213 ACTA Nº 3/07 SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALVAIÁZERE, REALIZADA EM 27.04.07 ---Aos vinte e sete dias do mês de Abril do ano de dois mil e sete, nesta vila de Alvaiázere, edifício dos Paços do Município, pelas dezoito horas e vinte minutos, se reuniu ordinariamente a Assembleia Municipal, tendo comparecido os Senhores: Dr. Álvaro Clemente Pinto Simões, Presidente, Eduardo Marques, 1º Secretário, Dr. João Paulo Carvalho Guerreiro, 2º Secretário, Dr. Vítor José Silva Serpa e Oliveira, António Simões Ribeiro, Acácio Alves Peralta, José Cirilo Brás, António Miranda de Carvalho, Fernando Gomes Rodrigues, Vítor Manuel Rodrigues Simões de Sousa, Drª Rita Isabel da Graça Gabriel, Dr. Luís Manuel Simões Rodrigues e os Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia de Almoster, Alvaiázere, Maçãs de Caminho, Maçãs de D. Maria, Pelmá, Pussos e Rego da Murta. Faltaram os Senhores: Dr. Arlindo Gomes Carvalho, José Ferreira Mendes, Profª Maria de Lurdes Marques Saraiva Simões. Os membros que faltaram apresentaram justificações, as quais foram aceites pela Mesa e assim as suas faltas justificadas.------------------------------------------------------------ Declarada aberta a sessão, pelo Senhor Presidente da Mesa, foi feita a leitura das actas das sessões de Dezembro, Janeiro e Fevereiro, as quais foram postas à votação, tendo sido, a de Dezembro aprovada por maioria, com uma abstenção do Dr. Luís Manuel Simões Rodrigues, por não ter estado presente, a de Janeiro também foi aprovada por maioria com duas abstenções, do Dr. Luís Manuel Simões Rodrigues e do Senhor António Miranda de Carvalho, por 214 também não terem estado presentes. A Senhora Drª Teodora Cardo interviu para rectificar o conteúdo da sua intervenção, relativa à aprovação da Carta Educativa, pois onde se lê “… No caso do previsto encerramento da EB1 de Barqueiro concorda, pois é uma escola que acolhe alunos de quatro freguesias, e mesmo assim em número reduzido, o que provoca problemas de aprendizagem e de desenvolvimento nos alunos…”, dever-se-á ler “No caso do previsto encerramento da EB1 de Barqueiro concorda, pois é uma escola que acolhe alunos de quatro freguesias, e mesmo assim em número reduzido, sendo administrados os quatro anos em simultâneo o que dificulta o processo ensino/aprendizagem principalmente quando existem alunos com grandes dificuldades de aprendizagem.” Esta rectificação foi aprovada por unanimidade pelos membros da Assembleia. A acta de Fevereiro também foi aprovada por maioria com duas abstenções do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Maçãs de D. Maria e da Drª Rita Isabel da Graça Gabriel, por também não terem estado presentes.----------------------------------------------------------------------Aberta a sessão pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa, iniciou-se o PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA, tendo-se inscrito o Senhor José Marques Grácio o qual perguntou qual o ponto da situação do saneamento da Amieira.-----O Senhor Presidente da Câmara Municipal explicou que a obra já foi adjudicada, só não estando ainda iniciada devido a problemas técnicos da firma adjudicatária. No entanto, a mesma prometeu que iniciaria as obras dentro em breve.-------------------------------------------------------------------------------------------De seguida, o Senhor Dr. Luís Rodrigues tomou a palavra e colocou uma questão relativamente às notícias vindas a público sobre construção ilegal na Rua Colégio Vera Cruz.-----------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente da Câmara Municipal respondeu que o Tribunal Administrativo de Leiria notificou a Câmara Municipal para proceder à demolição dos últimos pisos de alguns lotes da referida Rua Colégio Vera Cruz porque existia uma inconsistência legal. Esta inconsistência deve-se a que o 215 PDM entrou em vigor em 06.11.1997 e quatro dias depois houve uma deliberação da Câmara Municipal a alterar o alvará de loteamento em que se acrescentava mais um piso. Esta deliberação teve por base um parecer favorável da CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro. Já foi enviada esta explicação ao Tribunal Administrativo de Leiria e está-se a preparar uma alteração ao artigo 31 do PDM, o qual permite manter o número de pisos existente nas construções. Espera-se que assim o problema fique sanado.-----------------------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente da Câmara Municipal falou da reestruturação da rede de urgências, dando conta das últimas diligências tomadas. Informou que, recentemente, participou numa reunião efectuada no Município de Castanheira de Pêra com os cinco Municípios do Norte do Distrito de Leiria, em que ficou decidido solicitar uma reunião ao Senhor Ministro da Saúde. Nessa reunião, pretendia-se, um serviço de urgência básica no hospital do Avelar, o que foi negado. Conseguiu-se, apenas, que a hipótese da Sertã fosse, pelo menos para já, colocada de lado, existindo a hipótese de Pombal ou Coimbra.--------------------Ainda sobre este assunto, o Senhor Presidente da Câmara Municipal informou que a Associação Nacional de Municípios Portuguesas – ANMP convocou uma reunião com todos os municípios, na qual reiterou a sua posição de que não deveriam ser efectuados acordos particulares.-------------------------------------------Mediante isto, decidiu-se lançar um desafio ao Hospital do Avelar: ser o próprio a solicitar ao Ministério da Saúde autorização para funcionar como Serviço de Urgência Básica. Este ainda não respondeu, pelo que desconhecemos qual a sua posição.--------------------------------------------------------O Senhor Presidente da Câmara mencionou uma notícia que surgiu nos meios de comunicação social, onde era referido que o Tribunal de Alvaiázere iria ser extinguido, bem como os de Penela e Ferreira do Zêzere. Relativamente a esta, informou que, foi assegurado pelo Senhor Governador Civil do Distrito 216 de Leiria que não passavam de boatos, pois o que foi noticiado era resultado de um estudo efectuado pela Universidade de Coimbra.-----------------------------------Relativamente a este assunto, o Senhor Presidente da Mesa mencionou que quando o Palácio da Justiça foi construído o Senhor Ministro da tutela, da altura, referiu ser bom dotar o Concelho de infraestruturas com boas condições, pois assim, ninguém teria coragem de, futuramente, as retirar.-----------------------Não tendo havido mais inscrições, passaram a tratar-se os assuntos constantes da ORDEM DO DIA:-------------------------------------------------------------PONTO 1 – Análise da correspondência: - Foi dado conhecimento da correspondência recebida, nomeadamente da Associação Nacional de Municípios Portugueses e das actas da Câmara Municipal.-----------------------------De seguida, passou-se ao PONTO 2 – Informação escrita do Presidente da Câmara sobre a actividade do Município, bem como da situação financeira, para cumprimentos do disposto na alínea e) do nº 1) do artº 53º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro: O Senhor Presidente da Câmara Municipal fez uma breve explicação da mesma, referindo-se, nomeadamente, à FAFIPA/07 e ao estado de execução das obras em curso.-------Ninguém se inscreveu, pelo que se passou ao PONTO 3 – Prestação de Contas: O Senhor Presidente da Câmara Municipal resumiu os documentos, referindo que o Orçamento para 2007 está condicionado por agravamento de encargos, por alterações nas transferências da administração central para as autarquias e ao facto de se estar a encerrar o III Quadro Comunitário. Referiuse também ao investimento que se está a efectuar na aquisição de terrenos, o qual poderá levantar comentários, mas, na sua opinião é importante estar preparado para projectos futuros.----------------------------------------------------------O Senhor Presidente da Mesa referiu que a aproximação das despesas correntes às despesas de capital o preocupa.--------------------------------------------O Senhor Presidente da Câmara Municipal explicou que a observação que o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia faz de que houve um agravamento 217 das despesas correntes face às despesas de capital resulta de uma análise superficial pelo que carece de uma observação mais profunda e atenta à situação.----------------------------------------------------------------------------------------Efectivamente, o que se passou em 2006 foi uma considerável redução quer das receitas quer das despesas de capital. Tal ficou a dever-se ao facto de estarmos no período final do 3º Quadro Comunitário de Apoio, sem a possibilidade de apresentar novas candidaturas a financiamentos comunitários no âmbito do FEDER uma vez que as verbas disponíveis para projectos do Município de Alvaiázere haviam sido todas candidatadas até 2005, pelo que o “plafond” disponível para candidaturas de Alvaiázere se encontrava completamente esgotado em 2006. A esse nível dou os parabéns ao Executivo anterior que conseguiu candidatar o máximo de valor que lhe era possível esgotando as verbas disponíveis no 3º Quadro Comunitário de Apoio. Nesse sentido, no ano de 2006, ao Município de Alvaiázere não restou outra alternativa que não fosse a de cumprir com os projectos e as candidaturas que vinham de anos anteriores e não teve qualquer possibilidade de apresentar novas candidaturas a projectos.------------------------------------------------------------Perante este facto, é óbvio que as despesas de capital iam sendo cada vez menores à medida que os projectos em curso se vão desenvolvendo e finalizando, também as receitas de capital que lhe estão subjacentes oriundas de financiamento comunitário vão diminuindo também. Tal como pode ser observado nos quadro das páginas 12 e 21 do Relatório de Gestão, as transferências correntes do Estado para a Autarquia diminuíram 2,10% (passaram de 2.812.244,01€ em 2005 para 2.753.088,63€ em 2006) ao passo que as transferências de capital para o Município de Alvaiázere, também entre 2005 e 2006 reduziram-se 31,97%, (passaram de 3.620.269,00€ para 2.462.986,96€), pelos motivos que já aqui foram explicados.----------------------- 218 ---Ora, mesmo mantendo-se constantes as despesas correntes, é óbvio que o rácio das despesas correntes relativamente às despesas de capital se agrava consideravelmente, por via da redução das despesas de capital.----------------------Ainda assim, chamo à atenção que, tal como vem expresso na página 18 do Relatório de Gestão de 2006, este Executivo não se limitou a cumprir o equilíbrio orçamental, como gerou ainda um resultado corrente positivo de 607.351.66€, ou seja, não só não gastou qualquer valor da receita de capital em despesas correntes, tendo mesmo feito ao contrário, ou seja, utilizou 607.351,66€ que eram receitas correntes em investimentos de capital. Como os Senhores Deputados devem imaginar, o ano de 2007 deverá ainda ver mais agravada a situação que o Senhor Presidente da Mesa apresentou, porquanto a execução dos projectos do último QCA está a terminar, mas sendo certo também que o novo quadro comunitário de apoio – QREN 2007-2013, só permitirá candidaturas a projectos, na melhor das hipóteses, a partir de meados do 2º semestre deste ano de 2007, pelo que as receitas de capital geradas pela entrada de financiamentos comunitários nunca aparecerão antes de 2008.---------Por último, não quero deixar de referir uma nota importante e que se prende com o esforço que este Executivo fez em reduzir os níveis de endividamento de 2005 para 2006, e enquanto muitos outros Municípios se vêm actualmente a braços com elevados níveis de endividamento, ultrapassando mesmo os limites legais, o Município de Alvaiázere, no final de 2006 atingiu apenas 18% da sua capacidade total de endividamento, ficando assim com uma larga margem para se endividar em anos futuros por forma a fazer face a eventuais investimentos apoiados por fundos comunitários ou outros.---------------------------------------------De igual modo, tal como resulta da leitura do quadro da pág. 21, também os passivos financeiros da receita diminuíram em 2006.-----------------------------------De seguida tomou a palavra a Senhora Drª Teodora que se congratulou pelos documentos apresentados, referindo que tem existido um esforço na 219 reestruturação dos serviços e que a compra de terrenos é fundamental, porque só assim se podem executar grandes projectos.-----------------------------------------Não tendo havido mais inscritos, foi este ponto colocado a votação tendo sido aprovado por unanimidade.------------------------------------------------------------E nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente da Mesa declarou encerrada a reunião, pelas dezanove horas e 20 minutos, da qual, para constar, se lavrou a presente acta, que eu 1º Secretário redigi e também assino. ---------------------------------------------------------------------------