Vai semestre e vem semestre e “o nosso DEF” está cada vez mais precarizado, seja em sua estrutura ou na questão humana. Ao passarmos por alguns lugares (secretaria, coordenação e biblioteca) vemos um crescente aumento de estudantes trabalhando nestes locais. São os Bolsistas Permanência. Numa primeira aproximação somos levad@s a tirar conclusões destorcidas, pois achamos que é correto ter alun@s nestes locais, possibilitando a ess@s uma certa remuneração mensal. Ao olharmos com mais cuidado notamos uma diminuição dos técnico-administrativos, pessoas advindas de concursos públicos e com qualificação técnica para exercerem as funções para as quais foram selecionadas, nestes mesmos locais. A breve conclusão que podemos tirar é a de que o Estado vai se retirando aos poucos de suas funções primordiais. Outros exemplos disto são @s funcionari@s da limpeza, @s atendentes do RU, @s do setor de segurança, todas funções anteriormente ocupadas por servidores públicos, hoje são de empresas privadas. O setor privado (empresários) vai também aos poucos incorporando o setor público na universidade, inicialmente em funções não diretamente ligadas ao ensino. SETEMBRO - 2009 Esse processo contínuo está chegando ao ensino propriamente dito, como podemos ver nos técnico-administrativos, na seguinte lógica: como o Estado não contrata e/ou as contratações não suprem nem de perto a demanda e precisa de pessoas minimamente realizando aquelas funções, e, ao mesmo tempo, @s estudantes precisam de dinheiro para se manter na universidade. http://coletivodeautoris.wordpress.com O caminho a ser encontrado é fácil. Resolvem-se ambos os problemas com a bolsa permanência. Porém essas bolsas deveriam ser oferecidas nos projetos de Pesquisa e Extensão, onde @s alun@s além de receber essa graninha estariam também se qualificando e não sendo mão-de-o bra barata e sem Direito Social (Férias, Décimo- Terceiro, Licença Maternidade e Paternidade, Plano de Saúde, Licença para Tratamento da Saúde, etc); garantias que tod@s @s técnico-administrativos deveriam ter. Exemplos bem concretos destes fatores acima são os dois setores do DEF que hoje se encontram extremamente debilitados em relação a funcionários públicos, que são a Secretaria do Departamento e a Coordenação do Curso. Esta última, principalmente em épocas das matrículas, acaba recorrendo aos professores, que têm que realizar os serviços dos técnicos. Neste início de semestre, o problema se agravou ainda mais, onde na primeira semana não houve aula, pois o único técnico lá existente estava em licença para tratamento de saúde. Se direcionarmos as nossas lentes para outros Setores da universidade e/ou outros serviços públicos, iremos notar que o processo vivido no nosso DEF também acontece nesses serviços em igual proporção e intensidade. Se por um acaso aparecerem novos técnicos-administrativos no nosso departamento nos próximos dias, de uma coisa podemos ter certeza, outro setor da universidade ficou debilitado. O caminho que indicamos a essas categorias (estudantes, técnicos e professores) é de começarem a fazer parte de suas organizações de classe, a saber: Movimento Estudantil, Sindicato dos Técnicos e Sindicato dos Docentes, pois só lá é que entenderemos as verdadeiras causas destas aberrações e também buscarmos uma solução para elas.