Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano VIII - nº 41
Quem somos nós?
Em nosso país, costumamos adotar a triste postura
de julgar e condenar antes de apurarmos a verdade dos
fatos. De maneira ridícula, formamos opinião por meio das
informações que recebemos dos veículos de comunicação.
Estes são, podemos afirmar, descaradamente tendenciosos
e buscam somente atender seus interesses.
Incapazes de um julgamento crítico, assumimos uma
postura de boiada. É isso mesmo, boiada! Vivemos uma vida
improdutiva. Até mesmo quando nos dizemos politizados,
nos expressamos como papagaios, repetindo somente as
palavras dos nossos endinheirados intelectuais de plantão.
Mas se nos perguntam em quem votamos, para nos representar no governo, mentimos, desconversamos ou negamos
que tenhamos votado naqueles que supostamente estejam
envolvidos em escândalos.
Basta um pouquinho de astúcia e perspicácia para nossos
informantes nos convencerem de suas verdades. E daí, lá vai
a boiada! Não nos damos ao trabalho de filtrar sequer uma
gota de suas palavras impuras e persuasivas.
Nós também, chegamos a fazer cursos de técnicas de
persuasão para aprendermos a nos colocar na pele de nossos
interlocutores com o único objetivo de fazê-los acreditar em
nossas verdades. Podamos seu livre arbítrio, impedindo-os
de pensarem livremente. Assim, conseguimos com que os
outros façam somente o que queremos.
Sem nos darmos conta de que essa postura já tomou
conta de nossa cultura, não nos fartamos de enganar os
outros e de sermos enganados.
Enquanto isso, em rodinhas nos bares, nas empresas,
tomando um cafezinho, ou nas mesas dos restaurantes, debatemos com os colegas sobre a atual conjuntura social. Como
grandes conhecedores e praticantes de soluções simples e
eficazes, batemos no peito, discordamos e alteramos a voz
em defesa de nossos princípios éticos e democráticos. Só
não discutimos os fracassos em administrar nossas famílias,
nossos relacionamentos ou nosso convívio profissional, temas
sobre os quais somos notáveis mestres hipócritas.
Ao mesmo tempo que nos enganamos, o mundo gira
numa velocidade espantosa e não nos damos conta. Os
“espertos” vão nos usando como massa de manobra e nossos
“líderes” continuam usando de suas hábeis retóricas para nos
conformar com a situação. Somente o dinheiro e a vaidade
nos impulsionam para enfrentarmos o mundo em busca da
sonhada “vitória” pessoal. E, durante toda nossa trajetória,
usamos a carapuça de bons samaritanos para escondermos
o único valor que enxergamos.
Só podemos dividir o que temos. Por isso, não podemos dividir o que nosso egoísmo não busca em nossa curta
existência: amor, paz, respeito, ética, bondade e alegria.
Infelizmente, nem podemos sequer dizer que somos sacos
vazios, pois estamos cheios apenas de mentiras, vaidades,
insensibilidade, falta de vergonha e corrupção.
Se não temos coisas boas dentro de nós, não adianta
querer dividir o que não presta. Isso já é distribuído sem
discriminação entre ricos e pobres, negros e brancos, homo
e heterossexuais, deficientes e não deficientes, cultos e
ignorantes.
Nossa única saída está na aceitação de que somos hipócritas e fracos o bastante para nos enganar e enganar os
outros.
Então, sejamos egoístas! Mas sejamos egoístas para
acumularmos em nosso ser todas as virtudes humanas.
Primeiramente, nos amando, para termos como amar, e aí,
sim, termos coisas boas para dividir. Somente assim poderemos melhorar este país.
Márcio Spoladore – diretor da Adeva
Guarujá
Quem disse que os paraísos naturais são isolados e sem infraestrutura? Guarujá, situado na Ilha de Santo Amaro, litoral paulista,
a 82 quilômetros da Capital, é um verdadeiro paraíso natural. Praias,
florestas, manguezais, montanhas, tudo isso cercado de serviços e
estabelecimentos adequados para receber o turista. Com fauna e flora
colorida e diversificada, Guarujá possui redutos ecológicos que abrigam espécies preservadas de extinção. Passeios de barco, caminhadas
em trilhas em meio à Mata Atlântica, vôo livre, bicicross, rafting, rapel,
canoagem e visita a fortes são opções disponíveis por lá.
Para os trilheiros, como eu, uma boa opção é a trilha da prainha Branca,
que pode ser alcançada após uma caminhada de cerca de 20 minutos por
um caminho que vence a serra do Guararú, porção das mais preservadas da
Mata Atlântica em toda a região. Nesse local, há uma vila de pescadores,
típica das comunidades caiçaras, e um mar dos mais propícios à prática
do surf. A partir da prainha Branca, pode-se acessar a trilha que dá acesso
à de Camburi.
Se você curte o turismo náutico, Guarujá é conhecida como a ilha
das Marinas. Você pode escolher um dos passeios disponíveis. Eu fiz
a travessia do canal de Bertioga e fiquei na proa do barco sentindo
no rosto a maresia. Outras opções náuticas a partir das marinas são a
pesca e o mergulho. Na praia do Pernambuco, a primeira que visitei,
as opções náuticas são o surfe, bodyboard, caiaque e vela.
A praia do Pernambuco é uma das mais belas e bem freqüentadas
praias do Guarujá. Possui areia solta, fina e clara. De um lado, as águas
são calmas como piscina, próprias para crianças, e, do outro, as ondas
são fortes, bem ao gosto da “galera” da prancha.
Saindo da praia do Pernambuco, se já tiver batido a fome, a praia
do Perequê é um ótimo lugar para saborear um prato à base de frutos
do mar e ver os pescadores locais puxarem a rede na foz do rio do Peixe.
O rio é limpo, mas o mar ali é poluído.
Acessibilidade
O site da cidade (<http://www.
guaruja.sp.gov.br>) tem boa acessibilidade. Os demais itens são do
tempo das naus. Não há intérpretes
de Libras, tampouco folhetos de
informações turísticas em Braille.
Como chegar
De carro, pela rodovia Anchieta (SP
150), rodovia dos Imigrantes (SP 160)
e Nova Imigrantes (pedagiadas).
Minha próxima parada foi na praia da Enseada, extensa, com mais de 5 km, areia
branca e fofa, mar tranqüilo e plano. Totalmente urbanizada, apresenta uma boa estrutura de lazer, inúmeros bares, restaurantes e quiosques. Em um deles, para hidratar, bebi
uma água de coco e fui passear pelo calçadão da orla. Fotógrafos de plantão podem
tirar fotos do alto do Morro da Campina, mais conhecido como Morro do Maluf, que
tem uma bela vista panorâmica do Guarujá.
Você aprecia a vida marinha? Então aproveite e faça uma visita ao Acqua Mundo, na
praia da Enseada, considerado o maior aquário da América do Sul. Voltando mais um
pouquinho, cheguei na praia das Pitangueiras, a praia central do Guarujá, repleta de
enormes edifícios ao longo de sua orla. É muito disputada pelos banhistas na temporada,
mas o mar ali é traiçoeiro. Em Pitangueiras, você pode ir às compras no shopping La
Plage ou então na feirinha de artesanato. Ali provei e aprovei uma deliciosa raspadinha
(ou gelinho) de morango.
Meu passeio terminou ao cair da tarde na praia das Astúrias – de areias claras e mar
calmo, separada de Pitangueiras por um costão de pedras. Sem dúvida, no Guarujá
é possível fazer um excelente passeio de um dia. Mas não se esqueça de usar roupas
leves, passar protetor solar e colocar um par de tênis confortável.
Sidney Tobias de Souza
PRONTO-SOCORRO
DO TEXTO
MANUEL TAXISTA
Elaboração e revisão de textos
em língua portuguesa.
Para quem quer ser atendido com cortesia
e hora marcada, fazer o melhor trajeto, viagens, levar o filho à escola ou ir às compras,
ligue: (11) 9683-9040 e fale com o Manuel.
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anuidade.
Confiança
Lembre-se sempre de que, custe o que custar, você
não deve se tornar uma pessoa desconfiada. Mesmo se
sua confiança permitir que os outros o enganem, isso
será melhor do que não confiar.
Benefícios do Sol
Ele é considerado um vilão, mas por trás da aparência
de mau, o sol esconde inúmeros benefícios a saúde física
e emocional.É a fonte mais garantida de vitamina D, essencial para a captação de cálcio nos ossos. Por esse motivo é
indicado por pediatras como auxiliar no crescimento das
crianças e preventivo da anemia.
Para os idosos um ótimo aliado contra osteoporose. “São
poucos os alimentos que contêm grandes quantidades de
vitamina D, nem mesmo o salmão, o mais rico deles, tem
a quantidade obtida em apenas quinze minutos diários de
banho de sol”, informa a dermatologista Flávia Addor.
Os benefícios também se estendem à área psíquica. Estudos
comprovam que sua presença estimula o bom humor das
pessoas e evita estados de depressão e suicídios, freqüentes
em países de inverno rigoroso em que a presença de luz
natural é restrita a poucas horas por dia.
Além de tudo isso a temperatura quente causa ao corpo
a sensação de relaxamento muscular e ajuda o sistema circulatório. A aparência melhora, a palidez dá lugar a um rosto
levemente corado, promovendo um aspecto de saúde.
Porém não é um “remédio” de uso irrestrito, a exposição
aos raios ultravioletas deve ser feita de preferência entre
oito e dez horas da manhã e quatro e cinco horas da tarde,
período em que a luz solar transmite os raios mais brandos
que o sol do meio-dia, o principal responsável pelas queimaduras solares e causador do câncer de pele.
Independente do horário de exposição ao sol é importante o uso de protetor solar conforme a pele de cada um,
e a constante hidratação do organismo.
Os protetores solares são preparados farmacêuticos que
contêm substâncias redutoras da passagem dos raios UVB
e, dependendo do produto, também os raios UVA. O grau
de proteção varia de 8 a 30 FPS, e deve ser adquirido de
acordo com o tipo de pele e tempo de exposição. Quanto
mais claro o tom da pele, maior deve ser o fator de proteção.
A aplicação do filtro solar deve ser feita de 30 a 60 minutos antes da pessoa se expor ao sol. Em caso de exposição
solar direta, informa a dermatologista, “o produto deve ser
repassado na pele de 2 em 2 horas”.
Tomando esses simples cuidados o sol pode ser seu
melhor amigo. Aproveite o momento também para refletir, ler, ou conversar.
Para quem não tem o costume de ficar sob a luz solar, o
ideal é iniciar a exposição aos poucos, ou seja, começar com
alguns minutos no primeiro dia e ir aumentando o tempo
de forma progressiva.
Mara Alves
É muito fácil confiar quando todos são amorosos
e ninguém o está enganando. Mas, mesmo se todo o
mundo for falacioso e todos estiverem dispostos a enganar
você – e eles somente podem enganá-lo quando você
confia –, então, também, continue a confiar.
Nunca perca a confiança na confiança, não importa
o preço, e você nunca será um perdedor, porque a própria confiança é o fim supremo. Ela não deve ser um
meio para algo mais, pois ela tem o seu próprio valor
intrínseco.
Se você puder confiar, você permanecerá aberto.
As pessoas se fecham como defesa para que ninguém
possa enganá-las ou tirar vantagem delas.
Deixe que elas tirem vantagem de você! Se você
insistir em confiar, um belo florescimento acontecerá,
porque não haverá medo. O medo é que as pessoas o
enganem, mas, uma vez aceito isso, deixa de existir o
medo e, portanto, deixa de existir a barreira para a sua
abertura. O medo é um perigo maior do que qualquer
mal que alguém possa fazer a você. Esse medo pode
envenenar toda a sua vida. Assim, permaneça aberto
e confie inocente e incondicionalmente.
Você florescerá e auxiliará os outros a florescerem
assim que eles ficarem conscientes de que não o enganaram nem um pouco, mas que enganaram a si mesmos.
Se uma pessoa continuar a confiar em você, você não
poderá continuar a enganá-la indefinidamente. A própria confiança repetidamente atirará você de volta a
si mesmo.
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livro esgotado ou uma obra a preço mais acessível do que
as de primeira mão, vendidas nas livrarias, este endereço
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sugestões práticas e criativas para organizar uma casa. As
dicas passam pela cozinha, sobem aos quartos e, para quem
tem, visitam a horta.
www.timeticker.com/main.htm - Se o assunto é o tempo,
neste site tem muita informação a respeito. É possível saber
a hora exata, em qualquer lugar do mundo; os países, nos
diversos continentes, que estão dentro do mesmo fuso horário; e conhecer um pouco mais sobre o tema por meio de
uma seleção de livros recomendados.
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DosVox 3.5
Caros leitores do Convivaware, hoje, quero falar de um
assunto que, embora seja um pouco técnico e complexo,
interessa diretamente aos usuários de leitores de tela. No dia
22 de agosto deste ano, foi lançada a versão 3.5 do DosVox.
Ela traz uma novidade que, se não é tão impactante no
momento, penso ser o início de uma nova etapa desse tão
importante produto.
A grande novidade é a nova síntese de voz “Liane”.
Programada para ser distribuída pela licença LPGL de software
livre, sua base de dados br4 foi produzida pelo Serviço Federal
de Processamento de Dados – Serpro. Obedece à patente
da Faculté Politecnique de Mons (Bélgica), que impede sua
modificação ou engenharia reversa. Deste modo, embora
a síntese de voz seja brasileira, a estrutura na qual ela foi
montada não é nossa e nem gratuita. Tal situação causa aos
desenvolvedores alguns pequenos incômodos, mas, para
resolvê-los, cada cópia do DosVox precisaria pagar royaltes
para a France Telecom (proprietária da patente do algoritmo
de concatenação que foi usado), o que não vai ao encontro
dos princípios do projeto. A equipe DosVox tem já um protótipo para um algoritmo totalmente brasileiro, mas ainda
não a qualidade do Mbrola, usado pelo Serpro.
Sei que é difícil entender todo esse processo, mas, grosso
modo, o que ocorre é o seguinte: primeiro, precisamos que
um locutor grave algumas horas de textos. Depois, essa gravação é editada, sendo separados fonemas que comporão
a síntese. Aí é que entra algum sistema de concatenação
de sons, que fará a junção dos fonemas com o mínimo de
corte e o máximo de naturalidade possível. Portanto, quanto
melhor o sistema de concatenação de sons, mais natural e
humano será o resultado. Existem ainda outras questões,
mas dada a complexidade do assunto e a falta de espaço
em nosso jornal, não entrarei em detalhes.
Em resumo, o Mbrola é um sistema de concatenação
de sons. Foi usado como base de desenvolvimento, pois
produz um resultado sonoro muito flexível, podendo gerar
prosódias bem versáteis.
Os arquivos de configuração do sintetizador Serpro Liane
TTS obedecem à licença GNU, podendo ser modificados,
melhorados e redistribuídos, desde que seja mantida a licença
anexada, sem modificação. O Serpro, neste momento, está
estudando os detalhes legais para ampliar as licenças de
LPGL para GNU, o que permitirá a publicação e melhoria
dos programas fontes.
Certamente vocês devem estar perguntando: quais são as vantagens da
síntese Liane?
Além de ter
qualidade superior à síntese
encontrada no
DosVox, poderá ser
usada por outros
leitores de tela,
além de, em breve,
também estar disponível para Linux.
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Embora seja uma voz um pouco anasalada, é de fácil
compreensão mesmo por usuários iniciantes. Como foi
desenvolvida pensando nas pessoas cegas usuárias de
computador, sua performance nos leitores de tela é muito
boa, diferente de outras vozes já comercializadas (estas,
mesmo possuindo características que as aproximam da voz
humana, são pesadas e exigem mais recursos de máquina
para funcionarem satisfatoriamente), além de oferecer grande
facilidade e flexibilidade para a alteração de velocidade,
tonalidade e prosódia.
No momento, ainda apresenta falhas, mas o prof. José
Antônio Borges (responsável pelo Núcleo de Computação
Eletrônica - NCE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro
- UFRJ) está captando as críticas da comunidade usuária
do DosVox para fazer os ajustes nas regras de pronúncia e
dicionários de exceções. A idéia é que, para a versão 4.0 do
DosVox, a síntese Liane já esteja muito melhor.
O produto desenvolvido pelo Serpro (Serpro TTS) tem
um grande potencial. Dada sua estrutura, pode funcionar
com várias falas, uma das quais é a Liane. Por exemplo, ele
pode falar até mesmo com as vozes da Micropower, mas,
por razões éticas, isso não foi feito. Vale aqui lembrar que
as bases das vozes usadas no Virtual Vision e Deltatalk da
Micropower também têm como sistema de concatenação
de fonemas o Mbrola.
No futuro, o Serpro TTS poderá falar até com as vozes
de pessoas conhecidas, ou mesmo da própria comunidade
DosVox. No momento, isso não é importante. Segundo o prof.
Borges, ainda existem arestas a serem aparadas. No entanto,
essa característica do produto do Serpro permitirá que sejam
criadas, por exemplo, vozes com sotaques regionais, bem
como a criação de uma voz para português de Portugal, que
já é um dos projetos futuros da equipe da UFRJ.
O DosVox 3.5 pode ser baixado gratuitamente no endereço
<http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox>. É possível baixar uma
atualização para os usuários do DosVox. Para quem ainda
não tem o programa, a versão completa tem cerca de 127
MB. Ao instalá-lo, basta dar duplo clique no executável que
foi baixado e seguir as instruções que aparecem na tela.
Chamo especial atenção de quem já possue o Dosvox
instalado para que faça backup dos arquivos de configuração antes de iniciar a instalação da nova versão. Observe
que, ao final desta, terá início a instalação do Mbrola. Ela é
fundamental para que a voz Liane funcione corretamente.
Siga as instruções que estão em inglês, mas que não trazem
nada de diferente da instalação de outros programas. Ao
final, será direcionado para o site do projeto Mbrola. Lá
poderá fazer download de outras vozes e recursos para
desenvolvedores. Se tiver somente a intenção de testar a
voz Liane, apenas feche a janela do browser.
Neste momento, será convidado a instalar os recursos
para as sínteses SAPI4. O DosVox oferece algumas vozes que
estão no padrão SAPI4. Siga as instruções que elas ficarão
disponíveis, não só para o DosVox, mas para qualquer outro
programa que faça uso dessa tecnologia (futuramente, falaremos sobre o SAPI4 e SAPI5).
Ao final, basta clicar em “concluir” na janela de instalação
do DosVox e desfrutar de tudo o que ele oferece.
Laercio Sant’Anna
Uma antiga parceria
Durante dois anos, de 2000 a 2002, a Fundação Bradesco e a ADEVA foram parceiras.
Segundo Gina Leôncio, do setor de educação profissional da Fundação, “essa parceria se
firmou por considerarmos de grande importância o trabalho da entidade ao possibilitar a
pessoas com deficiência visual a ampliação de conhecimento e competência necessários
para o acesso ao mercado de trabalho”.
O esforço conjunto teve como meta capacitar, na área de
informática, esse público. Para tanto, a Fundação ofereceu treinamento a multiplicadores no software leitor de tela Virtual Vision
e um programa de cursos de informática para deficientes visuais.
Tudo isso como resultado do Bradesco Internet Banking para
Deficientes Visuais, desenvolvido para possibilitar às pessoas
cegas e com baixa visão operarem suas transações bancárias
sem auxílio de terceiros.
Esse produto foi lançado pelo Bradesco após solicitação, em 1995, de um cliente do
banco, portador de deficiência visual. Tem como objetivo permitir o acesso aos serviços
bancários disponíveis na Internet. Com seu lançamento no mercado, criou-se uma nova
demanda – o de treinamento em informática para as pessoas cegas, até então impossível
de ser realizado pela inexistência da síntese de voz no ambiente gráfico Windows. Nesse
momento, a Fundação Bradesco deu sua contribuição desenvolvendo uma metodologia
de ensino de informática para deficientes visuais.
O primeiro curso foi implantado em setembro de 1998, em Osasco (SP). Dele participaram dois funcionários da Adeva (o Marcelo Antunes Maciel de Sousa e o Francisco Carlos
Alves Batista), hoje instrutores de informática. E, em 2000, nasceu o primeiro centro de
treinamento da Adeva, na praça da Bandeira, 61, cj. 61, Centro de São Paulo, onde vários
colaboradores atuais da entidade foram introduzidos no mundo da informática.
A Fundação Bradesco
Criada em 1956, por Amador Aguiar, o fundador do banco Bradesco, tem como objetivo proporcionar educação e profissionalização a crianças, jovens e adultos. Sua primeira
escola, inaugurada em 29 de junho de 1962, na Cidade de Deus, em Osasco (SP), tinha
300 alunos e sete professores. Hoje, são 40 escolas em 26 estados brasileiros e no Distrito
Federal. As escolas, particulares e gratuitas, constituem uma referência sócio-cultural nas
regiões em que se encontram, pois representam para as comunidades a possibilidade de
ampliar horizontes de trabalho e de realização pessoal.
Os cursos de educação profissional tiveram início na década de 1970, com o objetivo de
qualificar e requalificar jovens e adultos com diferentes níveis de escolaridade para o exercício de uma profissão, visando sua inserção ou permanência no mercado de trabalho.
Têm como base a demanda regional e necessidades da comunidade local, com programas flexíveis, que permitem alterações curriculares de acordo com a realidade do mercado
de trabalho. Hoje, observa-se que eles influenciam na qualidade de vida das pessoas, que
passam a utilizar os conhecimentos adquiridos para geração de renda, seja produzindo
ou comercializando.
Atualmente, há opções de cursos nas áreas de agropecuária, comunicação e artes,
gestão, imagem pessoal, indústria, informática, lazer e desenvolvimento social, turismo
e hospitalidade.
Lúcia Nascimento
CURSOS DE CAPACITAÇÃO
PROFISSIONAL
As inscrições podem ser feitas
pelos telefones: (11) 3667-5210,
(11) 3284-0560, com Sandra
Maciel, e (11) 5084-6693 / 6695,
com Edvando.
Campanha
pela nova Sede
da ADEVA
Banco Real
agência 0196
C/C 3729443
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O primeiro editor
Cezar Yamanaka (46) é de Adamantina, cidade do interior de São
Paulo. Mas seus pais, sr. Takeo (já falecido) e dona Kiyoe (89 anos), nasceram no Japão. Aqui, tiveram e criaram seus onze filhos: Junko, Tacaco,
Teico, Tetsutaro, Eduardo, Aparecida, Lincoln, Darwin, Sílvia, Emerson e
o Cezar.
Signo: Capricórnio / Dragão.
Vieram para a Capital quando ele tinha de 7 para 8 anos. “Passei
minha infância e adolescência entre os bairros do Ipiranga, Jabaquara
e Butantã, junto com a família.” No Ipiranga, sua casa ficava próxima ao
Museu Paulista. “Era uma rua de terra, onde a gente brincava de pião,
bolinha de gude, carrinho de rolimã, pula-sela, esconde-esconde, peteca,
bandeira, futebol de meia, queimada”, ele relembra.
Cor: Azul escuro.
Algumas vezes, as brincadeiras deixavam de ser divertidas. “Conta
minha mãe que nasci muito pequeno (prematuro, de sete meses), miudinho e que dei bastante trabalho e preocupação; como conseqüência,
ando e faço as coisas devagar e com um pouco de dificuldade por causa
de um problema de coordenação motora; então, no jogo de futebol, ou
eu ficava de fora ou então era o último a ser escolhido.”
Um filme: Vinhas da Ira, de John
Ford.
Hoje, Cezar “brinca” com as palavras. Ele é jornalista. Formado pela
Fiam (Faculdades Integradas Alcântara Machado) em 1983, escolheu essa
profissão quando trabalhava na editora Abril (ficou por lá 21 anos). “Fazia
um clipping para a revista semanal Intervalo, isso em 1976, e, na convivência com o pessoal, acabei gostando da profissão.” Outro fato que o
motivou foi que, naquela época, a editora oferecia bolsas de estudos
para quem optasse por um curso de comunicação.
Estilo de música: MPB e clássica
ou erudita.
Desde 2000, trabalha no arquivo da Fundação Padre Anchieta (Centro
Paulista de Rádio e TV Educativas) como pesquisador e indexador do
arquivo de texto. “No total, estou nessa área há 32 anos, mais tempo do
que eu pensava ficar; isso porque gosto bastante do que faço.”
Com a Adeva, a história também é antiga. O primeiro contato se
deu nos anos 70. “Um amigo comum, da Sandra Maciel e meu, o Carlos
Alberto Franco Lima, nos aproximou; aceitei o convite para uma viagem a
Cabo Frio (RJ) na companhia deles.” Foi aí, à beira do mar, que a entidade
começou a ser pensada. “Depois, participei de algumas reuniões para a
elaboração do estatuto, de bingos, churrascos e bazares para arrecadar
fundos para a compra da sede, e de outras viagens.”
A amizade se consolidou, mas Cezar nunca fez parte da direção porque,
“para mim, a Adeva deve ser gerida por deficientes visuais”. Deu, porém,
uma contribuição marcante quando, por sugestão da Sandra, aceitou ser
o editor do Conviva, em 1997. Participou da escolha do nome, sugeriu
seções, o editorial na primeira página.
Assumiu a função por quase três anos; em 2000, precisou se afastar
por motivos profissionais. Mas, agora, chegou o tempo dele voltar: a
partir deste número, Cezar é o responsável pela seção “O que vou ser
quando crescer”. O bom filho à casa torna.
TELEMENSAGENS AMOR E CARINHO
Emocione a qualquer momento, em todas as ocasiões, de uma
forma diferente. Mensagens de
bom dia, aniversário, reconciliação,
congratulações, românticas,
de otimismo, de saudade e
para datas especiais. Ligue (11)
4668-2112, com Edvando.
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Jogo rápido
Hobby: Não tenho.
O que mais gosta de fazer nas
horas vagas: Ler livros, jornais,
revistas.
Um livro: Germinal, de Émile Zola
(1840-1902), e As Vinhas da Ira, de
John Steinbeck (1902-1968).
Uma música: Concerto para
clarinete (K 622), de Wolfgang
Amadeus Mozart (1756-1791).
Cantora preferida: Elis Regina
(1945-1982).
Cantor: Luciano Pavarotti (19352007).
Religião: Não tenho.
Deus: Acredito em honestidade,
solidariedade, companheirismo,
amizade, bom senso.
Família: Algo bom e importante
na vida da gente.
Amigos: Como a família, é algo
bom e importante, que a gente
precisa cultivar com toda atenção,
gentileza e carinho.
O que fazer para viver melhor:
Trabalhar, comer bem, dormir oito
horas por noite, fazer ginástica,
passear, ficar sem fazer nada,
andar, ler, descansar e uma boa
dose de esperança e otimismo.
http://www.garilli.com.br
tel.: 11 6694-3288
De São Sebastião da Grama para São Paulo
A vinda para São Paulo
João Anadão (48) nasceu em São Sebastião da Grama,
uma cidade do interior de São Paulo, que fica pelos lados da
cidade de Campinas, distante da Capital 206 km. Por seu solo
ótimo, tornou-se produtora de cafés finos, e, atualmente,
figura no cenário turístico com campeonatos interestaduais e brasileiros de mountain bike e a Copa Sudeste de off
road.
Os primeiros anos de estudos
Optou por fazer Ciências Sociais (na Universidade do
Grande ABC - UniABC) e se formou nos anos 90. Então, iniciou
Ciência da Computação, na Universidade Municipal de São
Caetano do Sul – IMES, mas não completou o curso. Mais
uma vez, o apoio e a ajuda dos colegas e amigos foi fundamental nesse período de vida acadêmica. Fez o técnico de
programação Cobol em 1986 e, no ano seguinte, começou
a trabalhar como programador de computador.
Sua vida profissional teve início na Serasa (de 1987 a
1990), depois atuou na Companhia de Processamento de
Dados do Estado de São Paulo – Prodesp de 1990 a 1992 e
na Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação
do Município de São Paulo – Prodam de 1992 a 2001. Entre
os anos 2001 e 2006, trabalhou na Sul América
Seguro Saúde.
Deficiente visual desde os oito anos, quando João chegou
em São Paulo foi estudar, como interno dos 9 aos 17 anos,
no Instituto de Cegos Padre
Chico, fundado em 1929, dirigido pela Companhia das Filhas
da Caridade de São Vicente de
Ciência da Computação
Paulo, que atende crianças cegas
O curso de bacharelado em Ciência da
e de baixa visão. Lá, completou
Computação,
de período integral, é ofeo ensino fundamental. Fez os
recido pelo Instituto de Matemática e
três anos do ensino médio na
Estatística da Universidade de São Paulo
Escola Estadual Alexandre de
(IME-USP). São disponibilizadas, anualGusmão, também no bairro
mente, 50 vagas por meio da Fundação
do Ipiranga.
Universitária para o Vestibular – Fuvest.
Química e física eram as
matérias que menos gostava
de estudar, mas “a maior dificuldade que enfrentei foi a falta
de material didático em braille,
principalmente durante os anos
do ensino médio; consegui superar isso com a ajuda e o apoio
dos amigos”.
CULTURA PONTO A PONTO
– Série produzida pela TVE Brasil e o
Ministério da Cultura (MinC), composta
por 26 programas, que mostram 60 dos
680 pontos de cultura registrados no
país, com visões e sotaques brasileiros
diversificados. TV Cultura, domingo,
21h30.
MUSEU DO DIÁLOGO – Instalado
no piso térreo do Shopping Galeria,
na Rodovia Dom Pedro I, km 1315, em
Campinas (SP), está o Museu do Diálogo.
Sua principal atração é o Diálogo no
Escuro, criação do filósofo e jornalista
alemão Andreas Heinecke. Por meio
de estímulos não-visuais, em diversos
ambientes, seus visitantes têm a oportunidade de “ver” como as pessoas cegas
Os profissionais formados são requisitados por empresas para atuar no estudo,
desenvolvimento e suporte de sistemas de
computação de médio e grande porte.
Atualmente, é analista de sistemas da CPM,
empresa de call center. E
foi para lá (em janeiro de
2007) “pela perspectiva de
crescimento na carreira”.
João é casado há 20 anos
e tem um filho de 15 anos.
Seus momentos de lazer
são desfrutados na companhia dos familiares, em sua
casa de praia em Itanhaém,
litoral sul de São Paulo.
Cezar Yamanaka
“enxergam” o mundo. Inaugurado este
ano, é a primeira versão permanente
nas Américas (existem similares em
Frankfurt, Hamburgo, Israel, Áustria,
Itália e Holanda).
PONTE PARA TERABÍTIA – Jesse,
um garoto que adora desenhar, e Leslie,
uma garota que está sempre inventando
histórias, criam um mundo mágico, de
fantasia, onde são rei e rainha. A partir
daí, a amizade entre esses dois adolescentes muda suas vidas e de quem com
eles convivem. EUA, 2007. Aventura. Nas
locadoras.
BACH – Passion selon saint Matthieu
- Passion selon saint Jean. Consortium
Musicum e Süddeutscher Madrigal Chor
(coro madrigal do sul da Alemanha), sob
a regência de Wolfgang Gonnenwein.
5 CDs. EMI, 2002.
RÁDIO MATRACA – Programa apresentado há 20 anos, com muito humor, música
e informação. Na primeira hora, apresentação de artistas ligados ao humor musical,
de músicas parecidas entre si (“plágios”) e
de curiosidades. Na segunda parte, a cada
semana, um mini-especial. Sábados, das
17h às 18h. Rádio USP, FM 93,7 MHz.
RODRIGO BOM DE BOLA – Segundo
livro infantil escrito por Markiano Charan
Filho, diretor-presidente da Adeva, apresenta novamente o personagem Rodrigo,
um menino cego. Desta vez, ele mostra
aos colegas de escola seu lado esportista. São Paulo: Nova Alexandria, 2007.
À venda, nas livrarias.
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Gráfica braille
A ADEVA conta com uma gráfica e oferece a impressão de textos em Braille e em
caracteres ampliados. Todos os recursos
obtidos com a produção desse serviço
são revertidos para a manutenção da
entidade.
Os valores pagos podem ser deduzidos do imposto de renda de pessoas
jurídicas. Mais informações pelos telefones: (11) 3824-0560 ou 3667-5210, com
Márcio ou Sandra.
Palestras
Com o objetivo de promover o
desenvolvimento pessoal e profissional de empregados e empregadores,
e conscientizar a sociedade sobre o
potencial da pessoa com deficiência, a
ADEVA oferece palestras sobre temas
como estresse, etiqueta empresarial, o
trabalho e o valor do trabalhador, mitos
e realidades sobre o deficiente.
Para agendar dia e horário, entre em
contato com Sandra Maciel ou Márcio
Spoladore, pelo telefone (11) 3824-0560
ou pelo e-mail: [email protected].
As palestras podem ser ministradas in
company e seu valor abatido do imposto
de renda de pessoas jurídicas.
Correspondências
em braille
No início de outubro, entra em operação um novo serviço dos
Correios: a transcrição gratuita de correspondências do braille
para a escrita comum e vice-versa. Essa iniciativa do Ministério
das Comunicações possibilita às pessoas cegas o envio e o recebimento de correspondências na linguagem do código braille.
O objetivo do serviço é dar autonomia a esse público, favorecendo
sua inclusão na sociedade. Para utilizar o serviço de transcrição,
os interessados, cegos ou não, devem postar as correspondências
em qualquer agência dos Correios do país, para a Central Braille,
que funcionará em Belo Horizonte (MG). O valor de postagem é
o mesmo da tarifa normal para correspondência comercial ou
não-comercial.
Cegueira atinge os pobres
Estudo feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO),
departamento da Associação Médica Brasileira, divulgado durante o
34º Congresso Brasileiro de Oftalmologia (setembro 2007, Brasília-DF)
mostra que 90% das pessoas atingidas pela cegueira no país são
de baixa renda. Do total de 1,2 milhão de cegos hoje existentes
no Brasil, a grande maioria está na população mais pobre do país.
Isso se deve à falta de recursos adequados no setor público de
saúde e de informação. A catarata, o glaucoma e a retinopatia
diabética são as maiores causas da cegueira. O glaucoma e a retinopatia diabética, que podem ser prevenidos, provocam cegueira
irreversível. A catarata causa cegueira reversível – se descoberta a
tempo e tratada precocemente, não leva a pessoa à cegueira. Uma
vez operado, o indivíduo volta a enxergar e está curado.
Reciclagem
A VIVO Celular tem um programa de coleta de aparelhos celulares, carregadores, baterias
e demais componentes para reciclagem. São aceitos telefones velhos, estragados, molhados,
quebrados, faltando alguma peça e acessórios. Toda a renda obtida com sua venda é direcionada para a Audioteca Sal & Luz, que fica no Rio de Janeiro-RJ (r. da Constituição, 14, 2º andar,
Centro, www.audioteca.org.br). A Sal & Luz é uma Organização Não-Governamental (ONG)
que grava, edita e empresta livros (cristãos, didáticos, de literatura clássica e contemporânea)
para pessoas cegas e com baixa visão gratuitamente. No endereço <http://www.vivo.com.
br/portal/o_que_e_vivo_meio_ambiente.php> estão indicadas as lojas Vivo oficiais onde
é possível entregar esses aparelhos.
Expediente - Jornalista responsável: Liane Constantino (MTb 15.185). Colaboradores: Celso de Oliveira, Cezar Yamanaka, Laercio Sant’Anna, Lúcia
Nascimento (MTb 29.273), Mara Alves, Márcio Spoladore, Markiano Charan Filho, Sandra Maciel, Sidney Tobias de Souza. Correspondência: Praça
da Bandeira, 61, cj. 61- CEP 01007-020 - São Paulo (SP) - Telefones: 11 5084-6693 / 5084-6695 - Fax: 11 5084-6298 - E-mail: [email protected]
Site: http://www.adeva.org.br. Editoração: Fernanda Lorenzo. Revisão: Célia Aparecida Ferreira. Fotolitos e Impressão: cortesia Garilli Artes Gráficas
Ltda. - Tel.: 11 6694-3288 - E-mail: [email protected] - Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.
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