UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE A AVALIAÇÃO NO ESTADO: O DESCONHECIMENTO DAS PORTARIAS 6 E 8. Por: Cecília C. França Orientador Profª Ms. Ana Cristina Guimarães Rio de Janeiro 2004 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE A AVALIAÇÃO NO ESTADO: O DESCONHECIMENTO DAS PORTARIAS 6 E 8. Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato-Sensu” em Supervisão Escolar. Por: Cecília C. França 3 AGRADECIMENTOS A Deus pela vida, pela saúde e pelo dom da inteligência. Aos professores pela orientação e apoio. E aos amigos, verdadeiros “companheiros” pela estrada da vida; em particular a Luciana e Roseni. 4 DEDICATÓRIA Dedico este companheiro trabalho César, ao meu que tanto colaborou com paciência, incentivo e amor. Também Fabiana, aos Alessandro compreensão diante meus e filhos Igor, das pela minhas ausências e pelo constante apoio ao “não desistir”. Aos meus pais, que sempre acreditaram no meu potencial. 5 RESUMO A idéia inicial desta pesquisa nasceu no cotidiano escolar, durante os conselhos de classe e nas reuniões pedagógicas promovidas pela CRRM-V ( Coordenadoria Regional da Região Metropolitana V ). Quando no ano de 2001 foi publicado a Portaria 8, houve uma certa preocupação com questões sobre dependência e recuperação paralela, esquecendo-se que a Portaria 6, não foi cancelada, na verdade com a Portaria 8, esta simplesmente foi complementada. Pontos importantes da Portaria 6, tais como: que a avaliação não se basearia mais em médias aritméticas, mas sim, em somatório. Também, o destaque a uma avaliação mais qualitativa, do que quantitativa, acabaram ficando de lado com a publicação da Portaria 8. Após um questionário realizado pelo Estado no início de 2002, cujos resultados saíram no 2 º semestre de 2002, detectou-se que 90% das escolas do estado, ainda estavam presas as médias aritméticas, e a recuperações apenas no final do ano. Como o resultado só saiu no 4º bimestre, a CRRM-V, determinou que as mudanças se processariam no ano de 2003. Ao longo do ano de 2003, percebeu uma ênfase maior a questão da recuperação paralela. Contudo, as notas como somatório, não eram salientados. Tal descaso gerou discrepâncias entre as Unidades escolares, da Metro-V. Pensando nisso, este trabalho buscou tornar-se um indicativo dos principais objetivos das portarias 6 e 8, no processo avaliativo, e um norte para a CRRM-V e as Orientadoras Pedagógicas desta área. 6 METODOLOGIA Os métodos adotados para o desenvolvimento da presente pesquisa, foram feitos através de consultas a fontes bibliográficas, sobre os conceitos de avaliação e medição, além das funções de um supervisor, em como orientar as atividades pedagógicas de uma escola. Através de entrevistas na SEE (Secretaria Estadual de Educação ), buscou-se definir os objetivos das Portarias 6 e 8, no que diz respeito a avaliação. A seguir, foram feitas entrevistas as Supervisoras da Metropolitana-V, a fim de detectar se seus conhecimentos sobre as portarias, estavam de acordo com as propostas da SEE e posteriormente, através destas mesmas Supervisoras, divulgar as corretas informações as Orientadoras Pedagógicas desta área. Os levantamentos foram feitos a partir de três questionários. O primeiro destinado a SEE, para esclarecer a proposta avaliativa contida nas portarias 6 e 8. O segundo, destinado as Supervisoras da Metro-V, para diagnosticar o que realmente existe de compreendido sobre as portarias, e ser comparado com os objetivos da SEE. O terceiro questionário destina-se a pelo menos quatro Orientadoras Pedagógicas, de Unidades Escolares da área da Metro-V, a fim de verificar como suas escolas tem procedido nas avaliações, o que obtiveram nos últimos tempos de informações sobre as portarias, por parte da Metro-V, se estão de acordo com os objetivos da SEE. Após a comparação, das informações destas Orientadoras Pedagógicas, registrar que não existe no momento, unidade nas práticas avaliativas entre estas Unidades Escolares, nem pertinência com as Portarias 6 e 8. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I 10 A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ALUNO 11 CAPÍTULO II 22 O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR 23 CAPÍTULO III 26 ANÁLISE DOS OBJETIVOS DA SEE COM AS PORTARIAS 6 E 8, NO PROCESSO AVALIATIVO 27 CAPÍTULO IV 31 ESTUDO DE CASO SOBRE A DESINFORMAÇÃO DA SUPERVISÃO DA METRO-V, SOBRE AS PORTARIAS 6 E 8 32 CAPÍTULO V 33 QUATRO SITUAÇÕES ENCONTRADAS DO DESCONHECIMENTO DAS PORTARIAS 6 E 8 EM RELAÇÃO AS AVALIAÇÕES, EM ESCOLAS DA ÁREA DA METRO-V 34 8 CONCLUSÃO 37 ANEXOS 39 BIBLIOGRAFIA 57 ÍNDICE 59 FOLHA DE AVALIAÇÃO 9 INTRODUÇÃO Segundo Luckesi, a avaliação deve ser um ato amoroso, onde o educando e educador encontrem-se envolvidos em uma troca, e não, apenas um ato de cobranças. Partindo deste ponto sobre avaliação, pode-se observar ao longo desta pesquisa, e em particular no capítulo I, que a grande preocupação foi elucidar o passo importante que foi dado pelo Estado, com a implementação das Portarias 6 e 8. Estas Portarias vieram trazer a prática escolar, um processo avaliativo mais qualitativo, do que quantitativo. Apresenta-se também neste trabalho, no capítulo II a importância do papel do supervisor dentro da escola, e suas principais funções. No capítulo III, os pontos que não foram bem absorvidos destas Portarias, pela Metro-V, e o que deve ser compreendido pelas Supervisoras desta área, a fim de reproduzir as Unidades Escolares, tal conhecimento, foi o foco do estudo. Os levantamentos que serviram de base para esta pesquisa, foram entrevistas diretas a SEE, a Supervisoras da Metro-V e Orientadoras Pedagógicas desta área, e também, o preenchimento de questionários que serviram para cruzar as informações e formar um diagnóstico, e que encontram-se distribuídos no capítulo IV, onde aborda a visão que a metropolitana – V apresenta sobre as portarias 6 e 8, e no capítulo V, que descreve através das entrevistas as orientadoras pedagógicas de quatro escolas da área da Metro-V, como as mesmas colocam em prática em suas escolas, as portarias. Por fim procurou-se mostrar o papel do supervisor, como um divulgador e orientador de práticas pedagógicas inovadoras e eficientes, em sua área de atuação. 10 CAPÍTULO I AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ALUNO “... O ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se destina a um julgamento definitivo sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois que não é um ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, à inclusão; destina-se `a melhoria do ciclo de vida.” Cipriano C. Luckesi 11 1. O QUE SE ENTENDE POR AVALIAÇÃO Observa-se no cotidiano escolar uma discrepância entre os objetivos ditos, para os objetivos colocados em prática sobre a avaliação. Tal fato se dá pelos longos anos de aplicação de avaliações com caráter promocional e seriação. Até os docentes com visões diferenciadas desde o processo, ficaram perdidas, pelas imposições e cobranças dos superiores dos modelos antigos de avaliação. A avaliação é o processo de atribuição de símbolos a fenômenos com o objetivo de caracterizar o valor do fenômeno, geralmente com referência a algum padrão de natureza social ou cientifica. Este tipo de definição de avaliação, deixa explícito o processo avaliativo como algo classificatório. Determina-se um critério de mensuração padrão, e aplica-o sem levar em consideração as particularidades de cada ser humano. Tem-se também o conceito de Hajdt, sobre avaliação, onde avaliar é julgar ou fazer a apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo como base uma escola de valores, ou ainda, interpretar dados quantitativos e qualitativos para obter um parecer ou julgamento de valor, tendo por base padrões ou critérios. Hajdt, mantêm a mesma linha tradicional dos primeiros autores. Inspirados em correntes cientificistas, vai privilegiar a avaliação classificatória. Já Padilha (1998, p.156) , em seu livro propõe uma forma avaliativa menos conservadora, e que busque um redirecionamento, como perceber-se, a seguir: “ O conceito de avaliação como da aprendizagem que tradicionalmente tem como alvo o julgamento e a classificação do aluno necessita ser redirecionado(...)”. 12 Diz ainda: desponta como finalidade principio da avaliação o fornecer sobre o processo pedagógico informações que permitam aos agentes escolares decidir sobre intervenções e direcionamentos que fizerem necessários em face do projeto educativo definindo coletivamente e comprometido com a garantia da aprendizagem do aluno. Têm-se também a definição A avaliação consistirá em estabelecer uma comparação do que foi alcançado com o que se pretende atingir. Estaremos avaliando quando estivermos examinando o que queremos, o que estamos construindo e o que conseguimos, analisando sua validade e eficiência.”(Sant’Anna, 1995; 23 – 24). Nesta teoria, Ilza M. Sant’Anna posiciona-se entre a avaliação diagnóstica e a classificatória, pois ainda prende-se a questão da “validade” e “eficiência”, embora os padrões de referência dos desempenhos obtidos sejam de competência dos próprios agentes envolvidos no processo de avaliação. “A avaliação é um juízo de qualidade sobre dados elevantes para uma tomada de decisão (Luckesi, 1995; nota 6 p. 9).” Apesar do avanço do pensamento do professor Luckesi, observa-se que no afã de superar as teorias tradicionais, leva-o a incorrer no perigo do excesso de desconsiderações dos aspectos positivos das teorias classificatórias. Após citar tais definições dos conceitos de avaliação, e mesmo sabendo-se da existência de outros, limitarei-me a este, e tentarei agrupa-los para melhor percepção do conceito de avaliação, em dois grupos antagônicos. Um grupo mais positivista e dialético, crente em verdades absolutas e padronizadas, que promoveram uma avaliação de julgamentos de erros e acertos. O segundo grupo observa o mundo como um processo, onde a educação está preocupada com a criação e transformação. Na visão de José Eustáquio Romão, em seu “Avaliação Dialógica”, existe uma dicotomia nos professores, entre o discurso apresentado e a postura adotada. Para ele, o professor sempre defende a avaliação mais 13 qualitativa para se sentir moderno, contudo seu “eu” interior o leva a postura de avaliação quantitativa, pois assim aprendeu que seria o mais válido. Colaborando para o esclarecimento desta situação, existe a pesquisa da “Síndrome de burnout”, que mostra os docentes com uma “síndrome de dedicação exclusiva e incondicional à escola”, mas que em realidade se caracteriza pelo cansaço emocional, pela despersonalização em relação aos usuários e por uma sensação de onipotência. O professor apresenta a progressiva responsabilidade de assumir discursos e papéis contraditórios e ambíguos. “E, certamente, a escola, enquanto instituição de alienação de seus atos, não atendendo nem mesmo as finalidades de seus criadores liberais, gerando disfuncionalidades e ameaçando a tão proclamada produtividade, quase sempre traduzida nos reclames de eficácia e eficiência.” A Síndrome de burnout no docente é apresentada pelo desencontro entre as convicções pedagógicas adotadas e as práticas educativas, devido as limitações estruturais e circunstanciais que caracterizam o ambiente de trabalho. O docente, no afã de mostrar competência e disfarçar seu próprio sentimento de impotência, trabalha em excesso para compensar e tentar responder as propostas novas, impostas por uma sociedade que vive a se renovar. 1.1 Quais concepções de avaliação existem na escola As escola brasileiras apresentam duas correntes distintas par a o processo de avaliação da aprendizagem. São duas concepções pedagógicas bem controversas. Os “progressistas”, adeptos de avaliação quantitativa, diagnostica, permanente, que privilegia os ritmos pessoais e os códigos locais e sociais, cada vez mais, ganham mais adeptos. Contudo, ainda se presenciam em grande quantidade, as avaliações em algumas escolas com caráter competitivo, classificatório, meritocráticos, quantitativos, periódicos e de nivelamentos de desempenhos universais. 14 Dentro das unidades escolares encontra-se os seguintes conceitos de avaliação: - A avaliação da aprendizagem: é um processo sistemático, contínuo e integral destinado a verificar até que ponto os objetivos instrucionais foram alcançados, ou seja, como está o rendimento dos alunos no assunto que está sendo ministrado e no curso que realiza. Avaliar consiste em conferir valores a atributos conforme a importância que apresentarem. A avaliação indica uma qualidade, a comparação por meio de análise dos resultados. Seus resultados são expressos sob a forma de conceito. Tipos de avaliação: - Avaliação diagnóstica- é aquela realizada antes de iniciar um curso ou uma disciplina, fornecendo subsídios para que o instrutor possa planejar suas aulas atendendo as suas necessidades específicas daquela turma. Quando usada antes de iniciar um assunto, pode servir para o instrutor verificar se o aluno possui ou não habilidade necessárias para aprender aquela disciplina, ou seja, se possui pré-requisito para tal. - Avaliação formativa - é a que ocorre durante o processo ensino-aprendizagem. É constituída de testes ou outros instrumentos aplicados periodicamente com a finalidade de verificar se a aprendizagem está ocorrendo como previsto. Este tipo de avaliação oferece ao instrutor um retorno contínuo acerca do que está sendo ensinado, oferecendolhe a oportunidade de reformular seus métodos, caso necessário, buscando corrigir possíveis falhas. - Avaliação somativa- é a que ocorre ao final de uma disciplina ou curso, com a finalidade de proporcionar uma nota ou um conceito. 15 Esta avaliação verifica o produto da aprendizagem, isto é, o que resultou no trabalho do instrutor e do aluno. Embora tenha papel importante no processo ensinoaprendizagem, a avaliação somativa pouco pode fazer no sentido de corrigir as possíveis falhas desse processo, pois ela ocorre ao final e seus resultados somente poderão ser aproveitados em casos futuros. Em resumo, na diagnóstica o fundamental é localizar as deficiências educacionais de cada aluno. Na avaliação formativa o maior cuidado é com o próprio processo ensino-aprendizagem que vai sendo julgado à medida que se desenvolve. Finalmente, na avaliação somativa as atenções são voltadas para a determinação do grau de competência que o aluno atingir. Entretanto, para que se faça avaliações do curso como um todo, são necessárias os dados obtidos pelos três tipos de avaliação. Os tipos de avaliação abordados anteriormente correspondem as seguintes funções que são: - Diagnosticar: visa fornecer ao instrutor informações sobre as experiências e conhecimentos adquiridos pelo aluno (pré-requisitos), permitindo uma melhor orientação ao seu estudo; - Controlar: tem a finalidade de informar ao instrutor como está sendo desenvolvida a aprendizagem do aluno (seu desempenho), sendo útil na correção de eventuais distorções no processo de assimilação do aluno; - Classificar: demonstrar comparatividade os resultados obtidos pelos alunos ao final de parte ou de todo o curso. Representa o propósito maior da avaliação, sendo útil para diferenciação entre os alunos bons, médios e fracos. 16 1.2. Medida de Avaliação Toda e qualquer afirmação humana é carregada de objetividade e subjetividade; assim, mesmo que uma avaliação presente “questões objetivas”, elas no entanto conterão uma boa dose de subjetividade de quem as formulou. Entretanto, não existirá questão apenas subjetiva pois qualquer formulação conterá códigos comuns de interlocução. O que pretende-se: em ambos os tipos de questão, é a possibilidade de uma reflexão sistemática em torno de erros e acertos, em torno de mecanismos de raciocínios que foram desencadeados na formulação das questões e das repostas dadas pelos alunos, constituindose numa das etapa mais ricas das relações pedagógicas. É nos comentários e discussões das provas e trabalhos corrigidos que se tem momentos privilegiados de aprendizagem, para ambos os lados. ( Romão; 2002, p. 163). 1.2.1 – Medida Segundo José Eustáquio, a medida, enquanto tentativa de constatação exata das dimensões do desempenho do aluno, foram instrumentos utilizados pelas escola por décadas. A medida surgiu a partir da Psicologia, estando associada a Psicometria, criando um sistema avaliativo objetivista. Inicialmente, os psicólogos para dar um caráter científico prenderam-se os aspectos qualitativos e exatistas. Assim, as mudanças comportamentais, observadas cientificamente, a partir de testes padronizados, tornaram-se o ponto fundamental dos procedimentos avaliativos; desvalorizando-se testes mais voltados para os processos de aprendizagem. O exagero da medida foi adotado nas verificações da qualidades de informações apreendidas pelos educandos, permanecendo em muitos lugares até os dias de hoje esta prática. Contudo, observa-se que todo o processo de verificação do rendimento escolar implica em dois momentos: medir e avaliar. No primeiro, busca-ser, com mais ou menos objetividade por meio de um instrumento 17 adequado, “medir” o desempenho do educando, isto é, simplesmente coletar e registrar seu desempenho; em seguida, “avaliamos” em sentido estrito, humanitário e de valorização pessoal. As medidas devem se revestir das seguintes características: - Objetividade - Fidedignidade e Validade - Utilidade - Pertinência e Oportunidade 1.2.2 – AVALIAÇÃO Conforme Romão: seu sentido restrito, a avaliação da aprendizagem é o procedimento docente que atribui símbolos a fenômenos dimensões foram medidas, a fim de lhes caracterizar o valor, por comparação com padrões prefixados. Ainda que relativizando a diferença entre eles, (...) enquanto a medida constrói-se mais em cima de juízos de fato (denotações consensuais pactuadas), a avaliação se edifica sobre juízos de valor “(conotações construídas a partir das visões de mundo).” O autor coloca ainda que a avaliação será subjetiva, pois está diferenciada por valores de determinada época, sociedade ou classe social. O padrão que se deseja obter, surge a partir de interesses aspirações, projeções e ideais de grupo socialmente definido. A padronização reproduz o caráter ideológico dos objetivos educacionais de determinado sistema. A avaliação deve ter um caráter diagnóstico permanente, a fim de alertar o aluno sobre mudanças de rumo e de estratégias, no próprio caminhar no processo de aprendizagem; sendo conveniente ao final de certa unidade, verificar o nível alcançado pelo aluno de aprendizagem. 1.3 – AVALIAÇÃO DIALÓGICA: UM ATO DE AMOR 18 De acordo com Luckesi (2002,p. 58-59): a avaliação da aprendizagem deveria servir de suporte para a qualificação para aquilo que acontece com o educando, diante dos objetivos que se têm, de tal modo que se pudesse verificar como agir para ajuda-lo a alcançar o que procura. A avaliação não deveria ser fonte de decisão sobre o castigo, mas de decisão sobre os caminhos do crescimento sadio e feliz. Não se faz aqui apologia ao erro e ao insucesso, como fonte necessária do crescimento, mas sim, o de não se acrescentar sobre insucessos e erros, mais culpas e castigos. Deve-se a partir de insucessos e erros a retirar deles as melhores lições e os mais significativos benefícios. Claro que este procedimento não deve tornar-se uma trilha constante e necessária às nossas vidas. Serão na verdade, situações das quais procuraremos tirar exemplos positivos para aprender e evoluir, mas nunca alvos a serem buscados. Na verdade nossa educação, como dizia Paulo Freire, tem apresentado uma concepção autoritária e “bancária”, onde transformamos nossos alunos num depositário de “saberes”. Esta educação desemboca numa concepção de avaliação que vai se preocupar apenas com a verificação dos “conhecimentos depositados” pelo professor no aluno, sem levar em conta as experiências do aluno com o mundo, seus ritmos ou suas próprias simpatias ao que está recebendo. Partindo da educação libertadora, a avaliação deixa de ser um processo de cobrança para se transformar em mais um momento de aprendizagem, tanto para o aluno quanto para o professor. Na educação positivista enfatiza-se a permanência, a estrutura, o estático, o existente e o produto, as construtivistas reforçam a mudança, a mutação, a dinâmica, o desejado e o processo. A educação e a avaliação citada devem levar em consideração dois pólos, pois não há mudança sem a consciência da permanência. A avaliação como um ato de amor, deve colher a situação como ela é. Baseando-se no princípio “ama a teu próximo como a ti mesmo”, onde ao nos incluirmos neste ato, somos capazes de incluir os outros. 19 Um ato de amor é um ato que acolhe gestos, ações, alegrias e dores como elas são; acolhem para deixarem as coisas fluírem como são, naquele determinado momento. Deve-se evitar o julgamento a que surgirem, será para dar rumo à ação e não para excluí-la. A avaliação dever ser um ato amoroso, que promova a inclusão, não o afastamento. Que permita não as desgastantes defesas e justificativas dos motivos, e a coordenação das energias para a transformação. Uma avaliação amorosa, é dialógica, ou seja, ocorre a partir de uma conversa amiga e clara entre professor e aluno. A avaliação assim vai, diagnosticar e incluir o educando, pelos mais variados meios, no curso da aprendizagem satisfatória que integre todas as suas experiências de vida: a avaliação da aprendizagem na escola tem dois objetivos: auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino-aprendizagem, e a sociedade pela qualidade de trabalho educativo realizado.( Luckesi , 2002,p.174 ). O melhor caminho é buscar o meio termo destes dois objetivos: Dois objetivos só fazem sentido se caminharem juntos. Se dermos atenção exclusivamente ao sujeito individual, podemos cair no espontaneísmo, caso centremos nossa atenção apenas no segundo, chegaremos ao limite do autoritarismo. (Luckesi, 2002, p. 174) Assim, o ato de avaliar não destina-se a um julgamento final sobre alguma coisas, pessoa ou situação, pois que não é um ato seletivo. A avaliação destina-se a diagnosticar e incluir, destina-se à melhoria do ciclo de vida. Tomando-se assim, um ato amoroso. 1. 4 – DA AVALIAÇÃO DO DOCENTE À AVALIAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES 20 Às vezes, os objetivos avaliativos dos professores, esbarram nos adotados pelas escolas particulares, ou nos decretos determinados pelas secretarias estaduais ou municipais. Conforme afirmação de Perrenoud ( 2002, p.215): todo o mundo, os sistemas escolares estão engajados em uma mudança de perspectiva que conduz a substituir os modelos tradicionais de gestão, autoritários e centralizadores, por outros modelos, mais participativos. Assim, são levados a delegar, aos subsistemas e aos atores do terreno (associações profissionais, diretor de estabelecimento escolar, professores, pais ), a responsabilidade de desenvolver localmente as soluções mais adequadas sob forma de grandes objetivos de desenvolvimento. A experiência recente permitiu pôr em questão esse paradigma do controle pontual externo e projetor de condutas de desenvolvimento da quantidade que se insiram em uma construção coletiva e em uma otimização dos processos de trabalho no tempo. É necessário fazer com que membros das equipes pedagógicas assumam maior responsabilidade ativa, não apenas no que se refere a dispositivos didáticos, mas também ao estabelecimento de práticas de auto-avaliação que garantam uma verificação pertinente das repercussões das escolhas feitas e, com base nessa verificação, permitam introduzir os ajustes necessários. Assim, se substituirá a avaliação com caráter controlador externo, pela avaliação contínua assumidas pelos atos, e a fim de encorajalos a adquirir meios conceituais e práticos de um planejamento evolutivo. Para ocorrer uma verdadeira mudança nos processos avaliativos, e na qualidade da escola, é necessário que além de abordagens pedagógicas e estruturais, os professores devam contar com uma nova relação com a autoridade escolar à qual elas devam prestar contas. A escola deve estar aberta as mudanças, reorganizar o modo de trabalho, de uma forma menos burocrática, apresentar maior cooperação entre os profissionais, buscar uma identidade coletiva cultural; aplicabilidade de exercício de poder e da leadership, que favorecerão a 21 responsabilidade (empowerment) desses atores, capacidade de mobilização em torno de projetos. Nesse prisma, um estabelecimento de ensino será capaz de produzir resultados, e apresentar um conjunto organizado de profissionais que assumem responsabilidades do ensino-aprendizagem. coletivamente as 22 CAPÍTULO 2 O PAPEL DO SUPERVISOR “Cabe-lhe, (...), a tarefa magna de, planejando, acompanhando, avaliando e aperfeiçoando oportunamente o curso de tais ações, garantir a eficiência do processo educacional e a eficácia de seus resultados.” Mª Violeta Villas Boas 23 2. COMO DEVE APRESENTAR-SE O SUPERVISOR EM SUA PRÁTICA A supervisão escolar em um âmbito mais totalizado exerce a função do orientador educacional, uma vez que muitas escolas não têm mais esse profissional na equipe, vale ressaltar também, que o professor no que diz respeito a orientação educacional também tem um papel importante, pois é ele quem primeiro detecta alguns problemas e depois informa ao supervisor para, desta maneira, tentarem, juntos solucionar os obstáculos. Além das funções particulares do supervisor, este também abraça as funções destinadas ao orientador educacional, tais como: contribuir para o desenvolvimento pessoal do aluno, ajudar a escola a organizar e realizar a proposta pedagógica, trabalhar em parceria com o professor para compreender o comportamento dos alunos e agir de maneira amigável em relação a eles, e ainda ouvir, dialogar e dar orientações. Embora, as práticas apresentem variações em fases diferentes, diante das problemáticas de métodos e técnicas do ensino, avaliação, conteúdos programáticos, currículos, desempenho do professor, a sua atuação voltou-se constantemente ao professor, num processo de assistência. É em relação a tudo isso que o supervisor passou a auxiliar os professores a se desenvolverem como profissionais, porém desenvolve toda uma linha de consultorias a todos os campos da Unidade Escolar. Essa prática diz respeito, como já foi mencionado anteriormente, a prática de fornecer idéias e soluções, assumir tarefas de preparação de mecanismos de avaliação, etc. A eficiência da ação do supervisor escolar está diretamente ligada à sua habilidade em promover mudanças de comportamento no professor, isto porque em última análise, o aprimoramento do processo ensinoaprendizagem não depende tanto de professor-aluno. É o potencial do 24 professor analisado para o processo ensino-aprendizagem que faz diferença nesse processo. Em um breve resumo pode-se dizer que cabe ao supervisor ou coordenador pedagógico a importante função de articular, juntamente com o diretor, a construção, o desenvolvimento e a avaliação da proposta pedagógica ou do projeto político pedagógico da escola. Sendo um profissional da educação voltada para as necessidades educacionais e sociais do aluno, cabelhe analisar com o grupo de professores formas de organizações do trabalho pedagógicos, que garantam a aprendizagem de todos, indiscriminadamente. Cabe ao supervisor ou coordenador pedagógico. - Assessorar o Diretor Geral em todas as ações pedagógicas desenvolvidas na unidade escolar, de acordo com a política educacional da SEE e respeitada a legislação em vigor. - Participar, junto com a comunidade escolar da elaboração e da avaliação do Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar; - Propor e executar ações junto ao corpo docente que possam garantir a execução do P.P.P. - Promover junto ao corpo docente atividades de formações continuada tendo em vista o aperfeiçoamento do processo pedagógico; - Promover a integração e a articulação entre os professores, buscando a consecução de um currículo interdisciplinar; - Participar das reuniões de Conselho de Classe, propondo alternativas para a melhoria do processo educacional; - Colaborar com o planejamento e replanejamento dos professores, oferecendo subsídio para um trabalho pedagógico mais dinâmico e significativo, participar de cursos e outras estratégias de atualização, visando a formação continuada; 25 - Atuar em conjunto com o orientador educacional, cuidando das relações entre o corpo docente, o discente e o administrativo, assim como a comunidade. 26 CAPÍTULO 3 ANÁLISE DAS PORTARIAS 6 E 8, E OS OBJETIVOS DA SEE “ (...) quando não houver esperança, (...)nem amor, nem ilusão, ainda há de haver esperança (...) em cada um de nós algo de uma criança. Enquanto houver sol, enquanto houver sol” Titãs 27 3. ANÁLISE DAS PORTARIAS 6 E 8: Em 21 de setembro de 1999, foi estabelecida a portaria E/Suen nº 06, publicada no Diário Oficial de 27 de setembro de 1999. Observase no artigo 1 que as avaliações do desempenho escolar dos alunos, são colocadas pela SEE com caráter diagnóstico, reflexivo e crítico da avaliação, podendo ser expressos em termos numéricos de zero a cem; desde que os alunos analisem junto com os professores os resultados para a efetiva aprendizagem e correção. Tal artigo vai ser ampliado na portaria E/SUEN nº08, estabelecida em 21 de Agosto de 2001, que ao ser posto em vigor, não anulou a portaria 06, mas fundamentou-se na mesma e ampliou. Diz o artigo 01, da portaria 08, que a avaliação continuava com o caráter diagnóstico reflexivo e inclusivo, e que deveria servir como suporte para o replanejamento do trabalho pedagógico, a partir da identificação dos avanços e dificuldades apresentadas pelos alunos. A portaria 06, apontava em seu artigo 02, letra a, para uma avaliação contínua e progressiva com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos; e na letra c, já indicava a obrigatoriedade de uma recuperação que deveria se dar o ano inteiro. Na portaria 08, encontra-se a preocupação de um desempenho do aluno, equivalente ao mínimo de 50 % para aprovação, contudo a portaria 6, no artigo 2, inciso 1º deixa claro que este desempenho será obtido, não através de média aritmética, mas sim, através de um somatório de notas, ao longo da progressiva aprendizagem do aluno. No inciso 2º, a portaria deixa expresso a necessidade do educador utilizar todos os meios possíveis para o processo de recuperação do aluno. 28 Em seu artigo 4, a portaria 8 acrescentou a faculdade da escola optar por nota ou conceito ( situação esta que levou a Metro-V, na reunião de Orientadoras Pedagógicas, no final do ano de 2002, a votarem um padrão para a região, a fim de evitar discrepâncias nas transferências dentro da região. Foi escolhido o critério nota, ao invés de conceito). Apontou-se na portaria 8, a implementação de fichas dos alunos retidos, especificando-se os conceitos não dominados, com o objetivo do professor que for lecionar para aquele aluno no ano seguinte, ter acesso a esta ficha, e procurar criar instrumentos que facilitem o aprendizado daqueles conteúdos especificados. No artigo 6, a recuperação volta a ser explanada pela portaria 8, colocando que a mesma deve se processar de forma paralela ao longo do ano. Ficou estabelecido no artigo 7, inciso 3º, da portaria 8, que as normas e critérios de progressão parcial estarão explicitados em um Termo de Compromisso a ser assinado por alunos maiores ou seus responsáveis ( quando menores de idade). Porém para efeitos de visualização daremos alguns exemplos dos problemas avaliativos, que as portarias em estudo, procuraram contornar. Destaca-se, como exemplo, uma escola que adote o critério somatório, e não de média aritmética, onde iremos encontrar o seguinte: - João fará a cada bimestre uma prova que valha 50 pontos, um teste que valha 20, seus exercícios no caderno valerão 10 e suas pesquisas valerão 20. Bem, se João obtiver as pontuações máximas, chegará a ter 100 pontos. No entanto, João obteve somando tudo, 40 pontos, ou seja, menos de 50 % do desempenho mínimo esperado, conforme a portaria 8. Neste caso, entra em ação a recuperação paralela, que deverá equivaler a pontuação da avaliação que o aluno não se saiu muito bem. Após a recuperação paralela, substitui-se a menor 29 nota, pela obtida na recuperação, então efetua-se o somatório com as demais notas que o aluno possuir. Caso a nota da recuperação, seja menor que a anterior, prevalecerá sempre a maior. Nesta seqüência, o aluno deverá ter no mínimo 50 pontos em cada bimestre, totalizando 200 pontos mínimos ao final do ano letivo ( ou 400 pontos totais, no máximo). No caso do aluno não atingir os 200 pontos finais, o aluno fará uma recuperação final, de acordo com a portaria 6, a fim de complementar o somatório para obter a pontuação mínima necessária. Entretanto, por má orientação percebe-se algumas Escolas adotando metade das idéias das portarias. Ou seja, passam o ano fazendo somatórios das avaliações do aluno, e ao final do ano, fazem médias finais, que uma vez sendo inferior a 50 pontos, colocam o aluno numa recuperação final onde o aluno deve tirar no mínimo 50, do contrário ele fica reprovado naquela disciplina. Tal incoerência de prática, nada mais faz do que jogar fora todo o esforço e desenvolvimento obtido pelo aluno; nivelando-o a apenas medições frias e sem reflexão do que foi conseguido. Veja o exemplo abaixo: - Juca ao final do ano, obteve 180 pontos, logo entende-se que vai recuperação, pois lhe faltam 20 pontos, para atingir a pontuação mínima exigida. - Jorge obteve ao longo do ano, 140 pontos, ou seja, faltam-lhe 60 pontos. Uma escola que soma as notas e as transforma em médias finais, dirá que Juca ficou com média final 45 e Jorge com média final 35. Ambos os alunos do exemplo não conseguiram os 50 pontos, e fariam recuperação final para obter tal nota. Todavia, se olharmos com clama, o que Juca precisava não era 50, se levarmos em conta o somatório, mas sim 20, e Jorge o que precisava era 60, e não 50. O pior, é imaginar que se por uma infelicidade Juca obtiver 40 na recuperação, ele é considerado reprovado, e Jorge obtendo 50 é considerado aprovado. 30 E outra questão nos surge, pois se de forma errônea é feita a média ao final do ano, porque então não considerar que a recuperação simplesmente complemente a pontuação que faltavam ( no caso de Juca, se sua média era 45, faltava-lhe 05), ao invés de anular tudo o que foi obtido, é promover uma substituição de notas. Nesse processo covarde, nada do que o aluno desenvolveu é levado em consideração. Esquece-se assim do processo continuo de avaliação. Quando as escolas adotarem a recuperação final, devem ter em mente a preocupação de “(...), serão utilizados todos os meios possíveis para que o aluno tenha oportunidade de construir os conceitos básicos”, conforme relata a portaria 6, artigo 2, inciso 2, e como instrumento de “(...), sempre que o aluno apresentar dificuldades no processo de aprendizagem (...)”, de acordo com o artigo 6 da portaria 8. Sendo assim, a recuperação deve ter um caráter de apoio ao aluno, e não um instrumento de castigo e exclusão. Tais analises das portarias 6 e 8, ocorreram baseando-se em informações dadas pela própria SEE ( anexos entrevistas e e questionários), pela a orientação fornecida em final de 2002 pela assessoria da coordenação da Metro-v e pelas leituras sobre o processo avaliativo (seus meios e objetivos). 31 CAPÍTULO 4 ESTUDO DE CASOS SOBRE A DESINFORMAÇÃO DA SUPERVISÃO DA METRO-V, SOBRE AS PORTARIAS 6 E 8 32 4. A SUPERVISÃO DA METRO-V E SEU PARECER SOBRE AS PORTARIAS 6 E 8: Ao proceder as leituras dos questionários e das entrevistas, a algumas supervisoras da Metro-V, percebe-se que os pareceres e portarias vindos da SEE, lhes chegam de forma muito vaga. As mesmas procuraram transparecer conhecimento sobre as portarias 6 e 8 em estudo, entretanto diante do solicitação de informações precisas, ambas tornaram-se reticentes, e disseram que cada escola, pode decidir que caminhos tomar no processo avaliativo, desde que firme tal procedimento no projeto político da escola. Colocaram grande ênfase, apenas a portaria 8, dizendo que está é mais recente e está em vigor,como se a portaria 6 não tivesse também em vigor. Quando questionados sobre as formas de proceder a recuperação paralela, deixaram mais uma vez a critério da escola. Mas que não pode deixar de ser cumprida, pois o atual Secretário de Educação faz questão. Uma grande preocupação que se percebe nestas supervisoras, não é o fato de estar orientando as O . P s., como deveriam, para que as mesmas orientem seus professores, em suas unidades escolares, mas sim, de seguir as ordens da SEE (mesma quando estas não lhes são muito claras), pois seus cargos são de confiança. O objetivo de apoio pedagógico, se perde num emaranhado de burocracias, e de cumprimento de normas para agradar a alguém, que em nenhum momento lhes passa a possibilidade de perguntar a quem de direito na SEE, os porquês das leis. 33 CAPÍTULO 5 QUATRO SITUAÇÕES ENCONTRADAS DO DESCONHECIMENTO DAS PORTARIAS 6 E 8 EM RELAÇÃO AS AVALIAÇÕES, EM ESCOLAS DA ÁREA DA METRO-V 34 5. AS PRÁTICAS DAS ORIENTADORAS PEDAGÓGICAS DE QUATRO ESCOLAS NA ÁREA DA METRO-V: Ao conversar com a orientação do Colégio Estadual Alexander Grahan Bell, ouviu-se que a escola diz estar ciente das portarias 6 e 8. Contudo, suas práticas deixa-na longe do objetivos das portarias, de avaliar qualitativamente o aluno. Os professores fazem uma série de avaliações com o objetivo de somá-las. Contudo, se no final do bimestre o aluno ficar com menos de 50 pontos, ele vai para uma recuperação “paralela”, onde a pontuação obtida pelo aluno é anulada, e substitui-se a nota anterior pela tirada na recuperação. Veja um exemplo do que foi dito acima: - Marina fez prova, teste e trabalho de pesquisa, somando todas as notas obtidas ele ficou com 40. Sendo assim ela vai para uma prova de recuperação que vale de zero a cem, caso Marina tire 50 nesta prova, sua nota no boletim será 50. Porém se for inferior a anterior, prevalecerá a que é maior. Tal procedimento achata os conhecimentos do aluno a apenas uma avaliação. Pois ao invés de se dar uma avaliação de recuperação em cima da atividade que o aluno dominou menos os conteúdos, simplesmente se prende aos valores aritméticos. O procedimento mais correto seria analisar o desenvolvimento obtido pelo aluno a cada avaliação. - Veja o mesmo caso da Marina, e pressupondo que os valores de suas avaliações fossem os seguintes; 50 prova, e ela obteve 25; 30 teste, e ela obteve 05, 20 o trabalho, e ela obteve 10. Neste caso Marina atingiu 50 % 35 do aproveitamento da prova e 50% do aproveitamento do trabalho. Onde Marina não dominou bem os conteúdos foi no teste, o que deveria levar o professor a aplicar uma nova avaliação de valor equivalente, 30 pontos, e a partir do obtido nesta nova avaliação, somar os pontos aos demais já conseguidos. - Neste caso se Marina obtiver uns 20 pontos, neste novo teste, ela ficará com 55. Contudo, com uma tensão bem menor do que fazer uma avaliação com peso de “ou tudo ou nada”. Procedimentos iguais foram encontrados no Ciep. 228, Darcy Vargas e no Colégio Estadual Pedro Jacintho Teixeira. A estas três Unidades Escolares soma-se a prática de transformarem a pontuação obtida pelo aluno no final do ano em médias aritméticas, que se por um acaso forem inferiores a 50, leva os alunos a uma recuperação final, onde a nota ( ou média) obtida pelo aluno é desconsiderada, e prevalece o que se obtiver na recuperação final. Na Escola Estadual Profª Sarah Faria Braz, encontrou-se a prática das portarias na plenitude do que foi orientado pela coordenação em 2002 e pelas portarias. Tal situação das outras escola encontrarem-se em descompasso, deve-se em parte, segundo as O . P s., a resistência que os professores tem em acatar o novo, ou por pura falta de compreensão sobre os objetivos, e como proceder de acordo com a portaria. Aliado a isto tudo, percebemos que a equipe que assumiu na Metro-V, após o período de 2002, não dominava informações sobre as portarias e nem se preocuparam em ir além dos “achismos”, conforme observa-se nos capítulos anteriores , e sempre que consultadas passavam deformações sobre as portarias. A orientação pedagógica da Escola Estadual Profª Sarah Faria Braz, quando tomou conhecimento em 2002, conhecimento das portarias, 36 procurou por conta própria informar-se mais sobre as mesmas, a fim de adotar em sua unidade escolar uma prática avaliativa mais justa e inclusiva. É necessário que além das leis, existam nos educadores uma preocupação em se renovar constantemente e buscar o melhor, para desenvolver o processo ensino-aprendizagem. Se nivelar tudo a simples notas, como será que andam as nossas, como educadores? 37 CONCLUSÃO Como observação final, deve-se acentuar que a avaliação é um processo sistemático, contínuo e que busca indicar qualidades, através de meios de comparação dos resultados. Durante muito tempo a figura do supervisor ficou maculada, devido a associação de sua função, aos tempos ditatoriais do país. Entretanto, nos dias atuais percebe-se a importância do supervisor, como orientador e divulgador de praticas pedagógicas humanitárias e “antenadas” com a velocidade das informações pelo mundo. É necessário que boas idéias não fiquem apenas no papel, como decretos e portarias sem valor ou que “não colaram”. Deve-se levar tais leis ao debate escolar e a comunidade, observar seus objetivos e colocá-los em prática. Ignorar o novo, significa estagnar. As Portaria 6 e 8, são bons instrumentos de renovação no processo avaliativo, e que por isso mesmo devem ser utilizadas, e não deixadas de lado, como mais uma lei par anão ser adotada, e enquanto isso, a escola permanece mergulhada na “mesmice” das práticas atrasadas e enfadonhas aos alunos. Práticas que não atendem mais as necessidade, que não privilegiam as potencialidade do aluno e nem suas múltiplas inteligências. Processos avaliativos que enfatizem mais o quantitativo, do que o qualitativo, e que teimam em nivelar todos ao alunos como se fossem todos os seres humanos iguais. 38 ANEXOS INDICE DOS ANEXOS ANEXO 1 – ENTREVISTA NA SEE 39 ANEXO 2 – ENTREVISTAS A SUPERVISORAS DA METRO-V 41 ANEXO 3 – ENTREVISTAS A ORIENTADORA PEDAGÓGICAS DE U. Es. DA ÁREA DA METRO-V 43 ANEXO 4 – QUESTIONARIOS PREENCHIDOREVISTADOS 45 ANEXO 5 - PORTARIA 6, DA SEE 46 ANEXO 6 – PORTARIA 8, DA SEE 47 39 ANEXO 1 ENTREVISTA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO – JUNHO/2004. _________________________________, é pedagoga, trabalha no setor de ___________________, responsável pelas informações sobre decretos e portarias de caráter pedagógico. Atua no meio educacional desde _____________ . Na busca de esclarecer os principais objetivos das portarias 6 e 8, concedeu as seguintes informações: Entrevistadora: A pesquisa busca obter informações sobre o processo avaliativo, contido nas portarias 6 e 8 do Estado. Para tal, além de algumas perguntas desta entrevista, passarei as suas mãos um pequeno questionário a ser respondido, com alguns pontos básicos a serem elucidados. Sendo assim, o que a Sra.pode esclarecer sobre as portarias 6 e 8? Entrevistada:_____________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Entrevistadora: Como o Estado acompanha o desenvolvimento das práticas pedagógicas propostas, nas diversas áreas regionais? Entrevistada:_____________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Entrevistadora: Qual a principal preocupação com a avaliação do Estado? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Quem é o responsável na SEE pelo repasse de informações as Coordenadorias Regionais? 40 Entrevistada:___________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 41 ANEXO 2 ENTREVISTAS COORDENADORIA REGIONAL DA REGIÃO METROPOLITANA-V – JUN/ 2004 ___________________________________ , é Supervisora da Metro-V. Atua no meio educacional desde ________________. Explanou seus conhecimentos sobre as portarias 6 e 8, e através de que os obteve. Entrevistadora: Você se sente segura sobre seus conhecimentos sobre as portarias 6 e 8 ? Como tomou ciência deles? Entrevistada:_____________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Entrevistadora: Como você procura orientar as Unidades Escolares da sua área de atuação, sobre avaliação, recuperação e lançamento de notas na ficha do aluno? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Você tomou conhecimento que no final de 2002, a CRRM-V, em reunião para as Orientadoras Pedagógicas decidiu adotar o critério nota, ao invés de conceito? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: A portaria 6, ainda está em vigor? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 42 ENTREVISTAS COORDENADORIA REGIONAL DA REGIÃO METROPOLITANA-V – JUN/ 2004 ___________________________________ , é Supervisora da Metro-V. Atua no meio educacional desde ________________. Explanou seus conhecimentos sobre as portarias 6 e 8, e através de que os obteve. Entrevistadora: Você se sente segura sobre seus conhecimentos sobre as portarias 6 e 8 ? Como tomou ciência deles? Entrevistada:_____________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Entrevistadora: Como você procura orientar as Unidades Escolares da sua área de atuação, sobre avaliação, recuperação e lançamento de notas na ficha do aluno? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Você tomou conhecimento que no final de 2002, a CRRM-V, em reunião para as Orientadoras Pedagógicas decidiu adotar o critério nota, ao invés de conceito? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: A portaria 6, ainda está em vigor? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 43 ANEXO 3 ENTREVISTAS Colégio Estadual Alexander Grahan Bell _________________________________, é orientadora pedagógica desta Unidade Escolar, desde ________________. Na busca de esclarecer os principais objetivos das portarias 6 e 8, concedeu as seguintes informações: Entrevistadora: Em sua escola como é obtida a nota bimestral do aluno? Entrevistada:_____________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Entrevistadora: Como se dá a recuperação paralela? E a recuperação final? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Como se dá a recuperação paralela? E a recuperação final? Entrevistada:____________________________________________________ _______________________________________________________________ Entrevistadora: Sua escola faz médias ao final do ano ou somatório? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: você conhece as portarias 6 e 8? Como teve conhecimento e orientações sobre elas? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 44 ENTREVISTAS Colégio Estadual Pedro Jacintho Teixeira _________________________________, é orientadora pedagógica desta Unidade Escolar, desde ________________. Na busca de esclarecer os principais objetivos das portarias 6 e 8, concedeu as seguintes informações: Entrevistadora: Em sua escola como é obtida a nota bimestral do aluno? Entrevistada:_____________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Entrevistadora: Como se dá a recuperação paralela? E a recuperação final? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Como se dá a recuperação paralela? E a recuperação final? Entrevistada:____________________________________________________ _______________________________________________________________ Entrevistadora: Sua escola faz médias ao final do ano ou somatório? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: você conhece as portarias 6 e 8? Como teve conhecimento e orientações sobre elas? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 45 ENTREVISTAS Ciep 228 – Darcy Vargas _________________________________, é orientadora pedagógica desta Unidade Escolar, desde ________________. Na busca de esclarecer os principais objetivos das portarias 6 e 8, concedeu as seguintes informações: Entrevistadora: Em sua escola como é obtida a nota bimestral do aluno? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Como se dá a recuperação paralela? E a recuperação final? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Como se dá a recuperação paralela? E a recuperação final? Entrevistada:____________________________________________________ _______________________________________________________________ Entrevistadora: Sua escola faz médias ao final do ano ou somatório? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: você conhece as portarias 6 e 8? Como teve conhecimento e orientações sobre elas? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 46 ENTREVISTAS Escola Estadual Profª Sarah Faria Braz _________________________________, é orientadora pedagógica desta Unidade Escolar, desde ________________. Na busca de esclarecer os principais objetivos das portarias 6 e 8, concedeu as seguintes informações: Entrevistadora: Em sua escola como é obtida a nota bimestral do aluno? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Como se dá a recuperação paralela? E a recuperação final? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: Como se dá a recuperação paralela? E a recuperação final? Entrevistada:____________________________________________________ _______________________________________________________________ Entrevistadora: Sua escola faz médias ao final do ano ou somatório? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Entrevistadora: você conhece as portarias 6 e 8? Como teve conhecimento e orientações sobre elas? Entrevistada:___________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 47 ANEXO 4 QUESTIONÁRIOS - PARA A SEE - PARA A SUPERVISÃO DA METRO-V - PARA AS ORIENTADORAS PEDAGÓGICAS DA METRO-V 48 QUESTIONÁRIO SEE 1 – Como surgiu a idéia da portaria 6 8? E quais os principais objetivos de ambas? 2 – Qual a proposta pedagógica da SEE, sobre o processo avaliativo? 3 – O Estado utiliza que instrumentos para orientar as coordenadorias regionais sobre suas portarias e decretos? 4- No momento, que instrumentos de aferição o Estado possui para verificar se o processo avaliativo nas coordenadorias, tem seguido as orientações das portarias 6 e 8? 49 QUESTIONÁRIO METRO-V A SUPERVISÃO 1 – Você recebeu alguma orientação da SEE, sobre as portarias 6 e 8, quando da implementação de ambas? 2 - O que você sabe sobre as portarias 6 e 8 e seus objetivos? 3 - Como você divulga os decretos e portarias as orientadoras pedagógicas da área da Metro-V? 4 - Como você descreve que deve se dar o preenchimento das notas na ficha dos alunos? 5 - A portaria 6, caiu em desuso com a portaria 8? 50 QUESTIONÁRIO METRO-V A SUPERVISÃO 1 – Você recebeu alguma orientação da SEE, sobre as portarias 6 e 8, quando da implementação de ambas? 2 - O que você sabe sobre as portarias 6 e 8 e seus objetivos? 3 - Como você divulga os decretos e portarias as orientadoras pedagógicas da área da Metro-V? 4- Como você descreve que deve se dar o preenchimento das notas na ficha dos alunos? 5- A portaria 6, caiu em desuso com a portaria 8? 51 QUESTIONÁRIO METRO-V AS ORIENTADORAS PEDAGÓGICAS 1 – O que você sabe das portarias 6 e 8, e como tomou conhecimento sobre as mesmas? 2 – Você consegue obter informações precisas nas reuniões a orientadoras pedagógicas, ou mesmo junto a Supervisora de área, na Metro-V? 3 – Como se processa as avaliações, recuperação paralela e final, em sua escola? 4 – Já ocorreu de você tomar conhecimento que escolas próximas a sua desenvolvem métodos avaliativos diferentes? 52 QUESTIONÁRIO METRO-V AS ORIENTADORAS PEDAGÓGICAS 1 – O que você sabe das portarias 6 e 8, e como tomou conhecimento sobre as mesmas? 2 – Você consegue obter informações precisas nas reuniões a orientadoras pedagógicas, ou mesmo junto a Supervisora de área, na Metro-V? 3 – Como se processa as avaliações, recuperação paralela e final, em sua escola? 4 – Já ocorreu de você tomar conhecimento que escolas próximas a sua desenvolvem métodos avaliativos diferentes? 53 QUESTIONÁRIO METRO-V AS ORIENTADORAS PEDAGÓGICAS 1 – O que você sabe das portarias 6 e 8, e como tomou conhecimento sobre as mesmas? 2– Você consegue obter informações precisas nas reuniões a orientadoras pedagógicas, ou mesmo junto a Supervisora de área, na Metro-V? 3– Como se processa as avaliações, recuperação paralela e final, em sua escola? 4 – Já ocorreu de você tomar conhecimento que escolas próximas a sua desenvolvem métodos avaliativos diferentes? 54 QUESTIONÁRIO METRO-V AS ORIENTADORAS PEDAGÓGICAS 1 – O que você sabe das portarias 6 e 8, e como tomou conhecimento sobre as mesmas? 2 – Você consegue obter informações precisas nas reuniões a orientadoras pedagógicas, ou mesmo junto a Supervisora de área, na Metro-V? 3 – Como se processa as avaliações, recuperação paralela e final, em sua escola? 4 – Já ocorreu de você tomar conhecimento que escolas próximas a sua desenvolvem métodos avaliativos diferentes? 55 ANEXO 5 PORTARIA 6 56 ANEXO 6 PORTARIA 8 57 BIBLIOGRAFIA AGUIAR, Márcia Ângela da Silva (org.) – Para onde vão a Orientação e a Supervisão Educacional?, 2ª Edição. São Paulo: Editora Papirus, 2003 ALVES, Nilda (coord.) – Educação e Supervisão: trabalho coletivo na escola. 10ª Edição. São Paulo: Cortez Editora, 2003 BLOOM, Benjamim e outros.Manual de avaliação formativa e somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Ed. Pioneira, 1983. HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. 7ª ed.; Série Educação. São Paulo: Ed. Ática, 2003. LAROSA, Marco Antonio e ARDUINI, Fernando. Como produzir uma monografia passo a passo, siga o mapa da mina. Rio de Janeiro: WAK editora, 2003. LUCK, Heloisa. Ação integradora, administração, supervisão, o trabalho coletivo na escola. 10ª ed. São Paulo: Cortez, 2003 LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. 13ª ed.. São Paulo: Cortez, 2002. 58 PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico, como construir o projeto político pedagógico da escola. 3ª ed.; Guia da Escola Cidadã – Instituto Paulo Freire, nº 07; São Paulo: Cortez, 1998 PERRENOUD, Philippe e outros. As competências para ensinar no século XXI, a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. POPHAN, W. James. Avaliação educacional. Rio de Janeiro; Ed. Globo, 1983. PORTARIAS de nº.06 e nº 08, da Secretaria Estadual de Educação. RANGEL, Mary (org.) e outros. Nove olhares sobre a supervisão. Coleção Magistério, formação e trabalho pedagógico. 9ª ed.São Paulo: Papirus, 2003. __________________________ . Supervisão Pedagógica, princípios e práticas. 2ª ed.São Paulo: Papirus SANT’ANNA, Ilza M. Por que avaliar? Como avaliar? Petrópolis: Vozes, 1995. SIPAVICIUS, Numpha Aparecida A . O professor e o rendimento escolar de seus alunos. São Paulo: Ed. EPU, 1987. TURRA, Clodia Maria Godoy. Planejamento de ensino e avaliação. São Paulo: Editora Sagra Luzzatto, 2003. ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica, desafios e perspectivas. 14ª ed.;Instituto Paulo Freire – Guia da Escola Cidadã 2. São Paulo: Cortez: , 2002. ZABALA, Antoni. A prática educativa, como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. 59 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 9 CAPÍTULO I Avaliação da aprendizagem do aluno 10 1 – O que se entende por avaliação 11 1.1 – Quais as concepções de avaliação existem na escola 1.2 – Medida e avaliação 1.2.1 – Medida 1.2.2 – Avaliação 1.3 – Avaliação dialógica: um ato de amor 13 16 16 17 17 1.4 – Da avaliação do docente à avaliação dos estabelecimentos escolares CAPÍTULO II 19 60 O PAPEL DO SUPERVISOR 22 2 – Como deve apresentar-se o supervisor em sua prática 23 CAPÍTULO III ANALISE DAS PORTARIAS 6 E 8, E OS OBJETIVOS DA SEE 26 3 – Analise das portarias 6 e 8 27 CAPÍTULO IV ESTUDO DE CASOS SOBRE A DESINFORMAÇÃO DA METRO-V, SOBRE AS PORTARIAS 6 E 8 31 4 – A supervisão da metro-V e seu parecer sobre as portarias 6 e 8 32 CAPÍTULO V QUATRO SITUAÇÕES ENCONTRADAS DO DESCONHECIMENTO DAS PORTARIAS 6 E 8 EM RELAÇÃO AS AVALIAÇÕES, EM ESCOLA DA ÁREA DA METRO-V 33 5– As práticas das orientadoras pedagógicas de quatro escolas na área da Metro-V 34 CONCLUSÃO 37 61 ANEXOS 38 BIBLIOGRAFIA 57 ÍNDICE 59 62 FOLHA DE AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES “A AVALIAÇÃO NO ESTADO: O DESCONHECIMENTO DAS PORTARIAS 6 E 8” Por: Cecília C. França Entregue em: _______/_______/ 2004. Avaliado por: _____________________________Conceito: ____________ Conceito final: __________________________