Borboleta K. Morena Erótikas Borboleta K. Morena Erótikas Para você que desde tão longe se faz tão presente, sempre. Borboleta K. Moreno Sumário Agradecimentos ..................................................................................... 9 Palavra da autora ................................................................................. 11 Chamada Telefônica ............................................................................. 13 Presente de aniversário ......................................................................... 20 A surpresa........................................................................................... 25 O regresso .......................................................................................... 34 A massagem...................................................................................... 444 7 Borboleta K. Moreno Agradecimentos À minha fonte inspiradora, meu ‘muso’, amor eterno, único... Que sem ele, este livro não existiria, À você leitor/a pelo crédito a mim concedido, espero que desfrute da leitura e que ao final de cada história, fique aquela deliciosa sensação de quero mais... Infinitamente, obrigado. 9 Borboleta K. Moreno Palavra da autora Bom, confesso quisera eu ter aqui nesta página um belo prefácio escrito por algum amigo escritor, de bom gosto e conhecimento que valorizasse este livro ainda mais. Estes contos nasceram da vontade de viver um romance, um romance carregado de muita paixão, amor, verdade, cumplicidade e erotismo, que é, no fundo, o que acredito buscar cada mulher. Busquei vivenciar tal amor, tal relação na pele de cada uma das personagens e também na minha, da forma como pude... E o resultado é este que agora compartilho com vocês. Boa leitura. 11 Borboleta K. Moreno Chamada Telefônica Está em casa, chegou do trabalho, preparou algo para comer e o esperou. Sabia, pelas horas, que ele estaria deixando o trabalho. Há pouco olhava suas fotos e recordava vários dos momentos que passaram juntos. Como não excitar-se ante a lembrança daquele corpo lindo, estirado no pier1, com aquela sunga negra, ou na serra exibindo-lhe o traseiro, ou fitando-a desde entre suas pernas? Sentou-se no sofá, colocou-se à vontade. Cômoda, vestia camisa y calcinha branca. Já de antemão havia se livrado das calças, sapatos e sutiã... Nisso de recordá-lo, cerrou os olhos. As recordações levaram-na em um passeio por sua história de amor. O corpo lhe pedia o dele, e ele não chegava! Ainda levaria algo como meia hora para chegar, e ela com toda aquela inquietude. 1 Cais, embarcadouro. 13 Erótikas As ganas de tocar-se eram insuportáveis, cedeu. Suas mãos acariciavam os seios sobre a camisa branca entreaberta. Seus dedos buscaram o decote, os botões abertos, a pele... O toque das unhas fez com que ela se arrepiara. Ela sentiu, sob a tela, o enrugar-se das aureolas, o despontar dos bicos, em um implorar constante pela boca de seu homem. Subiu as pernas, apoiando os calcanhares na almofada do sofá, e, se por um lado contraia as pernas, por outro as entreabria mais. Aquela contorção de corpo, imersa na meia luz ambiente e na música sensual que chegava desde o apartamento vizinho, era quase, por si só, a declaração de um vazio, de uma falta sentida, de uma ausência... Ela ardia. O desejo alterava a respiração, alterava o estado de consciência, como se estivera indo e vindo de outra dimensão. A renda branca da calcinha colou-se à umidade de seus lábios entreabertos ao passo que a outra porção ia metendo-se pela canaleta, em uma suave carícia. 14 Borboleta K. Moreno Sua mão abandonou por momentos seu corpo, fazendo-lhe despertar daquele magnífico estado de torpeza para buscar o telefone sobre a mesinha ao lado. Em um doce desespero, apertou cada um dos oito números só tranquilizando-se ao ouvir, do outro lado, aquela voz tão conhecida. A excitação lhe subiu pelo esôfago algo cálida, algo fria ao ouvir o seu “Diga”, a mesma sensação que experimentava a cada vez, na intimidade, que não sabia o que esperar dele. Sorriu, cumprimentou-o e perguntou quanto tempo demoraria em chegar. O tremor em sua voz, não lhe passou despercebido. Algo passava com ela, estava claro. Insistiu em sabê-lo. Acelerou o carro naqueles segundos de silencio que sucederam. A resposta veio em um tom macio e quente a dizer-lhe que cada centímetro de pele sentia falta dos seus toques, que os seios lhe pediam de forma insistente seus lábios e que seu sexo, parecia querer tragar o mundo até encontrá-lo. 15