Informativo ABEP
boletim quadrimestral – nº 63 e 64, ago. de 2002
Presidente
Eduardo Luiz G. Rios Neto
Vice-Presidente
Mary Garcia Castro
Secretário
Duval M. Fernandes
Tesoureira
Suzana Marta Cavenaghi
Diretor Suplente
Antônio Tadeu R. Oliveira
Conselho Fiscal
Ana Maria P. F. Boccuci
Antônio B. Marangoni
Taís Freitas Santos
Suplentes do Conselho Fiscal
Maria de Lourdes Teixeira Jardim
Marley Vanice Deschamps
Conselho Consultivo
Eduardo Luiz G. Rios-Neto
Guaraci Adeodato
José Marcos Pinto Cunha
Luiz Antônio P. Oliveira
Maria Coleta Ferreira Albino Oliveira
Morvan de Mello Moreira
Roberto Nascimento
Coordenação Editorial
Secretaria da ABEP
Endereço para correspondência:
IRT Pucminas
Av. Brasil, 2.023 – 8º nd.
30140-002- B.Hte. - MG
[email protected]
http://www.abep.org.br
Tiragem: 500 exemplares
EDITORIAL
Primeiro Tempo
O próximo Encontro da ABEP terá
como temário principal “Violências, o
Estado e a Qualidade de Vida da População
Brasileira”. Neste boletim, nossa VicePresidente Mary Castro assina um texto
motivador da temática. O XIII Encontro
da ABEP será realizado na cidade de Ouro
Preto, nos dias 04 a 08 de novembro de
2002. A escolha do local para o Encontro
foi decidida em reunião conjunta da
Diretoria e do Conselho Consultivo que
consideram as condições oferecidas na
cidade de Ouro Preto e o compromisso
assumido pela Diretoria de avaliar locais,
outros que Caxambu, para a realização do
evento. Quanto a data, por conta da
realização, em outubro, dos dois turnos das
eleições de 2002, os membros do Conselho
Consultivo acharam por bem sugerir à
Diretoria agendar o Encontro para o início
de novembro. No corpo do Boletim são
colocadas informações sobre o local onde o
evento será realizado e a hospedagem dos
congressistas.
A Comissão Organizadora do XIII
Encontro é formada pelo Presidente,
Secretário, Tesoureira e os colegas Morvan
Moreira, Paula Miranda-Ribeiro, Heloísa
Soares Moura Costa e Ana Maria Hermeto
Camilo de Oliveira. Os detalhes sobre a
apresentação de trabalhos e prazos foram
encaminhados por e-mail aos associados.
Um número expressivo de resumos foi
submetido aos coordenadores de GTs e
Comitês, sendo que 247 trabalhos foram
aceitos, que serão apresentados em 47 sessões
temáticas e sessão pôster. A seleção dos
trabalhos, a organização das sessões temáticas
e a proposição de mesas redondas para o evento
foram discutidas em reunião realizada em
Salvador no dia 08 de julho passado, que
antecedeu ao Workshop “Perfil demográfico
brasileiro e implicações para a educação”.
Índice
Notas breves / 3
Temática eixo do XIII Encontro da ABEP: Violências, o Estado e
a Qualidade de vida da população Brasileira / 4
XIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais / 5
Resultado da Seleção de Trabalho do XIII Encontro / 6
Programação do XIII Encontro / 14
O INFORMATIVO ABEP
é uma publicação quadrimestral
da Associação Brasileira
de Estudos Populacionais.
Atos do Poder Executivo - Decreto Nº 4.269 / 20
Revista Brasileira de Estudos de População / 21
Aconteceu / 22
Noticias IUSSP / Resultado do IV Concurso Nacional de Monografia / 26
Obituário / 27
Novos Associados / 28
Informativo ABEP, ago. 2002.
1
Ainda sobre a organização do Encontro, a Diretoria
entende que é benéfica a manutenção do formato utilizado
no Encontro precedente, colocando as sessões temáticas
em um mesmo horário de forma a não gerar “competição”
entre sessões temáticas e mesas redondas. Além das mesas
redondas propostas pelos GTs e Comitês, o Encontro
contará com três sessões plenárias (abertura,
encerramento e a plenária definidora do tema), além de
seis mini-plenárias. As mini-plenárias serão uma inovação
deste XIII Encontro, ocorrendo apenas duas mini-plenárias
Foi assinado o documento dos Subprogramas do
FNUAP nas áreas de População e Desenvolvimento e Saúde
Reprodutiva, planejando as atividades do Fundo no país
para os próximos cinco anos. A formulação do plano foi
cuidadosa, contando com a participação de vários parceiros
do fundo nas esferas governamental, científica e de
“advocacy”. O IPEA, IBGE, CNPD, Ministério da Saúde,
ABEP, RedeSaúde, CEFEMEA, entre outros, são parceiros
nas atividades planejadas. O plano define um elenco de
simultaneamente. Uma outra inovação proposta para este
atividades prioritárias, além de mostrar o potencial de
captação de recursos adicionais a título de “cost-sharing”
Encontro é o planejamento de pré-eventos.
com o Fundo. Este planejamento contempla explicitamente
Os pré-eventos são atividades científicas e técnicas
específicas, associadas ao XIII Encontro por afinidade
o XIII Encontro da ABEP, sendo importante alavancagem
para a sua realização. Gostaria de parabenizar a diretora
temática, mas que não se enquadrariam na grade e formato
do Encontro. Um primeiro pré-evento já está previsto,
do Fundo, Doutora Rosemary Barber Madden pela inovadora
conduta na realização do plano.
versando sobre Mulheres Chefes de Família, organizado
pela CNPD em parceria com a ABEP. Os detalhes
Dois números da Revista da ABEP serão lançados
operacionais sobre novos pré-eventos além de detalhes
sobre como participar dos mesmos serão disponibilizados
na home-page da ABEP e em comunicações subsequentes.
Segundo Tempo
Ainda na esteira das avaliações do XXIV Conferência
da IUSSP a Diretoria da ABEP recebeu cópia do parecer
da FAPESP sobre o projeto aprovado pela instituição em
apoio ao evento. O documento elogia a organização e aponta
a importância da conferência para a área de Demografia. O
parecer é reproduzido no corpo do Boletim. Além desta
mensagem a Diretoria recebeu diversas manifestações sobre
o sucesso do evento e, a colega Maria Coleta, Coordenadora
Nacional da Conferência, foi convidada pelo Comitê
Organizador da próxima Conferência para, em reunião em
Paris, repassar aos colegas da IUSSP a experiência
acumulada na preparação do evento no Brasil. Como
seguimento de algumas iniciativas que tiveram inicio na
Conferência, a ABEP realizou duas reuniões preparatórias
do seu XIII Encontro, a última sendo realizada em Salvador
para a entrega do relatório final. Um “workshop” intitulado
“Perfil Demográfico Brasileiro e Implicações para a
Educação” foi apresentado para a comunidade baiana em
reconhecimento ao apoio lá recebido.
2
brevemente. Há um grande esforço de nossa editora,
Elisabete Dória Bilac, no sentido de regularizar o fluxo da
Revista Brasileira de Estudos Populacionais. No passado,
por diversas razões, dentre elas a falta de recursos
financeiros, a publicação sofreu um grande atraso que hoje
busca-se normalizar. No entanto, para que este esforço surta
efeito é de fundamental importância a colaboração dos
associados enviando artigos. Uma série de trabalhos
preliminares, incluindo aqueles apresentados na Sessão de
Demografia Brasileira da XXIV Conferência da IUSSP, ou
mesmo nas sessões do corpo principal da Conferência, podem
ser submetido à revista. É bom lembrar que as instituições
de fomento à pesquisa e pós-graduação, principalmente
CAPES e CNPq, têm privilegiado na pontuação curricular
de pesquisadores as publicações em periódicos que contam
com comitê editorial. Este é o caso da Revista da ABEP, que
inclusive é altamente pontuada na área de Ciências Sociais
Aplicadas da CAPES.
Finalmente, gostaria de parabenizar a Presidente da
CNPD, Elza Berquó, pela recente publicação do Decreto
Nº 4269, estabelecendo a CNPD como órgão colegiado do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Tal
decreto confere à CNPD uma estabilidade institucional que
tranqüiliza a comunidade abepiana nestes tempos de
transição, dado a importância desta comissão para a inserção
da questão populacional no âmbito do Governo Brasileiro.
Informativo ABEP, ago. 2002.
NO
TAS BREVES
NOT
•
•
A abepiana Ana Maria Goldani, participou da reunião
da ONU “Expert group meeting on completing the
fertility transition, no período de 11 a 14 de março em
Nova Iorque. A reunião, tratou sobre o futuro da
fecundidade em países como o Brasil e que eles
chamam em fase final de transição. O texto elaborado
pela colega pode ser encontrado no seguinte endereço:
w w w. u n . o r g / e s a / p o p u l a t i o n / p u b l i c a t i o n /
completingfertility/completingfertility.htm
A abepiana Ana Amélia Camarano, pesquisadora do
IPEA, participou como membro da delegação
brasileira e representante da ABEP no Fórum de
Valença realizado em Madrid, no período de 1º a 04
de abril. O evento, apoiado pelo FNUAP, teve como
finalidade ser uma atividade preparatória da
Assembléia Mundial sobre Envelhecimento. Esta,
realizada no período de 08 a 12 de abril em Madrid,
contou com uma Conferência de abertura, organizada
pelo UNRISD, sobre Envelhecimento e Políticas
Sociais.
•
Já está disponível a 3ª versão do REDATAM na página
do CELADE: www.eclac.cl/celade/redatam
•
Continua em andamento, na Área de População e
Sociedade do Cebrap, o projeto “A população negra
brasileira frente ao HIV/Aids”. Trata-se de um
convênio com a Fundação MacArthur para o
treinamento em pesquisa para pesquisadores negros
integrado por: Kelly Adriano de Oliveira, Luís Carlos
Araújo Lima, Fernanda Lopes, Maria Dirce Gomes
Pinho e Noeli Aparecida Pereira. Como resultado deste
trabalho de equipe, papers sobre a vulnerabilidade da
população negra à infecção por HIV e adoecimentos
por Aids, foram submetidos à 14 a. Conferência
Internacional de Aids, Barcelona 7 a 12 de julho de
2002 e no Congresso Mundial de Epidemiologia,
Montreal, de 18 a 22 de agosto de 2002.
•
À venda na Secretaria da ABEP por R$ 15,00 (mais
despesas com correio), o livro: “O envelhecimento da
população brasileira e o aumento da longevidade subsídios para políticas orientadas ao bem-estar do
idoso” organizado por Laura Rodriguez Wong Pedidos
pelo e-mail [email protected] ou pelo Tel.Fax.:
(31) 3262.1548.
•
Em maio último, o Prof. Daniel José Hogan, passou a
ocupar o cargo de Pró-Reitor da Pós-Graduação da
UNICAMP. Assumindo interinamente a coordenação
do NEPO, o Professor Roberto Luiz do Carmo.
•
A Fundação Carlos Chagas, com o apoio da Fundação
FORD, lançou no dia 15 de maio, o livro “Gênero,
democracia e sociedade” organizado por Cristina
Bruschini e Sandra G. Unbehaum.
•
O Global Science Panel on Population and
Environment produziu um documento básico para
o World Summit for Sustainable Development, que
ocorrerá em Johanesburgo entre os dias 26 de agosto
e 6 de setembro próximo. O documento é fruto de
um amplo processo de discussão durante os
encontros preparatórios à Conferência e em cyber
seminars promovidos pela IUSSP/IHDP e
Population-Environment Research Network
(PERN). A necessidade de se dar maior relevância
aos temas populacionais na agenda da Conferência
de Johanesburgo, entretanto, é fortemente sentida
pelos membros do Glogal Science Panel, motivandoos a publicarem uma carta neste sentido na revista
Nature. Maiores informações podem ser encontradas
em www.populationenvironmentresearch.org e
www.iiasa.ac.at/gsp
•
Population and Enviroment in Brazil: Rio+10
Às vésperas da Conferência Internacional sobre
Desenvolvimento Sustentável em Johanesburg,
para reafirmar, depois de 10 anos, os princípios
fundamentais da Eco 92 e avaliar os progressos
verificados, a Comissão Nacional de População e
Desenvolvimento (CNPD) oferece aos participantes
da Rio+10 algumas reflexões sobre população e
ambiente, inspiradas na realidade brasileira. Os
textos desse livro representam uma contribuição
do campo dos estudos populacionais para a
discussão da Agenda 21, concebida como uma
plataforma para mobilização e mudança em defesa
de uma vida mais digna para as futuras gerações O
livro é fruto do trabalho conjunto da CNPD, do
NEPO/UNICAMP e do GT População e Meio
Ambiente da ABEP.
•
A CNPD lançou juntamente com o Ministério da
Educação, o vídeo “Aprendendo Demografia” que foi
ao ar na TV Escola nos dias 20 e 21 de julho e 03 e 04
de agosto.
•
A Organização Pan Americana de Saúde enviou à
Secretaria da ABEP cópia dos seguintes livros
recentemente lançados: A saúde no Brasil: análise
do período 1996 a 1999, elaborado por Maria Helena
Prado de Mello Jorge, Sabina Lea Davidson Gotlich
e Ruy Laurentis e Perfis da Saúde e de mortalidade
no Brasil: uma análise de seus condicionantes em
grupos populacionais específicos, elaborado por Celso
Cardoso da Silva Simões. Os interessados em obter
informações sobre as publicações podem contactar
a Senhora Fernanda Nahuz do Centro de Documentação da OPAS no endereço: [email protected]
3
Informativo ABEP, ago. 2002.
Info_63.p65
3
16/8/2002, 11:43
TEMÁTICA EIXO DO XIII ENCONTRO DA ABEP:
VIOLÊNCIAS, O ESTADO E A QUALIDADE DE VIDA DA
POPULAÇÃO BRASILEIRA
Mary Garcia Castro
Vice-Presidente da ABEP
O próximo Encontro da ABEP se reveste de especial
significado, a comemoração dos 25 anos da Associação.
Espera-se entrelaçar debates reflexivos sobre o festejado,
o alcançado pela demografia, em particular os estudos de
população no Brasil em tal curso fecundo de vida, como
tema desconfortável mais atual: violências e o estado e a
qualidade de vida da população brasileira.
Tal tema alinha-se a perspectiva, a tradição da ABEP,
de estar antenado com o seu tempo, com os temas
emergentes que viriam preocupando a sociedade e que
necessitam o aporte critico e analítico de pesquisadores
da área de população, em particular para dar subsídios a
políticas publicas e para quadros compreensivos sobre tais
temas. Mescla-se, assim, a orientação por destacar o
agradável, o acesso da produção Abepiana e da área - a
comemoração do nosso aniversário -, com a proposição de
que para o próximo Encontro se priorize como tema eixo,
o debate sobre violências, um dos signos destes tempos
que mundialmente vem desafiando a imaginação e a
vontade política.
São muitos os tópicos sobre tal temática que têm os
estudiosos da população muito a aportar. Violências é tema
apropriado pelos meios de comunicação e muitas vezes
sujeito a sensacionalismos, cabendo discussões conceituais
e metodológicas, haja visto por exemplo, a polemica
corrente sobre indicadores e níveis de violências e a questão
de fontes para apreensão das distintas formas de violências.
Influenciando diretamente o estado, a qualidade e a
dinâmica da população, esse é tema transversal aos vários
domínios curriculares, tendo cada Grupo de Trabalho e
Comitê da ABEP muito a contribuir para alertar sobre
lugares comuns e complexidades da temática, investigando
sobre distintos tipos de violências e interações entre áreas,
alem de permitir enfoques transversais que muito ganham
quando o estudo técnico, preocupado com a seleção de
índices, indicadores e formas de mensuração e de
apreensão do fenômeno violências em distintas populações,
necessariamente tem que se respaldar no saber acumulado
em humanidades.
Nas ciências sociais vem se há algum tempo
investindo em marcos reflexivos sobre violências no
sentido de apreender contornos culturais que
caracterizariam tipos de modernidade e diversos tipos de
formas de ser e estar em tempos considerados de medo e
4
relações sociais pautadas por agressividades varias. É desta
contribuição, por outro lado, o alerta, de que se um dos
parâmetros da modernidade, i.e., a recorrência à razão e
ao dialogo, é desafiada por interações modeladas em
violências, por outro lado, é um ganho destes tempos, o
reconhecimento de que são varias as formas de violência
aos direitos humanos, que antes não eram socialmente
assumidas como violências, como os assaltos aos direitos
das mulheres, dos indígenas, de trabalhadores, dos
homossexuais e dos negros, entre outras identidades que
não se enquadrariam no estereotipo da “normalidade” ou
de uma “população genérica”. Também é um ganho
civilizatório as referências sobre violências institucionais,
simbólicas e morais, acionadas em micro e macro políticas.
Entretanto há uma carência de diagnósticos mais
confiáveis e extensivos, a nível de grandes números,
baseados no dimensionamento até sobre a violência mais
diretamente perceptível, a que fere e mata e os
componentes do que seriam ocorrências letais, bem como
os níveis dos vários tipos de violência e a possibilidade de
se chegar a índices de violência que permitam
acompanhamentos de políticas publicas e trabalhos
comparativos internacionais.
A um primeiro nível, o nexo com os estudos de
população seriam mais claros no plano dos estudos sobre
mortalidade, mas não, há possibilidades de abordar a
temática da violência por diálogos transversais-entre áreas
temáticas dos estudos de população e entre disciplinas.
Por exemplo: a questão da violência desafia o estado de
conhecimento sobre transição demográfica, considerando
o aumento da mortalidade por causas violentas entre
jovens; sugere questões para as áreas de fecundidade,
considerando que historicamente fecundidade e
mortalidade não são dimensões dispostas de forma
discreta, com interações que são afetadas inclusive pelo
imaginário sobre vida e morte; no campo da saúde,
violências vem se destacando como área com claras
implicações humanas e orçamentária; no plano de estudos
sobre gênero e raça há especificidades sobre a formatação
de violências, não sendo ao azar que determinados tipos
de violência, como a domestica e sexual, assim como a
construção de masculinidade pautada em códigos de
violência tenha sexo/gênero, e que entre as vitimas de
violência destaquem-se os afro-brasileiros. Em muitos
Informativo ABEP, ago. 2002.
campos de conhecimento, como em migrações internas e
internacionais, coloca-se o nível de violência de uma área
como causa de saídas e mobilidade e em outros, como efeito.
No campo do trabalho, é tema recente a questão da violência
moral, alem de clássicos casos de violência associados à
relação capital e trabalho. Ou seja, são muitas as
instigantes questões e possíveis contribuições do campo
do estudo de população para cercar o tema da violência,
contribuir para debates conceituais, formas de
dimensionamento e informações para formulação e
acompanhamento de políticas publicas.
Alem de tais desafios, o tema violências sugere uma
plasticidade de sentidos que pede dialogo interdisciplinar
e de agencias, sendo de fato vários portos institucionais
dos quais viriam se descolando estudos tanto no campo de
população, e.g., os estudos da Comissão Nacional de
População e Desenvolvimento sobre juventude e violências,
como em outros patamares, como agencias internacionais
(e.g., a UNESCO com um acervo de trabalhos também
sobre juventude, cidadania e violências e do FNUAP e da
UNDCP, entre outras); universidades; organizações não
governamentais e agencias de governo (e.g., a preocupação
do Ministério da Justiça e do IBGE sobre indicadores e
elaboração de índices de violência), o que em muito
enriquecerá a formatação das atividades centralizadas
quando do Encontro da ABEP.
Em síntese, sugerimos aos associados da ABEP para esta
colaboração histórica a estes tempos, para que sem sacrifício
das agendas dos grupos de trabalhos e comitês, considere-se a
temática do Encontro - Violências - para fazermos frente a
um flagelo que vem se globalizando, mas que tem contornos
locais próprios e dizima tantos, por estudos e contribuições
sobre como se acercar, mensurar, compreender e propor
políticas de intervenção em relação a tal tema.
XIII ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS
O XIII Encontro da ABEP será realizado na cidade
de Ouro Preto no período de 04 a 08 de novembro, nas
instalações do Parque Metalúrgico – Centro de Artes e
Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto. A
hospedagem dos participantes será no Hotel Estalagem
das Minas Gerais que fica a 5 Km da cidade. Tanto o
Centro de Convenções como o Hotel podem ser
“visitados” na página da ABEP. Durante a realização do
evento um serviço de transporte será disponibilizado
para atender aos participantes.
O atendimento à chamada de trabalhos foi recorde e
370 resumos foram submetidos às coordenações dos GTs e
Comitês, dos trabalhos entregues, 247 foram escolhidos e
serão apresentados em 47 sessões temáticas e em sessões
pôsteres. Duas novidades serão introduzidas neste XIII
Encontro. A primeira, aproveitando a experiência bem
sucedida da XXIV Conferência da UISSP, será a apresentação
oral de pôsteres que serão selecionados pelo Comitê
Organizador, ouvindo os coordenadores de GTs e comitês.
Para tal foi reservado um horário especial após o almoço.
Em breve estaremos divulgando a relação dos textos
escolhidos assim como a formatação para a apresentação
dos trabalhos nos cavaletes.
A outra novidade será a realização de mini-plenárias,
em número de 06, sobre temas de importância na nossa
área de estudo, inclusive no âmbito internacional. Vale
Informativo ABEP, ago. 2002.
destacar a sessão conjunta da ABEP com a Population
Association of América, a sessão demografia latina
americana e a discussão sobre as conferências
internacionais, agora no período +10, que tratam de temas
ligados à população.
Como forma de permitir a discussão de temas
específicos, o Comitê Organizador está avaliando a
possibilidade e ampliar a realização de pré-eventos, que
serão independentes da estrutura do Encontro e
autofinanciados pelos participantes, na mesma base dos
preços acertados para o Encontro. No momento, temos
confirmado um seminário tratando da temática mulheres
chefes de família organizado pela CNPD, em parceria
com a ABEP. Tão logo seja definido o quadro geral dos
pré-eventos estaremos informando aos associados
Neste Boletim é apresentada a programação
provisória do XIII Encontro que está em processo de
discussão. Como no Encontro passado, procurou-se
manter o formato das sessões temáticas, agora ampliadas
para 8 sessões simultâneas. Os coordenadores de GTs e
comitês foram convidados a padronizar, na medida do
possível, a distribuição dos trabalhos nas sessões
temáticas de forma a contribuir no cumprimento dos
horários estabelecidos. Em breve, as fichas de inscrição
para o XIII Encontro assim como para os pré-eventos
estarão disponíveis na página da ABEP.
5
RESULTADO DA SELEÇÃO DE
TRABALHOS DO XIII ENCONTRO
GT População e História
Coordenadora: Eni Samara
Sessão Temática 1: Migração e povoamento
Coordenadora/Debatedora: Vera Lucia Amaral
Ferlini
Aproximando a Metrópole da Colônia:
Família, Concubinato e Ilegitimidade no
Noroeste Português (século XVIII e XIX)
Ana Sílvia Volpi Scott
Paisagem e população: algumas vistas de
dinâmicas espaciais e movimentos da
população nas Minas do começo do
dezenove
Alexandre Mendes Cunha
Imigração e família em Minas Gerais no
final do século XIX
Tarcísio Rodrigues Botelho
O açoite da seca: família e migração no
Ceará (1780-1850)
Antonio Otaviano Vieira Júnior
Sessão Temática 2: Famílias: relações inter-étnicas
e modelos regionais (I)
Coordenadora/Debatedora: Maria Sílvia Beozzo
Bassanezi
A família escrava e a partilha de bens: um
estudo de caso
José Flávio Motta e Agnaldo Valentin
Olhares para a ordem social na freguesia
de Santo Antônio da Lapa 1763-1798
Maria Luiza Andreazza
Casamento e Maternidade entre escravas
de Angra dos Reis, século XIX
Márcia Cristina Roma de Vasconcellos
Mulheres chefes de domicílio: Campinas,
1765-1850
Paulo Eduardo Teixeira
Sessão Temática 3: Famílias: relações inter-étnicas
e modelos regionais (II)
Coordenadora/Debatedora: Ida Lewkowicz
Mineiridade: a diversidade uniforme.
Retrato de Minas no Terceiro Quartel do
Século XIX: população e economia
6
Maria do Carmo Salazar Martins, Maurício
Antônio de Castro Lima e Helenice Carvalho
Cruz da Silva
Repensando a historiografia mineira:
aspectos demográficos, econômicos e sociais
no século XIX
Cláudia Eliane Parreiras Marques
Hipótese de crescimento vegetativo e
propriedade escrava em Batatais: a lista de
classificação dos escravos para
emancipação (1875)
Renato Leite Marcondes e Juliana Garavazo
Casamento & Desigualdade Jurídica.
Primeiras notas de um estudo em uma área
da região paulista no período colonial
Cacilda da Silva Machado
Sessão Temática 4: Diversidades: mulheres,
crianças, jovens e idosos
Coordenador/Debatedor: Sérgio Odilon Nadalin
A não-infância: crianças como mão-de-obra
compulsória em Mariana (1850-1900)
Heloísa Maria Teixeira
A população de Campinas segundo os
processos de divórcio e desquite do
Tribunal de Justiça de Campinas durante a
Primeira República (1890-1934)
Cristiane Fernandes Lopes
Resistência ou transformação? Os números
da educação feminina nos recenseamentos
gerais da população. Estado de São Paulo.
1940-1970
Ismênia Spínola Silveira Truzzi Tupy
Mudanças econômicas, casamento e
mulher. Vitória 1970-2000
Maria Beatriz Nader
Sessão Temática 5: Jovens Pesquisadores
Coordenadora: Eni de Mesquita Samara
Debatedor: Carlos S. Bakota
Os Proprietários de Escravos nas Minas
Gerais em 1718-1719: um Estudo
Comparativo dos Distritos de Vila do
Carmo e Vila Rica
Rodrigo Castro Resende, Regina Mendes de
Araújo, Karina Paranhos da Mata e Mariângela
Porto Gonçalves
Informativo ABEP, ago. 2002.
O universo familiar de relações: a base
quotidiana dos estrangeiros (São Paulo,
1827-1878)
Vanessa dos Santos Bodstein Bivar
Dos avestruzes que põem ovos: expostos na
Vila de Nossa Senhora da Lux dos Pinhais
de Curytiba (1760-1800)
André Luiz M. Cavazzani
A população escrava no município de
Franca - 1836-1888
Maísa Faleiros da Cunha
Mesa Redonda: Revendo os censos e interpretando
a História: dilemas e desafios do pesquisador
Sessão de Pôster
São Paulo, 1827: Uma análise demográfica
Penha, Nossa Senhora do Ó e Santana
Leandro C. Câmara, André Félix M. da Silva e
Vanessa Kely Domingues
O testamento no âmbito da herança: uma
análise demográfica
Joseph Cesar Ferreira de Almeida
Alianças matrimoniais e estratégias de bem
viver no espaço social da Vila de Nossa
Senhora da Lux dos Pinhais de Curitiba
(1690-1790)
Milton Stanczyk Filho
Bastardia e Ilegitimidade na Curitiba dos
séculos XVIII e XIX
Rafael Ribas Galvão
O amor possível: um estudo sobre o
concumbinato no Bispado do Rio de
Janeiro, fins do século XVIII e início do XIX
Alessandra da Silva Silveira
Crédito e economia cotidiana: a
participação feminina nas demandas
judiciais em Vila Rica, 1730 - 1770
Cláudia Coimbra do Espírito Santo
GT População e Gênero
Coordenadora: Sônia Corrêa
Sessão Temática 1: Anticoncepção no Brasil:
Novos Fatos, Antigas Questões
Coordenadora/Debatedora: Isabel Baltar da Rocha
Os Impactos da Nova Lei do Planejamento
Familiar nos Direitos Reprodutivos de
Homens e Mulheres no Brasil
Elza Berquó e Suzana Cavenaghi
Grupos de Planejamento Familiar nos
Centros de Saúde do Município de Belo
Informativo ABEP, ago. 2002.
Horizonte: Proposta de Avaliação dos
Serviços Ofertados na Rede
Mônica Bara Maia e Alessandra Chacham
Homens e Anticoncepção: análise
estatística de dados qualitativos
Maria Coleta de Oliveira
Contracepção: Uma questão para os
Homens
Sandra Mara Garcia
Sessão Temática 2: Diferenciais de Gênero no
Mercado de Trabalho: Tendências Estruturais e
Aspectos Específicos
Coordenador/Debatedor: José Eustáquio Diniz
Alves
Gênero, Migração e Trabalho nos Mercados
Metropolitanos
Adriana S. C. Andrade e Cláudio Dedecca
O impacto da Flexibilização das Leis
Trabalhistas sobre as Condições de
Trabalho da Mulher
Wilson Pirotta e Kátia Pirotta
O Desemprego Feminino na Região
Metropolitana de São Paulo
Guiomar Aquilini
Diferenciais de Salário: O Lugar da Mulher
no Mercado de Trabalho
Roberta Guedes Barreto e Alexandre Pinto de
Carvalho
Sessão Temática 3: Gênero, Sexualidade e
Reprodução nos Meios de Comunicação
Coordenadora/Debatedora: Albertina Costa ou
Sônia Corrêa
Um Estudio de la Representación de la
Mujer em la Telenovela Catalana
Marta Ortega e Maria do Carmo Fonseca
Representação sobre Trabalho, Gênero e
Raça na Revista Veja
Cleudia Bezerra Pacheco
Alguém está a fim de TC comigo? - A
Construção da Sexualidade Virtual
Magda Fernandes
Política e Aborto na Grande Imprensa
Magaly Pazello
Sessão Temática 4: Mulheres Chefes, Famílias
Monoparentais: Perfis Sócio-Demográficos e
Questões Conceituais
Coordenadora/Debatedora: Elisabete Dória Bilac
Gênero e Participação Social - Dimensões
Preliminares da Responsabilidade
Feminina por Domicílios
Sonia Oliveira e Ana Lúcia Sabóia
7
Feminização da Pobreza no Rio de Janeiro
(1992-2001)
Maria Salet Oliveira Novellino
Modelos Familiares e Pobreza no Nordeste
Brasileiro
Maria Gabriela Hita
Mulheres Chefes de Família : A
Complexidade e Ambigüidade da Questão
Mary Mendes
Mesa Redonda: Uso do Conceito de Gênero em
Demografia
Sessão de Pôster
Injustiças de Gênero- O Trabalho da
Mulher na Agricultura Familiar
Lígia Albuquerque
Novos Arranjos Familiares: Inquietações
Sociológicas e Dificuldades Jurídicas
Maria das Graças Lucena de Medeiros
A Participação da Mulher no Orçamento
Familiar
Izaura R. Fischer
Leitura sobre Masculinidades a Partir dos
Jogos Infantis
Vandonilson Santos
Proposta para Uma Nova Igualdade de
Gênero na Família
Maria da Conceição Quinteiro
Na Macro-Área de Ribeirão Preto a
Modernidade Tecnológica acelera as
Masculinidades da Força de Trabalho
Rosa Ester Rossini
Mulheres e menopausa: a necessidade de
adequação dos serviços de saúde
Patrícia Escalda, Maria do Carmo Fonseca e Ana
Paula Franco-Viegas Pereira
GT População e Meio Ambiente
Coordenadora: Heloisa Costa
Sessão Temática 1: Políticas públicas e população:
vulnerabilidade, adensamento e condições de
habitabilidade
Coordenadora/Debatedora: Heloisa S. M. Costa
Espaço e População nas favelas de São
Paulo
Suzana Pasternak
Tamanho populacional das favelas
paulistas. Ou os grandes números e a
falência do debate sobre a Metrópole
Haroldo G. Torres e Eduardo C. Marques
8
Aspectos da dimensão ambiental na política
de distribuição de densidades da população
intra-urbana
João Júlio V. Amaro
Urban Sprawl: custos, benefícios e o futuro
de um modelo de desenvolvimento do uso
da terra
Alberto A. E. Jakob
Sessão Temática 2: População, meio ambiente e
processos de gestão
Coordenadora/Debatedora: Marília Steinberg
Agroindústria, população e ambiente no
Sudoeste de Goiás
Roberto Luiz do Carmo, Eduardo Guimarães e
Adalberto M. M. de Azevedo
População, turismo e urbanização:
conflitos de uso e gestão ambiental
Heloisa S. M. Costa, Alexandre M. Oliveira e
Marcelo V. Ramos
Regulação, normas e técnicas de extração
de recursos naturais em áreas
comunitárias do Jequitinhonha
Eduardo M. Ribeiro, Flávia M. Galizoni e
Juliana S. Calixto
Agricultura metropolitana e
sustentabilidade
Mário Campos, Ronan S. Rodrigues e Maria
Aparecida S. Tubaldini
Sessão Temática 3: Justiça sócio-ambiental,
populações excluídas e movimentos sociais
Coordenador/Debatedor: Roberto Luiz do Carmo
Justiça ambiental e construção social do risco
Henri Acselrad
Criando uma cultura de meio ambiente.
Existe alguma chance de transformação
social a partir de uma idéia global
desenvolvida na esfera local?
Maria Gracinda C. Teixeira e Eliane S. Bessa
A trajetória da força de trabalho no
sudeste paraense: de agricultores
migrantes a garimpeiros, de garimpeiros a
posseiros, a excluídos, a Sem Terra
Carlos Henrique L de Souza
Os movimentos sociais em comunidades
pesqueiras na Amazônia: um estudo na Ilha
de Caratateua, PA
Petrônio L. T. Potiguar Jr.
Sessão Temática 4: Políticas públicas e populações
em situação de risco/vulnerabilidade sócioambiental
Coordenador/Debatedor: Haroldo G. Torres
Informativo ABEP, ago. 2002.
População e desmatamento no Vale do
Ribeira: integração de dados censitários
com dados de sensoriamento remoto dentro
da estrutura de um sistema de informação
geográfica (GIS)
Humberto P. F. Alves
Índice de sustentabilidade local: uma
avaliação da sustentabilidade dos
municípios do entorno do Parque
Estadual do Rio Doce (MG)
Tânia M. Braga e Ana Paula G. Freitas
Condições ambientais e crescimento
populacional; um estudo de caso
João Stefani e Rafael Rangel
Uma avaliação dos critérios de
classificação da população urbana
e rural
Maria das Graças R. Fossa e Mardone C. França
Sessão Temática 5: Políticas públicas e populações
em situação de risco/vulnerabilidade sócioambiental
Coordenador/Debatedor: Henri Acslrad
Lixo e cidadania: os impactos da política de
resíduos sólidos de Belo Horizonte no
mundo do trabalhos do catador da
ASMARE
Sônia Maria Dias
Poluição urbana do ar por queimadas na
Amazônia brasileira
Marília Steinberger
Itabira - vulnerabilidade ambiental:
impactos e riscos socioambientais advindos
da mineração em área urbana
Maria das Graças S. e Silva e Maria do Rosário
G. Souza
Políticas públicas e segregação sócioespacial: o caso do Maciço Central em
Florianópolis
Luís F. Pimenta e Margareth C. A. Pimenta
Mesas Redondas
Mesa Redonda 1: Migração e Ambiente: São
Paulo e Centro-Oeste (Mesa redonda conjunta
dos GTs de Migrações e de Meio Ambiente)
Mesa Redonda 2: Implicações demográficas
dos novos arranjos territoriais e das
aglomerações e assentamentos na gestão
ambiental
Sessão de Pôster
A cultura das águas - um estudo sobre
Informativo ABEP, ago. 2002.
regulações comunitárias de recursos
hídricos em três ambientes de Minas Gerais
Flávia M. Galizoni e Eduardo M. Ribeiro
A população do rural contemporâneo de
Campinas
Luzia A. C.G. Pinto
Vulnerabilidade em área de risco
ambiental: o caso da ocupação do “Lixão da
Pirelli” em Campinas
Ana Luiza R. C. Serra e Maria Aparecida
Rodrigues
Leitura histórica do processo de
apropriação do território - Um estudo no
município de Magé - RJ
Rodrigo M. J. Lemos
Formação do polo de horticultura
orgânica: a influência do trabalho familiar
e assalariado e o meio ambiente
Maria Aparecida S. Tubaldini
Gestão participativa dos resíduos sólidos
urbanos no município de medianeira - PR:
Diretrizes, descaminhos e perspectivas
Alexandre F. Böck e Maria Dolores Buss
Mineração, meio ambiente e mobilidade
populacional: umlevantamento nos estados
do Centro Oeste expandido
Adalberto M. M. Azevedo e Célio C. Delgado
Mapeamento da prática de queimadas no
Centro Oeste expandido
Carolina Darcie
Perfil ambiental dos recursos hídricos no
Centro Oeste expandido
Isa Gama
Estudo comparativo da estrutura fundiária
do Rio Grande do Norte - Período 1985 1995
Mardone C. França e Cleyber N. Medeiros
População e meio ambiente: uma
aproximação da agricultura no
Centro Oeste
Fabiano Biudes
População, meio ambiente e
desenvolvimento sustentável - um approach
neo institucionalista
Ihering G. Alcoforado
GT População e Saúde
Coordenador: Antônio Marangone
Sessão Temática 1: Métodos utilizados para a
estimativa e apresentação de informações
demográficas
Coordenador/Debatedor: Neir Antunes Paes
9
A krigagem como método de análise de
dados demográficos
Alberto Augusto Eichman Jakob
Vantagem e limitações do método
demográfico indireto e dos dados da PNAD’
98 para a estimativa da mortalidade
infantil
Dália Elena Romero
Tábuas-Modelo de Vida para o Brasil do
período 1980-2000
Paulo Campanario e Paulo Borlina Maia
Estimando a precisão das estimativas
indiretas das taxas de mortalidade obtidas
a partir da PNAD
Pedro Luiz do Nascimento Silva e Djalma
Galvão Carneiro Pessoa
Sessão Temática 2: Questões sobre a violência no Brasil
Coordenador/Debatedor: Roberto do Nascimento
Rodrigues
Decomposição dos Efeitos Idade, Período e
Coorte de Taxas de Homicídios: uma análise
por estados - 1981/1996
Ari Francisco de Araújo Junior
Resolução violenta de conflitos entre
casais: quem sai perdendo?
Íola Ferreira Vasconcelos
Sessão Temática 4: A saúde das crianças
Coordenador/Debatedor: Luis Patricio Ortiz
Crianças Paulistas: diferenças raciais ao
nascer e ao morrer
Estela Maria Garcia Pinto Cunha
Influência dos fatores socioeconômicos
maternos na sobrevivência de crianças
menores de 5 de idade no Estado do Rio
Grande do Norte
Maria Célia de Carvalho Formiga e Paulo César
Formiga Ramos
O risco de mães de 15 a 29 anos de
perderem pelo menos um filho
Mário Francisco Giani Monteiro e Sriya Iyer
Assistência pré-natal, baixo peso e
prematuridade no Estado de São Paulo, 2000
Samuel Kilsztajn, Anacláudia Rossbach,
Manuela Santos Nunes do Carmo e Tiago de
Oliveira Yokomizo
Sessão Temática 5: Estudos de mortalidade por causas
Coordenador/Debatedor: Antonio Benedito
Marangone Camargo
Um estudo dos óbitos violentos no Brasil 1980/1995
Renata Lourenço Guagliardi
Causas múltiplas de morte: uma análise de
padrões de mortalidade entre idosos
Ana Maria Nogales Vasconcelos
As causas externas e o perfil da
mortalidade da população residente no
Município de Campinas entre 1980 e 2000
Tirza Aidar
Mudanças no padrão da mortalidade por
AIDS no Estado de São Paulo
Bernadette Cunha Waldvogel e Lílian Cristina
Correia Morais
Sessão Temática 3: Utilizando informações
espacializadas
Coordenador/Debatedor: Pery Teixeira
Principais causas de morte na mesorregião
do Jequitinhonha: uma abordagem
descritiva e espacial
Cézar Augusto Cerqueira e Vânia Cândida da
Silva
A mortalidade por causas externas e os
aspectos sócioeconômicos nos bairros de Natal
Elizangela de Assis e Lára de Melo Barbosa
Distribuição espacial dos fatores
socioambientais do estado do Rio Grande do
Norte: o que melhorou entre 1991 e 2000
Paulo César Formiga Ramos, Maria Célia de
Carvalho Formiga, Iane Metzker Barboza,
Maria Aldilene Dantas Sanara e Cély Alves dos
Santos Silva
10
Demand for health care in Brazil: a
preliminary analysis by regions
Sandra Valongueiro e Débora Campineiro
A dinâmica da epidemia da AIDS nas
regiões Nordeste e Sudeste
Lára de Melo Barbosa
De que morrem as mulheres brasileiras
Rute Eduviges Godinho e Cecília Polidoro
Mameri
Mesas Redondas
Mesa Redonda 1: A Mortalidade Infantil no
Brasil em 2000
Mesa Redonda 2: Violência e Saúde - como
resolver?
Sessão de Pôster
Uma avaliação crítica das estatísticas
vitais por estado civil: estado de São Paulo.
1986-1996
Aída C. G. Verdugo Lazo, Flávia Rodrigues Dias
e Luciano Tavares Duarte
Informativo ABEP, ago. 2002.
Estudo do perfil das portadoras de
adenocarcinoma de Endométrio do Hospital
de Câncer de Pernambuco e verificação e
análise dos principais fatores de risco
Sheila Rebeca Rodrigues Silva e Simone Castelo
Branco Simões
Estudo dos diferenciais raciais/étnicos no
uso de drogas
Luis Carlos Araújo, Elza Berquó, F. Lopes,
F.KA. Oliveira, M. D. Pinho e N. Pereira
A mortalidade infantil por causas de morte
no Vale do Jequitinhonha
Sonaly Rezende e Júnia Quiroga
A evolução da morbidade e da mortalidade
por câncer de mama entre a população
feminina de Minas Gerais - 1995 a 2001
Andréa Branco Simão e Luiza de Marilac de
Souza
Evolução da mortalidade no Rio Grande do Sul
Marilene Dias Bandeira
Servicios de salud en Mexico. Indicadores
de cobertura y uso de servicios
Maria Cristina Gomes da Conceição
GT Reprodução Humana
Coordenadora: Laura Wong
Sessão Temática 1: Mudanças nos níveis e padrões
de fecundidade : algumas explicações
Coordenadora/Debatedora: Ignez Helena Oliva
Perpétuo
O que provocou o declínio da fecundidade
entre 1986 e 1996? A análise de algumas
variáveis selecionadas
Ana Roberta Pati Pascom
Trabalho feminino e mudanças na família
no Brasil (1984-1996): comparações por
classe social
Nathalie Reis Itaboraí
Redes sociais, gênero e fecundidade : a fuga
do reino das citações
Weber Soares e Moisés Calle Aguirre
A dinâmica da educação durante a
transição demográfica. Aumento do
tamanho da coorte versos diminuição do
tamanho da família
David Lam e Letícia Marteleto
Sessão Temática 2: Saúde Reprodutiva e
Planejamento Familiar
Coordenadora/Debatedora: Maria Graciela Morell
Informativo ABEP, ago. 2002.
Estudo multicêntrico sobre saúde
reprodutiva no Brasil : Alguns resultados
da pesquisa no Rio Grande do Norte
Francisco de Assis Medeiros da Silva e Nilma
Dias Leão Costa
Partos : entre o desejo e a realização
Marta Rovery de Souza
Avaliação das mudanças no
comportamento da saúde reprodutiva num
programa materno-infantil, implantado
num bairro de Natal - RN em 1994
Nilma Dias L. Costa, Rosely Sichieri, Ivanildo
Cortez de Souza, Alan Emond e Jon I. Poloock
Em que medida as paulistanas recorrem ao
aborto provocado
Rebeca de Souza e Silva e Maria Graciela
González de Morell
Sessão Temática 3: (Sessão conjunta com o Comitê
Juventude, População e Políticas Públicas)
Mesa Redonda: Segunda Transição Demográfica Fecundidade abaixo do nível de reposição
GT Migração
Coordenador: Ralfo Matos
Sessão Temática 1: Migrações e Redes Sócio-espaciais
Coordenador/Debatedor: Roberto do Nascimento
Rodrigues
Aportes para uma sociologia dos
deslocamentos e das culturas
Edmilson Lopes Júnior
Migração internacional: ponte para além
da metáfora da rede
Weber Soares
A análise de redes sociais (ARS) e a
Migração: mito e realidade
Dimitri Fazito
Migração e rede urbana: procedências e
inserção ocupacional
Fernando Gomes Braga e Ralfo Matos
Sessão Temática 2: Migrações Internas e Urbanização
Coordenador/Debatedor: David Ahouagi
Expansão, redefinição ou consolidação dos
Espaços da Migração em São Paulo?
Análises a partir dos primeiros resultados
do Censo 2000
Rosana Baeninger
Inserção ocupacional de emigrantes das áreas
metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro
Rodrigo Nunes Ferreira e Ralfo Matos
11
Características recentes dos deslocamentos
populacionais na Região Metropolitana de
Porto Alegre
Tanya M. M. Barcellos
Transformações econômicas e dinâmica
migratória recente na área urbana de
Uberlândia: um perfil sócio-econômico da
população migrante
Adir Aparecida Juliano
Sessão Temática 3: Processos de Urbanização e
Movimentos Populacionais
Coordenador/Debatedor: Alexandre Diniz
Crescimento Urbano, Saldos Migratórios e
Atratividade Residencial dos Distritos da
Cidade de São Paulo
Paulo de Martino Jannuzzi e Nicoláo Jannuzzi
Determinantes da duração do tempo de
residência em domicílios da região
metropolitana de Belo Horizonte
David José A. V. Magalhães e José Alberto
Magno Carbalho
Espaço intraurbano de Campinas
Antônio Augusto B. Oliveira
Divisão socioespacial e mobilidade
populacional na Região Metropolitana de
Curitiba na década de 80
Marley Vanice Deschamps
Vinte anos e migração em São Paulo: uma
análise do período de 1980-2000
Sônia Regina Perillo
Sessão Temática 4: Dimensões Técnicas e
Metodológicas no Estudo das Migrações Internas
Coordenador/Debatedor: José Marcos P. da Cunha
Os limiares demográficos das cidades médias
José Irineu R. Rigotti e Oswaldo Bueno Amorim Filho
Tabela de vida multirregional e
caracterização dos fluxos populacionais
entre municípios de pequeno, médio e
grande porte - Brasil, 1986-91
Maria Helena C. Spyrides, Ernesto Friedrich L.
Amaral e Moema G.B. Fígoli
Migrações de curto prazo entre 1986 e
1991: migrantes e retorno, migrantes de
passagem e migrantes não retornados
Ricardo Alexandrino Garcia, José Alberto Magno
de Carvalho e Fausto Brito
Avaliação da informação de data fixa com base
nos resultados das Pnad´s da década de 80
Fernando R.P.C. Albuquerque e Janaína R.X.
Senna
12
Sessão Temática 5: Dinâmica Migratória em
Contextos de Fronteira Agrícola
Coordenador/Debatedor: Marley Vanice Deschamps
As migrações e a transição para o trabalho
assalariado no Brasil
Fausto Brito
Migração e transformações produtivas na
fronteira: o caso de Mato Grosso
José Marcos Pinto da Cunha, Gisele M.R.
Almeida e Fernanda Raquel
Mobilidade e a evolução da fronteira agrícola
Alexandre M. A. Diniz
De migrante a assentado na luta por
Reforma Agrária
Marcelo Leles R. de Oliveira, Cláudia Ap.R., José
Roberto Pereira
Sessão Temática 6: Migrações Internacionais e a
Questão dos Indocumentados
Coordenadora/Debatedora: Mary Garcia Castro
A cultura e o habitus japonês:ingredientes
da experiência
Fábio Kazuo Ocada
O novo enraizamento: a conquista do
espaço pelos nikkeis do Brasil no Japão
Rosa Éster Rossini
Brasileiros nos Estados Unidos e Japão
Wilson Fusco, Fábio Yoiti Hirano e Roberta
Guimarães Peres
Movimentos migratórios e redes de
indocumentados no estado do Amazonas:
antigos problemas, novas reflexões
Carlos Augusto dos Santos
Mesa Redonda
Mesa Redonda 1: Tema: Migrações na
atualidade; problemas e questões teóricas
Mesa Redonda 2: Questões metodológicas e
avanços técnicos no estudo das migrações
nas últimas décadas
Sessão de Pôster
Mobilidade Residencial Intrametropolitana
em Belo Horizonte: inensidade e
distribuição espacial
David José A. V. Magalhães
Consequências das migrações internas nas
políticas de saneamento do Brasil urbanoindustrial
Sonaly Cristina R. B. de Lima
Informativo ABEP, ago. 2002.
A Emigração de Brasileiros para os Estados
Unidos - O caso de Miami
Adriana Capuano de Oliveira
Tendências recentes de expansão
Metropolitana e Intra-Municipal: o papel
da migração no caso do Município de
Guarulhos - SP
Ricardo Antunes de Abreu, Roberto L. Carmo,
Andréa C. Weick e Kátia C.S. Izaías
Municípios da hidrovia Tietê-Paraná:
regionalização e dinâmica sócio-espacial
paulista
Rosana Baeninger, Gisella Leonelli e Cláudia
Bolliger
Cultura Migratória
Adelita Neto Carleial
Imigrantes paulistas:ainda somos os
mesmos
Aparecido Soares da Cunha
Entre o local e o global: reestruturação
produtiva e seus impactos na dinâmica
sócio-econômico-populacional Votuporanga, um estudo de caso
Fabíola Rodrigues
Dinâmica migratória paraense no período
1981-1991
Alberto José Silva Tobias
Entre el temor y la exclusion: acciones de
salud dirigidas a migrantes Bolivianos y
acciones sanitárias em la frontera norte de
Argentina
Gabriela Adriana Sala
GT População e Trabalho
Coordenador: Ana Hermeto Oliveira
Sessão Temática 1: Gênero, Família, Reprodução e
Trabalho (Sessão Conjunta com o GT População e Gênero)
Coordenadora/Debatedora: Ana Lúcia Kassouf
Relações Familiares e Trabalho Feminino
na Região Metropolitana de São Paulo na
Década de 90
Lilia Montali e Giovana Lopes
Participação Familiar e Trabalhadores
Informais
Iracema Brandão Guimarães
Mudanças no Trabalho da Mulher na
Região Metropolitana de São Paulo nos
Anos 90
Eugenia Troncoso Leone
Qualificação e Trabalho: Atributos de
Gênero e Segmentação no Brasil
Anita Kon
Sesão Temática 2: Envelhecimento, Padrão de
Atividade dos Idosos e Aposentadoria (Sessão
Conjunta com o Comitê de Envelhecimento)
Coordenadora/Debatedora: Simone Wajnman
O Crescimento da Atividade dos Aposentados
Vânia Cristina Liberato
Envelhecimento, Condições de Vida e
Política Previdenciária. Como Ficam as
Mulheres?
Ana Amélia Camarano e Maria Tereza Pasinato
Os Custos Fiscais e a Influência dos Fatores
Demográficos na Transição de um Regime
de Repartição para um Regime de
Capitalização: Uma Aplicação aos Regimes
Próprios de Previdência do Funcionalismo
Público em Seis Estados Brasileiros
Dulce Alvarenga Baptista e Moema Fígoli
População Ativa e Inativa Rural na Década
de 90: Uma Análise com Ênfase na
População Idosa
Kaizô Iwakami Beltrão e Sonoê Sugahara
Pinheiro
Sessão Temática 3: O Mercado de Trabalho dos
Brasileiros Jovens (Sessão Conjunta com o Comitê da
Juventude)
Coordenador/Debatedor: Júlio Manuel Pires
As Descontinuidades Demográficas
Exercem Efeito sobre o Mercado de
Trabalho Metropolitano dos Jovens?
Jerônimo Oliveira Muniz
O Trabalho e a Escolaridade dos
Brasileiros Jovens
Nancy de Deus Vieira Silva e Ana Lúcia Kassouf
Análise da Situação Ocupacional de
Crianças e Adolescentes nas Regiões
Sudeste e Nordeste do Brasil Utilizando
Informações da PNAD 1999
Phillippe G. Leite e Denise B.N. Silva
O Efeito do Trabalho Infantil para os
Rendimentos dos Jovens, Controlando o
Background Familiar
Ana Lúcia Kassouf
Sessão Temática 4: Dinâmicas de Mercados de
Trabalho Locais
Coordenador/Debatedor: Paulo Jannuzzi
Migração, Trabalho e Renda nos Anos 90:
O Caso da Região Metropolitana de São
Paulo
Cláudio Salvadori Deddeca e José Marcos Pinto
Cunha
Continua na pág. 16
Informativo ABEP, ago. 2002.
13
PROGRAMAÇÃO DO XIII ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS - ABEP
VIOLÊNCIAS,O ESTADO E A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
OURO PRETO - 4 A 8 DE NOVEMBRO DE 2002
HIS - GT População e História, GEN - GT População e Gênero, MA - População e Meio Abiente, SAU - GT População e Saúde, REP - GT Reprodução Humana, MIG - GT Migração, TRB - GT População e Trabalho, JUV - Comitê Juventude, População e Políticas Públicas, PRJ - Comitê Projeções,
EDU - Comitê Demografia da Educação, IND - Comitê Demografia dos Povos Indígenas, ENV - Comitê População e Envelhecimento, C/R - Comitê População Raça/Cor, MUN - Demografia dos Municípios.
14
Informativo ABEP, ago. 2002.
Informativo ABEP, ago. 2002.
15
Continuação
Mudanças Populacionais, Espaciais e do
Emprego em Aglomerações Urbanas
Economicamente Dinâmicas: O Caso da
Região Metropolitana do Vale do Aço
Geraldo Magela e Deusdedit Soares dos Santos
Análise do Mercado de Trabalho da Região
Metropolitana de Belo Horizonte no
Período de 1995 a 2001
André Mourthé de Oliveira e Antonio Carvalho Neto
A Ocupação Informal na Região
Metropolitana de Salvador: Uma Análise
das Décadas de Oitenta e Noventa
Thaiz Braga
Sessão Temática 5: Aspectos Estruturais do
Mercado de Trabalho I: Padrões de Emprego e
Desemprego nos Anos 90
Coordenadora/Debatedora: Maria Cristina
Cacciamali
Desemprego: Evidências da Duração no
Brasil Metropolitano
Mariângela Penido e Ana Flávia Machado
População Ocupada e Mobilidade: Um
Enfoque Setorial sobre o Brasil nos Anos 90
Nelson Carvalheiro
Mercado de Trabalho na Região
Metropolitana de São Paulo nos Anos 90:
Modificações na Estrutura Ocupacional
Paulo Baltar
A Estrutura do Emprego Industrial no
Nordeste nos Anos Noventa
Elmer Nascimento Matos e Ricardo Melo
Sessão Temática 6: Aspectos Estruturais do
Mercado de Trabalho II: Desigualdades no
Mercado de Trabalho Brasileiro
Coordenador/Debatedor: Cláudio Salvadori
Deddecca
Indicadores da Qualidade do Mercado de
Trabalho
Paulo Moutinho, Victor H. Gouvêa e Victor H.
Klagsbrunn
Quem Trabalha Muito e Quem Trabalha
Pouco no Brasil
Gustavo Gonzaga, Phillippe G. Leite e Danielle
C. Machado
A Evolução nos Diferenciais de
Remuneração no Mercado de Trabalho
Formal Brasileiro nos Anos 90
Julio Manuel Pires
The Impact of Race on Earnings and
Human Capital in Brazil, South Africa and
the United States
David Lam
16
Mesas Redondas
Mesa Redonda 1: Políticas Públicas de
Emprego e Renda nos Anos 90: Resultados
e Perspectivas
Mesa Redonda 2: As Mudanças da
Estrutura Etária da População e o
Mercado de Trabalho no Brasil
Sessão de Pôster
Estudo Exploratório do Perfil Ocupacional
no Setor Agropecuário Brasileiro
Daisy Maria Xavier de Abreu e Ana Flávia
Machado
Uma Aplicação de Modelos Multiníveis na
Pesquisa Socioeconômica das Comunidades
de Baixa Renda
Alinne Veiga
Mercado de Trabalho e Migração no
Centro-Oeste Brasileiro
Gisele Almeida, Danilo Rodrigues, Fernanda
Raquel e Daniel Corticeiro
Setor Elétrico Brasileiro: Uma Análise do
Emprego no Processo de Transição
Juliana Barbosa e Ivan Targino
O Trabalho e a Cultura da População dos
Projetos de Irrigação do Sertão Nordestino
Ramonildes A. Gomes
A Urbanização vis-à-vis as Ocupações
Agropecuárias no Município de Santa
Juliana - MG
Luiz Bertolucci Jr., Marlene Borges e Darcilene
Gomes
Simulação de uma Alternativa para o
Questionário Amostral do Censo
Demográfico: Concatenação de Dados de
Diferentes Fontes
Nádia Coelho Rodrigues
Rio Grande do Sul: Modificações na Sua
Estrutura Etária
Olga Collinet Heredia
Comitê Juventude, População
e Políticas Públicas
Coordenadoras: Mary Garcia Castro e
Paula Miranda-Ribeiro
Sessão Temática 1: Juventudes hoje: condições e
expectativas de vida
Coordenadora/Debatedora: Mary Garcia Castro
Informativo ABEP, ago. 2002.
Educação, trabalho e violência: percepções,
expectativas e sonhos dos jovens
Fabiano de Sousa Lima
Ensino fundamental: diferenças regionais
Kaizô Iwakami Beltrão e Solange Kanso
‘Namorei não, peguei’: O pegar como uma
forma de relacionamento amorosa-sexual
entre os jovens
Suely Aldir Messeder
Namoro pra escolher (com quem casar):
idéias e práticas de namoro entre jovens
em Belém
Syane Sheila Costa de Paula Lago
Sessão Temática 2: Gênero, raça, saúde e direitos
reprodutivos entre jovens (Sessão conjunta com o GT
População e Gênero)
Coordenadora/Debatedora: Paula Miranda-Ribeiro
Homens brasileiros jovens: riscos de
contrair HIV/AIDS ou DST ou engravidar
uma parceira
Morvan de Mello Moreira
Jovens populares urbanos e gênero na
identificação de demandas de saúde
reprodutiva
Russell Parry Scott
Juventudes, raça e vulnerabilidades
Maria Dirce Gomes Pinho, Elza Berquó, F.
Lopes, K.A. Oliveira, L.C. Araújo e N.Pereira
Perfiles sociodemográficos, relaciones de
género, sexualidades y masculinidades de la
población negra joven em Colombia: el caso
de la cuidad de Cali
Fernando Urrea Giraldo e María del Carmen
Castrillón Valderrutén
Sessão Temática 3: Identidades e culturas juvenis:
driblando violências
Coordenadora/Debatedora: Tereza Correia da
Nóbrega Queiroz
Nada para fazer? Um estudo sobre
atividades do tempo livre entre jovens de
periferia
Mónica Franch
A Vila Olímpica da Verde e Rosa
Maria Alice Resende Gonçalves
A construção da identidade étnico-racial
em grupos juvenis: um estudo comparativo
entre jovens de origem turca em Berlim e
jovens negros em São Paulo
Wivian Weller
Os jovens em territórios ocupados
Yvonne Bezerra de Mello e Alain Pascal Kaly
Informativo ABEP, ago. 2002.
Sessão Temática 4: Gravidez e contracepção na
juventude (Sessão conjunta com GT Reprodução
Humana e Comitê Juventudes, População e Políticas
Públicas)
Coordenador/Debatedor: André Junqueira
Caetano
Gravidez na adolescência - a emergência de
um problema moderno
Tania Ribeiro Catharino e Karen Giffin
‘Gravidez na adolescência’ e identidade
masculina: repercussões sobre a trajetória
escolar e profissional do jovem
Cristiane da Silva Cabral
Juventude e contracepção: um estudo dos
fatores que influenciam o comportamento
contraceptivo das jovens brasileiras de 15 a
24 anos
Luciene Aparecida Ferreira de Barros Longo
Juventude e saúde reprodutiva: valores e
condutas relacionados com a contracepção
entre universitários
Kátia Cibelle Machado Pirotta e Néia Schor
Mesa Redonda: Perfil sociodemográfico das
juventudes no Brasil e em outros países da
América Latina
Sessão de Pôster
Grupos focais e pesquisa social qualitativa:
o debate orientado como técnica de
investigação
Otávio Cruz Neto, Marcelo Rasga Moreira
Luiz Fernando Mazzei Sucena
A experiência juvenil urbana em cidades
fragmentadas
Tereza Correia da Nóbrega Queiroz
A situação de adolescentes e jovens na
Região Norte: uma análise exploratória
Marília C. Brasil, Pery Teixeira e Carlos
Augusto dos Santos
Comportamento sexual e reprodutivo das
jovens no Peru
Victor M. Arocena Canazas
Treze meninas e suas histórias... (Um
estudo sobre mães adolescentes)
Margareth Aparecida S. de Almeida
Gravidez na adolescência nas camadas
populares do Rio de Janeiro. Um
‘problema’ de classe ou de geração?
Cristiane da Silva Cabral
17
A influência da dinâmica familiar no
comportamento de adolescentes do bairro
Felipe Camarão na cidade do Natal
Francisco de Assis M. Silva, Clara M. Santos e
Ana Patrícia M. Oliveira et al.
Comitê Demografia dos Povos
Indígenas do Brasil
Coordenador: Heloísa Pagliaro
Trabalho, juventude e exclusão social:
caminhos para uma inclusão social
Ana Maria Monte Frota e Rita Cláudia Aguiar
Barbosa
Sessão Temática 1: Organização Social e
Comportamento Demográfico dos Povos Indígenas
do Brasil
Coordenadora/Debatedora: Carmem Sylvia de
Alvarenga Junqueira
Comitê de Projeções
Coordenador: Bernadete Waldvogell
Sessão Temática 1: Projeções Populacionais I
Coordenadora/Debatedora: Bernadette Cunha
Waldvogel
O processo de finalização da transição
demográfica na América Latina
Moema G. Fígoli Laura R. Wong
Método Bayesiano de relação de Coortes
para Projeções de Pequenas Áreas
Renato Martins Assunção
Projeção populacional com estimadores
bayesianos espaciais
Flávio Henrique M. A. Freire e Renato M.
Assunção
Projeções dinâmicas de família: o exemplo
do Estado de São Paulo
Aída C. G. Verdugo Lazo e Ana Maria Goldani
Sessão Temática 2: Projeções Populacionais II
Coordenador/Debatedor: Carlos Eugenio de
Carvalho Ferreira
Atualização das projeções e estimativas
populacionais para o Rio Grande do Sul e
seus municípios
Maria de Lourdes Teixeira Jardim
Projeções populacionais para pequeníssimas
áreas: método e resultados para os distritos
da cidade de São Paulo em 2010
Paulo Martino Jannuzzi
População para pequenas áreas: o caso do
Distrito Federal
Mirna Augusto Oliveira, Arací C. Ministério e
Mônica O. M. França
Projeções populacionais para a Região Sul
Rita Maria da Silva Passos, Juaci V. Malaquias e
Vantoan José Ferreira Gomes
Epidemias, Demografia e Organização
Social: um estudo de caso sobre os efeitos
da expansão da fronteira sobre os Xavánte
do Brasil Central
Ricardo Ventura Santos, Nancy M. Flowers e
Carlos E. A . Coimbra Jr.
Trocas Matrimoniais na Região do Rio
Negro: um estudo de caso sobre nupcialidade
entre povos indígenas do Brasil
Marta Maria Azevedo
Espaço, Fecundidade e Reprodução entre os
Pankararu (Pernambuco)
Renato Athias
Recuperação Demográfica dos Povos
Indígenas do Brasil: a experiência dos Kaiabi
do Parque Indígena do Xingu - Mato Grosso
Heloisa Pagliaro
Sessão Temática 2: Indicadores Demográficos e de
Saúde dos Povos Indígenas do Brasil
Coordenador/Debatedor: Pery Teixeira
População Residente nas Terras Indígenas:
características básicas censitárias - 1991 e 2000
Nilza de Oliveira Martins
Os Índios Karajá das Aldeias de Santa
Isabel do Morro e Fontoura, Ilha do
Bananal: dados populacionais dos anos de
1969 e 2002
Roberto Geraldo Baruzzi
A Presença da Componente Populacional
Indígena na Demografia Histórica da
Capitânia de Pernambuco e suas Anexas na
Segunda Metade do Século XVIII
Roberto Smith
Populações Indígenas da Cidade de
Manaus, Inserção na Cidade e Ligação com
a Cultura
Evelyne Marie Therèse Mainbourg, Maria
Ivanilde Araujo e Iolene Cavalcante de Almeida
Mesa Redonda: Fontes, Indicadores e Conceitos
para Pesquisa Demográfica de Povos Indígenas
18
Informativo ABEP, ago. 2002.
Comitê População e Envelhecimento
Coordenador: Morvan de Mello Moreira
Sessão Temática 1: Arranjos Familiares
Coordenador/Debatedor: Paulo Saad
Famílias com idosos: Ninhos vazios?
Ana Amélia Camarano e Solange Kanso
Housholds and Income: Ageing and gender.
Inequalities in Urban Brazil and Colômbia.
Maria Cristina Gomes da Conceição
An analysis of living arrangements among
elderly women in Brazil
Flávia Andrade Susan DeVos
Variações de gênero na relação entre o
arranjo familiar e status de saúde dos
idosos brasileiros
Dália E. Romero M.
Sessão Temática 2: Saúde e Previdência da
População Idosa
Coordenadora/Debatedora: Ana Amélia Camarano
A demanda por serviços de saúde dos idosos
no Brasil em 1998
Alexandre Nunes Almeida
Serviços de saúde, gastos e envelhecimento
da população brasileira
Anacláudia Rossbach, Samuel Kilsztajn, Marcelo
Bozzini da Câmara e Manuela Santos Nunes do
Carmo
micro-espacial-questões sócio-espaciais em
Rio Claro - SP
Odeibler S. Guidugli
O idoso urbano no Rio Grande do Sul
Olga Collinet Heredia
Sessão Pôster
Base de dados e Atlas sobre a mortalidade
dos idosos no Brasil via WEB
Neir Antunes Paes
A influência da migração no processo de
envelhecimento do estado de Minas Gerais
Jomar Álace Santana
População de idosos nas comunidades
ribeirinhas da Amazônia: demandas
Sônia Maria Dozzi Brucki, Edila A. F. Moura e
Ricardo Nitrini
Diretrizes dominantes nas políticas
públicas dirigidas à população idosa e suas
conseqüências
Isolda Belo da Fonte
População Raça/Cor
Coordenador: José Luis Petruccelli
Sessão Temática 1: Ações afirmativas no Brasil:
avaliação e perspectivas
Coordenador/Debatedor: José Luis Petruccelli
Limitação funcional em idosos no Brasil:
resultados da PNAD 1998
Maria Isabel Parahyba
Projeto políticas de ação afirmativa na
Universidade Federal Fluminense
Moema de Poli Teixeira
Desafios de cobertura da população idosa
pela previdência social na década de 90
Stella Mª. Barberá S. Telles
A ação afirmativa e combate às
desigualdades raciais no Brasil: o desafio
da prática
Rosana Heringer
Sessão Temática 3: Envelhecimento no Âmbito
Regional e Características da População Idosa
Coordenador/Debatedor: Morvan de Mello
Moreira
Pirâmide da Solidão ou Pirâmide dos Nãocasados? Cor e estado conjugal na terceira
idade no Brasil
Carolina de Souza Costa
Estruturas domiciliares e idosos: um estudo
para Belo Horizonte
Frederico Poley M. Ferreira
Envelhecimento populacional em escala
Informativo ABEP, ago. 2002.
A influência dos blocos afros de Salvador
na formulação e implementação das
políticas de ações afirmativas no estado da
Bahia
Zulu Araújo
Sessão de Pôster
Páginas coloridas? Cor/raça na Revista
CAPRICHO, 1997 e 2000
Maria Última Teixeira
Mesa Redonda: Conceitos e noções de cor/raça/
etnia: usos correntes e utilização nas pesquisas
19
No dia 13 de junho de 2002 foi publicado no Diário Oficial o Decreto 4.269, cujo destaque é a
inserção da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento – CNPD, enquanto órgão
colegiado, na estrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Abaixo
reproduzimos o conteúdo do Decreto.
ATOS DO PODER EXECUTIVO
DECRETO Nº 4.269, DE 13 DE JUNHO DE 2002
Dispõe sobre a reorganização da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento - CNPD e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 84, incisos IV e VI, alínea ¿a¿, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º A Comissão Nacional de População e Desenvolvimento - CNPD, criada pelo Decreto 1.607, de 28 de agosto de 1995, passa a integrar a
estrutura organizacional do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Art. 2º A CNPD tem por finalidade contribuir para a formulação de políticas e implementação de ações integradas relativas à população e ao
desenvolvimento, conforme recomendações contidas no Programa de Ação Mundial, bem como monitorar, avaliar e revisar a execução dessas
políticas e ações, e ainda:
I - estimular e apoiar a elaboração de estudos atualizados da situação populacional nacional, regional e municipal;
II - reunir, sistematizar, avaliar e divulgar informações coletadas junto às áreas afetas ao tema população e desenvolvimento;
III - promover análises do impacto demográfico das políticas governamentais e das ações da iniciativa privada;
IV - estabelecer diálogo permanente com instituições e entidades, nacionais e internacionais, cujos objetivos e atividades possam trazer contribuição
relevante para as questões de população e desenvolvimento;
V - identificar e considerar as demandas da sociedade no tocante às questões de população e desenvolvimento;
VI - estimular a progressão, integração e compatibilização dos diversos sistemas de produção de informações na área de população e desenvolvimento;
VII - sistematizar informações sobre os recursos disponíveis, públicos e privados, nacionais e estrangeiros, e contribuir para a mobilização de novos
recursos para programas e ações na área de população e desenvolvimento, a fim de sugerir prioridades e otimizar sua aplicação;
VIII - promover iniciativas destinadas a ampliar a capacitação, o treinamento e o ensino na área dos estudos de população e desenvolvimento; e
IX - contribuir para melhorar o acesso dos vários segmentos da sociedade a serviços de informação, educação e comunicação sobre as questões de
população e desenvolvimento.
Art. 3º A CNPD terá a seguinte composição:
I - um representante de cada órgão a seguir indicado:
a) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
b) Ministério da Justiça;
c) Ministério das Relações Exteriores;
d) Ministério da Educação;
e) Ministério do Trabalho e Emprego;
f) Ministério da Previdência e Assistência Social;
g) Ministério da Saúde;
h) Ministério do Meio Ambiente;
i) Secretaria-Geral da Presidência da República; e
j) Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
II - oito representantes, vinculados ou não a entidades representativas da sociedade civil, designados pelo Ministro de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão.
§ 1º Os representantes a que se refere o inciso I serão designados pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, mediante
indicação dos titulares dos órgãos representados.
§ 2º O Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão designará o presidente da Comissão, dentre os membros referidos nos incisos I e
II.
§ 3º As funções dos membros da Comissão não serão remuneradas e seu exercício será considerado serviço público relevante.
Art. 4º A comissão poderá convidar, como observadores, representantes de outros órgãos da administração federal, estadual e municipal e de
entidades privadas, inclusive organizações não-governamentais, cuja colaboração seja necessária ao cumprimento de suas atribuições.
Art. 5º A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA prestará apoio técnico e administrativo indispensáveis ao funcionamento da
Comissão.
Art. 6º À Comissão compete elaborar e submeter à aprovação do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão o seu regimento interno,
no prazo de noventa dias, a contar da data de publicação deste Decreto.
Art. 7º O Anexo I ao Decreto nº 3.858, de 4 de julho de 2001, passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos:
Art. 2º ................................................................
................................................................................................
III - ......................................................................
................................................................................................
d) Comissão Nacional de População e Desenvolvimento - CNPD;
....................................................................................¿ (NR)
Art. 32-A. À Comissão Nacional de População e Desenvolvimento cabe exercer as competências estabelecidas no Decreto nº 4.269, de 13 de junho de
2002. (NR)
Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º Fica revogado o Decreto nº 1.607, de 28 de agosto de 1995.
Brasília, 13 de junho de 2002; 181º da Independência e 114º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Guilherme Gomes Dias
20
Informativo ABEP, ago. 2002.
*** NOVO ***
RBEP
A partir da primeira semana de agosto, a Revista Brasileira de Estudos de População v. 17, n. 1/2 jan./ dez. 2000 será
distribuída para os associados.
Sumário
Nota do Editor
Discurso do Presidente da ABEP
Passado, presente e futuro da fecundidade: uma
visão de idade, período e coorte
Eduardo L.G. Rios-Neto
Artigos
Efeito-idade ou efeito-pobreza? Mães
adolescentes e mortalidade neonatal em Belo
Horizonte
Cibele Comini César, Paula Miranda Ribeiro e
Daisy Maria X Abreu
Dados de migração de última etapa e data fixa do
censo demográfico brasileiro de 1991: uma análise
de consistência
José Alberto M. de Carvalho, José Teixeira L.
Ribeiro, Maria Bernardette Araújo e Cláudia
Júlia G. Horta
Morbidade referida e uso de serviço de saúde em
funcionários de banco estatal
Maria de Jesus M. da Fonseca, Célia Regina de
Andrade, Dóra Chor, Joaquim Valente, Kaizô
Beltrão e Milena Piraccini Duchiade
As mulheres chefes de domicílio e a formação de
famílias monoparentais, Campinas, SP, 1829
Dora Isabel Paiva da Costa
Modelo alternativo para projeção de força de
trabalho: dos condicionantes econômicos às taxas
de atividade. Método e resultados para a grande
São Paulo em 2005.
Paulo de Martino Jannuzzi
Estimativas de saldos e fluxos migratórios a
partir do Censo Demográfico de 1991: uma
aplicação para as mesorregiões de Minas Gerais
José Irineu R. Rigotti
Informativo ABEP, ago. 2002.
Mudanças na composição dos arranjos
domiciliares no Brasil – 1978 a 1998.
Rafael G. Osório e Marcelo Medeiros
Migração e trabalho na região metropolitana de
São Paulo nos anos 90
José Marcos Pinto da Cunha e Cláudio Salvadori
Dedecca
Alforrias e forros em uma freguesia escravista:
São João D’El Rey em 1795
Douglas Cole Libby e Clotilde Andrade Paiva
Notas de pesquisa
Urbanização e violência no Estado de São Paulo
Samuel Kilsztajn, Nelson Carvalheiro, Aissa
Rendall de Carvalho, Alexandre Hojda e
Marcelo Bozzini da Câmara
Automatização de tarefas inerentes a projeções
e interpolações populacionais
Diana Reiko T. O. Saywr, Gustavo Henrique
Naves Givisiez, Maurício Antônio de Castro
Lima
Resenha
Articulando trabalho e gênero
José Eustáquio Diniz Alves
Brasileiros no Estado Unidos: um estudo sobre
os imigrantes em Massachussetts.
Dimitri Fazito e Weber Soares
Ponto-de-vista
Migrações internacionais e transnacionalismo na
atualidade.
Pedro Pinchas Geiger
21
ACONTECEU
Seminário comemorativo de 20 anos do Núcleo de Estudos de População
POPULAÇÃO E AMBIENTE NO BRASIL: RIO + 10
NEPO convida para a continuidade da comemoração dos seus 20 anos, com um evento que ocorrerá em suas
dependências nos dias 14 e 15 de agosto, quando se vai discutir a perspectiva brasileira de questões que estarão
presentes na próxima conferência da ONU, a Rio+10, que vai acontecer em Johanesburg.
A seguir, a programação:
14-agosto-2002
Local: Auditório do NEPO
09:30 - Abertura
Carlos Henrique de Brito Cruz, Elza Berquó, Maria Coleta de Oliveira, José Marcos Pinto da Cunha, Daniel
Joseph Hogan
10:00 -11:00 - O Ambientalismo dos Pobres: conflitos ecológicos e valoração
Joan Martinez-Alier - Universitat Autònoma de Barcelona, Departamento de Economia e História Econômica
11:15 -12:15 - Lançamento do livro
Population and Environment in Brazil: Rio+10 - CNPD, ABEP, NEPO (orgs.)
14:00 - Mudanças Populacionais e Ambiente no Campo: perspectivas para o século 21
Coordenadora: Elza Berquó
Debatedora: Alpina Begossi
Terras e Povos Indígenas: reconhecimento, crescimento e sustento
Marta de Azevedo
População e Ambiente na Região Centro-Oeste
Eduardo Nunes Guimarães
Políticas e Programas de Terra: assentamentos, demografia e ambiente
Juarez Brandão Lopes
15-agosto-2002
Local: Auditório do NEPO
09:00 - Mobilidade Populacional e Ambiente
Coordenador: José Marcos Pinto da Cunha
Debatedora: Leila da Costa Ferreira
Urbanização e Ambiente
Heloisa Soares de Moura Costa
Migração e Ambiente: uma perspectiva das Regiões Metropolitanas
Haroldo da Gama Torres
População e Recursos Hídricos
Roberto Luiz do Carmo
14:00 - População e Estilos de Vida no Mundo Contemporâneo
Coordenadora: Maria Coleta de Oliveira
Debatedor: Laymert Garcia
População e Consumo Sustentável
Donald Sawyer
Turismo e Ambiente
Maria Teresa Luchiari
22
Informativo ABEP, ago. 2002.
Seminário Internacional:
TENDÊNCIAS E DESAFIOS DA POLÍTICA SOCIAL
NA AMÉRICA LATINA
Período: 14 a 15 de agosto de 2002
Comissão Organizadora:
Profa. Dra. Anita Kon (EITT-PUCSP)
Profa. Dra. Catalina Banko (UCVe)
Profa. Dra Maria Cristina Cacciamali (FEA – PROLAM/
USP)
Local: Auditório do USP Oficina
Instituições Promotoras: Associação Brasileira de
Estudos do Trabalho (ABET);
Programa de Pós-Graduação em Integração da América
Latina (PROLAM/USP);
Programa de Estudos de Pós-Graduação em Economia
Política (EITT-PUCSP)
Objetivos
O aprofundamento do processo de internacionalização das economias e os programas de liberalização econômica
implementados pelos governos latino-americanos resultaram na maior parte dos países em maiores taxas de desemprego
e maiores índices de pobreza. Esse quadro de maior inseguridade social veio acompanhado de reformas estruturais e de
um novo papel do Estado na sociedade, induzindo reformas laborais e a criação de uma nova tecnologia de política
social. As primeiras objetivam a utilização mais eficiente do fator trabalho, reduzindo custos, portanto direitos sociais,
o que vem a agravar o quadro social. A segunda visa desenhar um novo padrão de proteção e equidade social elevando
todos os níveis educacionais, implementando programas e ações de formação profissional, e de emprego e renda de
forma descentralizada, enfatizando a articulação dos poderes locais, focadas em grupos vulneráveis. Este seminário
internacional, que reúne especialistas com diferentes formações no campo da política, da macroeconomia e da política
social na América Latina, tem dois objetivos interligados: analisar as restrições políticas e macroeconômicas ao
desenvolvimento econômico e social da região; e avaliar os desafios e resultados do novo desenho da política social.
Programa
14/08/2002
Abertura do Evento: das 9h30min às 10h15min.
Prof. Dr. Adolpho José Melfi - Magnífico Reitor da USP
Profa.Dra.SuelyVilela-Pró-ReitoradePós-GraduaçãodaUSP
Profa.Dra.MariaCristinaCacciamali-PresidentedoPROLAM/USP
Armand Pereira - Diretor da OIT no Brasil
Prof. Dr. Samuel Kilsztajn - Coordenador do Programa de
Estudos Pós-Graduados em Economia Política da PUCSP.
Lançamento do Livro:
Los Desafíos de la Política Social en América Latina
Mesa Redonda: das 10h30min. à3s 12h.
As Restrições Macroeconômicas para o Desenvolvimento
Econômico Latino-americano
Prof. Dr. Rubén Lo Vuolo - Centro Interdisciplinario para
el Estudio de Políticas Públicas - CIEPP - Argentina
Prof. Dr. Carlos Eduardo Ferreira Carvalho - PUCSP
Coordenador: Prof. Dr. Claúdio Dedecca - UNICAMP
Mesa Redonda: das 14h às 15h30min.
Relações Internacionais e Direitos Fundamentais no
Trabalho: Novos Conceitos e Práticas para a Política Social
Prof. Dr. Salvador Antonio Meireles Sandoval - PUCSP
Armand Pereira - Diretor da OIT no Brasil
Coordenadora: Profa. Dra. Maria Cristina Cacciamali - FEA/
PROLAM/USP.
Informativo ABEP, ago. 2002.
Mesa Redonda: das 16h às 18h30min.
As Limitações ao Desenvolvimento na América Latina: O
Novo Papel do Estado e a Estratégia Local
Profa. Dra. Catalina Banko-Universidade Central da
Venezuela
Profa. Dra. Maria Regina Nabuco - PUC - Minas
Coordenadora: Profa. Dra Anita Kon - PUCSP
Debatedora: Profa. Dra. Lúcia Emília Nuevo Bruno - FE/
PROLAM/USP
15/08/2002
Mesa Redonda: das 9h30min às 11h.
As Reformas Laborais: Gestão e Flexibilização
Profa. Dra. Maria Cristina Cacciamali - FEA/PROLAM/USP
Profa. Dra. Liana Maria da Frota Carleial - Universidade
Federal do Paraná - UFPR
Coordenador: Prof. Dr. Antônio Carlos de Moraes - PUCSP
Debatedora: Profa. Dra. Aldacy Coutinho - Universidade
Federal do Paraná - UFPR
Mesa Redonda: das 11h30min. às 13h.
Políticas Públicas e Grupos Vulneráveis: Gênero e Jovens
Profa. Dra Anita Kon - PUCSP
Profa. Dra. Sônia Rocha - Universidade Estadual do Rio de
Janeiro - UERJ.
Coordenadora: Profa. Dra. Maria Lúcia Refinetti Rodrigues
Martins - FAU/PROLAM/USP
Debatedor: Prof. Dr. Júlio Pires - FEARP e PUCSP.
23
Workshop sobre a construção de um
“ÍNDICE MUNICIPAL DE SAÚDE REPRODUTIVA”
Rio de Janeiro, 22 a 23 de julho de 2002
AGENDA
22 de julho – segunda-feira
23 de julho – terça-feira
8:30 Abertura (IBGE - Luiz Antonio; ABEP Eduardo Rios-Neto e FNUAP - Rosemary Barber
Madden)
Manhã – Responsável FNUAP/ABEP
Manhã – Responsável: IBGE / FNUAP
Coordenação: Juarez de Oliveira (IBGE)
8:50 Censo Demográfico 2000 – Resultados
preliminares, Tendências - Luiz Antonio de Oliveira
9:20 PNAD (limites da desagregação e
potencialidades) - PNAD/ SAUDE - Lilibeth
Ferreira
9:50 Debate
10:10 Intervalo
10:30 SIM/SINASC - CENEPI – Dr. Jarbas
Barbosa; DATASUS - Dr. Jacques Lévin
11:30 Registro Civil - Antonio Tadeu de Oliveira
12:10 Debate
12:30 Almoço
Tarde – Responsável: IBGE
Coordenação: José Eustáquio Diniz Alves
(ABEP)
14:00 PNSB - Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico - Nely Silveira
14:40 Debate
Coordenação: Sônia Correa (ABEP)
8:30 DHS – BEMFAM – Elizabeth Ferraz
9:10 Debate
9:30 Base de Dados do Programa Saúde Família –
painel – Marta Coelho/ Nelson Cardoso/Kátia
Souto/Rosani Evangelista
10:10 Debate
10:25 Intervalo
10:45 Índice do Ceará – IPLANCE – Annuzia
Gossom/Virgínia Dantas
Indice de Desenvolvimento Municipal
11:25 Debate
11:40 Índice da F. SEADE – Índice Paulista de
Responsabilidade Social –Maria Paula Ferreira
12:20 Debate
12:35 Almoço
Tarde – Responsável FNUAP
Coordenação: Kátia Amorim (FNUAP)
14:00 Índice da F.João Pinheiro – Cláudia Horta
14:30 Debate
14:45 Discussão sobre a viabilidade de construção
de um índice municipal
15:00 AMS - Pesquisa Assistência Médico Sanitária - Maria Isabel Mendes
Encaminhamentos metodológicos
15:40 Debate
16:05 Divisão do trabalho
16:00 Intervalo
Construção de termos de referência
16:20 MUNIC - Pesquisa de Informações Básicas
Municipais - Antonio Carlos Alkmim dos Reis
17:00 Encerramento dos Trabalhos
15:45 Intervalo
17:00 Debate
17:20 Encerramento do dia
24
Informativo ABEP, ago. 2002.
Workshop: PERFIL DEMOGRÁFICO BRASILEIRO
E IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO
(Salvador – 09 Julho de 2002)
Local: Instituto de Saúde Coletiva-ISC (antiga Faculdade de Comunicação – UFBA)
Rua Basílio da Gama s/nº
Bairro: Canela
09:00 - 10:00 Abertura
Dr.César Vaz – Diretor Superintendente da SEI/BA
Profª Maria Coleta Ferreira Albino de Oliveira - NOC
Prof. Heonir Rocha - Reitor da UFBA
Prof. Sebastião Loureiro - ISC
10:00 - 10:45
Palestra: Perspectivas Demográficas para as Próximas Décadas: oportunidades e desafios
Prof. José Alberto Magno de Carvalho - Diretor do CEDEPLAR
10:45 - 11:30
Palestra: Estratificação Educacional e Progressão Escolar por Série no Brasil
Prof. Eduardo Rios-Neto - Presidente da ABEP
11:30 - 12:00 Debates
12:00 - 14:00 Almoço
14:00 - 14:45
Palestra: Mudança no Padrão de Fecundidade e Mortalidade Infantil na Bahia
Profª. Guaraci Adeodato Alves de Souza – CRH/UFBA
Ivana Murici – SEI/BA
14:45 - 15:15 – Debate
15:15 - 15:30 – Intervalo
15:30 - 17:00
Mesa: Resultados Preliminares do Censo Demográfico de 2000.
Coordenação : Prof. Eduardo Rios-Neto
Tema I) Tabulação Avançada e Cenário Educacional.
Apresentadora: Profª. Suzana Cavenaghi – NEPO/UNICAMP
Tema II) Mortalidade Infantil, Fecundidade e Migração
Apresentador: Antônio Tadeu de Oliveira – IBGE
Tema III) Raça/Cor
Apresentador: José Luiz Petruccelli - IBGE
17:00 - 17:30 – Debates
17:30 – Encerramento
Informativo ABEP, ago. 2002.
25
NOTÍCIAS IUSSP
A Diretoria da ABEP recebeu parecer do avaliador do Projeto de Apoio à realização
da XXIV Conferência Geral da IUSSP, enviado à FAPESP, que reproduzimos abaixo:
“A XXIV Conferência Geral de Populações (IUSSP), contou com 87 sessões, reunindo 825 trabalhos,
divididos em 349 sessões regulares e 476 sessões de pôster. Trata-se da mais importante reunião mundial de
estudos demográficos. A lista de participantes anexa ao relatório, expressa a importância do evento; nela são
arrolados os principais pesquisadores, nacionais e internacionais, da área em questão. Do ponto de vista da
organização interna, a XXIV Conferência Geral de Populações (IUSSP), é um exemplo a ser seguido. Conforme
é sabido, em encontros dessa natureza, um dos grandes problemas registrados diz respeito à dificuldade de
acesso aos textos das comunicações. Ora, os organizadores da confer6encia superaram esse obstáculo,
produzindo dois CD’s, reunindo o conjunto dos textos apresentados; melhor ainda: disponibilizaram, via site
na WEB, esses mesmos trabalhos. Enfim, cabe ao parecerista parabenizar os organizadores da conferência,
pela seriedade na seleção dos textos, assim como pela ótima apresentação dos resultados alcançados.”
RESULTADO DO IV CONCURSO
NACIONAL DE MONOGRAFIA
Vencedores do IV Concurso Nacional de Monografia:
Categoria I
Frederico Poley Martins Ferreira
Tema: Estruturas Familiares no Brasil Contemporâneo.
Título: Formação e Mudança nos Domicílios. Famílias com idosos, o caso de Belo Horizonte.
Categoria II
Ana Rosária Sant’Anna
Tema: Os Jovens em situação de risco: abortamento, aids e outras infecções sexualmente transmissíveis,
drogas, gravidez, prostituição, violência, entre outros riscos.
Título: Vulnerabilidade ao Homicídio: Sócio-história das mortes violentas dos adolescentes na cidade de Porto
Alegre em 1997.
Categoria III
Gláucia Alves Macedo
Tema: A demografia das Desigualdades.
Título: Possíveis Impactos dos Programas de Garantia de Renda Mínima - Brasil / 1998.
26
Informativo ABEP, ago. 2002.
OBITUÁRIO
Vilmar Faria: Um “substantivo” de Primeira Linha
A notícia do falecimento de Vilmar Faria em 28 de novembro de 2001 chocou a todos nós que convivemos com a sua
inteligência sistemática e criativa, seja pessoalmente, seja através de sua produção científica, Certamente eu não seria
a pessoa mais adequada para falar sobre o Vilmar, visto que muitas pessoas na nossa comunidade tiveram uma maior
interação pessoal e/ou intelectual com ele. Isto fica bastante evidenciado pelos depoimentos a seu respeito, como os de
José Arthur Giannotti e José Serra, publicadas na Folha de São Paulo, além da homenagem da revista Novos Estudos
CEBRAP, volume 62 de março de 2002, com depoimentos de Fernando Henrique Cardoso, Fernando Limongi, Elza
Berquó, Maria Hermínia Tavares de Almeida e Guilhermo O’Donnell. Particularmente o depoimento da Elza, entitulado
“Vilmar Faria demógrafo”, enfatizando o papel da hipótese sobre as “conseqüências não intencionais” e seu impacto na
regulação da fecundidade, decorrentes de quatro políticas governamentais desenvolvidas a partir de 1964. Tal hipótese
causou grandes desdobramentos em pesquisas na área substantiva (para alguns área de estudos populacionais), inclusive
o projeto “O impacto social da televisão sobre o comportamento reprodutivo no Brasil”, pesquisa esta que contava com
o envolvimento da próprio Vilmar, da Elza, do Joe Potter, meu e de outros pesquisadores do CEBRAP, NEPO, ECA-USP
e CEDEPLAR.
Meu primeiro contato com o Vilmar foi indireto e acadêmico, com a leitura de sua tese de doutorado sobre
Marginalidade Ocupacional, concluída em Harvard em 1976. Na época eu estava fazendo meu doutorado, em meados
dos anos oitenta. Como sempre trabalhei com mercado de trabalho, julguei que a leitura do trabalho era essencial.
Além dos aspectos técnicos, chamou a minha atenção os seus “acknowledgments” (sou leitor assíduo de agradecimentos
de tese), onde o Vilmar falava das dificuldades de escrever ciências sociais em inglês, uma língua que força a simplificação
de raciocínios sempre complexos. Saber que eu não era a única pessoa enfrentando este tipo de problema foi confortador
e já me colocou na posição de seu fã. Tive a sorte de conhecer o Vilmar pessoalmente ainda como estudante de doutorado,
quando fui a um seminário sobre o declínio da fecundidade na América Latina, organizado por Joe Potter na Universidade
de Harvard. Nessa ocasião, através do Paulo Paiva, acabei conhecendo Joe e Vilmar, num seminário que tratava de
temas que acabariam inspirando o trabalho seminal de Vilmar sobre as conseqüências não intencionais. Minha amizade
com o Vilmar acabou se desenvolvendo a partir deste seminário, sempre ligada aos trabalhos científicos cooperativos
associados com o Joe. O seminário internacional sobre mídia, telenovela e fecundidade no Brasil, organizado pelo Joe
em Austin-Texas no início dos anos noventa, fortaleceu esta amizade. Quando o Vilmar teve problemas de saúde nos
Estados Unidos, em 93, a Paula já estudava no Texas e minha ida para lá possibilitou uma convivência pessoal com ele
e Regina Faria que ainda não havia tido, consolidando a nossa amizade.
Vilmar já voltou do Texas envolvido com a campanha eleitoral, tornando-se a partir daí um homem de políticas
públicas de governo, sem rompimento do lastro acadêmico, com pesquisas em andamento. Mesmo como homem de
governo, Vilmar continuava interessado pela academia, tendo continuado a lecionar Políticas Populacionais no CEDEPLAR
como professor visitante. Vilmar foi fundamental ao afirmar que o foco correto do estudo de políticas populacionais não
era o mero estudo das políticas de planejamento familiar, mas sim a análise do componente populacional inerente em
todas as políticas públicas clássicas de governo (educação, saúde, previdência, trabalho, etc.). Vilmar era incansável ao
fazer os contatos institucionais para a academia na esfera do governo, tendo ajudado várias vezes a UFMG. No caso da
ABEP, em parceria com a CNPD, seu papel foi fundamental no apoio às atividades de captação de recursos governamentais
para a realização da XXIV Conferência da IUSSP e do Seminário de Demografia Brasileira. Com seu jeito modesto,
acabou privando-nos da convivência nesta última atividade científica, em decorrência de compromissos governamentais
assumidos. O papel de Vilmar na área substantiva da Demografia brasileira está marcado. Certamente será objeto de
reflexão no XIII Encontro da ABEP.
Eduardo Rios Neto
Luiz Armando de Medeiros Frias – † 2002
Nos assustamos todos, com a notícia da morte do Luiz Armando. Apesar de, por dever de ofício, lidarmos com esta
variável demográfica no nosso afazer profissional diário, a tratamos sob o disfarce de taxas e probabilidades, como algo
abstrato, não-concreto, sem seu verdadeiro sentido de término, de ruptura. Ao susto, se uniu a dor profunda, por se
tratar de pessoa querida. Acrescente-se a isto, o sentimento de perda, para a demografia, de profissional que teve
contribuição fundamental para a área no Brasil.
Informativo ABEP, ago. 2002.
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Sem ter tido a oportunidade de completar toda a trajetória de formação acadêmica, Luiz Armando, além da graduação
em estatística na ENCE, onde teve, como grande mestre, o Prof. Lyra Madeira, possuía especialização em demografia,
em curso na PUC-Rio, organizado pelo IBGE e CELADE. Autodidata, como pesquisador do IBGE, além de inúmeros
trabalhos analíticos de qualidade, desenvolveu, com a contribuição de jovens colegas, vários procedimentos metodológicos
que, não somente responderam a necessidades específicas suscitadas por sua próprias análises, mas, também, tornaramse seminais para a demografia brasileira. Entre estes, destacam-se a construção das Tábuas-Modelo de Mortalidade e
Populações Estáveis/Padrão Brasil e o desenvolvimento da técnica que permite, a partir das informações sobre parturição,
de diversos censos, estimar funções de fecundidade, corrente e de coorte, referentes, não somente aos períodos
intercensitários, mas, também, a um período anterior ao primeiro censo (no caso brasileiro, o Censo de 1940, o que
possibilitou gerar estimativas a partir de 1903).
Por razões as mais diversas, essas contribuições sofriam, de início, fortes reações contrárias. Luiz,
surpreendentemente, dada sua forte personalidade, as enfrentava calada e pacientemente, seguro do que estava propondo,
para, finalmente, vê-las adotadas pelos demógrafos do País.
Sócio-fundador da ABEP, esteve presente, com participação ativa, em todos os doze Encontros da Associação.
Aliás, foi neles que sempre apresentou, em primeira mão, seus trabalhos metodológicos. Dos encontros da ABEP ficaram,
agora na saudade, não somente suas incríveis contribuições científicas, mas, também, a lembrança do colega alegre,
bom de papo, excelente cantor-seresteiro e pé-de-valsa, que a todos encantava, principalmente aos mais jovens, que,
quando o encontravam pela primeira vez, surpreendiam-se com a aparente contradição entre o demógrafo criativo, já
conhecido através de seus trabalhos, que imaginavam sisudo e inatingível, e o ser humano esfuziante, simples, atencioso.
No início da ABEP, nos já distantes anos 70, Luiz, por sua personalidade algo provocativa, por ser um gozador
nato, suscitava certas reações negativas, principalmente da parte de nossas colegas. Com o passar do tempo, todos
descobriram tratar-se, além do brilhante demógrafo, de excelente ser humano, de, no fundo, um verdadeiro cavalheiro.
Luiz partiu sem dar aviso prévio, nem, pelo menos, a seus amigos mais íntimos. Deve estar nos gozando, lá de
cima. Esta, ele nos deve! Mas, certamente, em algum lugar, ainda desconhecido - espero que não muito em breve!,
teremos muito tempo para contar casos, rir, cantar, ser felizes e, por que não?, comprovar, definitivamente, a tese de
quão ilusórias são, no planeta terra, as honrarias, os títulos, o poder!
José Alberto
NOVOS ASSOCIADOS
Adalberto Mantovani Martiniano Azevedo
NEPO/UNICAMP
Av. Albert Einstein, 1300
13081-970 - Campinas/SP - Brasil
Guiomar Bay
CEPAL/CELADE
R. Vitacura 30303
Santiago - Chile
Adelita Carleial
Fundação Instituto de Pesquisa e Informação do Ceará
Centro Administrativo Gov. Vir
60839-900 - Fortaleza/CE - Brasil
Marcelo Viana Ramos
Centro Universitário de Belo Horizonte - UNI-BH
Av. Prof. Mário Wernwk
Belo Horizonte/MG - Brasil
David José Ahouagi Vaz de Magalhães
Universidade Federal de Minas
Av. do Contorno, 842 - sala 60
30110-060 - Belo Horizonte/MG - Brasil
Tarcísio Rodrigues Botelho
PUC Minas
Av. Dom José Gaspar, 500
30535-610 - Belo Horizonte/MG - Brasil
Eduardo Telles
UCLA - Dept of Sociology, 264 Haines Hal
90095-1551 - Los Angeles/CA - USA
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Informativo ABEP, ago. 2002.
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