9 27 de Fevereiro de 2014 ANDC apoia e acompanha empreendedores que querem mudar de vida Microcrédito ajuda a impulsionar projectos Desempregados e pessoas à procura de oportunidades para criar o seu posto de trabalho podem encontrar no Microcrédito a resposta e oportunidade para impulsionar os seus projectos. A Associação Nacional de Direito ao Crédito (ADNC) – que promove o apoio e acompanhamento gratuito dos candidatos, estudando a viabilidade dos projectos – esteve em S. João da Madeira para apresentar os apoios existentes. Joana Gomes Costa [email protected] Para esclarecer sobre as possibilidades de apoio, Edgar Oliveira, Técnico de Microcrédito da Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC), esteve esta semana em S. João da Madeira, onde participou numa sessão de esclarecimento sobre a «Criação do Próprio Emprego», que decorreu no Centro de Emprego de S. João da Madeira. Esta iniciativa conjunta da ANDC, Microcrédito e IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional, esteve pela primeira vez em S. João da Madeira. Durante a sessão, Edgar Oliveira, responsável pela divulgação e promoção do Microcrédito no distrito de Aveiro, falou dos apoios disponível a beneficiários de prestações de subsídio de desemprego e explicou como podem aceder não só à possibilidade de antecipação total/parcial do subsídio de desemprego, como às modalidades de financiamento através do Microcrédito|ANDC e MicroInvest|ANDC para a criação do próprio emprego. O Microcrédito é um pequeno empréstimo destinado a apoiar pessoas que, não tendo acesso ao crédito bancário normal, têm uma boa ideia de negócio que pretendem concretizar e para a qual reúnem condições e capacidades pessoais. Além de conselhos práticos sobre todo o processo desde a ideia à concretização de projectos de microempresas, o técnico ouviu e aconselhou casos práticos apresentados por participantes nesta sessão. ANDC estuda viabilidade dos projectos “A ANDC existe para pessoas que se encontram numa situação sem rendimentos e que vêem que as probabilidades de criar o seu próprio emprego são mais elevadas que conseguirem encontrar emprego por conta de outrem”, explicou Edgar Oliveira, em declarações a ‘O Regional’. Este técnico sublinha ainda que a Associação “tem um serviço bastante geral”, conseguindo “apoiar a pessoa desde a fase da candidatura até à obtenção do empréstimo”, fazendo “o acompanhamento do microempresário durante todo o reembolso do empréstimo”. Todo este processo de acompanhamento é gratuito. Com este acompanhamento, a ANDC vai “credibilizar o projecto junto da banca”, com vista à obtenção de financiamento “em condições muito favoráveis”, que vão permitir a sua viabilidade, sendo que uma das “mais-valias” do recurso ao apoio da associação é o facto desta fazer o “estudo de viabilidade do negócio”. “Mais do que obter um empréstimo que depois possa resultar num problema, é avaliarmos criteriosamente se aquela ideia que a pessoa nos trouxe vai no sentido de sortir o efeito desejado, que é a obtenção de rendimentos, a partir do trabalho por conta própria”, afiança Edgar Oliveira, que sublinha que, por vezes, perante uma oportunidade, quem se encontra em “situação de grave dificuldade” não tem “alguém que seja capaz de aconselhar sobre se aquela solução é a ideal” e se não irá criar ainda “problemas mais graves”. “Nunca podemos prever o futuro”, diz, apontando, no entanto, que, “ao analisar a viabilidade do projecto”, a associação “vai acrescer uma garantia”. “Tentamos fazer o melhor trabalho possível no sentido de que a pessoa possa ter mais certezas de que a ideia vai resultar”, resume. Edgar Oliveira considera que mais do que falar na crise devemos olhar para as oportunidades e sublinha que, “apesar das dificuldades, nunca houve tantos apoios”, acreditando que “a criação do próprio emprego pode ser uma alternativa válida”, uma vez que o mercado de trabalho por conta de outrem também se tem alterado, não oferecendo a mesma segurança de outros tempos em que existia o conceito do emprego para a vida. 1800 projectos, 2239 postos de trabalho A ANDC existe em Portugal há 15 anos, sendo uma associação privada sem fins lucrativos, pioneira do Microcrédito em Portugal. Desde essa altura já ajudou a concretizar quase 1800 projectos de microempresas, que permitiram a criação de 2239 postos de trabalho, com um montante médio de empréstimo de 7 mil euros. Além de todos os requisitos de não ter acesso ao crédito, nem incidentes bancários activos ou ser empreendedor e ter uma ideia válida de negócio, os candidatos ao Microcrédito devem, segundo Edgar Oliveira, ter “capacidade de trabalho” e “vontade de mudar de vida e encontrar um caminho alternativo”. Deputada do PCP na Assembleia da República Paula Batista visitou o Tribunal A Deputada do PCP na Assembleia da República, Paula Batista, visitou, na última segunda-feira, as instalações Tribunal de S. João da Madeira, reunindo-se mais tarde com representantes da Ordem dos Advogados desta cidade. O motivo da sua passagem enquadra-se, segundo explicou, na Reforma Judicial, devido à incerteza que existe quanto ao “decreto, que ainda ninguém sabe o seu conteúdo, e o que está reservado para este tribunal”. Paula Batista, depois de visitar as instalações e de falar com os juízes, disse à nossa reportagem lamentar que exista “falta de comunicação por parte da tutela quanto a este assunto” e garante terem existido “propostas por parte dos juízes da possibilidade de abertura de serviços neste tribunal”. Entretanto, lamenta que “só não exista receptividade nem von- Agora já nos pode ver na MEO.... tade política de discutir aquilo que foi proposto” e teme “um prejuízo sério das populações, se vierem a encerrar serviços neste tribunal”. A deputada ressalta deste encontro que ficou claro que o Tribunal de S. João da Madeira tem um “excelente edifício e que não têm estado a ser utilizado como deveria, já que esta classe deveria ser mais respeitada e ouvida”. AGC