PPI – PROJETO PEDAGÓGICO
INSTITUCIONAL
FAD – Faculdade Diadema
Diadema / 2007
2
ÍNDICE
Apresentação
1. Perfil Institucional
1.1.
Breve histórico da FAD – Faculdade Diadema
1.2.
Missão
1.3.
Visão
1.4.
Finalidades
2.
Princípios norteadores do PPI
2.1.
Projeto: mais que uma idéia, um conceito
2.2.
A busca da coerência entre ensino-aprendizagem e avaliação
2.3.
A Filosofia de Ensino da FAD
2.4.
As diretrizes para o Planejamento Acadêmico
2.5.
O foco na qualidade do ensino e na formação integral do ser humano
2.6.
A busca permanente de aproximação com o mercado
3.
A necessidade de atualização permanente do PPI
3.1.
Atualização e inovação: da Missão à Visão
3.2.
Modalidade e Sistema Diagramático – YAG
3.3.
Técnicas de estudo
4. Considerações finais
3
Apresentação
A elaboração do presente documento pautou-se por uma
questão central, a saber, qual é, ou quais são os papéis de um PPI
– Projeto Pedagógico Institucional para uma Instituição de
Ensino Superior? Pode-se, a grosso modo, responder essa questão
afirmando que o Projeto Pedagógico Institucional da FAD – Faculdade
Diadema é um instrumento de suma importância, uma vez que, ao
estabelecer elementos comuns a todos os cursos que ministra, exerce
um papel central, pois confere unidade, organicidade e uma visão
sistêmica da IES.
Por outro lado, conforme será exposto adiante, o PPI cumpre
também um papel de fazer a crítica ao presente e, nesse sentido,
acaba por trazer uma certa instabilidade ao presente para levar a
Instituição à superação da crise, da instabilidade gerada e, com isso,
fazer com que a IES consiga galgar mais um degrau na busca da
qualidade do ensino, na transição da Missão para a Visão institucional.
Sendo assim apresentado, atribui-se para o Projeto Pedagógico
Institucional, ao lado do PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional,
sua verdadeira importância. Sob esse prisma, um bom PPI é condição
sine qua non para o sucesso de uma Instituição.
4
1. Perfil Institucional
A FAD – Faculdade Diadema está situada na Avenida Alda, 831,
no bairro Parque Sete de Setembro, bem próximo ao centro de
Diadema, na Região Metropolitana da Grande São Paulo. Assim sendo,
a A Faculdade Diadema tem como microrregião de atuação, os
municípios de Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo
André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, além dos bairros
Jabaquara, Cidade Ademar, Jardim Luso, Vila Guarani e adjacências.
Esses bairros contam com aproximadamente 1.200.000 habitantes,
que somados à população das referidas cidades, alcança um público
alvo de 2.806.690, conforme tabela abaixo.
Regiões Administrativas, Regiões
de Governo e Municípios
Homens
Mulheres
Total
17.770.437
18.506.195
36.276.632
8.464.796
9.052.434
17.517.230
172.104
178.010
350.114
Ribeirão Pires
50.458
51.549
102.007
Rio Grande da Serra
17.727
17.802
35.529
Santo André
311.769
332.366
644.135
São Bernardo do Campo
333.468
350.290
683.758
66.346
75.167
141.513
951.872
654.818
1.606.690
ESTADO DE SÃO PAULO
Região Metropolitana de São Paulo
Diadema
São Caetano do Sul
Total das Sete Cidades
Bairros de São Paulo
1.200.000
Total
2.806.690
A FAD, que iniciou seu funcionamento no ano de 2000 e deu
início à prática da Avaliação Institucional desde 2001, conseguiu em
seus sete anos de existência, identificar seus pontos fortes e fracos,
suas fortalezas e fraquezas e permitiu a redefinição de seu perfil
institucional. Hoje a FAD foca todos os seus esforços no ensino e,
nesse
sentido,
entende
todas
as
demais
atividades
por
ela
desenvolvida como atividades meio para atingir o objetivo maior da
faculdade que é a qualidade no ensino.
5
1.1. Breve histórico da FAD – Faculdade Diadema
Com mais de 40 anos de experiência na área educacional no
Município de Diadema como docentes, os educadores. Prof. Romeu da
Costa Pereira e a Profa. Sônia de Sousa Barbosa Costa Pereira
fundaram em 1981 a primeira Escola de Natação da Cidade, a
Academia
-
Stagium
Center,
e
em
1991
criaram
o
Instituto
Educacional Stagium S/C Ltda com o objetivo de oferecer educação de
qualidade na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino
Médio, tendo contribuído significativamente com o ensino da Cidade.
Hoje, o Instituto Educacional Stagium, logra o êxito pelo
segundo ano consecutivo em obter o conceito máximo entre as escolas
da Cidade, nas avaliações de seus alunos do Ensino Médio, através do
ENEM.
Conta com toda a infra-estrutura-física para a inovadora
proposta pedagógica centrada na capacidade de aprendizagem do
aluno.
Embora o Município de Diadema figure entre os 30 maiores
contingentes populacionais do Estado de São Paulo, não era oferecido
em Diadema, até o ano de 2000, nenhum curso de Ensino Superior, e
um número significativo de alunos que aqui concluíam o Ensino Médio
eram obrigados a cursar o Ensino Superior em outros Municípios. Foi aí
que surgiu a DESE – DIADEMA ESCOLA SUPERIOR DE ENSINO,
Mantenedora
da
FAD
–
Faculdade
Diadema,
que
em
1996
encaminhou os primeiros projetos para o MEC visando a aprovação da
sua Faculdade no Município.
Assim sendo, em 1999, o primeiro Curso de Ensino Superior de
Diadema foi aprovado. Foi o Curso de Administração, que, a partir do
ano de 2000, iniciou seu funcionamento no prédio do Instituto
Educacional Stagium, sendo posteriormente, em 2002, transferido
para as novas e modernas instalações na Avenida Alda nº. 831, centro
de Diadema.
Com instalações privilegiadas, o novo campus
de área construída, abriga com total conforto aos discentes, docentes,
colaboradores e comunidade geral e conta com os seguintes cursos:
6
● Administração de Empresas
● Administração, com habilitação em Marketing
● Administração, com habilitação em Comércio Exterior
● Turismo
● Ciências Contábeis
● Educação Física
● Pedagogia
● Direito
● Letras
● Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de
Sistemas
● Curso Superior de Tecnologia em Marketing.
A missão da FAD em investir em um processo de ensino–
aprendizagem que
capacite os seus egressos a atenderem às
necessidades e expectativas do mercado de trabalho e da sociedade,
com
competência
para
formular,
sistematizar
e
socializar
conhecimentos em suas áreas de atuação vem se concretizando no
dia-a-dia. E para sua plena efetivação, a FAD, que tem seu foco no
ensino, promove uma integração de todas as demais atividades
(estágio, atividades complementares, iniciação à pesquisa etc.,) que
funcionam como meio para atingir a excelência no ensino, visando
assim
a
formação
de
verdadeiros
cidadãos,
com
espírito
empreendedor, postura ética e comprometidos com a transformação
social, cultural, política e econômica do Município e da região
metropolitana de São Paulo. Uma vez assumido tais compromissos, a
FAD objetiva ser locus de referência na região do ABCD, assumindo o
compromisso institucional de promover o desenvolvimento educacional
da região e participar da inserção dos egressos no mercado de
trabalho.
A FAD entende que, na interação dinâmica com a
sociedade, em geral, e com o mercado de trabalho, em particular,
define os seus campos de atuação acadêmica presentes e futuros.
Reconhecendo a crescente importância do conhecimento para a
formação de cidadãos e para o processo de desenvolvimento da
sociedade, a FAD tem buscado articular o ensino com a realidade
7
social, econômica, política e cultural local, buscando compreender
melhor e mais profundamente a realidade em que seu egresso irá
atuar e contribuir para sua transformação. Nesse sentido, a FAD tem
como
diretriz
uma
formação
que
combine
e
equilibre
o
desenvolvimento técnico e humanístico e que promova a visão
sistêmica do estudante.
Não obstante, o processo de formação do profissional deve
abranger uma série de compromissos com a realidade social enquanto
sujeito partícipe de sua construção qualitativa, ao mesmo tempo em
que assumirá o exercício profissional na direção da resolução dos
problemas locais e regionais.
Para realizar essa missão, a FAD também parte da necessidade
de que, enquanto agência promotora de educação superior deva ser
possuidora de uma política de Graduação rigorosa, sólida e articulada
organicamente a um projeto de sociedade e de educação.
Por fim, cabe destacar que com o objetivo de proporcionar aos
munícipes de Diadema e região mais oportunidades de aprendizagem,
a FAD criou, em 2007, o Centro de Pós-Graduação e Extensão, com a
mesma qualidade de ensino até então colocada à disposição da
população
e
com
tal
atitude
demonstra,
mais
uma
pioneirismo e sua postura de acreditar e valorizar Diadema.
vez,
seu
8
1.2. Missão
Proporcionar, em nível de excelência, uma formação integral do
ser humano. Formação esta que extrapole os aspectos técnicoprofissionais e que adentre ao campo da ética e da cidadania, da
responsabilidade individual e social, que prepare sujeitos pensantes,
com espírito empreendedor, capazes de atuarem de forma decisiva na
resolução de problemas, contribuindo para a promoção do crescimento
e do desenvolvimento regional.
1.3. Visão
Ser reconhecida como “A Jóia das Faculdades”, por suas
inovações e por sua excelência no ensino.
1.4. Finalidades
A Faculdade Diadema assume posição construtiva em uma
sociedade
democrática,
servindo
de
instrumento
propulsor
de
transformação social. Nesse sentido, tem como finalidade responder
aos anseios e às necessidades da comunidade onde se situa. A
Faculdade Diadema tem o compromisso de colocar o produto de suas
atividades
de
ensino,
aliadas
a
todas
as
demais
atividades
desenvolvidas, ao alcance e serviço da comunidade, para, com isso,
dela merecer respeito e reconhecimento.
9
2. Princípios norteadores do PPI
2.1. Projeto: mais que uma idéia, um conceito
Ao se analisar o sentido etimológico da palavra projeto, do latim,
projetare, chega-se à idéia de planejar o futuro a partir do presente. A
capacidade de planejar, de antever o futuro, de imaginar ou idealizar o
que ainda não aconteceu é exclusiva do ser humano. E ser detentor
desse privilégio faz com que o homem, cada vez mais, tente se
aprimorar e desenvolver essa capacidade. Assim sendo, o homem, por
um lado, desenvolveu o estudo da história para aprender com o
passado e para não repetir os erros do passado no presente e, por
outro, buscou desenvolver ferramentas que lhe permitam fazer uma
análise adequada do presente, do contexto e das tendências para
aumentar o êxito do planejamento, para que o planejamento consiga
se traduzir em realidade.
A idéia de projeto como ação planejada com vistas ao futuro ou de
ação consciente voltada para a criação de uma realidade futura, traz a
tona duas idéias: a) o desejo ou necessidade de se alterar o presente,
com vistas ao futuro, portanto planejar a ação presente, com vistas à
transformação da realidade futura; b) a direção para o futuro ou
lançar-se ao futuro, considerando-se a possibilidade real de vir a
existir de outra forma.
Ambas as idéias denotam um sentido de prospectiva, um sentido
de
não
aceitação
da
realidade
atual
como
imutável
e
do
estabelecimento de metas realizáveis num futuro próximo. Se assim se
considerar o Projeto Pedagógico Institucional, este se apresenta como
um instrumento que possibilita um avanço, que permite ações políticoeducacionais na direção de mudanças no interior da Instituição.
Mas, além disso, o PPI deve ser entendido como algo vivo e
dinâmico que, propondo mudanças, também muda. Para tanto, o
Projeto Pedagógico Institucional precisa ser vivenciado por todos os
atores responsáveis pelo processo de gestão e condução da IES. Visto
10
sob essa perspectiva, uma de suas finalidades é a de fornecer
elementos para as discussões, para as reuniões de Colegiado de Curso
e outras atividades a serem utilizadas na sistematização do projeto
pedagógico de cada curso. E assim sendo, não deve ser entendido
simplesmente como um documento escrito e acabado, mas como um
processo
sempre
reescrito
conforme
inconcluso,
devendo
forem ocorrendo
sempre
ser
reelaborado,
as mudanças, conforme
a
Instituição for assumindo nova projeção ou perspectiva, preconizadas
pelo próprio PPI.
Sob esse prisma o Projeto Pedagógico Institucional passa a ser
pensado como processo que vai se constituindo com o tempo, um
processo que vai se realizando na dinâmica da transformação, das
críticas em propostas e de propostas em ações e realizações.
Assim, se, por um lado, conforme foi proposto na apresentação do
presente documento, o PPI é o elemento que deve conferir unidade,
organicidade e visão sistêmica aos diferentes cursos que a FAD
ministra, por outro, como todo projeto, ele também exerce a função
de criar instabilidade no presente, de trazer elementos de crítica à
prática atual, para propor rupturas, mudanças para se atingir novos
patamares em que a Missão da Instituição seja melhor cumprida e
aproxime a IES de sua Visão.
11
2.2. A busca da coerência entre ensino-aprendizagem e
avaliação
Tendo em vista o perfil do aluno ingressante, definiu-se um
percurso que deve orientar o trabalho dos docentes em relação aos
discentes do primeiro ao último período letivo. No início do curso, a
aula deve estar centrada no professor e, gradativamente, o centro da
aula deve deslocar-se para os alunos. Por que isso? A FAD, ciente da
defasagem com que o aluno chega à Instituição, busca centrar a aula
no professor para que este chame para si a responsabilidade e
assegure bases sólidas através sim da transmissão de conhecimentos,
de
conteúdos
básicos
e
imprescindíveis
para
o
posterior
desenvolvimento do aluno no decorrer do curso. A aula é centrada no
professor e privilegia-se a avaliação individual em detrimento da
avaliação coletiva – trabalhos em grupo, seminários etc. – para que
cada aluno prossiga seu caminho com esforço e mérito próprios, sem
ser “carregado” pelos colegas em trabalhos e avaliações coletivas.
Com o decorrer do curso, gradativamente, o centro da aula vai se
deslocando para os alunos que, pouco a pouco, vão assumindo mais e
mais responsabilidades em relação ao sucesso da aula; mais e mais
vão participando do processo de construção do conhecimento, até o
ponto em que, sobretudo no último período do curso, o professor
desempenha mais um papel de orientador e/ou tutor e os alunos
tornam-se os grandes responsáveis pelo andamento das aulas.
Para que a avaliação do processo ensino-aprendizagem seja
coerente com essa metodologia adotada, gradativamente, no decorrer
do curso, o peso da avaliação pautada por atividades coletivas vai
aumentando, posto que, uma das competências que todos os cursos
buscam desenvolver e que deverá ser constatado no perfil do egresso,
independente do curso, é a de aprender a trabalhar em equipe. Assim
procedendo, a avaliação, como um elemento essencial do processo
ensino-aprendizagem, contribui para que o aluno, paulatinamente, vá
alcançando um grau de independência e autonomia em relação ao
12
professor que, ao final do curso, não é mais quem o ensina, mas é
aquele que o orienta na construção do conhecimento.
O quadro abaixo, para um curso que tem a duração de seis
semestres, busca exemplificar o descrito acima.
Formas de avaliação
Relação avaliação e recursos metodológicos
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1
2
3
4
Semestres
5
6
Prova Teórica
Pesquisa / Atividades práticas
13
2.3. A Filosofia de Ensino da FAD
De um texto1 escrito pela Direção Acadêmica da FAD – Faculdade
Diadema, em julho de 2003, e amplamente discutido por todo o
corpo docente e pelos Colegiados de Curso, pode-se extrair os
seguintes princípios:

Compreendemos a educação como um meio para a libertação
e elevação do ser humano e empenhamo-nos cotidianamente
para evitar teorias e práticas contrárias a esta orientação.

Queremos ser bem lembrados por nossos estudantes, por isso,
mais do que lhes propiciar conhecimentos, o corpo docente da FAD
─ e toda a equipe pedagógica que o apóia ─ busca dispor a si
mesmo, o seu compromisso, a sua integridade a serviço do
crescimento de todos eles e de cada um deles.

O nosso ponto de partida não é um aluno ideal, mas o real, em
função disso, fazemos questão de discutir com os alunos as
normas acadêmicas e os valores que regem o nosso trabalho.

Diferentemente do pesquisador que vê o conhecimento com
um fim em si mesmo, isto é, que pesquisa para fazer avançar o
conhecimento, abrindo novas fronteiras para o saber, na FAD,
nossos docentes concebem o conhecimento como um meio
para o crescimento dos estudantes enquanto pessoas, cidadãos e
profissionais, como um meio para o desenvolvimento de suas
competências.

Entendemos que a vida acadêmica, isto é, que tudo o que se
passa dentro de nossa instituição de ensino ocorre numa total
interdependência de todos para com todos e entendemos ainda
que a imagem de nossa instituição nada mais é do que o reflexo
de nossas atitudes cotidianas.

Tendo posturas adequadas e dando bons exemplos, com certeza,
muito estaremos fazendo pela formação de nossos alunos e
1
GARAGORRY, Gilmar G. S. Filosofia de Ensino FAD: princípios norteadores para o trabalho docente –
primeiras aproximações. (documento de circulação interna)
14
coerentemente estaremos em condição de cobrar atitudes e
posturas adequadas da parte deles.

Nossa Filosofia de Ensino, exposta de maneira bem simples,
resume-se à exemplaridade, pois entendemos que é somente
através dela que conseguiremos criar ou cultivar as posturas que
consideramos
formando.
essenciais
para
os
profissionais
que
estamos
15
2.4. As diretrizes para o Planejamento Acadêmico
Os educadores. Prof. Romeu da Costa Pereira e a Profa. Sônia
de Sousa Barbosa Costa Pereira, que estão à frente da DESE –
Diadema Escola Superior de Ensino, Mantenedora da FAD – Faculdade
Diadema, por sua longa experiência em educação, ao contratarem a
atual Direção Acadêmica deram-lhe uma incumbência e algumas
diretrizes básicas em relação ao mínimo a ser exigido e cumprido
pelos professores. A incumbência de manter e zelar pelo ambiente de
disciplina e respeito entre docentes e discentes, deixando claro aos
alunos que somente quisessem um diploma e, portanto, que não
estivessem alinhados com o perfil da FAD, deveriam ser aconselhados
ou a se alinhar ao perfil, ou a solicitar transferência para outra IES,
para
que
o
processo
ensino-aprendizagem
não
viesse
a
ser
prejudicado pela indisciplina.
Já as diretrizes mínimas aceitáveis para que o professor possa
atuar e compor o corpo docente da FAD, são: a) As aulas devem ser
bem preparadas; b) O horário deve ser cumprimento de forma
rigorosa; c) O docente não deve faltar, salvo por motivo justificado e,
se possível, se a falta já é prevista, programada com antecedência,
salvo um incidente de última hora, deve ser comunicada com
antecedência à Coordenação para que esta possa planejar uma
atividade ou inversão de horário para que os alunos não fiquem sem
aula; e) Todo docente deve ter uma postura adequada e adotar uma
boa política de relacionamento com os discentes; f) O planejamento
deve ser cumprimento com muito rigor.
Assim
sendo,
seguindo
a
incumbência
e
os
princípios
emanados da Mantenedora, a FAD sempre teve uma grande
preocupação com o Planejamento Acadêmico e o Colegiado de cada
curso costuma aproveitar as reuniões destinadas para esse fim para
discutir com profundidade todos os elementos que estão envolvidos
no processo de ensino-aprendizagem.
A Direção Acadêmica costuma reunir-se com os Coordenadores
de Curso antes das reuniões de planejamento e, conjuntamente,
16
costumam definir os aspectos principais que precisam ser discutidos
nas referidas reuniões. Dessas discussões foram surgindo princípios e
diretrizes que, ano a ano foram se somando às anteriores, até que se
chegou ao texto apresentado a seguir.
DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO ACADÊMICO
1
Projeto do curso
Todo professor deve
ter profundo conhecimento do projeto
2
Perfil do egresso
Como cada disciplina
contribuirá para a formação desejada
3
Perfil por período
Determinar competências mínimas a serem
atingidas
4
Objetivo geral
Relacionar o objetivo
geral do curso com o
objetivo da disciplina
5
Objetivos específicos
Como cada disciplina
pode contribuir para se
atingir os obj. específ.
6
Categorias de discipl.
Formação básica
Formação profissional
Form. complementar
7
Matriz curricular
O professor deve conhecer toda a matriz
curricular do curso
OBJETIVO
Otimizar o Planejamento Acadêmico
Aspectos principais
1 Projeto do curso
2 Perfil do egresso
3 Perfil por período
4 Objetivo geral
5 Objetivos específicos
6 Categorias de discipl.
7 Matriz curricular
8 Fluxograma disciplin.
9 Obj.Xcont.Xmetodol.
10 Interdisciplinaridade
11 Metas intermediárias
12 Avaliação
13 Revisão do planejam.
14 Comprometimento
Outros aspectos
1
2
3
4
8
Fluxograma disciplin.
A partir da classificação (6) definir o fluxograma (pré-requisitos)
9
Obj.Xcont.Xmetodol.
A partir dos objetivos
definir os conteúdos
e a(s) metodologia(s)
e não ao contrário
10
Interdisciplinaridade
Evitar a fragmentação
Evidenciar a sobreposição e a complementaridade das disciplinas
11
Metas intermediárias
Por: disciplinas, catego
rias de disciplinas e
período letivo
12
Avaliação
Dos objetivos, conteúdos alcançados/desenvolvidos
13
Revisão do planejam.
A partir da avaliação
revisar objetivos,conte
údos, metodologia,
avaliação, atividades
interdisciplinares etc.
14
Comprometimento
É vital o total comprometimento de todos
os docentes
17
1. Projeto do curso
É imperativo que cada professor, ao ingressar na FAD, tome
conhecimento do projeto do curso em que irá lecionar. Se o professor
já atua na instituição em determinado curso e irá lecionar noutro,
deverá tomar conhecimento do projeto do novo curso em que irá
ingressar. A mesma disciplina, em curso diferente, pode ter uma
função totalmente diversa. Isso irá depender da forma como a
disciplina é classificada dentro do curso. Por exemplo: a disciplina
Língua Inglesa, no Curso de Administração, pode ser classificada
como sendo de formação geral, humanística, entretanto, essa
mesma disciplina no Curso de Letras exerce um papel totalmente
diferente, posto tratar-se de uma disciplina de formação profissional.
2. Perfil do egresso
De todos os itens que compõem o projeto de um curso, um dos que
os professores e os alunos precisam ter muita clareza é o perfil do
egresso. Do contrário, como professores e alunos saberão se o
percurso está correto? Como saber se cada disciplina ministrada está
contribuindo de forma assertiva para que, ao final do curso, o aluno
saia com o perfil idealizado no projeto do curso?
3. Perfil por período
Tendo em vista que a análise proposta no item anterior é de um grau
muito elevado de dificuldade – verificar a forma pela qual uma
disciplina em meio a tantas outras (30, 40, 50 disciplinas) contribui
para que se alcance o perfil do egresso – uma boa estratégia é
segmentar o perfil em períodos. Em outras palavras, se não forem
tomados alguns cuidados, o docente conhece apenas o perfil do
ingressante e o perfil idealizado para o egresso. Mas entre um e
outro, há o trabalho de todos os professores, com todas as
disciplinas, então parece que o melhor é definir perfis intermediários
que possibilitem avaliações periódicas do trabalho que vem sendo
desenvolvido por todo o corpo docente, permitindo correções de rotas
sempre que se fizer necessário ao longo do processo educacional.
18
Esses perfis intermediários podem ser estabelecidos por períodos –
semestral ou anual – ou ainda por categorias de disciplinas, item que
será tratado adiante.
4. Objetivo geral
O mesmo que foi escrito sobre o perfil, vale também aqui para o
objetivo geral do curso. Se cada professor conhecer bem o objetivo
geral do curso, provavelmente ele terá menos dificuldade para
elaborar o objetivo da disciplina que leciona, posto que este objetivo
deve estar intimamente ligado com aquele outro maior.
5. Objetivos específicos
O comentário acima vale também aqui, porém, neste caso, faz-se
necessário um conhecimento adequado da categoria de disciplina que
cada professor leciona, posto que algumas somente contribuirão para
se atingir os objetivos gerais do curso, ao passo que outras estarão
diretamente
ligadas
com
os
objetivos
específicos.
Sem
tal
conhecimento, por melhor que seja a qualidade do professor, por
mais que ele tenha domínio da matéria que irá lecionar, ele poderá
deixar de atingir alguns dos objetivos específicos do curso.
6. Categorias de disciplinas
Dentro de um curso as disciplinas ocupam funções diferentes,
podendo ser classificadas em, pelo menos, três grupos: formação
geral, formação profissional e formação complementar. As
disciplinas
designadas
como
sendo
de
“formação
geral”
desempenham um papel de suprir lacunas deixadas pela educação
básica, quer seja de conhecimentos humanísticos – Filosofia ou
Sociologia, por exemplo – ou de domínio da norma culta, e assim
possibilitam um melhor desempenho do aluno, além de contribuírem
para ampliar sua visão de mundo, do ser humano, da sociedade, da
política, da ética. As disciplinas denominadas como sendo de
“formação profissional” devem dar conta do que há de mais
específico de cada curso, de cada profissão. Como foi anteriormente
19
exemplificado (item 1), a mesma disciplina, em cursos diferentes,
ocupa papel também diferente. Além disso, uma disciplina que é
lecionada ao longo de dois semestres, pode sair de um grupo ou
categoria para outro. Por exemplo, no Curso de Administração de
Empresas, a disciplina Sociologia I – que acima está elencada como
“formação geral” – ao ser trabalhada no semestre subseqüente
como
Sociologia
II
pode
exercer
um
papel
de
“formação
profissional” se aplicada às Organizações; Sociologia I, seria
Sociologia Geral e Sociologia II, seria Sociologia Organizacional. Além
dessas modalidades ou categorias de disciplinas, há aquelas que
cumprem um papel complementar no sentido de despertar o
interesse do aluno pelas diferentes possibilidades que a profissão,
que
o
curso
escolhido
lhe
proporciona; é
uma introdução
a
determinado assunto que o curso aborda de en passant e que se o
aluno quiser aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto poderá,
após a conclusão da graduação, buscar uma pós-graduação lato
sensu ou stricto sensu.
7. Matriz curricular
Cada professor, ao ingressar na FAD, ou quando for lecionar em novo
curso deve ter disponibilizado pelo Coordenador e então tomar
conhecimento da matriz curricular do curso em questão, para buscar
saber o porquê da existência de cada disciplina ou atividades, bem
como entender a coerência da ordem como tais disciplinas e/ou
atividades estão dispostas ao longo do curso; tendo dúvidas, críticas
ou
sugestões,
deve
buscar
saná-las
e/ou
transmiti-las
ao
Coordenador, pois agindo dessa forma pode dar uma grande
contribuição para a melhoria do curso.
8. Fluxograma das disciplinas
Conhecendo bem o projeto do curso, particularmente o perfil do
egresso, o perfil intermediário, os objetivos gerais e específicos, as
categorias das disciplinas, a matriz curricular, o Colegiado de Curso
pode então buscar traçar o fluxograma das disciplinas, sempre
20
levando em conta – além de todos os tópicos anteriores – quais
disciplinas cumprem o papel de servir como pré-requisito para
outras. Muitas vezes, quando esse trabalho é executado com esse
nível de detalhamento, sente-se a necessidade de se promover a
inversão da ordem de algumas disciplinas.
9. Objetivos X conteúdos X metodologias
Embora para alguns dos leitores o que segue aqui não represente
qualquer novidade, posto que há muito tempo já trabalham assim,
para outros que talvez estejam a menos tempo lecionando sirva
como contribuição. Ainda é comum ver o professor definir primeiro o
que ele vai trabalhar (conteúdo) para então começar a definir para
quê ele irá trabalhar aquilo (objetivo) e como o fará (metodologia). É
necessário que, em primeiro lugar, seja definido o(s) objetivo(s)
daquela disciplina, levando em conta tudo o que foi exposto
anteriormente, para então se definir o conteúdo que cumprirá o
papel de atingir os objetivos traçados. Assim, uma vez definidos
objetivo(s) e conteúdo(s), há que se definir qual(is) metodologia(s)
será(ao) utilizada(s) para se alcançar o sucesso no processo ensinoaprendizagem.
10. Interdisciplinaridade
É inegável que a FAD fez algumas tentativas para trabalhar dentro da
perspectiva da interdisciplinaridade, mas ainda é algo incipiente; em
relação a este aspecto há muito ainda para se aprender. É necessário
reconhecer a dificuldade para acabar ou minimizar a fragmentação
do trabalho realizado. Não se trata aqui de uma crítica, mas do
reconhecimento da dificuldade de se trabalhar dentro de outra
perspectiva.
Se
não
houver
toda
a
discussão
anteriormente
apresentada, inegavelmente a FAD continuará trabalhando de forma
fragmentada. Se cada professor não tiver a idéia do todo, de cada
curso em que leciona, ele não conseguirá mudar essa realidade.
Se o professor não tem a visão do todo do curso em que leciona, ele
simplesmente se limita a ir até a sala de aula e “dar conta do seu
21
recado”, então sai, entra outro professor que segue o mesmo
procedimento do anterior e fica para o aluno - que também não
possui essa visão de totalidade -, ir construindo a idéia do que seja o
curso X, Y ou Z. Há muito ainda para se fazer no sentido de levar o
aluno da FAD a adquirir uma visão de totalidade. É muito conhecida a
frase de que o todo é muito mais do que a soma das partes, mas
sem a preparação adequada, o trabalho do corpo docente da FAD
ficará fragmentado.
Algumas
experiências
isoladas
de
avaliação
interdisciplinar
alcançaram mais sucesso, outras menos, algumas privilegiam o
processo, outras os resultados, mas é só um começo.
É necessário evidenciar aos alunos que há disciplinas que se
sobrepõem e que isso não é um erro, mas é para ser assim, porque
em
determinado
momento,
de
acordo
com
os
objetivos
de
determinadas disciplinas, elas precisam andar juntas, depois voltam
a se separar. A sobreposição e a complementaridade das disciplinas
têm de ser bem compreendidas e administradas pelos professores e
bem explicadas aos alunos, do contrário, eles as perceberão como
erros, falta de planejamento, falta de comunicação entre os
professores, quando, na verdade, fragmentar o conhecimento em
disciplinas é apenas um recurso didático para se poder ensinar
adequadamente uma profissão aos alunos. Entretanto, os alunos não
terão razão em suas críticas, se os professores levarem em conta
tudo o que foi apresentado anteriormente.
Adotar novas estratégias visando otimizar o tempo que os alunos
dedicam ao estudo pode ser um bom caminho. Por exemplo, para
otimizar a leitura dos estudantes, pode-se pensar na utilização de
textos comuns a diferentes disciplinas, com enfoques diferentes,
gerando uma leitura com um maior grau de profundidade, uma
leitura com mais qualidade. Por essa via talvez se alcance uma maior
integração entre as disciplinas e/ou mesmo seja possível de se eleger
um tema comum e integrador.
22
11. Metas intermediárias
Assim como foi sugerido anteriormente os perfis intermediários,
sugere-se também o estabelecimento de metas intermediárias para
cada disciplina. Cada professor, levando em conta todos os aspectos
até então apresentados, tendo em vista onde pretende chegar com a
disciplina que leciona, deve estabelecer metas intermediárias entre o
conhecimento que o aluno tinha quando o professor iniciou a lecionar
a disciplina e aquele que o professor espera que ele alcance no final
do curso e checar periodicamente o andamento desse “percurso”.
Essa mesma iniciativa deve também ser desenvolvida coletivamente
por categorias de disciplinas. Os professores que lecionam disciplinas
classificadas como sendo de formação geral, para além de suas
metas individuais inerentes às disciplinas que lecionam, devem traçar
metas comuns juntamente com os demais professores que trabalham
com tal modalidade de disciplinas. É possível de se definir metas
também por períodos – a cada mês, ou a cada bimestre, por
exemplo. E, por fim, pode-se combinar as metas específicas da
disciplina, com as metas da modalidade a que ela pertence, tudo
dentro de um período estabelecido.
12. Avaliação
Muitos mitos são criados em torno da avaliação. Há professores que
desvinculam a avaliação de todo processo de ensino-aprendizagem.
O professor ensinou, cabe ao aluno aprender; o professor cumpriu
sua parte, compete ao aluno cumprir a dele. Sob tal perspectiva, é
somente o aluno quem está sendo avaliado e não também o
professor, e não também todo o processo de ensino-aprendizagem.
Na verdade, muitas outras questões estão postas numa avaliação.
Estão sendo avaliados aluno, professor e o processo de ensinoaprendizagem, mas há mais ainda. O professor pode ter feito um
excelente trabalho e o aluno pode também ter feito a sua parte com
muita dedicação e, conseqüentemente, o sucesso de todo esse
processo deveria ser constatado na avaliação, mas quando isso não
ocorre o problema, muito provavelmente, é a própria avaliação. Há
23
várias possibilidades para esse fato ocorrer. O instrumento ou os
instrumentos utilizados não foram os mais adequados, os critérios
não foram bem definidos, os objetivos da avaliação não ficaram
claros, os conteúdos escolhidos para fins de avaliação não foram
adequados, não eram os essenciais ou ao menos o que os alunos
entenderam como sendo os essenciais da disciplina.
Não é tarefa fácil avaliar e muito menos ser avaliado, no entanto é
necessário cercar esse processo de alguns cuidados. Uma experiência
que pode se revelar interessante consiste em desvincular a avaliação
da nota do aluno, isto é, utilizar pequenos espaços das aulas para
avaliar permanentemente não o aluno, mas o processo de ensinoaprendizagem. Interromper a aula em determinado momento e
verificar
o
grau
de
adquirindo/construindo
entendimento
sobre
o
que
assunto
e
os
alunos
então
estão
retomar
o
desenvolvimento normal da aula. Definir com o máximo de precisão
possível os objetivos e os critérios de cada avaliação.
Mas qual deve ser o objetivo primeiro e ESPERADO de uma
avaliação? Verificar o sucesso da aprendizagem!
O objetivo
maior dos alunos é aprender, concluir o curso que escolheram, obter
uma boa formação e o diploma a que têm direito e depois buscar
exercer com a máxima competência a profissão que vieram aprender
na FAD. Portanto, o objetivo principal da avaliação é aferir
permanentemente se os alunos estão conseguindo alcançar o
que vieram buscar na FAD. Se for detectado que algo não vai
bem, isto é, se esse objetivo principal da avaliação não tem se
traduzido em realidade, será preciso rever absolutamente tudo.
Dentro dessa perspectiva, não faz o menor sentido marcar um
período – um calendário oficial – para avaliação. Um calendário
oficial rompe com a idéia de que a avaliação seja parte integrante,
fundamental e permanente do processo de ensino-aprendizagem e a
coloca como um elemento estranho que não fez parte de nada ao
longo de todo o processo, aparece em determinado momento,
“cumpre” seu papel e “segue seu caminho” sem nada deixar e nada
levar.
24
13. Revisão do planejamento
Não só a avaliação é extremamente importante para todo o processo
de ensino-aprendizagem como também o primeiro passo que deve
ser tomado após sua realização, qual seja, rever o trabalho, o
planejamento, as metas etc. Se a avaliação indicar que tudo vai bem,
ótimo, mas, mesmo assim, é necessário revisar tudo e ver ainda
onde é possível de se melhorar, mas, se indicar o contrário, então
será imperativo que se proceda uma profunda revisão de tudo o que
tem sido feito para se tentar localizar o que está errado.
Como a FAD está longe da perfeição – embora possa estar à frente
de outras instituições em relação aos aspectos aqui apresentados, e
ainda que hoje possa estar melhor do que ontem – a revisão
permanente do planejamento, das aulas, dos objetivos etc. torna-se
imperativo, tendo em vista que o objetivo maior da FAD é o sucesso
do processo de ensino-aprendizagem, é o sucesso dos alunos.
14. Comprometimento
Tudo o que foi exposto anteriormente somente se concretizará
efetivamente se houver o total comprometimento de todo o corpo
docente,
logicamente
que
sob
a
ativa
orientação
de
cada
coordenador. Se uma parte do corpo docente estiver efetivamente
comprometida e quiser realmente empenhar-se para realizar o
trabalho proposto, com esse ou ainda com mais detalhamento do
que foi apresentado e outra parte assim não o desejar, esse trabalho
não
se
efetivará
e
em
seu
lugar
prevalecerá
um
trabalho
fragmentado.
A FAD tem conhecimento de como é, de como está o seu trabalho
hoje – que está bom –, mas se houver um maior envolvimento, um
empenho
ainda
maior
e
um
comprometimento
para
o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem conforme o
sugerido por estas diretrizes para o planejamento acadêmico, podese chegar ao ótimo. Resta uma pergunta: todo o corpo docente
quer realmente trabalhar dessa forma?
25
2.5. O foco na qualidade do ensino e na formação integral do ser
humano
Entende-se que os itens tratados anteriormente já demonstram
a preocupação da FAD com a qualidade do ensino e com a formação
integral do ser humano. Partindo-se da Missão, da Visão e das
Finalidades, passando-se pelos princípios da Filosofia de Ensino da
FAD e pela efetiva preocupação em relação ao planejamento, que
levaram à produção do texto apresentado anteriormente, “Diretrizes
para o Planejamento Acadêmico”, chega-se a uma totalidade de
elementos, condensados no presente PPI que denotam a real
preocupação com o processo ensino-aprendizagem, com a qualidade
do ensino e com a formação integral do ser humano.
De
uma
série
de
idéias,
princípios,
diretrizes
e
ações,
aparentemente isoladas, chega-se a uma totalidade que se traduz
num alicerce, numa base sólida, num ponto arquimedeano a partir do
qual o
estudante
possa
alavancar-se
e
retirar-se
do
terreno
pantanoso do senso comum.
É com essa seriedade que a FAD volta seu foco para o ensino,
para a formação integral do ser humano, pois acredita que dessa
maneira,
formando
adequadamente
os
seus
alunos,
estará
efetivamente dando uma grande contribuição social ao preparar um
profissional com esse perfil para atuar na região em que a Instituição
está inserida.
26
2.6. A busca permanente de aproximação com o mercado
Tendo clareza de seu perfil a FAD busca se utilizar de todos os
meios que estão ao seu alcance para aprimorar o processo de
ensino-aprendizagem.
supervisionado,
Atividades
atividades
complementares,
interdisciplinares,
projetos
estágio
diversos,
palestras, semanas de estudo, trabalho de conclusão de curso
(iniciação à pesquisa) e atividades de extensão à comunidade são
tratadas como atividades que podem e devem fortalecer o processo
de ensino-aprendizagem. Mas, ao mesmo tempo, dentro do possível,
a FAD também busca utilizar-se de todas essas atividades para
aproximar a academia do mercado, uma vez que entende que tal
aproximação é vital para que a teoria aprendida na academia seja
submetida ao melhor de todos os bancos de prova: a realidade do
mercado.
Hoje, portanto, a FAD tem seu perfil muito bem definido, posto
que, de um lado, elegeu o ensino como o seu foco principal de
atuação e utiliza-se de todas as demais atividades como meio para
atingir a qualidade do ensino praticado e, de outro, busca valer-se
das demais atividades para aproximar a academia do mercado e
assim testar na prática o que está sendo ensinado em sala de aula.
27
3. A necessidade de atualização permanente do PPI
3.1. Atualização e inovação: da Missão à Visão
Conforme foi exposto anteriormente, o PPI deve ser entendido
como algo vivo e dinâmico que, propondo mudanças, também mude.
Não deve, portanto, ser tomado simplesmente como um documento
escrito e acabado, mas como um processo sempre inconcluso. Essa
idéia de tomar o PPI como um processo que vai se constituindo com
o tempo é fundamental, pois, do contrário, como ele poderia fazer
com que a Instituição se movimentasse no sentido de não só cumprir
sua Missão, como também chegar até sua Visão?
A crise, a instabilidade que um PPI pode criar no presente, ao
trazer elementos de crítica à prática atual, ao propor rupturas,
mudanças é fundamental e muito salutar. Assim, a FAD entende que
um bom PPI não é aquele que simplesmente explicita os pontos
fortes de uma IES, mas, antes, é o que encontra nos seus próprios
pontos fortes – por exemplo, o grau de amadurecimento que se
chegou em relação ao planejamento acadêmico – elementos para a
crítica e aponta onde se pode melhorar.
Dentro da concepção que a FAD tem do PPI, como um
documento inconcluso e aberto a críticas e sugestões, a Instituição
aprecia todas as contribuições que recebe para aprimorar este
documento e entende como momento ímpar a avaliação externa e as
críticas e sugestões delas advindas, pois uma coisa é a Instituição se
auto-avaliar, outra, bem diferente, é a avaliação externa.
A FAD é uma Instituição nova, que iniciou suas atividades no
ano de 2000. Esse fato traz vantagens e desvantagens. As
desvantagens ficam por conta da tradição, da marca que demora a
se consolidar. Sob tal perspectiva a FAD não pode ser comparada a
IES que funcionam há algumas décadas e por mais que prime pela
qualidade, por mais que busque formar profissionais competentes, o
número de alunos que se formou ou que está estudando na FAD e
que confirma sua excelência ao atuar no mercado é ainda bem
pequeno.
28
Quanto às vantagens em ser uma Instituição nova, pode-se
dizer que elas existem, pois ainda que pareça um paradoxo, há
vantagens em ainda não ter sua marca reconhecida, há vantagens
em não ter uma tradição e uma história que fale por si só. Uma
dessas vantagens é a capacidade de surpreender positivamente
quer seja o próprio aluno, os seus familiares, a comunidade e/ou a
empresa onde ele atua, ou o mercado como um todo. Um bom
exemplo disso ocorreu em 2005, quando a FAD, concorrendo com
144 IES, muitas delas públicas, que gozam de grande tradição, ficou
entre os cinco melhores projetos sobre empreendedorismo, num
evento realizado pelo Guia do Estudante em parceria com a Abril
Cultural.
Outra vantagem de ser uma IES nova é não ter que carregar
uma carga de todo um passado histórico que imobiliza a Instituição,
dificultando mudanças e inovações. A FAD, portanto, não tem medo
de inovar e até que para o seu curto período de existência, tem
buscado inovar, tem buscado implementar práticas pedagógicas
inovadoras, dentre as quais, de forma resumida, podem-se destacar:
a. As diretrizes que orientam o trabalho dos docentes em relação aos
discentes, começando com a aula centrada no professor e
gradativamente ir transferindo a responsabilidade para os alunos,
de tal forma que, ao final do curso, a aula esteja centrada nos
alunos;
b. As diretrizes que orientam a avaliação que, para serem coerentes
com
as
diretrizes
do
processo
de
ensino-aprendizagem,
privilegiam a avaliação individual em detrimento da coletiva no
início do curso e, gradativamente, o valor das avaliações coletivas
vai aumentando, até que ao final do curso passam a ter um
grande peso, posto que espera-se que cada aluno aprenda a
trabalhar em equipe e alcance sua autonomia intelectual;
c. Traçar perfis e metas intermediárias, nos parecem práticas
inovadoras,
posto
que
permitem
que
possamos
avaliar
permanentemente ao longo do curso se o aluno está sendo
29
conduzido adequadamente rumo ao perfil do egresso e, se for o
caso, permite corrigir alguma rota ao longo do caminho para que
o egresso alcance o perfil pretendido e que lhe foi prometido pela
IES;
d. A Modalidade e Sistema Diagramático YAG, que será comentada
logo adiante, que é uma ferramenta que obriga ao usuário, seja
aluno ou professor, a desenvolver a capacidade de síntese, a
trabalhar de forma mais racional e conseguir expor em uma única
página o que poderia necessitar de muitas páginas. Isso ajuda a
criar um mapa mental sobre determinado assunto, possibilitando
um conhecimento mais aprofundado sobre o mesmo e que pode
ainda levar o aluno a aprender mais rápido o que ele levaria muito
mais tempo para aprender.
e. O material que a FAD está desenvolvendo sobre técnicas de
estudo e que será implementado em 2008 com os alunos
ingressantes e eventuais veteranos que também demonstrem
interesse em aprender.
f. A forma como a FAD trata as vagas que lhe são ofertadas para
estágio remunerado. A FAD não divulga aos alunos o nome da
empresa ou os contatos para que os interessados nas vagas
entrem em contato diretamente com a empresa. Se a maioria das
IES pega esses anúncios de vagas para estágio remunerado e
afixa num mural, deixando tudo por conta e risco dos alunos, a
FAD tem sua forma institucional de tratar esse assunto. Divulga
que há um determinado número de vagas para alunos de
determinados
cursos
e
os
interessados
devem
procurar
a
coordenação de estágio. Ao tratar de forma institucional, a FAD se
preocupa em orientar o estudante desde a confecção do currículo,
até a postura, vestimenta adequada e as principais dinâmicas
utilizadas para seleção. Se o estudante da FAD consegue a vaga,
é feito um acompanhamento e lhe é passada a responsabilidade
de bem representar a sua IES, pois assim procedendo poderá
abrir a porta para outros colegas ou mesmo vir a se efetivar.
30
3.2. Modalidade e Sistema Diagramático – YAG
Algo inovador que a FAD desenvolveu ao longo dos últimos três
anos e que tem seus direitos autorais devidamente registrados junto
à Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultura, sob o número
383.489, do livro 712, folha 149 é a Modalidade e Sistema
Diagramático YAG. Trata-se de uma ferramenta que visa aumentar a
racionalidade dos estudos, aumentando sua eficiência e sua eficácia e
que pode ser aplicada tanto para fazer um projeto simples, como
para organizar a estrutura de uma monografia, ou mesmo aplicar
para a resolução de problemas reais encontrados pelos alunos no seu
trabalho.
Tendo em vista que a referida ferramenta foi recentemente
registrada, ela ainda não foi amplamente divulgada e utilizada dentro
das Políticas de Ensino da FAD, mas com o intuito de democratizá-la
entre os estudantes, no segundo semestre de 2007 a FAD oferecerá
aulas aos sábados sobre a mesma e demonstrará aos estudantes
como eles podem utilizá-la e que sua utilização, por obrigar o usuário
a desenvolver um poder de síntese e de racionalização, muito
contribuirá
para
que
o
aluno
consiga
elevar
seu
nível
de
compreensão do que está sendo estudado, aprenderá mais rápido e
conseguirá
desenvolver
uma
visão
conteúdos desenvolvidos em aula.
sistêmica
sobre
todos
os
31
3.3. Técnicas de estudo
Partindo de uma necessidade percebida pela maioria dos
professores que lecionam nos primeiros períodos (1º e 2º semestre)
e, ao mesmo tempo, buscando inovar, buscando sair do lugar
comum, a FAD pretende iniciar suas atividades no ano de 2008 de
forma diferente. O que os docentes têm percebido é que além da
defasagem com que os estudantes chegam ao Ensino Superior, via
de regra, eles não sabem estudar. São estudantes empenhados que
querem aprender, mas que não sabem como. Assim sendo, eles
empreendem muitos esforços, dedicam as poucas horas de que
dispõem para o estudo – pois a grande maioria trabalha – muitas
vezes de forma errada.
Diante de tal situação, a FAD está desenvolvendo um material
sobre técnicas de estudo que, se possível, já será utilizada no
segundo semestre, aos sábados, para os alunos que tiverem
interesse em aprender como estudar e que será amplamente
empregada no início de 2008, com os novos alunos. Esse material
tratará, basicamente, dos seguintes assuntos:
a. Diferentes tipos de conhecimentos;
b. Diferentes gêneros textuais e suas respectivas estruturas;
c. Elementos necessários para uma boa leitura;
d. Como elaborar relatórios de leitura;
e. Como elaborar fichamento de leitura;
f. Como elaborar um resumo;
g. Como elaborar uma síntese;
h. Como elaborar uma resenha.
A FAD entende que ensinando essas técnicas ao estudante logo
de início, aquilo que ele levaria um ano ou mais para aprender e que
aprenderia algumas vezes da pior maneira possível – por tentativa e
erro, e muitas vezes errando – o estudante aprenderá num período
bem menor e dominando essas técnicas de estudo poderá ter um
desempenho bem melhor no decorrer do curso.
32
4. Considerações finais
O presente PPI – Projeto Pedagógico Institucional buscou
apresentar, com a máxima transparência, quem é a FAD, a quê ela
veio e aonde pretende chegar. Assim sendo, o próprio PPI serve
como um instrumento para mostrar quem é a FAD hoje e, ao mesmo
tempo, fazendo autocríticas e apontando caminhos, busca indicar
caminhos que a IES deve percorrer para chegar a um padrão de
excelência, de qualidade naquilo que faz, naquilo em que foca os
seus esforços que é o ensino, que é a formação integral do ser
humano.
Por ter uma história bem recente, a FAD pode se comparar com
outras IES mais antigas, mais tradicionais e também com outras
recentes que iniciaram suas atividades praticamente na mesma
época que a FAD começou a funcionar. Mas o mais interessante é
comparar-se consigo mesmo e, dessa comparação, perceber os
avanços que já obteve, os que ainda não alcançou e que ainda está
procurando o melhor caminho para conseguir atingi-los.
Muito atenta ao cenário atual do que se passa no meio
acadêmico, ainda que na contramão do que vem ocorrendo nesse
contexto, a FAD elegeu a bandeira da qualidade como seu lema,
como seu motivo de ser, de existir. E é assim que ela espera, com o
tempo, ser reconhecida pelo mercado, posto que ela já é assim
reconhecida por seus alunos. E uma vez que os atuais alunos
alcancem o seu sucesso profissional, de forma ética e por sua
competência, a FAD alcançará também o seu sucesso. Essa relação
de interdependência é muito interessante, pois, de um lado, o
sucesso da FAD depende do sucesso individual do estudante e, de
outro, para que o estudante possa ser bem sucedido como
profissional, é necessário que ocorra o sucesso no processo de
ensino-aprendizagem desenvolvido hoje na FAD. Assim sendo, o
estudante depende da FAD e a FAD depende do estudante e ambos
tentam desempenhar seu papel da melhor maneira possível, dentro
de um ambiente de seriedade e de uma verdadeira parceria, o que
33
torna a FAD uma Instituição diferente, posto que os alunos a
defendem e a divulgam com muito orgulho e, ao mesmo tempo, a
FAD que muito se orgulha de seus discentes e docentes, também
divulga o sucesso individual ou as atividades coletivas por eles
desenvolvidas.
Por fim, voltando ao sentido etimológico da palavra projeto, do
latim, projetare, e, sobretudo, tendo em vista a parceria instituída
espontaneamente entre a FAD e seus estudantes, é possível de se
antever o futuro e apostar naquilo que ainda não aconteceu, mas que
um dia irá ocorrer, a saber, a realização da Visão Institucional que
consiste em ser reconhecida como “A Jóia das Faculdades”, por suas
inovações e por sua excelência no ensino.
Download

PPI – PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL