podem variar seu impacto sobre a rede elétrica de acordo com a potência requerida pelo aparelho. Este primeiro modelo é proposto por Yong et al. (2010) e permite aproximar diversos aparelhos distintos a um circuito equivalente. O circuito mostrado na Figura 2.1 é muito bem aceito como um circuito equivalente para aparelhos que possuem circuitos retificadores de onda completa na sua entrada (caso de fontes chaveadas). Os autores propõem um método que permite, a partir da medição de caracterı́sticas das formas de onda da corrente consumida e da tensão de alimentação do circuito, calcular os valores de R, L e C que devem ser aplicados a este circuito equivalente. Neste circuito, L é um indutor com a finalidade de reduzir interferência eletromagnética, C é um capacitor de alta capacitância de forma a aumentar o nı́vel de tensão contı́nua sobre a carga e R é um resistor equivalente que representa a própria carga do aparelho a ser modelado. 9 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais idc(t) L D1 iac(t) D2 vac(t) vdc (t) D3 iC(t) iR(t) C R D4 Figura 2.1: Circuito equivalente para aparelhos baseados em fontes chaveadas A Figura 2.2 mostra os parâmetros que devem ser obtidos a partir das medições das formas de onda da tensão de alimentação e da corrente consumida para cada aparelho a ser modelado. 150 100 Vac(V) 50 0 −50 −100 −150 0 5 10 15 20 25 15 20 25 Tempo (ms) Time offset: 0 (ms) q 3 2 Iac(A) 1 0 p r −1 −2 −3 0 Time offset: 0 (ms) 5 10 Tempo (ms) Figura 2.2: Formas de onda para modelagem de cargas por fontes chaveadas De acordo com o método apresentado pelo autor, além das amplitudes da tensão e da corrente, os pontos p, q e r da Figura 2.2 são importantes para a aplicação do método. Representam, respectivamente, os ângulos de inı́cio do intervalo de condução dos diodos, o ângulo no qual é atingido o pico do pulso de corrente e o ângulo de término do intervalo de condução dos diodos. Após a apresentação do método de modelagem pelos autores, os mesmos apresentam os resultados obtidos para três tipos de cargas residenciais distintas. O modelo foi reproduzido em ambiente Simulink utilizando os mesmos parâmetros fornecidos pelos autores, com a finalidade de estabelecer comparações e avaliar desempenho computacional. Para a modelagem, foram 10 2.1 Modelo de Cargas #1: Circuito equivalente para fontes chaveadas utilizados itens da biblioteca Simscape, que acompanha a instalação original do ambiente Simulink. A seguir, a Tabela 2.1 mostra os dados comparativos entre o modelo de um PC gerado pelos autores no Caso 2 (Yong et al. 2010) e o modelo obtido através do ambiente de simulação Simulink que utiliza os mesmos parâmetros R, L e C. São apresentados o intervalo de condução dos diodos (∆rp ), os ângulos de inı́cio e término de condução dos diodos (p e r, respectivamente), o ângulo no qual a corrente atinge seu pico (q) e a amplitude máxima da corrente medida (Iq ). O erro relativo é dado por Morgano, Faria, Ferrão, Bragagnolo & Ferreira (2005): εr = Aparelho PC Autor PC Simulink Erro Relativo εr (%) | valorSimulink − valorautor | × 100% valorautor ∆rp /rad 1,14 1,02 10,53 r /rad 2,72 2,56 5,88 p /rad 3,87 3,58 7,49 q /rad 3,61 3,13 13,40 Iq /A 3,0 3,02 0,67 Vdc /V 155,7 151,8 2,50 (2.1) L /mH 2,0 2,0 0 R /Ω 258 258 0 C /µF 459 459 0 Tabela 2.1: Tabela modelagem de um PC A Tabela 2.2 mostra os dados comparativos entre o modelo de uma TV de tubo de raios catódicos gerado pelo autor no Caso 2 (Yong et al. 2010) e o modelo obtido através do ambiente de simulação Simulink que utiliza os mesmos parâmetros R, L e C. Aparelho TV CRT Autor TV CRT Simulink Erro Relativo εr (%) ∆rp /rad 1,20 1,09 9,17 r /rad 2,71 2.49 8,12 p /rad 3,91 3,58 8,44 q /rad 3,55 3,13 11,83 Iq /A 1,4 1,93 37,86 Vdc /V 154,8 152,7 1,35 L /mH 5,8 5,8 0 R /Ω 386 386 0 C /µF 262 262 0 Tabela 2.2: Tabela modelagem de uma TV de tubo de raios catódicos A Tabela 2.3 mostra os dados comparativos entre o modelo de um Notebook gerado pelo autor no Caso 2 (Yong et al. 2010) e o modelo obtido através do ambiente de simulação Simulink que utiliza os mesmos parâmetros R, L e C. Aparelho Notebook Autor Notebook Simulink Erro Relativo εr (%) ∆rp /rad 0,99 0,83 16,16 r /rad 2,82 2,75 2,48 p /rad 3,81 3,58 6,04 q /rad 3,56 3,17 10,96 Iq /A 1,6 1,99 24,37 Vdc /V 158,6 154,5 2,58 L /mH 0,8 0,8 0 R /Ω 453 453 0 Tabela 2.3: Tabela modelagem de um computador portátil (Notebook ) 11 C /µF 327 327 0 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais Todas as formas de onda obtidas apresentaram-se semelhantes às formas de onda de tensão e corrente apresentadas na Figura 2.2, porém com os parâmetros ∆rp , Iq , p, q e r indicados nas Tabelas 2.1, 2.2 e 2.3. Todos os três casos analisados mostraram valores de erro relativo εr altos. Nas simulações realizadas, em todos os casos, o circuito simulado teve um comportamento mais próximo ao Caso 2 apresentado pelo autor, que obteve estes dados medindo o comportamento destes aparelhos conectados diretamente à rede elétrica, cuja tensão apresentou uma taxa de distorção harmônica (THD - Total Harmonic Distortion) entre 5,13 a 5,84% (Yong et al. 2010). Para os casos simulados, foi considerada uma fonte de tensão puramente senoidal, o que pode ser uma das justificativas para o aparecimento destes altos valores de erro encontrados. Como outra justificativa, pode ser indicado o modelo de diodo utilizado pelo software Simulink, que aproxima os diodos por um modelo linear simplificado com uma tensão de barreira de potencial fixa e uma resistência série de valor constante (Sedra & Smith 2005). No entanto, alguns parâmetros dos modelos simulados ainda apresentaram alguns resultados aceitáveis, como os valores de tensão Vdc para os três modelos apresentados nas Tabelas 2.1, 2.2 e 2.3 e o valor do pico de corrente Iq para o modelo do computador pessoal indicado na Tabela 2.1. 2.2 Modelo de Cargas #2: Modelo ZIP O segundo modelo apresentado por este trabalho não se limita a um tipo especı́fico de carga, como o modelo anterior. Trata-se de um modelo polinomial normalmente utilizado em análise estática (Lu et al. 2008, Quilumba et al. 2011). Este modelo apresenta caracterı́sticas importantes, pois equaciona a potência de cada aparelho modelado de forma que a mesma dependa de três grandezas distintas, criando fatores de ponderação para cada uma delas. A equação da potência consumida pela carga a ser modelada é dada por (Lu et al. 2008, Quilumba et al. 2011): P = P0 (p1 V¯2 + p2 V̄ + p3 ) (2.2) no qual: P0 é a potência nominal do aparelho a ser modelado, p1 , p2 e p3 são os fatores de ponderação para a potência ativa. A tensão V̄ é dada por: V V0 no qual: V0 é a tensão nominal da carga e V é a própria tensão que alimenta a carga. V̄ = (2.3) Da mesma forma, a equação da potência reativa pode ser escrita por: Q = Q0 (q1 V¯2 + q2 V̄ + q3 ) 12 (2.4) 2.2 Modelo de Cargas #2: Modelo ZIP no qual Q0 é a potência reativa nominal e q1 , q2 e q3 são os fatores de ponderação para a potência reativa. Substituindo a Equação 2.3 nas Equações 2.2 e 2.4: P0 V P0 V 2 + p2 + p3 P 0 2 V0 V0 (2.5) Q0 V 2 Q0 V + q2 + q3 Q0 2 V0 V0 (2.6) P = p1 Q = q1 A potência aparente S é complexa e é representada por (Irwin 2000): S = P + jQ (2.7) A mesma também pode ser expressa por: S=V ×I= V2 Z (2.8) Analogamente à Equação 2.7, a impedância e a corrente elétrica são representadas, respectivamente, por parcelas ativas e reativas: Z = R + jX (2.9) I = Ia + jIr (2.10) Como as equações do modelo ZIP tratam as parcelas ativa e reativa de forma independente, será desenvolvido o equacionamento para a parcelas ativa P e reativa Q de forma separada. Tratando apenas a parcela ativa das grandezas complexas, a Equação 2.8 pode ser reescrita: P = V × I × cosϕ = V × Ia = V2 R (2.11) no qual ϕ é o ângulo de defasagem entre tensão e corrente. Analogamente, a potência reativa Q pode ser representada por: V2 Q = V × I × senϕ = V × Ir = (2.12) X Modificando a Equação 2.11, a potência nominal P0 pode ser escrita em função da parcela ativa de uma corrente nominal I0,a e de uma resistência nominal R0 : V2 (2.13) R0 Analogamente, modificando a Equação 2.12, a potência reativa nominal Q0 é escrita em função da parcela reativa uma corrente nominal I0,r e de uma reatância nominal X0 : P0 = V0 × I0 × cosϕ = V0 × I0,a = Q0 = V0 × I0 × senϕ = V0 × I0,r = 13 V2 X0 (2.14) Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais Substituindo as Equações 2.13 em 2.5 e 2.14 em 2.6, chega-se ao motivo pelo qual o modelo é conhecido como ZIP: V2 P = p1 + p2 I0,a V + p3 P0 R0 (2.15) V2 + q2 I0,r V + q3 Q0 (2.16) X0 As equações das potências ativa P e reativa Q são descritas pelos fatores de ponderação. 2 Os fatores p1 e q1 multiplicam o termo VZ0 , que depende de uma impedância constante Z0 . Os fatores p2 e q2 multiplicam o termo I0 V , que depende de uma corrente constante I0 . Já os termos p3 e q3 multiplicam os termos P0 e Q0 , que dependem das potências constantes P0 e Q0 . Por este motivo o modelo é conhecido como ZIP. Q = q1 A potência aparente S do modelo é expressa por: S = (p1 V2 V2 + p2 I0,a V + p3 P0 ) + j(q1 + q2 I0,r V + q3 Q0 ) R0 X0 (2.17) A Tabela 2.4 apresenta os resultados obtidos por Lu et al. (2008) para modelagem de algumas cargas residenciais. Estão apresentados, de forma abreviada, os resultados obtidos para uma Lava-louças em três operações distintas (secagem, lavagem normal e função panelas), uma secadora, um forno e um fogão elétricos, um ventilador em três velocidades distintas, uma lâmpada halógena, uma lâmpada incandescente, três lâmpadas compactas fluorescentes (LCF), duas lâmpadas fluorescentes T8, duas lâmpadas fluorescentes T12, uma TV de tubo de raios catódicos (CRT) e uma TV de tela de cristal lı́quido (LCD - Liquid Crystal Display). 14 2.2 Modelo de Cargas #2: Modelo ZIP Aparelho Lav Louças Sec Lav Louças LN Lav Louças Pan Secadora Forno Fogão Elet. Vent. Vel1 Vent. Vel2 Vent. Vel3 Vent. Vel3B Lamp Hal 100W Lamp Inc 100W LFC 19W LFC 23W LFC 20W LF T8 32W LF T12 40W LF T8 32W LF T12 40W TV CRT TV LCD V0 (V) 120 120 120 240 240 240 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 S0 (VA) 500 600 685 4900 3050 4100 145 145 187 187 100 100 19 23 18 56 50 61 52 225 150 FP 0,99 1 1 1 1 1 0,97 0,96 0,94 0,95 1 1 0,91 0,9 0,91 0,86 0,88 0,93 0,94 1 1 Vmin (pu) 0 0 0 56 0 0 0 0 0 0 0 0 14 23 17 12 10 10 10 60 60 p1 p2 p3 q1 q2 q3 0,95 0,99 1 1,02 0,99 0,97 0,87 0,74 0,39 0,45 0,66 0,64 -0,42 -0,28 -0,3 0,35 0,34 -0,03 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0,14 0,27 0,66 0,57 0,39 0,4 1,5 1,35 1,36 0,72 0,71 1,1 0,97 0 0 0 0 0 0 0 0 -0,01 -0,02 -0,05 -0,04 0 0 -0,06 -0,05 -0,05 -0,04 -0,03 -0,05 -0,03 1 1 0 0 0 0,1 0 0 0,11 0,03 -0,1 -0,03 0 0 0,66 0,58 0,6 0,28 0,2 0,32 0,24 0 0 0 0 0 0 0 0 0,16 0,28 0,46 0,34 0 0 -1,16 -1,11 -1,08 -0,9 -0,76 -0,75 -0,6 0 0 0 0 0 0 0 0 -0,01 -0,02 -0,03 -0,02 0 0 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,03 0,02 0,15 0,15 Tabela 2.4: Tabela de cargas residenciais modelo ZIP no qual: V0 é a tensão nominal, S0 é a potência aparente nominal, FP é o fator de potência e Vmin é a tensão mı́nima de operação representada por unidade de referência (p.u.). 2.2.1 Modelagem ZIP em ambiente Simulink Para a reprodução do modelo em ambiente Simulink, foram utilizados componentes da biblioteca Simscape. Durante o desenvolvimento, diversos modelos foram avaliados. Modelos preliminares realizaram tentativas de controlar a corrente da carga por meio de fontes de corrente controladas por blocos de função MatLab. Tais tentativas mostraram erros na parcela reativa por apresentar forte dependência do passo da simulação. Quanto maior o passo, maior era o erro apresentado. Após diversas tentativas com componentes distintos da biblioteca em questão, diversos métodos aplicados e os devidos ajustes, chegou-se a um modelo de controle da própria impedância de saı́da do circuito, por meio do controle de um circuito RL série ou RC paralelo (dependendo do valor da parcela reativa da impedância). Este foi o modelo que apresentou melhor desempenho após diversos ensaios durante o desenvolvimento. A Figura 2.3 apresenta o modelo de carga ZIP. 15 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais Figura 2.3: Modelo ZIP Simulink Como pode ser observado na Figura 2.3, existe um bloco PS Saturation e outro bloco Rate Limiter conectados antes antes do bloco RMS. Ambos possuem função de proteção do mesmo. O primeiro protege contra grandes amplitudes e o segundo contra grandes variações da variável de tensão. O bloco de cálculo de valor RMS é muito susceptı́vel a transientes causados pelos indutores e capacitores conectados aos diversos pontos do circuito e medidos pelo bloco sensor de tensão. Sem a utilização destes blocos protetores, a ocorrência de erros de simulação por estouro de variáveis internas em instantes de acionamento ou desacionamento de cargas são muito comuns. O bloco e função do MatLab apresentado na Figura 2.3 é o grande responsável pela reprodução do modelo, utilizando uma impedância Z conectada à sua saı́da. Seu valor é calculado em tempo real de forma a reproduzir os efeitos do modelo ZIP em uma carga RL série ou RC paralelo (com o outro elemento configurado de forma a apresentar a influência desprezı́vel para a frequência fundamental de 60Hz da rede elétrica). A modelagem da carga e o desenvolvimento do código fonte MatLab para o bloco apresentado adotam como grandeza de saı́da a impedância do circuito. Esta impedância de saı́da pode ser controlada de duas formas: quando a potência reativa da carga é negativa (Q < 0), a mesma é modelada por um circuito RC. Quando a potência reativa é positiva (Q > 0), a carga é modelada por um circuito RL (Irwin 2000). 16 2.2 Modelo de Cargas #2: Modelo ZIP Potência Reativa Negativa: Modelagem RC Paralelo Substituindo a Equação 2.8 em 2.5, obtém se o valor da resistência de saı́da Rout : Rout = p1 PV0 V2 2 0 V2 + p2 PV00V + p3 P0 (2.18) Analogamente, para o valor da reatância, seu valor pode ser escrito por: Xout = V2 2 q1 QV0 V2 + q2 QV00V + q3 Q0 (2.19) 0 Para um modelo RC ou RL paralelo, a impedância de saı́da Zout pode ser escrita por: Zout = Rout + jXout (2.20) O valor de Q deve ser preliminarmente calculado e constatado como negativo (Q < 0) para que esta condição de modelagem seja adotada. Isto significa que o valor da parcela imaginária Xout < 0 e o valor da capacitância de saı́da é dado por (Irwin 2000): Cout = 1 1 = ω | Xout | 2πf | Xout | (2.21) no qual f é a frequência de oscilação da rede elétrica. Como o modelo apresenta um indutor em série, o mesmo deve apresentar reatância indutiva tão baixa que o mesmo apresente uma influência desprezı́vel no circuito. Sua reatância indutiva foi adotada com um valor de XL = 100µΩ (aproximadamente 80.000 vezes menor que o menor valor de Rout possı́vel para as cargas modeladas). A equação da indutância é dada por: Lout = XLout XLout = ω 2πf (2.22) Isto significa que, em um sistema que leve em consideração apenas a frequência fundamental da rede elétrica f = 60Hz, para que o indutor em série apresente mı́nima influência no modelo RC paralelo, sua indutância é configurada para Lout = 265, 3nH. Potência Reativa Positiva: Modelagem RL Série A aplicação direta das equações do modelo ZIP conforme as Equações 2.5 e 2.6 remetem a uma modelagem RL ou RC paralelos. No entanto, deseja-se obter uma modelagem RL série que produza o mesmo efeito do ponto de vista da impedância de saı́da Zout . Para isto, faz-se necessário reescrever as equações do modelo ZIP. Reescrevendo a equação 2.8: S Z−1 = 2 (2.23) V 17 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais Ou seja, substituindo a Equação 2.17 em 2.23, obtém-se o inverso da impedância de saı́da da carga modelada: 2 2 Z −1 = (p1 VR0 + p2 I0,a V + p3 P0 ) + j(q1 VX0 + q2 I0,r V + q3 Q0 ) (2.24) V2 E o valor da impedância de saı́da do circuito Zout é dado por: 2 2 Zout = [ V + q2 I0,r V + q3 Q0 ) (p1 VR0 + p2 I0,a V + p3 P0 ) + j(q1 X 0 V2 −1 ] (2.25) E os valores de Rout e Xout podem ser finalmente calculados retornando-se a Equação 2.20. O valor de Q deve ser preliminarmente calculado e constatado como positivo (Q > 0) para que esta condição de modelagem RL série seja adotada. Isto significa que a reatância de saı́da Xout é positiva, tratando-se de um valor de reatância indutiva (Irwin 2000), podendo o valor da indutância de saı́da Lout ser calculado pela Equação 2.22. O modelo apresenta um capacitor em paralelo à resistência de saı́da Rout , que deve ter sua reatância capacitiva maximizada de forma a minimizar sua influência no circuito. Foi adotado um valor de capacitância Cout = 1pF . Aplicando a Equação 2.21, chega-se ao valor de reatância capacitiva XCout = 2, 653GΩ, valor aproximadamente 6.000 vezes maior que o maior valor de resistência Rout utilizado para as cargas modeladas. Algoritmo para implementação do modelo ZIP O bloco de função MatLab, previamente apresentado na Figura 2.3, tem seu fluxograma demonstrado na Figura 2.4. 18 2.3 Modelo de Cargas #3: Circuitos R e RL 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0000000000000000000 0 0 0 0 0 0 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00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 56 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 789:;<= 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0>0 0?@9AB@ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0CD 0 0 0 0 0 0 EF5<A 00000000000000 00 00 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 00 00 00 G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0HGI 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 0000 00 00 00H)GI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 00J 000000000000000000000000 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 K000 000 000 000 000 000GL 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00M 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000MNM 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00HGI 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00300 00 0000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 56 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 O P<;<= 0 0 0 0 0 0 0 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 >00 00 00?@9AB@ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0C0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 00 00 00 00 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000Q 5 BAB@ 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 HGI 0 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00HGI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 00J 000000000000000000000000 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 K000 000 000 000 000 000GL 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 MR 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000000 000 000 000MSM 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 H)GI3 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00RT 00 00 00 00 00 00 00 00U 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00-. 0000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 Figura 2.4: Fluxograma para modelagem ZIP em ambiente Simulink 2.3 Modelo de Cargas #3: Circuitos R e RL Para a modelagem inicial das demais cargas residenciais, foi considerado um terceiro modelo. Para a obtenção de fins comparativos com os demais modelos até então apresentados, os demais aparelhos domésticos foram modelados por circuitos simples através de cargas resistivas e resistivas/indutivas. Os dados utilizados para a criação deste modelo foram extraı́dos dos seus respectivos fabricantes. Um modelo RL série é considerado para a modelagem. Para que se chegue aos valores de resistência R0 e indutância L0 , foram executados cálculos a partir dos dados de potência aparente e fator de potência de cada um (Irwin 2000): Z0 = V02 S0 (2.26) O valor da resistência é calculado através do fator de potência (cos ϕ): R0 = Z0 cos ϕ Desta forma, pode se calcular o valor da reatância indutiva XL0 : q XL0 = Z02 − R02 19 (2.27) (2.28) Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais E finalmente o valor da indutância do modelo é dado por: L0 = XL0 ω (2.29) A partir das equações definidas, as cargas elétricas residenciais podem enfim ter seus parâmetros do modelo encontrados. A seguir, a Tabela 2.5 apresenta os parâmetros para modelo de duas versões de chuveiros elétricos de tensões nominais e potências distintas, um modelo de aquecedor elétrico para torneira e um modelo de ferro de passar elétrico. Os dados de potência foram retirados das especificações dos respectivos produtos na página de internet dos respectivos fabricantes (Lorenzetti 2013a, Lorenzetti 2013b, Arno 2013). Carga Chuveiro elétrico 5,5kW Chuveiro elétrico 7,5kW Aquecedor Torneira 5,5kW Ferro de passar V0 (V) 127 220 220 127 S0 (kVA) 5,5 7,5 5,5 1,2 cos ϕ 1 1 1 1 P0 (kW) 5,5 7,5 5,5 1,2 Q0 (Var) 0 0 0 0 R0 (Ω) 2,933 6,453 8,8 13,4 Tabela 2.5: Modelo R para chuveiro elétrico, aquecedor para torneira e ferro de passar A Tabela 2.6 a seguir apresenta os parâmetros R e L para modelagem de dois tipos de refrigeradores. Os dados de potência ativa, fator de potência e tempo de utilização por dia são apresentados por Rodrigues et al. (2009). Carga Refrigerador antigo Refrigerador novo V0 (V) 127 127 S0 (VA) 325,60 177,24 cos ϕ 0,59 0,61 R0 (Ω) 29,03 55,97 L0 (mH) 106,47 190,34 Tempo Ligado (h/dia) 8,33 8,33 Tabela 2.6: Modelo RL para refrigeradores O próximo e último aparelho doméstico modelado de forma preliminar por este modelo é o forno de microondas. Para isto, foram extraı́dos da página de internet do fabricante (Electrolux 2013) dados como corrente máxima I0 , potência ativa P0 e tensão V0 . A partir destes dados, foi calculada a potência aparente S0 e o fator de potência FP (Irwin 2000). S0 = V0 × I0 P0 S0 A Tabela 2.7 a seguir apresenta os resultados para o forno de microondas: FP = 20 (2.30) (2.31) 2.4 Comparativo entre modelos apresentados Carga Forno Microondas V0 (V) 127 S0 (kVA) 1,778 cos ϕ 0,675 R0 (Ω) 6,12 L0 (mH) 17,75 Tabela 2.7: Modelo RL para forno de microondas A Figura 2.5 a seguir apresenta o circuito RL série para o modelo proposto. Figura 2.5: Circuito RL série para o modelo de cargas #3 2.4 Comparativo entre modelos apresentados Esta seção executa um breve comparativo entre os três modelos até então apresentados, com a finalidade de escolha do modelo que mais se adequa à proposta da modelagem das cargas de uma instalação elétrica residencial em seus diversos aspectos. A Tabela 2.8 a seguir apresenta as caracterı́sticas de hardware e software da máquina utilizada para comparativo de tempos computacionais entre os três modelos. Processador Frequência de Clock Capacidade de Memória RAM Sistema operacional Versão do ambiente MatLab/Simulink Intel Core i5 2,5GHz 6GB Windows 7 64 bits R2011a Tabela 2.8: Tabela descritiva de hardware/software para comparativo entre modelos de cargas A Tabela 2.9 a seguir apresenta os parâmetros de simulação configurados para o comparativo de desempenho entre os três modelos apresentados. 21 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais Tempo Inicial Tempo Final Tipo de passo da simulação Passo da simulação Solver 0s 2s Passo fixo 50µs ode14x Tabela 2.9: Descrição de parâmetros de simulação para comparativo entre modelos de cargas A Tabela 2.10 apresenta os tempos computacionais para os três modelos de cargas em simulações realizadas em uma máquina conforme Tabela 2.8 e parâmetros ajustados conforme Tabela 2.9. Modelo #1 #2 #3 Nome Modelo Fonte Chaveada ZIP RL Tempo de execução (s) 143,23* 76,10 53,04 Tabela 2.10: Comparativo de tempos computacionais entre os modelos distintos de cargas (*) O modelo #1 apresentou erros na forma de onda da corrente durante a simulação. Para que o mesmo apresentasse resultados satisfatórios, a simulação teve que ser executada com passo de 20µs. O modelo #3 apresentou o melhor comportamento no quesito desempenho computacional. Um modelo simples que utiliza apenas dois componentes da biblioteca Simscape. No entanto, o mesmo não é capaz de reproduzir qualquer tipo de conteúdo harmônico em sua forma de onda da corrente consumida. O mesmo também não é capaz de reproduzir de maneira confiável qualquer tipo de carga. Por exemplo, um aparelho residencial baseado em fonte chaveada não pode ser representado de forma estável, por não realizar compensações no consumo do aparelho em condições de variação da tensão de alimentação. O modelo #2 apresentou um desempenho computacional aproximadamente 22,8% mais lento que o modelo #3. O modelo também não é capaz de reproduzir conteúdo harmônico na forma de onda da corrente consumida pelo aparelho. No entanto, este modelo apresenta caracterı́sticas interessantes. O mesmo é capaz de reproduzir caracterı́sticas de consumo de qualquer tipo de carga residencial, devido à sua capacidade de realizar compensações de consumo de acordo com variações de tensão de alimentação. O modelo #1 apresentou um desempenho computacional muito lento comparado aos demais, principalmente pelo fato de o mesmo obrigar a simulação a ser executada com passo reduzido. Apesar de ser capaz de reproduzir de forma ı́ntegra o conteúdo harmônico da forma de onda da corrente consumida pelo aparelho doméstico, o modelo é limitado a aparelhos baseados em fontes chaveadas. Além disto, também não é capaz de realizar compensações de consumo de acordo com variações da tensão de entrada, caracterı́stica importante de aparelhos domésticos deste tipo. 22 2.5 Modelagem Experimental A Tabela 2.11 apresenta um breve resumo das caracterı́sticas descritas acima: Desempenho Computacional Modelo #1 Fonte Chaveada #2 ZIP #3 RL Lento Médio Rápido Reproduz Conteúdo Harmônico XSim Não Não Capacidade Cargas Diversas Não XSim Não Capacidade Compensação Subtensões Não XSim Não Tabela 2.11: Caracterı́sticas gerais dos modelos de cargas Após a análise de vantagens e desvantagens de cada modelo apresentado, optou-se por prosseguir com a modelagem experimental de diversas cargas residenciais baseadas no modelo #2 (ZIP). Apesar de não ser o modelo computacionalmente mais eficiente e não reproduzir conteúdo harmônico da corrente de consumo, o mesmo apresenta caracterı́sticas julgadas fundamentais para o propósito da pesquisa. 2.5 Modelagem Experimental A partir da análise realizada na Seção 2.4 e do modelo ZIP adotado e apresentado na Seção 2.2, é realizada a modelagem experimental de uma grande variedade de aparelhos domésticos comuns em uma residência média de um cenário brasileiro no ano de 2014. O método utilizado para modelagem experimental basicamente consiste em aplicar uma tensão de alimentação variável dentro de uma faixa pré-determinada a um aparelho doméstico e realizar medições de suas potências ativa e reativa. Para a determinação das faixas de tensão aplicadas às cargas durante a etapa de medição, foram utilizados os parâmetros conforme tabelas constantes na resolução PRODIST - módulo 8 (ANEEL 2012). Esta resolução estabelece parâmetros de qualidade de energia aplicados à distribuição de energia elétrica e os valores de tensão apresentados foram julgados como bons critérios para estabelecimento das faixas de tensões que as cergas deveriam ser modeladas. A Tabela 2.12 apresenta os valores de tensão para os sistemas 110/220V e 127/220V. Sistema 127/220V 110/220V Tensão Nominal (V) 127 220 110 220 Adequada Mı́nima (V) 116 201 101 201 Adequada Máxima (V) 133 231 115 229 Precária Mı́nima (V) 109 189 95 189 Precária Máxima (V) 140 233 117 233 Crı́tica Mı́nima (V) <109 <189 <95 <189 Crı́tica Máxima (V) >140 >233 >117 >233 Tabela 2.12: Valores de tensão de alimentação conforme res. PRODIST mod. 8 (ANEEL) 23 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais Para cargas monofásicas de tensões nominais 110V ou 127V, foi adotada a faixa entre 95V e 133V. A tensão mı́nima foi adotada por ser a tensão mı́nima considerada precária de sistemas 110/220V e a tensão máxima foi adotada por ser a tensão máxima considerada adequada em sistemas 127/220V e estar na faixa crı́tica de sistemas 110/220V. Para cargas de tensões nominais de 220V, a modelagem foi planejada para ocorrer entre a faixa de 189V a 233V (faixa que abrange a condições adequada e precária de ambos os sistemas - 110/220V e 127/220V). No entanto, por motivos que serão explanados nas subseções a seguir, tal faixa não foi possı́vel de ser aplicada para modelagem de tais cargas. Após estabelecidos os critérios para aplicação de tensão sobre as cargas residenciais, os aparelhos domésticos foram submetidos aos ensaios e foi realizada a medição das potências ativa e reativa de algumas formas distintas (esta etapa será melhor explanada nas subseções 2.5.1, 2.5.2, 2.5.3 e 2.5.4). A partir das grandezas elétricas medidas, foram adotados três pontos das curvas adquiridas durante a medição e foi aplicado um algoritmo para interpolação polinomial conforme método de Newton de grau 2 para determinação dos coeficientes p1 , p2 , p3 , q1 , q2 e q3 (Ruggiero & da Rocha Lopes 1996). A partir dos valores medidos e dos coeficientes do modelo ZIP, os valores de potência ativa e reativa foram calculados (utilizando as Equações do modelo ZIP 2.5 e 2.6) para cada aparelho e plotados no mesmo gráfico dos valores medidos para fins comparativos. A modelagem ZIP foi realizada utilizando equipamentos distintos de acordo com disponibilidade de equipamentos de medição e possibilidade de movimentação dos aparelhos domésticos ao ambiente laboratorial da Universidade. Esta possibilidade de deslocamento de aparelhos domésticos levou a quatro formas distintas de medição de consumo de energia para a fase experimental. O primeiro método foi utilizado para modelar aparelhos portáteis que pudessem ser transportados, enquanto o segundo método foi empregado para aparelhos de grande porte, utilizando formas de medição menos precisas. O terceiro e o quarto método surgiram devido às limitações das fontes de tensão utilizadas. A seguir são apresentados as diferentes formas de medição de consumo de energia dos aparelhos modelados. 2.5.1 Modelagem Experimental ZIP - Método #1 Para realização da modelagem de cargas residenciais por este método, foi utilizada uma fonte de tensão alternada monofásica para a alimentação das cargas e um analisador de qualidade de energia para a medição do consumo de cada aparelho doméstico a ser modelado. Os modelos dos equipamentos utilizados para a modelagem das cargas e seus respectivos fabricantes estão apresentados na Tabela 2.13. 24 2.5 Modelagem Experimental Equipamento Fonte de Tensão Alternada 4,5kVA Analisador de Qualidade de Energia Modelo FCAMH450-27-50 WT3000 Fabricante Supplier Yokogawa Tabela 2.13: Modelagem Experimental ZIP: Método #1 - Equipamentos utilizados Os ensaios de modelagem de acordo com este método foram realizados nas dependências dos laboratórios na Universidade Federal do ABC. Por este motivo, os aparelhos domésticos modelados por este método foram aparelhos portáteis ou que permitissem seu transporte até as dependências dos laboratórios. Um a um, os aparelhos foram submetidos às tensões variáveis programadas na fonte de tensão alternada e o procedimento de cálculo dos coeficientes do modelo ZIP e das potências ativa e reativa foram aplicados. A Figura 2.6 mostra um exemplo da realização do ensaio com o forno de microondas. Figura 2.6: Imagens do ensaio com um forno de microondas A Figura 2.7 mostra o comportamento de uma carga resistiva quando submetida a variações da tensão de entrada necessária sua modelagem ZIP, apresentando suas curvas de potência ativa 25 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais medida e calculada. O aparelho em questão trata-se de um ferro de passar a seco. A potência reativa não foi modelada por ser considerada irrelevante. 1300 1200 1200 1100 1100 1000 1000 900 900 800 800 Pcalc (W) Pmed (W) Ferro de Passar (a seco): Potência Ativa 1300 700 700 Pmed Pcalc 600 90 95 100 105 110 115 120 125 130 600 135 V (V) Figura 2.7: Modelo ZIP para um ferro de passar a seco A Figura 2.8 mostra o comportamento das curvas de potência ativa e reativa de uma carga resistiva/indutuva (RL) submetida à modelagem ZIP. O aparelho em questão trata-se de um aspirador de pó. 1100 1000 1000 900 900 800 800 700 700 Pmed 600 200 200 180 180 160 160 140 140 120 600 Qmed 90 95 100 105 110 115 120 125 130 120 Qcalc Pcalc 500 Qcalc (VAr) 1100 Qmed (VAr) Aspirador de Po: Potencia Reativa 1200 Pcalc (W) Pmed (W) Aspirador de Po: Potencia Ativa 1200 500 135 100 V (V) 90 95 100 105 110 115 120 125 130 100 135 V (V) Figura 2.8: Modelo ZIP para um aspirador de pó A Figura 2.9 mostra o comportamento de um equipamento baseado em fonte de alimentação do tipo chaveada quando submetido a variações da tensão de entrada para modelagem ZIP. Trata-se de um computador portátil ou (Notebook ). As caracterı́sticas de consumo do mesmo foi modelado em três estágios de funcionamento: desligado (ou Stand By), ligado durante o processo de carga de sua bateria e ligado com sua bateria plenamente carregada. 26 2.5 Modelagem Experimental Notebook (bateria carregada): Potencia Reativa 34 17,5 17,5 33 33 17,0 17,0 32 32 31 31 16,5 16,5 30 30 16,0 16,0 Qmed (VAr) 34 Pcalc 95 100 105 110 115 120 125 130 Qcalc 135 90 95 100 105 V (V) Notebook (carregando bateria): Potencia Ativa Pmed 54 Pcalc 53 53 -10,0 -10,0 -10,5 -10,5 -11,0 -11,0 -11,5 -11,5 -12,0 -12,0 -12,5 -12,5 -13,0 -13,0 -13,5 -13,5 47 47 46 46 135 120 125 130 Qmed (VAr) 48 Qcalc -9,5 Qcalc (VAr) 48 -9,0 Qmed Pcalc (W) Pmed (W) 28 135 -9,5 49 115 130 54 49 110 125 Notebook (carregando bateria): Potencia Reativa 50 50 105 120 -9,0 51 51 100 115 55 52 52 95 110 V (V) 55 90 29 15,5 28 90 Qmed 29 Pmed 15,5 Qcalc (VAr) 18,0 Pcalc (W) Pmed (W) Notebook (bateria carregada): Potencia Ativa 18,0 -14,0 -14,0 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Notebook (stand by): Potencia Ativa Notebook (stand by): Potencia Reativa 0,520 0,520 -2,0 -2,0 0,510 0,505 0,505 0,500 0,500 0,495 0,495 Qcalc Qmed (VAr) 0,515 0,510 0,490 0,490 -2,2 -2,2 -2,4 -2,4 -2,6 -2,6 -2,8 -2,8 -3,0 -3,0 Qcalc (VAr) 0,515 Pcalc (W) Pmed (W) Qmed Pmed 0,485 Pcalc 0,485 0,480 0,480 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 90 V (V) 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura 2.9: Modelo ZIP para computador portátil (Notebook ) Até aqui foram apresentados os gráficos de consumo de um aparelho de cada tipo. Os gráficos de potência ativa e reativa de todos os aparelhos modelados estão disponı́veis no Apêndice A. 2.5.2 Modelagem Experimental ZIP - Método #2 Este método foi aplicado a aparelhos residenciais grandes e pesados, de difı́cil transporte. Por este motivo não puderam ser levados até as dependências da universidade para a realização das medições conforme a Seção 2.5.1. Por este motivo, as medições foram realizadas em uma residência utilizando equipamentos mais simples e não tão precisos quanto os anteriores. Para aplicar a variação da tensão 27 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais de entrada, foi utilizado um transformador tipo Variac e as medições foram realizadas utilizando um medidor de energia elétrica trifásico com protocolo de comunicação conforme norma ABNT (ABNT 2011a), com classe de exatidão de 1%. A Tabela 2.14 apresenta os equipamentos. Equipamento Transformador Variável Variac 4,5kVA Medidor Eletrônico de Energia Elétrica Modelo desconhecido SAGA 1500-1642 Fabricante JNG Landis&Gyr Tabela 2.14: Modelagem Experimental ZIP: Método #2 - Equipamentos utilizados De uma forma muito parecida com o Método #1, os aparelhos foram submetidos a diferentes valores de tensão de alimentação configuradas no Variac e foram levantadas as suas curvas de potência ativa e reativa em função da tensão. Foram calculados os coeficientes do modelo ZIP e os valores de potência ativa e reativa para fins comparativos. A Figura 2.10 mostra algumas imagens da realização dos ensaios e medições necessárias à modelagem. Figura 2.10: Imagens do ensaio com uma máquina de lavar A Figura 2.11 apresenta o gráfico de consumo de um aparelho com caracterı́stica de carga resistiva/indutiva (RL). Trata-se de um refrigerador. 28 2.5 Modelagem Experimental 190 185 185 180 180 Pmed 175 Pcalc 175 300 300 280 280 260 260 240 240 220 220 200 200 180 Qmed Qcalc (VAr) 190 Qmed (VAr) Refrigerador: Potencia Reativa 195 Pcalc (W) Pmed (W) Refrigerador: Potencia Ativa 195 180 Qcalc 170 100 105 110 115 120 125 130 170 135 160 100 105 110 115 120 125 130 160 135 V (V) V (V) Figura 2.11: Modelo ZIP para um refrigerador Este mesmo método foi aplicado a outros dois aparelhos residenciais: as máquinas de lavar automática e semiautomática. Suas curvas de consumo são apresentadas no Apêndice A. 2.5.3 Modelagem Experimental ZIP - Método #3 A modelagem de aparelhos residenciais por este método foi aplicada a um único aparelho: o ar condicionado. As medições foram realizadas nas dependências do laboratório da universidade utilizando o mesmo analisador de qualidade de energia apresentado na Tabela 2.13, porém a fonte de tensão variável não pôde ser utilizada. Apesar de ter uma tensão e saı́da nominal de até 270V, a mesma não suportava alimentar o ar condicionado nas tensões próximas a 220V, entrando em modo de proteção antes que as medições pudessem ser realizadas. Por este motivo, as medições foram realizadas com o aparelho conectado diretamente à rede elétrica, e a tensão variável não pôde ser aplicada na faixa especificada conforme Tabela 2.12. O modelo ZIP foi interpolado em uma pequena região (aproximadamente 2V de variação) devido à variação da própria tensão da rede elétrica local. As medições foram realizadas em um intervalo de 2h com a finalidade de detectar variações maiores. A Figura 2.12 apresenta os resultados. Notar que as curvas das potências medidas foram plotadas em um pequeno intervalo da tensão de alimentação, enquanto as curvas das potências calculadas foram estimadas para uma faixa maior de variação da tensão. O aparelho de ar condicionado em questão é do tipo bi-split de 24kBTU/h. As medições foram realizadas com o aparelho operando com um módulo interno ligado (12kBTU/h), ambos os módulos internos ligados (24kBTU/h) e com o mesmo em stand by. 29 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais Ar Condicionado (12kBTU/h): Potencia Ativa Ar Condicionado (12kBTU/h): Potencia Reativa 240 240 1900 1800 1700 1700 1600 1600 1500 1500 1400 1400 1300 Pmed 1200 1100 Pcalc 200 205 210 215 220 Qcalc 234 232 232 230 230 228 228 1300 226 226 1200 224 224 1100 225 222 Qmed (VAr) 236 234 200 205 210 215 Ar Condicionado (24kBTU/h): Potencia Ativa Ar Condicionado (24kBTU/h): Potencia Reativa 3060 3050 3050 3040 3030 800 3030 700 700 600 600 500 500 400 400 300 300 Qmed (VAr) 900 800 3010 3010 3000 Pmed Pcalc 205 210 215 220 1000 Qcalc 3040 3020 3020 Qmed 900 Pcalc (W) Pmed (W) 1000 3000 2990 225 200 200 205 210 215 Qcalc (VAr) 3060 200 222 225 220 V (V) V (V) 2990 238 236 Qcalc (VAr) 1800 Qmed 238 Pcalc (W) Pmed (W) 1900 200 225 220 V (V) V (V) Ar Condicionado (stand by): Potencia Ativa Ar Condicionado (stand by): Potencia Reativa 1,980 1,980 1,975 1,975 1,970 1,970 1,965 1,965 1,960 1,960 1,955 1,955 1,950 1,950 1,945 1,945 -11,5 -11,5 Qmed Qcalc Pcalc 200 205 210 215 220 Qmed (VAr) -12,5 -12,5 -13,0 -13,0 -13,5 -13,5 -14,0 -14,0 -14,5 -14,5 1,940 1,935 1,935 -12,0 Qcalc (VAr) Pmed 1,940 Pcalc (W) Pmed (W) -12,0 -15,0 -15,0 225 200 205 210 215 220 225 V (V) V (V) Figura 2.12: Modelo ZIP para um aparelho de ar condicionado 2.5.4 Modelagem Experimental ZIP - Método #4 Este modelo foi aplicado apenas ao chuveiro elétrico. Devido à limitação de potência da fonte de tensão alternada e do Variac utilizados nos métodos #1 e #2, os mesmos não puderam ser utilizados e as medições foram feitas com o chuveiro ligado diretamente à rede elétrica. As medições foram realizadas em uma residência, com o medidor de energia elétrica apresentado na tabela 2.14. O mesmo foi ligado ao chuveiro, permanecendo conectado a este por um perı́odo de 24h. Durante este perı́odo, o chuveiro foi ligado algumas vezes em horários distintos para que as medições pudessem ser executadas, com a finalidade de detectar maiores variações da tensão da rede elétrica. A Figura 2.13 apresenta os resultados. Notar que a curva da potência 30 2.5 Modelagem Experimental ativa medidas foi plotadas em um pequeno intervalo da tensão de alimentação, enquanto a curva da potência calculada foi estimada para uma faixa maior de variação da tensão. A potência reativa não foi modelada por ser considerada irrelevante. 8400 8400 8200 8200 8000 8000 7800 7800 7600 7600 7400 7400 7200 7200 7000 7000 6800 6800 6600 6400 Pmed Pcalc 210 215 220 225 230 235 Pcalc (W) Pmed (W) Chuveiro Elétrico: Potência Ativa 6600 6400 240 V (V) Figura 2.13: Modelo ZIP para um chuveiro elétrico Observação: como a faixa de tensão variável medida foi muito estreita, o modelo ZIP do chuveiro elétrico utilizou os mesmos coeficientes do ferro de passar, por este apresentar caracterı́sticas resistivas semelhantes. As potências Ativa e Reativa nominais utilizadas no cálculo foram estimadas a partir das medições. 2.5.5 Resultados Finais para Modelagem Experimental ZIP As Tabelas 2.15 e 2.16 apresentam os resultados dos coeficientes para os aparelhos domésticos modelados. Após a determinação dos parâmetros do modelo ZIP, as potências ativa e reativa foram calculadas utilizando as Equações 2.15 e 2.16. Como muitos aparelhos domésticos possuem potências nominais desconhecidas (muitas vezes não informada por seus respectivos fabricantes), os valores de P0 e Q0 utilizados foram os próprios valores medidos nas tensões nominais 127V ou 220V, dependendo do aparelho doméstico. Os valores de erro relativo apresentados nas Tabelas 2.15 e 2.16 foram calculados a partir da Equação 3.17, apenas reescrevendo-a de forma diferente: valormed − valorcalc × 100% (2.32) valormed A relação completa de aparelhos domésticos modelados por este trabalho, bem como seus modelos, fabricantes, tensões e potências nominais pode ser encontrada no Apêndice A. εr = 31 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais Aparelho Ar Cond. StB Ar Cond. 12k Ar Cond. 24k Aquecedor Amb** Aspirador Pó Barbeador Ant Barbeador Nov Batedeira Cafeteira** Carreg Cel StB Carreg Cel Lig Chapa Cabelo Chuveiro Elet** DVD Stand By DVD Ligado Espr Laranjas Fer Passar Seco** Fer Passar Vap** Forno Eletrico** Furadeira Grill Eletrico** Impres Las Imp Impres Las Lig Impres Las StB Lampada Inc** Lamp LED 9W Lamp LED 11W Lamp LCF 20W Liquidificador Maquina Lavar Maq Lavar Semi Microondas StB Microondas Lig Mixer Modem ADSL Modem Int Cab Notebook StB Notebook Lig1 Notebook Lig2 Panela Eletrica** PC StB PC Ligado Porta Retr Dig Processad Alim Radio Stb Radio Ligado Radio Rel Stb Radio Rel Lig Rec Ant Par Stb Rec Ant Par Lig Rec TV Cab Stb Rec TV Cab Lig Refrigerador Roteador Wi-Fi Sanduicheira** Secad Cabelo V0 (V) 220 220 220 127 127 127 127 127 127 127 127 127 220 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 P0 (W) 1,97 1864 3047 1426 1028 11,71 3,21 100,2 929,2 0,07 5,19 58 6800 0,91 10,50 100,4 1177 1174 584,1 87,48 1552 305,3 4,12 0,06 100,7 8,78 10,75 19,89 205,4 491,3 34,68 4,15 1661 20,85 5,47 3,87 0,50 16,43 48,65 696,5 1,52 45,16 4,7 173,6 0,066 5,58 2,85 3,42 2,99 10,71 7,38 7,77 183,2 3,50 829,5 2008 Q0 (VAr) -14,6 224 338 — 179,6 2,63 4,71 20,67 — 2,19 8,29 10,75 — -3,49 -18,62 223,6 — — — -99,91 — 341,0 -8,55 -3,23 — 19,21 -17,35 -32,27 35,97 57,00 81,5 6,20 579,9 20,74 13,26 10,98 -2,75 31,65 -12,97 — -10,85 -36,43 10,36 32,63 1,66 4,03 2,56 2,26 7,93 11,27 20,83 19,11 246,49 6,32 — 46,99 p1 p2 p3 q1 q2 q3 0 0 0,0268 0,8451 1,3274 -2,8508 -0,1235 0,2984 0,9681 -10,6173 -0,3499 -0,0655 0,8983 -0,2429 0,2723 3,2501 0,8983 0,7792 0,967 2,7289 1,0001 -6,6631 -0,1624 -0,3017 0,4609 0,9254 0,8312 -0,1807 1,1982 -1,4756 1,8941 2,181 -6,1406 -0,3548 -0,2896 0,3399 0,7073 0,2376 -0,1008 0,9007 -0,9525 1,0043 -0,8614 -0,1497 0,4975 -16,425 2,7421 1,1722 0,9068 0,3754 -0,1033 0,1808 2,3172 0,6939 1,0928 0,9043 0,1712 3,7736 0,1318 0,238 -0,7053 5,8847 0,2701 1,0045 0,0393 19,0567 0,5794 0,3497 0,18 0,905 -0,56 -3,6807 0,18 0,3541 0,0507 -3,5854 0,0038 9,7898 0,2445 2,7845 0,6299 -1,56 -1,5684 1,323 -0,6822 3,5619 -2,0116 -2,244 12,4554 1,6436 0,7571 -0,5423 -1,2146 -0,4506 0,1791 0,1538 2,0525 -1,9022 1,5 1,4452 0,5409 33,4339 -2,803 -0,1336 -0,0674 0,5583 0,164 -0,2922 -3,9608 -1,3421 -0,2032 0,149 0,8288 -2,7736 0,8424 -0,0832 0,3738 -2,0708 0,8523 -0,3074 -0,0074 -7,4185 0,7708 0,7161 -0,0784 0,3403 1,286 1,4353 -0,0784 -0,1331 -0,0177 1,8574 -0,0039 -2,1467 0,9212 -1,4517 -0,0908 1,6378 1,7513 -0,1419 0,4846 -1,0588 1,1194 1,0692 -5,3039 -0,2985 0,534 1,2025 1,5012 1,2146 0,929 -0,0547 -0,0586 1,8916 0,3633 -0,2999 -0,039 -15,8921 1,0629 -0,0334 0,1623 0,0658 0,9385 1,1131 2,6242 1,6435 0,1093 -0,0534 0,0436 -0,1555 0,0268 — 2,9427 -2,3714 -0,5593 0,5008 — -4,9512 -0,6396 -0,3176 — -0,4602 0,1605 5,3339 — — — 2,8961 — -10,5235 0,5205 1,7706 — -0,7647 0,4061 0,2087 1,3755 1,046 2,6218 7,9781 8,8832 -0,0939 0,0958 -0,0806 1,4673 0,045 -0,5188 — 0,2579 0,837 -0,2661 0,1025 0,1829 -9,8862 5,6431 4,796 4,2911 1,7592 -0,8118 -0,0922 1,956 1,3364 — 0,5137 1,8923 -0,3657 -20,8801 — -3,5705 4,1593 1,6088 0,3151 — 9,4628 1,6906 1,7119 — 1,7338 0,0957 -6,925 — — — -3,9037 — 22,1822 -0,5103 -1,9616 — 2,2275 -0,381 0,9287 -1,2577 1,0820 -2,3918 -12,1663 -14,2783 1,3363 0,5641 0,756 -1,6471 0,3112 1,9917 — 1,0371 -1,0457 0,845 0,2659 0,7163 20,8863 -7,4232 -6,2384 -5,6151 -1,5723 2,174 0,7493 -1,8028 -1,8788 — 0,5373 -0,9359 1,5213 21,8533 — 1,6228 -0,8383 -0,0486 0,1805 — -3,5066 -0,0486 -0,3951 — -0,2757 0,7457 2,595 — — — 2,0048 — -10,6578 1,008 1,1898 — -0,4636 0,9739 -0,1291 0,8734 -1,1238 0,7678 5,2031 6,4393 -0,2523 0,3365 0,325 1,1912 0,6442 -0,4734 — -0,2877 1,2048 0,4227 0,6305 0,1082 -9,9225 2,7877 2,4459 2,3241 0,8124 -0,3649 0,3422 0,8458 1,5375 — -0,0511 Tabela 2.15: Parâmetros do modelo ZIP para cargas residenciais 32 Erro P εr,P (%) 0* 0* 0,10* 0,07 3,84 3,78 0,23 0,45 0,03 22,04 1,53 1,80 1,18* 1,32 1,06 1,31 0,15 0,31 0,01 0,09 0,01 17,15 2,41 16,88 0,16 4,64 2,06 0,12 0,92 2,13 0,19 1,44 5,73 3,31 2,66 0,32 1,78 3,12 5,34 0,09 7,11 1,78 1,44 1,35 0,89 11,68 0,94 1,41 1,66 0,60 0,28 1,44 2,15 1,10 0,65 0,03 Erro Q εr,Q (%) 2,92* 0,01* 0* – 3,00 5,90 0,96 0,36 — 10,15 0,82 1,04 — 2,82 1,43 2,31 — — — 1,62 — 3,65 2,47 1,67 — 1,59 1,25 1,48 2,17 12,89 0,22 5,90 13,94 1,71 2,35 2,17 1,87 4,17 5,75 — 1,10 1,10 2,71 2,48 3,50 7,76 1,44 0,78 1,69 5,79 0,38 1,81 0,53 2,41 — 0,62 2.5 Modelagem Experimental Aparelho Tel Sem Fio Stb Tel Sem Fio Uso Torradeira** TV LCD 32”StB TV LCD 32”Lig Umidificador Ar Ventilador Vel1 Ventilador Vel2 Ventilador Vel3 Video Game Stb Video Game Lig V0 (V) 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 127 P0 (W) 1,67 1,75 857,2 0,25 115,71 32,32 40,91 46,88 55,77 0,72 76,65 Q0 (VAr) 3,33 3,32 — -4,15 -14,73 -45,81 -5,78 -1,21 17,74 -8,88 -25,54 p1 p2 p3 q1 q2 q3 2,1089 1,5359 0,9902 -2,6156 -0,1486 -0,2331 0,3106 0,6622 1,3388 0,0446 0,3152 -2,4961 -1,6025 -0,011 4,7682 0,1948 1,2305 1,0389 0,3935 -0,7826 0,083 -0,5873 1,3925 1,0664 0,0209 -1,1441 0,9495 0,0024 -0,3491 -0,0553 0,4442 0,8718 1,2683 6,8512 7,2159 — 1,4154 5,2641 0,3743 -0,2504 -7,6494 2,9177 3,088 -0,1301 -9,5227 -10,142 — -0,7903 -7,9806 0,4696 2,221 14,1518 -3,0202 -3,6405 1,3335 3,6803 3,9334 — 0,3674 3,7174 0,1537 -0,9721 -5,5191 1,102 1,5363 -0,2094 Erro P εr,P (%) 0,55 1,00 0,06 5,62 0,53 0,09 0,19 0,29 0,55 1,46 0,49 Erro Q εr,Q (%) 7,74 3,99 — 1,60 8,05 0,65 1,52 5,94 0,18 6,00 2,51 Tabela 2.16: Parâmetros do modelo ZIP para cargas residenciais (*) A medição não pôde ser realizada na faixa de tensão especificada na Tabela 2.12. (**) Cargas cujo valor de potência reativa é menor que 1% do valor de sua potência ativa foram consideradas como cargas ZIP puramente resistivas. Suas respectivas parcelas de potências reativas foram desprezadas nos modelos de cargas criados por serem irrelevantes. Alguns aparelhos domésticos não puderam ter suas caracterı́sticas de consumo modeladas experimentalmente, mas foram considerados como importantes para a execução da simulação final ou para a sua disponibilização na biblioteca Home Smart Grid. Por este motivo, seus modelos teóricos foram adotados de acordo com as Tabelas 2.4 e 2.5. Uma excessão se aplica ao modelo de aquecedor elétrico para torneiras. O modelo utilizou os mesmos coeficientes ZIP do chuveiro elétrico, apenas considerando sua potência nominal. A Tabela 2.17 reapresenta os modelos teóricos. Aparelho Lav Louças Sec Lav Louças LN Lav Louças Pan Secadora Aquecedor Torn. V0 (V) 120 120 120 240 220 S0 (VA) 500 600 685 4900 5500 FP 0,99 1 1 1 1 Vmin (pu) 0 0 0 56 150 p1 p2 p3 q1 q2 q3 0,95 0,99 1 1,02 0,8983 0 0 0 0 0,18 0 0 0 0 -0,0784 0 0 0 0,1 -2,0211 0 0 0 0 5,1128 0 0 0 0 -2,1222 Tabela 2.17: Modelo teórico ZIP para cargas residenciais Todos os aparelhos de modelo teórico também apresentam caracterı́sticas fortemente resistivas e tiveram suas respectivas parcelas de potência reativa desconsideradas para a execução da simulação final. 33 Cap. 2 Modelagem de Cargas em Instalações Elétricas Residenciais 34 Capı́tulo 3 Modelagem de cabos e medidores de energia O presente capı́tulo está dividido em duas partes. A primeira delas apresenta a modelagem dos cabos utilizados em uma instalação elétrica residencial enquanto a segunda parte apresenta um modelo de medidor de energia elétrica que pode ser utilizado em qualquer ponto da instalação elétrica. 3.1 Modelagem de Cabos Esta seção da pesquisa aborda mais um importante elemento da instalação elétrica residencial: os cabos elétricos. Caso os mesmos sejam mal dimensionados ou as cargas conectadas a estes estejam fora do previamente especificado em projeto, podem surgir efeitos indesejáveis, como o aumento das perdas elétricas e o superaquecimento destes elementos. O modelo a ser utilizado se baseia em um modelo RLC proveniente da teoria de linhas de transmissão. Este modelo apresenta uma resistência R e uma indutância L em série ao condutor e uma capacitância C paralela ao mesmo. Todos estes três parâmetros variam em função do comprimento l do cabo(De Paula et al. 2005, Vendrusculo & Pomilio 1999). Em um cenário no qual dois cabos em paralelo interligam as cargas à rede elétrica, a Figura 3.1 apresenta o modelo de cabo para um sistema bifilar. L/2 R C/2 C/2 L/2 R Figura 3.1: Modelo RLC para representação de linha de transmissão bifilar 35 Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia A resistência R do cabo é calculada para cada condutor do circuito. Por este motivo, em um circuito com dois cabos paralelos semelhantes (de mesma seção transversal), os valores das suas resistências podem ser considerados iguais. A indutância L do conjunto, para fins representativos, foi dividida entre os dois condutores. A indutância de um sistema bifilar nada mais é que a aproximação do circuito a um indutor de uma única espira. Assim, para um circuito com condutores paralelos semelhantes, cada condutor representa para o circuito metade da indutância da linha de trasmissão bifilar, de tal forma que sua associação em série represente a indutância total do circuito. O modelo também aproxima a capacitância total C do circuito por dois capacitores posicionados nas extremidades do circuito, cada um representando metade do valor total da capacitância total de uma linha de transmissão bifilar. Inicialmente é realizada a modelagem teórica dos cabos, utilizando os parâmetros R, L e C. O primeiro parâmetro R está previsto na norma ABNT NBR NM 280:2011 (ABNT 2011b). Esta norma padroniza as classes e seções de condutores de cabos elétricos isolados. Além disto, estipula diâmetros máximos de condutores e resistência máxima por unidade de comprimento. Para as seções de cabo adotadas no presente trabalho, seus valores de resistência especı́fica Resp (resistência por unidade de comprimento) extraı́dos da norma são apresentados na Tabela 3.1. Para determinação dos parâmetros de indutância L e capacitância C, serão utilizadas equações de linhas de transmissão bifilares em baixa frequência, apresentadas por Hayt & Book (2003). O equacionamento é válido para um sistema bifilar, cada cabo com raio a, diâmetro d, comprimento l e separados por uma distância h conforme a Figura 3.2. Estes cabos também possuem uma camada isolante de espessura ei . Figura 3.2: Modelo RLC para representação de cabos 36 3.1 Modelagem de Cabos A equação da capacitância especı́fica Cesp (capacitância por unidade de comprimento) é dada por: Cesp = πǫ h ) cosh−1 ( 2a (3.1) no qual ǫ é a permissividade elétrica do meio isolante, dada por: ǫ = ǫR ǫ0 (3.2) no qual ǫR é a permissividade relativa do meio isolante e ǫ0 é a permissividade do espaço livre, uma constante dada por ǫ0 = 8, 854187817 × 10−12 F/m (Hayt & Book 2003). A equação da indutância especı́fica Lesp (indutância por unidade de comprimento) é dada por: µ 1 h [ + cosh−1 ( )] 4 4 2a no qual µ é a permeabilidade magnética do meio, dada por: Lesp = µ = µR µ0 (3.3) (3.4) no qual µR é a permeabilidade relativa do meio e µ0 é a permeabilidade do espaço livre, uma constante dada por µ0 = 4π × 10−7 H/m (Hayt & Book 2003). Considerando o diâmetro do condutor d = 2a e substituindo as Equações 3.2 e 3.4 nas Equações 3.1 e 3.3, as mesmas podem ser reescritas por: Cesp = πǫR ǫ0 cosh−1 ( hd ) (3.5) h µR µ0 1 [ + cosh−1 ( )] (3.6) 4 4 d Os cabos em paralelo formam um sistema bifilar e passam por eletrodutos da instalação elétrica residencial. Existe uma distância média entre ambos condutores (distar ) cujo meio é o ar. Desta forma, a distância h entre os centros dos condutores pode ser calculada por: Lesp = h = d + 2ei + distar (3.7) Segundo Hayt & Book (2003), um valor de distar diferente de zero não influencia no cálculo da indutância pelo ponto de vista da permeabilidade magnética do meio. Tanto o ar quanto o material isolante do cabo são materiais não ferromagnéticos e a permeabilidade do meio equivale a aproximadamente um valor unitário µR ≈ 1. Desta forma, pode ser feita a seguinte aproximação: µ ≈ µ0 (3.8) E a equação da indutância pode ser reescrita por: Lesp = d + 2ei + distar µ0 1 [ + cosh−1 ( )] 4 4 d 37 (3.9) Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia No entanto, para a capacitância, deve ser considerada uma associação em série de capacitâncias devido aos meios isolantes distintos (PVC e ar), conforme abaixo: 1 1 1 = + Cesp Cesp,ar Cesp,P V C (3.10) Para o cálculo da capacitância especı́fica da parcela referente ao meio isolante ar, sua permissividade relativa pode ser aproximada por ǫR ≈ 1. O valor da capacitância especı́fica desta parcela é então calculado por: Cesp,ar = πǫ0 (3.11) i +distar ) cosh−1 ( d+2ed+2e i Para a parcela da capacitância cujo meio isolante é o PVC, este apresenta como permissividade relativa o valor ǫR = 5, 7 (Vendrusculo 2001). A capacitância especı́fica referente a esta parcela é: Cesp,P V C = πǫR ǫ0 i ) cosh−1 ( d+2e d (3.12) Substituindo as Equações 3.11 e 3.12 em 3.10, o valor da capacitância total do sistema bifilar é dado por: Cesp = 1 d+2ei +distar cosh−1 ( d+2ei πǫ0 ) + (3.13) d+2ei ) cosh−1 ( d πǫR ǫ0 A Tabela 3.1 apresenta os valores teóricos de resistência R, indutância L e capacitância C para quatro seções de cabos normalmente aplicadas em instalações elétricas residenciais. Para fins comparativos, os valores de diâmetro de cabo (apenas o cobre) e espessura de isolação foram medidos dos condutores utilizados para a modelagem experimental. Seção Cabo (mm2 ) 1,5 2,5 4 6 Diâm. Cabo d (mm) 1,7 2,2 2,7 3,2 Espessura Isol. ei (mm) 0,65 0,65 0,65 0,65 Dist. ar distar (mm) 1 1 1 1 Dist. h (mm) 4 4,5 5 5,5 Resp Lesp Cesp (mΩ/m) 12,2 7,56 4,70 3,11 (nH/m) 700,1 637,1 590,7 554,7 (pF/m) 27,8 30,19 32,38 34,42 Tabela 3.1: Tabela de parâmetros Resp , Lesp e Cesp para o modelo de cabos A partir da Tabela 3.1, a única variável faltante para a modelagem dos cabos é o comprimento l. A partir deste comprimento, que é diferente para cada ramal da instalação elétrica em estudo, um cabo qualquer pode ter seus parâmetros enfim calculados através das Equações 3.14, 3.15 e 3.16: R = Resp × l 38 (3.14) 3.1 Modelagem de Cabos 3.1.1 L = Lesp × l (3.15) C = Cesp × l (3.16) Modelagem Experimental de Cabos A modelagem experimental dos cabos foi realizada no ambiente de laboratório da Universidade. O método para determinação dos parâmetros de indutância e capacitância dos cabos é descrito por Vendrusculo (2001). Para a medição da resistência, os cabos paralelos devem ter uma de suas extremidades curto-circuitadas e o multı́metro na função de medição de resistência deve ser conectado à outra extremidade do cabo, conforme mostra a Figura 3.3. L/2 R M ultimetro(resistencia) C/2 C/2 Curto − circuito L/2 R Figura 3.3: Medição de resistência para modelagem de cabo Para a medição da indutância, os cabos paralelos devem ter uma de suas extremidades curtocircuitadas e o medidor LCR (LCR Meter ) deve ser conectado à outra extremidade na função de medição de indutância, conforme mostra a Figura 3.4. R M edidorLCR(L) L/2 C/2 C/2 R Curto − circuito L/2 Figura 3.4: Medição de indutância para modelagem de cabo Para a medição da capacitância, os cabos paralelos devem ter uma de suas extremidades em circuito aberto. Na outra extremidade, o medidor LCR deve ser configurado para medição de 39 Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia capacitância, conforme apresentado na Figura 3.5. L/2 R M edidorLCR(C) C/2 C/2 CircuitoAberto L/2 R Figura 3.5: Medição de capacitância para modelagem de cabo Para a realização das medições, foram utilizados equipamentos como um medidor LCR e um multı́metro de bancada, mostrados na Tabela 3.2. Equipamento Multı́metro de Bancada 6 1/2 dı́gitos Ponte LCR de Bancada Modelo Fabricante DMM4040 Tektronix MXB-821 Minipa Tabela 3.2: Modelagem de Cabos - Equipamentos utilizados Para as medições, foram utilizados rolos de cabos novos com 100m de comprimento. Os cabos foram esticados e dobrados exatamente na metade de seu comprimento total (50m) e posicionados de forma paralela. Desta forma foram medidos os valores de resistência e indutância dos cabos paralelos. Devido à irregularidade dos cabos paralelos quando esticados, os mesmos foram unidos com o uso de fita isolante a cada trecho de aproximadamente 20cm, de forma que a distância máxima entre os cabos não fosse diferente de um cenário real com os cabos paralelos passando por dentro de eletrodutos da instalação. A Figura 3.6 mostra a forma que o cenário foi montado para a realização das medições. 40 3.1 Modelagem de Cabos Figura 3.6: Imagens das medições dos parâmetros dos cabos Após estas medições, a extremidade do cabo que se apresentava dobrada foi cortada (formando um circuito aberto) e as medições de capacitância foram realizadas. Devido ao modelo de cargas e cabos proposto tratar apenas a componente harmônica fundamental da forma de onda senoidal da rede elétrica (60Hz), as medições de indutância e capacitãncia foram realizadas nas frequências mais baixas configuráveis do medidor LCR (100 e 120Hz, respectivamente). Como os valores encontrados como resultados foram muito próximos, após as medições foi extraı́da a média entre ambos. Para a modelagem experimental, foram utilizados quatro seções de cabos distintas, normalmente utilizados em instalações elétricas residenciais. Cabos de seções maiores são normalmente utilizados em ramais de alimentação, e não foram modelados devido ao custo de aquisição dos mesmos. A Tabela 3.3 apresenta os resultados obtidos para a medição da resistência dos cabos. Os ensaios foram realizados à temperatura ambiente de 24o C. O valor do erro relativo εr é dado por (Morgano et al. 2005): εr = | valormedido − valorcalculado | × 100% valorcalculado 41 (3.17) Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia Antes das medições de resistência dos cabos, as pontas de prova do multı́metro foram ligadas em curto-circuito e foi realizada a medida de sua resistência interna. A mesma foi subtraı́da da resistência total medida. Os valores apresentados na Tabela 3.3 são os valores reais de resistência dos cabos apenas. As medições foram executadas à temperatura ambiente de 24oC enquanto a norma especifica que os valores apresentados na Tabela 3.1 são estabelecidos a 20o C. A mesma norma apresenta 1 um fator de correção térmica kt = 1+0,004(t−20) , onde t é a temperatura do condutor no momento da medição. Por este motivo, a Tabela 3.3 também apresenta o valor da resistência corrigida Resp = Resp,med × kt . Seção Cabo (mm2 ) 1,5 2,5 4 6 Comprimento Cabo l (m) 100 100 100 100 Resistência Total Medida RT,med (Ω) 1,36806 0,79876 0,48987 0,32857 Resistência Especı́fica Medida Resp,med (mΩ/m) 13,6806 7,9876 4,8987 3,2857 Resistência Especı́fica Corrigida Resp (mΩ/m) 13,4651 7,8618 4,8216 3,2340 Erro Relativo εr (%) 10,37 3,99 2,59 3,99 Tabela 3.3: Modelagem de Cabos - Medição da Resistência Mesmo aplicando o fator de correção térmica, a Tabela 3.3 ainda apresenta valores de resistência medidos ligeiramente acima do especificado pela norma ABNT (2011b). Embora os cabos utilizados apresentem selo de certificação INMETRO, este fato pode se dever à qualidade dos cabos utilizados durante os testes ou a algum tipo de desvio pontual em seus respectivos lotes de produção. As Tabelas 3.4 e 3.5 apresentam os resultados obtidos para medição da indutância e capacitância dos cabos. Notar que o comprimento l é a metade do comprimento utilizado para a medição da resistência R. Os parâmetros de indutância e capacitância são calculados para sistemas bifilares, por este motivo estas medições são calculadas para cada par de condutores que compõem um ramal interno da instalação elétrica residencial. Notar que o modelo proposto pela Figura 3.1 resolve isto utilizando duas parcelas de indutância L/2 para cada condutor do sistema bifilar, totalizando a indutância L do ramal da instalação. O mesmo se aplica à capacitância, distribuı́da igualmente entre os terminais dos cabos. 42 3.1 Modelagem de Cabos Seção Cabo (mm2 ) Comprim. cabo l (m) 1,5 50 2,5 50 4 50 6 50 Freq. Teste ft (Hz) 100 120 100 120 100 120 100 120 Indutância Total L (µH) 45 45 44 44 42 42 41 41 Indutância Especı́fica Lesp,f t (µH/m) 0,9 0,9 0,88 0,88 0,84 0,84 0,82 0,82 Indutância média Lesp (µH/m) Erro Rel. εr (%) 0,9 28,55 0,88 38,12 0,84 42,19 0,82 47,83 Tabela 3.4: Modelagem de Cabos - Medição da Indutância Seção Cabo (mm2 ) Comprim. cabo l (m) 1,5 50 2,5 50 4 50 6 50 Freq. Teste ft (Hz) 100 120 100 120 100 120 100 120 Capacitância Total C (pF) 1534 1529 1578 1572 1638 1631 1743 1733 Capacitância Especı́fica Cesp,f t (pF/m) 30,68 30,58 31,56 31,44 32,76 32,62 34,86 34,66 Capacitância média Cesp (pF/m) Erro Rel. εr (%) 30,63 10,18 31,50 4,34 32,69 0,95 34,76 0,99 Tabela 3.5: Modelagem de Cabos - Medição da Capacitância Notam-se valores de erro relativo εr elevados entre os valores calculados e os valores medidos, principalmente na medida da indutância. A Tabela 3.1, que apresenta os resultados teóricos utilizados para o cálculo do erro relativo εr adota um valor de distância média entre os cabos de 1mm. No entanto, como pode ser notado na Figura 3.6, esta distância entre ambos varia entre zero e aproximadamente 5mm ao longo de seu comprimento (e de forma irregular) e não pode ser medida com exatidão. Por este motivo, a distância média utilizada para os cálculos de valores teóricos de indutância e capacitância foi apenas estimada. Mesmo assim, os valores de indutância e capacitância apresentaram-se com mesma ordem de grandeza dos resultados obtidos após as medições. 3.1.2 Modelo de Cabos RL Esta seção apresenta uma nova proposta para a modelagem de cabos: um modelo RL, que despreza a capacitância em paralelo ao sistema bifilar. Segundo Irwin (2000), a equação da reatância capacitiva é dada por: 43 Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia XC = 1 2π × f × C (3.18) Avaliando a Equação 3.18, nota-se que a reatância capacitiva é inversamente proporcional ao produto da frequência e da capacitância, além dos termos pré-definidos. O modelo ZIP de cargas não reproduz qualquer tipo de efeito de componentes harmônicos na corrente elétrica, portanto a frequência f é a frequência fundamental da forma de onda senoidal da rede elétrica, 60Hz. Adota-se por suposição que o ramal mais longo da instalação elétrica residencial pode possuir até 50 metros (valor superestimado, não possı́vel de se obter em residências médias brasileiras). De acordo com a Tabela 3.5, o valor máximo de capacitância especı́fica medido é de 34,76pF/m (para o cabo de 6mm2 ). Utilizando a Equação 3.16, estima-se que o maior valor de capacitância possı́vel de ser obtido é de 1,74nF. Aplicando os valores encontrados na Equação 3.18, chega-se à conclusão que um sistema bifilar de uma instalação elétrica residencial pode apresentar como mı́nimo valor de reatância capacitiva o valor de XC = 1, 5262MΩ. Estas capacitâncias paralelas aos cabos se comportam como cargas capacitivas conectadas aos ramais. Segundo Irwin (2000) a potência reativa de um capacitor é descrita por: V2 Q= (3.19) XC Ou seja, mesmo em casos extremos onde a tensão de alimentação é de 231V, a máxima potência reativa consumida pelos cabos seria de 34,96mVAr. Mesmo estes valores máximos não são representativos para o comportamento do circuito (todas as variáveis foram maximizadas para chegar a este valor). Por este motivo, as capacitâncias dos cabos serão desprezadas para a simulação final. Outro fator importante a ser levado em consideração é que eliminando tais capacitâncias, ganha-se em desempenho computacional tornando o modelo mais simples. O modelo de cabos a ser utilizado para a simulação final leva em conta apenas os parâmetros de resistência e indutância série. A Figura 3.7 apresenta o modelo proposto. R L/2 R L/2 Figura 3.7: Modelo de cabos paralelos RL série A Tabela 3.6 apresenta os valores de resistência e indutância especı́fica para o modelo de cabos. 44 3.2 Modelo de Medidor de Energia Elétrica Seção Cabo (mm2 ) 1,5 2,5 4 6 Diâm. Cabo d (mm) 1,7 2,2 2,7 3,2 Espessura Isol. ei (mm) 0,65 0,65 0,65 0,65 Resp Lesp (mΩ/m) 13,4651 7,8618 4,8216 3,2340 (µH/m) 0,9 0,88 0,84 0,82 Tabela 3.6: Tabela de parâmetros Resp e Lesp para o modelo de cabos RL O modelo RL é adotado para a simulação final do presente trabalho. No entanto, a biblioteca criada por este trabalho disponibiliza ambos os modelos RL e RLC para os usuários da mesma. 3.2 Modelo de Medidor de Energia Elétrica A principal proposta da pesquisa é viabilizar estudos de Smart Grids em ambientes residenciais. Além de toda a modelagem de cargas e cabos, outro elemento deste cenário ganha importância fundamental: o medidor de energia elétrica. Tecnologias atuais viabilizam o desenvolvimento e fabricação de medidores eletrônicos de energia elétrica de baixo custo, o que permite que um consumidor residencial adquira diversas unidades destes elementos e possa monitorar o consumo de energia de todos ou dos principais aparelhos domésticos. Para a proposta do trabalho, foram concebidos dois modelos de medidores. O primeiro modelo de medidor de energia é um monofásico que pode ser conectado a qualquer ponto da instalação elétrica, principalmente junto às cargas. O mesmo é capaz de medir as principais grandezas instantâneas como tensão e corrente eficazes, potências ativa e reativa, além do fator de potência. O segundo modelo trata-se de um medidor bifásico para ser ligado à entrada da instalação elétrica residencial com função de medir o consumo de toda a instalação elétrica residencial. 3.2.1 Medidor de Energia Elétrica Monofásico - Medição de Cargas Este modelo de medidor é conectado diretamente aos pontos de consumo, onde se deseja medir as grandezas elétricas. São utilizados os dados de tensão e corrente em tempo real com a simulação, acumula-os e realiza os cálculos de acordo com intervalos de integração predefinidos. A partir dos dados lidos dos sensores, as equações a seguir apresentam a forma de cálculo das grandezas de tensão eficaz (VRM S ), corrente eficaz (IRM S ), potência ativa (P ), potência reativa (Q) e fator de potência (FP ), que podem ser calculados para cada intervalo de m amostras (TexasInstruments 2011). 45 Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia VRM S = r Pm v(n)2 m n=1 (3.20) r Pm i(n)2 (3.21) m no qual v(n) é o valor da tensão instantânea na amostra n e i(n) é o valor da corrente instantânea na amostra n. IRM S = P = Pm n=1 n=1 v(n) × i(n) m Pm v90 (n) × i(n) m no qual v90 (n) é o valor da tensão instantânea defasada de 90o . Q= n=1 (3.22) (3.23) O cálculo do fator de potência FP é dado por Irwin (2000): FP = P P =p S P 2 + Q2 (3.24) Segundo Hayt & Book (2003), a função senoidal que descreve o valor da tensão em função do tempo v(t) é dado por: v(t) = Vp × sen(2πf t + ϕ) (3.25) no qual: Vp é a amplitude da forma de onda ou tensão de pico, f é a frequência do sinal, t é o instante de tempo (em segundos) e ϕ é o ângulo de defasagem do sinal. Adotando um ângulo ϕ = 0 e um valor de tensão de pico Vp = 179, 605V (valor de pico para uma tensão eficaz de 127V ), o gráfico da tensão pode ser plotado, sendo apresentado na Figura 3.8. 46 3.2 Modelo de Medidor de Energia Elétrica V 200 150 100 V (V) 50 0 -50 -100 -150 -200 0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 t (s) Figura 3.8: Forma de onda de tensão para uma função senoidal de 60Hz O intervalo de integração foi adotado como 25ms. O propósito do trabalho é de utilizar passos de simulação como submúltiplos deste intervalo, da ordem de 20 a 250µs. O intervalo foi adotado por ser múltiplo de alguns possı́veis valores de passo da simulação (como 20µs, 25µs, 50µs, 100µs, 125µs, 200µs e 250µs), além de ser equivalente a 1,5 perı́odos da forma de onda da tensão senoidal com frequência fundamental de 60Hz. A Figura 3.9 a seguir apresenta o fluxograma da rotina de medição de energia, que é executada a cada passo da simulação. 47 Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0VWXYXZ 00000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 0 0 0 0 0 0 0 [\]]^_\ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0`\]Xa`^Xb 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 d^ 000000000000000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0^Wc]\d\e 000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00fXWh 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00fXWmnh 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00VXWh 00 00 00 00 00 00 00 00 cXg^ 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00[\]]^_\ 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 `\]Xa`^Xb 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00^bc\dZ 00 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Possui dois sensores de tensão e dois sensores de corrente, sendo capaz de calcular as grandezas elétricas totais e por fase. As Equações 3.26, 3.27 e 3.28 apresentam a forma de cálculo das tensões eficazes de fase (Va,RM S e Vb,RM S ) e de linha (Vtot,RM S ) para cada intervalo de m amostras (TexasInstruments 2011). r Pm 2 n=1 va (n) Va,RM S = (3.26) m r Pm 2 n=1 vb (n) (3.27) Vb,RM S = m r Pm 2 n=1 (va (n) − vb (n)) Vtot,RM S = (3.28) m 49 Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia no qual va (n) e vb (n) representam os valores instantâneos das tensões das fases A e B, respectivamente. Analogamente, para as correntes eficazes, as Equações 3.29 e 3.30 podem ser descritas por: r Pm 2 n=1 ia (n) Ia,RM S = (3.29) m r Pm 2 n=1 ib (n) (3.30) Ib,RM S = m no qual ia (n) e ib (n) representam os valores instantâneos das correntes das fases A e B, respectivamente. O modelo calcula apenas as potências ativa e reativa totais, dadas pela soma das potências em cada fase, conforme as Equações 3.31 e 3.32 Pm [(va (n) × ia (n)) + (vb (n) × ib (n))] (3.31) Ptot = n=1 m Pm [(va,90 (n) × ia (n)) + (vb,90 (n) × ib (n))] m Da mesma forma, o fator de potência é calculado sobre as potências totais: Qtot = n=1 FP = Ptot Ptot =p 2 Stot + Q2tot Ptot (3.32) (3.33) Todos estes cálculos são realizados utilizando os mesmos intervalos de integração de 25ms do medidor monofásico, conforme figura 3.8. A Figura 3.11 apresenta o Fluxograma do bloco de função MatLab responsável por realizar os cálculos da medição de energia e apresentar os resultados após os intervalos de integração. 50 3.2 Modelo de Medidor de Energia Elétrica 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 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00 00 00 00 00 00 00¥00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00²±¯¦®¯¦ 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 ¨ ¥ ¢ » 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00¨³¤± 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00¸¹ 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00³ 0000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 ¥00 00 00 00º 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00¥00 00 00 º 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 ¥ º 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00¥00 00 00 00 º 000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00¥ 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 ´ 00000000000000000000000000000000000000000000000 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 Figura 3.11: Modelo de Medidor de Energia Por fim, a Figura 3.12 apresenta o modelo de medidor totalizador. 51 Cap. 3 Modelagem de cabos e medidores de energia Figura 3.12: Modelo de Medidor de Energia 52 Capı́tulo 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Este capı́tulo apresenta um modelo hipotético de residência que permite realizar a distribuição de cargas pelos diversos pontos da instalação elétrica. A partir deste modelo, os comprimentos dos ramais podem ser estimados para cada circuito pertencente a esta. O capı́tulo também apresenta as análises dos resultados da simulação, demonstrando o funcionamento completo de uma residência média em um cenário brasileiro durante 24 horas, apresentando, adicionalmente, os dados de consumo de energia elétrica em todos os pontos da instalação. 4.1 Modelo de Residência Esta seção tem como objetivo apresentar o último item da infraestrutura básica necessária para a modelagem completa de uma instalação elétrica residencial: a planta e o diagrama unifilar da instalação. É apresentada uma planta de um apartamento de aproximadamente 60m2 . A partir deste diagrama é feita uma distribuição de cargas pelos diversos ambientes e pontos de consumo de energia da instalação residencial e são estimados os comprimentos de cada ramal da mesma. A Figura 4.1 apresenta a planta contendo o diagrama unifilar da instalação elétrica utilizada para os estudos. 53 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Figura 4.1: Planta de apartamento de 60m2 e diagrama unifilar da instalação elétrica A Figura 4.2 apresenta a legenda do diagrama unifilar apresentado na Figura 4.1. 54 4.1 Modelo de Residência Figura 4.2: Legenda do Diagrama Unifilar da instalação elétrica A partir da planta apresentada na Figura 4.1, foram elaborados diagramas unifilares para cada circuito separadamente. Estes diagramas foram elaborados baseados em diagramas unifilares de sistemas elétricos de potência, apenas uma forma ilustrativa para facilitar a visualização dos comprimentos dos ramais e dos pontos de consumo. A Figura 4.3 apresenta a distribuição de cargas dos circuitos 1 (Tensão 127V, iluminação), 2 e 4(Tensão 220V, chuveiros elétricos) e 6 (Tensão 127V, Forno de microondas). O ponto representado pela sigla QGD representa o Quadro Geral de Distribuição. Os pontos representados pela sigla CP representam as caixas de passagem da instalação elétrica e os pontos representados pela letra L representam as lâmpadas do sistema. 55 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Figura 4.3: Diagrama Unifilar dos circuitos 1, 2, 4 e 6 A Figura 4.4 a seguir apresenta a distribuição de cargas dos circuitos 3 (Tensão 127V, TUGs - Tomadas de Uso Geral) e 7 (Tensão 127V, tomadas cozinha). Figura 4.4: Diagrama Unifilar dos circuitos 3 e 7 A Figura 4.5 apresenta a distribuição de cargas dos circuitos 5 (Tensão 127V, Tomadas para 56 4.1 Modelo de Residência TVs), 8 (Tensão 220V, Secadora de roupas), 9 (Tensão 127V, Refrigerador), 11 (Tensão 127V, Lava roupas), 12 (Tensão 220V, Ar condicionado). Figura 4.5: Diagrama Unifilar dos circuitos 5, 8, 9, 11 e 12 4.1.1 Distribuição de cargas Esta seção propõe uma tabela de distribuição de cargas de uma residência de padrão médio em um cenário brasileiro. Os modelos de aparelhos domésticos são distribuı́dos de acordo com o ambiente apropriado ao seu uso conforme modelo de residência apresentado na Figura 4.1. As Tabelas 4.1 e 4.2 mostram a distribuição de cargas pela residência modelo de acordo com cada circuito e seus respectivos comprimentos de ramais, calculados através dos diagramas das Figuras 4.3, 4.4 e 4.5. 57 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Carga Lamp LCF 20W Lamp Inc 100W Lamp LCF 20W Lamp LCF 20W Lamp LED 11W Lamp LCF 20W Lamp LCF 20W Lamp LCF 20W Lamp LED 11W Lamp LED 11W Chuv Elet 6,8kW Sec Cab 1,9kW Barbeador Nov Rádio Relógio Telefone s Fio Carregador Cel Aspirador Pó Chapa Cabelo Carregador Cel Telefone s Fio Umidificador Ar Ferro Passar Vap Aquecedor Ventilador Aspirador Pó Sec Cab 1,9kW P Retrato Dig Carregador Cel Aspirador Pó Telefone s Fio Notebook Chuv Elet 6,8kW TV LCD 32” Rec TV Cabo PC Notebook Impressora Modem Internet Roteador Wi-Fi TV LCD 32” Rec TV Cabo Video Game Rádio Minisystem DVD Player Quant. Ponto Ambiente 2 1 2 1 2 1 2 1 2 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Li Lj Ld Le Lc Lb Lf Lg La Lh Ch2 TUG TUG TUG 1 TUG 1 TUG 2 TUG 3 TUG 3 TUG 1 TUG 1 TUG 1 TUG 2 TUG 2 TUG 2 TUG 2 TUG 1 TUG 1 TUG 1 TUG 2 TUG 2 TUG 2 Ch4 TV TV TV TV TV TV TV TV TV TV TV TV Cozinha Lavanderia Banho Suite Banho Suite Suite Hall Banho 1 Banho 1 Dorm 1 Sala Banho 1 Banho Suı́te Banho Suı́te Suı́te Suı́te Suı́te Suı́te Suı́te Dorm 1 Dorm 1 Dorm 1 Dorm 1 Dorm 1 Dorm 1 Dorm 1 Banho 1 Sala Sala Sala Sala Sala Banho Suite Suite Suite Dorm 1 Dorm 1 Dorm 1 Dorm 1 Dorm 1 Sala Sala Sala Sala Sala Circuito Fase 1 A 2 AB 3 B 4 AB 5 A Compr. Cabo l (m) 7,3 8,8 8,7 11,5 13 22,6 18,8 19,8 19,6 22,8 7 11,5 11,5 14,0 14,0 14,0 15,6 15,6 20,7 20,7 20,7 20,6 20,6 20,6 20,6 18,1 21,0 21,0 19,2 19,2 19,2 2 13,3 13,3 23,3 23,3 23,3 23,3 23,3 23,3 23,3 23,3 23,3 23,3 Tabela 4.1: Tabela de distribuição de cargas para a residência modelo 58 Seção Cabo (mm2 ) 2,5 6 2,5 6 2,5 4.1 Modelo de Residência Carga Microondas Forno Elétrico Grill Elétrico Aspirador Pó Cafeteira Torradeira Sanduicheira Panela Elétrica Lava Louças Liquidificador Batedeira Proc Alimentos Espr Laranjas Mixer Sec Roupas Refrigerador Lava Roupas Lava Roupas Semi Furadeira Ar Condicionado Quant. Ponto Ambiente Circuito Fase 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Mic TUG 1 TUG 1 TUG 1 TUG 2 TUG 2 TUG 2 TUG 2 TUG 3 TUG 3 TUG 3 TUG 3 TUG 3 TUG 3 Sec Refrig MLR MLR MLR AC Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha Lavanderia Cozinha Lavanderia Lavanderia Lavanderia Sala 6 A 7 B 8 9 AB A 11 B 12 AB Compr. Cabo l (m) 5,3 2,4 2,4 2,4 4,1 4,1 4,1 4,1 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 7 5,5 6,5 6,5 6,5 8,2 Seção Cabo (mm2 ) 4 2,5 4 2,5 2,5 2,5 Tabela 4.2: Tabela de distribuição de cargas para a residência modelo Nota-se nas Tabelas 4.1 e 4.2 que algumas cargas aparecem em diversos pontos da instalação elétrica residencial. Isto ocorre porque a simulação do funcionamento da residência leva em conta a possibilidade de deslocamento das cargas pelos ambientes. Como exemplos, o aspirador de pó, o carregador para telefone celular e o Notebook são cargas móveis que podem ser conectadas em pontos distintos da rede elétrica. 4.1.2 Utilização de cargas Esta seção apresenta o último passo necessário à execução da simulação do funcionamento completo da residência modelo. Cargas são ligadas e desligadas uma ou mais vezes ao dia de forma a simular uma rotina normal de uma famı́lia de três ou quatro pessoas. A simulação final é executada em um perı́odo de 24 segundos do ambiente Simulink, fazendo uma representação de 1 segundo equivalendo 1 hora do dia. Em outras palavras, a simulação representa um dia completo de funcionamento da residência. Um segundo objetivo da simulação é validar o comportamento da residência com o maior número de cargas possı́vel. Isto significa que operações que normalmente ocorrem uma ou duas vezes na semana (exemplo: lavagem, secagem e passagem de roupas) obrigatoriamente ocorrem 59 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético em um único perı́odo de 24 segundos. Ainda com o intuito de validar o maior número de cargas possı́vel, pode ser notada em um mesmo dia a utilização de cargas e aparelhos concorrentes, cujo uso simultâneo ou em um intervalo de tempo pequeno não faz muito sentido (aparelhos cujo uso depende de condições climáticas). Por exemplo, em um mesmo dia são acionados o aparelho de ar condicionado, o ventilador e o aquecedor de ambiente (utilização contraditória caso o objetivo não fosse o da simples validação do conceito). As Tabelas 4.3, 4.4 e 4.5 apresentam o tempo de utilização de cada aparelho residencial ao longo do dia. As horas de acionamento e desacionamento de cada carga estão representadas em formato decimal. Os aparelhos estão apresentados na mesma sequência que aparecem nas Tabelas 4.1 e 4.2. Carga Lamp LCF 20W Lamp Inc 100W Lamp LCF 20W Lamp LCF 20W Lamp LED 11W Lamp LCF 20W Lamp LCF 20W Lamp LCF 20W Lamp LED 11W Lamp LED 11W Chuv Elet 6,8kW Tempo Utilização (h) 6,0 3,5 1,75 1,75 4,5 5,0 1,25 1,25 5,5 5,0 0,5 Hora Liga 1 (h) 6,5 10,0 6,5 6,5 6,0 6,0 7,0 7,0 6,5 13,0 7,0 Hora Desl. 1 (h) 7,5 11,5 7,0 7,0 8,0 7,0 7,5 7,5 7,0 14,0 7,25 Hora Liga 2 (h) 12,0 15,5 15,0 15,0 15,0 14,0 15,5 15,5 9,0 18,0 21,25 Hora Desl. 2 (h) 14,0 17,0 15,5 15,5 15,5 15,0 16,0 16,0 11,0 22,0 21,5 Hora Liga 3 (h) 17,5 18,5 20,5 20,5 21,0 19,0 21,25 21,25 17,0 Hora Desl. 3 (h) 20,5 19,0 21,25 21,25 23,0 22,0 21,5 21,5 20,0 Tabela 4.3: Tabela de acionamento de cargas para residência modelo 60 4.1 Modelo de Residência Carga Sec Cab 1,9kW Barbeador Nov Rádio Relógio Telefone s Fio Carregador Cel Aspirador Pó Chapa Cabelo Carregador Cel Telefone s Fio Umidificador Ar Ferro Passar Vap Aquecedor Ventilador(*) Aspirador Pó Sec Cab 1,9kW P Retrato Dig Carregador Cel Aspirador Pó Telefone s Fio Notebook (*) Chuv Elet 6,8kW TV LCD 32” Rec TV Cabo PC Notebook (*) Impressora(*) Modem Internet Roteador Wi-Fi TV LCD 32” Rec TV Cabo Video Game Rádio Minisystem DVD Player Microondas Tempo Utilização (h) 0,5 2,5 0,25 0,5 2,5 0,25 0,5 2,5 0,5 7,0 1,5 1,0 3,0 0,25 0,25 24,0 2,5 0,25 0,5 2,5 0,75 2,0 2,0 5,0 1,0 1,0 24,0 24,0 5,0 2,0 3,0 3,0 1,0 0,5 Hora Liga 1 (h) 7,0 21,5 6,0 7,0 0,0 9,0 7,25 0,0 14,5 0,0 9,5 22,0 14,0 9,0 7,25 0,0 9,0 9,5 21,0 18,0 6,5 6,25 6,25 14,0 17,0 17,0 0,0 0,0 7,0 7,0 13,0 9,0 21,0 12,5 Hora Desl. 1 (h) 7,25 24,0 6,25 7,25 1,5 9,25 7,5 0,5 14,75 5,0 11,0 23,0 17,0 9,25 7,5 24,0 11,5 9,75 21,5 21,5 6,75 6,75 6,75 19,0 18,0 17,5 24,0 24,0 7,5 7,5 14,0 12,0 22,0 12,75 Hora Liga 2 (h) 21,0 Hora Desl. 2 (h) 21,25 20 23,0 20,25 24,0 21,25 22,0 18,5 22,0 21,5 24,0 18,75 24,0 20,5 21,5 21,5 21,0 23,0 23,0 12,5 12,5 19,0 14,0 14,0 21,0 18,5 18,75 Hora Liga 3 (h) Hora Desl. 3 (h) 12,0 12,0 22,0 22,0 Tabela 4.4: Tabela de acionamento de cargas para residência modelo 61 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Carga Forno Elétrico Grill Elétrico Aspirador Po Cafeteira Torradeira Sanduicheira Panela Elétrica Lava Louças(*) Liquidificador Batedeira Proc Alimentos Espr Laranjas Mixer Sec Roupas Refrigerador Lava Roupas Lava Roupas Semi Furadeira Ar Condicionado(*) Tempo Utilização (h) 0,5 1,0 0,25 0,25 0,25 0,25 0,5 3,5 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 1,25 9,0 1,75 0,75 0,25 3,0 Hora Liga 1 (h) 12,0 18,0 13,75 7,0 7,25 16,0 18,5 13,0 18,0 17,5 18,25 18,75 18,25 15,75 5,5 10,75 11,0 18,75 19,0 Hora Desl. 1 (h) 12,5 19,0 14,0 7,25 7,5 16,25 19,0 14,5 18,25 17,75 18,5 19,0 18,5 17,0 8,5 12,5 11,75 19 20,0 Hora Liga 2 (h) Hora Desl. 2 (h) 19,5 21,5 12,0 15,0 21,0 23,0 Hora Liga 3 (h) Hora Desl. 3 (h) 20,0 23,0 Tabela 4.5: Tabela de acionamento de cargas para residência modelo (*) Os aparelhos domésticos possuem mais de um modo de operação, variando estes modos dentro do perı́odo em que o mesmo encontra-se ligado. Conforme apresentado no Capı́tulo 2, aparelhos que possuem modos de operação distintos demonstram diferentes caracterı́sticas de consumo de energia elétrica em cada um deles. A Tabela 4.6 apresenta os horários de funcionamento de todos estes aparelhos em suas operações distintas. 62 4.2 Considerações a Respeito da Simulação da Residência Operações Carga Ventilador Notebook Notebook Impressora Lava-louças Ar Cond. Circuito/ Ponto 3 / TUG2 Dorm.1 3 / TUG2 Sala 5 / TV Dorm.1 5 / TV Dorm.1 7 / TUG3 Cozinha 12 / AC Operação 1 Hora Hora Liga (h) Desl. (h) Velocidade 1 16,5 17,0 Ligado, carregando bateria 18,0 20,0 Ligado, carregando bateria 17,0 18,0 Ligada, imprimindo 17,0 17,25 Lavagem normal 19,5 20,5 12kBTU/h 21,0 23,0 Operação 2 Hora Hora Liga (h) Desl. (h) Velocidade 2 15,5 16,5 Ligado, sem carregar bateria 20,0 21,5 Ligado, sem carregar bateria Ligada, sem imprimir 17,25 17,5 Lavagem panelas 13,0 14,5 24kBTU/h 19,0 20,0 Operação 3 Hora Hora Liga (h) Desl. (h) Velocidade 3 14,0 15,5 Stand by (0) (24) Stand by (0) (24) Stand by (0) (24) Secagem 20,5 21,5 Stand By (0) (24) Tabela 4.6: Horários de funcionamento de aparelhos com mais de uma operação 4.2 Considerações a Respeito da Simulação da Residência A simulação utilizou duas fontes de tensão alternada com tensões eficazes de 127VRM S defasadas de 120o , de forma a reproduzir tensões eficazes de 127VRM S entre qualquer uma das fases e uma referência (condutor de neutro) e uma tensão eficaz de linha de 220VRM S . Ambas as fontes foram configuradas com frequência de 60Hz. Devido à utilização de componentes da biblioteca Simscape, um bloco Solver Configuration é necessário para a simulação dos componentes elétricos, elementos da camada fı́sica. As fontes de tensão foram conectadas a um medidor de energia elétrica bifásico, chamado de medidor totalizador, conforme apresentado no Capı́tulo 2. A Figura 4.6 apresenta a configuração básica necessária ao inı́cio da simulação. 63 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Figura 4.6: Componentes básicos para o inı́cio da simulação Após a inclusão destes elementos básicos, os cabos, cargas e medidores foram incluı́dos no modelo, respeitando a arquitetura e distâncias das Figuras 4.3, 4.4 e 4.5. Foi utilizado um medidor de energia elétrica para cada ponto de consumo, ou seja, cargas conectadas a um mesmo ponto são medidas em conjunto. A Figura 4.7 representa a forma como foi realizada a medição. Ao todo, 32 pontos da instalação elétrica residencial foram monitorados na simulação. Figura 4.7: Medidor conectado ao ponto TV - Dormitório 1 e suas cargas Todos os dados gerados pelos medidores durante a simulação são apresentados na Seção 4.3. Ao todo, foram 164 variáveis analisadas pelo modelo de residência proposto. Como a utilização de blocos de função osciloscópio gera fortes atrasos na simulação e devido ao número elevado de variáveis a ser plotadas, todas estas foram exportadas à área (workspace) do ambiente MatLab. Após o término da simulação, estas foram apenas plotadas em gráficos com uma função simples de recebimento de vetores e plotagem, sem nenhum tipo de cálculo matemático ou tratamento adicional. A simulação final, em uma máquina com as mesmas configurações apresentadas na Tabela 2.9, levou 29 horas de execução, com as configurações conforme Tabela 4.7. 64 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação Tempo Inicial Tempo Final Tipo de passo da simulação Passo da simulação Solver 0s 24s Passo fixo(*) 200µs ode14x Tabela 4.7: Tabela descritiva de parâmetros da simulação final (*) Os modelos de cargas e cabos não apresentam restrições quanto à utilização de passo variável para a simulação. No entanto, o algoritmo implementado para o medidor de energia elétrica obriga a simulação a ser executada em instantes múltiplos do intervalo de integração (25ms). Por este motivo deve ser utilizado o passo fixo. 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação Esta seção apresenta os resultados obtidos após a execução da simulação do funcionamento de uma residência. Os resultados são separados por circuito. 4.3.1 Resultados Gerais As Figuras 4.8 e 4.9 apresentam os dados de consumo gerados pelo medidor bifásico (totalizador). Notar que os valores de tensão medidos não variam, pois este está conectado diretamente às fontes de tensão. Se observadas as medições de correntes, potências ativa e reativa, podem ser identificados o funcionamento dos aparelhos domésticos de maior consumo em destaque, como, por exemplo, os chuveiros elétricos, que são utilizados próximos aos instantes 7 e 21s, e a secadora de roupas, que opera entre os instantes 15,75 a 17s. 65 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Tensão Eficaz Fase A Tensão Eficaz Fase B 129 129 128.5 128.5 127.5 Vb (V) 128 127.5 Va (V) 128 127 126.5 127 126.5 126 126 125.5 125.5 125 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 125 24 0 2 4 6 8 Tensão Eficaz de Linha 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 18 20 22 24 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Corrente Eficaz Fase A 222 50 221.5 40 Ia (A) Vab (V) 221 220.5 220 30 20 219.5 219 10 218.5 218 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 Figura 4.8: Dados de consumo - Medidor Totalizador Corrente Eficaz Fase B Potência Ativa Total (kW) 60 10 50 8 Ptot (kW) Ib (A) 40 30 6 20 4 10 2 0 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potência Reativa Total 10 12 t(s) 14 Fator de Potência 0.8 1.05 1 0.95 0.9 0.4 Fp Qtot (kVAr) 0.6 0.2 0.85 0.8 0.75 0 0.7 −0.2 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.65 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.9: Dados de consumo - Medidor Totalizador 4.3.2 Resultados Circuito 1: Iluminação A Figura 4.10 apresenta os dados de consumo medidos no ponto Li - Cozinha. A este ponto são conectadas duas lâmpadas compactas fluorescentes de 20W de potência cada. As mesmas são acionadas três vezes durante o intervalo de simulação (manhã, tarde e noite). Notar o baixo valor do fator de potência enquanto acionadas devido às caracterı́sticas das lâmpadas LCF. Outra caracterı́stica importante a se destacar sobre o ponto Li é que, devido à sua proximi66 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação dade ao quadro geral de distribuição, a tensão medida apresenta baixa variação neste ponto. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 0.7 127.4 0.6 0.5 Imed (A) Vmed (V) 127.2 127 0.4 0.3 0.2 126.8 0.1 126.6 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 50 0.75 25 0.7 0 0.65 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) Potências Ativa e Reativa Medidas 10 −25 0.6 −50 −75 0.55 Pmed Qmed 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.10: Dados de consumo - circuito 1 - ponto Li A Figura 4.11 apresenta os dados de consumo medidos no ponto Lj - Lavanderia. A este ponto é conectada uma lâmpada incandescente de 100W de potência. A mesma é acionada três vezes durante o intervalo de simulação. Notar que, devido às caracterı́sticas fortemente resistivas da lâmpada incandescente, sua potência reativa foi desconsiderada no modelo da carga, permanecendo igual a zero. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.4 0.8 127.2 Imed (A) Vmed (V) 0.6 127 126.8 126.6 0.4 0.2 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 125 1.002 Pmed Qmed 100 1.001 75 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 50 1 25 0.999 0 −25 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.998 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.11: Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lj 67 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético As Figuras 4.12 e 4.13 apresentam os dados de consumo medidos nos pontos Le e Ld - Banheiro Suı́te. A estes pontos são conectadas três lâmpadas LCF de 20W de potência cada, uma no ponto Le e duas no ponto Ld. As mesmas possuem acionamento simultâneo, ocorrendo três vezes durante o intervalo da simulação. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 0.35 127.4 0.3 0.25 Imed (A) Vmed (V) 127.2 127 0.2 0.15 0.1 126.8 0.05 126.6 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 30 0.75 20 0.7 10 0.65 0 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 −10 0.6 −20 Pmed Qmed −30 −40 0.55 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.12: Dados de consumo - circuito 1 - ponto Le Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 0.7 127.4 0.6 0.5 Imed (A) Vmed (V) 127.2 127 0.4 0.3 0.2 126.8 0.1 126.6 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 12 t(s) 14 Fator de Potência 50 0.75 25 0.7 0 0.65 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) Potências Ativa e Reativa Medidas 10 −25 0.6 −50 −75 0.55 Pmed Qmed 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.13: Dados de consumo - circuito 1 - ponto Ld A Figura 4.14 apresenta os dados de consumo medidos no ponto Lc - Suı́te. A este ponto são conectadas duas lâmpadas LED de 11W de potência cada. As mesmas são acionadas três 68 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação vezes durante intervalo da simulação (manhã, tarde e noite). Da mesma forma que ocorre com as lâmpadas LCF, notar as caracterı́sticas de potência reativa negativa e o baixo valor do fator de potência apresentados pelas lâmpadas LED enquanto acionadas. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 0.35 127.4 0.3 0.25 Imed (A) Vmed (V) 127.2 127 0.2 0.15 0.1 126.8 0.05 126.6 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 30 0.75 20 0.7 10 0.65 0 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 −10 0.6 −20 Pmed Qmed −30 −40 0.55 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.14: Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lc A Figura 4.15 apresenta os dados de consumo medidos no ponto Lb - Hall. A este ponto são conectadas duas lâmpadas compactas fluorescentes de 20W de potência cada. As mesmas são acionadas três vezes ao longo do intervalo de simulação. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 0.35 127.4 0.3 0.25 Imed (A) Vmed (V) 127.2 127 0.2 0.15 0.1 126.8 0.05 126.6 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 30 0.75 20 0.7 10 0.65 0 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 −10 0.6 −20 Pmed Qmed −30 −40 0.55 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.15: Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lb 69 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético A Figura 4.16 apresenta os dados de consumo medidos nos pontos Lf e Lg - Banheiro 1. A estes pontos são conectadas três lâmpadas compactas fluorescentes de 20W de potência cada, sendo acionadas três vezes ao longo do intervalo de simulação. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.4 1 0.8 Imed (A) Vmed (V) 127.2 127 126.8 126.6 0.6 0.4 0.2 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 75 0.75 50 Pmed (W), Qmed (VAr) 10 0.7 25 0.65 Fp 0 −25 0.6 −50 Pmed Qmed −75 −100 0.55 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.16: Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lf A Figura 4.17 apresenta os dados de consumo medidos no ponto La - Dormitório 1. A este ponto são conectadas duas lâmpadas LED de 11W de potência cada. As mesmas são acionadas três vezes ao longo do intervalo de simulação. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 0.35 127.4 127.3 0.3 0.25 127.1 Imed (A) Vmed (V) 127.2 127 126.9 0.1 126.8 0.05 126.7 126.6 0.2 0.15 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 30 0.75 0.7 10 0.65 0 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 20 −10 0.6 −20 Pmed Qmed −30 −40 0.55 0.5 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.17: Dados de consumo - circuito 1 - ponto La 70 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação A Figura 4.18 apresenta os dados de consumo medidos no ponto Lh. A este ponto estão conectadas quatro lâmpadas LED de 11W de potência cada, sendo acionadas duas vezes durante a simulação. Como este é o ponto mais distante do quadro geral de distribuição pertencente ao circuito 1, a tensão medida no mesmo apresenta menor amplitude em determinados momentos se comparada aos demais pontos do mesmo circuito, de acordo com a utilização das cargas do mesmo. Corrente Eficaz Medida 0.8 127.3 0.7 127.2 0.6 127.1 0.5 Imed (A) Vmed (V) Tensão Eficaz Medida 127.4 127 126.9 126.8 0.3 0.2 126.7 126.6 0.4 0.1 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 60 0.75 0.7 20 0.65 0 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 40 −20 0.6 −40 −80 0.55 Pmed Qmed −60 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.18: Dados de consumo - circuito 1 - ponto Lh 4.3.3 Resultados Circuito 2: Chuveiro Elétrico Banheiro 1 A Figura 4.19 apresenta os dados de consumo medidos no ponto de ligação do chuveiro elétrico do circuito 2. O mesmo é acionado duas vezes ao longo do intervalo de simulação. Como o mesmo apresenta caracterı́sticas fortemente resistivas, sua potência reativa não foi considerada na modelagem da carga, permanecendo igual a zero. 71 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 45 228 40 35 226 Imed (A) Vmed (V) 30 224 222 25 20 15 10 220 5 218 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 1.1 Pmed Qmed 1 0.9 6000 0.8 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 8000 4000 0.7 2000 0.6 0.5 0 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.4 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.19: Dados de consumo - circuito 2 - chuveiro elétrico 4.3.4 Resultados Circuito 3: Tomadas de Uso Geral A Figura 4.20 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG - Banheiro Suı́te. A este ponto são ligados um secador de cabelos e um barbeador elétrico. Devido à elevada potência do secador de cabelos (acionado duas vezes), o consumo do barbeador elétrico enquanto carrega sua bateria não se destaca graficamente. O mesmo é acionado a partir do instante 21,5s. Sua utilização pode ser notada pela variação do fator de potência. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 17.5 127 15 126.5 12.5 Imed (A) Vmed (V) 127.5 126 125.5 10 7.5 125 5 124.5 2.5 124 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 2000 1.1 Pmed Qmed 1 1500 0.9 1000 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 0.8 0.7 500 0.6 0 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.20: Dados de consumo - circuito 3 - TUG Banho Suı́te 72 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação A Figura 4.21 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG1 - Suı́te. A este ponto são ligados um rádio relógio e um aparelho de telefone sem fio. Tratam-se de aparelhos com caracterı́sticas de consumo muito baixo, não apresentando diferenças significativas entre seu consumo enquanto ligados ou em stand by. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 0.1 127 0.08 Imed (A) Vmed (V) 126.5 126 125.5 0.06 0.04 125 0.02 124.5 124 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 7 6 0.7 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) Pmed Qmed 5 0.65 4 3 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.6 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.21: Dados de consumo - circuito 3 - TUG 1 Suı́te A Figura 4.22 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG2 - Suı́te. A este ponto é ligado um carregador de baterias para telefone celular. O mesmo é ligado duas vezes no intervalo de simulação, simulando uma forma de utilização noturna. 73 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 0.08 127 0.07 0.06 Imed (A) Vmed (V) 126.5 126 125.5 125 0.04 0.03 0.02 124.5 124 0.05 0.01 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 6 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 0.8 Pmed Qmed 0.7 0.6 4 0.5 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 8 10 2 0.4 0.3 0 0.2 −2 −4 0.1 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.22: Dados de consumo - circuito 3 - TUG 2 Suı́te A Figura 4.23 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG3 - Suı́te. A este ponto são ligados uma chapa para cabelo e um aspirador de pó. A chapa para cabelo é utilizada duas vezes durante o intervalo de simulação (manhã e noite), enquando o aspirador de pó (de maior potência) é utilizado uma vez no perı́odo da manhã. Corrente Eficaz Medida 9 127 8 126.5 7 6 126 Imed (A) Vmed (V) Tensão Eficaz Medida 127.5 125.5 125 4 3 124.5 2 124 123.5 5 1 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 1 Pmed Qmed 0.95 800 0.9 0.85 600 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 1000 400 0.8 0.75 200 0.7 0.65 0 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.6 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.23: Dados de consumo - circuito 3 - TUG 3 Suı́te A Figura 4.24 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG1 - Sala. A este ponto são ligados um porta retrato digital e um carregador de baterias para telefone celular. Tratam-se de aparelhos com caracterı́sticas de consumo muito baixo. O porta retrato digital permanece 74 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação acionado durante todo o intervalo de simulação, enquanto o carregador de baterias é utilizado uma vez no perı́odo da manhã. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 0.2 127 126.5 0.15 Imed (A) Vmed (V) 126 125.5 125 0.1 124.5 0.05 124 123.5 123 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 20 0.56 Pmed Qmed 0.55 15 0.54 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 10 0.53 0.52 5 0.51 0 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.24: Dados de consumo - circuito 3 - TUG 1 Sala A Figura 4.25 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG2 - Sala. A este ponto são ligados um aspirador de pó, um aparelho de telefone sem fio e um notebook. O aspirador de pó (de maior potência) é utilizado uma vez no perı́odo da manhã, enquanto o notebook (utilizado uma vez em duas operações distintas) é utilizado uma vez no perı́odo da tarde. Devido à sua baixa potência, o telefone sem fio não pode ser percebido graficamente devido à escala adotada. 75 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 8 127 7 6 Imed (A) Vmed (V) 126 125 5 4 3 124 2 1 123 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 1000 1.1 Pmed Qmed 800 1 0.9 600 0.8 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 400 0.7 0.6 200 0.5 0 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.4 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.25: Dados de consumo - circuito 3 - TUG 2 Sala A Figura 4.26 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG1 - Dormitório 1. A este ponto são ligados um carregador de baterias para telefone celular, um aparelho de telefone sem fio e um umidificador de ar. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 0.6 127 0.5 0.4 Imed (A) Vmed (V) 126 125 0.3 0.2 124 123 0.1 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 1 Pmed Qmed 30 0.9 10 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 50 10 0.8 −10 0.7 −30 −50 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.6 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.26: Dados de consumo - circuito 3 - TUG 1 Dormitório 1 A Figura 4.27 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG2 - Dormitório 1. A este ponto são ligados um ferro de passar a vapor, um aquecedor de ambiente, um ventilador e um aspirador de pó. Devido às potências mais elevadas, há mais destaque para a operação do aquecedor de ambiente (perı́odo noturno), do ferro de passar a vapor e do aspirador de pó 76 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação (perı́odo da manhã), enquanto o consumo do ventilador aparece em velocidades distintas no perı́odo da tarde. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 12 127 10 126 Imed (A) Vmed (V) 8 125 124 4 123 122 6 2 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 1400 1.05 Pmed Qmed 1200 1 1000 0.95 800 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 600 400 0.9 0.85 200 0.8 0 −200 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.75 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.27: Dados de consumo - circuito 3 - TUG 2 Dormitório 1 A Figura 4.28 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG - Banheiro 1. A este ponto é ligado um secador de cabelos, sendo utilizado uma única vez durante o intervalo de simulação. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 16 127 14 12 Imed (A) Vmed (V) 126 125 124 10 8 6 4 123 2 122 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 2000 1.05 Pmed Qmed 1 1500 0.95 0.9 1000 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 0.85 0.8 500 0.75 0.7 0 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.65 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.28: Dados de consumo - circuito 3 - TUG Banheiro 1 77 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético 4.3.5 Resultados Circuito 4: Chuveiro Elétrico Banheiro Suı́te A Figura 4.29 apresenta os dados de consumo medidos no ponto de ligação do chuveiro elétrico do circuito 4. O mesmo é utilizado duas vezes durante o intervalo de simulação. Embora seja uma carga idêntica à do circuito 2, a tensão medida sobre a mesma é maior quando acionada, devido à sua maior proximidade ao quadro geral de distribuição. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 225 40 35 224 30 Imed (A) Vmed (V) 223 222 221 25 20 15 10 220 219 5 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 8000 1.1 Pmed Qmed 7000 1 6000 0.9 5000 0.8 4000 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 3000 0.7 2000 0.6 1000 0.5 0 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.4 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.29: Dados de consumo - circuito 4 - chuveiro elétrico 4.3.6 Resultados Circuito 5: Tomadas para TV A Figura 4.30 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TV - Suı́te. A este ponto são ligados uma TV LCD 32”e um receptor para TV a cabo. Ambos são acionados duas vezes, de forma simultânea, ao longo do intervalo de simulação. 78 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 1.5 127.25 1 Imed (A) Vmed (V) 127 126.75 126.5 0.5 126.25 126 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 150 1.1 Pmed Qmed 125 1 0.9 100 0.8 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 75 0.7 50 0.6 25 0 0.5 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.4 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.30: Dados de consumo - circuito 5 - TV Suı́te A Figura 4.31 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TV - Dormitório 1. A este ponto são ligados um PC, um notebook, uma impressora a laser, um modem para internet a cabo e um roteador Wi-Fi. Estes dois últimos permanecem ligados durante todo o intervalo de simulação, enquanto o PC é utilizado no perı́odo da tarde. A impressora é ligada em duas operações distintas entre os instantes 17 e 18s. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 5 4 Imed (A) Vmed (V) 127 126.5 126 125.5 3 2 1 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 500 1.05 Pmed Qmed 400 1 300 0.95 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 200 0.9 100 0.85 0 −100 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.8 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.31: Dados de consumo - circuito 5 - TV Dormitório 1 A Figura 4.32 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TV - Sala. A este ponto são ligados uma TV LCD 32”, um receptor para TV a cabo, um vı́deo game, um rádio minisystem 79 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético e um aparelho DVD player. Todos estes aparelhos alternam sua utilização ao longo do intervalo de simulação, de forma que cada um deles seja utilizado ao menos uma vez durante o perı́odo. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 2 127.25 1.5 Imed (A) Vmed (V) 127 126.75 1 126.5 0.5 126.25 126 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência Potências Ativa e Reativa Medidas 1.05 250 Pmed Qmed 200 1 150 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 100 0.95 50 0.9 0 −50 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.85 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.32: Dados de consumo - circuito 5 - TV Sala 4.3.7 Resultados Circuito 6: Forno de Microondas A Figura 4.33 apresenta os dados de consumo medidos no ponto de ligação do forno de microondas do circuito 6, sendo acionado duas vezes durante o intervalo de simulação. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 15 127.25 12.5 10 Imed (A) Vmed (V) 127 126.75 7.5 126.5 5 126.25 2.5 126 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 1750 1 Pmed Qmed 1500 1250 0.5 1000 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 750 0 500 250 −0.5 0 −250 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 −1 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.33: Dados de consumo - circuito 6 - Microondas 80 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação 4.3.8 Resultados Circuito 7: Tomadas de uso Geral - Cozinha A Figura 4.34 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG1 - Cozinha. A este ponto são ligados um forno elétrico, um grill elétrico e um aspirador de pó, com cada um destes sendo acionado uma vez durante o intervalo de simulação. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 12 10 Imed (A) Vmed (V) 127 126.5 8 6 4 2 126 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 1750 1.05 Pmed Qmed 1500 1 1250 1000 0.95 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 750 0.9 500 250 0.85 0 −250 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.8 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.34: Dados de consumo - circuito 7 - TUG 1 Cozinha A Figura 4.35 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG2 - Cozinha. A este ponto são ligados uma cafeteira, uma torradeira, uma sanduicheira e uma panela elétrica para arroz. Cada aparelho é utilizado uma única vez durante o intervalo de simulação. 81 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.5 8 7 127.25 6 Imed (A) Vmed (V) 127 126.75 126.5 5 4 3 2 126.25 126 1 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 1000 1.05 Pmed Qmed 800 1 600 0.95 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 400 0.9 200 0.85 0 −200 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.8 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.35: Dados de consumo - circuito 7 - TUG 2 Cozinha A Figura 4.36 apresenta os dados de consumo medidos no ponto TUG3 - Cozinha. A este ponto são ligados uma lava-louças, um liquidificador, uma batedeira, um processador de alimentos, um espremedor de laranjas e um mixer. Com exceção feita à lava-louças, que é utilizada duas vezes ao longo do dia em operações distintas, os demais aparelhos são utilizados uma única vez cada durante o intervalo de simulação. Corrente Eficaz Medida 6 127.25 5 127 4 Imed (A) Vmed (V) Tensão Eficaz Medida 127.5 126.75 3 126.5 2 126.25 1 126 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 800 1.1 Pmed Qmed 1 600 0.9 400 0.8 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 0.7 200 0.6 0 0.5 −200 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.4 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.36: Dados de consumo - circuito 7 - TUG 3 Cozinha 82 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação 4.3.9 Resultados Circuito 8: Secadora de Roupas A Figura 4.37 apresenta os dados de consumo medidos no ponto de ligação da secadora de roupas do circuito 8. A mesma é utilizada uma vez no perı́odo da tarde. Como apresenta caracterı́sticas de consumo fortemente resistivas, sua potência reativa foi desconsiderada no modelo da carga, permanecendo igual a zero. Corrente Eficaz Medida 40 232 35 230 30 228 25 Imed (A) Vmed (V) Tensão Eficaz Medida 234 226 224 222 15 10 220 218 20 5 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 8000 1.1 Pmed Qmed 7000 1 6000 0.9 5000 0.8 4000 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 3000 0.7 2000 0.6 1000 0.5 0 −1000 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.4 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.37: Dados de consumo - circuito 8 - Secadora de Roupas 4.3.10 Resultados Circuito 9: Refrigerador A Figura 4.38 apresenta os dados de consumo medidos no ponto de ligação do refrigerador do circuito 9. O mesmo é acionado três vezes ao longo do intervalo de simulação. Notar seu elevado valor de potência reativa e, consequentemente, seu baixo fator de potência enquanto acionado. 83 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 127.4 3 2.5 127.2 Imed (A) Vmed (V) 2 127 1.5 1 126.8 0.5 126.6 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 250 0.75 Pmed Qmed 200 0.7 150 0.65 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 10 100 0.6 50 0.55 0 −50 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.5 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.38: Dados de consumo - circuito 9 - Refrigerador 4.3.11 Resultados Circuito 11: Lava-Roupas A Figura 4.39 apresenta os dados de consumo medidos no ponto de ligação da máquina de lavar roupas do circuito 11. A este ponto estão conectadas duas máquinas de lavar roupas, uma automática e uma semiautomática, além da utilização da furadeira hobby. A máquina de lavar automática permanece ligada por um perı́odo maior (entre os instantes 10,75 e 12,5s), com a máquina de lavar semiautomática sendo utilizada enquanto a primeira ainda encontra-se em operação (entre os instantes 11 e 11,75s). A furadeira é utilizada uma vez no perı́odo da tarde (instantes 18,75 a 19s). 84 4.3 Apresentação dos Resultados da Simulação Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 136 20 15 132 Imed (A) Vmed (V) 134 130 5 128 126 10 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 600 Pmed Qmed 400 0.8 300 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 500 1 200 0.6 100 0 0.4 −100 −200 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0.2 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.39: Dados de consumo - circuito 11 - Lava Roupas 4.3.12 Resultados Circuito 12: Ar Condicionado A Figura 4.40 apresenta os dados de consumo medidos no ponto de ligação do aparelho de ar condicionado do circuito 12. O mesmo é utilizado duas vezes ao longo do intervalo de simulação, com potências distintas de acordo com o acionamento simples ou simultâneo de seus módulos internos. Tensão Eficaz Medida Corrente Eficaz Medida 220.5 15 12.5 220 Imed (A) Vmed (V) 10 219.5 219 7.5 5 218.5 218 2.5 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 Potências Ativa e Reativa Medidas 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 24 16 18 20 22 24 Fator de Potência 3500 Pmed Qmed 2500 0.8 2000 Fp Pmed (W), Qmed (VAr) 3000 1 1500 1000 0.6 0.4 500 0.2 0 −500 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 16 18 20 22 0 24 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 14 Figura 4.40: Dados de consumo - circuito 12 - Ar Condiciondo 85 Cap. 4 Análise de um Ambiente Residencial Hipotético 4.4 Análise dos Resultados da Simulação A Seção 4.3 apresentou os resultados da simulação do funcionamento de uma residência com todos os modelos gerados e apresentados por este trabalho. Os modelos apresentados mostraram na simulação comportamento satisfatório. Resultados de medidas de tensão, corrente, potências ativa e reativa e fator de potência podem ser analisados graficamente e confrontados com os modelos experimentais do Capı́tulo 2. O medidor bifásico conectado à entrada da instalação é capaz de destacar as cargas de maior potência, enquanto os demais medidores conectados a cada ponto da instalação permitem análises individuais em cada modelo de carga quando em operação ou em modo stand by. Cada aparelho doméstico pode ter sua influência analisada em relação às quedas de tensão que o mesmo proporciona ao seu ramal de alimentação ou mesmo sua influência no consumo total da instalação. 86 Capı́tulo 5 Conclusões O presente trabalho apresentou toda a modelagem das caracterı́sticas elétricas dos diversos elementos de uma instalação residencial e disponibiliza uma ferramenta em forma de biblioteca (ToolBox ) para utilização em ambiente Simulink com o objetivo de disponibilizar uma infraestrutura para incentivar pesquisas futuras sobre Home Smart Grids. A modelagem de cargas, realizada no Capı́tulo 2, apresentou três modelos com caracterı́sticas distintas. O modelo ZIP adotado apresenta vantagens e desvantagens sobre os demais modelos implementados. Como desvantagem, o mesmo não reproduz qualquer efeito de eventuais distorções harmônicas geradas por cargas residenciais. No entanto, o mesmo traz aspectos muito positivos para o propósito do trabalho. Trata-se de um modelo computacionalmente eficiente e capaz de reproduzir qualquer tipo de compensação no consumo de energia originada por variações da tensão de alimentação destas cargas. A modelagem experimental traz uma gama de aparelhos domésticos geralmente encontrados em residências médias de um cenário brasileiro pronta para utilização. Apenas três aparelhos domésticos (lava louças, secadora e aquecedor para torneiras) utilizaram modelos teóricos pela impossibilidade de modelagem dos mesmos, mas foram considerados itens importantes para serem disponibilizados na biblioteca Home Smart Grid. Todos os demais aparelhos restantes tiveram seus respectivos consumos medidos em diferentes condições de tensões de alimentação e os resultados obtidos após comparações entre o modelo ZIP implementado e os resultados práticos foram muito satisfatórios. Dificuldades foram encontradas durante o desenvolvimento do modelo de cargas ZIP principalmente devido aos transientes das grandezas de tensão e corrente em instantes de acionamento ou desacionamento de cargas, devido às caracterı́sticas das equações diferenciais resolvidas pelo solver para os diversos capacitores e indutores ideais utilizados em todo o circuito. As cargas, cabos e medidores de energia precisaram ser adaptadas com diversos mecanismos de proteção contra superação de variáveis internas do ambiente de simulação. No Capı́tulo 3 foi apresentada a modelagem de cabos e dos medidores de energia. Os modelos de cabos apresentaram erros principalmente nas grandezas de capacitância e indutância dos mesmos. Tais erros podem ser justificados pelas caracterı́sticas irregulares dos mesmos quando esticados de forma paralela e unidos constantemente ao longo de sua extensão, em uma tenta87 Cap. 5 Conclusões tiva de simular sua passagem por eletrodutos de uma instalação elétrica residencial. Os modelos de cabos se mostraram simples e atenderam satisfatoriamente ao seu propósito. Os resultados da execução da simulação final são capazes de mostrar as variações de tensão sobre as cargas residenciais, variações estas proporcionais às cargas ligadas ou desligadas em cada instante. Os modelos de cargas e cabos permitem que simulações sejam executadas em passo fixo ou variável. Já os modelos de medidores de energia elétrica se limitam ao uso de passo fixo na simulação. Isto ocorre devido ao fato de os medidores utilizarem o tempo da simulação como referência para fechamento dos intervalos de integração. O passo da simulação deve ser ainda submúltiplo deste mesmo intervalo. Como uma segunda limitação do modelo de medidores de energia, destaca-se que os mesmos medem grandezas instantâneas de tensão, corrente, potências ativa e reativa e fator de potência. Analisando os resultados da execução da simulação do funcionamento de uma residência, podem ser observados em alguns instantes alguns picos ou vales instantâneos (glitches), geralmente em instantes de transição de estados das cargas (ligado para desligado ou vice-versa) não condizentes com o consumo esperado naquele instante. Tal caracterı́stica se deve à mudança de estado dos elementos armazenadores de energia (capacitores e indutores) e suas condições iniciais para o novo estado, podendo ocasionar variações instantâneas de tensão ou corrente do circuito. Tais glitches se estabilizam em, no máximo, um ciclo do perı́odo da forma de onda da tensão senoidal de frequência igual a 60Hz e só aparecem nos resultados dos medidores de energia devido ao seu intervalo de integração ser muito próximo ao valor do perı́odo desta forma de onda. Caso os medidores utilizassem intervalos de integração maiores, tais glitches seriam minimizados. No entanto, os gráficos apresentados como resultados apresentariam uma resolução muito menor ao longo da simulação. Todos os modelos implementados por este trabalho apresentam fácil utilização, pois requerem poucas configurações para seu uso. O legado deste trabalho gera base importante que permite que pesquisas futuras utilizem a ferramenta para fins mais especı́ficos, evitando que pesquisadores passem novamente por esta etapa inicial de criação de infraestrutura e incentivando a aplicação de estudos mais aprofundados no assunto de Home Smart Grids. 5.1 Expansão da Pesquisa Este trabalho tem como principal objetivo o de incentivar pesquisas futuras. Diversas ideias obtidas não puderam ser incluı́das nesta dissertação pelo tempo de desenvolvimento da mesma. Os próximos parágrafos destacam tais ideias. Gerenciamento de consumo pelo lado da demanda. Estudos sobre técnicas de deslocamento de cargas (Load Shifting) para horários convenientes à rede de distribuição e/ou desligamento de cargas (Load Shedding) podem ser aplicados a partir de um sistema de gerenciamento de cargas do consumidor integrado com a rede de distribuição de energia elétrica. Análise de integração de microgeração à rede elétrica doméstica. Os modelos de medidores 88 5.1 Expansão da Pesquisa desenvolvidos neste trabalho são capazes de realizar medição de energia elétrica em quatro quadrantes, facilitando a análise de integração de microgeradores à rede elétrica residencial, como, por exemplo, painéis solares interligados a bancos de baterias ou armazenadores mecânicos de energia (rotativos). Análise térmica de condutores. Com o passar dos anos, instalações elétricas residenciais podem ficar desatualizadas. Devido à alta disponibilidade de aparelhos elétricos no mercado (e tendências de aumento da mesma com o passar do tempo), o perfil de carga de consumidores pode se elevar além da capacidade de sua instalação elétrica. Com os dados gerados em tempo real pelos medidores de energia, algoritmos busca de posição de medidores na instalação somado aos cálculos de tensões e correntes podem determinar perdas nos condutores, podendo chegar ao ponto de estimar temperatura dos mesmos. Desenvolvimento de método de desligamento emergencial de cargas com objetivo de manter segurança da instalação elétrica. 89 Cap. 5 Conclusões 90 Bibliografia ABNT (2011a). NBR 14.519 - Medidores eletrônicos de energia elétrica (estáticos). ABNT (2011b). NBR NM 280 - Condutores de cabos isolados. ANEEL (2012). Procedimentos de distribuição de energia elétrica no sistema elétrico nacional PRODIST - módulo 8. Arno (2013). Catalogo ferro a vapor ultragliss 40. Collin, A. J., Acosta, J. L., Hayes, B. P. & Djokic, S. Z. (2010). Component-based aggregate load models for combined power flow and harmonic analysis, Power Generation, Transmission, Distribution and Energy Conversion (MedPower 2010), 7th Mediterranean Conference and Exhibition on, pp. 1–10. De Paula, H., Chaves, M., Andrade, D., Freitas, M. A. A. & Domingos, J. (2005). A simple and accurate cable modeling suitable for high-frequency phenomena analysis in pwm motor drives, Power Electronics Specialists Conference, 2005. PESC ’05. IEEE 36th, pp. 680–686. Depuru, S. S. S. R., Wang, L. & Devabhaktuni, V. (2011). Smart meters for power grid: Challenges, issues, advantages and status, Renewable and Sustainable Energy Reviews 15(6): 2736 – 2742. EEI (2002). Handbook for Electricity Metering - Edison Electric Institute. Electrolux (2013). Catalogo microondas mtx52. Ghorbani, M., Rad, M., Mokhtari, H., Honarmand, M. E. & Youhannaie, M. (2011). Residential loads modeling by norton equivalent model of household loads, Power and Energy Engineering Conference (APPEEC), 2011 Asia-Pacific, pp. 1–4. Hayt, Jr., W. H. & Book, J. A. (2003). Eletromagnetismo, 6 edn, LTC. Irwin, J. D. (2000). Análise de circuitos em engenharia, 4 edn, Pearson Makron Books. Kang, M.-S., Ke, Y.-L. & Li, J.-S. (2011). Implementation of smart loading monitoring and control system with zigbee wireless network, 6th IEEE Conference on Industrial Electronics and Applications. 91 Cap. 5 BIBLIOGRAFIA Lorenzetti (2013a). Catalogo blinducha. Lorenzetti (2013b). Catalogo torneira versátil. Lu, N., Xie, Y., Huang, Z., Puyleart, F. & Yang, S. (2008). Load component database of household appliances and small office equipment, IEEE Power and Energy Society General Meeting - Conversion and Delivery of Electrical Energy in the 21st Century. MathWorks (2014). Documentation center, http://www.mathworks.com/help/index.html. McKenna, E., Richardson, I. & Thomson, M. (2012). Smart meter data: Balancing consumer privacy concerns with legitimate applications, Energy Policy 41(0): 807–814. Microsoft (2014a). Microsoft visual c++ express 2010, go.microsoft.com/?linkid=9709949. Microsoft (2014b). Microsoft windows sdk for windows http://www.microsoft.com/en-us/download/details.aspx?id=8279. 7, Microsoft (2014c). Microsoft windows sdk for windows http://msdn.microsoft.com/pt-br/windows/desktop/hh852363.aspx. 8, Morgano, M. A., Faria, C. G., Ferrão, M. F., Bragagnolo, N. & Ferreira, M. M. C. (2005). Determinação de proteı́na em café cru por espectroscopia nir e regressão pls, Ciência e Tecnologia de Alimentos 25(1): 25–31. PROCEL (2014). Tabela de estimativa de consumo médio mensal de eletrodomésticos de acordo com uso hipotético. Quilumba, F. L., Lee, W.-J., Huang, H., Wang, D. Y. & Szabados, R. L. (2011). Load model development for next generation appliances, IEEE Industry Applications Society Annual Meeting (IAS). Rodrigues, F. L., Zalewski, G. A., de Carvalho, P. A. M. & Isayama, Y. H. (2009). Evolução do consumo especificado e real de refrigeradores e análise de fator de potência, Revista Ciências do Ambiente On-Line 5(2): 1–5. Ruggiero, M. A. G. & da Rocha Lopes, V. L. (1996). Cálculo Numérico: Aspectos Teóricos e Computacionais, 2 edn, Pearson Education. Sedra, A. S. & Smith, K. S. (2005). Microeletrônica, 4 edn, Pearson Makron Books. TexasInstruments (2011). Implementation of a single-phase electronic watt-hour meter using the msp430afe2xx. Toledo, F. (2012). Desvendando as Redes Elétricas Inteligentes, 1 edn, Brasport. Vendrusculo, E. A. (2001). Estudo e implementação de estratégia para minimização de sobretensões produzidas por inversores pwm em sistemas de acionamento de motores elétricos com cabos longos, Master’s thesis, Universidade Estadual de Campinas. 92 BIBLIOGRAFIA Vendrusculo, E. & Pomilio, J. (1999). Power cable parameters estimation in long distance driving of electrical machines, Electric Machines and Drives, 1999. International Conference IEMD ’99, pp. 410–412. Yong, J., Chen, L. & Chen, S. (2010). Modeling of home appliances for power distribution system harmonic analysis, IEEE Transactions on Power Delivery 25(4): 3147–3155. Zhou, L., Xu, F.-Y. & Ma, Y.-N. (2010). Impact of smart metering on energy efficiency, Machine Learning and Cybernetics (ICMLC), 2010 International Conference on, Vol. 6, pp. 3213– 3218. 93 Cap. BIBLIOGRAFIA 94 Apêndice A Modelo ZIP para cargas residenciais Este apêndice apresenta os resultados obtidos durante a modelagem de cada carga residencial indivivual através do modelo ZIP. Para cada aparelho doméstico são apresentados resultados obtidos experimentalmente e uma comparação com os valores calculados através do método proposto no Capı́tulo 2. As Tabelas A.1 e A.2 apresentam uma relação dos aparelhos modelados, com seus respectivos fabricantes, modelos, além de tensões e potências nominais. Aparelho Ar Condicionado Multi Split 2x12kBTU/h Aparelho de Som (Mini System) Aquecedor de Ambiente Aspirador de Pó Barbeador Elétrico (antigo) Barbeador Elétrico Portátil (a bateria) Batedeira Cafeteira Carregador Telefone Celular Chapa Cabelo Chuveiro Elétrico DVD Player Espremedor de Laranjas Ferro de Passar (seco) Ferro de Passar (vapor) Fabricante Modelo M122CD Tensão Nom. (V) 220 Potência Nom. (W) 42 LG Philips MCM166X/78 110∼127 20 Nell Brastemp Philips NF20A B7B14A4ANA HP1122 127 127 127 1500 1400 — Philips HQ6990 100∼240 — Walita Electrolux Motorola RI-7115 CM300 XT860 127 127 100∼240 300 950 5 Taiff Lorenzetti Panasonic Arno Black&Decker Arno Saffira Tradição DVD-S35LB-S NEA VFA-1110 FV4250.11 100∼230 220 110∼240 110 127 127 48∼52 6800 14 100 1200 1200 Tabela A.1: Tabela de aparelhos domésticos modelados experimentalmente 95 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais Aparelho Forno Elétrico Furadeira Hobby Grill Elétrico Impressora Laser Lâmpada Compacta Fluorescente Lâmpada Incandescente Lâmpada LED 9W Lâmpada LED 11W Liquidificador Máquina de Lavar Máquina de Lavar Semiautomática Microondas 27l Mixer Modem ADSL Modem Internet a Cabo Multiprocessador de alimentos Notebook Panela Elétrica PC (Desktop) Porta Retrato Digital Rádio Relógio Receptor Antena Parabólica Receptor TV a Cabo Refrigerador Roteador Wi-Fi Sanduicheira Secador de Cabelos Telefone sem Fio Torradeira TV LCD 32” Umidificador de ar Ventilador 30cm Video Game Fabricante Modelo Tensão Nom. (V) 127 110 127 110∼127 127 Potência Nom. (W) 700 350 1620 375 20 Suggar Bosch G. Foremann HP FLC Philips — — Walita Brastemp Suggar FE8021BR 908 GBZ360120V M1212nf 20x127DLR 3U/6400K B9L6 — — RI-6745 BWL11ARANA30 VM6211BR 127 100∼240 100∼240 115 127 127 100 9 11 325 880 400 Brastemp Walita Opticom Motorola Britânia BMS27 RI 1364/AB DSLink 260E SBV5122 066301009 127 110 100∼240 100∼240 127 950 400 — — 300 Dell Cadence HP New Limit Lenoxx Hicom Inspiron 14R PAN252 — Digital Photo Frame RR-717 RCR-1800 100∼240 127 120 100∼240 120 127 90 700 — — 5 300 Pace Brasil Brastemp TP-Link Singer Taiff Panasonic Black&Decker Sony G-Life Mondial Sony PM01 BRM43ABANA TL-WR841ND 451 Fire Fox KX-TG3525LB T250 KDL-32BX425 ZG5000 NV-15 PlayStation3 CECH-2101A 127 127 100∼240 110 127 127 110 100∼240 127∼220 127 120 — 150 — 640 2100 — 800 122 35 50 250 Tabela A.2: Tabela de aparelhos domésticos modelados experimentalmente 96 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 A seguir são apresentados os resultados experimentais para os demais aparelhos domésticos não apresentados graficamente na Seção 2.5.1. 6,2 6,0 6,0 5,8 5,8 5,6 5,6 5,4 5,4 5,2 5,2 5,0 5,0 4,8 4,6 4,6 4,4 4,4 4,2 4,2 4,0 4,0 3,8 3,8 3,6 3,6 Qcalc (VAr) 6,2 Qmed (VAr) Aparelho de Som: Potência Reativa 6,4 Pcalc (W) Pmed (W) Aparelho de Som: Potência Ativa 6,4 4,8 Pmed 3,4 Pcalc 4,6 3,4 Qmed 4,6 Qcalc 4,4 3,2 4,4 110,0 112,5 115,0 117,5 120,0 122,5 125,0 127,5 130,0 132,5 135,0 3,2 110,0 112,5 115,0 117,5 V (V) 122,5 125,0 127,5 130,0 0,65 0,65 0,60 0,60 0,55 0,55 0,50 0,50 0,45 Qmed (VAr) 0,70 1,8 1,8 1,7 1,7 1,6 1,6 1,5 1,5 1,4 1,4 1,3 0,45 1,3 Qmed Pmed Qcalc Pcalc 0,40 1,2 0,40 100 105 110 115 120 125 130 135 1,2 90 95 100 105 110 115 120 125 130 V (V) V (V) Figura A.1: Modelo ZIP para um aparelho de som do tipo mini system 97 135 Qcalc (VAr) 0,70 Pcalc (W) 0,75 95 135,0 Aparelho de Som (stand by): Potência Reativa 0,75 90 132,5 V (V) Aparelho de Som (stand by): Potência Ativa Pmed (W) 120,0 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais 1500 1400 1400 1300 1300 1200 1200 1100 1100 1000 1000 900 Pmed 90 95 100 105 110 115 120 125 130 15 14 14 13 13 12 12 11 11 10 10 9 9 8 900 8 Qmed Qcalc 7 Pcalc 800 15 Qcalc (VAr) 1500 Qmed (VAr) Aquecedor Elétrico: Potência Reativa 1600 Pcalc (W) Pmed (W) Aquecedor Elétrico: Potência Ativa 1600 800 135 90 95 100 105 110 115 120 125 130 7 135 V (V) V (V) Figura A.2: Modelo ZIP para um aquecedor elétrico de ambiente Barbeador Elétrico Antigo: Potência Ativa Barbeador Elétrico Antigo: Potência Reativa 12,0 12,0 Qmed 3,4 11,5 11,5 10,5 10,0 10,0 9,5 3,2 3,0 3,0 2,8 2,8 2,6 2,6 2,4 2,4 2,2 2,2 2,0 2,0 1,8 1,8 Qcalc (VAr) 10,5 Qmed (VAr) 11,0 Pcalc (W) Pmed (W) 11,0 3,4 Qcalc 3,2 9,5 9,0 9,0 Pmed Pcalc 8,5 1,6 1,6 8,5 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 90 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura A.3: Modelo ZIP para um barbeador elétrico antigo 3,21 3,20 3,20 3,19 3,19 3,18 3,18 3,17 3,17 3,16 3,16 5,0 5,0 4,8 4,8 4,6 4,6 4,4 4,4 4,2 4,2 Qmed Qcalc Pmed 4,0 4,0 Pcalc 3,15 3,15 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 90 V (V) 95 100 105 110 115 120 V (V) Figura A.4: Modelo ZIP para um barbeador elétrico novo 98 125 130 135 Qcalc (VAr) 3,21 Qmed (VAr) Barbeador Elétrico Novo: Potência Reativa 3,22 Pcalc (W) Pmed (W) Barbeador Elétrico Novo: Potência Ativa 3,22 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 Batedeira: Potência Ativa Batedeira: Potência Reativa 110 110 90 80 80 70 70 Pcalc 95 100 105 110 115 120 125 130 20 19 19 18 18 17 17 16 16 15 Qmed 60 90 21 20 15 Pmed 60 22 21 Qcalc (VAr) 90 Qmed (VAr) 100 Pcalc (W) Pmed (W) 100 22 Qcalc 14 135 90 95 100 105 110 V (V) 115 120 125 130 14 135 V (V) Figura A.5: Modelo ZIP para uma batedeira Cafeteira: Potência Ativa Cafeteira: Potência Reativa 1,5 1,4 1,4 1,3 1,3 1,2 1,2 1,1 1,1 1,0 1,0 900 800 800 700 700 600 Pmed Pcalc 600 0,9 0,9 Qmed Qcalc 500 90 95 100 105 110 115 120 125 130 500 135 0,8 0,8 90 95 100 105 110 115 V (V) V (V) Figura A.6: Modelo ZIP para uma cafeteira 99 120 125 130 135 Qcalc (VAr) 900 Qmed (VAr) 1000 Pcalc (W) Pmed (W) 1000 1,5 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais Carregador Celular 5V 1A: Potência Reativa Carregador Celular 5V 1A: Potência Ativa 5,6 5,6 8,6 8,6 8,4 8,4 8,2 8,2 8,0 8,0 7,8 7,8 7,6 7,6 7,4 7,4 Pmed Pcalc Pmed (W) 5,3 5,3 5,2 5,2 5,1 5,1 5,0 5,0 Qcalc (VAr) 5,4 Pcalc (W) 5,4 Qmed (VAr) 5,5 5,5 7,2 7,2 Qmed Qcalc 90 95 100 105 110 115 120 125 130 7,0 7,0 4,9 4,9 90 135 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Carregador Celular 5V 1A Stand By: Potência Ativa Carregador Celular 5V 1A Stand By: Potência Reativa 1,3 1,3 2,5 2,5 2,4 2,4 2,3 2,3 2,2 2,2 2,1 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 Pmed 1,2 Pcalc 1,1 1,1 1,0 1,0 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qmed (VAr) 0,7 0,7 Pcalc (W) 0,8 0,8 1,8 1,8 Qmed 1,7 1,7 Qcalc 1,6 1,6 135 Qcalc (VAr) 0,9 0,9 Pmed (W) 1,2 90 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura A.7: Modelo ZIP para um carregador de telefone celular Chapa para Cabelo: Potência Ativa Chapa para Cabelo: Potência Reativa 59 59 58 58 Pmed (W) 55 55 11,5 11,0 11,0 10,5 10,5 10,0 10,0 9,5 9,5 9,0 9,0 8,5 8,5 8,0 8,0 54 54 7,5 7,5 Pmed Qmed Pcalc 53 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qcalc 53 135 7,0 7,0 90 V (V) 95 100 105 110 115 V (V) Figura A.8: Modelo ZIP para uma chapa de cabelo 100 120 125 130 135 Qcalc (VAr) Pcalc (W) 56 56 Qmed (VAr) 57 57 11,5 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 DVD: Potência Ativa DVD: Potência Reativa 10,75 10,75 -16,5 -16,5 Pmed Qmed 10,70 10,65 10,65 10,60 10,60 10,55 10,55 10,50 10,50 10,45 10,45 10,40 10,40 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -17,0 -17,0 -17,5 -17,5 -18,0 -18,0 -18,5 -18,5 -19,0 -19,0 135 90 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 Qcalc (VAr) 10,70 Qmed (VAr) Qcalc Pcalc (W) Pmed (W) Pcalc 135 V (V) DVD Stand By: Potência Ativa DVD Stand By: Potência Reativa 0,94 -2,6 0,94 -2,6 Qmed 0,90 0,90 0,88 0,88 0,86 0,86 0,84 0,84 0,82 Qmed (VAr) 0,92 0,82 -2,8 -2,8 -3,0 -3,0 -3,2 -3,2 -3,4 -3,4 -3,6 -3,6 Qcalc (VAr) 0,92 Pcalc (W) Pmed (W) Qcalc Pmed Pcalc 0,80 -3,8 0,80 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 -3,8 90 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura A.9: Modelo ZIP para um aparelho leitor de DVD 110 110 100 90 90 80 80 70 70 60 60 280 260 260 240 240 220 220 200 200 180 180 160 160 140 140 120 120 50 50 280 100 Pmed Qmed Pcalc 40 90 95 100 105 110 115 120 125 130 40 135 80 V (V) Qcalc 90 95 100 105 110 115 120 V (V) Figura A.10: Modelo ZIP para um espremedor de laranjas 101 125 130 100 80 135 Qcalc (VAr) 100 Qmed (VAr) Espremedor de Laranjas: Potência Reativa 120 Pcalc (W) Pmed (W) Espremedor de Laranjas: Potência Ativa 120 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais 1200 1100 1100 1000 1000 900 900 800 800 Pmed 2,4 2,4 2,2 2,2 2,0 2,0 1,8 1,8 1,6 1,6 1,4 1,4 Pcalc Qmed 700 700 Qcalc 1,2 1,2 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qcalc (VAr) 1200 Qmed (VAr) Ferro de Passar (a vapor): Potência Reativa 1300 Pcalc (W) Pmed (W) Ferro de Passar (a vapor): Potência Ativa 1300 135 90 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura A.11: Modelo ZIP para um ferro de passar a vapor 600 550 550 500 500 450 450 400 400 350 350 1,5 1,5 1,4 1,4 1,3 1,3 1,2 1,2 1,1 Qcalc Pmed 1,0 Pcalc 300 90 95 100 105 110 115 120 125 130 1,1 Qmed 300 135 1,0 90 V (V) 95 100 105 110 115 120 V (V) Figura A.12: Modelo ZIP para um forno elétrico pequeno 102 125 130 135 Qcalc (VAr) 600 Qmed (VAr) Forno Elétrico 700W: Potência Reativa 650 Pcalc (W) Pmed (W) Forno Elétrico 700W: Potência Ativa 650 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 Furadeira: Potência Ativa Furadeira: Potência Reativa 100 100 95 95 90 90 85 85 80 80 75 75 70 70 65 65 -70 -70 Pmed Qmed (VAr) 60 -80 -80 -90 -90 -100 -100 -110 -110 Qcalc (VAr) 60 Qcalc Pcalc (W) Pmed (W) Qmed Pcalc 55 90 95 100 105 110 115 120 125 130 55 135 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Figura A.13: Modelo ZIP para uma furadeira elétrica hobby Grill Elétrico: Potência Ativa Grill Elétrico: Potência Reativa 3,6 3,6 3,4 3,4 3,2 3,2 3,0 3,0 2,8 2,8 2,6 2,6 2,4 2,4 2,2 2,2 1700 1600 1600 1500 Qmed (VAr) Pmed (W) 1200 1200 Pcalc (W) 1300 1100 1000 Pmed 1000 2,0 Pcalc 900 2,0 Qmed Qcalc 1,8 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 1,8 90 95 100 105 110 115 V (V) V (V) Figura A.14: Modelo ZIP para um grill elétrico 103 120 125 130 135 Qcalc (VAr) 1400 1400 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais Impressora Laser (imprimindo): Potência Ativa Impressora Laser (imprimindo): Potência Reativa 475 475 350 425 300 300 400 400 250 250 375 375 200 200 350 350 150 150 100 Pcalc Pcalc (W) Pmed (W) 425 450 Qmed (VAr) Pmed 325 325 300 300 100 275 275 50 250 250 Qcalc (VAr) 350 450 50 Qmed 225 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qcalc 0 225 135 0 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Impressora Laser (ligada): Potência Reativa Impressora Laser (ligada): Potência Ativa -7,6 4,40 4,40 -7,6 Qmed 4,35 Qmed 4,25 4,25 4,20 4,20 4,15 4,15 4,10 4,10 4,05 4,05 4,00 4,00 3,95 3,95 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -7,8 -8,0 -8,0 -8,2 -8,2 -8,4 -8,4 -8,6 -8,6 -8,8 -8,8 -9,0 3,90 3,90 -7,8 -9,0 90 135 95 100 105 110 115 120 125 130 V (V) V (V) Impressora Laser (stand by): Potência Ativa Impressora Laser (stand by): Potência Reativa 0,07 -2,2 0,07 Qcalc (VAr) 4,30 Qmed (VAr) 4,30 Qmed (VAr) 4,35 Pmed (W) Qcalc Pmed 135 -2,2 Qmed -2,4 -2,4 0,05 0,05 -2,6 -2,6 0,04 0,04 -2,8 -2,8 0,03 0,03 -3,0 -3,0 0,02 0,02 -3,2 -3,2 0,01 -3,4 -3,4 0,00 -3,6 0,01 Qmed (VAr) 0,06 Pmed Pcalc 0,00 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 -3,6 90 V (V) 95 100 105 110 115 V (V) Figura A.15: Modelo ZIP para uma impressora a Laser 104 120 125 130 135 Qcalc (VAr) 0,06 Pcalc (W) Pmed (W) Qcalc A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 Lâmpada Compacta Fluorescente 20W: Potência Ativa 21 20 20 20 20 19 19 19 19 18 18 18 18 17 17 17 17 Pmed (W) 21 16 16 Pmed Pcalc Pcalc 15 90 95 100 105 110 115 120 125 16 16 Pmed 15 130 15 15 135 Pcalc (W) 21 Pcalc (W) Pmed (W) Lâmpada Compacta Fluorescente 20W: Potência Ativa 21 90 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura A.16: Modelo ZIP para uma lâmpada compacta fluorescente de 20W Lâmpada Incandescente 100W: Potência Reativa 1,00 105 105 0,95 0,95 100 100 0,90 0,90 95 95 0,85 0,85 90 90 0,80 0,80 0,75 0,75 85 85 Qmed (VAr) 1,00 80 80 75 75 0,70 0,70 70 70 0,65 0,65 65 65 0,60 60 Pmed Pcalc 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qcalc (VAr) 110 Pcalc (W) Pmed (W) Lâmpara Incandescente 100W: Potência Ativa 110 0,60 Qmed Qcalc 60 135 0,55 0,55 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Figura A.17: Modelo ZIP para uma lâmpada incandescente de 100W 8,9 8,8 8,8 8,7 8,7 8,6 8,6 8,5 8,5 20 20 19 19 18 18 17 17 16 16 Qmed 8,4 8,4 Qcalc Pmed Pcalc 90 95 100 105 110 115 120 125 130 15 15 8,3 8,3 90 135 95 100 105 110 115 120 V (V) V (V) Figura A.18: Modelo ZIP para uma lâmpada LED de 9W 105 125 130 135 Qcalc (VAr) 8,9 Qmed (VAr) Lâmpada LED 9W: Potência Reativa 9,0 Pcalc (W) Pmed (W) Lâmpada LED 9W: Potência Ativa 9,0 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais Lâmpada LED 11W: Potência Ativa Lâmpada LED 11W: Potência Reativa -15,8 -15,8 11,2 11,2 -16,0 Pmed Qmed Pcalc -16,0 Qcalc 11,1 11,1 -16,2 -16,4 -16,4 -16,6 -16,6 -16,8 -16,8 -17,0 -17,0 -17,2 -17,2 -17,4 -17,4 -17,6 -17,6 Qcalc (VAr) 10,8 10,8 Pcalc (W) 10,9 10,9 Qmed (VAr) 11,0 11,0 Pmed (W) -16,2 10,7 10,7 10,6 10,6 10,5 10,5 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -17,8 -17,8 135 90 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura A.19: Modelo ZIP para uma lâmpada LED de 11W 220 200 200 180 180 160 160 140 140 38 38 36 36 34 34 32 32 30 30 28 28 26 Pmed 26 Qmed Pcalc 120 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qcalc (VAr) 220 Qmed (VAr) Liquidificador: Potência Reativa Pcalc (W) Pmed (W) Liquidificador: Potência Ativa Qcalc 24 120 135 90 95 100 105 110 115 120 125 130 24 135 V (V) V (V) Figura A.20: Modelo ZIP para um liquidificador Microondas: Potência Reativa 850 1700 1700 800 800 1600 1600 750 750 1500 1500 700 700 1400 1400 650 650 1300 1300 600 600 1200 1200 550 550 1100 1100 500 500 1000 1000 900 900 450 450 800 Pmed Pcalc 700 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qmed (VAr) 850 400 800 400 350 700 300 135 V (V) Qmed Qcalc 90 95 100 105 110 115 120 V (V) Figura A.21: Modelo ZIP para um forno de microondas 106 125 130 350 300 135 Qcalc (VAr) 1800 Pcalc (W) Pmed (W) Microondas: Potência Ativa 1800 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 Mixer: Potência Reativa 22 22 21 21 21 20 20 20 20 19 19 19 19 18 18 17 17 16 16 18 18 17 17 16 Qmed (VAr) 22 21 16 Pmed 15 Pcalc 15 15 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qmed Qcalc (VAr) 22 Pcalc (W) Pmed (W) Mixer: Potência Ativa 15 Qcalc 14 135 90 95 100 105 110 115 120 125 130 14 135 V (V) V (V) Figura A.22: Modelo ZIP para um mixer. 5,6 5,5 5,5 5,4 5,4 5,3 5,3 5,2 5,2 5,1 13,5 13,5 13,0 13,0 12,5 12,5 12,0 12,0 11,5 11,5 11,0 5,1 11,0 Qmed Pmed Qcalc Pcalc 5,0 10,5 5,0 90 95 100 105 110 115 120 125 130 Qcalc (VAr) 5,6 Qmed (VAr) Modem ADSL: Potência Reativa 5,7 Pcalc (W) Pmed (W) Modem ADSL: Potência Ativa 5,7 135 10,5 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Figura A.23: Modelo ZIP para um modem de internet de tecnologia ADSL Modem Internet a Cabo: Potência Ativa Modem Internet a Cabo: Potência Reativa 4,00 4,00 3,95 11,50 11,25 11,25 11,00 11,00 10,75 10,75 10,50 10,50 10,25 10,25 10,00 10,00 3,95 3,90 3,85 3,80 3,80 9,75 3,75 9,75 3,75 9,50 Pmed 9,50 Qmed Pcalc Qcalc 3,70 9,25 3,70 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 9,25 90 95 100 105 110 115 120 V (V) V (V) Figura A.24: Modelo ZIP para um modem de internet a cabo 107 125 130 135 Qcalc (VAr) 3,85 Qmed (VAr) 3,90 Pcalc (W) Pmed (W) 11,50 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais Panela Elétrica: Potência Ativa Panela Elétrica: Potência Reativa -0,9 -0,9 Qmed 750 700 650 650 -1,0 -1,0 -1,1 -1,1 -1,2 -1,2 -1,3 -1,3 -1,4 -1,4 600 600 550 550 500 500 -1,5 -1,5 450 450 -1,6 -1,6 400 -1,7 Pmed Qcalc (VAr) Qmed (VAr) 700 Qcalc Pcalc (W) Pmed (W) 750 Pcalc 400 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 -1,7 90 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura A.25: Modelo ZIP para uma panela elétrica PC: Potência Ativa PC: Potência Reativa 47,0 47,0 -32 Pmed -32 Qmed 46,0 46,0 45,5 -33 -33 -34 -34 -35 -35 -36 -36 -37 45,0 45,0 44,5 44,5 -37 44,0 -38 44,0 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -38 90 135 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) PC (stand by): Potência Ativa PC (stand by): Potência Reativa 1,75 1,75 1,70 1,70 -6,5 -6,5 -7,0 1,65 1,60 1,60 1,50 1,50 1,45 1,45 -7,0 -7,5 -7,5 -8,0 -8,0 -8,5 -8,5 -9,0 -9,0 -9,5 -9,5 -10,0 -10,0 -10,5 -10,5 -11,0 -11,0 -11,5 -11,5 1,40 1,40 Pmed Pcalc 1,35 1,35 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -12,0 -12,0 135 90 95 100 105 110 115 120 125 V (V) V (V) Figura A.26: Modelo ZIP para um computador (PC ou Desktop) 108 130 135 Qcalc (VAr) 1,55 1,55 Qmed (VAr) 1,65 Qmed Qcalc Pcalc (W) Pmed (W) Qcalc (VAr) 45,5 Qcalc Qmed (VAr) 46,5 Pcalc (W) Pmed (W) Pcalc 46,5 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 Porta Retrato Digital: Potência Ativa Porta Retrato Digital: Potência Reativa 4,85 4,85 10,8 10,8 10,6 10,6 10,4 10,4 10,2 10,2 10,0 10,0 Pmed 4,75 4,75 4,70 4,70 4,65 4,65 4,60 4,60 Qmed (VAr) 4,80 9,8 9,8 9,6 9,6 9,4 9,4 Qcalc (VAr) 4,80 Pcalc (W) Pmed (W) Pcalc 9,2 9,2 Qmed Qcalc 90 95 100 105 110 115 120 125 130 9,0 9,0 135 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Figura A.27: Modelo ZIP para uma porta retrato digital 170 160 160 150 150 140 140 130 130 34 34 33 33 32 32 31 31 30 30 Qmed Qcalc Pmed Pcalc 120 90 95 100 105 110 115 120 125 130 29 29 120 135 90 V (V) 95 100 105 110 115 120 V (V) Figura A.28: Modelo ZIP para um processsador de alimentos 109 125 130 135 Qcalc (VAr) 170 Qmed (VAr) Processador de Alimentos: Potência Reativa 180 Pcalc (W) Pmed (W) Processador de Alimentos: Potência Ativa 180 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais Radio Relogio: Potência Reativa 2,8 3,75 3,75 2,6 2,6 3,50 3,50 2,4 2,4 3,25 3,25 2,2 2,2 3,00 3,00 2,0 2,0 2,75 2,75 1,8 1,8 2,50 2,50 1,6 1,6 1,4 1,4 Qmed (VAr) 2,8 2,25 2,25 2,00 2,00 1,2 Qmed 1,75 1,75 1,2 Qcalc Pmed 1,0 Pcalc 1,0 1,50 1,50 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Radio Relogio (stand by): Potência Ativa Radio Relogio (stand by): Potência Reativa 3,50 3,50 3,25 3,4 3,4 3,2 3,2 3,0 3,0 2,8 2,8 2,6 2,6 2,4 2,4 2,2 2,2 2,0 2,0 1,8 1,8 1,6 1,6 3,00 3,00 2,75 2,75 2,50 2,25 2,25 2,00 2,00 1,75 1,75 1,50 1,50 1,4 1,4 1,2 Qmed 1,2 Qcalc 1,0 Pmed 1,0 Pcalc 1,25 0,8 1,25 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 0,8 90 V (V) 95 100 105 110 115 V (V) Figura A.29: Modelo ZIP para um rádio relógio 110 120 125 130 135 Qcalc (VAr) 2,50 Qmed (VAr) 3,25 Pcalc (W) Pmed (W) Qcalc (VAr) 4,00 Pcalc (W) Pmed (W) Radio Relogio: Potência Ativa 4,00 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 Receptor Antena Parabolica: Potencia Ativa Receptor Antena Parabolica: Potência Reativa 12,0 12,0 11,5 11,5 13,0 12,5 12,5 12,0 12,0 11,5 11,5 11,0 11,0 10,5 10,5 10,0 10,0 10,5 10,0 10,0 9,0 9,0 8,5 8,5 8,0 8,0 Pcalc (W) 9,5 9,5 9,5 9,5 9,0 9,0 8,5 8,5 8,0 8,0 7,5 7,5 Pmed 7,5 Qmed 7,5 Qcalc 7,0 7,0 Pcalc 7,0 7,0 90 95 100 105 110 115 120 125 130 6,5 6,5 135 90 95 100 105 115 120 125 3,0 3,0 2,8 2,8 2,6 2,6 2,4 2,4 2,2 2,2 2,0 9 9 8 8 7 7 6 6 5 5 Qmed 2,0 Qcalc Pmed 4 Pcalc 1,8 1,8 100 105 110 115 120 125 130 4 90 135 95 100 105 110 115 120 125 V (V) V (V) Figura A.30: Modelo ZIP para um receptor de antena parabólica 111 130 135 Qcalc (VAr) 3,2 Pcalc (W) 3,2 95 135 Receptor Antena Parabolica (stand by): Potência Reativa 3,4 Qmed (VAr) Receptor Antena Parabolica (stand by): Potência Ativa 3,4 90 130 V (V) V (V) Pmed (W) 110 Qcalc (VAr) 10,5 Qmed (VAr) 11,0 11,0 Pmed (W) 13,0 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais 7,9 7,9 7,8 7,7 7,7 7,6 7,6 7,5 7,5 7,4 7,4 100 105 110 115 120 125 19,5 19,5 19,0 19,0 18,5 18,5 18,0 18,0 17,5 17,5 17,0 17,0 16,5 16,5 Qmed Pcalc Qcalc 7,3 95 20,0 Pmed 7,3 90 20,0 130 16,0 16,0 135 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Receptor TV a Cabo (stand by): Potência Ativa Receptor TV a Cabo (stand by): Potência Reativa 7,500 7,50 7,475 7,450 21,5 21,5 21,0 21,0 20,5 20,5 20,0 20,0 19,5 19,5 19,0 19,0 18,5 18,5 7,45 7,375 18,0 7,350 Qcalc (VAr) 7,40 Pcalc (W) 7,400 Qmed (VAr) 7,425 Pmed (W) Qcalc (VAr) 7,8 Qmed (VAr) Receptor TV a Cabo: Potência Reativa 8,0 Pcalc (W) Pmed (W) Receptor TV a Cabo: Potência Ativa 8,0 18,0 7,35 17,5 17,5 Qmed Qcalc 7,325 17,0 Pmed 17,0 Pcalc 7,300 16,5 7,30 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 16,5 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Figura A.31: Modelo ZIP para um receptor de TV a cabo Roteador Wi-Fi: Potência Ativa Roteador Wi-Fi: Potência Reativa 3,700 3,700 3,675 Pmed 3,600 3,600 3,575 3,575 3,550 3,550 3,525 3,525 3,500 3,500 3,475 3,475 3,450 3,450 3,425 3,425 3,400 3,400 100 105 110 115 120 125 130 Qmed (VAr) 3,625 6,4 6,4 6,2 6,2 6,0 6,0 5,8 5,8 5,6 5,6 Qmed Qcalc 5,4 135 5,4 90 V (V) 95 100 105 110 115 V (V) Figura A.32: Modelo ZIP para um roteador Wi-Fi 112 120 125 130 135 Qcalc (VAr) 3,650 Pcalc (W) Pmed (W) Pcalc 3,625 95 6,6 3,675 3,650 90 6,6 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 900 850 850 800 800 750 750 700 700 650 650 600 600 550 550 500 450 Pmed Pcalc 90 95 100 105 110 115 120 125 130 1,6 1,6 1,5 1,5 1,4 1,4 1,3 1,3 1,2 1,2 1,1 1,1 1,0 1,0 500 Qcalc (VAr) 900 Qmed (VAr) Sanduicheira: Potência Reativa 950 Pcalc (W) Pmed (W) Sanduicheira: Potência Ativa 950 Qmed Qcalc 450 135 0,9 0,9 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Figura A.33: Modelo ZIP para uma sanduicheira 2200 2100 2100 2000 2000 1900 1900 1800 1800 1700 1700 1600 1600 1500 1500 1400 1400 1300 Pmed Pcalc 1200 1100 90 95 100 105 110 115 120 125 130 55 55 50 50 45 45 40 40 35 35 30 1300 30 Qmed 1200 Qcalc 25 1100 135 90 95 100 105 110 115 V (V) V (V) Figura A.34: Modelo ZIP para um secador de cabelos 113 120 125 130 25 135 Qcalc (VAr) 2200 Qmed (VAr) Secador de Cabelos: Potência Reativa 2300 Pcalc (W) Pmed (W) Secador de Cabelos: Potência Ativa 2300 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais 1,9 1,8 1,8 1,7 1,7 1,6 1,6 1,5 1,5 1,4 1,4 100 105 110 115 120 125 4,0 3,5 3,5 3,0 3,0 2,5 2,5 2,0 2,0 1,5 Qmed Pcalc Qcalc 1,2 95 4,0 Pmed 1,2 90 4,5 1,5 1,3 1,3 4,5 130 1,0 1,0 135 90 95 100 105 V (V) 1,7 1,7 1,6 1,6 1,5 1,5 1,4 1,4 1,3 1,3 1,2 Qmed (VAr) 1,8 135 120 125 4,5 4,5 4,0 4,0 3,5 3,5 3,0 3,0 2,5 2,5 2,0 2,0 1,5 Qmed Pcalc Qcalc 1,0 1,1 115 130 Pmed 1,1 110 125 1,5 1,2 105 120 130 135 Qcalc (VAr) 1,8 100 115 Telefone Sem Fio (stand by): Potência Reativa 1,9 Pcalc (W) Pmed (W) Telefone Sem Fio (stand by): Potência Ativa 95 110 V (V) 1,9 90 Qcalc (VAr) 1,9 Qmed (VAr) Telefone Sem Fio (em uso): Potência Reativa Pcalc (W) Pmed (W) Telefone Sem Fio (em uso): Potência Ativa 1,0 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Figura A.35: Modelo ZIP para umaparelho de telefone sem fio 900 900 850 850 800 750 750 700 700 650 650 600 600 550 Pmed Pcalc 500 450 90 95 100 105 110 115 120 125 130 550 3,0 3,0 2,8 2,8 2,6 2,6 2,4 2,4 2,2 2,2 2,0 2,0 1,8 1,8 Qmed Qcalc 500 1,6 1,6 450 135 90 V (V) 95 100 105 110 115 V (V) Figura A.36: Modelo ZIP para uma torradeira de pães 114 120 125 130 135 Qcalc (VAr) 800 Qmed (VAr) Torradeira: Potência Reativa 950 Pcalc (W) Pmed (W) Torradeira: Potência Ativa 950 A.1 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #1 TV LCD 32": Potência Ativa TV LCD 32": Potência Reativa -10 -10 117,0 117,0 Qmed Qcalc Pmed 116,0 116,0 115,5 115,5 115,0 115,0 Qmed (VAr) 116,5 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -11 -12 -12 -13 -13 -14 -14 -15 -15 -16 -16 -17 -17 114,5 114,5 -11 90 135 Qcalc (VAr) 116,5 Pcalc (W) Pmed (W) Pcalc 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) TV LCD 32" (stand by): Potência Reativa TV LCD 32" (stand by): Potência Ativa -2,00 0,29 0,29 -2,00 Pmed -2,25 Pcalc 0,24 0,23 0,23 -2,50 -2,50 -2,75 -2,75 -3,00 -3,00 -3,25 -3,25 -3,50 -3,50 -3,75 -3,75 -4,00 -4,00 -4,25 -4,25 -4,50 -4,50 Qcalc (VAr) 0,24 Pcalc (W) 0,25 0,25 Qmed (VAr) 0,26 0,26 -2,25 Qcalc 0,27 0,27 Pmed (W) Qmed 0,28 0,28 0,22 0,22 -4,75 0,21 0,21 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -4,75 90 135 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) V (V) Figura A.37: Modelo ZIP para uma TV LCD 32” Umidificador de Ar: Potência Ativa Umidificador de Ar: Potência Reativa 34 34 -32 -32 Qcalc -34 -34 -36 -36 -38 -38 -40 -40 -42 -42 -44 -44 32 32 30 30 29 29 28 28 27 27 -46 -46 26 -48 -48 26 Pmed Qmed (VAr) 31 Pcalc 25 90 95 100 105 110 115 120 125 130 25 135 -50 -50 90 V (V) 95 100 105 110 115 120 125 V (V) Figura A.38: Modelo ZIP para um aparelho umidificador de ar 115 130 135 Qcalc (VAr) 31 Pcalc (W) Pmed (W) Qmed 33 33 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais Ventilador (velocidade 1): Potência Reativa 42 40 40 38 38 36 36 34 34 32 32 Qcalc 30 30 28 Pmed Pcalc 26 24 Qmed Qmed (VAr) 42 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -3,0 -3,0 -3,5 -3,5 -4,0 -4,0 -4,5 -4,5 -5,0 -5,0 -5,5 -5,5 -6,0 -6,0 28 26 24 135 -6,5 -6,5 90 95 100 105 V (V) 48 48 46 46 44 44 42 42 40 40 38 38 36 36 34 34 32 Pmed Pcalc 30 105 110 115 120 125 130 -0,95 -1,00 -1,00 -1,05 -1,05 -1,10 -1,10 -1,15 -1,15 -1,20 -1,20 -1,25 -1,25 30 28 135 -1,30 -1,30 90 95 100 105 110 115 120 125 55 50 50 45 45 40 40 35 Qmed (VAr) 55 20 20 18 18 16 16 14 14 12 12 10 35 10 Qmed Pmed Qcalc Pcalc 105 110 115 120 125 130 8 30 135 V (V) 90 95 100 105 110 115 V (V) Figura A.39: Modelo ZIP para um ventilador de 30cm 116 120 125 130 8 135 Qcalc (VAr) 60 Pcalc (W) 60 100 135 Ventilador (velocidade 3): Potência Reativa 65 95 130 V (V) Ventilador (velocidade 3): Potência Ativa 90 135 Qcalc 32 65 30 130 Qmed V (V) Pmed (W) 125 -0,95 Qmed (VAr) 50 100 120 Qcalc (VAr) 50 95 115 Ventilador (velocidade 2): Potência Reativa 52 Pcalc (W) Pmed (W) Ventilador (velocidade 2): Potência Ativa 90 110 V (V) 52 28 Qcalc (VAr) 44 Pcalc (W) Pmed (W) Ventilador (velocidade 1): Potência Ativa 44 A.2 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #2 Video Game: Potência Ativa Video Game: Potência Reativa -19 77,25 77,25 -18 -18 77,50 77,50 Qmed -19 Qcalc -20 -21 -21 -22 -22 -23 -23 -24 -24 -25 -25 -26 -26 -27 -27 76,50 76,50 76,25 76,25 Qcalc (VAr) 76,75 Pcalc (W) 76,75 Qmed (VAr) 77,00 77,00 Pmed (W) -20 76,00 76,00 75,75 75,75 Pmed Pcalc 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -28 -28 75,50 75,50 90 135 95 100 105 V (V) 110 115 120 125 130 135 V (V) Video Game (stand by): Potência Ativa Video Game (stand by): Potência Reativa 0,735 -4 0,735 -4 Qmed 0,725 0,720 0,720 0,715 0,715 0,710 0,710 0,705 0,705 0,700 0,700 Qmed (VAr) 0,730 0,725 Pmed Pcalc 0,695 -5 -5 -6 -6 -7 -7 -8 -8 -9 -9 Qcalc (VAr) 0,730 Pcalc (W) Pmed (W) Qcalc 0,695 0,690 -10 0,690 90 95 100 105 110 115 120 125 130 -10 90 135 V (V) 95 100 105 110 115 120 125 130 135 V (V) Figura A.40: Modelo ZIP para um video game A.2 Resultados Obtidos: Modelagem Experimental ZIP Método #2 A seguir são apresentados os resultados experimentais para os aparelhos não apresentados graficamente na Seção 2.5.2. 117 Cap. A Modelo ZIP para cargas residenciais Maquina de Lavar: Potência Reativa 65 510 510 60 60 500 500 55 55 490 490 50 50 480 480 470 470 45 45 460 460 40 40 450 Qmed (VAr) 65 35 450 Pmed 440 30 440 110 115 120 125 30 25 105 430 135 130 35 Qmed Qcalc Pcalc 430 105 Qcalc (VAr) 520 Pcalc (W) Pmed (W) Maquina de Lavar: Potência Ativa 520 110 115 120 V (V) 125 25 135 130 V (V) Figura A.41: Modelo ZIP para uma máquina de lavar Lavadora de Roupas Semiautomatica: Potência Reativa 85 34 34 80 80 33 33 75 75 32 32 70 70 31 31 30 30 65 65 29 29 60 60 55 55 Qmed (VAr) 85 28 28 27 50 50 27 Pmed Qmed Qcalc Pcalc 26 110 112 114 116 118 120 122 124 126 128 130 132 26 45 110 112 114 116 118 120 122 124 126 128 130 V (V) V (V) Figura A.42: Modelo ZIP para uma máquina de lavar semiautomática 118 132 45 Qcalc (VAr) 35 Pcalc (W) Pmed (W) Lavadora de Roupas Semiautomatica: Potência Ativa 35 Apêndice B Instalação e Utilização da Biblioteca Home Smart Grid Este trabalho acadêmico produziu como produto final uma ferramenta para utilização em estudos futuros em formato de biblioteca (ToolBox ) do ambiente Simulink. Este apêndice apresenta os passos que devem ser executados para preparação do software MatLab para a utilização da ferramenta criada e disponibilizada. Devem ser feitas instalação de compiladores no sistema operacional e a instalação da biblioteca na área do software MatLab para a execução de simulações com os componentes disponı́vens na biblioteca. Esta seção considera que são utilizados sistemas operacionais Windows de 64 bits, versões 7 ou 8. Caso novas versões do sistema operacional sejam lançadas ou exista a necessidade de instalação da ferramenta em demais sistemas operacionais (Linux ou MAC OS ), devem ser pesquisadas as maneiras equivalentes de se realizarem as mesmas rotinas necessárias. Mais informações podem ser extraı́das da página de ajuda do software MatLab (MathWorks 2014). B.1 Passo #1: Instalação do compilador para funções MatLab Os modelos de cargas disponı́veis na biblioteca Home Smart Grid utilizam blocos de função do MatLab. Para sua execução, o software utiliza algumas ferramentas do sistema operacional que devem ser previamente instalados. O procedimento especificada nesta seção funciona para as versões de MatLab R2011a e superiores, não tendo sido testado em versões anteriores. A Tabela B.1 apresenta os compiladores que necessitam ser previamente instalados para cada versão de sistema operacional. Todos os itens são livres para download em suas respectivas páginas de internet (Microsoft 2014b, Microsoft 2014c, Microsoft 2014a). 119 Cap. B Instalação e Utilização da Biblioteca Home Smart Grid Sistema Opercional Windows 7 Windows 8 Ferramenta de Desenvolvimento Microsoft Windows SDK for Windows 7 Microsoft Windows SDK for Windows 7 Compilador Microsoft Visual C++ Express 2010 Microsoft Visual C++ 2010 Redistributable Tabela B.1: Tabela de compiladores necessários Após a instalação das ferramentas indicadas pela Tabela B.1, deve ser executado um comando para a configuração do compilador padrão do MatLab. Executar o procedimento abaixo: • Abrir o programa MatLab; • Na janela de comandos (Command Window ), executar o comando “mex -setup”; • O programa perguntará se deseja localizar automaticamente os compiladores instalados no computador. Selecione a opção “Sim”; • O programa exibirá a lista de compiladores. Selecione a opção “Microsoft Visual C++ Express 2010 ”, ou versão superior, conforme instalado na máquina; • Confirme a escolha. Pronto. O ambiente Simulink/MatLab estão prontos para a utilização da biblioteca Home Smart Grids. Executar a instalação da mesma. B.2 Passo #2: Instalação da biblioteca Home Smart Grid Esta seção apresenta duas maneiras de se instalar a biblioteca Home Smart Grids. B.2.1 Instalação manual O arquivo “HomeSmartGrid.zip”deve ser extraı́do do formato de compactação. O mesmo possui dois arquivos internos: • HomeSmartGrid.mdl ; • slblocks.m. Ambos os arquivos devem ser copiados e colados na pasta que o programa MatLab cria na seção “Documentos”do sistema operacional Windows. Geralmente o caminho completo é: “C : \Users\ < NOMEUSUARIO > \Documents\MAT LAB”, no qual <NOMEUSUARIO> é o próprio usuário para efetuar login no sistema operacional. Caso deseje-se instalar a biblioteca em outra pasta, isto é permitido. No entanto, um comando de configuração deve ser executado no programa MatLab: 120 B.2 Passo #2: Instalação da biblioteca Home Smart Grid • Abrir o programa MatLab; • Selecionar a opção File -> Set Path; • Selecionar a pasta desejada e confirmar a operação. B.2.2 Instalação automática Selecionar o arquivo “HomeSmartGridInstall.exe”e aguardar término da operação. O arquivo será instalado na pasta que o programa MatLab cria no diretório de documentos do sistema operacional Windows. B.2.3 Resultados da Instalação Após a instalaçao ter sido executada por qualquer um dos métodos anteriores, o ToolBox Home Smart Grid estará disponı́vel no menu do próprio ambiente Simulink, conforme a Figura 4.10. Figura B.1: Intalação do ToolBox Home Smart Grid Quando aberta, a ferramenta disponibiliza os componentes conforme Figura B.1. 121 Cap. B Instalação e Utilização da Biblioteca Home Smart Grid Figura B.2: Componentes do ToolBox Home Smart Grid B.3 Utilização da biblioteca Home Smart Grid A utilização da ferramenta Home Smart Grid é bastante simples. Cada componente, quando posicionado no arquivo de simulação, possui um menu de configurações. Ambos os medidores (mono e bifásico) não possuem configurações disponı́veis. Seu menu é apenas informativo, apresentando as limitações do modelo conforme apresentado na Seção 3.2. A Figura B.3 apresenta seu menu. Figura B.3: Menu informativo do medidor de energia 122 B.3 Utilização da biblioteca Home Smart Grid A Figura B.4 apresenta o menu de configurações do modelo de cabo. Existe um modelo de cabo para cada bitola modelada, e seu único parâmetro configurável é o comprimento l. Figura B.4: Menu de configurações do modelo de cabo Para os modelos de cargas, também foi criado um modelo para cada aparelho doméstico modelado. Seu menu de configurações permite editar apenas os instantes que o aparelho é ligado e desligado, conforme apresentado na Figura B.5. 123 Cap. B Instalação e Utilização da Biblioteca Home Smart Grid Figura B.5: Menu de configurações do modelo de cabo B.3.1 Configurações recomendadas para a execução de simulações A Tabela B.2 apresenta as configurações necessárias para a execução de simulações. É altamente recomendável que estas configurações sejam respeitadas a fim de evitar erros no algoritmo de medição dos modelos de medidor de energia. Tipo de passo da simulação Passo da simulação (µs) Solver Passo fixo 25, 50, 100, 125, 200 ou 250 ode14x Tabela B.2: Configurações necessárias para a execução de simulações Além dos modelos da biblioteca criado por este trabalho, a mesma também disponibiliza itens necessários para a execução de simulações. Tais itens também podem ser obtidos de sua biblioteca original Simscape. As fontes de tensão são conectadas à entrada do circuito. Um bloco de referência elétrica deve ser obrigatoriamente utilizado, devido a uma limitação da biblioteca 124 B.3 Utilização da biblioteca Home Smart Grid Simscape (utilizada para a modelagem de todos os itens). Um bloco Solver Configuration também deve ser utilizado e conectado à camada fı́sica. As Figuras B.6 e B.7 apresentam uma recomendação de interligação dos elementos conforme apresentado no Capı́tulo 4. Figura B.6: Componentes básicos para o inı́cio da simulação Figura B.7: Conexão de ramais, medidor e suas cargas Estas são as recomendações iniciais. A partir de agora a ferramenta está disponı́vel para utilização em pesquisas cientı́ficas futuras, tornando a pesquisa mais rápida e objetiva, permitindo que a mesma seja focada em assuntos mais especı́ficos relacionados a Smart Grids. 125