Entrevista com alunos de música da FAAM A vida de um estudante de música da FAAM é rica em atividades, que se dividem entre ensaios, estudos e aulas. Porém, um bom curso de música fornece algo além da formação: ele deve também propiciar um ambiente a partir do qual o estudante irá traçar seus primeiros e decisivos passos na carreira artística e profissional. Tal é o caso Talita del Collado e Hilda Maria, graduandas em licenciatura, e de João Lourenço de Paula, que apesar de já formado, mantém seus vínculos com a instituição cursando nossa exclusiva pós graduação latu sensu em Docência em Música. Foi nas dependências da FAAM que os três estreitaram suas afinidades artísticas e acabaram por formar um conjunto dedicado ao que há de melhor em termos de música popular brasileira. Veja o que eles pensam de sua vivência na FAAM. Por que optaram por ingressar em curso superior de música? J.L.P.: Optei necessariamente pela licenciatura pela questão pedagógica que o curso oferece, pois eu curto muito dar aulas; é o jeito que tenho de me entrosar com o mundo. Sob a questão musical, a faculdade funciona como uma ponte tanto de informações como de contatos com outras pessoas da área. Foi aqui na FAAM que nós nos conhecemos e passamos a trabalhar juntos. H.M.: De fato a faculdade foi muito importante para estreitarmos nosso contato artístico. Pessoalmente, escolhi a graduação pelo conhecimento, para poder ser mais do que uma cantora, ser uma musicista completa e fugir do estereótipo de artista sem formação cultural que ronda minha atividade. T.C.: Concordo com os dois. Pois desde os quinze anos já tinha resolvido que seria musicista, e ingressar na faculdade foi o meio natural de realizar minha formação. E por que a FAAM? T.C.: Quando entrei aqui não sabia muito sobre ela, mas ao ingressar acabei gostando muito do método e dos professores. Por exemplo, gosto muito da metodologia de treinamento auditivo e de teoria. H.M.: Uma das coisas mais chocantes, pelo lado positivo, é o contato que se tem logo nas primeiras semanas. Fiquei admirada pela seriedade que os professores têm em assegurar que você saia com o conhecimento necessário. T.C.: Ao longo desses semestres pensei várias vezes em pedir transferência para uma faculdade pública, mas percebi que aqui na FAAM teria o embasamento que preciso, com a segurança de que o curso não irá sofrer com influências externas, tal como a greve, tão comuns nas públicas. J.L.P.: Quando fui prestar faculdade minha família queria que eu entrasse numa faculdade pública, mas eu já sabia que o que eu queria e precisava estava na FAAM, pois queria fazer uma licenciatura específica em música, algo que as públicas não ofereciam. Além disto, sabia da qualidade do corpo docente e do conteúdo programático, e agora formado, tenha certeza que valeu a pena. E como avaliam a vivência na FAAM para suas vidas? H.M.: Profissionalmente a faculdade foi muito importante, pois hoje tenho muito mais segurança para realizar minhas apresentações e dar minhas aulas, revertendo na prática os conhecimentos que estou adquirindo. T.C.: Eu concordo, pois mudei muito a minha forma de pensar, ouvir, fazer e interpretar música, que hoje é muito mais profunda. J.L.P.: Para mim creio que o mais importante é que quando entramos no ambiente acadêmico como o da FAAM descobrimos que estávamos na superfície, e que ainda há muita coisa por saber e nos aprofundarmos. E sua opção por ingressar na pós latu sensu da FAAM encaixa-se neste processo? J.L.P.: Com toda certeza, pois fazer uma pós em docência em música é a forma natural de desenvolver aquilo o que foi iniciado na graduação. E curiosamente a FAAM foi, novamente, a única que me ofereceu um curso com aquilo que precisava. Prof. Leonardo Martinelli – www.outramusica.org ou http://alteramusica.blogspot.com