UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
PLANO DE DESENVOLVIMENTO
INSTITUCIONAL
2012-2016
ITAJAÍ/SC
2014
Versão homologada pela resolução nº 007/CONSUN/2015.
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Mário Cesar dos Santos
Reitor
Cássia Ferri
Vice-Reitora de Graduação
Valdir Cechinel Filho
Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura
Carlos Alberto Tomelin
Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional
Vilson Sandrini Filho
Procurador Geral da Fundação Univali
Renato Osvaldo Bretzke
Diretor Administrativo da Fundação Univali
COMISSÃO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - PDI
Prof. Dr. Mário Cesar dos Santos - Reitor
Profa. Dra. Cássia Ferri - Vice-Reitora de Graduação
Prof. Dr. Valdir Cechinel Filho - Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e
Cultura
Prof. Dr. Carlos Alberto Tomelin - Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional
Renato Osvaldo Bretzke - Diretor Administrativo
Prof. Dr. Mário Uriarte Neto - Diretor do Centro de Ciências da Saúde
Prof. Renato Büchele Rodrigues - Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas –
Comunicação, Turismo e Lazer
Prof. Dr. João Luiz Baptista de Carvalho - Diretor do Centro de Ciências Tecnológicas da
Terra e do Mar
Prof. Dr. José Carlos Machado - Diretor do Centro de Ciências Sociais e Jurídicas
Profa. Luciana Merlin Bervian - Diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão
Prof. Alceu de Oliveira Pinto Junior - Diretor Articulador nos campi Biguaçu e Kobrasol
Prof. Dr. José Roberto Provesi - Diretor de Inovação
Profa. Márcia Roseli da Costa - Gerente de Atenção ao Estudante
Profa. Blaise Keniel da Cruz Duarte - Gerente de Ensino e Avaliação
Silvana da Costa Maia - Gerente de Processos Regulatórios
Prof. Dr. Rogério Corrêa - Gerente de Pós-Graduação e Pesquisa
Pedro Floriano dos Santos - Gerente de Extensão e Cultura
Profa. Dra. Regina Célia Linhares Hostins - Gerente de Desenvolvimento Institucional
Djeison Siedschlag - Gerente de Planejamento
Leandro Oeschsler - Gerente de Recursos Humanos
Ruth Broglio Silveira - Gerente de Tecnologia da Informação
Cleunice Aparecida Trai - Gerente Administrativa do Campus Balneário Camboriú
Pedro Joaquim Cardoso Júnior - Gerente Administrativo nos campi Biguaçu e Kobrasol São
José
Cristiani Regina Andretti - Coordenadora de Bibliotecas
Jeane Cristina de Oliveira - Coordenadora de Educação a Distância
Maria Elisabeth da Costa Gama - Coordenadora de Assuntos Internacionais
Prof Rodrigo de Carvalho - Coordenador de Filantropia e Responsabilidade Social
Gilberto Beno Gnewuch - Coordenador de Investimentos, Infraestrutura e Serviços
João Francisco de Borba - Coordenador de Marketing e Comunicação
Janaína Lorenzi Tomio - Coordenadora de Projetos e Prestação de Serviços
Odirlei Bissoni - Coordenador de Custos e Controladoria
Silvane Silva - Coordenadora de Infraestrutura
Ana Claudia Reiser de Melo – Equipe da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa,
Extensão e Cultura
EXPEDIENTE
Prof. Dr. Carlos Alberto Tomelin
Profa. Dra. Regina Célia Linhares Hostins
Organização
Andréa Liter Borges
Camila Morgana Lourenço
Edição de textos
Marcos Roberto Ramos
Editoração de imagens
Camila Morgana Lourenço
Revisão
CAPÍTULO 2
PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL
O Projeto Pedagógico Institucional manifesta os princípios filosóficos e as políticas para o
ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social e a gestão da Univali. Estas buscam
responder às políticas educacionais para o ensino superior brasileiro e às demandas da
sociedade por meio da excelência na atividade de ensino, compromisso científico e social no
desenvolvimento de pesquisas e responsabilidade na gestão de projetos sociais. O documento
evidencia as diretrizes políticas institucionais e as ações delas decorrentes, destacando sua
inserção nacional e regional nas diferentes esferas de atuação, sua organização didáticopedagógica voltada à inovação do ensino superior e sua contribuição à inclusão social e ao
desenvolvimento econômico, científico e tecnológico da região.
2.1 Inserção regional
A Univali detém hoje uma estrutura composta por nove campi e uma unidade
educacional, abrangendo, geograficamente, as comunidades localizadas ao longo do litoral
centro-norte catarinense — conforme é possível verificar na Figura 09, sobretudo nas cidades de
Balneário Camboriú (Campus Balneário Camboriú), Balneário Piçarras (Campus Balneário
Piçarras), Biguaçu (Campus Jardim Carandaí Biguaçu e Campus Centro Biguaçu), Itajaí (Campus
Itajaí – sede), Florianópolis (Campus Florianópolis), Penha (Unidade Penha), São José (Campus
Kobrasol São José e Campus Sertão do Maruim São José) e Tijucas (Campus Tijucas).
Figura 09 – Distribuição Física da Univali e Panorama Econômico nas Regiões de Abrangência
da Instituição em Santa Catarina
Fonte: Adaptado da publicação SC em Dados 2013 pela Gerência de Desenvolvimento Institucional, 2014,
com inserção de dados da Resolução nº 115/Consun/2013 (30 de agosto de 2013).
Tal organização física favorece seu trabalho de forte inserção regional, que se desenvolve
sistemática e progressivamente desde a origem da Instituição em 1964, e é consequência direta
do seu perfil institucional — de natureza comunitária e regido por valores como o “compromisso
social com o desenvolvimento regional e global” 1 —, devidamente reconhecido pela Lei Federal
nº 12.881/2013, que, ao lhe conferir uma identidade jurídica própria, a de Universidade
Comunitária 2, conforme a Portaria MEC nº 630/2014 3, legitima o funcionamento das
Instituições Comunitárias de Educação Superior — fundadas a partir da ambição legítima de
comunidades que almejavam à emancipação e ao desenvolvimento efetivos por meio do amplo
acesso ao ensino superior.
Para tanto, a inserção regional da Univali se apresenta na oferta de cursos de formação
superior (graduação e pós-graduação), nas modalidades presencial e a distância, capazes de
atender a demandas tradicionais e emergenciais da sociedade e do mundo do trabalho,
particularmente nas áreas de alcance institucional. Essas ofertas, além de acompanhar as
diretrizes educacionais e do universo das novas profissões, são identificadas pela articulação
direta de colaboradores e gestores com entidades representativas de classes e conselhos e
órgãos públicos 4 (comitês, grupos de trabalho, núcleos, entidades profissionais, fóruns
permanentes etc.), bem como pelo permanente diálogo da comunidade acadêmica com o
mercado de trabalho para mapear as necessidades sociais da região.
Complementarmente à formação qualificada de recursos humanos para acompanhar os
avanços sociais e globais, a inserção regional da Univali se efetiva na implementação de projetos
de pesquisa, inovação e extensão e na prestação de serviços, nas diferentes áreas do
conhecimento mantidas na Universidade, por meio de parcerias institucionais e
interinstitucionais. Afinal, seu perfil comunitário, historicamente construído, revela-se também
no enfoque de suas pesquisas e produções técnico-científicas e de suas atividades de extensão e
prestação de serviços — reafirmando o compromisso e o esforço institucionais na
transformação da sociedade local e regional.
Para tanto, a caracterização socioeconômica do Vale do Itajaí e da Grande Florianópolis
— regiões de abrangência imediata da Instituição, destacada na Figura 09 — é de fundamental
importância na definição do foco das ofertas e das ações, bem como na aplicabilidade de
resultados delas decorrentes. Acerca disso, vale lembrar que Santa Catarina possui o menor
índice de desigualdade do país, 0,436, enquanto o Brasil apresenta 0,498, conforme o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.
1 Os ordenamentos jurídicos, especialmente o Estatuto e o Regimento Geral, oferecem, no decorrer da sua
construção, atualização e aprovação colegiadas, o projeto institucional, político e pedagógico da Univali —
servindo de subsídio fundamental para a caracterização da Instituição como Universidade Comunitária.
O art. 20 da LDB cita a Constituição Federal (art. 213) para apontar as Universidades Comunitárias como
aquelas “instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive
cooperativas de professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora representantes da
comunidade”. Neste contexto, é importante observar a identidade destas Universidades, que são
historicamente comprometidas com a qualidade dos serviços prestados e o meio social, exercendo
relevante papel em meio às diversas formas jurídicas de organização dos modelos do atual sistema
universitário e da pluralidade do pensamento nacional. Com este perfil, as Instituições de Ensino Superior
Comunitárias têm apresentado competência de alto nível na formação de profissionais e cidadãos
socialmente responsáveis.
2
3 Publicada pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior no DOU nº 211, de 31 de
outubro de 2014 (seção 1, página 27), com base na Lei nº 12.881, de 12 de novembro de 2013, na Portaria
MEC nº 863, de 03 de outubro de 2014, e na Nota Técnica nº 985/2014-DPR/Seres/MEC.
Em 2014, a Univali conta com representantes em 34 entidades como: Associação Empresarial de Itajaí,
Conselho Regional de Desenvolvimento Regional (Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí),
Associação Catarinense das Fundações Educacionais, Associação Brasileira das Universidades
Comunitárias, Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Conselho Regional de Engenharia,
Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, Conselho Federal de Contabilidade, Academia Catarinense
de Odontologia, Associação Brasileira de Oceanografia e Conselho Regional de Administração de Santa
Catarina, entre outros.
4
No ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Estado é o 3º
colocado (0,774), atrás de São Paulo (0,783) e do Distrito Federal (0,824). Além disso, Santa
Catarina se destaca pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Entre as 50
cidades brasileiras mais bem posicionadas, 11 são catarinenses. Florianópolis é a melhor entre
as capitais brasileiras e ocupa o 3º lugar no ranking geral (0,847), segundo dados do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2013. Também de acordo com o IBGE, o crescimento
demográfico médio anual em Santa Catarina é o maior do Sul do país, estimado em 1,55%, nos
últimos dez anos — e a previsão é de que a taxa de crescimento da população no Estado se
prolongue por mais duas décadas até estacionar ou diminuir.
A economia catarinense, por sua vez, apresenta crescimento estimado em 340% nas três
décadas mais recentes, com predomínio de agricultura, pecuária, indústria e extrativismo e
turismo. No desempenho do PIB dos municípios catarinense, é destaque o crescimento de Itajaí,
que figura em primeiro lugar no Estado com R$ 19,7 bilhões, seguido por Joinville com R$ 18,2
bilhões — a cidade mais populosa do Estado — e por Florianópolis, a capital catarinense, com R$
12,6 bilhões, segundo dados apresentados pelo IBGE em 2014.
O setor secundário participa com 35%, o terciário com 59% e o primário com 6%. No
setor secundário, a participação da indústria de transformação é de 22,9% e a da construção
civil é de 5,7%, segundo dados do IBGE 2014. Por outro lado, de acordo com o relatório Santa
Catarina em Dados 2014, publicado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina, a economia
industrial confere ao Estado padrões de desenvolvimento equilibrado entre suas regiões: com
têxtil, vestuário, indústria naval, produtos de metal e autopeças no Vale do Itajaí — observando
que o Estado é o segundo maior polo empregador têxtil e do vestuário do Brasil e o maior
exportador do país de tecidos atoalhados de algodão e de camisetas; e tecnologia e informática,
calçados, pesca e minerais não metálicos na Capital. Embora exista essa concentração, muitos
municípios estão desenvolvendo vocações diferenciadas, fortalecendo vários segmentos de
atividade. A indústria de base tecnológica, além de estar presente na Grande Florianópolis,
também sobressai em Blumenau, Chapecó, Criciúma e Joinville.
Tais segmentos da economia regional fortalecem-se e profissionalizam-se, sobretudo
com a atuação de acadêmicos e egressos dos cursos de graduação e pós-graduação da Univali
que, mapeados em todas estas áreas e sob a orientação de docentes pesquisadores e
supervisores de estágio, desenvolvem pesquisas, projetos de extensão e relatórios apontando
melhorias, soluções práticas e alternativas de desenvolvimento econômico e social,
sustentabilidade e prospecção para mercados potenciais.
No âmbito estadual merecem destaque os projetos de pesquisa atualmente financiados
pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e
direcionados para o desenvolvimento da região: “Unidade de pesquisa e desenvolvimento em
métodos inovadores de quantificação química, microbiológica e toxicológica para apoio às
indústrias e Órgãos Governamentais de Santa Catarina”, “Competências para a sustentabilidade
no turismo: um estudo em empreendimentos hoteleiros de Florianópolis e Rio de Janeiro”;
“Prospecção de atividade antioxidante de peptídeos de hidrolisado de pescado”; “Ambiente
saudável, bem-estar e qualidade de vida: um estudo ambiental e populacional nas Mesorregiões
5 e 6 - Encostas da Serra Geral Catarinense”; “Incubadoras Empresariais: inovação e ações
empreendedoras dos gestores de firmas em processo de incubação e graduadas e sua relação
com o desempenho no ambiente de negócios”; “Relacionamento entre capacidades,
comportamento estratégico e desempenho empresarial: um estudo nas empresas incubadas em
Santa Catarina”.
O Estado detém forte estrutura logística portuária, com portos em Itajaí, São Francisco
do Sul, Imbituba, Navegantes, Laguna e Itapoá. A indústria naval catarinense é a 3ª do país em
número de trabalhadores e estabelecimentos — e há a estimativa de que esse número se eleve
em curto prazo com os investimentos atuais. Navegantes e Itajaí concentram o maior número de
empresas construtoras de embarcações — e o estaleiro líder na América Latina em construção
de rebocadores está em Itajaí. Além disso, é viável considerar que, dos dez principais municípios
exportadores de Santa Catarina em 2013, seis pertencem à área de abrangência da Univali: Itajaí,
Joinville, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Blumenau e São José.
Atenta ao potencial dessa atividade econômica, a Univali mantém inúmeras atividades
em parceria com setores da área. Exemplo disso é o convênio com a Fundação Estudos do Mar,
destinada a contribuir para o conhecimento dos aspectos socioeconômicos e políticos do mar;
valorizar o trabalhador da indústria de construção naval, do transporte aquaviário e da pesca,
promovendo a maior produtividade dessas atividades comerciais e industriais; procurar os
meios para racionalização do trabalho nos portos; buscar soluções para o incremento do
transporte aquaviário; promover o conhecimento e a difusão dos problemas do complexo
aquaviário, transportes, portos, pesca, navegação, construção naval, ciências do mar e legislação
pertinente. Para tanto, é essencial a atuação dos docentes e egressos do Curso Superior de
Tecnologia em Gestão Portuária, a qual se efetua também em sintonia com a Diretoria de Portos
e Costas da Marinha do Brasil.
Nesse aspecto, é pertinente considerar que a zona costeira catarinense abriga grande
variedade de ecossistemas naturais (terrestres e marinhos) dotados de significativa diversidade
biológica. O litoral centro-norte do Estado — que reúne os municípios de Balneário Piçarras,
Bombinhas, Balneário Camboriú, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha
e Porto Belo (Figura 09) — concentra cerca de 1/3 do total de 300 empresas pesqueiras
formadoras do parque industrial pesqueiro do País que compõem a cadeia produtiva local, a
exemplo de estaleiros, indústrias de pesca, terminais pesqueiros de embarcações, fábricas de
gelo, transporte do pescado, supermercados, trapiches, oficinas mecânicas e outros serviços de
logística.
Articulada a essa atividade, a Univali apresenta atuação expressiva por meio do Grupo de
Estudos Pesqueiros 5, que presta suporte à atividade produtiva, à gestão da pesca marinha e de
outras atividades antrópicas, bem como à conservação do meio marinho. As atividades do Grupo
de Estudos Pesqueiros se direcionam à pesca industrial e artesanal em níveis local, regional,
nacional e internacional, abrangendo a biologia e a dinâmica populacional dos recursos
pesqueiros, a avaliação da biomassa explorável, o estudo da dinâmica das frotas, a gestão
pesqueira, a tecnologia e o controle de qualidade do pescado, o aproveitamento de subprodutos
do pescado, os aspectos socioeconômicos e a minimização do impacto ambiental da atividade.
Além disso, o grupo realiza, em parceria com a Marinha do Brasil, estudos sobre a
biodiversidade da margem continental do Sudeste e Sul do Brasil e de áreas profundas do
Oceano Atlântico Sul para dimensionar os impactos ambientais da pesca e de atividades como a
mineração marinha. De modo complementar, o grupo opera sistemas de monitoramento e
observação da atividade pesqueira por meio da aplicação de ferramentas de coleta e
processamento de dados, do rastreamento por satélite da frota pesqueira, da utilização de
tecnologias de observação submarina e de sensores de imagens e acústicos para estudar o
desempenho de equipamentos de pesca e o consumo de combustíveis nas operações pesqueiras.
Esse trabalho reflete a inserção nacional da Univali no desenvolvimento de produtos
tecnológicos de apoio à Secretaria da Pesca e Aquicultura, envolvendo, para tanto, a expertise da
Instituição nas áreas das Engenharias, Oceanografia e Ciência da Computação.
O Grupo de Estudos Pesqueiros (www.univali.br/gep), pertencente ao curso de Oceanografia, é
referência nacional na pesquisa e extensão pesqueiras. O trabalho desenvolvido viabiliza a participação
dos pesquisadores do grupo em fóruns de gestão pesqueira do Ministério do Meio Ambiente e do
Ministério da Pesca e Aquicultura e promovidos pela Comissão Internacional para a Conservação do Atum
do Atlântico, Convenção da Diversidade Biológica e Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.
5
A Universidade mantém, há 20 anos, o Centro Experimental de Maricultura 6 no
município de Penha, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social da região por
meio de apoio técnico e organizacional à Associação de Maricultores e à Cooperativa de
Maricultores de Penha. Como resultado desse trabalho conjunto, Penha é hoje o segundo maior
produtor de mexilhões do Brasil — e o cultivo de moluscos, uma das alternativas econômicas
mais importantes para o setor primário local. Além disso, é importante salientar que as ações de
organização, monitoramento ambiental e assessoria técnica realizadas com os produtores de
moluscos, bem como os experimentos de cultivo com peixes marinhos, têm reflexo estadual,
nacional e internacional, pois a evolução da Maricultura na região está diretamente associada ao
sucesso da parceria dos produtores com a Univali, servindo como modelo para 15 municípios, 18
associações, uma federação e cerca de mil produtores do Estado de Santa Catarina.
No campo da inovação tecnológica, a inserção da Univali também se visualiza na parceria
firmada com o Governo Estadual na execução do Programa Geração TEC – Etapas Itajaí e Grande
Florianópolis (Figura 09), voltado a suprir a carência de recursos humanos na área da
Tecnologia da Informação e Comunicação por intermédio da qualificação profissional,
favorecendo o necessário avanço tecnológico nas áreas de absorção dos concluintes — jovens a
partir de 16 anos com interesse na capacitação referida. A oferta dos cursos ocorre anualmente
desde 2012. Também é relevante a representação da Univali no Programa Catarinense de
Inovação (PCI) coordenado pela Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável (SDS), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc), a
Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC). O programa está baseado em três eixos: capacitar
pessoas e empreendedores para os desafios do futuro, atrair novos investidores de setores
estratégicos e criar hábitats de inovação.
Outro setor que movimenta significativamente a economia catarinense é o turismo,
motivado pela diversidade de paisagens e atrativos naturais e pelas heranças europeias —
encontradas na arquitetura, na culinária e nas tradições culturais. Graças a essa atividade, o
Estado recebeu mais de 6 milhões de turistas no verão 2012/2013, arrecadando US$ 1,4 milhão,
segundo a Santur – Santa Catarina Turismo 2014. Não à toa, o Estado foi eleito, pela segunda vez
consecutiva, o melhor destino turístico brasileiro no Prêmio Viagem e Turismo 2012/2013 — e
o 5º Estado com maior entrada de turistas internacionais em 2012. A rede hoteleira apresenta
capacidade de 109,5 mil leitos, e o setor gera 250 mil empregos diretos e indiretos, com
destaque para Florianópolis, Balneário Camboriú, Blumenau e Joinville — destinos preferidos
dos visitantes.
Em atenção à dinâmica referida e à expansão do turismo e da gastronomia na economia
catarinense, a Univali oferece cursos (técnicos e superiores de graduação e pós-graduação) nas
áreas, investindo na formação de profissionais para atuar nesses segmentos, assim como na
gestão de eventos e no desenvolvimento de pesquisas voltadas ao planejamento do espaço
turístico, à gestão de destinações e de empresas de turismo, aos estudos do patrimônio
ambiental e sua relação com o espaço turístico e aos estudos do patrimônio cultural edificado e
imaterial. Um exemplo disso é o projeto multidisciplinar “Análise e Avaliação da
Sustentabilidade Turístico-Recreativa dos Equipamentos de Lazer na Ilha de Porto Belo (SC)”,
instituído há 17 anos. Com esta atividade, o empreendimento localizado da Ilha de Porto Belo se
Com a assistência técnica do Centro Experimental de Maricultura, a Cooperativa de Maricultores de
Penha obteve, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, o Selo de Inspeção Federal (SIF
3389), transformando-se na única cooperativa de maricultores do Brasil que pode comercializar mexilhão
resfriado para o território nacional. Adicionalmente, os pesquisadores colaboram com o poder público
municipal, atuando na elaboração do Plano Diretor Municipal, do Plano de Saneamento Básico, do Plano
de Gerenciamento de Resíduos, do Projeto Orla, do Conselho Municipal do Meio Ambiente, do Conselho
Municipal da Pesca e do Conselho Municipal da Cidade.
6
destaca como referência (destinação de excelência) nacional em desenvolvimento sustentável
em ambientes insulares.
Nessa área, também sobressai a atuação da Univali no processo de regionalização do
turismo — ferramenta instituída pelo Ministério do Turismo nos Planos Nacionais do Turismo. O
Programa, considerado estratégico para a consecução da política nacional, prevê a execução
descentralizada, com foco no planejamento coordenado e participativo, com o intuito de
estimular a obtenção dos resultados sociais e econômicos no país. Para tanto, a Univali mantém
parceria com o Ministério da Integração e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do
Ensino Superior (Capes) na realização do projeto de pesquisa “Turismo: estudo dos casos da
Costa Verde e Mar, Serra Gaúcha e Litoral de Jijoca de Jericoacoara” 7.
Atenta a esse cenário socioeconômico e com base nas áreas do conhecimento mantidas
na Instituição 8, a Univali presta, a diferentes segmentos da sociedade, serviços 9 técnicos como
consultoria jurídica, assessoria em comércio exterior, desenvolvimento de sistemas embarcados,
avaliação do teor de flúor da água de abastecimento público e elaboração de planos de
desenvolvimento turístico municipais e regionais. Os serviços prestados procuram suprir
demandas localizadas, de acordo com o panorama socioeconômico vigente nas áreas de inserção
da Universidade, e também se estendem ao território nacional, por meio de parcerias com o
Governo Federal.
Na área da saúde, esse ajustamento às demandas regionais pode ser observado no
ingresso da Univali nos editais do Programa Nacional de Reorientação Profissional da Formação
Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde
(PET-Saúde) e na manutenção do Centro de Especialidades Odontológicas — que é referência
para quatro municípios da região. Em parceria com a Secretaria de Saúde de Itajaí, há a Unidade
de Saúde Familiar e Comunitária no Campus Itajaí com três equipes de Estratégia de Saúde da
Família. Outro destaque é o Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, credenciado no Ministério da
Saúde como serviço de alta complexidade, que presta atendimento a 53 municípios da Foz, do
Médio e do Alto Vale do Itajaí.
Em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Estadual e Municipal de Itajaí, a
Univali teve aprovado o convênio para a implantação do Centro de Especializado em
Reabilitação Física e Intelectual — que conta com equipe multidisciplinar e compõe a Rede de
Cuidados à Pessoa com Deficiência, com atendimento a 200 pessoas com deficiência intelectual,
especialmente crianças com Transtorno do Espectro do Autismo, e a 200 pessoas com
deficiência física. O serviço se iniciou em 2014 e recebe pacientes encaminhados pelo Sistema
Único de Saúde por meio das Secretarias de Saúde dos municípios da Associação dos Municípios
da Foz do Rio Itajaí (Amfri), mais Balneário Camboriú.
Além disso, professores e acadêmicos da Univali tem ampla inserção regional por meio
da pesquisa e da formação dos profissionais de saúde e da participação na Comissão Permanente
de Integração Ensino-Serviço — instituída pela Portaria do Ministério da Saúde nº 1.996 (20 de
agosto de 2007) e com atuação nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras,
Luís Alves, Ilhota, Penha, Porto Belo, Bombinhas, Itapema, Navegantes e Camboriú. Cabe às
7 Univali. Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria. Desenvolvimento Regional, políticas
públicas e competitividade no Turismo: estudo dos casos da Costa Verde e Mar (SC), Serra Gaúcha (RS) e
do Litoral de Jijoca de Jericoacoara (CE). Projeto de Pesquisa. Balneário Camboriú: Univali, 2013.
Sob a estrutura de Centros, cada qual com infraestrutura física e social condizente com o
desenvolvimento qualificado do ensino, da pesquisa e da extensão no seu âmbito: Centro de Ciências da
Saúde; Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer; Centro de Ciências Sociais
Aplicadas – Gestão; Centro de Ciências Sociais e Jurídicas; e Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do
Mar.
8
9
As opções de serviços estão no endereço: www.univali.br/servicos
Comissões a responsabilidade de elaborar um plano de ação regional de educação permanente
em saúde coerente com os Planos de Saúde Municipal e Estadual relacionados à educação na
saúde.
No âmbito da gestão de políticas públicas, a Univali mantém o Programa Observatório de
Políticas Públicas, que atua na formação continuada e no assessoramento de lideranças,
organizações da sociedade civil e de conselhos municipais. O programa articula a prestação de
serviços desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, o Núcleo de Estudos Sociais e Políticos
e a extensão desenvolvida pela Incubadora Social para ampliar a interação institucional com a
comunidade regional.
Por outro lado, a Univali investe na construção da cidadania e nas ações de defesa e
promoção dos direitos humanos especialmente por meio do atendimento e da orientação da
população nas questões jurídicas, nas áreas civil e criminal, sob a orientação de professores
advogados. Essa prática é oferecida nos Escritórios Modelos de Advocacia mantidos em Itajaí,
Balneário Camboriú, Tijucas, Biguaçu e São José. Essa prática também ocorre por meio de ações
de extensão coordenadas pelo Núcleo de Assessoria Jurídica das Organizações da Sociedade Civil
— que presta assessoria a Organizações Não Governamentais, Associações Comunitárias,
Associações de Moradores, Centros de Apoio e Interesse Social, Cooperativas, Empreendimentos
Solidários e Conselhos Comunitários. Esse Núcleo oferece também cursos sobre associativismo e
cooperativismo e executa a avaliação e o monitoramento de políticas públicas com o
acompanhamento dos Conselhos Gestores com representação da Instituição.
Na esfera da gestão, a inserção regional da Universidade se efetiva na assessoria
prestada a empreendimentos sociais por meio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas
Populares, voltada à promoção da economia solidária e ao desenvolvimento do
empreendedorismo voltado à autogestão — ações que viabilizam a inserção em cadeias
produtivas locais e regionais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável desses
empreendimentos nos aspectos econômico, social e ambiental.
Nesta perspectiva, a Instituição promove a capacitação de gestores públicos e lideranças
multissetoriais para os desafios das mudanças climáticas e da governança ambiental na região
da Foz do Rio Itajaí, atendendo mais de 1,1 mil pessoas e 21 entidades por ano. A capacitação
aborda desafios e oportunidades da gestão socioambiental contemporânea, destacando os
desafios globais (mudança climática, riscos socioambientais), novas iniciativas e tendências
(economia verde e a governança ambiental) e sua adaptação à realidade local em questões como
a gestão de uso e ocupação do solo.
Na área da educação, a Universidade viabiliza a sua inserção regional empreendendo
esforços na formação de professores da Educação Básica — notadamente por meio do Programa
de Formação Continuada, realizado em parceria com Prefeituras, do Programa Nacional de
Incentivo à Leitura 10, vinculado à Fundação Biblioteca Nacional, e do Programa de Iniciação à
Docência na Educação Básica (Pibid), subsidiado pela Capes.
O Pibid promove a qualificação para a docência de estudantes de licenciatura, desde o
início de sua formação acadêmica, professores da Educação Básica e do Ensino Superior,
incentivando a atuação colegiada destes em escolas públicas de Educação Básica, com incentivos
financeiros. Essas atividades estão articuladas ao projeto pedagógico da escola, mobilizando
alunos, professores, pais e a comunidade em geral. Ao todo, em 2014, o Pibid envolveu
diretamente 68 Instituições de Ensino da Rede Municipal e oito da Rede Estadual em Itajaí,
Tijucas, Balneário Piçarras, Itapema, Balneário Camboriú, Biguaçu e São José — além de contar
com a participação de 377 acadêmicos, 82 professores supervisores das Escolas de Educação
Básica e 33 coordenadores.
10
Univali. Relatório Proler. Coordenação do Programa Proler Univali, Itajaí, 2013.
O Programa Nacional de Incentivo à Leitura visa à formação de uma rede nacional de
encontros regionais de incentivo à leitura e à escrita. São parceiros da Univali neste Programa: a
Secretaria Municipal de Educação de Itajaí, a Fundação Cultural de Itajaí, o Serviço Social do
Comércio (Sesc) de Itajaí, a Secretaria Municipal Educação de Balneário Camboriú, a Fundação
Cultural de Balneário Camboriú, a Secretaria Municipal de Educação de Balneário Piçarras, o
Instituto Caracol (Navegantes) e a Biblioteca Pública Municipal e Escolar Norberto Cândido
Silveira Junior. Na Instituição, o Programa está organizado nos eixos: Produção de arte e bens
simbólicos; e Cultura, educação e cidadania. Em 2011, o Programa atingiu 16.790 pessoas. No
ano seguinte, 28.285 pessoas. E, em 2013, 37.090 pessoas.
Ainda na esfera da Educação Básica, a atuação da Univali se destaca na oferta do
Programa de Formação Continuada para professores nas redes de ensino de Itajaí e Navegantes,
com ampliação progressiva de participantes, carga horária e temáticas capazes de contemplar
todos os segmentos da escola e do currículo.
Para melhorar a infraestrutura urbana e local quanto ao desenvolvimento sustentável
dos municípios da sua região de abrangência, a Univali presta assessoria a gestores públicos no
processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial de municípios da região da
Amfri — que abriga as cidades de Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí,
Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo —, contemplando as áreas urbana e rural,
por meio de princípios metodológicos de planejamento e gestão participativa, visando ao
desenvolvimento urbano socialmente inclusivo e sustentável.
A Univali também desenvolve ações de apoio à implantação de Unidades de Conservação,
em parceria com diferentes segmentos da sociedade, por meio de reuniões com os Conselhos
dos Parques Estadual e municipais, saídas a campo para levantamento e mapeamento de
recursos hídricos da região, subsídio à implantação, ao planejamento e à gestão dos parques,
discussão e recategorização da reserva biológica e indicação de delimitação para os parques.
Várias iniciativas expressivas e premiações atestam a inserção referida. No foro da
responsabilidade social, a Univali detém, por exemplo, três certificações:
- O Certificado de Responsabilidade Social 2013, atribuído em 2014 pela Assembleia
Legislativa do Estado de Santa Catarina com base na Lei nº 12.918/2004 que reconhece as
empresas e entidades com fins não econômicos em cujas políticas de gestão estejam
incluídas ações de responsabilidade socioambiental;
- O Certificado de Responsabilidade Social 2012, atribuído em 2013 pela Assembleia
Legislativa do Estado de Santa Catarina com base na Lei nº 12.918/2004;
- A Certificação Selo Social de Itajaí 2013, atribuída em 2014 pelo Município de Itajaí com
base na Lei nº 5.403/2009 que concede o Selo para empresas/instituições que realizam
investimentos na área social tendo como parâmetro os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio;
- A Certificação Selo Social de Itajaí 2012, atribuída em 2013 pelo Município de Itajaí com
base na Lei nº 5.403/2009;
- O Título de Embaixadora do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio nº 6 (Combater
a Aids, a malária e outras doenças), integrante do Movimento Nacional pela Cidadania e
Solidariedade, criado em 2004 para atender aos Oito Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas em 2000.
Nessa esfera, é prudente pontuar que a Instituição empreende, no seu Plano de
Desenvolvimento de Responsabilidade Social, elaborado com base nas linhas de inclusão social
nas seguintes áreas: Assessoramento (projetos de inclusão cidadã, pesquisas e estudos para
conhecimento das comunidades); Atendimentos à proteção social de baixa, média e alta
complexidades; Defesa e garantia de direitos, devidamente registrados no Relatório de
Responsabilidade Social 2013 11.
Em resumo, a Univali, conforme detalha no Plano de Desenvolvimento Institucional,
prospecta a consolidação da sua identidade como Instituição Comunitária, característica esta
que acompanha a sua criação, e a reconhecida inserção no desenvolvimento econômico,
tecnológico e cultural na sua área de abrangência, assim como o fortalecimento do seu trabalho
no contexto do ensino superior brasileiro.
2.1.1 Inserção Educacional
Do ponto de vista da inserção educacional, a Univali é considerada a maior Universidade
Comunitária Catarinense. Na avaliação do desempenho das Instituições de Ensino Superior do
país (2014) realizada pelo Ministério de Educação, a Universidade obteve Índice Geral de Cursos
— IGC 4. Isso significa dizer que, na média geral de avaliação dos seus cursos de graduação e de
pós-graduação (stricto sensu), em uma escala qualitativa de 1 a 5, a Univali obteve conceito 4 ou
muito bom. Este conceito representa o movimento da Universidade para consolidar suas
políticas e seu projeto pedagógico institucional, pois sintetiza, em somente um indicador, a
qualidade de seus cursos de graduação, mestrado e doutorado.
No cenário nacional, isso representa um amplo esforço de diferenciação pela qualidade,
considerando que, nas últimas décadas, a educação superior no Brasil tem apresentado índices
expressivos de crescimento e expansão. Políticas educacionais têm favorecido o acesso de um
número significativo de estudantes a este nível de ensino, assim como a expansão das
Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, e da consequente oferta de cursos.
O Censo do Ensino Superior de 2013 compreendeu 32.049 cursos de graduação presenciais
e a distância oferecidos por 2.391 IES. Em relação a esses cursos, registraram-se 7.305.977
matrículas, 991.010 concluintes e 2.742.950 ingressos (Tabela 01).
Tabela 01 – Instituições, cursos e matrículas de graduação (presencial e a distância) por
Categoria Administrativa – Brasil – 2013
Categoria Administrativa
Pública
Total
Federal
Estadual Municipal
Graduação
Instituições
2.391
301
106
119
76
Cursos
32.049
10.850
5.968
3.656
1.226
Matrículas Graduação
7.305.977 1.932.527
1.137.851
604.517
109.159
Fonte: Censo de Educação Superior 2013, MEC/Inep.
Estatísticas Básicas
Total
Geral
Privada
2.090
21.199
5.373.450
Conforme dados da Tabela 01, o maior crescimento do ensino superior concentrou-se no
âmbito das IES privadas. Do total de 2.391 instituições brasileiras registradas pelo Censo, 2.090
pertencem a esta categoria. Este crescimento também se confirma nas matrículas dos cursos de
graduação de instituições privadas que corresponderam a 73% do total de matrículas —
5.373.450 —, número que representa o aumento de 13,5% em relação ao ano de 2010
(MEC/Inep, 2011).
De acordo com o Censo de 2013, a tendência de crescimento dos cursos de educação a
distância vem sendo contínua. Estes, no entanto, não extrapolam o número de cursos
presenciais. As matrículas nos cursos presenciais de bacharelado totalizaram, neste ano,
4.551.108, em licenciaturas, 922.981, e nos cursos de grau tecnológico, 654.569 (MEC/Inep,
2013). As de Educação a Distância, no entanto, expandiram mais suas matrículas nos cursos de
licenciatura, com 451.193 matrículas contra 361.202 do bacharelado e 341.177 no nível da
formação superior em tecnologia.
11
A versão digital pode ser conferida em: http://www.univali.br/institucional/balanco-social.
O Ensino Superior no Estado de Santa Catarina tem sua situação detalhada para o
período 2012-2013 na Tabela 02.
Tabela 02 – Número de IES, vagas, matrículas e ingressos na Educação Superior na Região Sul
e no Estado de Santa Catarina nos anos de 2012 e 2013
Região Sul
Estado de Santa Catarina
IES
Vagas
Matrículas Ingressos
IES
Vagas
Matrículas
Ingressos
2012 409 466.803
941.738
333.088
99
100.295
282.333
77.894
2013 413 498.187
962.684
277.062
98
100.587
224.210
60.859
Fonte: Adaptado da Sinopse da Educação Superior 2012-2013 - MEC/Inep.
Ano
Dados do Censo apontaram que, em 2013, 100.587 vagas foram oferecidas no ensino
superior no Estado, porém houve somente 60.859 ingressos. Estes dados indicam decréscimo na
ocupação de vagas no Estado se comparados os índices de ingressantes em 2012 (77.894). Esta
tendência manteve-se na Região Sul, que observou a diminuição do número de ingressantes de
333.738 em 2012 para 277.062 em 2013.
Do total de vagas (100.587) oferecidas no ano de 2013, 59.803 (59%) foram oferecidas
pelas IES privadas (Tabela 03). Os dados mostram ainda que, do total de 46.269 vagas oferecidas
apenas por Universidades, 10.807 vagas foram oferecidas por Universidades privadas, às quais
correspondeu o total de 8.716 ingressos nesta categoria administrativa.
Tabela 03 – Número de vagas, candidatos inscritos e ingressos nos cursos de graduação
presencial por vestibular e outros processos seletivos nas IES e Universidades do Estado de
Santa Catarina, segundo a dependência administrativa, no ano de 2013
Total Geral (Universidades,
Faculdades, Centros
Dependência
Universitários, IF, Cefet)
Administrativa
Candidatos
Vagas
Ingressos
inscritos
Pública
40.784
147.741
29.465
Privada
59.803
78.227
31.394
Fonte: Sinopse da Educação Superior 2013 - MEC/Inep.
Universidade
Vagas
35.462
10.807
Candidatos
inscritos
113.859
22.484
Ingressos
25.846
8.716
Na Tabela 03, verifica-se ainda que, nas universidades, o número de candidatos inscritos
(113.859) e de ingressantes (25.846) nas públicas foi significativo em relação aos inscritos
(22.484) e ingressantes (8.716) nas universidades privadas. Esses dados se alteram, caso
considere-se que, no total geral, que envolve faculdades e centros universitários, o número de
ingressantes nas IES privadas foi superior.
No âmbito da Univali, nos anos de 2012 a 2014, o número de cursos de graduação
(bacharelado, licenciatura e tecnologia) sofreu ligeiras flutuações, como evidencia a Tabela 04.
Tabela 04 – Número de cursos de graduação (bacharelado, tecnologia e licenciatura)
presenciais e a distância oferecidos pela Univali no período 2012–2014
Cursos de graduação
2012
Bacharelado
36
Presenciais
Licenciatura
13
Tecnologia
14
A distância
Licenciatura
8
Total
77
Fonte: Vice-Reitoria de Graduação, 2014.
2013
42
11
13
5
71
2014
42
6
12
4
64
No período analisado (Tabela 04), verifica-se a regularidade na oferta de cursos de
bacharelado e tecnologia, com leve crescimento do primeiro e diminuição de cursos de
licenciatura presenciais e a distância, notadamente no ano de 2014.
Em relação ao número de matrículas no período 2012-2014, também se observaram
ligeiras flutuações (Tabela 05):
Tabela 05 – Número de matrículas nos cursos de graduação oferecidos pela Univali nos
anos de 2012 a 2014
Anos
2012
2013
Matrículas
20.411
20.570
Fonte: Univali/Vice-Reitoria de Graduação, 2014.
2014
20.635
No período analisado, a Instituição demonstrou equilíbrio em relação ao número de
alunos matriculados. Observa-se, na Tabela 05, leve crescimento e constância nestes anos. Esses
dados guardam relação com o número de cursos de graduação ofertados no período (Tabela 04),
os quais também mantiveram o equilíbrio.
Esses dados permitem observar a busca de equilíbrio nas políticas da Universidade em
relação à oferta de cursos que melhor definem sua identidade e à manutenção de um público de
alunos que se manteve equilibrado e constante no período de três anos. Nos próximos dois anos
previstos neste Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) (2015 e 2016), a perspectiva de
crescimento se mantém nesta trajetória constante de expansão equilibrada.
A oferta de cursos de pós-graduação também se manteve equilibrada no período 20122014, com progressivo aumento (Tabela 06).
Tabela 06 – Número de cursos e de matrículas nos cursos de pós-graduação lato e stricto
sensu oferecidos pela Univali nos anos de 2012 a 2014
Anos
Lato sensu
Stricto sensu
Cursos de pós-graduação
Matrículas
Fonte: Vice-Reitoria de Graduação, 2014.
2012
30
15
1.366
2013
41
15
2.867
2014
39
15
3.203
Vale ressaltar que, no âmbito da oferta de cursos pós-graduação stricto sensu, a qual se
encontra rigorosamente submetida aos padrões de qualidade estabelecidos pelas políticas da
Capes, os indicadores de ampliação de 12 para 15 cursos são testemunho do trabalho da
Universidade para se diferenciar por meio da qualidade.
Atualmente, no Brasil, a oferta de cursos stricto sensu somente se mantém ou se amplia
mediante a avaliação criteriosa da Capes, por meio do Sistema Nacional de Avaliação da PósGraduação. Na avaliação trienal dos programas (mestrado e doutorado), são emitidos conceitos
de 1 a 7, que demonstram a qualidade dos cursos oferecidos. Os conceitos 6 e 7 são os melhores
e atribuídos aos programas com alto padrão internacional; o 5 é atribuído aos programas com
nível de excelência; o 4, aos programas com muito bom desempenho; o conceito 3, aos com bom
desempenho; e os conceitos 1 e 2 desqualificam o programa para oferta de pós-graduação no
país.
Os 15 cursos de pós-graduação stricto sensu da Univali são reconhecidos e recomendados
pela Capes, podendo-se citar: Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas com
conceito 3; Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho — conceito 3; Mestrado
Acadêmico em Computação Aplicada — conceito 4; Mestrado Acadêmico em Administração —
conceito 5; Doutorado em Administração — conceito 5; Mestrado Acadêmico em Educação —
conceito 4; Doutorado em Educação — conceito 4; Mestrado Acadêmico em Ciências
Farmacêuticas — conceito 4; Doutorado em Ciências Farmacêuticas — conceito 4; Mestrado
Acadêmico em Ciência Jurídica — conceito 5; Doutorado em Ciência Jurídica — conceito 5;
Mestrado Acadêmico em Ciência e Tecnologia Ambiental — conceito 4; Doutorado em Ciência e
Tecnologia Ambiental — conceito 4; Mestrado Acadêmico em Turismo e Hotelaria — conceito 5;
Doutorado em Turismo e Hotelaria — conceito 5.
Além destes, há também a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu denominados
Mestrado Interinstitucional (Minter) em parceria com Universidades que se encontram em
regiões distantes dos centros consolidados em ensino e pesquisa. A Univali, em 2014, oferece o
Mestrado Interinstitucional em Turismo e Hotelaria no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão e o Mestrado Interinstitucional em Ciência Jurídica na Faculdade
Guarapuava no Paraná.
A oferta de cursos de pós-graduação lato sensu, por sua vez, a partir de 2012, apresentou
crescimento significativo (Tabela 06), revelando a possibilidade de manutenção do equilíbrio em
relação ao número de cursos e vagas oferecidas.
A Univali também tem se preocupado em consolidar seus padrões de qualidade na oferta
de cursos em todos os níveis, assim como no desenvolvimento de pesquisas e de atividades de
extensão e cultura, o que fortalece sobremaneira suas possibilidades de inserção regional e
nacional.
2.2 Princípios filosóficos e técnico-metodológicos norteadores das práticas
acadêmicas
A Univali fundamenta seu compromisso com a produção da ciência e com a
universalização do saber em todas as áreas do conhecimento tendo como objetivo geral,
conforme dispõe o Art. 2º do seu Estatuto, promover o desenvolvimento da filosofia, da cultura,
da educação, da ciência, da tecnologia, das letras e das artes, visando ao bem-estar e à
valorização do homem.
Para alcançar esse objetivo, a Instituição norteia as ações que daí decorrem, por meio do
ensino, da pesquisa e da extensão, desenvolvendo um processo educacional que considera a
realidade histórico-cultural na formação do acadêmico, possibilitando que este expresse sua
criatividade e exerça sistematicamente a crítica da realidade na qual se insere e a autocrítica da
sua atuação no mundo. O processo educacional levado a efeito na Univali está sustentado em
uma ação pedagógica 12 dinâmica, baseada no diálogo, compartilhada e construída com base na
vivência e na interação dos sujeitos da aprendizagem com a cultura. A cultura, na concepção de
Mellouki e Gauthier (2014, p. 540), fornece
não só o material, os utensílios (conhecimentos, sistemas de símbolos, de gestos e de
signos, entre os quais a linguagem) e as finalidades, mas por vezes também os modelos
(o que é um bom cidadão, um cientista, um médico, um professor, um homem, uma
mulher, um pai ou uma mãe etc.) ou os esquemas de construção da relação. Ela permite
definir, elaborar ou modificar a relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo.
Para que a cultura possibilite a modificação dessas relações, o que se revela significativo
neste tipo de ação pedagógica não é somente o estudo desse ou daquele referente cultural, mas
“o esforço de interpretação que acompanha necessariamente um tal estudo, um olhar crítico, o
espírito de análise e de síntese, e as competências disciplinares e gerais que se desenvolvem por
meio do contato com tais referentes culturais e com sua contextualização social e histórica”
(MELLOUKI e GAUTHIER, 2014, p. 542).
A formação pessoal e profissional promovida pela Univali, por meio do ensino, da
pesquisa e da extensão, nos diversos campos do conhecimento considera a contextualização
histórica e as transformações culturais e tecnológicas orientadas às necessidades sociais e aos
objetivos de desenvolvimento da sociedade. Todavia, assume que cabe à Universidade o trabalho
de orientar seus acadêmicos no esforço de interpretação, no exercício da crítica e
contextualização desses “referentes culturais” em benefício da formação.
O modus faciendi dessa mediação cultural, pelo trabalho dos professores e
pesquisadores, dá-se por meio do trabalho de provimento aos alunos dos meios de aquisição de
A ação pedagógica baseia-se no diálogo e na ética comunicacional, direcionando-se para a tomada de
consciência do ato de aprender e de ensinar. Este pressupõe uma postura de investigação e de
autorregulação da aprendizagem por parte do aluno e do professor em face do conhecimento e do
domínio dos modos de sua produção.
12
conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois
elementos da aprendizagem interligados e indissociáveis (LIBÂNEO, 2004).
Neste sentido, construir conhecimentos implica uma ação compartilhada, um processo
de interação social pelos sujeitos desse ato — prática que sugere o redimensionamento do valor
das interações professor-aluno no contexto acadêmico e compreende:
– O diálogo, a cooperação, a troca de informações, o confronto de pontos de vista divergentes;
– Atividades que correspondam a aprendizagens relevantes para solucionar os problemas,
enfrentar dilemas, tomar decisões, formular estratégias de ação, as quais enfrentarão como
profissionais e cidadãos;
– A troca de repertórios, as diferentes visões de mundo, o desenvolvimento da ajuda mútua e a
ampliação de capacidades individuais;
– Estudos complementares, monitorias, atendimentos adicionais, atividades optativas,
instruções escritas que facilitem a apropriação/produção do conhecimento.
No ato pedagógico, constituído pelo processo de ensinar e aprender, esse contexto não
pode ser negligenciado. Ele requer
[...] a realização de estudos voltados para o entendimento dos processos de
construção da aprendizagem e de incentivar os estudantes universitários a
explicitar os próprios processos de aprendizagem, focando a auto-regulação da
atenção, da memória e do planejamento da ação de aprendizagem e a atribuição
de sentidos para o conteúdo, processos essenciais na construção de
aprendizagens significativas. (OLIVEIRA, 2004, p. 11).
O acompanhamento sistemático do processo de aprendizagem implica descrever,
notificar e interpretar os erros e os acertos do processo, de modo que seja possível, se
necessário, criar situações capazes de reorientar os alunos e redimensionar sua própria prática.
Assim, a Instituição, seus docentes e acadêmicos são responsáveis pela implementação de
condições apropriadas para a aprendizagem. Este processo compreende que a educação é uma
prática constituída e constituinte das relações sociais e, enquanto tal, vai se efetuar de forma
contínua ao longo da vida.
Transformar a prática docente sob a inspiração de tais concepções é ação coletiva. A
compreensão, a sistematização e a assimilação de um conhecimento somente têm valor se
promoverem alteração na conduta do educador e do educando. Uma nova forma de pensar deve
gerar novas formas de agir e de sentir. Sendo assim, convém compreender a necessidade de
organização do trabalho pedagógico como prática concreta. Gestores, professores e acadêmicos
realizam essas concepções ao implementá-las nos projetos pedagógicos e efetivá-las no
cotidiano da universidade.
Os princípios constituem a base de referência para o trabalho educativo, pois orientam
as ações em todas as suas etapas de realização — da concepção de ensino ao uso dos resultados
das avaliações. Neste contexto, o Projeto Pedagógico Institucional norteia-se pelos seguintes
princípios:
- Excelência na produção técnica e científica;
- Excelência no processo de ensino/aprendizagem nos diferentes níveis de ensino;
- Interação com a comunidade local e regional;
- Integração dos processos de gestão administrativa, acadêmica e pedagógica.
2.3 Organização didático-pedagógica da Instituição
A Univali tem sua organização didático-pedagógica estruturada para a oferta de cursos
nos níveis da educação básica e superior. A educação básica contempla a oferta das etapas da
educação infantil, do ensino fundamental e ensino médio, por meio dos seus três Colégios de
Aplicação, além de cursos técnicos profissionalizantes. A educação superior está organizada para
oferta de cursos de graduação — tecnólogos, licenciaturas e bacharelados —, nas modalidades
presencial e a distância, e de pós-graduação — lato e stricto sensu, por meio de seus cinco
Centros e um Núcleo 13.
O planejamento destes níveis, etapas e modalidades de ensino é coordenado pela ViceReitoria de Graduação, pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura e pela
Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional. Este toma como referenciais
organizadores a LDBEN 9394/96, o Decreto 5773/06 — que dispõe sobre o exercício das
funções de regulação, supervisão e avaliação de Instituições de Educação Superior e cursos
superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, as Diretrizes Curriculares
Nacionais e outras normativas do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de
Educação (CNE), além das diretrizes estabelecidas no Estatuto da Fundação Univali e no
Regimento Geral da Universidade.
A organização curricular dos Colégios de Aplicação norteia-se pelos princípios da
solidariedade; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar; da divulgação da cultura, do
pensamento, da arte e o do saber; do pluralismo de ideias; do apreço à tolerância; da valorização
da experiência cotidiana; da vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
a articulação entre educação básica e ensino superior como fonte de desenvolvimento.
A organização didático-pedagógica da educação superior está definida em Centros,
distribuídos por grandes áreas do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas – Gestão e Ciências
Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer; Ciências Jurídicas; Ciências da Saúde;
Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar; e Licenciaturas. Desta organização, decorrem a criação
e a implantação dos cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação, que, no seu
desenvolvimento e manutenção, contam com Colegiados específicos por curso, Núcleos Docentes
Estruturantes e Colegiados de Centro articulados aos Órgãos superiores da Universidade e da
Fundação Univali.
As diretrizes que norteiam o projeto pedagógico da Univali e seu PDI orientam os
projetos pedagógicos dos cursos de graduação, os quais são avaliados e renovados a cada dois
anos e apresentam na sua estrutura: a concepção orientadora do curso, os objetivos, a
organização curricular, a sistemática de estágios obrigatórios e não obrigatórios, as atividades
de iniciação científica e as complementares, as atividades teórico-práticas, as formas de
interação entre ensino-pesquisa-extensão, os processos de avaliação da aprendizagem,
autoavaliação e avaliação externa, o perfil do corpo docente, discente e técnico-administrativo, a
estrutura física e tecnológica de funcionamento do curso e o planejamento de curso articulado
ao PDI e ao Planejamento Estratégico Institucional.
A matriz curricular dos cursos está organizada de forma a que todos os créditos (com
unidade equivalente a 15 horas cada) possam ser obtidos dentro de um conjunto de períodos
letivos (semestrais), previamente estabelecidos de acordo com a legislação em vigor. Esta define
o corpo de disciplinas, organizado a partir de um desenho matricial convergente, coerente e
ordenado, levando em conta o perfil de formação desejado, os níveis de flexibilização e
integralização curricular e a carga horária total e por disciplina.
As disciplinas configuram-se como um conjunto de conteúdos selecionados a partir de
um campo definido de conhecimento, organizados em ementas correspondentes a um programa
a ser desenvolvido num período letivo, com determinado número de créditos e fundamentado
em referenciais bibliográficos atualizados. Elas são organizadas conforme as características de
seus conteúdos, podendo ser compostas de atividades em sala de aula, em laboratórios ou
Como apresentado no Capítulo 1, a Univali tem os Centros e o Núcleo organizados por áreas do
conhecimento, sendo eles: Centro de Ciências Sociais e Aplicadas – Gestão (Ceciesa Gestão), Centro de
Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação Turismo e Lazer (Ceciesa CTL), Centro de Ciências Sociais e
Jurídicas (Cejurps), Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), Centro de Ciências da
Saúde (CCS) e Núcleo das Licenciaturas.
13
outros cenários de prática e em visitas técnicas, entre outros. Há a possibilidade, ainda, de serem
organizados na modalidade semipresencial, com atividades em campo e ou em projetos
específicos de ambientação profissional.
Esta organização curricular é construída, avaliada e periodicamente atualizada e/ou
reformulada (a partir de um período superior a dois anos de funcionamento) com a participação
do corpo docente e discente, de modo a responder às necessidades de cada área de formação em
atenção às mudanças no mundo do trabalho, na sociedade e, consequentemente, nos perfis
profissionais.
Os docentes responsáveis pelas disciplinas constroem seu plano de ensino tendo como
referenciais o projeto pedagógico do curso e seu conhecimento sobre as disciplinas que
ministram. No plano de ensino, atualizado semestralmente, o professor define seus objetivos de
aprendizagem em diálogo com o perfil de formação, detalha as unidades da ementa em
conteúdos programáticos, escolhe as estratégias de ensino e os instrumentos e critérios de
avaliação do desempenho discente, assim como as bibliografias básica e complementar.
A definição dos instrumentos e critérios de avaliação do discente no plano de ensino
atende às normativas de avaliação do desempenho acadêmico aprovadas no Regimento Geral da
Universidade.
Os instrumentos de avaliação, os respectivos critérios e pesos são definidos previamente
no plano de ensino e/ou redefinidos no decorrer do semestre, com a ciência dos acadêmicos,
devendo resultar em três médias parciais: M1, M2, M3. Os resultados das avaliações são objeto
de discussão e análise com os acadêmicos de acordo com as normas em vigor. É facultado ao
acadêmico requerer a revisão da avaliação à coordenação do curso, observando-se as normas
específicas aprovadas no Conselho Universitário por meio da Câmara de Ensino. As médias
parciais são publicadas, aproximadamente, nos períodos que completam um terço, dois terços e
ao final da carga horária da disciplina e expressas por notas, graduadas de zero a dez, com duas
casas decimais, sem arredondamento.
O registro das notas e a frequência são efetuados no diário on-line. No final do semestre,
este é impresso, assinado e entregue à coordenação e arquivado na Secretaria Acadêmica e,
posteriormente, no acervo acadêmico do Arquivo Central da Instituição.
Essa rede convergente de processos que se iniciam nas deliberações do projeto
pedagógico institucional e dos projetos pedagógicos de curso e se revela nos planos de ensino de
cada disciplina e na prática pedagógica dos professores é orientada, monitorada e avaliada por
uma equipe liderada pela Vice-Reitoria de Graduação, Direções de Centro e Coordenações de
Curso. Trata-se de uma estrutura de apoio pedagógico e tecnológico que busca assegurar essa
convergência e oferecer suporte aos docentes no desenvolvimento de suas atividades.
A Vice-Reitoria de Graduação tem estruturada uma equipe de suporte, acompanhamento
e avaliação da organização didático-pedagógica institucional coordenada pela Gerência de
Ensino e Avaliação. Esta equipe está constituída por professores e técnicos responsáveis pelos
Apoios Pedagógicos dos Centros, os quais assumem a função de acompanhar, avaliar e articular
o desenvolvimento das políticas de ensino da Instituição, oferecer apoio didático-pedagógico aos
docentes, implementar projetos e programas de ação educativa e promover discussões
pertinentes à área da educação, no âmbito dos projetos pedagógicos dos cursos e Centros, em
busca da qualidade de ensino.
Essa equipe de suporte acompanha a elaboração dos planos de ensino pelos docentes,
organiza catálogos de cursos, subsidia as coordenações de curso na elaboração do projeto
pedagógico do curso, dos regulamentos e processos de reconhecimento dos cursos e dos
processos de alteração da matriz curricular. Esta participa também do processo de avaliação dos
projetos pedagógicos dos cursos, organiza os processos de avaliação institucional e sua
divulgação nos cursos.
De modo mais direto, a equipe assessora a construção dos planos de ensino de forma
integrada e interdisciplinar; acompanha a atuação dos docentes, efetuando o levantamento de
suas necessidades didático-pedagógicas; e orienta as questões de relacionamento professor e
aluno, melhorando a qualidade do trabalho docente e do ambiente acadêmico.
O Programa de Formação Continuada para Docentes do Ensino Superior também se
constitui importante suporte às atividades docentes, pois visa oferecer estudos de
aperfeiçoamento na área de formação docente. Todos os professores participam dessas
formações, nos períodos de fevereiro e julho, as quais oferecem uma gama de oficinas,
seminários e estudos direcionados a temáticas que se propõem a aprofundar discussões sobre
os princípios filosóficos e técnico-metodológicos norteadores das práticas acadêmicas e debater
inovações pedagógicas relevantes no contexto atual do ensino superior.
Também o Programa de Avaliação Institucional, implantado em 1993, constitui-se em
um processo de contínuo aperfeiçoamento do desempenho didático-administrativo. A Gerência
de Ensino e Avaliação e a equipe de Apoio Pedagógico organizam os instrumentos, acompanham
o processo, analisam os resultados e elaboram os relatórios, apresentando-os ao Grupo Gestor.
Além da avaliação, também realizam o diagnóstico do perfil socioeconômico dos acadêmicos.
Essas ações visam sinalizar mudanças necessárias ao processo interno e subsidiar o
planejamento e a avaliação realizada pela Comissão Própria de Avaliação. O detalhamento desse
programa e seu funcionamento estão explicitados no Capítulo 8.
Como suporte adicional às ações docentes, a Instituição tem estruturado um sistema
tecnológico de apoio que favorece os processos de documentação da atividade acadêmica,
otimiza o tempo do professor e torna mais transparentes os processos de ensino e avaliação
para a comunidade acadêmica. Trata-se do sistema on-line de plano de ensino, de diários de
classe, de comunicação com os acadêmicos e de recursos e materiais didáticos. O acadêmico tem
acesso a esses documentos via intranet, e o professor conta com esses suportes em qualquer
lugar que esteja.
Paralelamente a esses programas, a Universidade realiza um movimento de integração
docente, objetivando a elaboração de projetos coletivos que possibilitem a definição da
identidade institucional: o Plano de Desenvolvimento Institucional e o Projeto Pedagógico
Institucional e os Projetos Pedagógicos dos Centros e dos Cursos. Esse movimento contempla a
análise compartilhada e crítica e promove a discussão, a construção e a sistematização desses
projetos, para que eles expressem metas e definam prioridades de ações pertinentes a cada área
de forma articulada à missão e às diretrizes institucionais.
2.3.1 A construção do Projeto Pedagógico de Curso
O Plano de Desenvolvimento Institucional e o Projeto Pedagógico Institucional são os
documentos norteadores do processo de construção do Projeto Pedagógico de Curso (PPC).
Deles decorrem os princípios e o direcionamento das políticas institucionais, que atuam como
eixos estruturantes do projeto de curso.
Como afirmado, o PPC identifica os aspectos que dão sustentabilidade ao processo de
formação acadêmica e profissional. Nele, gestores, docentes e acadêmicos compartilham ideias,
desejos e propósitos dos quais derivam planos, metas e ações a serem realizadas por cada
envolvido. A execução e o cumprimento das metas do PPC são geridos pelos indicadores
qualitativos e quantitativos estabelecidos no Planejamento Estratégico Institucional,
averiguados periodicamente por meio de seminários internos e reuniões de acompanhamento
envolvendo os diversos níveis da estrutura hierárquica.
A participação de docentes e discentes no desenvolvimento do PPC é viabilizada por
meio da representatividade nos colegiados de curso, do trabalho de discussão sistemática no
Núcleo Docente Estruturante (NDE), dos debates na formação continuada docente e em fóruns e
semanas acadêmicas. A dinâmica de socialização e discussão do PPC se efetiva, sob diferentes
abordagens, com grupos de discussão ou encontros individuais com professores. Nesses
encontros, são discutidos a atualização da matriz curricular, de suas disciplinas, ementas e
bibliografias, os resultados da avaliação institucional interna e externa do curso — que tem,
entre os indicadores, a percepção do docente sobre sua participação nos projetos pedagógicos
dos cursos e da Instituição —, a socialização de experiências de ensino, pesquisa e extensão e as
deliberações coletivas sobre regulamentos de estágio e de atividades de conclusão de curso.
Nessa mesma linha, são promovidos seminários com convidados externos e egressos para
discussão de temáticas atuais e exigências do mundo do trabalho e da formação profissional,
entre outros.
Essas experiências são registradas em um sistema próprio, denominado PP on-line, e as
decisões, encaminhadas e acompanhadas sob a liderança do coordenador de curso, que assume
também a tarefa de coordenar o processo de registro e sistematização do PPC, com auxílio direto
do seu NDE.
Por meio desse conjunto de ações participativas, o PPC adquire vida e dinamicidade e
promove a ação-reflexão-ação de cada um dos professores e do seu conjunto na construção
coletiva e contínua do fazer pedagógico.
2.3.2 Currículo: inovações pedagógicas e flexibilidade
O processo de globalização da economia, o avanço da tecnologia, o surgimento de novas
formas e processos de produção configuram novas relações e desafios para a sociedade. Neste
contexto, novos rumos e tarefas se impõem à educação e, por consequência, à Educação Superior
— que tem sido foco de debates em nível mundial, prevendo ampliar seu alcance e criar
mecanismos de inclusão social sem abrir mão da qualidade da formação. Para tanto, discutem-se
estratégias de internacionalização da Educação Superior, ampliação de redes acadêmicas e
implantação de novos modelos e possibilidades de aprendizagem, pesquisa e inovação.
De acordo com o Documento Síntese do Fórum Nacional de Educação Superior (BRASIL,
2009), as políticas públicas nacionais e as Instituições de Ensino Superior devem nortear suas
ações em busca da transformação qualitativa da educação a partir de três eixos: Democratização
do Acesso e Flexibilização de Modelos de Formação; Elevação da Qualidade e Avaliação; e
Compromisso Social e Inovação 14.
A Univali tem acompanhado esse debate desde a década passada e procurado implantar
mudanças nos seus programas, projetos e cursos. Na constituição destes eixos norteadores e no
âmbito das suas ações internas, a Universidade implantou políticas de revisão do sistema de
ingresso e apoio aos estudos do acadêmico, com criação de mecanismos para progressão e
aproveitamento dos estudos, e modelos curriculares inovadores e com maior flexibilidade,
permitindo uma formação acadêmica por área.
2.3.2.1 A inovação nos modelos curriculares
O que se entende por inovação neste contexto? Está se falando basicamente de mudança
e, neste caso, de mudança de paradigma ou mudança “nos modelos mentais que orientam o
currículo” (TIDD; BESSANT; PAVITT, 2008, p.30). Trata-se de uma inovação incremental que se
inicia a partir de algo conhecido — os currículos lineares e hierárquicos, por exemplo — que vai
sendo aprimorado ou que busca o reposicionamento da percepção sobre determinado produto
ou processo.
Eventos importantes têm discutido esses eixos na última década. Entre eles, destacam-se: a Conferência
Regional de Educação Superior para América Latina e Caribe, realizada em junho de 2008 em Cartagena
de Índias; o Fórum Nacional de Educação Superior, realizado em maio de 2009 em Brasília; e a
Conferência Mundial de Educação Superior, em julho de 2009, em Paris/França. BRASIL. Documento
síntese do Fórum Nacional de Educação Superior (FNES). Brasília: MEC, maio 2009.
14
Quando se trata de currículo, a questão a ser reposicionada são os processos. Como
afirmam Tidd, Bessant e Pavitt, “[...] nossa apreciação da natureza do processo de inovação
evoluiu a partir de simples modelos lineares (característicos dos anos 1960) para modelos cada
vez mais interativos” (2008, p.97). Essa é a proposta de inovação paradigmática que se busca
instalar nos currículos dos cursos da Univali.
Na década mais recente, há, na Instituição, o redesenho da maioria das matrizes
curriculares a partir de um modelo voltado a superar a linearidade dos currículos organizados
com base na hierarquização dos conhecimentos e das habilidades de pensamento — do mais
simples para o mais complexo e do básico para o profissionalizante. Busca-se então introduzir
modelos matriciais, organizados por eixos de conhecimento que percorrem a matriz do primeiro
ao último período, os quais são potenciais viabilizadores de interação e compreensão ampliada
do aluno em relação ao seu processo de formação (Figura 10).
Figura 10 - Modelo Linear e Matricial de Currículo
Modelo Linear
Modelo Matricial
Fonte: Vice-Reitoria de Graduação, 2014.
Se, no padrão linear, os alunos primeiramente tinham acesso às disciplinas de
conhecimentos básicos e somente depois de cumpridos 50 ou 60% da carga horária da formação
teriam acesso às disciplinas profissionalizantes, no modelo matricial, esses alunos, desde o
ingresso no curso, obtêm uma visão do conjunto de conhecimentos e habilidades de
pensamentos necessários à formação. Do primeiro ao último período, o aluno lida com os
conceitos e métodos afetos a sua profissão, por meio de disciplinas de natureza teórica, teóricoprática, básica e de formação específica, reconhecendo a interação entre diferentes elementos,
como um processo combinatório de conhecimentos e práticas em que a interação é elemento
chave.
No contexto atual, boa parte dos currículos dos cursos da Univali está estruturada nesta
perspectiva de inovação paradigmática e incremental. “A inovação incremental é uma estratégia
gerencial de grande potencial porque inicia a partir de algo conhecido que vamos aprimorando”
(TIDD, BESSANT, PAVITT, 2008, p.35). Para esses autores, a inovação está associada a uma gama
de conhecimentos que são arranjados em uma dada configuração. O êxito na gestão da inovação
depende tanto da capacidade de mobilizar e utilizar o conhecimento disponível, como em
combiná-los em uma arquitetura de inovação.
Neste sentido, a Instituição trabalha para aperfeiçoar os processos e tal arquitetura de
inovação dos currículos, tendo em mente que, como inovação, este é ainda um movimento que se
renova em etapas, pois encontra becos sem saída, deparando com resistências e com um
processo de alta complexidade.
2.3.3 Atividades práticas e estágios
As atividades de natureza prática se integram ao currículo de todos os cursos por meio
da experimentação nas atividades de laboratório e iniciação científica, nas metodologias de
estudo de casos e diagnósticos e na resolução de situações-problemas articulada ao conteúdo
abordado nas disciplinas. Além disso, a Instituição também contempla, em sua política de
formação na graduação, a valorização da prática profissional dos acadêmicos em formação por
meio do aproveitamento parcial da experiência profissional dele no cômputo da carga horária
dos estágios e das atividades complementares na integralização do currículo.
As atividades complementares previstas nas matrizes curriculares, de acordo com as
Diretrizes Curriculares Nacionais, possibilitam integração e aproveitamento das relações entre
os conteúdos e contextos por metodologias que integrem a vivência e a prática profissional ao
longo do processo formativo. Privilegia-se, assim, a integração de conhecimentos e a construção
de competências previstas no Projeto Pedagógico do Curso.
Caracterizadas pela flexibilidade e diversidade, as atividades complementares —
relativas ao ensino, à pesquisa, à produção bibliográfica e artístico-cultural, aos trabalhos
técnicos e à extensão — admitem a participação dos estudantes em eventos internos e externos
à Univali: semanas acadêmicas, congressos, seminários, palestras, conferências, atividades
culturais, integralização de cursos de extensão e/ou atualização acadêmica e profissional,
atividades de iniciação científica e de monitoria, entre outras.
O estágio curricular supervisionado, regulamentado em cada curso, integra as situações
de ensino-aprendizagem na formação do acadêmico e está previsto no projeto pedagógico de
cada curso de graduação conforme determina a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, ou
seja: como o ato educativo supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo do aluno que esteja frequentando o ensino regular em
Instituições de Educação Superior.
Os estágios obrigatórios têm carga horária estabelecida na matriz curricular do curso,
conforme as diretrizes curriculares nacionais, e constituem requisito para aprovação do aluno e
obtenção do diploma. São administrados pelos cursos, discutidos pelo Núcleo Docente
Estruturante e normatizados por regulamento próprio, aprovado na Câmara de Ensino — órgão
colegiado fracionário do Conselho Universitário — e publicado em meio digital para consulta da
comunidade acadêmica.
Os estágios obrigatórios e os trabalhos de conclusão de curso são avaliados no Programa
de Avaliação Institucional, semestralmente, abordando: aspectos do campo de estágio que
devem ser melhorados, nível de conhecimento do aluno sobre o regulamento do estágio,
processo de orientação e atuação do aluno, nível de exigência da disciplina em relação ao perfil
profissional e importância para a formação.
A avaliação de estágio obrigatório está prevista nos incisos V e VII do artigo 9º da Lei
11.788/08. Para dinamizar o processo, a avaliação está disponível na intranet
(www.univali.br/intranet - Avaliação dos Estágios). O questionário deve ser respondido pelo
supervisor da parte concedente, pelo estagiário e pelo professor orientador da Univali nas
situações, a saber: a cada seis meses, a partir do início do estágio; ao término do contrato de
estágio; e na rescisão do contrato de estágio. Posteriormente, a avaliação é apresentada ao
professor orientador. Analisados os resultados, o programa de atividades de estágio poderá ser
alterado para adequar o estágio ao determinado por lei.
Os estágios não obrigatórios, caracterizados como atividades adicionais à formação
acadêmico-profissional, são realizados por livre escolha do aluno, com aprovação da Instituição.
As atividades visam ao inter-relacionamento de conceitos e aprendizagens das diferentes áreas
que compõem a matriz curricular dos cursos e ao desenvolvimento de uma postura investigativa
pelo futuro profissional, por meio de experiências de exercício profissional capazes de ampliar e
fortalecer atitudes, habilidades e conhecimentos.
A socialização das atividades de conclusão de curso ocorre de diferentes formas, como
nas semanas de iniciação científica dos cursos, jornadas, simpósios, fóruns, mostras, semanas
integradas dos Centros e em outros eventos internos e externos.
2.3.4 Incorporação de avanços tecnológicos
Em conformidade com os objetivos e as metas institucionais, a Univali, por meio do uso
de novas tecnologias de informação e comunicação, estabelece canais mais eficientes de
comunicação com a comunidade acadêmica e de otimização das suas atividades meio e fins. No
âmbito da comunicação, destaca-se sua inserção no mundo virtual com presença nas redes
sociais — Twitter, Facebook, Foursquare, Instagram, Linkedin, Youtube — e nos blogs, portais
(do egresso e do aluno) e site institucional.
No âmbito da otimização e desenvolvimento do ensino, da pesquisa e extensão,
destacam-se sistemas internos como: Matrícula on-line, Plano de ensino on-line, Sistema de notas
on-line, Sistema de Bibliotecas Integrado ao Sistema Pergamum, Biblioteca Virtual, ambiente
virtual de aprendizagem Sophia (para cursos a distância e disciplinas semipresenciais), Material
Didático (ambiente para socialização de materiais e atividades), Sistema Reserve (laboratórios),
Sistema de cópias e Banco de Talentos.
As ferramentas Material Didático e Ambiente Sophia estão integrados aos serviços da
Univali. Desta forma, o acadêmico possui login e senha únicos para toda a universidade e efetua
o acesso pela interface Portal do Aluno. Neste local, visualiza notas, programação acadêmica,
plano de ensino, questões financeiras e de biblioteca.
Em paralelo ao uso desses recursos de ensino-aprendizagem, o corpo docente adota
outras tecnologias, como as redes sociais, para compartilhamento de informações e
apresentações.
A Universidade mantém uma rede wireless de qualidade, acessível a toda comunidade
acadêmica, e laboratórios de informática com equipamentos e softwares atualizados em todos os
campi.
Adicionalmente, a Vice-Reitoria de Graduação implantou, no segundo semestre de 2013,
a informatização dos projetos pedagógicos dos cursos, bem como da elaboração do perfil
discente — que foi reformulado e passou a ser on-line, incorporado ao processo de avaliação
institucional. Tais melhorias preveem otimizar tempo e custos na elaboração dos projetos e
possibilitar a permanente atualização das informações em diálogo com outros sistemas que
compõem a Rede Integrada de Planejamento e Gestão, conforme a Figura 04 do Capítulo 1.
Em 2014, a Univali ofereceu a cada aluno ativo e egresso um serviço de e-mail com 50
gigabytes de espaço em sua caixa postal. Este serviço de e-mail, por sua vez, possui integração
com o Office on-line da Microsoft, com disponibilidade de 1 terabyte de espaço na nuvem do
serviço OneDrive para a organização e a elaboração de arquivos de texto, planilhas,
apresentações e anotações. No ano, foi construído um aplicativo que possibilita ao usuário
acesso a informações institucionais e acadêmicas e também a algumas possibilidades
diferenciadas de interação com o curso e a Instituição.
Esses sistemas, no seu conjunto, viabilizam o acesso descentralizado aos serviços e sua
otimização, além de tornar os processos pedagógicos mais transparentes, conectados e com uma
janela aberta para o conhecimento em rede.
2.4 Políticas de ensino
As atividades de ensino — da educação básica à educação superior e nas diversas
modalidades acadêmicas —, em articulação com a pesquisa, a extensão e a cultura, constituem o
eixo do planejamento da Instituição. Estas se orientam pelas seguintes diretrizes:
– Atuação docente reflexiva com intervenção efetiva nos processos de ensino e aprendizagem
com vistas à formação permanente;
– Desenvolvimento integral do aluno comprometido com a construção e vivência do
conhecimento e com uma formação técnica, ética e cidadã;
– Compromisso com as questões sociais da atualidade por meio do domínio dos diversos campos
do saber;
– Respeito à diversidade, mediante a implementação de política institucional voltada à educação
inclusiva;
– Articulação do ensino à iniciação científica com vistas à formação do espírito científico, da
autonomia intelectual, do pensamento crítico e inovador;
– Articulação entre os diversos níveis de ensino para o desenvolvimento de projetos de ensino,
pesquisa, extensão e cultura, em atenção às demandas sociais e ao desenvolvimento regional,
nacional e internacional;
– Flexibilização curricular para incorporar avanços científicos e tecnológicos, novas
metodologias e diferentes modalidades de ensino em ambientes diferenciados de aprendizagem;
– Formação de profissionais qualificados para as atividades acadêmicas, de pesquisa científica e
tecnológica, em articulação com os setores público e privado e organizações não
governamentais;
– Qualificação da gestão dos processos de ensino e aprendizagem a partir da Avaliação
Institucional, com estímulo à constante qualificação e aperfeiçoamento docente;
– Qualificação permanente da produção técnico-científica;
– Difusão e transferência do conhecimento produzido à sociedade;
– Democratização do ensino pela oferta de processos diferenciados de seleção, acesso e
permanência;
– Promoção de intercâmbio científico e tecnológico, nacional e internacional;
– Melhoria permanente dos programas stricto sensu existentes, com incentivo à atuação em
redes e a parcerias interinstitucionais no país e no exterior;
– Oferta continuada de cursos lato sensu em parcerias com diferentes segmentos da sociedade;
– Cooperação com instituições públicas e privadas e organizações não governamentais,
nacionais e internacionais e ampliação do número de convênios nacionais e internacionais;
– Otimização do acesso às informações acadêmicas mediante integração e descentralização dos
processos e sistemas de gestão;
– Atualização continuada e ampliação do acesso à infraestrutura física, organizacional e
tecnológica.
2.4.1 Educação Básica
A Univali cumpre seu papel fundamental na área da educação à medida que abre espaço
para a educação básica, em seus Colégios de Aplicação — em Itajaí, Tijucas e Balneário Camboriú
—, cuja proposta educacional está centrada na inovação para a formação de crianças e jovens
com autonomia e conhecimentos voltados ao exercício da cidadania plena.
A razão de ser dos Colégios é a formação de seus alunos com vistas ao desenvolvimento de
habilidades e competências por meio de um ensino que tem como base a interdisciplinaridade, a
problematização e a contextualização dos componentes escolares, fazendo do desenvolvimento
curricular um processo vivo e concedendo à gestão educacional a dimensão pedagógica que a
educação permanentemente atualizada e globalizada exige.
Articulando os quatro princípios básicos da Univali e os explicitados na Lei 9.394/96, o
processo de ensino da Educação Básica dos Colégios de Aplicação norteia-se pelos princípios da
solidariedade; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, de modo inovador, a
cultura, o pensamento, a arte e o saber; do pluralismo de ideias; do apreço à tolerância; da
valorização da experiência cotidiana e da vinculação entre a educação escolar, o mundo do
trabalho e as práticas sociais.
A proposta pedagógica para a Educação Infantil na Univali, voltada para o
desenvolvimento e a aprendizagem das crianças de 2 a 6 anos, privilegia situações-problema que
possibilitam à criança a construção da sua identidade, a autonomia e a apropriação do
conhecimento por meio de atividades dinâmicas, socializadoras e criativas.
O Ensino Fundamental tem como objetivo o desenvolvimento da aprendizagem críticoreflexiva, da investigação, da problematização do conteúdo curricular e da participação
consciente na sociedade. A integração horizontal e vertical de conteúdos significativos dos
diversos componentes curriculares transforma a escola num ambiente vivo de aprendizagem.
No Ensino Médio, as atividades de aprendizagem são elaboradas a partir da perspectiva
interdisciplinar, possibilitando ao aprendiz a apropriação de conhecimentos por meio de
processos de pesquisa. Assim, a ação investigativa dos alunos do Colégio de Aplicação da Univali
amplia-se progressivamente das questões do conteúdo escolar à inserção no mundo do trabalho
e à plena atuação na vida cidadã.
2.4.2 Ensino de Graduação e Sequenciais
Os cursos de graduação têm como propósito a formação de nível superior — contínua,
autônoma e permanente — fundamentada na competência teórico-prática, segundo um perfil de
cidadão/profissional capaz de recriar-se em face de novas demandas, mediante um processo de
formação continuada.
Os cursos sequenciais qualificam profissionais de nível superior, atuam na
complementação de estudos, na atualização de conhecimentos em diferentes campos do saber e
no aprimoramento de técnicas profissionais. A oferta dessa modalidade de ensino se efetiva em
parceria com organizações governamentais, instituições de classe e outras.
A fim de aprimorar a qualidade do ensino — de todos os níveis e modalidades, da
educação infantil ao ensino superior —, a Univali, por intermédio da Vice-Reitoria de Graduação,
Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura e Vice-Reitoria de Planejamento e
Desenvolvimento Institucional e em conjunto com a Direção dos Centros e coordenação dos
Cursos, desenvolve, acompanha e avalia os seguintes programas/ações:
– Acompanhamento dos processos internos e externos de avaliação;
– Fomento aos processos de melhoria dos resultados da avaliação interna e externa de cursos;
– Programa de Avaliação Institucional;
– Fomento à qualificação do corpo docente (em nível de mestrado e doutorado) para atender às
exigências da avaliação externa;
– Política de permanência do discente;
– Política de internacionalização dos currículos;
– Programa de Formação Continuada Docente;
– Política de inovação no ensino;
– Fomento e ampliação da oferta de estágio e das relações com o mercado de trabalho;
– Consolidação dos mecanismos de integração entre graduação, pós-graduação e educação
básica;
– Fomento às ações inovadoras nos projetos pedagógicos, em todos os níveis de ensino;
–Acompanhamento, capacitação e fidelização dos egressos;
– Consolidação dos Núcleos Docentes Estruturantes;
– Política de sustentabilidade socioambiental e inclusão social e sua incorporação no ensino,
pesquisa e extensão;
– Programa de difusão das manifestações artísticas e culturais;
– Aprimoramento e ampliação da comunicação entre a Instituição e o corpo docente, discente,
funcionários, comunidade local e sociedade em geral;
– Fomento à representação política da Univali nos órgãos da sociedade civil e governamental;
– Política de adequação da infraestrutura (acessos, sinalização, rampas, coberturas,
estacionamentos) dos campi, à comunidade acadêmica, particularmente aos portadores de
necessidades especiais.
2.4.3 Ensino de Pós-Graduação
2.4.3.1 Pós-Graduação Stricto sensu
Na área da pós-graduação, a Univali forma recursos humanos capacitados para compor o
próprio quadro funcional e suprir os diversos setores do mercado de trabalho, incluindo o
educacional, além de docentes capacitados para compor o próprio quadro funcional. Para isso,
ao definir a oferta, tem o compromisso de satisfazer as exigências da sociedade e dos segmentos
produtivos da região e do país, observando a concentração de recursos humanos e materiais
para a docência disponíveis na instituição.
A Instituição mantém programas de pós-graduação stricto sensu — com cursos de
mestrado (acadêmicos e profissionais) e de doutorado recomendados pela Capes/MEC —,
contribuindo para a formação de docentes e pesquisadores de alto nível, em consonância com as
políticas nacionais de Educação. A consolidação dos cursos tem propiciado também a
implementação de parcerias nacionais e internacionais, com intercâmbio efetivo de professores
e alunos e consequente aumento da produção científica de qualidade.
Quanto às metas e às respectivas estratégias previstas no Plano Nacional de Educação
que, direta ou indiretamente, dizem respeito aos seus programas de pós-graduação, a política de
ensino de pós-graduação da Univali tem sua atenção voltada para as seguintes diretrizes:
– Articulação entre os programas de pós-graduação lato e stricto sensu e os cursos de formação
de professores para a educação infantil e a educação básica;
– Consolidação e a ampliação de programas e ações de incentivo à mobilidade estudantil e
docente.
– Apoio à pesquisa institucionalizada pelos programas de pós-graduação stricto sensu para
elevar o padrão de qualidade da produção acadêmica e da Universidade;
– Incentivo e/ou a consolidação de programas, projetos e ações que objetivem a
internacionalização da pesquisa e da pós-graduação da Univali;
– Consolidação dos programas de pós-graduação existentes com a oferta de cursos de
doutorado;
– Fomento à formação de redes de pesquisa disciplinares e interdisciplinares;
– Fomento à produção científica;
– Ampliação da atuação de doutores na Univali;
– Fomento aos processos de melhoria dos resultados da avaliação interna e externa de cursos de
pós-graduação.
Para tanto, a Instituição mantém os seguintes programas de apoio à pós-graduação:
- Apoio à qualificação docente — com o objetivo de qualificar seu corpo docente, a Univali
concede bolsas de estudo aos professores para realização de mestrado e/ou doutorado em
programas recomendados pela Capes por meio da Resolução nº 007/CAS/2013. Esta prevê
desconto de 35 a 55% nas mensalidades dos professores que estudam na própria Universidade.
Além desta Resolução, periodicamente, editais institucionais são publicados internamente para
atender a demanda de professores que cursam mestrado e/ou doutorado também
recomendados pela Capes em outras Instituições, a exemplo dos editais nº 001/ProppecProen/2012 e nº 003/Proppec-Proen/2012, possibilitando apoio com carga horária docente e
ajuda para custeio.
- Apoio ao estágio de pós-doutorado — com o objetivo de apoiar e qualificar seus docentes, a
Univali prevê, por meio da Resolução nº 011/CAS/2008, o Estágio Pós-Doutoral, que pode ser
realizado por professores vinculados aos cursos de mestrado ou doutorado da Instituição,
inseridos como docentes permanentes ou categoria similar estabelecida pela Capes/MEC. Por
meio do estágio pós-doutoral, possibilitam-se: a consolidação e a difusão das linhas e dos grupos
de pesquisa vinculados aos cursos e aos programas de pós-graduação stricto sensu da Univali; o
intercâmbio acadêmico, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico; a
possibilidade de consolidação e atualização de conhecimentos e/ou reorientação de linhas de
pesquisa por meio de investigações realizadas em conjunto com grupos de pesquisa
consolidados; aumento da produção científica dos cursos e do programa no(s) qual(is) o
professor está inserido de modo permanente.
2.4.3.2 Pós-Graduação Lato Sensu
Em atendimento às estratégias institucionais, os cursos de pós-graduação lato sensu são
ofertados semestralmente, vinculados às áreas de atuação dos cursos de graduação, mestrados e
doutorados.
Para ofertá-los, os professores e/ou coordenadores de Cursos, em consonância com os
Projetos Pedagógicos de Curso e com as metas projetadas no PDI, apresentam seus projetos ao
Colegiado de Curso e Colegiado de Centro. Tais propostas baseiam-se na vocação dos cursos de
graduação a que estão vinculados e nas necessidades do mercado de trabalho, que é o foco desta
modalidade de ensino. Estando estes aprovados, o Diretor de Centro os encaminha à ViceReitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura que, por sua vez, analisa e atendendo os
critérios exigidos os submete à avaliação na Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e
Cultura (CaPPEC) e caso aprovado, os submete para homologação do Conselho Universitário CONSUN.
2.4.4 Educação a Distância
A Educação a Distância, ao combinar a tecnologia e a flexibilidade, tem à disposição a
estrutura de uma grande universidade, com suas bibliotecas e laboratórios, contando com
materiais didáticos de qualidade, ambiente virtual de aprendizagem e teleaulas geradas a partir
de estúdios equipados com tecnologia atualizada. Para tanto, conta com as seguintes diretrizes:
- Desenvolvimento de produtos e serviços que atendam às demandas sociais e possibilitem a
produção e socialização do conhecimento;
- Ampliação de parcerias internas e externas para a oferta de cursos e serviços em Educação a
Distância;
- Consolidação de uma cultura de utilização de tecnologias de informação e comunicação em
todos os âmbitos da comunidade acadêmica;
- Adequação e aplicação de tecnologias de informação e comunicação como suporte aos projetos
em Educação a Distância;
- Formação continuada de docentes, tutores e técnico-administrativos para atuação na
modalidade Educação a Distância, em todos os níveis de ensino da Instituição;
- Adequação e aprimoramento dos processos administrativos e acadêmicos da instituição para
atendimento às especificidades da Educação a Distância;
- Qualificação permanente dos processos pedagógicos na modalidade Educação a Distância.
Para tanto, a Instituição mantém, além dos cursos de graduação na modalidade a
distância, apresentados no Capítulo 3, a oferta de disciplinas semipresenciais em cursos de
graduação e pós-graduação, conforme preveem os seus projetos pedagógicos.
As disciplinas semipresenciais se caracterizam pela apresentação de um plano de ensino,
previamente aprovado pela coordenação do curso, com mediação de recursos didáticos
organizados em diferentes suportes de informação que utilizam recursos da modalidade a
distância conforme determinam a Portaria MEC nº 4059/2004, a Instrução Normativa nº
004/Univali/2009 e a Instrução Normativa nº 005/Proen/2009. Sob tais determinações, há a
oferta de disciplinas com, no mínimo, cinco e, no máximo, nove encontros presenciais.
A carga horária cumprida a distância pelos alunos varia entre 50% e 70% da carga
horária total de cada disciplina cursada no modelo semipresencial, observado o limite de 20%
da carga horária total do curso. Nos encontros presenciais, além de atividades de discussão e
revisão, são realizadas, obrigatoriamente, pelo menos, três avaliações distribuídas ao longo do
semestre. A frequência dos alunos aos encontros presenciais é registrada em formulário próprio.
São exigidos, no mínimo, 75% de presença nos encontros presenciais.
Para a organização dessas disciplinas, são obrigatórios:
- No mínimo cinco encontros presenciais destinados à realização das avaliações e de outras
atividades;
- Postagem de cronograma com a descrição das atividades presenciais e a distância;
- Elaboração de um Plano de Estudo de acordo com o modelo proposto pela Coordenação de
Educação a Distância.
Para o desenvolvimento das atividades de ensino e aprendizagem nas disciplinas
semipresenciais, são oferecidas oficinas de formação específicas aos professores. Professores e
alunos dispõem do ambiente virtual Sophia (baseado no Moodle), além de materiais e
planejamento voltados às especificidades da modalidade a distância. O ambiente virtual Sophia é
integrado ao Sistema de Controle Acadêmico e ao Portal do Aluno na internet/intranet.
As diversificadas estratégias definidas pelos professores dos cursos nos seus planos de
ensino, as teleaulas, a interação mediante uso do ambiente virtual de aprendizagem e diferentes
mídias, os fóruns, a discussão de textos e os estágios, entre outras atividades, viabilizam
aprendizagens que alternam o trabalho individual com o de grupo, assim como uma abordagem
pedagógica dialética voltada à melhoria do desempenho dos alunos.
O modelo de Educação a Distância projetado para os cursos de educação superior da
Univali segue um desenho híbrido, ou seja:
- A previsão de transmissão/disponibilização de aulas via ambiente virtual, em conjunto com o
uso de materiais impressos, mostra características do modelo multimídia. O formato das
videoaulas com os professores falando diretamente aos alunos, com acompanhamento de um
tutor, remete ao modelo de Educação a Distância como sala de aula tecnologicamente estendida.
E, finalmente, formando uma tríade de apoio ao aluno, prevê uso de um ambiente virtual de
aprendizagem, configurando-se o modelo de Educação a Distância em rede.
- A coerência entre o modelo de Educação a Distância apresentado pelo projeto pedagógico do
curso e o modelo consolidado nas práticas institucionais é resultado dos investimentos em
estrutura e na qualificação dos profissionais envolvidos na execução.
No que diz respeito à estrutura, foram efetivamente construídos e implantados os
estúdios para produção e transmissão das teleaulas, bem como os espaços para recepção de
teleaulas e estudos pelo ambiente virtual nos polos. Além disso, parte dos investimentos foi
direcionada para a produção de material didático impresso de qualidade.
No que envolve a organização didático-pedagógica da modalidade, é importante registrar
que a tutoria é desempenhada por professores especialistas na área de conhecimento da
disciplina, selecionados por edital, que acompanham o progresso do aluno e as dificuldades,
presencialmente ou por meio do ambiente virtual de aprendizagem Sophia. Para tanto, a tutoria
a distância obedece aos seguintes critérios:
- Carga horária e respectivo número de créditos da disciplina, pelo atendimento a turmas
formadas por até cem alunos;
- Acréscimo de 1 hora/aula a cada 25 alunos, ultrapassado o limite de cem alunos;
- O desdobramento de turmas será realizado quando o número de alunos efetivamente
matriculados ultrapassar 150, utilizando-se a tolerância de até mais 10 alunos.
O tutor a distância poderá registrar, no máximo, 300 alunos na modalidade a distância,
podendo assumir até três disciplinas de uma mesma turma.
O projeto pedagógico do curso detalha a metodologia de outros encontros presenciais,
além dos obrigatórios previstos. Essas atividades são realizadas nos polos de apoio presencial
selecionados para cada curso.
Em consonância com a sistemática geral de avaliação no processo ensino-aprendizagem
da Univali, a avaliação da aprendizagem na modalidade Educação a Distância, o registro da
frequência e os processos acadêmicos são regidos pela Resolução nº 019/Consun-Caen/2009.
A Avaliação Presencial (AP) é uma avaliação obrigatória que o aluno realiza de forma
presencial ao final da disciplina. Há uma avaliação presencial para cada disciplina do curso. As
Avaliações Presenciais são obrigatoriamente compostas por cinco questões discursivas e
realizadas ao final da disciplina. Essa avaliação é organizada pelo tutor a distância da disciplina,
que pode tomar por base o banco de questões elaborado pelo professor conteudista ou elaborar
novas questões, de acordo com as unidades de estudo desenvolvidas na disciplina.
A Avaliação a Distância (AD) também é obrigatória. O aluno desenvolve durante a
disciplina e a envia ao tutor a distância pelo ambiente virtual da disciplina. Em cada disciplina,
são realizadas duas atividades de avaliação a distância compostas por questões objetivas. Para a
realização das avaliações, é utilizada a ferramenta Questionários do ambiente Sophia. Essa
avaliação é elaborada pelo tutor a distância da disciplina. O projeto pedagógico do curso
estabelece, com clareza, a metodologia adotada para o desenvolvimento dessas avaliações, que
deverão ser associadas a uma ferramenta de controle no ambiente virtual da disciplina.
As notas das avaliações a distância (AD1 e AD2) serão publicadas quando transcorridos,
aproximadamente, 1/3 e 2/3 da disciplina, no Sistema Acadêmico. Todas as avaliações são
corrigidas e comentadas pelo tutor a distância da disciplina. Já a média final (MF) para
aprovação em cada disciplina se dá pela média das duas avaliações: Avaliação a Distância (AD) +
Avaliação Presencial (AP), sendo que a nota da AD será a média simples das duas atividades de
avaliação a distância.
Os pesos das referidas avaliações estão assim distribuídos:
- Avaliação Presencial: 50%;
- Médias das Avaliações a Distância: 50%.
A MF do aluno, em cada disciplina, é calculada conforme a seguinte fórmula:
MF = ((AD1 + AD2) / 2) + AP
2
A média para aprovação em cada disciplina deverá ser igual ou superior a 6.0 (seis). A
frequência aos encontros presenciais previstos é obrigatória, sendo vedado o abono de faltas,
ressalvadas as determinações legais, mediante processo de justificativa de faltas.
No caso de falta às avaliações presenciais, o aluno pode requerer prova de 2ª chamada,
que será aplicada ao final do semestre. A solicitação para realizar 2ª chamada de AP deve ser
feita mediante processo, com fundamentação objetiva justificando a ausência. Serão aceitos
como justificativa os casos previstos em legislação específica; outras ocorrências devidamente
comprovadas ficarão sujeitas à análise e deferimento da coordenação de curso. As avaliações das
disciplinas de estágio e trabalhos de conclusão de curso são normatizadas em documento
próprio.
2.5 Políticas de pesquisa
A Univali tem como um de seus objetivos promover a produção e disseminação do
conhecimento, por meio do fomento à produção científica e tecnológica docente e discente e do
investimento em parcerias que consolidem a pesquisa, a formação de recursos humanos e a
cultura. Estes objetivos se concretizam por meio dos programas institucionais de apoio à
pesquisa e pela inter-relação entre pesquisa e ensino — do ensino médio à pós-graduação. Esses
programas estimulam o desenvolvimento do espírito científico, fortalecem o ambiente
institucional para o desenvolvimento da pesquisa e promovem a construção e a disseminação de
conhecimentos.
A Instituição tem na pesquisa uma atividade básica para a formação universitária, o que
lhe permite formar jovens pesquisadores mais preparados para o mercado de trabalho e
melhorar consideravelmente a qualificação e a atuação de seus professores.
No âmbito da universidade, tem-se privilegiado o fortalecimento do ambiente
institucional para o desenvolvimento da pesquisa, o incremento dos grupos e das redes
interinstitucionais de pesquisa, a ampliação e a atualização da infraestrutura, a consolidação do
corpo docente e o apoio ao processo de formação e qualificação de novos pesquisadores.
Para consolidar a pesquisa institucional, a Univali pauta suas ações nas seguintes
diretrizes:
- Articulação da investigação científica no ensino e na extensão para atendimento às demandas
sociais e ao desenvolvimento regional;
- Fortalecimento da pesquisa como princípio educativo;
- Estímulo à inserção dos docentes na orientação à pesquisa, proporcionando infraestrutura
para este fim;
- Organização e consolidação de grupos de pesquisa em áreas afins de conhecimento, formados a
partir das linhas básicas de pesquisa estabelecidas nos projetos pedagógicos dos cursos e nos
programas de pós-graduação da Instituição;
- Viabilização de intercâmbio de pesquisadores mediante a captação de novas parcerias
nacionais e internacionais para formação de redes e projetos conjuntos de pesquisa;
- Incentivo à pesquisa aos jovens talentos-Ensino Médio;
- Incentivo à iniciação e à produção científica em todas as áreas de conhecimento;
- Incentivo às parcerias Universidade/Empresas para o desenvolvimento de pesquisas;
- Divulgação interna e externa dos resultados das pesquisas;
- Fomento à pesquisa interdisciplinar, transdisciplinar e com viés inovador;
- Fomento a estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação entre formação,
currículo e mundo do trabalho;
- Avaliação da produção científica institucional;
- Ampliação da captação de fomento externo para a pesquisa institucional.
Com base nessas diretrizes, a Universidade mantém os seguintes programas de incentivo
à pesquisa:
- Programa de Bolsas de Iniciação Científica (Probic) – tem como objetivo principal dar condições
para que os alunos regularmente matriculados na Instituição participem de projetos e atividades
nos grupos de pesquisa. Objetiva, também, despertar a vocação científica e incentivar a formação
de perfis acadêmicos voltados à investigação e à produção do conhecimento, orientados por
pesquisadores qualificados.
- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) – trata-se de um programa do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que visa à iniciação
científica de acadêmicos em todas as áreas do conhecimento.
- Programa de Bolsas de Pesquisa do Artigo 170 da Constituição Estadual – tem como objetivo
incentivar talentos científicos potenciais entre os estudantes de graduação com grau de carência
econômica e financeira, estimulando, igualmente, docentes pesquisadores iniciantes, no
desenvolvimento de pesquisa qualificada.
- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Ensino Médio (Pibic EM) – é um
Programa do CNPq que prevê fortalecer o processo de disseminação das informações e dos
conhecimentos científicos e tecnológicos básicos, bem como desenvolver as atitudes, as
habilidades e os valores necessários à educação científica e tecnológica dos estudantes do
Ensino Médio.
- Art. 171 – Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior, do
Governo do Estado de SC – este programa visa à inserção de jovens no universo da pesquisa
como forma de contribuir para o fomento do desenvolvimento econômico e social e das
potencialidades regionais.
- Programa de Pesquisa Voluntária – objetiva incentivar a participação de acadêmicos e
professores iniciantes em projetos de pesquisa voluntária, de modo a formar uma ambiência
acadêmica e um perfil voltado à investigação.
- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
(Pibiti/CNPq) – este programa possibilita maior interação entre atividades de desenvolvimento
tecnológico na graduação, bem como contribui para o engajamento de recursos humanos em
atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.
- Programa Institucional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Proinova) – este programa
visa estimular docentes pesquisadores e estudantes de graduação ou pós-graduação stricto
sensu ao desenvolvimento e à transferência de novas tecnologias e inovação.
Por meio da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, a Instituição
destina recursos à iniciação científica equivalente a 45% das bolsas. Os outros 55% são obtidos
com órgãos externos como: CNPq, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de
Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Petrobras,
prefeituras, governo estadual e empresas privadas. Os recursos financeiros de infraestrutura e
de pagamento de carga horária docente são de responsabilidade da Fundação Univali.
Também os programas de pós-graduação Stricto sensu desenvolvem pesquisas
qualificadas, subsidiadas por fontes externas, notadamente pelo CNPq, pela Finep, pela Fapesc,
pelas Centrais Elétricas do Estado de Santa Catarina, Petrobras e outros organismos nacionais e
internacionais. Estas decorrem de aprovação em editais divulgados por esses órgãos, que
financiam o custeio e o capital requerido na pesquisa e, em determinados, casos oferecem bolsas
aos docentes, mestrandos e doutorandos envolvidos nas pesquisas.
Como forma de promover as atividades de inter-relacionamento entre ensino e pesquisa,
os programas de pós-graduação desenvolvem o programa de estágio de docência, em que
mestrandos e doutorandos atuam na tutoria de classes da graduação, em determinadas
disciplinas.
Outra ação importante é a integração de alunos graduandos nos grupos de pesquisa.
Nesse ambiente, os graduandos convivem com colegas pós-graduandos e com pesquisadores
que orientam trabalhos de pesquisa no âmbito das duas esferas: graduação e pós-graduação. A
experiência vivenciada pelos graduandos é extremamente rica, pois oportuniza a participação
dos acadêmicos em atividades como palestras e seminários de pesquisa, eventos, workshops etc..
2.5.1 Política de Produção e Divulgação Científica Docente e Discente
A Instituição considera a produção científica um dos parâmetros mais relevantes das
atividades docente e discente, especialmente por seu compromisso com a produção e
socialização do conhecimento. Por meio dela pode-se dar visibilidade às atividades institucionais
de pesquisa e de iniciação científica.
No caso da pós-graduação stricto sensu, ela é determinante para avaliação da qualidade
dos programas. Deste modo, a Univali dedica especial atenção a esse requisito, notadamente
para a contratação do docente, assim como para a sua continuidade nos programas de pósgraduação, conforme já explicitado no item da pós-graduação stricto sensu.
Na graduação, no âmbito do projeto pedagógico dos cursos, são definidos critérios e
formas de acompanhamento da produção científica docente, especialmente nos casos de
professores que submetem projetos de pesquisa para aprovação nos editais internos e externos.
A Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura avalia a produção científica
docente segundo o padrão de qualidade exigido pela Capes, assegurando dessa forma o bom
desempenho dos programas e dos cursos nos processos de avaliação interna e externa.
O Sistema de Avaliação de Produção Institucional (Sapi) foi criado com o propósito de
gerar indicativos da produção científica docente por meio de um conjunto de critérios de
qualificação e quantificação. Desde 2003 esse sistema está em funcionamento e tem sido
continuamente aperfeiçoado, num processo dinâmico, mediante a criação de um escore de
desempenho em pesquisa. Esse índice serve de subsídio para a concessão de benefícios e
auxílios ao professor no que tange à pesquisa, além de ser usado para fins de promoção e
progressão no Plano de Carreira, Sucessão e Remuneração.
O Sapi considera a produção docente desde 1999, sendo sua base de dados alimentada
diretamente pela Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa por meio da conferência das
informações constantes no Currículo Lattes com os documentos comprobatórios da produção
científica entregues pelo docente.
Cada produção docente que estiver classificada no Qualis 15 terá sua pontuação
multiplicada, conforme demonstrado no Quadro 02:
Quadro 02 – Multiplicadores do escore Sapi
Qualis
A
B
C
Internacional
4.0
3.0
2.0
Nacional
2.5
2.0
1.6
Local
1.4
1.3
1.2
Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa/Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e
Cultura, 2014/I.
Para incentivar a publicação em periódicos, os cursos stricto sensu ainda mantêm suas
próprias revistas científicas com periodicidade normal, além de números especiais, a saber:
Revista Novos Estudos Jurídicos, iniciada em 1997; Revista Alcance, lançada em 1997; Revista
Turismo-Visão e Ação, publicada desde 1998; Revista Brazilian Journal of Aquatic Science and
Technology, lançada em 1998; Revista Contrapontos, lançada em 2001; e Revista Brasileira de
Tecnologias Sociais, lançada em 2014.
Quadro 03 – Estratificação Qualis das revistas institucionais
Revista
Novos Estudos Jurídicos
Alcance
Turismo-Visão e Ação
Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology
Contrapontos
Brasileira de Tecnologias Sociais
Qualis
A2
B2
B2
B2
B1
Em avaliação na Capes
Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa/Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e
Cultura, 2014.
15 Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da
produção intelectual dos programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para atender as
necessidades específicas do sistema de avaliação. Como resultado, a Capes apresenta uma lista com a
classificação dos veículos utilizados pelos programas para a divulgação da sua produção. O Qualis afere a
qualidade dos artigos e de outros tipos de produção, a partir da análise da qualidade dos veículos de
divulgação, ou seja, periódicos científicos. A classificação de periódicos é realizada pelas áreas de
avaliação e passa por processo anual de atualização. Esses veículos são enquadrados em estratos
indicativos da qualidade - A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - com peso zero.
Como se observa, os periódicos de divulgação científica institucionais são nacionalmente
qualificados e referendados pela Capes e encontram-se classificados nos níveis de melhor
qualidade (A e B). Estão ao alcance da comunidade científica institucional, nacional e
internacional para publicação de suas pesquisas e disponíveis para acesso livre on line por toda
comunidade interna e externa.
Deste modo, a difusão da produção científica e tecnológica na Univali ocorre
principalmente por intermédio de eventos e publicações (meio impresso e digital). Os resultados
das pesquisas são apresentados anualmente pelos docentes e pelos bolsistas no Seminário de
Iniciação Científica. O evento tem por objetivo socializar e avaliar os resultados das pesquisas
realizadas por meio dos Programas Institucionais de Iniciação Científica. Espera-se, assim,
promover a interação entre pesquisadores experientes e novatos, contribuindo para a
disseminação da cultura de pesquisa na comunidade acadêmica. Além desse evento institucional,
a Univali incentiva, por meio do custeio de despesas previstas no orçamento do projeto, a
participação dos acadêmicos em eventos externos.
Tabela 07 - Grupos de Pesquisa CNPq por Centro no período 2012 a 2014
Centro
Nº de
Grupos
Produção Científica
(Quantidade)
20
Centro de Ciências da Saúde
23
Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar
28
Centro de Ciências Sociais e Jurídicas
14
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão
15
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer
10
Núcleo das Licenciaturas
Total
110
Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa/Vice-Reitoria de Pós-Graduação, 2014.
4.101
3.424
8.974
4.650
3.760
1.137
26.046
Além da produção científica resultante dos programas institucionais, a Universidade
socializa todas as teses e dissertações dos programas stricto sensu no portal dos cursos; e os
trabalhos de iniciação científica, adotados na maioria dos cursos de graduação como atividades
de conclusão de curso, também são defendidos em bancas públicas abertas às comunidades
externa e interna e, posteriormente, dirigidos à rede de bibliotecas da Instituição.
2.5.2 Política de apoio a eventos
Criado em 1995, por meio das Resoluções nº 006/Cepe/95 e nº 011/CUN/95, o Fundo
de Apoio à Pesquisa (FAP) objetiva incentivar e facilitar o desenvolvimento e a promoção da
excelência de pesquisa da Univali, por meio do financiamento à qualificação de recursos
humanos, às atividades de pesquisa e à infraestrutura de apoio e serviços. O FAP 16 apoia,
especialmente, a apresentação e a publicação de artigos científicos pelos docentes pesquisadores
em eventos nacionais e internacionais, além de viabilizar o custeio das bolsas relacionadas às
pesquisas institucionais e dos recursos humanos (Docentes). Seus critérios incluem: vínculo à
programa stricto sensu da Universidade; vínculo a grupo de pesquisa oficializado na Instituição;
produção científica verificada no Sistema de Avaliação da Produção Institucional (Sapi/Módulo
Pesquisa); titulação; apresentação de trabalho
Também é prática regular, o encaminhamento de projetos institucionais para fontes de
financiamento externo como Fapesc, Capes e CNPq, para o apoio à participação em eventos
nacionais e internacionais e apoio à realização de eventos na universidade. Estes eventos, que
ocorrem semestral e/ou anualmente, em todas as áreas são importantes veículos de divulgação
16
Atualmente, o FAP é regulamento pela Resolução nº 014/CAS/2011.
do conhecimento produzido na instituição e de atualização dos docentes e discentes, além de
oportunidades para efetivação de parcerias científicas.
2.6 Políticas de extensão, arte e cultura
As políticas de extensão, arte e cultura da Univali se pautam pelas seguintes diretrizes
institucionais:
- Estímulo à participação da comunidade acadêmica na problemática social, local, regional e
nacional, evidenciada por um posicionamento humanístico, técnico-político de ação-reflexãointervenção, na produção de serviços e conhecimentos para a população local e regional;
- Acesso da comunidade a informações e conhecimentos necessários para a melhoria de sua
qualidade de vida, promovendo a sustentabilidade socioambiental;
- Implementação da educação permanente, de forma integrada, por meio de programas de
atualização e qualificação profissional, em parceria com outras entidades e órgãos institucionais
no contexto regional;
- Apoio às iniciativas de atividades curriculares relacionadas ao ensino e à pesquisa que
favoreçam a inserção da Universidade na comunidade;
- Viabilização de formas de organização e socialização de projetos, programas de extensão e
fontes financiadoras no contexto institucional, promovendo o diálogo com o setor produtivo e
comunitário, para o levantamento das reais condições e das necessidades das comunidades
prioritariamente situadas no espaço de abrangência da Univali.
A partir da extensão e das ações culturais, a Univali tem por objetivo geral promover o
desenvolvimento da filosofia, da cultura, da educação, da ciência, da tecnologia, das letras e das
artes, visando ao bem-estar e à valorização do homem. Para tanto, são objetivos específicos da
Instituição, conforme prevê o seu Estatuto:
- Desenvolver a cultura por meio da educação, para oportunizar a formação indispensável ao
exercício da cidadania e proporcionar meios que favoreçam a continuação de estudos e o
progresso pelo trabalho;
- Promover a cultura por meio do ensino, nos diferentes níveis, a pesquisa e a extensão, nas
diversas áreas e modalidades do conhecimento humano;
- Formar cidadãos responsáveis que busquem soluções democráticas para os problemas
econômicos e sociais;
- Qualificar recursos humanos nos diferentes campos do conhecimento;
- Integrar-se à vida regional pela cultura, por meio do ensino, da pesquisa, da extensão,
prestando serviços à comunidade;
- Resgatar os elementos histórico-culturais, priorizando os da sua área de influência direta;
- Promover a preservação do meio ambiente, por meio de programas e convênios específicos.
Considerando que as diretrizes institucionais para atividades de extensão se pautam em
um caráter de atividade proativa e interdisciplinar, na interação com a sociedade e em
consonância com o seu projeto político-pedagógico, faz-se necessário, na consecução de seus
fins, alinhar a Instituição a projetos voltados à melhoria da qualidade de vida, à garantia dos
direitos e da dignidade humana.
Utilizam-se os projetos de extensão como experiências de ensino e aprendizagem
permanentes, vinculadas a disciplinas curriculares. Neste sentido, considera-se fundamental
desenvolver e trabalhar a extensão e as ações culturais tendo como fim:
- Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber por meio do ensino, das publicações e de outras
formas de comunicação;
- Estimular o conhecimento dos problemas presentes, em particular os regionais, prestar
serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
- Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e
dos benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na
instituição.
Para tanto, a Univali mantém importantes programas de apoio à extensão e à cultura, os
quais serão detalhados nos itens que seguem.
2.6.1 Programas/Projetos de extensão
As ações de extensão desenvolvidas pela Univali beneficiam uma parcela significativa da
população catarinense, notadamente da região de abrangência da Univali. Por meio delas, a
Instituição fortalece o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a partir
dos seguintes parâmetros: autossustentabilidade dos projetos, racionalidade, resolutividade,
eficácia e eficiência, custo-efetividade e impacto social.
Atualmente, as atividades de extensão envolvem todos os cursos da Universidade,
somando esforços de acadêmicos e professores no atendimento à comunidade. Por essa razão,
são critérios orientadores das atividades de extensão: o envolvimento interdisciplinar,
privilegiando ações integradas, com maior impacto social, a indissociabilidade entre ensino e/ou
pesquisa, a troca de experiências e a produção do conhecimento teórico-prático baseado nas
necessidades apresentadas pela comunidade.
Entre seus Programas — de caráter mais amplo —, destacam-se:
- Programa de Bolsas de Extensão (Probe) – viabiliza a participação de professores e acadêmicos
em atividades de extensão para a comunidade e fortalece o processo ensino-aprendizagem. Além
dos benefícios para as comunidades, estimula professores e acadêmicos a produzir artigos para
a disseminação do conhecimento e a integração das propostas com o ensino e a pesquisa.
- Programas de Extensão de Caráter Permanente – envolvem todos os cursos da Universidade,
somando esforços de acadêmicos e professores no atendimento à comunidade e fortalecem o
vínculo da Instituição com diversos segmentos sociais, ao mesmo tempo em que retroalimentam
o ensino e a pesquisa.
- Projetos de Extensão com recursos via edital externo, envolvendo professores, acadêmicos e
comunidade.
- Programa de Serviço Voluntário – com o objetivo de viabilizar a prestação de serviço voluntário
não remunerado e sem vínculo empregatício, equipes compostas por acadêmicos e professores
buscam atender às populações nas mais diversas áreas do conhecimento.
- Programas de Atenção à Comunidade e Inclusão Social – objetiva proporcionar a professores e
acadêmicos o exercício da cidadania com compromisso social em diversas áreas do
conhecimento.
- Setor de Arte e Cultura – é responsável por promover, estimular e despertar o gosto e a
apreciação pela arte no meio acadêmico e na comunidade em geral. O setor realiza seminários,
cursos práticos e teóricos de arte, publicações, festivais, apresentações musicais e de dança,
exposições e restauração e conservação do patrimônio artístico da Instituição.
- Central de Gestão de Eventos – visa garantir a organização, a sistematização e o registro
estatístico de eventos no âmbito da Univali, bem como estabelecer o correto fluxo
administrativo, financeiro e contábil dos eventos realizados internamente e/ou por meio de
parcerias e convênios com outras entidades. Estimula novos eventos, possibilitando o
intercâmbio do conhecimento dentro e fora da Universidade, servindo à comunidade acadêmica
e à regional.
As ações institucionais de extensão possibilitam a vivência do acadêmico e seus
professores em um volume significativo de experiências que articulam ensino e pesquisa e
demonstram que a Universidade pode e deve contribuir para:
- Expandir o desenvolvimento econômico e social e melhorar as condições e qualidade de vida
da população;
- Valorizar a diversidade, o meio ambiente, a memória cultural, a produção artística e o
patrimônio natural e cultural;
- Desenvolver práticas de inclusão social e promoção dos direitos e igualdade étnico-racial.
2.6.2 Programa de apoio à cultura, produção artística e patrimônio cultural
Em face das diretrizes da política de extensão e cultura estabelecidas, a Univali
desenvolve ações direcionadas à produção artística e cultural e à disseminação da memória e do
patrimônio culturais — entendidos como bens materiais e imateriais que encontram lugar
importante na cultura. A função social da Universidade é resguardá-los e difundi-los para a
sociedade, de modo que mais pessoas tenham acesso a eles.
O Setor de Arte e Cultura promove atividades voltadas ao desenvolvimento cultural e
artístico existente na comunidade universitária. Desta forma, estimula a disseminação e
participação da comunidade em geral. Suas atividades estão centradas nos seguintes eixos
culturais:
1) Exposições são realizadas mensalmente no espaço cultural da Biblioteca Central Comunitária,
por meio de parcerias com entidades culturais da região. Neste espaço são apresentadas obras
de artistas locais, regionais e nacionais. São, em média, 20 exposições anuais, envolvendo um
público estimado de 10 mil visitantes a cada mostra. O setor também contribui com a memória
cultural, por meio de exposições mensais na vitrine da Biblioteca Central Comunitária, com
temas relacionados ao folclore, à música, à literatura, às artes visuais, ao teatro, ao cinema, à
fotografia e a todas as manifestações culturais que valorizem a memória e o patrimônio cultural.
2) Festivais requerem uma atividade intensa de organização e gestão, assim como ampla equipe
responsável por essas atividades. Entre eles são destaques: Festival Cultural Univali, evento
institucional realizado para a comunidade em geral; Festival Nacional Universitário de Dança de
Itajaí 17; e Festival de Música de Itajaí 18, no qual a Univali tem expressiva participação,
coordenando as oficinas e as palestras.
À programação do Festival Cultural Univali foram incorporadas diversas ações voltadas à
participação das comunidades interna e externa, destacando-se:
- Noite da Poesia: incentiva a imaginação e a criatividade a partir de experiências de fruição e
sensibilidade no trabalho com poesia, auxiliando no desenvolvimento pleno e integral dos
estudantes das escolas participantes. Além das questões emocionais, o trabalho com
declamação, com o fazer poético, com a emancipação artística e com a interpretação verbalizada
de textos possibilita, de forma intensa e eficiente, o desenvolvimento de habilidades e
competências comunicativas, imprescindíveis aos sujeitos sociais.
- Concurso de Talentos Musicais: reúne apresentações no Teatro Adelaide Konder da
Universidade. Este projeto é aberto à população em geral e visa ao desenvolvimento musical e à
profissionalização de artistas amadores da região.
- Oficinas de Artes: têm o objetivo de promover a iniciação artística e o aprofundamento técnico
intermediário, além de viabilizar o contato do público com artistas profissionais.
Anual, possui caráter não competitivo e visa fomentar a dança universitária em todo país, constituindo
um panorama da linguagem estética desenvolvida por grupos de dança universitários. O festival estimula
a formação de público para a fruição cultural da comunidade acadêmica, promovendo o aprofundamento
técnico dos bailarinos, por meio de oficinas e workshops, e a troca de saberes entre grupos de dança
universitários.
17
O Festival de Música de Itajaí, organizado pela Fundação Cultural de Itajaí, oferece, a músicos da região,
oficinas e workshops com músicos de renome nacional. Além disso, dispõe, à população, apresentações
musicais de variados gêneros em pontos diversos da cidade. O festival conta, anualmente, com o apoio do
Setor de Arte e Cultura da Univali, tanto no que se refere à estrutura física e de materiais, como na
organização do evento.
18
- Mostra de cinema sobre direitos humanos da América do Sul: evento gratuito com a participação
da comunidade em geral. O ciclo de exibições de curtas, médios e longas-metragens aborda
questões sociais, de gênero e de respeito à diversidade.
- Noite Cultural Inclusiva em comemoração ao Dia do Surdo: é realizada com a participação de
familiares, acadêmicos e comunidade, reunindo apresentações artísticas (música, dança e teatro)
desenvolvidas por acadêmicos surdos e por associações do gênero.
- Concurso de Fotografia: tem o objetivo de integrar acadêmicos, egressos, funcionários da
Univali e comunidade em geral nas atividades do Festival Cultural Univali. Busca-se estimular o
desenvolvimento da criatividade e do sentido estético, a capacidade de observação do meio e a
sensibilidade para a preservação dos patrimônios físico e humano da Universidade. A partir
disso, a Universidade possibilita a criação de uma exposição permanente de fotos artísticas ao ar
livre. Esta é uma ação de democratização do acesso da população à arte neste segmento.
- Mostra Cultural: visa fomentar o desenvolvimento cultural e artístico na região do Vale do Itajaí
a partir da comunidade universitária de todos os campi. Possibilita o intercâmbio entre artistas
amadores e profissionais nos segmentos de música, dança, poesia e artes visuais, com
apresentações, oficinas e exposições, além de mobilizar o envolvimento de entidades
socioculturais e escolas.
3) Atividades de Comunicação estão direcionadas para o uso da mídia como veículo de educação
e disseminação da cultura e do patrimônio cultural. Neste sentido, o Setor tem organizado:
- Mix Cultural: é um projeto que apresenta, na linguagem radiofônica, informações voltadas para
o segmento cultural e a divulgação de atividades artísticas da região de Itajaí. Criado em 2000,
o programa de arte e cultura, que vai ao ar semanalmente pela Rádio Educativa Univali FM,
reúne entrevistas exclusivas, atrações artístico-culturais da região, agenda de eventos
culturais, dicas de filmes e o quadro “Momento Mix”, que traz diferentes histórias e
curiosidades sobre as manifestações artísticas em todo o mundo;
- Informarte: informativos mensais enviados por mala direta do setor para toda a comunidade
acadêmica e para mais de 165 entidades fomentadoras da cultura, reunindo imagens e textos
sobre a exposição do mês, além de informações sobre a mostra do mês seguinte e informações
culturais relevantes de aspecto mais geral;
- Redes sociais e comunicação eletrônica em geral: o setor dispõe, ainda, de outras ferramentas
para
alcançar
as
comunidades
interna
e
externa,
como
o
blog
www.arteeculturaunivali.wordpress.com, o perfil no Facebook e o perfil no Twitter
@culturaunivali.
4) Grupos de produção artística que envolvem variadas atividades e são formados por:
- Grupo de Dança Univali: realiza, com a participação de acadêmicos e funcionários com
experiência em dança, criação coletiva e pesquisa orientada de temáticas e movimentos
coreográficos em dança e participa de festivais estaduais e nacionais com
trabalhos/coreografias nas áreas de jazz, contemporâneo e street dance. Este faz apresentações
para público aberto, nos campi da Univali e em outras cidades da região, e produz pesquisas
acadêmicas em dança, com publicação de artigos e reflexões na área. Desde 2011, o grupo
realiza o Festival Nacional de Dança Universitário de Itajaí.
- Projeto Tem Música na Biblioteca: promove e estimula os talentos artísticos da universidade.
Semanalmente acontecem apresentações musicais no Hall da Biblioteca Central Comunitária,
com repertório que abrange variados gêneros de Música Popular Brasileira.
- Grupo Instrumental Univali: o projeto dedica-se à pesquisa e à valorização das grandes obras de
compositores brasileiros, com foco na música contemporânea instrumental brasileira.
- Grupo Voz Universitária: é um grupo vocal de formação mista, composto por músicos e
acadêmicos da universidade, com repertório de Música Popular Brasileira.
- Coral Univali: mantém um repertório de música popular nacional e internacional para
apresentações em eventos da região. Este conta com a participação de 45 vozes, além de
-
-
instrumentistas (acadêmicos e funcionários da instituição). O Coral Infantojuvenil, por sua vez,
busca desenvolver a musicalidade nas crianças e nos adolescentes.
Banda Univali (Big Band): fomenta a música instrumental brasileira em apresentações
musicais, dentro e fora dos campi da Univali, com repertório voltado para as grandes
composições brasileiras de gêneros variados. É formada por acadêmicos, docentes e
funcionários para apoiar e difundir talentos na área da música, contribuindo para a
constituição e produção profissional no cenário cultural brasileiro.
Projeto Jazz Pra Uma: visa fomentar o estudo e prática de standards da música instrumental,
ampliando o repertório e a formação de plateia para esse gênero musical.
Projeto Dança de Salão: proporciona, a jovens e adultos, benefícios físicos, mentais,
terapêuticos e culturais na sua formação geral, por meio de aulas semanais de dança de salão.
As aulas desenvolvem vários aspectos do ser humano, tais como: a postura, a criatividade e o
ritmo, podendo atuar também como terapia.
Aulas de Extensão em Música: são cursos de instrumentação musical oferecidos à comunidade
interna e externa. Nestas aulas são realizadas práticas musicais com conteúdo em rítmica,
harmonia e melodia (canto e instrumental) com um repertório específico a cada aluno. Além de
esclarecer as especificidades dos instrumentos, também são oferecidas aulas teórico-práticas.
Aulas de Clow: possibilitam o contato do indivíduo com seus aspectos ingênuos e ridículos,
desenvolvendo a "lógica" do palhaço num estado de ação plena e em relação ao espectador,
com intuito de incentivar a relação de confiança entre pessoas e promover um ambiente de
descontração e espontaneidade por meio de jogos e brincadeiras. O serviço prático de
experimentação é base do curso, sendo trabalhadas referências teóricas e discussões a partir
delas.
5) Participação em órgãos de representação política e social, o setor de Arte e Cultura mantém
parcerias, como membro titular, no Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itajaí, no
Conservatório de Música de Itajaí, no Museu Histórico de Itajaí, no Serviço Social do Comércio de
Itajaí e na Fundação Genésio Miranda Lins.
O Setor de Arte e Cultura realiza o tombamento e a organização do acervo de obras de
arte da Universidade e possui em seu acervo 155 obras de artistas brasileiros conceituados, com
vários segmentos, técnicas e tendências na área das artes plásticas.
Além disso, a Universidade atua, com a Fundação Genésio Miranda Lins, na realização do
evento Cidade Revelada, que ocorre anualmente na cidade de Itajaí e tem como tema central a
preservação do patrimônio histórico-cultural por meio da manutenção e restauração dos
prédios públicos da cidade. O evento, que reúne oficinas e palestras, recebe o apoio dos cursos
de Arquitetura e Urbanismo e História.
Outro aspecto relevante relacionado ao patrimônio cultural do município de Itajaí está
no Centro de Memória e Documentação Histórica da Univali, que conta com um acervo expressivo
em peças, fotos e troféus que registram fatos marcantes da trajetória da Univali nos últimos 50
anos, além de possibilitar o entendimento da história da cidade e da inserção regional da Univali
no contexto dos municípios em que atua.
O Museu Oceanográfico Univali, localizado no Campus Balneário Piçarras, e o Ecomuseu
Univali, localizado na Ilha de Porto Belo, representam importantes projetos de valorização do
meio ambiente, da memória cultural e do patrimônio natural e histórico-cultural. O primeiro
possui uma das mais expressivas coleções biológicas de importância científica como: a maior
coleção de conchas e tartarugas marinhas da América Latina, a maior coleção de mamíferos
marinhos do Brasil, a maior coleção de tubarões e raias da América Latina e a quarta maior do
mundo.
A maior parte do acervo do museu referido é composta por animais marinhos da fauna
brasileira, especialmente do Sul do Brasil. Além das coleções biológicas, que são referência para
atividades didáticas e de pesquisa, o museu possui uma biblioteca com mais de mil livros
especializados, 6,2 mil artigos científicos e mais de 500 títulos de periódicos nacionais e
estrangeiros, além de fototeca e videoteca. Todo o material está disponível à comunidade
científica para disseminação do conhecimento, bem como para servir de testemunho da
minuciosa biodiversidade brasileira.
O Ecomuseu Univali atua no resgate e na valorização dos costumes, dos hábitos e da
história das comunidades litorâneas de Santa Catarina e no cuidado da biodiversidade regional.
Com exposições que divulgam e preservam o patrimônio natural, o ecomuseu exibe coleções de
espécies de cetáceos e tartarugas marinhas e mostra, permanentemente, exemplares de grandes
mamíferos que viveram na América do Sul durante a Era do Gelo. O espaço apresenta também o
laboratório do naturalista Carlos Nicolau Gofferjé, estudioso das ciências naturais da primeira
metade do século 20. São 500m2 divididos em diversos ambientes (saguão principal, duas salas
de exposição, dois terraços, plenário ao ar livre, deck de entrada e auditório para 45 pessoas).
Integrado à natureza, o local se distingue do perfil de um museu estático e se encaixa na nova
tendência de espaços culturais, nos quais os visitantes podem interagir, brincar, questionar e
conversar.
2.6.3 Política de eventos
Na Univali, caracterizam-se como eventos: cursos de extensão e aperfeiçoamento, feiras,
exposições, simpósios, seminários, semanas, jornadas, festivais, mostras, congressos, visitas
técnicas, encontros, palestras, conferências, oficinas, workshops, fóruns e outras ações com
características similares.
A Coordenadoria de Gestão de Eventos, vinculada à Gerência de Extensão e Cultura,
atende e orienta professores e acadêmicos na elaboração e execução de cursos e eventos no
âmbito institucional, incentiva a proposição de novos projetos de eventos, fornece informações
referentes a eventos ao público externo e recebe, analisa e emite parecer às propostas de
eventos.
Os eventos podem ser propostos, internamente, por coordenadores de curso,
professores, alunos, funcionários e entidades estudantis. Além disso, empresas e instituições
externas podem solicitar ou propor eventos.
A Instituição dispõe, aos usuários, o Sistema de Gerenciamento de Eventos TécnicoCientíficos Elis. O sistema está disponível a todos os organizadores de eventos internos e pode
ser utilizado por parceiros, por meio de convênios, para a inscrição em eventos e a submissão de
trabalhos pelo acesso online — fator que facilita a realização de eventos nacionais e
internacionais.
2.7 Políticas de gestão
A política de gestão da Univali está incorporada às práticas eficazes da governança
corporativa, que demonstra, em seu conjunto de processos, regulamentos e decisões, o exercício
da sua autonomia na gestão financeira e patrimonial. Em conformidade com os princípios da
colegialidade e da ciência administrativa, a Universidade administra o patrimônio colocado à sua
disposição pela Fundação Univali, planeja, executa e avalia estratégias, ações e indicadores
definidos no seu planejamento estratégico e orçamento e busca recursos e cooperação por meio
de convênios e contratos com entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais. O
desenvolvimento de tais atividades orienta-se pelas seguintes diretrizes vinculadas às
dimensões do Planejamento Estratégico Institucional: capital social, processos e
sustentabilidade econômico-financeira.
Quadro 04 – Diretrizes das Políticas de Gestão na Univali
Dimensões
Diretrizes
– Valorização do corpo docente e técnico-administrativo pela sua qualificação,
produtividade, comprometimento e atitude;
Capital Social
- Valorização do corpo discente pela trajetória acadêmica e científica de egressos e
pela inserção em mercados regionais, nacionais e internacionais.
– Garantia de um padrão de qualidade nos serviços prestados e oferecidos à
sociedade;
Processos
– Interação com a sociedade para identificação de suas necessidades, buscando e
proporcionando soluções compartilhadas às demandas sociais e tecnológicas.
– Garantia da sustentabilidade mediante a utilização de processos que valorizem
todas as formas de capital humano, natural e financeiro;
– Responsabilidade na geração de informações a fim de prestar contas a respeito da
gestão a todos os agentes interessados;
– Avaliação e gerenciamento do impacto da atuação da Univali em relação à
Sustentabilidade sociedade;
– Descentralização e delegação de competências e responsabilidades que garantam
econômicoa condução adequada das atividades da Instituição;
financeira
– Responsabilidade no desenvolvimento da ciência e tecnologia para a inovação de
serviços e produtos que proporcionem efeitos sociais positivos;
– Atendimento às políticas institucionais e aos resultados de avaliações internas e
externas por meio do planejamento, organização, direção e controle das ações
administrativas, de ensino, de pesquisa, de extensão e de cultura.
Fonte: Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2014.
Para tanto, a Univali mantém alguns programas de apoio à gestão. São estes:
- Acompanhamento e avaliação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);
- Acompanhamento e gestão dos resultados da avaliação emitidos pela Comissão Própria de
Avaliação para orientação nos processo de planejamento e gestão;
- Implementação, acompanhamento e avaliação do Planejamento Estratégico Institucional em
articulação com os resultados da avaliação, o PDI e o orçamento;
- Acompanhamento da política de sustentabilidade financeira da Instituição;
- Implementação, acompanhamento e avaliação do Plano de Carreira, Sucessão e Remuneração;
- Atualização e qualificação contínua dos Programas de Formação Continuada de Docentes, de
Gestores e de Técnico-Administrativos;
- Atualização e qualificação contínua dos sistemas de informação que compõem a Rede Integrada
de Planejamento e Gestão, para suporte à tomada de decisão;
- Implementação de sistema de controle interno para garantir a proteção dos ativos, a
fidedignidade dos dados gerados pelos diversos sistemas, a adesão às políticas da administração
e a eficiência operacional;
- Acompanhamento do sistema de incentivo e acompanhamento da produção científica docente;
- Acompanhamento, avaliação e aperfeiçoamento do Programa de Avaliação Institucional;
- Ampliação e fortalecimento dos Programas Institucionais de Intercâmbio interno, nacional e
internacional de docentes, graduandos e pós-graduandos;
- Implementação, acompanhamento e avaliação das ações institucionais voltadas à inserção
regional da Univali em relação ao desenvolvimento econômico-social e à inclusão social;
- Implantação e acompanhamento da Política de Inovação;
- Implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental;
- Investimentos na política de conservação, manutenção e atualização da infraestrutura física e
tecnológica, por meio da implantação dos Planos Diretores de Tecnologia e de Infraestrutura.
2.8 Políticas de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Socioambiental
A Univali, como Universidade Comunitária de origem pública com personalidade jurídica
de direito privado, tem suas ações voltadas à elevação da qualidade de vida e do
desenvolvimento econômico e social do país — sobretudo das regiões nas quais se encontra
inserida, conforme explicitado na sua missão, visão e valores e nos múltiplos projetos que
desenvolve com o ensino, a pesquisa e a extensão.
Desse modo, a responsabilidade social é um dos eixos norteadores de sua gestão, por
meio de ações voltadas à consolidação da ética em sua governança corporativa e em suas
relações com alunos, colaboradores, governos, fornecedores, empresas e sociedade, bem como à
inclusão social, à preservação do meio ambiente e da memória cultural e à busca do máximo
aproveitamento dos recursos utilizados e programas voltados ao desenvolvimento econômico e
regional.
Ela está diretamente relacionada às ações empreendidas pela Univali, que, com ou sem
colaboração de parceiros, contribuem para a formação de uma sociedade mais justa e
sustentável. Para tanto, a Instituição desenvolve trabalhos, ações, atividades, projetos e
iniciativas com e para a comunidade, objetivando promover a inclusão social, o desenvolvimento
econômico e a melhoria da qualidade de vida e da infraestrutura urbana/local, além da inovação
social.
Dessa forma, as ações de responsabilidade social contemplam a “inclusão social”,
entendida como um processo educativo amplo, no qual as pessoas sem acesso aos dispositivos e
recursos socioculturais buscam o seu desenvolvimento e o exercício da sua cidadania.
A atuação social da Universidade é um processo de mão dupla. Embora seu caráter
comunitário a vincule naturalmente às necessidades da sociedade de seu entorno, ela acaba por
acumular importante expertise ao abraçar, como desafios seus, as muitas demandas e
necessidades sociais. Assim, a análise dos dados e ações expõe mais do que o repertório de
atuação e o raio de interesse social da Universidade, revelando a responsabilidade com que
assume e desenvolve seu papel na sociedade.
Por meio dos indicadores — ferramentas de gestão que objetivam apoiar a
sustentabilidade e a responsabilidade social em suas estratégias de negócio, de modo que esse
venha a ser sustentável e socialmente responsável —, a Instituição está em processo de
constituição do Comitê de Responsabilidade Socioambiental, responsável pelo diagnóstico e
mapeamento permanente dos indicadores de responsabilidade social institucional e pela
construção e revisão formal da política de responsabilidade socioambiental.
A Instituição apresenta anualmente seu Relatório de Responsabilidade Social, além de
outros relatórios necessários à concessão de certificações e reconhecimentos nas esferas federal,
estadual e municipal. Resumidamente, as informações são apresentadas, tomando-se como
referenciais: indicadores sociais internos e externos e indicadores ambientais.
Na Univali, há constante preocupação com o bem-estar, o clima organizacional e a
qualidade de vida de seu capital social. Desta forma, diversas ações e benefícios se alinham na
busca de uma linguagem e cultura comuns, capazes de promover a inclusão de todos na
organização em prol de um bem comum. Para tanto, algumas ações e benefícios são ofertados de
forma permanente: Programa Uniforma, Programa de Formação Continuada de Docentes,
Ginástica Laboral, Plano de Saúde, Plano Odontológico, Bolsas de Estudos e Previdência
Complementar.
Por meio de suas estruturas especializadas e preocupada com a melhoria da qualidade
de vida das pessoas em situação de vulnerabilidade social, a Univali oferece serviços, programas
e projetos abrangendo importantes áreas de atuação. Nesta relação, que se estabelece para além
de seus muros, a Universidade vai ao encontro dos interesses da comunidade, com o
compromisso institucional de construção de uma sociedade mais justa e solidária. No item 2.6,
constam informações que evidenciam as múltiplas ações efetivas relacionadas
responsabilidade social e voltadas às comunidades interna, externa e ao meio ambiente.
à
Uma Universidade torna-se exemplo quando os princípios de gestão sustentável estão
impressos nos currículos e no ambiente, compondo uma filosofia. Desta forma, o processo de
adequação da Universidade, tanto no espaço físico como curricular, estabelece parâmetros para
aplicação dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Afinal, a preocupação socioambiental é
parte integrante do processo educativo, que deve ser abordado de forma transdisciplinar, uma
vez que é com ações práticas que se concretiza o processo de mudança.
A responsabilidade social é um processo em contínua construção e aprimoramento na
Instituição por meio de programas, projetos e iniciativas que, conforme dispõe o Quadro 05 19,
abrangem: a) Ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e igualdade étnica e
racial; b) Fomento à memória cultural, à produção artística e ao patrimônio cultural; c)
Promoção e defesa do meio ambiente; d) Inclusão social; e) Desenvolvimento econômico e
social, com vistas à consecução de uma sociedade mais justa, sustentável e com melhor
qualidade de vida; f) Valorização do capital social; g) Inovação social.
Quadro 05 – Ações de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Socioambiental, Univali
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Ações Afirmativas de
Defesa e Promoção
dos Direitos
Humanos e Igualdade
étnica e racial
Ações de fomento à
memória cultural, à
produção artística e
ao patrimônio
cultural
Ações de promoção e
defesa do Meio
Ambiente
PROJETOS/AÇÕES
ÁREAS DE ATUAÇÃO
Ações socioeducativas considerando o contexto do ciclo
vital da mulher
Qualidade de vida
Direitos Humanos
Observatório de Políticas Públicas – OPP
Aquarela musical
Articulando a Educação Musical
Arte e Cultura 20
Proler Univali
Univali em Movimento
Aquecedor Solar com Materiais Recicláveis Recursos
Humanos
Capacitação de Gestores Públicos e lideranças
multissetoriais para os desafios da mudança climática e da
governança ambiental na região da Foz do Rio Itajaí – SC
Faça Seu Papel Reciclando ideias
Implantação e Gestão de Unidades de Conservação:
Conservar é preciso
Participação em Redes Universitárias de Sustentabilidade
e Responsabilidade Social nas Universidades (Nacionais:
Reasul, Rupea e Internacionais: Ariusa, Risu e Gupes
Latino América)
Programa Univali Sustentável
Oficina do mar
Projeto sala verde de Itajaí
Direitos Humanos
Cultura, produção
artística e patrimônio
cultural
Meio Ambiente
Reciclando Biguaçu
Rede trilha da vida
Há programas que pela sua natureza se inserem em mais de uma das ações da política de
responsabilidade social e também de extensão. Para efeito de registro deste documento, optou-se por
situa-los nas ações nos quais há preponderância.
19
Nas ações de Arte e Cultura congregam-se os cursos de extensão, exposições, audições e todas as
oportunidades que envolvam as formas de manifestações da arte e da cultura, dentre elas: Acervo
Artístico, Exposições, Mix Cultural, InformArte, Dança, Música, Projeto Arte em Movimento e o Festival
Cultural.
20
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
PROJETOS/AÇÕES
Redução de Impactos de Poluição: Tratamento de resíduos
e Efluentes
Redução e Impacto sobre a Biodiversidade
Redução no Consumo de Materiais, Energia e Água
Assessoramento a profissionais e familiares de idosos
indefesos e garantia dos direitos dos idosos no município
de Itajaí
Bolsas de Estudos
Avaliação e Educação nutricional para a promoção da
saúde e prevenção de doenças
Capacitação de Jovens e adultos da Grande Florianópolis
Cidadania em Foco
Formação e Assessoria em Cidadania Infantojuvenil:
Inclusão digital pelo caderno
Fortalecimento da rede de apoio aos Afásicos
Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de
deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária
Inclusão Digital
Ações voltadas à
Inclusão Social
Inclusão Digital e Terceira Idade: uma parceria que dá
certo
Interação Univali, pais e filhos nas escolas de Itajaí
Mais e Melhor Idade
Mãos de Vida: empoderamento para a cidadania
Núcleo de Lazer com Base Cultural
Plano de Desenvolvimento Profissional
Programa de assistência: Fonoaudiologia para formação e
fortalecimento de redes de apoio voltadas a pessoas com
deficiência e suas famílias
Programa de assistência interdisciplinar a mulheres com
síndrome de fibromialgia
Programa de Assistência Social para Defesa e Garantia de
Direitos – Escritório Modelo de Advocacia
Projeto Ciranda: Combater a Violência Sexual para
resgatar a alegria da criança e do adolescente
Projeto Doutores da Beleza
Projeto Escolhas
Projeto Univali Faz
Projetos de Atendimento em Saúde
Proteja: Campanha de Prevenção a Pedofilia
Ações voltadas para o
Desenvolvimento
Serviço de Apoio a Pessoa Surda (Saps)
Assessoramento e formação de famílias para o
acolhimento de visitantes com a oferta de produtos do
ÁREAS DE ATUAÇÃO
Direitos Humanos
Direitos Humanos
Educação
Qualidade de vida
Direitos Humanos
Trabalho
Direitos Humanos e
Desenvolvimento
Econômico-social
Inovação social
Diversidade e Direitos
Humanos
Diversidade e Direitos
Humanos
Inovação Social e
Trabalho
Inovação Social
Direitos Humanos
Educação
Qualidade de vida
Desenvolvimento
Econômico-social
Cultura
Desenvolvimento
Econômico-social e
Inovação social
Qualidade de vida e
diversidade
Diversidade, direitos
Humanos e qualidade de
vida
Direitos Humanos
Direitos Humanos e
Qualidade de vida
Qualidade de vida
Qualidade de Vida
Direitos Humanos
Qualidade de vida
Direitos Humanos
Diversidade e qualidade
de vida
Melhoria condições de
vida e Meio Ambiente
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Econômico e Social
PROJETOS/AÇÕES
ÁREAS DE ATUAÇÃO
patrimônio agroalimentar de Camboriú SC - microrregião
de Itajaí
Assessoria ao Instituto Crescer
Assessoria aos gestores públicos no processo de revisão
do plano diretor de desenvolvimento territorial de
Camboriú-SC
Assessoria e capacitação de trabalhadores de um Centro
de Educação Infantil da Rede Municipal de Educação de
Itajaí-SC
Balneário Camboriú quem gosta cuida!
Doações aos Fundos Municipais de Atendimento a Criança
e ao Adolescente
Floripa Legal
Formação Docente: Capacitação dos Professores das
Creches de Itajaí para o Ensino da Música
Incubadora Social de Cooperativas Populares – ITCP
Desenvolvimento
Econômico-social
Melhoria infraestrutura
urbana/local
Desenvolvimento
Econômico-social e
Direitos Humanos
Desenvolvimento
Econômico-social e Meio
Ambiente
Direitos Humanos
Desenvolvimento
Econômico-social
Cultura
Inovação social
Desenvolvimento
Pão e Sonho
Econômico-social
Programa de Serviço Voluntário e Ações Comunitárias
Direitos Humanos
Programa Embaixadores Univali
Direitos Humanos
Programa Jovem Aprendiz Univali
Direitos Humanos
Meio Ambiente e Direitos
Univali - 8 Jeitos de Mudar o Mundo
Humanos
Ações voltadas à
Programa Uniforma
Educação
valorização do Capital Programa de Formação Continuada para Docentes
Educação
Social
Programa de Ginástica Laboral
Qualidade de vida
Previdência Complementar
Trabalho
Planos de Saúde
Saúde
Fonte: Coordenadoria de Filantropia e Responsabilidade Social – Vice-Reitoria de Planejamento e
Desenvolvimento Institucional e Gerência de Extensão – Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa,
Extensão e Cultura, 2014.
Complementarmente, a Univali desenvolve Programas de Atenção à Comunidade e
Inclusão Social, os quais também se caracterizam como ações de responsabilidade social,
envolvem disciplinas curriculares, acadêmicos e professores e contribuem para a garantia de
direitos e o desenvolvimento econômico e social da região. Entre esses programas, destacam-se:
Programa de Ações Comunitárias, Programa de Promoção Sociocultural, Serviços de Saúde,
Programa de Assistência Judiciária e Hospital Universitário Pequeno Anjo. A Tabela 08 identifica
o número de atendimentos prestados e o número de alunos envolvidos nos referidos Programas.
Tabela 08– Quantidade de atendimento e alunos envolvidos nos Programas de Atenção à
Comunidade e Inclusão Social (2012-2014) e projeção 2015 e 2016
Programas
Nº de atendimentos
Alunos
2012
125.202
185
2013
125.970
253
2014
130.688
231
2015
137.222
250
2016
144.083
270
Fonte: Gerência de Extensão e Cultura/Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura,
2014.
No Programa de Ações Comunitárias e Promoção Sociocultural, os acadêmicos prestam
atendimento à comunidade em bairros periféricos de Itajaí em dia preestabelecido, envolvendo
as áreas da saúde, promoção de direitos, registro e documentação, desenvolvimento econômico
e social, lazer, cultura e orientação para a segurança no trânsito. Esse programa é uma iniciativa
de diversos segmentos organizados da sociedade.
No Programa de Saúde, os acadêmicos vinculados aos cursos de Nutrição, Medicina,
Odontologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Farmácia e Psicologia prestam
atendimento à população da região nos inúmeros espaços organizados para este fim, tais como:
Clínica de Fisioterapia, Unidade de Saúde Familiar e Comunitária, Serviços de Atendimento
Clínico em Fonoaudiologia, Serviço de Atenção à Saúde Auditiva e Clínicas de Odontologia, entre
outros.
O Programa de Assistência Judiciária envolve ações por meio do Escritório Modelo de
Advocacia, que assume uma função ativa e potencializadora do desenvolvimento da cidadania.
Desta forma, este se apresenta como espaço que possibilita ao curso de Direito estender os
conhecimentos jurídicos e o seu potencial humano à comunidade, com o desenvolvimento de
projetos de extensão, no atendimento das demandas de interesses coletivos, definindo a sua
atuação a partir da interação com a própria comunidade.
O Hospital Universitário Pequeno Anjo (Hupa), administrado pela Fundação Univali desde
abril de 2002, exerce papel significativo no atendimento em saúde infantil a pacientes de 0 a 14
anos para toda a microrregião da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açu (Amfri),
que abrange Itajaí, Bombinhas, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Navegantes, Ilhota, Penha,
Piçarras e Luís Alves. Além desta microrregião, que possui população infantil de 118 mil
crianças, o Hospital atende pacientes de cidades próximas, como Joinville, Barra Velha, Tijucas e
Brusque.
O hospital ocupa a área de 3.313,60m² no centro da cidade de Itajaí, possui cem leitos e
conta com serviços qualificados de nutrição e dietética, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia,
assistência social, radiodiagnóstico por imagem, análises clínicas e farmácia hospitalar. O corpo
clínico é formado por aproximadamente 50 médicos, que atendem em diversas especialidades.
Nele, ainda são realizadas atividades de ensino, pesquisa e extensão dos cursos de Medicina,
Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Fisioterapia, Odontologia, Fonoaudiologia, Pedagogia,
Nutrição, Educação Física, Administração e Gastronomia, entre outros.
Com a participação de acadêmicos e professores, vários projetos são desenvolvidos no
Hupa, dentre eles: Projeto Humanizar, destinado a acolhimento dos pacientes internados, bem
como aos pais e cuidadores, prestando atendimento e orientação dirigida, sempre promovendo
saúde; e Terapeutas da Alegria, voltado principalmente a auxiliar a formação de profissionais da
saúde preocupados com a qualidade de vida do paciente e capazes de abordá-lo de forma
integral e transdisciplinar, colaborando para a melhoria do atendimento nos estabelecimentos
de saúde.
Mediante suas atividades, o Hospital tem oportunizado a recuperação da
criança/adolescente, por meio da expertise das equipes multiprofissionais que atuam também na
promoção e prevenção de saúde juntamente com a família. Além disso, o Hospital tem
promovido a melhoria da qualidade de vida da criança portadora de doença crônica, auxiliado na
formação profissional de universitários e alunos de escolas técnicas e fomentado a produção e a
publicação de pesquisas cientificas mediante estudos de casos envolvendo pacientes (crianças e
adolescentes) nas mais diversas áreas da saúde.
Acerca disso, é importante ressaltar que os Programas de Atenção à Comunidade e
Inclusão Social representam relevante impacto em relação à inserção da\ Universidade na
comunidade, considerando o número de atendimentos prestados, a diversidade e a abrangência
dos programas. Estes são desenvolvidos sistematicamente, com a atuação permanente de
professores e acadêmicos, em uma relação direta com as disciplinas curriculares e com estreita
convergência em relação aos propósitos da Política de Responsabilidade Social da Instituição.
2.9 Política Institucional de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da
Univali
No que se refere ao desenvolvimento de um modelo de gestão de ciência, tecnologia e
inovação que viabilize a pesquisa, o desenvolvimento e a transferência de conhecimento
técnico-científico para a sociedade, a Univali, como instituição científica e tecnológica, tem
projetado um modelo de política direcionado para o processo de inovação tecnológica e social
por meio da cooperação entre a Universidade, o setor produtivo e outros agentes da sociedade.
Afinal, a Universidade considera estratégico para o desenvolvimento econômico e social
do país que suas ações estimulem, de forma institucionalizada, a transformação do
conhecimento científico, técnico e tecnológico em produtos, processos e serviços que gerem
benefícios para a sociedade. Por essa razão, estabeleceu, com a política interna de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação, parâmetros e procedimentos institucionais para a participação da
comunidade acadêmica em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), proteção
da propriedade intelectual e prestação de serviços em PD&I com base nas seguintes diretrizes:
- Avaliar, compartilhar e replicar os resultados do fomento à PD&I na Univali, objetivando
maximizar sua competitividade com reflexos na qualificação da produção de conhecimento;
- Promover a cultura de pesquisa com vista à inovação de produtos, de processos, de
metodologias e de gestão, garantidos por uma prospecção sistemática e contínua do ambiente
externo;
- Avaliar as oportunidades de comercialização de tecnologias (produtos, processos ou serviços)
resultantes de projetos de PD&I, por meio do licenciamento, transferência, cessão ou direito de
uso;
- Fomentar o trabalho dos grupos de pesquisa envolvendo profissionais das diferentes áreas do
conhecimento para dinamizar os Colégios de Aplicação e os cursos de graduação e pósgraduação lato e stricto sensu da Univali;
- Incentivar formas de cooperação (redes e instituições de ensino superior) que articulem
interesses e capacidades para a complementação das potencialidades entre a Univali, a
comunidade científica, os setores público e privado, tais como: intercâmbio institucional,
desenvolvimento de projetos cooperativos com incubadoras, empresas e consórcios de
empresas;
- Apoiar a infraestrutura laboratorial da Univali para incentivo à PD&I;
- Definir um conjunto de indicadores para a gestão de PD&I com o objetivo de avaliar os
resultados obtidos, de modo a aperfeiçoar processos e maximizar a aplicabilidade na Univali em
conformidade com as características do desenvolvimento regional.
Para tanto, o Plano de Desenvolvimento Institucional, o Planejamento Estratégico
Institucional, o Projeto Pedagógico Institucional e os projetos pedagógicos dos cursos são
instrumentos dinamizadores da política PD&I.
Vinculada a Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, a
coordenação desta política está sob a responsabilidade da Diretoria de Inovação, que assume o
trabalho de planejar, executar e avaliar a política no âmbito da Universidade, em articulação com
organizações governamentais e não governamentais, nos níveis local, nacional e internacional.
Vinculado à Diretoria de Inovação, o Núcleo de Inovação Tecnológica (Uniinova) é
responsável pela promoção e gestão das atividades de empreendedorismo, inovação e proteção
da propriedade intelectual da Univali. O Uniinova é constituído por um responsável institucional,
equipe de apoio administrativo e um representante dos incubados, nomeados pelo Reitor, e sua
estruturação baseia-se nos eixos: Inovação e Propriedade Intelectual, Empreendedorismo e
Relações com a Sociedade.
Entre as competências do Núcleo, destacam-se: o apoio e a assessoria às iniciativas de
fortalecimento da política de PD&I no âmbito da Univali e em sua área de inserção; o
acompanhamento e a avaliação dos resultados decorrentes de atividades e projetos de PD&I
para o atendimento da legislação vigente; a avaliação de solicitação de criador independente
para adoção de invenção na forma da legislação vigente; a emissão de parecer pela conveniência
da proteção e divulgação das criações desenvolvidas na instituição; o acompanhamento dos
pedidos e a manutenção dos títulos de propriedade intelectual da Instituição.
A política institucional de pesquisa, desenvolvimento e inovação define também as
diretrizes relacionadas à propriedade, transferência e gestão dos direitos de propriedade
intelectual vinculados à criação ou à produção científica e/ou tecnológica da Univali. Nesta
política, toda criação, produção científica e/ou tecnológica realizada na Univali e com
característica de PD&I está sujeita às normativas de proteção e/ou registro da propriedade
intelectual. É competência da Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional a
gestão dos aspectos relacionados com a propriedade, a transferência e aos direitos de
propriedade intelectual, inerentes ou vinculados à criação ou produção científica e/ou
tecnológica da Univali, a ser exercida por meio do Uniinova.
Todas as pessoas envolvidas com atividades dessa natureza — professores, acadêmicos,
funcionários e/ou técnicos e pessoas físicas ou jurídicas em regime de associação com a Univali
— comunicarão à Univali suas criações, obrigando-se, na defesa do interesse da Universidade, a
manter a devida confidencialidade e apoiar a Univali nas atividades de proteção e/ou registro da
propriedade intelectual.
Os rendimentos líquidos efetivamente auferidos da transferência de tecnologia e da
exploração econômica de criações e direitos conexos pela Univali, sob a forma de royalties,
comissões e outras rendas, participação regulada por convênios ou contratos, lucros de
exploração direta, ou outras formas, obedecerão aos limites estabelecidos pelo § 2º do Art. 3º do
Decreto n.º 2.553, de 16/04/98 — que regula direitos e obrigações relativos à propriedade
industrial. Neste sentido, é reservado um terço do valor dos rendimentos líquidos ao criador, um
terço para o Fundo de Apoio à Inovação (FAI), administrado pela Vice-Reitoria de Planejamento
e Desenvolvimento Institucional e um terço à(s) unidade(s) de origem da criação — para
investimentos em infraestrutura, prioritariamente, na melhoria da qualidade de ensino.
Adicionalmente, a Diretoria de Inovação é responsável pelo acompanhamento dos
processos de transferência de tecnologia, de modo a promover a exploração econômica das
criações intelectuais de propriedade da Univali, dar publicidade e promover o marketing das
criações e negociar contratos de transferência de tecnologia.
A transferência de tecnologia por meio da venda ou do licenciamento das criações
intelectuais ou da transferência de know-how é objeto de contrato específico firmado entre as
partes, no qual serão estabelecidas as condições de utilização da criação, objeto do acordo.
A partir da deliberação e aprovação da política pelos Órgãos Colegiados, as principais
metas da Diretoria de Inovação são: a formação continuada do corpo docente para orientação
nos processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a atuação na Prefeitura Municipal no
que se refere às ações de implantação do Centro de Inovação Tecnológica na cidade de Itajaí, sob
coordenação do Governo de Estado de SC.
Em 2014, foi assinado o convênio de R$ 45 milhões para a construção de Centros de
Inovação em sete cidades catarinenses. Itajaí foi uma das cidades contempladas para instalação
de um edifício-sede, a ser construído na área do Distrito de Inovação de Itajaí, localizado no
Bairro de Itaipava.
O Projeto do Centro de Inovação foi viabilizado pela Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Econômico Sustentável, a partir do Programa SC@2022 — Estado Máximo da
Inovação — com a visão de tornar Santa Catarina referência nacional e internacional no uso da
inovação para o desenvolvimento sustentável. Programas estratégicos foram formulados para
buscar a construção de uma nova economia, capaz de promover o desenvolvimento
socioeconômico pautado pela inovação. Nesse programa, algumas ações tidas como prioritárias,
e que se encontram em consonância com as iniciativas federais, permeiam o apoio à implantação
e à modernização de parques tecnológicos e de incubadoras de empresas de base tecnológica e a
atividades ligadas à inovação.
Itajaí foi contemplada porque apresenta características e iniciativas que fazem a cidade
despontar regionalmente, tais como: 1) Presença de grupos de pesquisas consolidados e
constituídos por mestres e doutores que compõem o quadro docente da Univali; 2) Incubadoras
e núcleos de inovação tecnológica implantados; 3) Presença de gestores capacitados em gestão
de polos e inovação tecnológica; 4) Ambientes de promoção à inovação tecnológica; 5) Parceria
consolidada com a maior Universidade Comunitária do Estado, com cursos associados à
tecnologia/inovação; 6) Projeto arquitetônico elaborado pela Univali para a instalação futura do
parque tecnológico no Distrito de Inovação; 7) Localização como cidade-polo na região
geográfica.
A instalação do Centro de Inovação de Itajaí representa um projeto de alto valor
estratégico para o aumento da competitividade de economia local e estadual, uma vez que
aumentará a capacidade de atração e permanência de empresas inovadoras. Com isso, a
viabilização de negócios de valor agregado será multiplicada, a qualidade do capital humano
ganhará incremento.
A Univali terá participação relevante no processo de consolidação do Centro de Inovação
de Itajaí, pois atuará como estrutura de apoio às mais diversas iniciativas de inovação, educação,
pesquisa e desenvolvimento tecnológico, tal como a gestão e o acompanhamento das
incubadoras e a capacitação de empreendedores, gestores e professores, especialmente da rede
pública. Desse modo, Universidade e Centro de Inovação de Itajaí contribuirão para o
desenvolvimento local e a consequente melhoria da qualidade de vida da população, além de
desencadear uma série de avanços nas dimensões socioeconômicas, culturais e humanas.
Espera-se, também, que a implantação resulte em maior capilaridade das estratégias de
inovação da Universidade e do Município de Itajaí, da região e do Estado, bem como das
diretrizes do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação defendidas nacionalmente. Outra
expectativa é de que a instalação do projeto viabilize a redução de custos e o aumento do volume
de negócios dos empreendimentos alocados no Centro de Inovação de Itajaí, intensificando a
pesquisa científica e tecnológica e, sobretudo, fomentando a transformação de conhecimento em
produtos e serviços relevantes para a economia e a sociedade.
2.10 Política de internacionalização
Com o propósito de inserir a Univali no cenário acadêmico internacional e implantar a
concepção de internacionalização e de competências interculturais nas suas atividades de
ensino, pesquisa e extensão, a Univali estabeleceu as diretrizes da política de
internacionalização. Esta se pauta em quatro grandes eixos, a saber: mobilidade discente,
mobilidade docente, internacionalização de currículo e imagem institucional.
A política de internacionalização da Univali tem como objetivos: internacionalizar os
currículos dos cursos de graduação e pós-graduação; fortalecer as relações com as Instituições
de Ensino Superior conveniadas; incrementar a mobilidade docente e discente (incoming e
outgoing) entre a Univali e suas conveniadas; desenvolver um programa de formação,
acompanhamento e avaliação da mobilidade; incentivar a dupla diplomação dos estudantes dos
cursos de graduação e de pós-graduação; fomentar o estabelecimento de projetos e redes de
pesquisa para ampliar a produção científica, por meio de publicação de artigos em periódicos
internacionais, livros e capítulos de livros; construir a imagem da Univali como Instituição de
Ensino Superior internacionalizada.
A mobilidade acadêmica (docente e discente) constitui-se na implantação,
acompanhamento e avaliação de programas de mobilidade (incoming e outgoing) de curta e
longa duração com incentivos institucionais e/ou organizacionais.
Constituem programas de mobilidade discente na Univali: o Programa de Intercâmbio de
Estudantes, o Programa Ciência sem Fronteiras e os Programas Santander Fórmula e
Iberoamericano. São objetivos desses programas: contribuir para a formação de uma
consciência social favorável aos processos de integração; expor os estudantes a valores culturais
regionais e aspectos geopolíticos diversos; incrementar o conhecimento de línguas estrangeiras
e validar conhecimentos aprendidos sob a forma de convalidação de disciplinas.
Podem inscrever-se no Programa de Intercâmbio de Estudantes acadêmicos
regularmente matriculados, a partir do 3º período, em um curso de graduação da Univali, com
idade mínima de 18 anos completos e média de desempenho acadêmico superior ou igual a 7. A
inscrição do acadêmico no processo seletivo do programa referido se opera por meio de edital
que apresenta as vagas oferecidas pelas Universidades conveniadas. O acadêmico selecionado é
matriculado na opção “intercambista” do Sistema Acadêmico e realiza a matrícula em, no
mínimo, três disciplinas por semestre na Universidade de destino estrangeira, na qual ser
aprovado, sob pena de não ser reconhecida a equivalência de estudos no retorno à Univali.
Para a seleção das disciplinas, o acadêmico leva em conta um elenco de disciplinas
consideradas equivalentes — compatível com o conteúdo programático de uma disciplina
existente no currículo — pela coordenação do curso da Univali. Ademais, levando-se em conta o
diferencial de um currículo internacionalizado, é enfatizada aos futuros intercambistas a
importância de cursar disciplinas que não constem dos currículos dos cursos oferecidos na
Univali.
No retorno à Univali, o ex-intercambista requer, à Coordenadoria de Assuntos
Internacionais, a equivalência de disciplinas cursadas durante o período de intercâmbio,
apresentando atestado de notas original e o conteúdo programático, respeitando-se o número
mínimo de disciplinas, de acordo com o período de duração do intercâmbio. A Coordenadoria de
Assuntos Internacionais, por sua vez, encaminha os documentos constantes do processo de
convalidação de disciplinas à Gerência de Avaliação e Ensino, que será responsável pela
formação de uma comissão, da qual o coordenador do curso do aluno requerente também fará
parte.
O Programa Ciência sem Fronteiras, subsidiado pelo Governo Federal e coordenado pela
Capes e CNPq, possibilita a inscrição de estudantes de graduação e pós-graduação stricto sensu
em editais, com critérios específicos, que lhes permitem cursar disciplinas e/ou estágios no
exterior. O aproveitamento dos estudos feitos na Universidade de destino pela Universidade de
origem é uma premissa do programa. As disciplinas cursadas poderão ser convalidadas como
disciplinas obrigatórias, eletivas ou optativas ou ainda serem aproveitadas como atividades
complementares. O estágio, quando previsto no regulamento do curso de origem do
intercambista, será convalidado de acordo com a normativa em vigor.
O Programa Fórmula Santander destina-se a acadêmicos que atendam aos requisitos e
critérios dispostos nos editais correspondentes. Seu objetivo é o intercâmbio acadêmico de dois
estudantes de graduação ou de pós-graduação stricto sensu da Univali com Universidades
conveniadas no exterior, com bolsa do Santander Universidades, para custear transporte aéreo,
hospedagem e despesas pessoais durante um semestre de estudos.
O Programa Ibero-Americano destina-se à mobilidade de dez acadêmicos de cursos de
graduação para Universidades conveniadas, também com bolsa para custear transporte aéreo,
hospedagem, seguro de viagem internacional com cobertura médica e despesas pessoais
durante um semestre de estudos.
A Tabela 09 apresenta o número de acadêmicos participantes dos Programas de
Mobilidade Discente (outgoing) no período 2012-2014 e projeção para 2015-2016.
Tabela 09 – Número de Acadêmicos participantes dos programas de mobilidade discente
(outgoing) no período 2012-2014 e projeção 2015-2016
Programas
2012
2013
2014
2015
2016
Programa de Intercâmbio de Estudantes – PIA
79
52
50
60
70
Ciência sem Fronteiras
02
24
34
40
50
Programa Fórmula Santander
02
02
02
02
02
Programa Santander Ibero-americanas
04
05
15
10
10
Total
87
83
101
112
132
Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional, 2014.
Os dados apresentados evidenciam que, embora haja pequeno incremento na
modalidade de intercâmbio outgoing, esse é, ainda, pouco significativo. Por essa razão, há, no
planejamento estratégico da Coordenadoria de Assuntos Internacionais, várias ações para elevar
o número de alunos com experiência no exterior, como: campanhas de marketing com
divulgação de todos os programas de mobilidade e palestras em todos os campi durante o
período de vigência dos editais de cada programa.
A Univali também recebe acadêmicos de países estrangeiros desde 1994. O processo se
inicia com os contatos e a celebração de convênios com Universidades estrangeiras interessadas
em realizar a mobilidade acadêmica. A Univali tem 140 convênios firmados com Universidades
estrangeiras visando os processos de mobilidade (incoming e outgoing) de acadêmicos e
professores. No período 2012-2014 foram firmados os seguintes convênios, conforme se
observa no Quadro 06.
Quadro 06 - Países e Universidades com acordos de cooperação com a Univali, 2012-2014
País
Alemanha
Bélgica
Brasil
Canadá
Chile
China
Coreia do Sul
Espanha
França
Irlanda
Itália
México
Noruega
Portugal
Universidade
Kempten University of Applied
Sciences
Artevelde College Ghent
SENAC-SP
Mount Royal University
Universidad Católica Del Norte
University of Tianjin Foreing Studies
Pukyong National University
Universidad de Girona
Universidad de Salamanca
Universidad de Alicante
Universidad de Almería
Universidad de Málaga
Institute Superieur de Gestion
Paris Descartes University
Athlone Institute of Technology
Florence University of Arts
Universitá de Ferrara
Universitá Politécnica Delle Marche
Universidade de Salerno
Universitá Degli Studi di Perugia
Universidad Autônoma del Estado de
México
Haugesund University College
Universidade de Coimbra
Instituto Politécnico de Setúbal
Universidade do Minho
Universidade do Algarve
Ano
Modalidade
2012
PIA
2014
2014
2014
2013
2013
2014
2012
2012
2012
2014
2013
2013
2013
2013
2013
2013
2014
2014
2012
2013
2014
2013
2012
2012
2014
PIA
PIA
Marco/PIA
PIA
Memorandum
PIA
Marco
Convênio Pós-graduação
Mestrado em Administração
Convênio de Cooperação
Acordo de Cooperação
PIA
Convênio CsF/Farmácia
Marco
PIA
Acordo de Cooperação
Cultural
Acordo de Cooperação
PIA
Doutorado Co-tutela
PIA/Convênio Colaboração
Estudantil
PIA/Cooperação Internacional
Dupla Diplomação –
Licenciaturas/ Letras
Marco/PIA
Doutorado/Co-tutela
Protocolo de Cooperação
País
República
Tcheca
Universidade
Universidade de Lisboa
Prague Metropolitan University
Ano
2014
2013
Modalidade
Acordo de Cooperação
PIA
Acordo de Cooperação
Internacional
Turquia
Bezmialem Vakif University
2013
Marco
Uruguai
Universidad de La República
2012
PIA
Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional, 2014.
Suécia
Universidade de Halmstad
2014
Como se observa no Quadro 06, a maioria dos acordos, no período 2012-2014, foi
firmada com Universidades europeias. Todavia, em um esforço para internacionalizar os
currículos por meio de vivências multiculturais, a Univali tem buscado firmar parcerias nas
Américas e Ásia. Nota-se ainda, que, mesmo na Europa, as novas parcerias incluem países
nórdicos e do leste europeu, com os quais não havia interação anteriormente.
Como os acordos de cooperação preveem, em suas cláusulas, a reciprocidade de ações, a
Univali tem também recebido, ao longo dos anos, alunos intercambistas — que são regularmente
matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação e podem usufruir as mesmas
oportunidades e facilidades proporcionadas aos alunos regulares.
Tabela 10– Número de estudantes internacionais na Univali e convênios realizados no período
2012-2016
Indicadores
2012
2013
2014
2015
2016
Estudantes internacionais
28
33
47
55
70
Acordos de cooperação
08
12
11
15
15
Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional, 2014.
Como se observa (tabela 10), houve aumento significativo do número de convênios
firmados no período 2012 e 2014. Para o período 2015-2016, a expectativa é a ampliação destes,
buscando, no entanto, maior diversidade de países conveniados. De fato, os números se referem
mais a acordos a serem refeitos, devido ao final da vigência, à assinatura de parcerias específicas
e, sobretudo, ao estreitamento de parcerias com Universidades latino-americanas. Obviamente,
esse cenário calcado em dados reais pode ser alterado pelo contexto político e financeiro,
nacional e internacional.
Os programas de mobilidade docente, por sua vez, constituem o intercâmbio de
professores com instituições estrangeiras conveniadas visando à realização de atividades de
docência e de pesquisa, a participação de professores em eventos técnico-científicos (como
palestrantes ou ministrantes de oficina/cursos) e/ou a realização de estágio pós-doutoral no
exterior.
São critérios de elegibilidade para o intercâmbio de professores: o tempo de contratação
(professor com 5 anos ou mais na Instituição); a titulação (doutorado); a atuação nos cursos de
graduação e/ou de pós-graduação stricto sensu da Univali; a confirmação com carta de aceite da
Instituição estrangeira especificando as atividades (docência e/ou pesquisa) a serem
desenvolvidas; a anuência e a aprovação, por parte dos coordenadores de curso ou programa a
que está vinculado; a ciência do plano de atividade pela Coordenadoria de Assuntos
Internacionais; a aprovação, pela Univali, na prova de idioma da Instituição estrangeira ou
comprovação de proficiência.
A Univali também recebe docentes de instituições estrangeiras conveniadas para a
realização de atividades de docência e pesquisa. São critérios para recepção destes: ser
professor doutor, atuar na pós-graduação stricto sensu da Instituição estrangeira, ter carta de
apresentação da sua Instituição especificando plano de trabalho e tempo de permanência e ter
anuência e aprovação dos coordenadores de curso/programa a que está vinculado.
No período 2012-2014, visitou a Univali e seus cursos de graduação e pós-graduação um
número significativo de professores conforme Tabela 11.
Tabela 11 – Número de professores em atividades de mobilidade docente (incoming e
outcoming) na Univali no período 2012-2014 e projeção para 2015-2016
Indicadores
2012
2013
2014
2015
2016
Nº Professores (incoming)
34
42
48
53
58
Nº Professores (outcoming)
20
26
30
33
37
Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional, 2014.
A análise dos dados constantes da Tabela 11 revela que o número de docentes
internacionais na Univali é mais elevado do que o de professores da Univali em universidades do
exterior no período de 2012 a 2014. Como esta prática requer o envolvimento e a decisão
profissional e pessoal do professor, observa-se ainda a necessidade de conscientização deles em
relação à importância da internacionalização de sua atividade e da projeção de sua carreira, por
meio da atuação em outros países por determinado período.
A mobilidade docente está condicionada também a uma série de variáveis externas como
as políticas governamentais de seleção e concessão de bolsas para programas de doutorado e
pós-doutorado e a oferta de programas de curta duração/palestras/workhops a serem
ministrados por professores visitantes, entre outras.
A internacionalização de currículos constitui-se no terceiro eixo que organiza a política
de internacionalização na Univali. Estatísticas publicadas por Organizações internacionais (tais
como a OECD) apontam que somente de 2 a 3% dos alunos de graduação em todo o mundo
conseguem vivenciar experiências acadêmicas no exterior. Com base nessa premissa, a Univali
passou a desenvolver, desde 2011, o Programa de Internacionalização no Campus ou
Internationalization at Home. Este tem na internacionalização dos currículos de todos os cursos
uma das principais estratégias para o desenvolvimento da internacionalização inclusiva, que
visa preparar todos os acadêmicos da Univali para atuar com sucesso na sociedade global e
intercultural do século 21.
Em termos conceituais, a internacionalização dos currículos é compreendida como um
processo de incorporação das dimensões internacional, intercultural e global ao ensino, à
pesquisa e aos serviços de uma Instituição de Ensino Superior.
De modo a formar o profissional dotado de conhecimentos, competências e habilidades
para atuar com sucesso na sociedade global do século 21 e também formar um cidadão críticoreflexivo, capaz e disposto a intervir na criação de uma sociedade mais justa, o currículo
internacionalizado deve oportunizar a revisão paradigmática do conhecimento (conhecimento
de quem, o quê? e para quem?) que permeia os currículos formal, informal e oculto dos cursos e
programas em vigor na universidade.
Em termos operacionais, é possível elencar algumas das estratégias de
internacionalização de currículos com as quais a Coordenadoria de Assuntos Internacionais vem
atuando para implantar a proposta de Internationalization at Home na Univali:
- A infusão da perspectiva internacional e intercultural em objetivos, conteúdos programáticos,
avaliação e bibliografia dos cursos;
- O uso de estratégias de ensino interdisciplinares, tais como estudos regionais ou de área que
cubram mais de um país e a oferta de disciplina (em português e/ou em línguas estrangeiras)
que explicitamente abordem aspectos da comunicação intercultural;
- O emprego de currículo do qual uma parte compulsória é oferecida na ou por Instituições
estrangeiras, incluindo-se programas de intercâmbio;
- A oferta de disciplina curricular na qual o conteúdo é especificamente desenhado para
estudantes internacionais;
- O ensino compulsório de uma segunda língua para todos os estudantes;
- O fomento ao ensino e à aprendizagem de línguas estrangeiras;
- A integração das atividades curriculares com as atividades internacionais promovidas na
instituição;
- As experiências de ensino intercultural e internacional (ex: semanas internacionais com
debates, exposições e ciclos temáticos multi e interculturais, cinema e outras artes, colóquios e
eventos literários);
- A utilização de peer tutoring e serviço voluntário que promova a cooperação entre estudantes
nacionais e internacionais;
- O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação para facilitar a mobilidade virtual;
- A oferta de cursos de extensão sobre outras culturas;
- A oferta de formação em comunicação intercultural;
- A existência de projetos de assistência para o desenvolvimento internacional;
- O fomento à ligação entre grupos étnicos e culturais da comunidade.
Essa perspectiva ampliada de internacionalização é uma tendência que vem se
construindo nos últimos anos e ainda merece estudos e um trabalho de posicionamento e
imersão das Universidades para incorporá-la. Ela significa mais que a mobilidade docente ou
discente, pois requer uma visão de internacionalização com foco no currículo e nas práticas
educacionais. Ela conduz o acadêmico e o professor a pensar de modo internacionalizado, a
analisar dados e a discutir fatos que extrapolam o contexto mais imediato no qual vivem ou
atuam.
Por se tratar de uma postura e um modo de conceber a formação universitária, a
internacionalização do currículo na Univali vem sendo trabalhada mediante ações iniciais. Entre
elas, destacam-se: a formação continuada de docentes, o estudo das ementas e planos de ensino
de alguns cursos e a inserção de disciplinas do currículo em língua estrangeira. Muito se
pretende realizar nessa direção, tanto no âmbito da graduação como da pós-graduação.
O quarto eixo da política de internacionalização se refere à imagem institucional
vinculada à concepção de internacionalização do currículo. Entende-se como imagem
institucional o conjunto de estratégias e materiais voltados à criação e à fixação, na memória de
determinada comunidade, de valores com perspectivas internacionalizadas e inclusivas.
Constituem-se como valores os serviços, oferecidos por Universidades, de (e em) línguas
internacionais, como o inglês, o curso da língua vernacular para estrangeiros e atendimentos
bilíngues.
A imagem e a atuação de uma Universidade internacionalizada requer a participação de
seus docentes e pesquisadores em fóruns internacionais de todas as áreas científicas, bem com
as comunicações institucionais acerca de todas as atividades dos currículos dos seus cursos e
aos seus serviços, dirigidas aos estudantes em geral e em potencial, bem como à referida
sociedade global.
Essa concepção embutida na imagem institucional também não se implanta apenas pela
via do intercâmbio de alunos e professores ou pela adoção de disciplinas estrangeiras, mas se
firma nas práticas cotidianas da Universidade, no modo como ela escolhe ou define sua
identidade: como uma Instituição multicultural, aberta à diversidade de pessoas e ideias,
consciente dos benefícios da educação intercultural para o desenvolvimento global dos
estudantes e da sua empregabilidade no mercado internacional.
Por se tratar de concepção, essa prática tem sido discutida de maneira ainda pouco
abrangente na instituição, mas, por ser necessária e inovadora, consta das diretrizes da política,
de modo a se fortalecer e ganhar corpo nos próximos anos.
A Coordenadoria de Assuntos Internacionais é a instância responsável pela coordenação,
acompanhamento e avaliação da política de internacionalização. Entre as atribuições dela,
destacam-se: assessorar a Reitoria no que concerne à proposição e celebração de convênios de
cooperação técnico-científica; fomentar na comunidade acadêmica o seu envolvimento em
atividades de mobilidade nacional e internacional; coletar e divulgar informações sobre assuntos
nacionais e internacionais de potencial interesse para todos os setores da Universidade;
promover programas de intercâmbio de gestores, pesquisadores, professores e estudantes;
orientar os cursos e os setores da Universidade em matéria de internacionalização dos
currículos acadêmicos; prospectar a participação da Universidade em órgãos e agências de
financiamento; e colaborar para a definição e a aplicação de uma política de programas de
desenvolvimento de projetos acadêmicos interinstitucionais de níveis nacional e internacional.
2.11 Prestação de Serviços
A política de Prestação de Serviços da Univali é de responsabilidade da Coordenadoria de
Projetos e Prestação de Serviços, vinculada a Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional. Esta Coordenadoria tem como atribuições: realizar a gestão e avaliação das ações
de prestação de serviços da Univali, prospectar novos negócios e consolidar os existentes,
estabelecer canais institucionais de relação com empresas privadas, governo federal, estadual e
municipal e coordenar os processos de cadastramento da universidade junto a esses órgãos,
visando habilitá-la para a prestação de serviços. Compete-lhe ainda diagnosticar, mapear e
divulgar as potencialidades e vocações internas da instituição, nas várias áreas de conhecimento,
com vista à comercialização de serviços.
A Univali tem estruturado um Portfólio de Serviços distribuído em oito áreas de
conhecimento, com atuação em diversos âmbitos, conforme detalhamento do Quadro 07.
Quadro 07 – Áreas de atuação e atividades de Prestação de Serviços da Univali
Áreas de
Atuação
Subáreas
ANÁLISES
LABORATORIAIS
Central de Laboratórios
de Ensaios Analíticos –
CLEAn
Design
COMUNICAÇÃO E
DESIGN
Marketing e
Comunicação
Rádio e TV
GESTÃO E
HOSPITALIDADE
Comércio Exterior
Consultoria
Empresarial
Gastronomia
Serviços
Análises físico-químicas e microbiológicas de produtos,
insumos e materiais: farmacêuticos, químicos,
cosméticos e correlatos, águas, alimentos, bebidas,
amostras ambientais, superfícies, equipamentos e
embalagens.
Assessoria, consultoria e outros serviços nas diferentes
áreas do Design: Animação, Gráfico, Industrial, Jogos,
Moda e Produto, desenvolvendo modelos, projetos e
produtos de acordo com as necessidades do cliente,
seus objetivos e público-alvo.
Assessoria, consultoria e outros serviços nas áreas de
marketing e comunicação com desenvolvimento de
planos de comunicação e soluções criativas e
prospecção de novas demandas e oportunidades.
Produção audiovisual e de radiodifusão: cursos de
locução em rádio, captação de imagens e produção de
jingles para campanhas publicitárias, captação, edição e
veiculação de imagens
Assessoria e consultoria em análise e prospecção de
mercados nacionais e internacionais, negociações,
classificação fiscal, planificação de custos, formação de
preço, processos e documentações relacionadas à
importação e exportação.
Assessoria e consultoria organizacional, mercadológica,
logística e financeira para empreendedores e
organizações públicas e privadas nos diversos
segmentos.
Assessoria, consultoria e outros serviços na área da
gastronomia para restaurantes e empresas do
Áreas de
Atuação
Subáreas
Turismo e Hotelaria
Arquitetura, Urbanismo
e Design de Interiores
INFRAESTRUTURA
Construção Civil
Aquacultura
Biotecnologia
Ecotoxicologia
Educação Ambiental
Geoprocessamento
MEIO AMBIENTE
Impacto Ambiental
Integridade Ambiental
Gerenciamento
Costeiro Integrado
Hidrografia e
Oceanografia Geológica
Monitoramento de
Algas Nocivas
Oceanografia Química e
Poluição Marinha
Monitoramento e
Capacitação do Setor
Pesqueiro
Serviços
segmento alimentício.
Assessoria, consultoria e outros serviços na área de
turismo e hotelaria para empreendimentos do
segmento turístico e organizações públicas e privadas.
Consultoria e elaboração de projetos arquitetônicos,
ambientação de interiores, planos diretores e projetos
urbanísticos, conservação e restauração de edificações
e sítios históricos.
Consultoria e serviços na área da construção civil como
controle tecnológico e caracterização de materiais e
insumos, ensaios quantitativos e qualitativos,
implantação de sistema de coordenadas em áreas
urbanas e rurais, planejamento territorial e
monitoramento topográfico de estruturas de
engenharia entre outros.
Elaboração, implantação e manutenção de projetos de
cultivo de organismos aquáticos, desenvolvimento de
tecnologias de cultivos marinhos, monitoramento
ambiental em áreas de cultivo, cursos e assessoria para
o associativismo e cooperativas de produtores.
Análise, prospecção e diagnóstico na área da
biotecnologia a organizações públicas e privadas
Avaliação dos efeitos causados por produtos químicos
lançados no meio ambiente.
Elaboração, implantação e avaliação de Programas de
Educação Ambiental, produção e avaliação de recursos
pedagógicos e ambientes de aprendizagem, capacitação
e orientação para a gestão participativa.
Produtos especializados desenvolvidos a partir do
processamento
de
dados
geográficos
e
desenvolvimento de modelagem para auxiliar gestores
de organizações públicas e privadas nas decisões
gerenciais e consultoria e capacitação na área.
Assessoria e serviços em processos de licenciamento
ambiental, elaboração e execução de estudos e
relatórios de impacto e programas de monitoramento
ambiental.
Serviços especializados para a implantação e o
acompanhamento de Protocolos de Avaliação de
Integridade Ambiental na gestão de recursos naturais
por organizações públicas e privadas.
Gerenciamento costeiro integrado envolvendo análises
e planejamento da ocupação espacial e uso de recursos
da zona costeira.
Análise e levantamento de dados na área de hidrografia
e geologia marinha
Avaliação dos efeitos nocivos causados por algas nos
diversos ambientes.
Análise, avaliação e monitoramento de variáveis
fisioquímicas em ambientes aquáticos.
Monitoramento de desembarques de frotas artesanais
e industriais, estatísticas de pesca , monitoramento de
operações de pesca, análises biológica, ecológica de
espécies marinhas costeiras e de profundidade
capturadas e/ou influenciadas pela atividade pesqueira
entre outros.
Áreas de
Atuação
Subáreas
Oceanografia Física
Oceanografia Química e
Poluição Marinha
Avaliação de produção
Institucional
Editora Univali
PESQUISA,
EDUCAÇÃO E
CULTURA
Idiomas
Livraria Universitária
Pesquisas Sociais
Serviços Educacionais
Beleza e Bem-Estar
Biomedicina
BELEZA E SAÚDE
Educação Física
Enfermagem
Farmácia
Fisioterapia e
Fonoaudiologia
Nutrição
Serviços
Assessoria, consultoria e serviços em Oceanografia
operacional, instrumentação oceanográfica, instalação,
operação e manutenção de estações meteorológicas e
equipamentos oceanográficos, análise estatística de
dados ambientais, assessoria para obras costeiras e
oceânicas, modelagem de transporte de escalares, de
refração e difração de ondas e hidrodinâmica.
Análise, avaliação, execução de projetos e
monitoramento de variáveis fisioquímicas em
ambientes aquáticos.
Software de gerenciamento, registro e comprovação
das produções científicas de professores e
pesquisadores de uma Instituição de Ensino Superior.
Serviços especializados de edição, editoração e
comercialização de publicações, além de consultoria
em produção gráfica de impressos em geral.
Cursos de idiomas para o desenvolvimento
profissional, cultural e social de jovens e adultos, além
de outros serviços de idiomas a empresas e
organizações dos mais diversos segmentos
Comercialização de livros de diversas editoras, além de
oferecer serviços como pesquisa de títulos e
encomenda de obras.
Planejamento e execução de pesquisas sociais
contratadas por órgãos públicos, instituições privadas
e veículos de comunicação para avaliar resultados e/ou
solucionar problemas de gestão pública ou privada,
imagem e negócios.
Consultoria e assessoria em serviços educacionais e
processos didáticos para escolas, sistemas de ensino e
organizações públicas e privadas.
Assessoria, consultoria e outros serviços na área de
serviços e gestão em estética facial e bem-estar
corporal de acordo com as tendências do mercado e as
necessidades do cliente.
Assessoria, consultoria e outros serviços na área da
Biomedicina a organizações públicas e privadas:
hospitais, clínicas médicas e veterinárias, laboratórios
de análises clínicas e de reprodução assistida.
Assessoria a atletas e desenvolvimento de programas
de ginástica laboral em organizações públicas e
privadas.
Consultoria, assessoria e outros serviços na área da
enfermagem a organizações públicas e privadas nos
diferentes segmentos, incluindo atividades de
prevenção e promoção da saúde.
Serviços na área farmacêutica a organizações públicas
e privadas.
Serviços de prevenção, tratamento e reabilitação nas
áreas de fisioterapia e fonoaudiologia.
Serviços na área nutricional: avaliação nutricional,
análise bromatológica, avaliação de atividade de
antioxidante de alimentos in vitro e in vivo, análise
microbiológica
de
alimentos,
cozinhas
para
empreendedores da área de alimentos e bebidas.
Áreas de
Atuação
Subáreas
Odontologia
Computação
TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO
Visão Computacional
Auditoria e Perícia de
Software
Gerenciamento de
eventos
Inteligência Artificial
Serviços
Serviços nas diversas especialidades odontológicas:
periodontia,
dentística,
endodontia,
cirurgia,
odontopediatria, oclusão, odontogeriatria, radiologia,
saúde coletiva e próteses.
Serviços na área de sistemas de computação: sistemas
embarcados, sistemas distribuídos, projetos de
sistemas digitais, sistemas distribuídos seguros,
sistemas baseados em FPGA, sistemas baseados em
microcontroladores PIC, sistemas robotizados.
Pesquisa e desenvolvimento de soluções de
Processamento de Imagens, de Computação Gráfica, de
Alta Performance utilizando GPGPUs, de Simulações
Físicas, de sistemas inovadores para Dispositivos
Móveis entre outros.
Análise de conformidade, validação de requisitos e
parecer técnico.
Comercialização de software de gerenciamento de
eventos promovidos por organizações públicas e
privadas nos diversos segmentos.
Assessoria, consultoria e outros serviços a
organizações públicas e privadas interessadas em
sistemas de inteligência artificial.
Fonte: Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Coordenadoria de Prestação de
Serviços, 2014.
2.12 Comunicação com a sociedade
A Univali mantém uma série de serviços que compõem a rede de comunicação
institucional para o constante diálogo entre a Instituição e sociedade. Tais canais de
comunicação estão sintonizados com a missão, visão e valores institucionais, compreendidos nas
políticas e objetivos da área. Atualmente, as diretrizes que constituem a atuação da
Coordenadoria de Marketing e Comunicação, responsável pela aplicação das políticas de
comunicação institucionais, são:
- Planejamento, execução e avaliação do plano de marketing e da comunicação da Fundação
Univali buscando articulações com seus públicos de interesse;
- Coordenação das ações de promoção e merchandising;
- Coordenação e realização de pesquisas de marketing;
- Gerenciamento de estratégias de publicações, assessoria de imprensa e gestão da comunicação
institucional para o fortalecimento da marca Univali;
- Padronização e execução das atividades de cerimonial e protocolo de eventos institucionais.
Cada uma dessas diretrizes compreende uma série de atividades, serviços e objetivos de
comunicação, colocada em prática em diversos canais permanentes de comunicação
institucionais, nos quais são veiculadas informações gerais aos públicos com os quais a Univali
se relaciona. Para exemplificar, a Universidade organiza publicações especiais, como: o Relatório
de Responsabilidade Social (anual, impresso), destinado à distribuição na comunidade externa,
notadamente organizações públicas e privadas com as quais a Univali mantém parcerias para
divulgação pública das atividades desenvolvidas nesta área; os Guias Acadêmicos (anual,
impresso e digital) distribuídos para a comunidade interna, com orientações sobre o calendário
letivo e outras informações acadêmicas; o caderno didático Pró-Docência (anual, digital) para
uso pelos professores; e relatórios específicos a determinadas áreas, como os relativos ao
Programa de Avaliação Institucional.
Outros meios de divulgação formais e institucionais são: o Catálogo de Curso, que divulga
princípios e procedimentos que norteiam o processo de ensino e aprendizagem nos cursos de
graduação; os projetos pedagógicos dos cursos de graduação e educação básica; os relatórios
dos fóruns institucionais; os relatórios do Programa de Formação Continuada para Professores;
os processos de implantação de cursos de graduação; e os regulamentos de estágios e de
Trabalhos de Conclusão de Curso, para citar alguns.
Deste modo, a comunicação da Univali com a comunidade interna e externa acontece por
meio de diferenciados canais e fluxos, detalhados na sequência.
A comunicação interna se realiza por meio da divulgação de informações de forma
efetiva e dinâmica aos colaboradores, tanto em suportes digitais e impressos, como em
seminários internos. Na forma impressa, há o informativo mensal Univali Notícias e os murais
nos campi. Entre os digitais, há o Mural eletrônico (que reúne, na intranet, as informações
veiculadas diariamente por e-mail) e a newsletter semanal Univali Em Dia, distribuída por e-mail.
Atenta aos avanços da tecnologia da informação, aos meios digitais e à velocidade do
fluxo de comunicação, a Instituição também mantém perfis nas principais redes sociais, com o
objetivo de: ouvir seus públicos; distribuir informações relevantes; conquistar
multiplicadores/defensores; divulgar a marca; e criar mensagens boas o suficiente para ativar o
boca-a-boca on-line por meio das mídias sociais.
Outro importante canal de comunicação é a intranet, acessada via código pessoal e senha
e segmentada por público. O ambiente permite o acesso a informações e serviços, como a
visualização da folha de pagamento, a inscrição em oficinas de formação continuada e a
publicação de planos de ensino. Na intranet estão disponíveis as edições dos Cadernos de Ensino
e dos Documentos Institucionais.
A comunicação externa efetiva-se de diversas formas, de acordo com os objetivos
institucionais e os segmentos de interesse. Entre as ações empreendidas pela Instituição para
tal, há:
- Produção da Revista Abstract, publicação impressa anual, que passará a ser quadrimestral,
dirigida à comunidade interna e externa com divulgação principalmente dos resultados mais
relevantes do ensino (pós-graduação), pesquisa, extensão e cultura pelos docentes da Univali;
- Assessoria de imprensa e relacionamento com os veículos de comunicação, com a
elaboração/distribuição do Guia de Fontes Univali, o contato direto e telefônico e a distribuição
diária de releases, fotos e sugestão de pautas;
- Relacionamento comercial com agências de comunicação e propaganda e mídias;
- Relacionamento com alunos e comunidade por meio da Central de Atendimento Univali e do
site (www.univali.br);
- Manutenção do Portal do Aluno, na internet, para o controle de informações acadêmicas e
acesso a serviços;
- Divulgação e acompanhamento de eventos institucionais via cerimonial e protocolo
institucional;
- Produção/veiculação de vídeo institucional e distribuição de folder institucional;
- Padronização da sinalização interna nos campi;
- Relacionamento com outras Universidades pela representação da área em entidades como a
Associação Catarinense das Fundações Educacionais e a Associação Brasileira das Universidades
Comunitárias;
- Produção/distribuição de livros e periódicos pela Editora Univali;
- Execução do Programa Visita às Escolas para palestras, encontros, conversas sobre as
profissões e os cursos oferecidos pela Instituição e atividades de orientação vocacional;
- Realização do evento Opção Profissional por Área (OPA);
- Manutenção do site (www.univali.br) — com divulgação de editais, notícias e informações
gerais da Instituição, sua história e seus serviços;
- Produção/distribuição da newsletter digital semanal Univali em dia e das mensagens
eletrônicas (e-mail) — segmentadas por objetivo e público;
- Produção/distribuição do periódico digital mensal Conexão Egresso;
- Manutenção do Portal do Egresso (www.univali.br/egresso);
- Produções informativas, culturais e educativas pelo Sistema Educativo de Rádio — Rádio
Univali FM (94,9 MHz – www.univali.br/radio) — e TV Univali (Canal 26 da Viacabotv), como o
programa semanal Conexão Egresso.
Complementarmente, a imagem pública da Univali é trabalhada em ações desenvolvidas
pela Coordenadoria de Marketing e Comunicação. Por seu intermédio, são divulgadas as ações
da Universidade aos veículos de comunicação por meio de releases, imagens e notas ou
articulações individuais. Para tanto, utiliza-se de ferramentas como:
- Sala de imprensa (www.univali.br/saladeimprensa) — para a comunicação e o relacionamento
com a imprensa;
- Guia de fontes (impresso e on-line, www.univali.br/guiadefontes);
- Avaliação — monitoramento de pautas enviadas aos veículos de comunicação e do retorno de
imprensa, por meio da clipagem;
- Site institucional (www.univali.br) — que apresenta as ofertas da Universidade;
- Inserção comercial de campanhas institucionais e anúncios especiais;
A Univali também tem forte presença comunitária por meios dos seus programas e projetos
de extensão, além das atividades pedagógicas e serviços prestados pelas unidades de Saúde.
Por fim, a Univali mantém dois canais de atendimento, com fluxo direto de comunicação com
clientes e a comunidade em geral: a Ouvidoria e a Central de Atendimento Univali.
A Ouvidoria presta atendimento personalizado por telefone, e-mail ou pessoalmente. Esta
atende presencialmente das 8h às 17h30 ou pelo e-mail: [email protected]. Todas as
reclamações, críticas e sugestões recebidas são devidamente registradas pelo ouvidor e respondidas
de forma individual, de acordo com a demanda. Por esse meio, o ouvidor aborda o assunto com
isenção e providencia o seu encaminhamento interno para garantir o parecer final a quem o
requisitou, atuando como elo entre a administração universitária, nas suas diversas instâncias, e
a comunidade.
A Central de Atendimento Univali oferece serviço semelhante ao da Ouvidoria, embora
de forma generalizada, prestando informações, esclarecimentos e orientações acerca dos
serviços mantidos pela Instituição, além de apoio a processos acadêmicos, e efetuando o registro
de sugestões, reclamações, críticas e elogios por telefone e por e-mail. A Central de Atendimento
está disponível via telefone (0800 623 1300) das 8 às 20 horas e pelo e-mail [email protected]
24 horas. Esta recebe, em média, 575 e-mails e 5.055 contatos via telefone de solicitações de
informações e/ou críticas e sugestões mensais. Desses, todos são retornados aos solicitantes,
com respostas totais ou parciais. Além do atendimento passivo, a Central de Atendimento
Univali, em deferência às demandas institucionais, também trabalha na divulgação de serviços
da Universidade a segmentos definidos.
Ambos os setores passam por avaliações institucionais regulares e são responsáveis pela
organização de relatórios periódicos que oferecem, ao gestor direto e à Administração Superior,
informações relevantes para a tomada de decisão nos níveis administrativo e acadêmico.
O fluxo de comunicação se estabelece tanto da Universidade para com a comunidade
quanto das demandas da sociedade para com a Univali.
No primeiro caso, as atividades de comunicação são centralizadas via Coordenadoria de
Marketing e Comunicação, que busca os canais mais adequados para cada tipo de mensagem a
fim de estabelecer a comunicação com a sociedade.
No segundo caso, a sociedade pode entrar em contato com a Universidade pelos canais
supracitados, estabelecendo-se o fluxo de identificação das demandas, compreensão dos setores
adequados à resposta apropriada e retorno aos solicitantes.
Download

PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL – PPI