PARA ENTENDER UM POUCO COLEGUISMO E A FAMÍLIA ACCOR Certa vez ao participar de meu primeiro treinamento, “Descobrindo o Mundo Accor” aquele que todos nós já tivemos ou teremos a oportunidade de participar, começamos num determinado momento a falar e discutir sobre os valores da Accor. Cada um falava sobre suas experiências e me chamou muito a atenção o sentimento de família que muitos demonstravam em relação aos seus colegas e chefias. Mas eu ainda não tinha muita dimensão disso tudo, pois havia pouco tempo que integrava o quadro de colaboradores da Accor. Com o passar dos dias fui me integrando cada vez mais com minha equipe e também com a de outros setores e assim conheci pessoas maravilhosas. Nesta época eu estava morando sozinha em São Paulo, longe de casa e da minha família e estava sendo muito difícil a adaptação, pois tudo era muito diferente. Meus gerentes sempre me ajudavam com relação as minhas escalas de folga e sempre que precisava eu conseguia ir para casa, aliás, neste ponto sempre foram muito flexíveis comigo. Muitas vezes eu ia para o trabalho triste e desmotivada, querendo largar tudo e voltar para casa. Mas, ao chegar ao hotel, todos eram muito compreensivos, me davam força para continuar e me colocavam para cima de novo. Fiz muitos amigos e o sentimento e clima que tínhamos dentro da minha equipe era de uma família. Certa vez cheguei muito triste e chateada, pois acabara de perder meu celular que havia ganhado há pouco tempo e, o pior de tudo, com todos os contatos da minha família. Logo que me viu um amigo chegou-se mim e perguntou o que estava acontecendo, então, relatei a ele o ocorrido e contei que estava muito triste, não pelo objeto perdido, mas sim, por tudo o que estava acontecendo e pelo fato de ter perdido os contatos da minha família. Ele me disse que não queria me ver daquele jeito e que logo tudo iria se resolver, então, disse que me daria um celular porque tinha dois e que tudo o que pudesse fazer para me ajudar e me ver sorrir novamente ele faria. Naquele momento, lembrei de todas as experiências que ouvi no treinamento e daquele sentimento de família e de cuidado de que todos falavam. Apesar de todo o estresse do trabalho direto com o público, pois eu era atendente de hospedagem, o trabalho não era maçante nem cansativo, fazíamos amizades com os hóspedes e conhecíamos até os gostos e preferências de alguns, aqueles mais habitués, e com isso o trabalho tornava-se muito mais agradável. Criamos um clima muito agradável dentro da equipe e isso nos ajudou muito no trabalho e também na vida pessoal. Aprendi muito como pessoa e como profissional e consegui outra oportunidade dentro da minha unidade. Hoje posso dizer que me sinto feliz com o que faço. Sou formada em Turismo e ainda nos tempos de faculdade eu dizia que jamais entraria na hotelaria, já que era uma das coisas que eu não queria para mim. Mas, o “bichinho da hotelaria” me mordeu e hoje posso dizer que gosto do que faço e faço com amor. Hoje tenho muito a agradecer a minha “Família Accor”, pois se não fossem as verdadeiras amizades, aquelas que fiz neste período, com certeza não teria agüentado a pressão, teria desistido de tudo e voltado para casa. Num momento muito importante para mim, tive o apoio e carinho de pessoas maravilhosas que mostraram que eu não estava só e me ensinaram que família não são apenas aqueles que têm nosso sangue. O verdadeiro significado de “família” vai muito além disso: é amar e apoiar alguém sem querer nada em troca e sem cobrar nada por isso. LILIANE SILVA - Assistente Administrativo - Ibis Budget SP Morumbi