No que diz respeito ao mundo do trabalho, profundas transformações aconteceram (e
acontecem!) tanto no nível estrutural – transformação de postos de trabalho, surgimento,
extinção e transformação de profissões, etc. – quanto em nível das atitudes do
trabalhador enquanto indivíduo. E, ao contrário do que ocorreu em algumas profissões,
as Tecnologias da Informação e Comunicação, ou simplesmente TICs, tornaram-se
grandes aliadas dos bibliotecários, sendo empregadas, por exemplo, para agilizar a
busca, o tratamento, o uso e a difusão da informação.
Razões que contribuíram para o processo de automação das bibliotecas, citado por
Cardoso (2003):
Por este novo cenário trazido pelas TICs é que o profissional deve estar empenhado em
uma melhor utilização desses recursos, otimizando seu tempo, agregando valores às
suas atividades e proporcionando ao usuário uma maior satisfação.
Parada Obrigatória
Sendo assim, destaca-se a necessidade da adequada formação e
capacitação de recursos humanos tanto no que diz respeito
gerenciamento da informação como na transmissão, atendimento e
assessoria ao usuário. Sem esse perfil habilitado para interagir com as
novas tecnologias torna-se mais difícil uma atuação profissional próativa neste contexto.
A automação de bibliotecas em perspectiva
Ao analisarmos a situação da automação nas bibliotecas podemos perceber que o maior
benefício com a implantação do processo de informatização é a rapidez, agilidade e
eficiência no atendimento e prestação de serviços, isto é, a otimização das atividades
não só com relação aos usuários, como também no que diz respeito ao desenvolvimento
de coleções, processamento técnico e circulação e controle de material. (ANDRADE;
COELHO, 2008).
Curiosidade
Entre os anos de 1950 e 1960, em especial na Inglaterra e nos Estados
Unidos, a automação de bibliotecas surgiu com as primeiras
experiências com computadores. Inicialmente as aplicações eram
voltadas para a emissão de listagens em forma de referências ou fichas
catalográficas, sendo utilizados ainda na confecção de catálogos de
fichas matrizes e seus desdobramentos.
No início produtos e serviços disponibilizados ainda apresentavam muitas limitações
devido à precariedade dos equipamentos tecnológicos daquela época. De acordo com
Corte (1999) a modernização das bibliotecas está intimamente ligada à automação de
rotinas e também com o objetivo de implantar uma infra-estrutura de comunicação para
agilizar e ampliar o acesso à informação pelo usuário.
Convém destacar que a biblioteca, na maioria das vezes está vinculada a uma
organização maior – seja ela pública ou privada – e quando estas instituições
começaram a utilizar maciçamente a automação nas suas rotinas as bibliotecas também
foram inseridas neste processo.
Fatos marcantes sobre a automação de bibliotecas no Brasil podemos destacar:
A partir da década de 80, a automação de bibliotecas passou por uma “fase de
maturação” deixando o nível experimental para tornar-se operacional. Contribuiu ainda
o surgimento dos computadores pessoais (PCs) em 1980. (OHIRA, 1992)
No limiar dos anos 1990, o surgimento do sistema operacional Windows da Microsoft
com o ineditismo da sua interface gráfica, tornou popular a utilização dos computadores
pessoais, e após este fato, as bibliotecas no mundo todo puderam experimentar, utilizar
e desenvolver vários sistemas de automação saindo assim da “alçada” dos computadores
de grande porte. É neste contexto de novas necessidades ditadas por uma racionalização
de recursos e processos relacionados às bibliotecas que surgem as empresas de
desenvolvimento de softwares.
Softwares: uma visão geral
Stair e Reinolds (2006) afirmam que o software consiste em “Programas de
Computador” que controlam o funcionamento do hardware, ou seja, são sequências de
instruções interpretáveis pela máquina, juntamente com a Documentação do Programa
usada para explicar seu funcionamento ao usuário.
Uma das principais funções de um software é direcionar os trabalhos do computador, ou
seja, é o programa que possibilita a operação do equipamento.
Existem dois tipos elementares de software, são eles:
Softwares segundo a sua comercialização
•
Comercial
Um programa é comercial se ele é desenvolvido como uma atividade de um negócio.
Um programa comercial pode ser livre ou não-livre, dependendo da sua licença
•
Freeware
Não é sinônimo para “software livre”. O termo ``freeware’’ foi usado comumente nos
anos 80 para programas publicados apenas como executáveis, sem código fonte
disponível. Atualmente não existe um consenso a respeito de sua definição.
•
Shareware
Software que pode ser testado gratuitamente por determinado tempo (normalmente 30
dias), para que o usuário possa decidir se deseja ou não comprá-lo. Após o período de
avaliação, o usuário deve decidir se deseja efetuar o registro (termo utilizado para a
compra de um shareware), ou removê-lo do computador.
•
Software Livre
Termo que se refere à liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem,
estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software.
Tópico 01: As tecnologias da informação e comunicação e as bibliotecas
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