UNIVERSIDADE REGIONAL DO
NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL
JOÃO GUILHERME ROTILI DE LIMA
CLIENTELISMO
CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DO ESTADO
PROFESSOR DEJALMA CREMONESE
IJUI, SETEMBRO DE 2007.
 O Clientelismo teve seu surgimento
em Roma.
 Entendia-se como Clientela uma
relação entre sujeitos de status
diverso.
 Relação de dependência tanto
econômica como política.
 Sancionada pelo foro religioso, entre um
indivíduo de posição mais elevada
(patronus).
 Busca à proteção de seus clientes,
defendendo em juízo, testemunhando a
seu favor, lhes destinando suas próprias
terras para cultivo e seus gado para
criação.
 Gozam de status libertatis, geralmente os
escravos libertos ou estrangeiros
imigrados.
 Submetem-se as mais variadas maneiras
de tratamentos dos patronus.
 Ainda em épocas posteriores, continua a
prevalecer, não obstante a expansão
territorial e o desenvolvimento da
economia mercantil.
 Está, voltada mais para a produção
destinada ao consumo direto do que
para a destinada ao mercado.
 Busca atender, em primeiro lugar à
comunidade doméstica.
 Em segundo plano vem a comunidade
político estatal, constituída pela
associação de um grande número de
comunidades familiares .
 Como tal, ela é incapaz de garantir como
nas sociedades tradicionais uma tutela
eficaz aos próprios membros.
 Está recai sobre as estruturas familiares,
que adquirem assim uma relevância
preponderante aos escravos libertos e
aos estrangeiros recém chegados a
cidade.
 Não se oferece
situação melhor que
a de buscar a
proteção dos
Notáveis de origem
nobre.
 Os Nobres sempre
possuem terras e
exercem funções
políticas mais
importantes.
 Sendo necessário
submeter-se aos
Notáveis, prestando
seus serviços em
troca.
 Deixando o mundo romano, as estruturas
da clientela são um fenômeno comum
nas outras sociedades tradicionais.
 Pesquisas sobre modernização política e
sobre as realidades sociais entre o
tradicional e o moderno, onde o modo
capitalista de produção e a organização
política moderna, se compenetram, não
conseguiram abalar completamente as
relações sociais tradicionais e o sistema
político pré-existente.
 De fato, o impacto com as estruturas do
mundo moderno provocou rupturas na rede de
vínculos da clientela, excluindo as relações de
dependência social.
 Na sociedade pré-moderna, os sistemas de
clientela formavam verdadeiros
microssistemas autônomos, apresentando-se
como alternativa do sistema político estadual.
 No sistema político moderno, eles
tendem a coligar-se e integrar-se numa
posição subordinada ao sistema político.
 Exemplo clássico disso, foi o partido dos
Notáveis.
 Neste período as relações de clientela se
transforma em estruturas de acesso e
contato com o sistema político.
 Após a introdução do sufrágio universal,
quem de direito e de fato, fica reservado
a um trato privilegiado com o poder
político.
 Este torna-se um elemento de ligação
entre o poder e a sociedade civil com
seus próprios clientes.
 A quem dispensa proteção e ajuda diante
de um poder freqüentemente distante e
hostil, em troca do consenso eleitoral.
 O partido dos Notáveis, típico das
formações sociais torna o clientelismo um
elo vinculado à difusão política moderna,
principalmente partidos de massa.
 O relacionamento destes partidos com a
sociedade civil é, em princípio oposto ao
clientelismo.
 È baseado em vínculos de classe ou de
interesses, a que se associa um
significado político.
 Nesse mesmo contexto de prosperidade
o partido dos Notáveis determinou novos
processos de desagregação social.
 Os partidos e estruturas políticas
modernas foram introduzidas “do alto”,
sem o suporte adequado processo de
mobilização política.
 No lugar do Clientelismo tradicional é
criado um outro estilo de clientelismo.
 Este coloca acima dos cidadãos não já
os notáveis de outros tempos, mas os
políticos de profissão.
 Os quais oferecem, em troca de
legitimação e apoio, toda a sorte de
ajuda pública à seu alcance.
 È importante observar como forma de
clientelismo, à semelhança do
Clientelismo tradicional.
 Este tem por resultado não uma forma
de consenso institucionalizado, mas uma
rede de fidelidade pessoal.
 Partindo disso, em termos mediatos, pela
apropriação de recursos civis
autônomos.
 De Clientela e Clientelismo se pode falar
trantando de realidade fora do âmbito
das formações sociais atrasada ou em
transição.
 Exemplos são os fenômenos
apresentados pela análise do bossismo e
da machine politics
 Se evidência em certos setores
características de desagregação social
semelhantes às das áreas em via de
desenvolvimento.
 Justificando tais como fenômenos de
clientela difundido por toda nação num
certo clientelismo.
 Atribuídos à fragmentação da sociedade
civil em numerosos grupos de interesse,
concorrendo entre si.
 Encontram-se na singular disponibilidade
de recurso, por uma lado não os constringe
a uma recomposição de classes, mesmo a
longo prazo.
 Quanto aos recursos, parte é de origem
pública, sendo destinada na forma
rigorosamente típica de clientela, tendo em
comum o Clientelismo das zonas
atrasadas.
 Apartir daí cria-se formas de aquisição
através de permuta, por isso fenômenos
de personalização do poder.
 Já na Europa o Clientelismo atinge
somente um setor mais restrito da
estrutura social, os estratos intermédios.
 Estes praticamente constrangidos pelas
relações das duas classes capitalista
dirigente, seguindo os partidos de
inspiração burguesa.
 Tais relações pressupõem a
institucionalização do conflito entre
ambas as classes, permitindo um
sistema partidário bipolar.
 As classes subalternas gozam de uma
cidadania política incompleta e seus
partidos são rotulados ou impelidos a
tornar-se partidos “anti-sistemas”.
 Os estratos intermédios, são por sua
vez, encorajados a traduzir a
desagregação de classe.
 Então os partidos burgueses passam a
contrapor de recursos simbólicos,
buscando composição política mediante
o auxílio de símbolos definidos como
“defensivos”.
 O uso desses recursos práticos diante a
falta de interesses homogêneos é
substituída como na political machine.
 É o caso da democracia cristã, que
passa de um partido parcialmente
religioso baseado no apelo anticomunista
de 1948.
 Na França a passagem do gaullismo da
grandeur ao gaullismo dos barões,
formas de estímulo individualista e
corporativista.
 Esta realiza uma permuta típica de
clientela, entre o consenso eleitoral dos
indivíduos ou dos grupos e os recursos
que o estado põe ao dispor do pessoal
dos partidos.
BIBLIOGRAFIA:
Dicionário de Política. Volume 1.
Norberto
Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco
Pasquino. 12ª Edição. Editora UNB. L.G.E
Editora. Página 177. CLIENTELISMO.
Internet:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Clientelismo
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