RAFAELA DA SILVA LIMA Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Lato Sensu em Fisioterapia em Terapia Intensiva Trabalho de Conclusão de Curso REFLEXÃO ACERCA DOS EFEITOS SINTOMATOLÓGICOS NOS PACIENTES ONCOLÓGICOS SOB CUIDADOS PALIATIVOS E A PARTICIPAÇÃO DA FISIOTERAPIA CUIDADOS PALIATIVOS NOS PACIENTES ONCOLÓGICOS E A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA O artigo apresentado ao curso de pósgraduação latu sensu de fisioterapia em terapia intensiva da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista. Orientador: Pedro Negreiros de Almeida Rodrigo Magalhaes Autor: Ft. Rafaela da Silva Lima Orientador: Prof. Esp. Pedro Rodrigo M. Negreiros de Almeida Brasília 2010 Brasília 1/2011 Folha de Aprovação RAFAELA DA SILVA LIMA CUIDADOS PALIATIVOS NOS PACIENTES ONCOLÓGICOS E A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu de Fisioterapia em Terapia Intensiva da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Fisioterapia Intensiva. Orientador: Prof. Esp. Pedro Magalhães Negreiros de Almeida. Brasília 1/2011 Rodrigo Resumo O presente trabalho, através de uma revisão de literatura surgiu a partir da necessidade de se compreender o significado dos cuidados paliativos referentes aos pacientes oncológicos em estágio avançado da doença. De todo o levantamento bibliográfico realizado, procurou-se caracterizar algumas das principais sintomatologias ocasionadas por vários tipos de câncer e, além disso, demonstrar como o profissional de fisioterapia pode promover assistência paliativa na fase terminal do paciente oncológico. Nesse sentido, observou-se que nas principais sintomatologias desencadeadas pelo câncer, a fisioterapia aliada aos pacientes em cuidados paliativos pode promover a recuperação e a manutenção das funções fisiológicas e evitar possíveis agravamentos do quadro clínico do paciente, sendo parte essencial do tratamento mesmo que numa incontestável iminência de morte. Palavras-chave: cuidados paliativos, câncer, pacientes terminais, fisioterapia. Abstract This work, through a literature review arose from the need to understand the meaning of palliative care related to cancer patients in advanced stages of disease. In all literature review, we sought to characterize some of the main symptomatology caused by several types of cancer and also demonstrate how the professional physiotherapisty can promote palliative care in end stage cancer patients. In this sense, it was observed that the main symptomatology elicited by cancer, the combined therapy to patients in palliative care can promote recovery and maintenance of physiological functions and to avoid possible worsening of the patient's clinical condition being an essential part of treatment even in an uncontested imminence of death. Keywords: palliative care, cancer, terminal patient, physiotherapy. SUMÁRIO 1. Introdução...................................................................................................................3 2. Materiais e métodos....................................................................................................6 3.0. Desenvolvimento......................................................................................................7 3.1. Conceitos sobre cuidados paliativos.........................................................................7 3.2. O câncer....................................................................................................................8 3.3. Modalidades terapêuticas: radioterapia e quimioterapia...........................................9 3.4 Sintomas e sinais apresentados pelo paciente oncológico........................................10 3.4.1. Desnutrição...........................................................................................................11 3.4.2. Fadiga...................................................................................................................11 3.4.3. Dispneia................................................................................................................12 3.4.4. Tosse.....................................................................................................................13 3.4.5. Toxidade pulmonar...............................................................................................14 3.4.6. Derrame pleural....................................................................................................15 3.4.7. Linfedema............................................................................................................15 3.4.8. Metástase medular...............................................................................................16 3.4.9. Síndrome do imobilismo......................................................................................17 3.4.10. Dor.....................................................................................................................17 3.5. O profissional de fisioterapia no tratamento de câncer..........................................18 4. Conclusão..................................................................................................................22 5. Referências bibliográficas.........................................................................................23 3 1. INTRODUÇÃO Na medicina moderna, os grandes avanços terapêuticos como a engenharia genética, a farmacologia, as cirurgias menos invasivas, novos modelos de prática clínica com novas vacinas e terapêuticas, e equipamentos sofisticados para o diagnóstico e tratamento clínico são de extrema relevância no tratamento de várias doenças. O uso da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) é um exemplo bem sucedido de exame por imagem para diagnóstico e orientação terapêutica, no qual permite detalhar tumores cancerígenos em fase incipiente, além de realizar estudo de viabilidade miocárdica, de epilepsia refratária, de Alzheimer e de demência (1,2). Dessa forma, entre os diversos profissionais da área da saúde (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos) existe o princípio básico de proporcionar o bemestar aos seus pacientes, e para isso esses profissionais contam com inúmeros recursos tecnológicos e terapêuticos que visam não somente à cura, mas também, formas de tratar o paciente (3). Entretanto, ao se abordar tratamento de pacientes em estágios avançados da doença ou portadores de doenças incuráveis como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS) e vários tipos de câncer, o uso da tecnologia pode gerar desconfortos e efeitos colaterais desagradáveis aos pacientes. A quimioterapia, por exemplo, apesar de ser uma modalidade de tratamento que ocasiona destruição de células “doentes”, acaba provocando efeitos secundários como náuseas, vômitos, fadiga, dispnéia, febre entre outros efeitos que geram mal-estar ao paciente (3). Segundo Brandão (2005), a medicina aplicada no século XXI segue dois modelos: o modelo curativo e o modelo paliativo. No modelo curativo, a ênfase é dada ao entendimento fisiopatológico das doenças mais em detrimento da própria doença e do doente. A 4 investigação, o diagnóstico, a cura e o aumento da sobrevida tornaram-se o foco de tal abordagem, e o foco humano em si ficou sacrificado pela ciência e pela tecnologia. Pacientes terminais, especialmente aqueles com câncer, ainda são submetidos a abordagens agressivas de tratamento curativo, mesmo quando este se torna impossível. Quanto ao modelo paliativo, através de uma visão holística do paciente sem perspectiva de cura, o tratamento implica não somente no bem-estar físico, mas em uma série de medidas e cuidados que visam às necessidades psíquicas, sociais e espirituais desse paciente (4). Nessa vertente, o câncer é uma das doenças que mais vem crescendo mundialmente e que na fase final apresenta vários tipos de sofrimento ao doente e aos familiares, constituindo um verdadeiro desafio para os profissionais da área da saúde em cuidar desse paciente. Assim, o câncer terminal se refere a um estágio avançado, quando o tratamento curativo deixou de ser útil, a doença é avaliada como incurável e o paciente sofre condições progressivas de deterioração. Nesse contexto, seja uma doença aguda ou crônica que leve o paciente a esse estágio, o fim da vida pode ser caracterizado como uma condição que pode ocorrer dentro de semanas a meses, e na qual esgotam-se as possibilidades de resgate referentes à saúde do paciente de forma que a morte pareça inevitável e previsível (5,6). Portanto, na tentativa de aliviar o sofrimento desse paciente que não responde mais a tratamentos curativos, não responde ao controle da dor e de outros sintomas, não só a questão tecnológica é necessária, mas um atendimento mais humanizado propiciando um cuidado digno, onde o respeito a sua individualidade e as suas necessidades são variáveis e imprescindíveis. Ajudar os doentes e suas famílias, no momento que enfrentam a doença em fase avançada e potencialmente fatal, é uma atividade ou um modelo de atenção à saúde que vem sendo denominado de “cuidados paliativos” (7). Os pacientes fora de possibilidades terapêuticas de cura, em um estágio avançado da doença, apresentam diversos sentimentos que compreendem o choque, a negação, a raiva, a 5 aceitação, entre outros. Essas reações de diferentes sentimentos na fase avançada da doença variam de paciente para paciente, cada um reage conforme seus valores, seu modo de vida e suas crenças. Também se encontram frequentemente debilitados, apresentando fadiga, confusão mental, falta de ar, dor e muito dependentes da ajuda de seus familiares e da equipe de saúde (8,9). Nos últimos anos tem sido dada uma grande atenção à forma de tratamento paliativo para pacientes fora de possibilidades de cura. E através dessa pesquisa de revisão de literatura, procurou-se destacar o câncer, e que nas principais e mais comuns sintomatologias desencadeadas por essa doença, o profissional de fisioterapia pode intervir com uma resposta de tratamento não somente para o paciente com chances de cura, mas realizar também o chamado cuidado paliativo em resposta aos problemas decorrentes da doença oncológica que pode ser prolongada, incurável e progressiva, dando ênfase a pessoa doente nessa fase e não somente à doença. Nesse sentido, podemos observar como a intervenção da fisioterapia se faz presente nos cuidados paliativos, tentando proporcionar, ao doente gravemente acometido pela moléstia avançada e dentro de suas inúmeras limitações, uma melhor qualidade de vida. 6 2. MATERIAIS E MÉTODOS Essa revisão bibliográfica compreendeu a análise de artigos científicos; capítulos de livros; relato de experiência, documentos elaborados por instituições governamentais e sociedades/associações científicas. As buscas foram realizadas no Medline, na Bireme e no Scielo. As palavras chaves utilizadas foram : (palliative care), cuidados paliativos; (terminal patient), paciente terminal; (rehabilitation or physical therapy) reabilitação ou reabilitação física; (cancer or oncology), câncer ou oncologia; (physiotherapy), fisioterapia. As listas de referencias dos artigos identificados foram examinadas para selecionar estudos adicionais. 7 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 CONCEITOS SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS A palavra "paliativo" deriva do latim pallium, que significa cobertor ou manta. Assim, quando a doença não tem mais chances de cura, ao menos os sintomas são "cobertos” por tratamentos que tentam amenizar o sofrimento do paciente (10). Historicamente, os cuidados paliativos tiveram origem na década de 1960, na Inglaterra, sob a visão e inspiração da enfermeira e assistente social inglesa Dame Cicely Saunders que, inconformada com o sofrimento humano, passou a buscar novas formas de tratamento, buscando defender o cuidado paliativo aos pacientes como atribuição do trabalho da equipe de saúde multidisciplinar (11,12) . Em 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou uma definição clara e abrangente sobre os cuidados paliativos. Definem como sendo uma abordagem que busca melhorar a qualidade de vida dos doentes, e suas famílias, que enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável com prognóstico limitado, e/ou de uma doença que ameaça a vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, com recurso à identificação precoce, avaliação adequada e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, como a dor, mas também dos psicossociais e espirituais. Para isso, a OMS destaca que a equipe multiprofissional seja conhecedora dos principais objetivos dos cuidados paliativos, nos quais temos (13) : - Providenciar alívio da dor e de outros sintomas estressantes; - Afirmar os cuidados para a manutenção da vida, aceitando a morte como parte normal deste processo; - Não pretender acelerar nem adiar a morte; 8 - Integrar os aspectos psicossociais e espirituais aos cuidados dados; - Oferecer um sistema de suporte para ajudar o paciente a viver mais ativamente quanto possível for; - Oferecer um suporte para auxiliar a família e o paciente na compreensão da doença e no sentimento de perda; - Utilizar uma equipe especializada para atender as necessidades do paciente e seus familiares, incluindo aconselhamentos adequados; - Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença. 3.2 O CÂNCER Todos os seres vivos são formados por milhões de células, sendo as menores unidades da vida. Cada célula pode se reproduzir, formando outras células. No entanto, quando elas crescem de maneira anormal, existe então a formação de um tumor. Deve-se entender também que o surgimento de um tumor não implicará necessariamente no desenvolvimento do câncer. Sendo assim, o termo tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia, na qual pode ser benigna ou maligna (14). Portanto, cientificamente o câncer caracteriza-se como sendo uma doença que resulta em um crescimento celular anormal e de forma descontrolada. Determina, assim, a formação de tumores malignos, ou também chamado de neoplasia maligna, que podem se espalhar através de um vaso sanguíneo ou linfático para outras regiões do corpo, originando a metástase. Existe outra termininologia para neoplasia, o chamado tumor benigno, que significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam lentamente e se 9 assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de morte. Em vista dessas definições, os diferentes tipos de câncer correspondem de acordo com o tipo celular em que se localizam. Existem aproximadamente 200 tipos diferentes de câncer e as principais categorias são os sarcomas e os carcinomas. Os carcinomas têm início nos tecidos epiteliais, ou seja, em células que formam a epiderme, tal como o câncer de pele ou tecidos que revestem os órgãos internos, como por exemplo, o carcinoma de pulmão. Já os sarcomas têm origem em tecidos conjuntivos, partes moles do corpo como nervos, tendões e veias, músculos ou cartilagens (15,16) . Pode-se avaliar que o câncer refere-se não a uma única doença, mas a centenas de doenças distintas causadas, provavelmente, por vários agentes tais como: compostos químicos, energia radiante (inclusive dos raios solares), vírus, agentes poluidores (da água, ar e alimento), deficiências alimentares, fatores hereditários e mutação celular de origem desconhecida (17). Apesar dos avanços no seu diagnóstico e tratamento, o câncer continua trazendo muito desconforto e sofrimento àqueles que o vivenciam, pela presença do tumor, pelo desgaste físico, emocional, espiritual ou social advindos do tratamento ou pelos sintomas impostos pela própria doença. Dentre os desconfortos experimentados pelos doentes, a dor é apontada como muito frequente, acometendo aproximadamente 50% dos doentes em todos os estágios da doença e em torno de 70% daqueles com a doença avançada (18). 3.3 MODALIDADES TERAPÊUTICAS: RADIOTERAPIA E QUIMIOTERAPIA A quimioterapia é a forma de tratamento sistêmico do câncer que usa medicamentos denominados de “quimioterápicos” administrados em intervalos regulares, que varia 10 conforme o esquema terapêutico. Os quimioterápicos podem ser introduzidos na circulação sanguínea, no músculo, no tecido subcutâneo, no líquor ou, com menos frequência, administrados por via oral. Esses agentes atingem tanto as células doentes como as saudáveis. Já a radioterapia é o método de tratamento local ou loco-regional, do câncer, que utiliza equipamentos e técnicas variadas para irradiar áreas do organismo humano, prévia e cuidadosamente demarcadas. Seu princípio é semelhante ao da quimioterapia, a qual, ao interferir nas moléculas de DNA (Ácido Desoxirribonucléico), os raios ionizantes bloqueiam a divisão celular ou determinam a destruição do tumor. Diferente da quimioterapia, seus efeitos tóxicos são limitados a uma área determinada, porém seus efeitos levam o paciente a um intenso desconforto local. Consequentemente, os efeitos colaterais provenientes tanto da quimioterapia quanto da radioterapia e variando, de paciente para paciente, resultam em cefaléia, sonolência, confusão mental, paralisia motora, dor nos membros inferiores, rigidez na nuca, náuseas, vômitos, fadiga, dispnéia. No entanto, mesmo que essas duas condutas terapêuticas tragam desconforto ao paciente em fase terminal, elas têm como finalidade o tratamento paliativo de sinais e sintomas que comprometem a sua capacidade funcional (3,19) . 3.4 SINTOMAS E SINAIS APRESENTADOS PELO PACIENTE ONCOLÓGICO Muitos dos sintomas e sinais comuns de câncer são ocasionados pelos efeitos locais, ou seja, o tumor acaba infiltrando nos tecidos adjacentes, causando pressão e distorção das estruturas vizinhas. Além disso, quando a aplicação da quimioterapia e/ou radioterapia se torna necessária no controle do câncer, com essas terapias podem surgir diversos sinais e sintomas com efeitos colaterais adversos para a saúde já debilitada do paciente oncológico (20). 11 3.4.1 DESNUTRIÇÃO A perda de peso é um companheiro invariável e frequente do câncer avançado. Muitas vezes, resulta da presença física do tumor interferindo com a função gastrointestinal, tal como no carcinoma do estômago ou pâncreas (20). Nestes pacientes, observa-se a inapetência, desinteresse pelos alimentos, ocasionando baixa ingestão alimentar. Consequentemente ocorre a chamada tríade clínica composta por: perda de peso, anorexia e perda de massa livre de gordura. A perda de peso pode ser potencializada pelos outros efeitos colaterais do tratamento como: náuseas, vômitos, diarréia, saciedade precoce, má-absorção, xerostomia, disfagia (21,22). 3.4.2 FADIGA A fadiga é descrita como uma experiência subjetiva de cansaço que afeta indivíduos saudáveis e doentes. Nas pessoas saudáveis, é uma sensação de cansaço agudo, sendo um fenômeno regulatório, protetor e sinaliza um desequilíbrio no balanço entre o descanso e a atividade. Mas em indivíduos doentes, esse cansaço é exacerbado e desproporcional ao esforço físico ou mental. Pode ocorrer durante o tratamento, após o seu término ou em estágios avançados da doença. Esse paciente não apresenta melhora ao repouso e há piora da funcionalidade, tornando-se crônico e causando limitação nas atividades diárias. Diante dessas características sobre fadiga, o Consenso Brasileiro de Fadiga define-a como uma sensação subjetiva, com cansaço persistente, que leva a exaustão física, emocional na qual é desproporcional a atividade recente e que não ocorre melhora com o repouso e sono, levando a inúmeras inatividades diárias (23). 12 Com relação à fadiga ocasionada pelo câncer, este sintoma é certamente uma das queixas mais frequentes entre os pacientes oncológicos. Esse sintoma leva o paciente a uma sensação de cansaço extremo devido à combinação de sintomas físicos e mentais, sendo praticamente universal nos estágios finais da doença. Fatores como: a quimioterapia, a radioterapia, a imobilidade, a falta de exercícios, a dor crônica e o distúrbio do sono, podem agravar o estado do paciente levando-o a fadiga intensa. Entre as queixas mais comuns referidas pelos pacientes estão a falta de energia, a exaustão, a fraqueza, a alteração do paladar e a dispnéia (24,25). 3.4.3 DISPNÉIA Perturbações no sistema respiratório, na bomba ventilatória, ou troca gasosa podem ser a base para sensações de desconforto respiratório, geralmente referidos como dispnéia. Este sintoma, apresentado em muitas doenças crônicas para as quais a fisiopatologia subjacente não pode ser corrigida, acaba resultando em danos à saúde do paciente. Diante disto, a American Thoracic Society (ATS) define dispnéia como uma sensação experimentada por indivíduos que se queixam de uma desagradável ou de sensações de desconforto respiratório (26) . A dispnéia é um sintoma frequentemente descrito por pacientes em termos tais como fadiga em respirar, falta de ar, sufocação, asfixia ou respiração pesada, que incorpora caracteríticas como o sofrimento, o medo e a angústia (27). Embora este seja um sintoma bem conhecido quando existe um tumor envolvendo o pulmão ou a pleura, a falta de ar é bem comum em pacientes em estágio avançado de câncer. 13 A dispnéia em pacientes oncológicos pode ser causada pelo próprio tumor, pelo tratamento e por complicações do estado debilitado em que se encontra (28). 3.4.4 TOSSE Em indivíduos saudáveis, existem dois mecanismos de depuração para proteção das vias aéreas com relação à entrada de substâncias químicas irritantes ou de corpos estranhos procedentes do meio externo. O primeiro é o clearance mucociliar, que consiste em movimentos ciliares que impulsionam no sentido cranial o muco em excesso a ser eliminado do sistema. A tosse é o segundo mecanismo envolvido, sendo o principal na eliminação de secreções pulmonares. Existem no organismo os chamados receptores da tosse que podem ser encontrados nas vias aéreas superiores, na laringe até a carina, e nos brônquios. Quando estimulados por mecanismos químicos (gases), mecânicos (secreções, corpos estranhos), térmicos (ar frio, mudanças bruscas de temperatura), inflamatórios (asma, fibrose cística) desencadearão a expulsão do ar através da via aérea. Também existem outros receptores de tosse na cavidade nasal, na faringe, na pleura, no estômago, no pericárdio e diafragma. É importante ressaltar que os receptores da tosse não estão presentes nos alvéolos e no parênquima pulmonar (29). Em doenças avançadas, a tosse pode ocorrer por estímulo excessivo de fibras aferentes e também como resultado da sensibilização dos neurônios envolvidos no seu reflexo. Em pacientes com câncer de pulmão, por exemplo, o tumor nas vias aéreas centrais pode causar estimulação das fibras deltas, de forma direta ou indireta, através de obstrução e acúmulo de muco provocando a tosse (30). As causas relacionadas ao câncer e que tem como consequência a tosse podem incluir: efeito direto da massa tumoral, provocando uma obstrução (seja por derrame pleural ou 14 pericárdico), atelectasias, infecções como bronquite e pneumonia; síndrome da veia cava superior; compressão da traquéia e brônquios; e como resposta ao tratamento com radio e quimioterapia (31). A tosse é um sintoma comum em aproximadamente 23 a 37% dos pacientes com câncer, e de 47 a 86% dos pacientes com câncer de pulmão. Caso esta tosse se torne crônica, ela pode representar, para alguns pacientes, sinônimo de mais sofrimento, pois pode ocasionar a dor, agravar a dispnéia, interferir no sono, intensificar a fadiga, causar desconforto na garganta, dor torácica e abdominal, ocorrendo até mesmo vômitos, síncope e fratura de costelas (15, 32) . 3.4.5 TOXIDADE PULMONAR A toxicidade pulmonar é relativamente incomum, porém fatal e decorre do uso da quimioterapia antineoplásica (utilização de agentes químicos, isolados ou em combinação). Diretamente ou indiretamente, estas drogas terapêuticas podem produzir dano ao tecido pulmonar, provocando lesões nas células endoteliais e epiteliais. A radioterapia também provoca lesão pulmonar devido à irradiação na área torácica a qual costuma causar pneumonia e fibrose e que são divididas em três fases patológicas: exsudativa, proliferativa e de fibrose. Essas alterações resultam de dois mecanismos que se inter-relacionam: primeiro a injúria aos microcapilares pulmonares levando à isquemia tissular e a cicatrização fibrótica; e posteriormente existem danos aos pneumócitos tipo I e II, resultando na alteração de produção de surfactante, em atelectasia, na redução da ventilação e atrofia vascular secundária (6,25,33). 15 3.4.6 DERRAME PLEURAL Os derrames são comuns em estágio avançado da doença, no qual pode ocorrer tanto como um sinal de metástase (pulmonar ou não) ou por invasão direta do espaço pleural de um carcinoma brônquico. O derrame pode causar desconforto significativo para o paciente, sendo característico a dispnéia, na qual está diretamente relacionada ao tamanho do derrame, a tosse, ortopnéia e dor no peito. Mesmo um pequeno derrame pode causar dispneia em um paciente que tem doença pulmonar subjacente, como a bronquite crônica e o enfisema (20,21). 3.4.7 LINFEDEMA O linfedema muitas vezes está ligado ao câncer de mama, devido à necessidade de cirurgias para o seu tratamento. Entre o sexo feminino, o câncer de mama é considerado uma das neoplasias malignas que mais causam mortes. Por isso, algumas mulheres são submetidas a chamada mastectomia, cirurgia na qual é feita a retirada total ou parcial da mama, associada ou não ao esvaziamento axilar (34-35). Uma das principais intercorrências da cirurgia e radioterapia para o câncer de mama é o surgimento do linfedema, que ocorre quando o sistema linfático está danificado ou mesmo bloqueado ocorrendo o acúmulo de fluidos nos tecidos moles do corpo, provocando o inchaço (36,37) . Entre os transtornos gerados pelo linfedema, após o tratamento para o câncer de mama, pode-se citar a diminuição da capacidade de distensibilidade do tecido subcutâneo das estruturas envolvidas como ombro, cotovelo, punho e mão do lado do membro comprometido, com déficits de movimentos e diminuição de amplitude (38). 16 Outros sinais e sintomas também estão presentes como a dor aguda, sensação de peso no membro afetado, alteração de sensibilidade, dor nas articulações, aumento da temperatura local, extravasamento de linfa e alterações cutâneas como eczemas e micoses (39). 3.4.8 METÁSTASE MEDULAR A compressão medular ocorre de 3 a 5% dos doentes com neoplasia maligna avançada. Esse tumor maligno pode ser primário, com origem na própria medula espinhal, ou secundário, oriundo de um câncer existente em outras partes do corpo, sendo os mais comuns o câncer de mama, pulmão, próstata, rins e tumores hematopoíeticos. Geralmente esse tipo de tumor maligno exerce sua ação sobre a medula através de três mecanismos principais: pressão direta sobre o tecido nervoso, interferência na circulação por compressão das veias ou artérias da pia-máter e por oclusão venosa extradural devido à infiltração metastática (40,41). As repercussões do desenvolvimento do tumor dependem da sua localização e intensidade de crescimento, na qual a compressão ou destruição do tecido nervoso manifestase através de um aparecimento progressivo de sintomas relacionados com a sensibilidade e com a força muscular nas regiões do corpo inervadas pelas raízes nervosas do segmento medular afetado. E dentre os sintomas provocados pela metástase medular, a dor está presente em mais de 90% dos casos. Essa dor é progressiva, localizada e acaba piorando com o movimento ou com a manobra de Valsalva. (20,40,41) . Outros sintomas relacionados ao tumor medular podem surgir como: a fraqueza nas pernas de forma proximal, progredindo para a dificuldade de deambulação; a perda de coordenação e a perda sensorial ou dormência ascendente (55) 17 3.4.9 SÍNDROME DO IMOBILISMO As condições de imobilidade trazem consequências graves para o corpo humano e muitas vezes ocasiona sequelas que são percebidas pela equipe de saúde, entretanto, são inevitáveis no curso da assistência aos pacientes oncológicos em fase terminal (21). A mobilidade é fundamental para a manutenção ou restauração da amplitude de movimento (ADM). Levando-se em consideração os cuidados e as contra-indicações, a mobilização articular além de contribuir para a manutenção da mobilidade, evita comprometimentos articulares e musculares, limitação funcional e/ou incapacidade na realização do movimento (42). A imobilização provoca significativas alterações no organismo, e especificamente no sistema muscular. Os pacientes podem apresentar modificações na extensibilidade, na diminuição da força e na resistência muscular, além da atrofia. Todas essas alterações musculares podem ser observadas dentro das primeiras 48 horas de imobilização (43,44). Outra consequência importante da imobilidade são as alterações provocadas no sistema respiratório, dentre elas: a diminuições da capacidade vital, do volume expiatório forçado e da capacidade residual funcional; e na relação ventilação/perfusão (V/Q) (45). 3.4.10 DOR Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento do câncer, a dor é um dos principais sintomas, e continua trazendo muito desconforto e sofrimento aos pacientes oncológicos. Os profissionais de saúde, que lidam com esse sintoma, têm a necessidade de saber que cada paciente percebe e manifesta o fenômeno doloroso de maneira distinta. Essa dor pode se 18 expressar de maneira física ou psíquica. E nesse sentido, segundo Cláudia Naylor, diretora do Hospital do Câncer, em pacientes com câncer avançado, a dor é a terceira queixa mais frequente, sendo as mais comuns a fadiga e a falta de apetite (46). O problema da dor é atualmente reconhecido como um sintoma de grande preocupação por causar inúmeros prejuízos na saúde física e emocional do paciente. A partir dessa compreensão, a Associação Internacional para o Estudo da Dor (International Association for the Study of Pain – IASP) propõe sua definição como sendo uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano tecidual potencial ou real (47). A dor oncológica é desencadeada por vários fatores, incluindo envolvimento do tumor, compressão ou infiltração de nervo ou comprometimento de partes moles. E apesar dos benefícios da radioterapia, da quimioterapia, das cirurgias para o combate ao tumor, essas terapias são responsáveis também pelo aparecimento da dor (21). É importante salientar que não só a terapêutica contra a doença pode causar a dor, mas outros fatores como fadiga, depressão, raiva, medo, ansiedade, falta de esperança e de amparo também podem influenciar no aparecimento desse sintoma (11). Portanto, o inadequado tratamento da dor seja ele curativo ou paliativo, resulta em danos para a saúde do paciente, podendo ocasionar alterações respiratórias, hemodinâmicas e metabólicas. Há tendências à instabilidade cardiovascular, maior gasto energético e protéico, e quando possível para o paciente, dificuldade na deambulação precoce, podendo ocorrer também o risco de trombose venosa profunda (48). 3.5 O PROFISSIONAL DE FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CÂNCER 19 A fisioterapia em oncologia é uma especialidade nova que tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico (49). Deve-se entender que, embora alguns cânceres possam ser incuráveis, muito se pode fazer pelo paciente mesmo no estágio final de vida. Por isso, torna-se fundamental a intervenção da fisioterapia, sendo esta importante para prevenir o declínio funcional do paciente oncológico. A partir desse entendimento, a fisioterapia através da cinesioterapia voltada para os sintomas como a fadiga e o imobilismo pode ajudar a atenuar os efeitos desses sintomas, trazendo assim, melhoras na funcionalidade e nos índices de qualidade de vida do paciente. Portanto, exercícios diários são algumas das medidas que podem prevenir o descondicionamento músculo-esquelético, trazer vários benefícios nos sistemas, pois afetam tanto os ossos, como ajuda a promover o tônus muscular e melhora a função cardiovascular. O fisioterapeuta deve estar atento a esse descondicionamento prevenindo, de forma consciente, a diminuição da força muscular, a atrofia e o encurtamento muscular, a perda da massa óssea entre tantos outros fatores que são desencadeados pelo descondicionamento (43,50,53). As alterações no sistema cardiorrespiratório em fase avançada do câncer são extensas e incluem mudanças na sua anatomia e função. O derrame pleural causado pela neoplasia que costuma ser comum nesses pacientes, é indicativo de atenção por parte do profissional de fisioterapia, ou seja, é importante que o fisioterapeuta esteja atento aos sinais e sintomas referidos pelo paciente para que possa, juntamente com a equipe multidisciplinar, intervir de forma precoce evitando outras prováveis complicações, pois a falta de ar, dor no peito, tosse, dor no ombro, presença de distensão abdominal, ausculta cardíaca com abafamento dos batimentos cardíacos e ruídos de fricção são importantes indícios de um derrame pleural (21). O câncer de pulmão é a neoplasia maligna que mais causa mortes em ambos os sexos, tornando-se cada vez mais comum em todo o mundo. É essa a principal neoplasia que o 20 fisioterapeuta vai se deparar com os cuidados paliativos. Entre as queixas referidas pelos pacientes com esse tipo de câncer, estão a dispneia e a dor (em pós-operatório). Para esses casos a fisioterapia tem importante papel, pois o controle da dor é essencial para manter o movimento torácico e a expansão pulmonar. O fisioterapeuta deve estabelecer programas de reabilitação com instruções, quando for possível, para trabalhar técnicas de respiração e higiene brônquica para facilitar a drenagem se secreções e prevenir a piora do quadro clínico (21,40,51) . No câncer avançado quando não houver resposta satisfatória por conta de outras terapias para diminuir os efeitos desconfortavéis da dispneia, pode ser preconizado o uso de nebulização com morfina. Além disso, o fisioterapeuta pode utilizar técnicas como: elevação da cabeceira de 30 a 45 graus, manter o paciente o maior tempo possível sentado e com os braços apoiados, promover um ambiente bem ventilado e, se necessário, indicar oxigenoterapia caso seja necessário (24,52). Ainda, com relação à fisioterapia em cuidados paliativos, o controle da dor e o seu alívio devem ser motivos para intervenções que possam minimizar ou evitar problemas de ordem físico-emocional, relacionados ao tratamento, à progressão danosa da doença e à assistência aos familiares. Em geral, a dor no paciente oncológico acaba trazendo consequências não desejáveis como comprometimento progressivo do condicionamento físico, diminuição da força muscular, da amplitude articular e flexibilidade, contraturas, e atrofia (53). Há, dessa forma, uma visão que o câncer terminal progressivamente pode trazer inúmeros danos à saúde, e que a grande maioria dos cânceres vem acompanhada de dor. O alívio adequado, então, pode ser alcançado com uma combinação de abordagens medicamentosas e recursos como calor, frio e relaxamento. Entre os recursos fisioterapêuticos, tem-se o uso da estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS). Este 21 recurso quando associado a outros métodos de analgesia demonstra uma tendência não só a diminuição da dor, mas também à redução de náuseas e vômitos, e na atelectasia pósoperatória (21,54). Outro recurso utilizado pela fisioterapia é a massoterapia. O uso das mãos, o toque, esse contato permite “dizer’’ ao paciente que ele não está sozinho. A massagem como tratamento pode aliviar a dor, a fadiga, a depressão e até as náusea em pacientes oncológicos, trazendo dessa forma uma sensação de bem estar (56). O fisioterapeuta, através de sua avaliação, pode estabelecer um programa de tratamento com a utilização de recursos, técnicas e exercícios. Buscando auxiliar no alívio do sofrimento, da dor e outros sintomas estressantes, além de oferecer suporte para que os pacientes vivam o mais ativamente possível, com impacto sobre a qualidade de vida, com dignidade e conforto, como também ajuda aos familiares na assistência ao paciente, no enfrentamento da doença e no luto (24). 22 4. CONCLUSÕES No que tange a reabilitação de pacientes oncológicos em estágio avançado da doença, esse trabalho procurou demonstrar a real necessidade da intervenção de uma equipe multidisciplinar perante pacientes fora de possibilidade de cura. Ou seja, dentre os inúmeros sinais e sintomas indesejáveis que o câncer pode desencadear, é necessário que o profissional de saúde esteja apto a prestar cuidados e apoio a este paciente mesmo que não haja chances de cura para a doença. Mais do que compreender a complexidade da fisiopatologia do câncer, é necessário ter a noção que a morte é um processo normal da vida, mas que através dos cuidados paliativos, deve-se desmistificar a suposição de que não há mais nada a se fazer pelo paciente sem possibilidades de cura. Diante disso, os cuidados paliativos podem e devem ser oferecidos concomitante aos curativos, o que também inclui a fisioterapia. Frente a isso, é importante saber que, apesar da morte iminente, ainda existe o objetivo de manter a qualidade de vida desse paciente, atenuando assim, efeitos danosos que a doença irá proporcionar em sua fase final. Portanto, é necessário ressaltar que o fisioterapeuta e toda a equipe de saúde devem ter uma visão holística do paciente oncológico, no sentido de melhorar e/ou manter sua qualidade de vida independente do estágio da doença. Dessa forma, faz-se necessário mais estudos sobre o tipo de abordagem fisioterápica, paliativa ou não, necessária para o atendimento desse paciente sem perspectiva de cura. 23 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. AETMIS - Agence d'Evaluation des Technologies et des Modes. Positron emission tomography in Québec.Report prepared by François-Pierre Dussault, Van H. Nguyen and Fatiha Rachet. (AÉTMIS 01-3 RE). Montréal: AÉTMIS, 270 p, 2001. Disponível em: http://www.aetmis.gouv.qc.ca. Acesso em: 10 ago. 2010 2. Ciol R, Beraquet VSM. Evidência e informação: desafios da Medicina para a próxima década. Perspectivas em Ciência da Informação, 2009; 14 (3): 221-30. 3. Ariswa EAL, Silva CMOM, Cardoso CAC, Lemos NRP, Pinto MC. Efeitos colaterais da terapia antitumoral em pacientes submetidos a quimio e a radioterapia. Rev Biociências, 2005; 11: 55-61. 4. Brandão C. Câncer e cuidados paliativos: definições. Revista Prática Hospitalar, 2005; 42: 54-56. 5. World Health Organization. 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