UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2012-2016 ITAJAÍ/SC 2014 Versão homologada pela resolução nº 007/CONSUN/2015. UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Mário Cesar dos Santos Reitor Cássia Ferri Vice-Reitora de Graduação Valdir Cechinel Filho Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura Carlos Alberto Tomelin Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Vilson Sandrini Filho Procurador Geral da Fundação Univali Renato Osvaldo Bretzke Diretor Administrativo da Fundação Univali COMISSÃO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - PDI Prof. Dr. Mário Cesar dos Santos - Reitor Profa. Dra. Cássia Ferri - Vice-Reitora de Graduação Prof. Dr. Valdir Cechinel Filho - Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura Prof. Dr. Carlos Alberto Tomelin - Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Renato Osvaldo Bretzke - Diretor Administrativo Prof. Dr. Mário Uriarte Neto - Diretor do Centro de Ciências da Saúde Prof. Renato Büchele Rodrigues - Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer Prof. Dr. João Luiz Baptista de Carvalho - Diretor do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar Prof. Dr. José Carlos Machado - Diretor do Centro de Ciências Sociais e Jurídicas Profa. Luciana Merlin Bervian - Diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão Prof. Alceu de Oliveira Pinto Junior - Diretor Articulador nos campi Biguaçu e Kobrasol Prof. Dr. José Roberto Provesi - Diretor de Inovação Profa. Márcia Roseli da Costa - Gerente de Atenção ao Estudante Profa. Blaise Keniel da Cruz Duarte - Gerente de Ensino e Avaliação Silvana da Costa Maia - Gerente de Processos Regulatórios Prof. Dr. Rogério Corrêa - Gerente de Pós-Graduação e Pesquisa Pedro Floriano dos Santos - Gerente de Extensão e Cultura Profa. Dra. Regina Célia Linhares Hostins - Gerente de Desenvolvimento Institucional Djeison Siedschlag - Gerente de Planejamento Leandro Oeschsler - Gerente de Recursos Humanos Ruth Broglio Silveira - Gerente de Tecnologia da Informação Cleunice Aparecida Trai - Gerente Administrativa do Campus Balneário Camboriú Pedro Joaquim Cardoso Júnior - Gerente Administrativo nos campi Biguaçu e Kobrasol São José Cristiani Regina Andretti - Coordenadora de Bibliotecas Jeane Cristina de Oliveira - Coordenadora de Educação a Distância Maria Elisabeth da Costa Gama - Coordenadora de Assuntos Internacionais Prof Rodrigo de Carvalho - Coordenador de Filantropia e Responsabilidade Social Gilberto Beno Gnewuch - Coordenador de Investimentos, Infraestrutura e Serviços João Francisco de Borba - Coordenador de Marketing e Comunicação Janaína Lorenzi Tomio - Coordenadora de Projetos e Prestação de Serviços Odirlei Bissoni - Coordenador de Custos e Controladoria Silvane Silva - Coordenadora de Infraestrutura Ana Claudia Reiser de Melo – Equipe da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura EXPEDIENTE Prof. Dr. Carlos Alberto Tomelin Profa. Dra. Regina Célia Linhares Hostins Organização Andréa Liter Borges Camila Morgana Lourenço Edição de textos Marcos Roberto Ramos Editoração de imagens Camila Morgana Lourenço Revisão CAPÍTULO 2 PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL O Projeto Pedagógico Institucional manifesta os princípios filosóficos e as políticas para o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social e a gestão da Univali. Estas buscam responder às políticas educacionais para o ensino superior brasileiro e às demandas da sociedade por meio da excelência na atividade de ensino, compromisso científico e social no desenvolvimento de pesquisas e responsabilidade na gestão de projetos sociais. O documento evidencia as diretrizes políticas institucionais e as ações delas decorrentes, destacando sua inserção nacional e regional nas diferentes esferas de atuação, sua organização didáticopedagógica voltada à inovação do ensino superior e sua contribuição à inclusão social e ao desenvolvimento econômico, científico e tecnológico da região. 2.1 Inserção regional A Univali detém hoje uma estrutura composta por nove campi e uma unidade educacional, abrangendo, geograficamente, as comunidades localizadas ao longo do litoral centro-norte catarinense — conforme é possível verificar na Figura 09, sobretudo nas cidades de Balneário Camboriú (Campus Balneário Camboriú), Balneário Piçarras (Campus Balneário Piçarras), Biguaçu (Campus Jardim Carandaí Biguaçu e Campus Centro Biguaçu), Itajaí (Campus Itajaí – sede), Florianópolis (Campus Florianópolis), Penha (Unidade Penha), São José (Campus Kobrasol São José e Campus Sertão do Maruim São José) e Tijucas (Campus Tijucas). Figura 09 – Distribuição Física da Univali e Panorama Econômico nas Regiões de Abrangência da Instituição em Santa Catarina Fonte: Adaptado da publicação SC em Dados 2013 pela Gerência de Desenvolvimento Institucional, 2014, com inserção de dados da Resolução nº 115/Consun/2013 (30 de agosto de 2013). Tal organização física favorece seu trabalho de forte inserção regional, que se desenvolve sistemática e progressivamente desde a origem da Instituição em 1964, e é consequência direta do seu perfil institucional — de natureza comunitária e regido por valores como o “compromisso social com o desenvolvimento regional e global” 1 —, devidamente reconhecido pela Lei Federal nº 12.881/2013, que, ao lhe conferir uma identidade jurídica própria, a de Universidade Comunitária 2, conforme a Portaria MEC nº 630/2014 3, legitima o funcionamento das Instituições Comunitárias de Educação Superior — fundadas a partir da ambição legítima de comunidades que almejavam à emancipação e ao desenvolvimento efetivos por meio do amplo acesso ao ensino superior. Para tanto, a inserção regional da Univali se apresenta na oferta de cursos de formação superior (graduação e pós-graduação), nas modalidades presencial e a distância, capazes de atender a demandas tradicionais e emergenciais da sociedade e do mundo do trabalho, particularmente nas áreas de alcance institucional. Essas ofertas, além de acompanhar as diretrizes educacionais e do universo das novas profissões, são identificadas pela articulação direta de colaboradores e gestores com entidades representativas de classes e conselhos e órgãos públicos 4 (comitês, grupos de trabalho, núcleos, entidades profissionais, fóruns permanentes etc.), bem como pelo permanente diálogo da comunidade acadêmica com o mercado de trabalho para mapear as necessidades sociais da região. Complementarmente à formação qualificada de recursos humanos para acompanhar os avanços sociais e globais, a inserção regional da Univali se efetiva na implementação de projetos de pesquisa, inovação e extensão e na prestação de serviços, nas diferentes áreas do conhecimento mantidas na Universidade, por meio de parcerias institucionais e interinstitucionais. Afinal, seu perfil comunitário, historicamente construído, revela-se também no enfoque de suas pesquisas e produções técnico-científicas e de suas atividades de extensão e prestação de serviços — reafirmando o compromisso e o esforço institucionais na transformação da sociedade local e regional. Para tanto, a caracterização socioeconômica do Vale do Itajaí e da Grande Florianópolis — regiões de abrangência imediata da Instituição, destacada na Figura 09 — é de fundamental importância na definição do foco das ofertas e das ações, bem como na aplicabilidade de resultados delas decorrentes. Acerca disso, vale lembrar que Santa Catarina possui o menor índice de desigualdade do país, 0,436, enquanto o Brasil apresenta 0,498, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013. 1 Os ordenamentos jurídicos, especialmente o Estatuto e o Regimento Geral, oferecem, no decorrer da sua construção, atualização e aprovação colegiadas, o projeto institucional, político e pedagógico da Univali — servindo de subsídio fundamental para a caracterização da Instituição como Universidade Comunitária. O art. 20 da LDB cita a Constituição Federal (art. 213) para apontar as Universidades Comunitárias como aquelas “instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade”. Neste contexto, é importante observar a identidade destas Universidades, que são historicamente comprometidas com a qualidade dos serviços prestados e o meio social, exercendo relevante papel em meio às diversas formas jurídicas de organização dos modelos do atual sistema universitário e da pluralidade do pensamento nacional. Com este perfil, as Instituições de Ensino Superior Comunitárias têm apresentado competência de alto nível na formação de profissionais e cidadãos socialmente responsáveis. 2 3 Publicada pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior no DOU nº 211, de 31 de outubro de 2014 (seção 1, página 27), com base na Lei nº 12.881, de 12 de novembro de 2013, na Portaria MEC nº 863, de 03 de outubro de 2014, e na Nota Técnica nº 985/2014-DPR/Seres/MEC. Em 2014, a Univali conta com representantes em 34 entidades como: Associação Empresarial de Itajaí, Conselho Regional de Desenvolvimento Regional (Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí), Associação Catarinense das Fundações Educacionais, Associação Brasileira das Universidades Comunitárias, Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Conselho Regional de Engenharia, Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, Conselho Federal de Contabilidade, Academia Catarinense de Odontologia, Associação Brasileira de Oceanografia e Conselho Regional de Administração de Santa Catarina, entre outros. 4 No ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Estado é o 3º colocado (0,774), atrás de São Paulo (0,783) e do Distrito Federal (0,824). Além disso, Santa Catarina se destaca pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Entre as 50 cidades brasileiras mais bem posicionadas, 11 são catarinenses. Florianópolis é a melhor entre as capitais brasileiras e ocupa o 3º lugar no ranking geral (0,847), segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2013. Também de acordo com o IBGE, o crescimento demográfico médio anual em Santa Catarina é o maior do Sul do país, estimado em 1,55%, nos últimos dez anos — e a previsão é de que a taxa de crescimento da população no Estado se prolongue por mais duas décadas até estacionar ou diminuir. A economia catarinense, por sua vez, apresenta crescimento estimado em 340% nas três décadas mais recentes, com predomínio de agricultura, pecuária, indústria e extrativismo e turismo. No desempenho do PIB dos municípios catarinense, é destaque o crescimento de Itajaí, que figura em primeiro lugar no Estado com R$ 19,7 bilhões, seguido por Joinville com R$ 18,2 bilhões — a cidade mais populosa do Estado — e por Florianópolis, a capital catarinense, com R$ 12,6 bilhões, segundo dados apresentados pelo IBGE em 2014. O setor secundário participa com 35%, o terciário com 59% e o primário com 6%. No setor secundário, a participação da indústria de transformação é de 22,9% e a da construção civil é de 5,7%, segundo dados do IBGE 2014. Por outro lado, de acordo com o relatório Santa Catarina em Dados 2014, publicado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina, a economia industrial confere ao Estado padrões de desenvolvimento equilibrado entre suas regiões: com têxtil, vestuário, indústria naval, produtos de metal e autopeças no Vale do Itajaí — observando que o Estado é o segundo maior polo empregador têxtil e do vestuário do Brasil e o maior exportador do país de tecidos atoalhados de algodão e de camisetas; e tecnologia e informática, calçados, pesca e minerais não metálicos na Capital. Embora exista essa concentração, muitos municípios estão desenvolvendo vocações diferenciadas, fortalecendo vários segmentos de atividade. A indústria de base tecnológica, além de estar presente na Grande Florianópolis, também sobressai em Blumenau, Chapecó, Criciúma e Joinville. Tais segmentos da economia regional fortalecem-se e profissionalizam-se, sobretudo com a atuação de acadêmicos e egressos dos cursos de graduação e pós-graduação da Univali que, mapeados em todas estas áreas e sob a orientação de docentes pesquisadores e supervisores de estágio, desenvolvem pesquisas, projetos de extensão e relatórios apontando melhorias, soluções práticas e alternativas de desenvolvimento econômico e social, sustentabilidade e prospecção para mercados potenciais. No âmbito estadual merecem destaque os projetos de pesquisa atualmente financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e direcionados para o desenvolvimento da região: “Unidade de pesquisa e desenvolvimento em métodos inovadores de quantificação química, microbiológica e toxicológica para apoio às indústrias e Órgãos Governamentais de Santa Catarina”, “Competências para a sustentabilidade no turismo: um estudo em empreendimentos hoteleiros de Florianópolis e Rio de Janeiro”; “Prospecção de atividade antioxidante de peptídeos de hidrolisado de pescado”; “Ambiente saudável, bem-estar e qualidade de vida: um estudo ambiental e populacional nas Mesorregiões 5 e 6 - Encostas da Serra Geral Catarinense”; “Incubadoras Empresariais: inovação e ações empreendedoras dos gestores de firmas em processo de incubação e graduadas e sua relação com o desempenho no ambiente de negócios”; “Relacionamento entre capacidades, comportamento estratégico e desempenho empresarial: um estudo nas empresas incubadas em Santa Catarina”. O Estado detém forte estrutura logística portuária, com portos em Itajaí, São Francisco do Sul, Imbituba, Navegantes, Laguna e Itapoá. A indústria naval catarinense é a 3ª do país em número de trabalhadores e estabelecimentos — e há a estimativa de que esse número se eleve em curto prazo com os investimentos atuais. Navegantes e Itajaí concentram o maior número de empresas construtoras de embarcações — e o estaleiro líder na América Latina em construção de rebocadores está em Itajaí. Além disso, é viável considerar que, dos dez principais municípios exportadores de Santa Catarina em 2013, seis pertencem à área de abrangência da Univali: Itajaí, Joinville, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Blumenau e São José. Atenta ao potencial dessa atividade econômica, a Univali mantém inúmeras atividades em parceria com setores da área. Exemplo disso é o convênio com a Fundação Estudos do Mar, destinada a contribuir para o conhecimento dos aspectos socioeconômicos e políticos do mar; valorizar o trabalhador da indústria de construção naval, do transporte aquaviário e da pesca, promovendo a maior produtividade dessas atividades comerciais e industriais; procurar os meios para racionalização do trabalho nos portos; buscar soluções para o incremento do transporte aquaviário; promover o conhecimento e a difusão dos problemas do complexo aquaviário, transportes, portos, pesca, navegação, construção naval, ciências do mar e legislação pertinente. Para tanto, é essencial a atuação dos docentes e egressos do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Portuária, a qual se efetua também em sintonia com a Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil. Nesse aspecto, é pertinente considerar que a zona costeira catarinense abriga grande variedade de ecossistemas naturais (terrestres e marinhos) dotados de significativa diversidade biológica. O litoral centro-norte do Estado — que reúne os municípios de Balneário Piçarras, Bombinhas, Balneário Camboriú, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo (Figura 09) — concentra cerca de 1/3 do total de 300 empresas pesqueiras formadoras do parque industrial pesqueiro do País que compõem a cadeia produtiva local, a exemplo de estaleiros, indústrias de pesca, terminais pesqueiros de embarcações, fábricas de gelo, transporte do pescado, supermercados, trapiches, oficinas mecânicas e outros serviços de logística. Articulada a essa atividade, a Univali apresenta atuação expressiva por meio do Grupo de Estudos Pesqueiros 5, que presta suporte à atividade produtiva, à gestão da pesca marinha e de outras atividades antrópicas, bem como à conservação do meio marinho. As atividades do Grupo de Estudos Pesqueiros se direcionam à pesca industrial e artesanal em níveis local, regional, nacional e internacional, abrangendo a biologia e a dinâmica populacional dos recursos pesqueiros, a avaliação da biomassa explorável, o estudo da dinâmica das frotas, a gestão pesqueira, a tecnologia e o controle de qualidade do pescado, o aproveitamento de subprodutos do pescado, os aspectos socioeconômicos e a minimização do impacto ambiental da atividade. Além disso, o grupo realiza, em parceria com a Marinha do Brasil, estudos sobre a biodiversidade da margem continental do Sudeste e Sul do Brasil e de áreas profundas do Oceano Atlântico Sul para dimensionar os impactos ambientais da pesca e de atividades como a mineração marinha. De modo complementar, o grupo opera sistemas de monitoramento e observação da atividade pesqueira por meio da aplicação de ferramentas de coleta e processamento de dados, do rastreamento por satélite da frota pesqueira, da utilização de tecnologias de observação submarina e de sensores de imagens e acústicos para estudar o desempenho de equipamentos de pesca e o consumo de combustíveis nas operações pesqueiras. Esse trabalho reflete a inserção nacional da Univali no desenvolvimento de produtos tecnológicos de apoio à Secretaria da Pesca e Aquicultura, envolvendo, para tanto, a expertise da Instituição nas áreas das Engenharias, Oceanografia e Ciência da Computação. O Grupo de Estudos Pesqueiros (www.univali.br/gep), pertencente ao curso de Oceanografia, é referência nacional na pesquisa e extensão pesqueiras. O trabalho desenvolvido viabiliza a participação dos pesquisadores do grupo em fóruns de gestão pesqueira do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Pesca e Aquicultura e promovidos pela Comissão Internacional para a Conservação do Atum do Atlântico, Convenção da Diversidade Biológica e Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. 5 A Universidade mantém, há 20 anos, o Centro Experimental de Maricultura 6 no município de Penha, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social da região por meio de apoio técnico e organizacional à Associação de Maricultores e à Cooperativa de Maricultores de Penha. Como resultado desse trabalho conjunto, Penha é hoje o segundo maior produtor de mexilhões do Brasil — e o cultivo de moluscos, uma das alternativas econômicas mais importantes para o setor primário local. Além disso, é importante salientar que as ações de organização, monitoramento ambiental e assessoria técnica realizadas com os produtores de moluscos, bem como os experimentos de cultivo com peixes marinhos, têm reflexo estadual, nacional e internacional, pois a evolução da Maricultura na região está diretamente associada ao sucesso da parceria dos produtores com a Univali, servindo como modelo para 15 municípios, 18 associações, uma federação e cerca de mil produtores do Estado de Santa Catarina. No campo da inovação tecnológica, a inserção da Univali também se visualiza na parceria firmada com o Governo Estadual na execução do Programa Geração TEC – Etapas Itajaí e Grande Florianópolis (Figura 09), voltado a suprir a carência de recursos humanos na área da Tecnologia da Informação e Comunicação por intermédio da qualificação profissional, favorecendo o necessário avanço tecnológico nas áreas de absorção dos concluintes — jovens a partir de 16 anos com interesse na capacitação referida. A oferta dos cursos ocorre anualmente desde 2012. Também é relevante a representação da Univali no Programa Catarinense de Inovação (PCI) coordenado pela Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc), a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC). O programa está baseado em três eixos: capacitar pessoas e empreendedores para os desafios do futuro, atrair novos investidores de setores estratégicos e criar hábitats de inovação. Outro setor que movimenta significativamente a economia catarinense é o turismo, motivado pela diversidade de paisagens e atrativos naturais e pelas heranças europeias — encontradas na arquitetura, na culinária e nas tradições culturais. Graças a essa atividade, o Estado recebeu mais de 6 milhões de turistas no verão 2012/2013, arrecadando US$ 1,4 milhão, segundo a Santur – Santa Catarina Turismo 2014. Não à toa, o Estado foi eleito, pela segunda vez consecutiva, o melhor destino turístico brasileiro no Prêmio Viagem e Turismo 2012/2013 — e o 5º Estado com maior entrada de turistas internacionais em 2012. A rede hoteleira apresenta capacidade de 109,5 mil leitos, e o setor gera 250 mil empregos diretos e indiretos, com destaque para Florianópolis, Balneário Camboriú, Blumenau e Joinville — destinos preferidos dos visitantes. Em atenção à dinâmica referida e à expansão do turismo e da gastronomia na economia catarinense, a Univali oferece cursos (técnicos e superiores de graduação e pós-graduação) nas áreas, investindo na formação de profissionais para atuar nesses segmentos, assim como na gestão de eventos e no desenvolvimento de pesquisas voltadas ao planejamento do espaço turístico, à gestão de destinações e de empresas de turismo, aos estudos do patrimônio ambiental e sua relação com o espaço turístico e aos estudos do patrimônio cultural edificado e imaterial. Um exemplo disso é o projeto multidisciplinar “Análise e Avaliação da Sustentabilidade Turístico-Recreativa dos Equipamentos de Lazer na Ilha de Porto Belo (SC)”, instituído há 17 anos. Com esta atividade, o empreendimento localizado da Ilha de Porto Belo se Com a assistência técnica do Centro Experimental de Maricultura, a Cooperativa de Maricultores de Penha obteve, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, o Selo de Inspeção Federal (SIF 3389), transformando-se na única cooperativa de maricultores do Brasil que pode comercializar mexilhão resfriado para o território nacional. Adicionalmente, os pesquisadores colaboram com o poder público municipal, atuando na elaboração do Plano Diretor Municipal, do Plano de Saneamento Básico, do Plano de Gerenciamento de Resíduos, do Projeto Orla, do Conselho Municipal do Meio Ambiente, do Conselho Municipal da Pesca e do Conselho Municipal da Cidade. 6 destaca como referência (destinação de excelência) nacional em desenvolvimento sustentável em ambientes insulares. Nessa área, também sobressai a atuação da Univali no processo de regionalização do turismo — ferramenta instituída pelo Ministério do Turismo nos Planos Nacionais do Turismo. O Programa, considerado estratégico para a consecução da política nacional, prevê a execução descentralizada, com foco no planejamento coordenado e participativo, com o intuito de estimular a obtenção dos resultados sociais e econômicos no país. Para tanto, a Univali mantém parceria com o Ministério da Integração e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) na realização do projeto de pesquisa “Turismo: estudo dos casos da Costa Verde e Mar, Serra Gaúcha e Litoral de Jijoca de Jericoacoara” 7. Atenta a esse cenário socioeconômico e com base nas áreas do conhecimento mantidas na Instituição 8, a Univali presta, a diferentes segmentos da sociedade, serviços 9 técnicos como consultoria jurídica, assessoria em comércio exterior, desenvolvimento de sistemas embarcados, avaliação do teor de flúor da água de abastecimento público e elaboração de planos de desenvolvimento turístico municipais e regionais. Os serviços prestados procuram suprir demandas localizadas, de acordo com o panorama socioeconômico vigente nas áreas de inserção da Universidade, e também se estendem ao território nacional, por meio de parcerias com o Governo Federal. Na área da saúde, esse ajustamento às demandas regionais pode ser observado no ingresso da Univali nos editais do Programa Nacional de Reorientação Profissional da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) e na manutenção do Centro de Especialidades Odontológicas — que é referência para quatro municípios da região. Em parceria com a Secretaria de Saúde de Itajaí, há a Unidade de Saúde Familiar e Comunitária no Campus Itajaí com três equipes de Estratégia de Saúde da Família. Outro destaque é o Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, credenciado no Ministério da Saúde como serviço de alta complexidade, que presta atendimento a 53 municípios da Foz, do Médio e do Alto Vale do Itajaí. Em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Estadual e Municipal de Itajaí, a Univali teve aprovado o convênio para a implantação do Centro de Especializado em Reabilitação Física e Intelectual — que conta com equipe multidisciplinar e compõe a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, com atendimento a 200 pessoas com deficiência intelectual, especialmente crianças com Transtorno do Espectro do Autismo, e a 200 pessoas com deficiência física. O serviço se iniciou em 2014 e recebe pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde por meio das Secretarias de Saúde dos municípios da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), mais Balneário Camboriú. Além disso, professores e acadêmicos da Univali tem ampla inserção regional por meio da pesquisa e da formação dos profissionais de saúde e da participação na Comissão Permanente de Integração Ensino-Serviço — instituída pela Portaria do Ministério da Saúde nº 1.996 (20 de agosto de 2007) e com atuação nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Luís Alves, Ilhota, Penha, Porto Belo, Bombinhas, Itapema, Navegantes e Camboriú. Cabe às 7 Univali. Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria. Desenvolvimento Regional, políticas públicas e competitividade no Turismo: estudo dos casos da Costa Verde e Mar (SC), Serra Gaúcha (RS) e do Litoral de Jijoca de Jericoacoara (CE). Projeto de Pesquisa. Balneário Camboriú: Univali, 2013. Sob a estrutura de Centros, cada qual com infraestrutura física e social condizente com o desenvolvimento qualificado do ensino, da pesquisa e da extensão no seu âmbito: Centro de Ciências da Saúde; Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer; Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão; Centro de Ciências Sociais e Jurídicas; e Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar. 8 9 As opções de serviços estão no endereço: www.univali.br/servicos Comissões a responsabilidade de elaborar um plano de ação regional de educação permanente em saúde coerente com os Planos de Saúde Municipal e Estadual relacionados à educação na saúde. No âmbito da gestão de políticas públicas, a Univali mantém o Programa Observatório de Políticas Públicas, que atua na formação continuada e no assessoramento de lideranças, organizações da sociedade civil e de conselhos municipais. O programa articula a prestação de serviços desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, o Núcleo de Estudos Sociais e Políticos e a extensão desenvolvida pela Incubadora Social para ampliar a interação institucional com a comunidade regional. Por outro lado, a Univali investe na construção da cidadania e nas ações de defesa e promoção dos direitos humanos especialmente por meio do atendimento e da orientação da população nas questões jurídicas, nas áreas civil e criminal, sob a orientação de professores advogados. Essa prática é oferecida nos Escritórios Modelos de Advocacia mantidos em Itajaí, Balneário Camboriú, Tijucas, Biguaçu e São José. Essa prática também ocorre por meio de ações de extensão coordenadas pelo Núcleo de Assessoria Jurídica das Organizações da Sociedade Civil — que presta assessoria a Organizações Não Governamentais, Associações Comunitárias, Associações de Moradores, Centros de Apoio e Interesse Social, Cooperativas, Empreendimentos Solidários e Conselhos Comunitários. Esse Núcleo oferece também cursos sobre associativismo e cooperativismo e executa a avaliação e o monitoramento de políticas públicas com o acompanhamento dos Conselhos Gestores com representação da Instituição. Na esfera da gestão, a inserção regional da Universidade se efetiva na assessoria prestada a empreendimentos sociais por meio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, voltada à promoção da economia solidária e ao desenvolvimento do empreendedorismo voltado à autogestão — ações que viabilizam a inserção em cadeias produtivas locais e regionais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável desses empreendimentos nos aspectos econômico, social e ambiental. Nesta perspectiva, a Instituição promove a capacitação de gestores públicos e lideranças multissetoriais para os desafios das mudanças climáticas e da governança ambiental na região da Foz do Rio Itajaí, atendendo mais de 1,1 mil pessoas e 21 entidades por ano. A capacitação aborda desafios e oportunidades da gestão socioambiental contemporânea, destacando os desafios globais (mudança climática, riscos socioambientais), novas iniciativas e tendências (economia verde e a governança ambiental) e sua adaptação à realidade local em questões como a gestão de uso e ocupação do solo. Na área da educação, a Universidade viabiliza a sua inserção regional empreendendo esforços na formação de professores da Educação Básica — notadamente por meio do Programa de Formação Continuada, realizado em parceria com Prefeituras, do Programa Nacional de Incentivo à Leitura 10, vinculado à Fundação Biblioteca Nacional, e do Programa de Iniciação à Docência na Educação Básica (Pibid), subsidiado pela Capes. O Pibid promove a qualificação para a docência de estudantes de licenciatura, desde o início de sua formação acadêmica, professores da Educação Básica e do Ensino Superior, incentivando a atuação colegiada destes em escolas públicas de Educação Básica, com incentivos financeiros. Essas atividades estão articuladas ao projeto pedagógico da escola, mobilizando alunos, professores, pais e a comunidade em geral. Ao todo, em 2014, o Pibid envolveu diretamente 68 Instituições de Ensino da Rede Municipal e oito da Rede Estadual em Itajaí, Tijucas, Balneário Piçarras, Itapema, Balneário Camboriú, Biguaçu e São José — além de contar com a participação de 377 acadêmicos, 82 professores supervisores das Escolas de Educação Básica e 33 coordenadores. 10 Univali. Relatório Proler. Coordenação do Programa Proler Univali, Itajaí, 2013. O Programa Nacional de Incentivo à Leitura visa à formação de uma rede nacional de encontros regionais de incentivo à leitura e à escrita. São parceiros da Univali neste Programa: a Secretaria Municipal de Educação de Itajaí, a Fundação Cultural de Itajaí, o Serviço Social do Comércio (Sesc) de Itajaí, a Secretaria Municipal Educação de Balneário Camboriú, a Fundação Cultural de Balneário Camboriú, a Secretaria Municipal de Educação de Balneário Piçarras, o Instituto Caracol (Navegantes) e a Biblioteca Pública Municipal e Escolar Norberto Cândido Silveira Junior. Na Instituição, o Programa está organizado nos eixos: Produção de arte e bens simbólicos; e Cultura, educação e cidadania. Em 2011, o Programa atingiu 16.790 pessoas. No ano seguinte, 28.285 pessoas. E, em 2013, 37.090 pessoas. Ainda na esfera da Educação Básica, a atuação da Univali se destaca na oferta do Programa de Formação Continuada para professores nas redes de ensino de Itajaí e Navegantes, com ampliação progressiva de participantes, carga horária e temáticas capazes de contemplar todos os segmentos da escola e do currículo. Para melhorar a infraestrutura urbana e local quanto ao desenvolvimento sustentável dos municípios da sua região de abrangência, a Univali presta assessoria a gestores públicos no processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial de municípios da região da Amfri — que abriga as cidades de Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo —, contemplando as áreas urbana e rural, por meio de princípios metodológicos de planejamento e gestão participativa, visando ao desenvolvimento urbano socialmente inclusivo e sustentável. A Univali também desenvolve ações de apoio à implantação de Unidades de Conservação, em parceria com diferentes segmentos da sociedade, por meio de reuniões com os Conselhos dos Parques Estadual e municipais, saídas a campo para levantamento e mapeamento de recursos hídricos da região, subsídio à implantação, ao planejamento e à gestão dos parques, discussão e recategorização da reserva biológica e indicação de delimitação para os parques. Várias iniciativas expressivas e premiações atestam a inserção referida. No foro da responsabilidade social, a Univali detém, por exemplo, três certificações: - O Certificado de Responsabilidade Social 2013, atribuído em 2014 pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina com base na Lei nº 12.918/2004 que reconhece as empresas e entidades com fins não econômicos em cujas políticas de gestão estejam incluídas ações de responsabilidade socioambiental; - O Certificado de Responsabilidade Social 2012, atribuído em 2013 pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina com base na Lei nº 12.918/2004; - A Certificação Selo Social de Itajaí 2013, atribuída em 2014 pelo Município de Itajaí com base na Lei nº 5.403/2009 que concede o Selo para empresas/instituições que realizam investimentos na área social tendo como parâmetro os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; - A Certificação Selo Social de Itajaí 2012, atribuída em 2013 pelo Município de Itajaí com base na Lei nº 5.403/2009; - O Título de Embaixadora do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio nº 6 (Combater a Aids, a malária e outras doenças), integrante do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, criado em 2004 para atender aos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas em 2000. Nessa esfera, é prudente pontuar que a Instituição empreende, no seu Plano de Desenvolvimento de Responsabilidade Social, elaborado com base nas linhas de inclusão social nas seguintes áreas: Assessoramento (projetos de inclusão cidadã, pesquisas e estudos para conhecimento das comunidades); Atendimentos à proteção social de baixa, média e alta complexidades; Defesa e garantia de direitos, devidamente registrados no Relatório de Responsabilidade Social 2013 11. Em resumo, a Univali, conforme detalha no Plano de Desenvolvimento Institucional, prospecta a consolidação da sua identidade como Instituição Comunitária, característica esta que acompanha a sua criação, e a reconhecida inserção no desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural na sua área de abrangência, assim como o fortalecimento do seu trabalho no contexto do ensino superior brasileiro. 2.1.1 Inserção Educacional Do ponto de vista da inserção educacional, a Univali é considerada a maior Universidade Comunitária Catarinense. Na avaliação do desempenho das Instituições de Ensino Superior do país (2014) realizada pelo Ministério de Educação, a Universidade obteve Índice Geral de Cursos — IGC 4. Isso significa dizer que, na média geral de avaliação dos seus cursos de graduação e de pós-graduação (stricto sensu), em uma escala qualitativa de 1 a 5, a Univali obteve conceito 4 ou muito bom. Este conceito representa o movimento da Universidade para consolidar suas políticas e seu projeto pedagógico institucional, pois sintetiza, em somente um indicador, a qualidade de seus cursos de graduação, mestrado e doutorado. No cenário nacional, isso representa um amplo esforço de diferenciação pela qualidade, considerando que, nas últimas décadas, a educação superior no Brasil tem apresentado índices expressivos de crescimento e expansão. Políticas educacionais têm favorecido o acesso de um número significativo de estudantes a este nível de ensino, assim como a expansão das Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, e da consequente oferta de cursos. O Censo do Ensino Superior de 2013 compreendeu 32.049 cursos de graduação presenciais e a distância oferecidos por 2.391 IES. Em relação a esses cursos, registraram-se 7.305.977 matrículas, 991.010 concluintes e 2.742.950 ingressos (Tabela 01). Tabela 01 – Instituições, cursos e matrículas de graduação (presencial e a distância) por Categoria Administrativa – Brasil – 2013 Categoria Administrativa Pública Total Federal Estadual Municipal Graduação Instituições 2.391 301 106 119 76 Cursos 32.049 10.850 5.968 3.656 1.226 Matrículas Graduação 7.305.977 1.932.527 1.137.851 604.517 109.159 Fonte: Censo de Educação Superior 2013, MEC/Inep. Estatísticas Básicas Total Geral Privada 2.090 21.199 5.373.450 Conforme dados da Tabela 01, o maior crescimento do ensino superior concentrou-se no âmbito das IES privadas. Do total de 2.391 instituições brasileiras registradas pelo Censo, 2.090 pertencem a esta categoria. Este crescimento também se confirma nas matrículas dos cursos de graduação de instituições privadas que corresponderam a 73% do total de matrículas — 5.373.450 —, número que representa o aumento de 13,5% em relação ao ano de 2010 (MEC/Inep, 2011). De acordo com o Censo de 2013, a tendência de crescimento dos cursos de educação a distância vem sendo contínua. Estes, no entanto, não extrapolam o número de cursos presenciais. As matrículas nos cursos presenciais de bacharelado totalizaram, neste ano, 4.551.108, em licenciaturas, 922.981, e nos cursos de grau tecnológico, 654.569 (MEC/Inep, 2013). As de Educação a Distância, no entanto, expandiram mais suas matrículas nos cursos de licenciatura, com 451.193 matrículas contra 361.202 do bacharelado e 341.177 no nível da formação superior em tecnologia. 11 A versão digital pode ser conferida em: http://www.univali.br/institucional/balanco-social. O Ensino Superior no Estado de Santa Catarina tem sua situação detalhada para o período 2012-2013 na Tabela 02. Tabela 02 – Número de IES, vagas, matrículas e ingressos na Educação Superior na Região Sul e no Estado de Santa Catarina nos anos de 2012 e 2013 Região Sul Estado de Santa Catarina IES Vagas Matrículas Ingressos IES Vagas Matrículas Ingressos 2012 409 466.803 941.738 333.088 99 100.295 282.333 77.894 2013 413 498.187 962.684 277.062 98 100.587 224.210 60.859 Fonte: Adaptado da Sinopse da Educação Superior 2012-2013 - MEC/Inep. Ano Dados do Censo apontaram que, em 2013, 100.587 vagas foram oferecidas no ensino superior no Estado, porém houve somente 60.859 ingressos. Estes dados indicam decréscimo na ocupação de vagas no Estado se comparados os índices de ingressantes em 2012 (77.894). Esta tendência manteve-se na Região Sul, que observou a diminuição do número de ingressantes de 333.738 em 2012 para 277.062 em 2013. Do total de vagas (100.587) oferecidas no ano de 2013, 59.803 (59%) foram oferecidas pelas IES privadas (Tabela 03). Os dados mostram ainda que, do total de 46.269 vagas oferecidas apenas por Universidades, 10.807 vagas foram oferecidas por Universidades privadas, às quais correspondeu o total de 8.716 ingressos nesta categoria administrativa. Tabela 03 – Número de vagas, candidatos inscritos e ingressos nos cursos de graduação presencial por vestibular e outros processos seletivos nas IES e Universidades do Estado de Santa Catarina, segundo a dependência administrativa, no ano de 2013 Total Geral (Universidades, Faculdades, Centros Dependência Universitários, IF, Cefet) Administrativa Candidatos Vagas Ingressos inscritos Pública 40.784 147.741 29.465 Privada 59.803 78.227 31.394 Fonte: Sinopse da Educação Superior 2013 - MEC/Inep. Universidade Vagas 35.462 10.807 Candidatos inscritos 113.859 22.484 Ingressos 25.846 8.716 Na Tabela 03, verifica-se ainda que, nas universidades, o número de candidatos inscritos (113.859) e de ingressantes (25.846) nas públicas foi significativo em relação aos inscritos (22.484) e ingressantes (8.716) nas universidades privadas. Esses dados se alteram, caso considere-se que, no total geral, que envolve faculdades e centros universitários, o número de ingressantes nas IES privadas foi superior. No âmbito da Univali, nos anos de 2012 a 2014, o número de cursos de graduação (bacharelado, licenciatura e tecnologia) sofreu ligeiras flutuações, como evidencia a Tabela 04. Tabela 04 – Número de cursos de graduação (bacharelado, tecnologia e licenciatura) presenciais e a distância oferecidos pela Univali no período 2012–2014 Cursos de graduação 2012 Bacharelado 36 Presenciais Licenciatura 13 Tecnologia 14 A distância Licenciatura 8 Total 77 Fonte: Vice-Reitoria de Graduação, 2014. 2013 42 11 13 5 71 2014 42 6 12 4 64 No período analisado (Tabela 04), verifica-se a regularidade na oferta de cursos de bacharelado e tecnologia, com leve crescimento do primeiro e diminuição de cursos de licenciatura presenciais e a distância, notadamente no ano de 2014. Em relação ao número de matrículas no período 2012-2014, também se observaram ligeiras flutuações (Tabela 05): Tabela 05 – Número de matrículas nos cursos de graduação oferecidos pela Univali nos anos de 2012 a 2014 Anos 2012 2013 Matrículas 20.411 20.570 Fonte: Univali/Vice-Reitoria de Graduação, 2014. 2014 20.635 No período analisado, a Instituição demonstrou equilíbrio em relação ao número de alunos matriculados. Observa-se, na Tabela 05, leve crescimento e constância nestes anos. Esses dados guardam relação com o número de cursos de graduação ofertados no período (Tabela 04), os quais também mantiveram o equilíbrio. Esses dados permitem observar a busca de equilíbrio nas políticas da Universidade em relação à oferta de cursos que melhor definem sua identidade e à manutenção de um público de alunos que se manteve equilibrado e constante no período de três anos. Nos próximos dois anos previstos neste Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) (2015 e 2016), a perspectiva de crescimento se mantém nesta trajetória constante de expansão equilibrada. A oferta de cursos de pós-graduação também se manteve equilibrada no período 20122014, com progressivo aumento (Tabela 06). Tabela 06 – Número de cursos e de matrículas nos cursos de pós-graduação lato e stricto sensu oferecidos pela Univali nos anos de 2012 a 2014 Anos Lato sensu Stricto sensu Cursos de pós-graduação Matrículas Fonte: Vice-Reitoria de Graduação, 2014. 2012 30 15 1.366 2013 41 15 2.867 2014 39 15 3.203 Vale ressaltar que, no âmbito da oferta de cursos pós-graduação stricto sensu, a qual se encontra rigorosamente submetida aos padrões de qualidade estabelecidos pelas políticas da Capes, os indicadores de ampliação de 12 para 15 cursos são testemunho do trabalho da Universidade para se diferenciar por meio da qualidade. Atualmente, no Brasil, a oferta de cursos stricto sensu somente se mantém ou se amplia mediante a avaliação criteriosa da Capes, por meio do Sistema Nacional de Avaliação da PósGraduação. Na avaliação trienal dos programas (mestrado e doutorado), são emitidos conceitos de 1 a 7, que demonstram a qualidade dos cursos oferecidos. Os conceitos 6 e 7 são os melhores e atribuídos aos programas com alto padrão internacional; o 5 é atribuído aos programas com nível de excelência; o 4, aos programas com muito bom desempenho; o conceito 3, aos com bom desempenho; e os conceitos 1 e 2 desqualificam o programa para oferta de pós-graduação no país. Os 15 cursos de pós-graduação stricto sensu da Univali são reconhecidos e recomendados pela Capes, podendo-se citar: Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas com conceito 3; Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho — conceito 3; Mestrado Acadêmico em Computação Aplicada — conceito 4; Mestrado Acadêmico em Administração — conceito 5; Doutorado em Administração — conceito 5; Mestrado Acadêmico em Educação — conceito 4; Doutorado em Educação — conceito 4; Mestrado Acadêmico em Ciências Farmacêuticas — conceito 4; Doutorado em Ciências Farmacêuticas — conceito 4; Mestrado Acadêmico em Ciência Jurídica — conceito 5; Doutorado em Ciência Jurídica — conceito 5; Mestrado Acadêmico em Ciência e Tecnologia Ambiental — conceito 4; Doutorado em Ciência e Tecnologia Ambiental — conceito 4; Mestrado Acadêmico em Turismo e Hotelaria — conceito 5; Doutorado em Turismo e Hotelaria — conceito 5. Além destes, há também a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu denominados Mestrado Interinstitucional (Minter) em parceria com Universidades que se encontram em regiões distantes dos centros consolidados em ensino e pesquisa. A Univali, em 2014, oferece o Mestrado Interinstitucional em Turismo e Hotelaria no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão e o Mestrado Interinstitucional em Ciência Jurídica na Faculdade Guarapuava no Paraná. A oferta de cursos de pós-graduação lato sensu, por sua vez, a partir de 2012, apresentou crescimento significativo (Tabela 06), revelando a possibilidade de manutenção do equilíbrio em relação ao número de cursos e vagas oferecidas. A Univali também tem se preocupado em consolidar seus padrões de qualidade na oferta de cursos em todos os níveis, assim como no desenvolvimento de pesquisas e de atividades de extensão e cultura, o que fortalece sobremaneira suas possibilidades de inserção regional e nacional. 2.2 Princípios filosóficos e técnico-metodológicos norteadores das práticas acadêmicas A Univali fundamenta seu compromisso com a produção da ciência e com a universalização do saber em todas as áreas do conhecimento tendo como objetivo geral, conforme dispõe o Art. 2º do seu Estatuto, promover o desenvolvimento da filosofia, da cultura, da educação, da ciência, da tecnologia, das letras e das artes, visando ao bem-estar e à valorização do homem. Para alcançar esse objetivo, a Instituição norteia as ações que daí decorrem, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, desenvolvendo um processo educacional que considera a realidade histórico-cultural na formação do acadêmico, possibilitando que este expresse sua criatividade e exerça sistematicamente a crítica da realidade na qual se insere e a autocrítica da sua atuação no mundo. O processo educacional levado a efeito na Univali está sustentado em uma ação pedagógica 12 dinâmica, baseada no diálogo, compartilhada e construída com base na vivência e na interação dos sujeitos da aprendizagem com a cultura. A cultura, na concepção de Mellouki e Gauthier (2014, p. 540), fornece não só o material, os utensílios (conhecimentos, sistemas de símbolos, de gestos e de signos, entre os quais a linguagem) e as finalidades, mas por vezes também os modelos (o que é um bom cidadão, um cientista, um médico, um professor, um homem, uma mulher, um pai ou uma mãe etc.) ou os esquemas de construção da relação. Ela permite definir, elaborar ou modificar a relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Para que a cultura possibilite a modificação dessas relações, o que se revela significativo neste tipo de ação pedagógica não é somente o estudo desse ou daquele referente cultural, mas “o esforço de interpretação que acompanha necessariamente um tal estudo, um olhar crítico, o espírito de análise e de síntese, e as competências disciplinares e gerais que se desenvolvem por meio do contato com tais referentes culturais e com sua contextualização social e histórica” (MELLOUKI e GAUTHIER, 2014, p. 542). A formação pessoal e profissional promovida pela Univali, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, nos diversos campos do conhecimento considera a contextualização histórica e as transformações culturais e tecnológicas orientadas às necessidades sociais e aos objetivos de desenvolvimento da sociedade. Todavia, assume que cabe à Universidade o trabalho de orientar seus acadêmicos no esforço de interpretação, no exercício da crítica e contextualização desses “referentes culturais” em benefício da formação. O modus faciendi dessa mediação cultural, pelo trabalho dos professores e pesquisadores, dá-se por meio do trabalho de provimento aos alunos dos meios de aquisição de A ação pedagógica baseia-se no diálogo e na ética comunicacional, direcionando-se para a tomada de consciência do ato de aprender e de ensinar. Este pressupõe uma postura de investigação e de autorregulação da aprendizagem por parte do aluno e do professor em face do conhecimento e do domínio dos modos de sua produção. 12 conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem interligados e indissociáveis (LIBÂNEO, 2004). Neste sentido, construir conhecimentos implica uma ação compartilhada, um processo de interação social pelos sujeitos desse ato — prática que sugere o redimensionamento do valor das interações professor-aluno no contexto acadêmico e compreende: – O diálogo, a cooperação, a troca de informações, o confronto de pontos de vista divergentes; – Atividades que correspondam a aprendizagens relevantes para solucionar os problemas, enfrentar dilemas, tomar decisões, formular estratégias de ação, as quais enfrentarão como profissionais e cidadãos; – A troca de repertórios, as diferentes visões de mundo, o desenvolvimento da ajuda mútua e a ampliação de capacidades individuais; – Estudos complementares, monitorias, atendimentos adicionais, atividades optativas, instruções escritas que facilitem a apropriação/produção do conhecimento. No ato pedagógico, constituído pelo processo de ensinar e aprender, esse contexto não pode ser negligenciado. Ele requer [...] a realização de estudos voltados para o entendimento dos processos de construção da aprendizagem e de incentivar os estudantes universitários a explicitar os próprios processos de aprendizagem, focando a auto-regulação da atenção, da memória e do planejamento da ação de aprendizagem e a atribuição de sentidos para o conteúdo, processos essenciais na construção de aprendizagens significativas. (OLIVEIRA, 2004, p. 11). O acompanhamento sistemático do processo de aprendizagem implica descrever, notificar e interpretar os erros e os acertos do processo, de modo que seja possível, se necessário, criar situações capazes de reorientar os alunos e redimensionar sua própria prática. Assim, a Instituição, seus docentes e acadêmicos são responsáveis pela implementação de condições apropriadas para a aprendizagem. Este processo compreende que a educação é uma prática constituída e constituinte das relações sociais e, enquanto tal, vai se efetuar de forma contínua ao longo da vida. Transformar a prática docente sob a inspiração de tais concepções é ação coletiva. A compreensão, a sistematização e a assimilação de um conhecimento somente têm valor se promoverem alteração na conduta do educador e do educando. Uma nova forma de pensar deve gerar novas formas de agir e de sentir. Sendo assim, convém compreender a necessidade de organização do trabalho pedagógico como prática concreta. Gestores, professores e acadêmicos realizam essas concepções ao implementá-las nos projetos pedagógicos e efetivá-las no cotidiano da universidade. Os princípios constituem a base de referência para o trabalho educativo, pois orientam as ações em todas as suas etapas de realização — da concepção de ensino ao uso dos resultados das avaliações. Neste contexto, o Projeto Pedagógico Institucional norteia-se pelos seguintes princípios: - Excelência na produção técnica e científica; - Excelência no processo de ensino/aprendizagem nos diferentes níveis de ensino; - Interação com a comunidade local e regional; - Integração dos processos de gestão administrativa, acadêmica e pedagógica. 2.3 Organização didático-pedagógica da Instituição A Univali tem sua organização didático-pedagógica estruturada para a oferta de cursos nos níveis da educação básica e superior. A educação básica contempla a oferta das etapas da educação infantil, do ensino fundamental e ensino médio, por meio dos seus três Colégios de Aplicação, além de cursos técnicos profissionalizantes. A educação superior está organizada para oferta de cursos de graduação — tecnólogos, licenciaturas e bacharelados —, nas modalidades presencial e a distância, e de pós-graduação — lato e stricto sensu, por meio de seus cinco Centros e um Núcleo 13. O planejamento destes níveis, etapas e modalidades de ensino é coordenado pela ViceReitoria de Graduação, pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura e pela Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional. Este toma como referenciais organizadores a LDBEN 9394/96, o Decreto 5773/06 — que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de Instituições de Educação Superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, as Diretrizes Curriculares Nacionais e outras normativas do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Educação (CNE), além das diretrizes estabelecidas no Estatuto da Fundação Univali e no Regimento Geral da Universidade. A organização curricular dos Colégios de Aplicação norteia-se pelos princípios da solidariedade; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar; da divulgação da cultura, do pensamento, da arte e o do saber; do pluralismo de ideias; do apreço à tolerância; da valorização da experiência cotidiana; da vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; a articulação entre educação básica e ensino superior como fonte de desenvolvimento. A organização didático-pedagógica da educação superior está definida em Centros, distribuídos por grandes áreas do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas – Gestão e Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer; Ciências Jurídicas; Ciências da Saúde; Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar; e Licenciaturas. Desta organização, decorrem a criação e a implantação dos cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação, que, no seu desenvolvimento e manutenção, contam com Colegiados específicos por curso, Núcleos Docentes Estruturantes e Colegiados de Centro articulados aos Órgãos superiores da Universidade e da Fundação Univali. As diretrizes que norteiam o projeto pedagógico da Univali e seu PDI orientam os projetos pedagógicos dos cursos de graduação, os quais são avaliados e renovados a cada dois anos e apresentam na sua estrutura: a concepção orientadora do curso, os objetivos, a organização curricular, a sistemática de estágios obrigatórios e não obrigatórios, as atividades de iniciação científica e as complementares, as atividades teórico-práticas, as formas de interação entre ensino-pesquisa-extensão, os processos de avaliação da aprendizagem, autoavaliação e avaliação externa, o perfil do corpo docente, discente e técnico-administrativo, a estrutura física e tecnológica de funcionamento do curso e o planejamento de curso articulado ao PDI e ao Planejamento Estratégico Institucional. A matriz curricular dos cursos está organizada de forma a que todos os créditos (com unidade equivalente a 15 horas cada) possam ser obtidos dentro de um conjunto de períodos letivos (semestrais), previamente estabelecidos de acordo com a legislação em vigor. Esta define o corpo de disciplinas, organizado a partir de um desenho matricial convergente, coerente e ordenado, levando em conta o perfil de formação desejado, os níveis de flexibilização e integralização curricular e a carga horária total e por disciplina. As disciplinas configuram-se como um conjunto de conteúdos selecionados a partir de um campo definido de conhecimento, organizados em ementas correspondentes a um programa a ser desenvolvido num período letivo, com determinado número de créditos e fundamentado em referenciais bibliográficos atualizados. Elas são organizadas conforme as características de seus conteúdos, podendo ser compostas de atividades em sala de aula, em laboratórios ou Como apresentado no Capítulo 1, a Univali tem os Centros e o Núcleo organizados por áreas do conhecimento, sendo eles: Centro de Ciências Sociais e Aplicadas – Gestão (Ceciesa Gestão), Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação Turismo e Lazer (Ceciesa CTL), Centro de Ciências Sociais e Jurídicas (Cejurps), Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Núcleo das Licenciaturas. 13 outros cenários de prática e em visitas técnicas, entre outros. Há a possibilidade, ainda, de serem organizados na modalidade semipresencial, com atividades em campo e ou em projetos específicos de ambientação profissional. Esta organização curricular é construída, avaliada e periodicamente atualizada e/ou reformulada (a partir de um período superior a dois anos de funcionamento) com a participação do corpo docente e discente, de modo a responder às necessidades de cada área de formação em atenção às mudanças no mundo do trabalho, na sociedade e, consequentemente, nos perfis profissionais. Os docentes responsáveis pelas disciplinas constroem seu plano de ensino tendo como referenciais o projeto pedagógico do curso e seu conhecimento sobre as disciplinas que ministram. No plano de ensino, atualizado semestralmente, o professor define seus objetivos de aprendizagem em diálogo com o perfil de formação, detalha as unidades da ementa em conteúdos programáticos, escolhe as estratégias de ensino e os instrumentos e critérios de avaliação do desempenho discente, assim como as bibliografias básica e complementar. A definição dos instrumentos e critérios de avaliação do discente no plano de ensino atende às normativas de avaliação do desempenho acadêmico aprovadas no Regimento Geral da Universidade. Os instrumentos de avaliação, os respectivos critérios e pesos são definidos previamente no plano de ensino e/ou redefinidos no decorrer do semestre, com a ciência dos acadêmicos, devendo resultar em três médias parciais: M1, M2, M3. Os resultados das avaliações são objeto de discussão e análise com os acadêmicos de acordo com as normas em vigor. É facultado ao acadêmico requerer a revisão da avaliação à coordenação do curso, observando-se as normas específicas aprovadas no Conselho Universitário por meio da Câmara de Ensino. As médias parciais são publicadas, aproximadamente, nos períodos que completam um terço, dois terços e ao final da carga horária da disciplina e expressas por notas, graduadas de zero a dez, com duas casas decimais, sem arredondamento. O registro das notas e a frequência são efetuados no diário on-line. No final do semestre, este é impresso, assinado e entregue à coordenação e arquivado na Secretaria Acadêmica e, posteriormente, no acervo acadêmico do Arquivo Central da Instituição. Essa rede convergente de processos que se iniciam nas deliberações do projeto pedagógico institucional e dos projetos pedagógicos de curso e se revela nos planos de ensino de cada disciplina e na prática pedagógica dos professores é orientada, monitorada e avaliada por uma equipe liderada pela Vice-Reitoria de Graduação, Direções de Centro e Coordenações de Curso. Trata-se de uma estrutura de apoio pedagógico e tecnológico que busca assegurar essa convergência e oferecer suporte aos docentes no desenvolvimento de suas atividades. A Vice-Reitoria de Graduação tem estruturada uma equipe de suporte, acompanhamento e avaliação da organização didático-pedagógica institucional coordenada pela Gerência de Ensino e Avaliação. Esta equipe está constituída por professores e técnicos responsáveis pelos Apoios Pedagógicos dos Centros, os quais assumem a função de acompanhar, avaliar e articular o desenvolvimento das políticas de ensino da Instituição, oferecer apoio didático-pedagógico aos docentes, implementar projetos e programas de ação educativa e promover discussões pertinentes à área da educação, no âmbito dos projetos pedagógicos dos cursos e Centros, em busca da qualidade de ensino. Essa equipe de suporte acompanha a elaboração dos planos de ensino pelos docentes, organiza catálogos de cursos, subsidia as coordenações de curso na elaboração do projeto pedagógico do curso, dos regulamentos e processos de reconhecimento dos cursos e dos processos de alteração da matriz curricular. Esta participa também do processo de avaliação dos projetos pedagógicos dos cursos, organiza os processos de avaliação institucional e sua divulgação nos cursos. De modo mais direto, a equipe assessora a construção dos planos de ensino de forma integrada e interdisciplinar; acompanha a atuação dos docentes, efetuando o levantamento de suas necessidades didático-pedagógicas; e orienta as questões de relacionamento professor e aluno, melhorando a qualidade do trabalho docente e do ambiente acadêmico. O Programa de Formação Continuada para Docentes do Ensino Superior também se constitui importante suporte às atividades docentes, pois visa oferecer estudos de aperfeiçoamento na área de formação docente. Todos os professores participam dessas formações, nos períodos de fevereiro e julho, as quais oferecem uma gama de oficinas, seminários e estudos direcionados a temáticas que se propõem a aprofundar discussões sobre os princípios filosóficos e técnico-metodológicos norteadores das práticas acadêmicas e debater inovações pedagógicas relevantes no contexto atual do ensino superior. Também o Programa de Avaliação Institucional, implantado em 1993, constitui-se em um processo de contínuo aperfeiçoamento do desempenho didático-administrativo. A Gerência de Ensino e Avaliação e a equipe de Apoio Pedagógico organizam os instrumentos, acompanham o processo, analisam os resultados e elaboram os relatórios, apresentando-os ao Grupo Gestor. Além da avaliação, também realizam o diagnóstico do perfil socioeconômico dos acadêmicos. Essas ações visam sinalizar mudanças necessárias ao processo interno e subsidiar o planejamento e a avaliação realizada pela Comissão Própria de Avaliação. O detalhamento desse programa e seu funcionamento estão explicitados no Capítulo 8. Como suporte adicional às ações docentes, a Instituição tem estruturado um sistema tecnológico de apoio que favorece os processos de documentação da atividade acadêmica, otimiza o tempo do professor e torna mais transparentes os processos de ensino e avaliação para a comunidade acadêmica. Trata-se do sistema on-line de plano de ensino, de diários de classe, de comunicação com os acadêmicos e de recursos e materiais didáticos. O acadêmico tem acesso a esses documentos via intranet, e o professor conta com esses suportes em qualquer lugar que esteja. Paralelamente a esses programas, a Universidade realiza um movimento de integração docente, objetivando a elaboração de projetos coletivos que possibilitem a definição da identidade institucional: o Plano de Desenvolvimento Institucional e o Projeto Pedagógico Institucional e os Projetos Pedagógicos dos Centros e dos Cursos. Esse movimento contempla a análise compartilhada e crítica e promove a discussão, a construção e a sistematização desses projetos, para que eles expressem metas e definam prioridades de ações pertinentes a cada área de forma articulada à missão e às diretrizes institucionais. 2.3.1 A construção do Projeto Pedagógico de Curso O Plano de Desenvolvimento Institucional e o Projeto Pedagógico Institucional são os documentos norteadores do processo de construção do Projeto Pedagógico de Curso (PPC). Deles decorrem os princípios e o direcionamento das políticas institucionais, que atuam como eixos estruturantes do projeto de curso. Como afirmado, o PPC identifica os aspectos que dão sustentabilidade ao processo de formação acadêmica e profissional. Nele, gestores, docentes e acadêmicos compartilham ideias, desejos e propósitos dos quais derivam planos, metas e ações a serem realizadas por cada envolvido. A execução e o cumprimento das metas do PPC são geridos pelos indicadores qualitativos e quantitativos estabelecidos no Planejamento Estratégico Institucional, averiguados periodicamente por meio de seminários internos e reuniões de acompanhamento envolvendo os diversos níveis da estrutura hierárquica. A participação de docentes e discentes no desenvolvimento do PPC é viabilizada por meio da representatividade nos colegiados de curso, do trabalho de discussão sistemática no Núcleo Docente Estruturante (NDE), dos debates na formação continuada docente e em fóruns e semanas acadêmicas. A dinâmica de socialização e discussão do PPC se efetiva, sob diferentes abordagens, com grupos de discussão ou encontros individuais com professores. Nesses encontros, são discutidos a atualização da matriz curricular, de suas disciplinas, ementas e bibliografias, os resultados da avaliação institucional interna e externa do curso — que tem, entre os indicadores, a percepção do docente sobre sua participação nos projetos pedagógicos dos cursos e da Instituição —, a socialização de experiências de ensino, pesquisa e extensão e as deliberações coletivas sobre regulamentos de estágio e de atividades de conclusão de curso. Nessa mesma linha, são promovidos seminários com convidados externos e egressos para discussão de temáticas atuais e exigências do mundo do trabalho e da formação profissional, entre outros. Essas experiências são registradas em um sistema próprio, denominado PP on-line, e as decisões, encaminhadas e acompanhadas sob a liderança do coordenador de curso, que assume também a tarefa de coordenar o processo de registro e sistematização do PPC, com auxílio direto do seu NDE. Por meio desse conjunto de ações participativas, o PPC adquire vida e dinamicidade e promove a ação-reflexão-ação de cada um dos professores e do seu conjunto na construção coletiva e contínua do fazer pedagógico. 2.3.2 Currículo: inovações pedagógicas e flexibilidade O processo de globalização da economia, o avanço da tecnologia, o surgimento de novas formas e processos de produção configuram novas relações e desafios para a sociedade. Neste contexto, novos rumos e tarefas se impõem à educação e, por consequência, à Educação Superior — que tem sido foco de debates em nível mundial, prevendo ampliar seu alcance e criar mecanismos de inclusão social sem abrir mão da qualidade da formação. Para tanto, discutem-se estratégias de internacionalização da Educação Superior, ampliação de redes acadêmicas e implantação de novos modelos e possibilidades de aprendizagem, pesquisa e inovação. De acordo com o Documento Síntese do Fórum Nacional de Educação Superior (BRASIL, 2009), as políticas públicas nacionais e as Instituições de Ensino Superior devem nortear suas ações em busca da transformação qualitativa da educação a partir de três eixos: Democratização do Acesso e Flexibilização de Modelos de Formação; Elevação da Qualidade e Avaliação; e Compromisso Social e Inovação 14. A Univali tem acompanhado esse debate desde a década passada e procurado implantar mudanças nos seus programas, projetos e cursos. Na constituição destes eixos norteadores e no âmbito das suas ações internas, a Universidade implantou políticas de revisão do sistema de ingresso e apoio aos estudos do acadêmico, com criação de mecanismos para progressão e aproveitamento dos estudos, e modelos curriculares inovadores e com maior flexibilidade, permitindo uma formação acadêmica por área. 2.3.2.1 A inovação nos modelos curriculares O que se entende por inovação neste contexto? Está se falando basicamente de mudança e, neste caso, de mudança de paradigma ou mudança “nos modelos mentais que orientam o currículo” (TIDD; BESSANT; PAVITT, 2008, p.30). Trata-se de uma inovação incremental que se inicia a partir de algo conhecido — os currículos lineares e hierárquicos, por exemplo — que vai sendo aprimorado ou que busca o reposicionamento da percepção sobre determinado produto ou processo. Eventos importantes têm discutido esses eixos na última década. Entre eles, destacam-se: a Conferência Regional de Educação Superior para América Latina e Caribe, realizada em junho de 2008 em Cartagena de Índias; o Fórum Nacional de Educação Superior, realizado em maio de 2009 em Brasília; e a Conferência Mundial de Educação Superior, em julho de 2009, em Paris/França. BRASIL. Documento síntese do Fórum Nacional de Educação Superior (FNES). Brasília: MEC, maio 2009. 14 Quando se trata de currículo, a questão a ser reposicionada são os processos. Como afirmam Tidd, Bessant e Pavitt, “[...] nossa apreciação da natureza do processo de inovação evoluiu a partir de simples modelos lineares (característicos dos anos 1960) para modelos cada vez mais interativos” (2008, p.97). Essa é a proposta de inovação paradigmática que se busca instalar nos currículos dos cursos da Univali. Na década mais recente, há, na Instituição, o redesenho da maioria das matrizes curriculares a partir de um modelo voltado a superar a linearidade dos currículos organizados com base na hierarquização dos conhecimentos e das habilidades de pensamento — do mais simples para o mais complexo e do básico para o profissionalizante. Busca-se então introduzir modelos matriciais, organizados por eixos de conhecimento que percorrem a matriz do primeiro ao último período, os quais são potenciais viabilizadores de interação e compreensão ampliada do aluno em relação ao seu processo de formação (Figura 10). Figura 10 - Modelo Linear e Matricial de Currículo Modelo Linear Modelo Matricial Fonte: Vice-Reitoria de Graduação, 2014. Se, no padrão linear, os alunos primeiramente tinham acesso às disciplinas de conhecimentos básicos e somente depois de cumpridos 50 ou 60% da carga horária da formação teriam acesso às disciplinas profissionalizantes, no modelo matricial, esses alunos, desde o ingresso no curso, obtêm uma visão do conjunto de conhecimentos e habilidades de pensamentos necessários à formação. Do primeiro ao último período, o aluno lida com os conceitos e métodos afetos a sua profissão, por meio de disciplinas de natureza teórica, teóricoprática, básica e de formação específica, reconhecendo a interação entre diferentes elementos, como um processo combinatório de conhecimentos e práticas em que a interação é elemento chave. No contexto atual, boa parte dos currículos dos cursos da Univali está estruturada nesta perspectiva de inovação paradigmática e incremental. “A inovação incremental é uma estratégia gerencial de grande potencial porque inicia a partir de algo conhecido que vamos aprimorando” (TIDD, BESSANT, PAVITT, 2008, p.35). Para esses autores, a inovação está associada a uma gama de conhecimentos que são arranjados em uma dada configuração. O êxito na gestão da inovação depende tanto da capacidade de mobilizar e utilizar o conhecimento disponível, como em combiná-los em uma arquitetura de inovação. Neste sentido, a Instituição trabalha para aperfeiçoar os processos e tal arquitetura de inovação dos currículos, tendo em mente que, como inovação, este é ainda um movimento que se renova em etapas, pois encontra becos sem saída, deparando com resistências e com um processo de alta complexidade. 2.3.3 Atividades práticas e estágios As atividades de natureza prática se integram ao currículo de todos os cursos por meio da experimentação nas atividades de laboratório e iniciação científica, nas metodologias de estudo de casos e diagnósticos e na resolução de situações-problemas articulada ao conteúdo abordado nas disciplinas. Além disso, a Instituição também contempla, em sua política de formação na graduação, a valorização da prática profissional dos acadêmicos em formação por meio do aproveitamento parcial da experiência profissional dele no cômputo da carga horária dos estágios e das atividades complementares na integralização do currículo. As atividades complementares previstas nas matrizes curriculares, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, possibilitam integração e aproveitamento das relações entre os conteúdos e contextos por metodologias que integrem a vivência e a prática profissional ao longo do processo formativo. Privilegia-se, assim, a integração de conhecimentos e a construção de competências previstas no Projeto Pedagógico do Curso. Caracterizadas pela flexibilidade e diversidade, as atividades complementares — relativas ao ensino, à pesquisa, à produção bibliográfica e artístico-cultural, aos trabalhos técnicos e à extensão — admitem a participação dos estudantes em eventos internos e externos à Univali: semanas acadêmicas, congressos, seminários, palestras, conferências, atividades culturais, integralização de cursos de extensão e/ou atualização acadêmica e profissional, atividades de iniciação científica e de monitoria, entre outras. O estágio curricular supervisionado, regulamentado em cada curso, integra as situações de ensino-aprendizagem na formação do acadêmico e está previsto no projeto pedagógico de cada curso de graduação conforme determina a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, ou seja: como o ato educativo supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do aluno que esteja frequentando o ensino regular em Instituições de Educação Superior. Os estágios obrigatórios têm carga horária estabelecida na matriz curricular do curso, conforme as diretrizes curriculares nacionais, e constituem requisito para aprovação do aluno e obtenção do diploma. São administrados pelos cursos, discutidos pelo Núcleo Docente Estruturante e normatizados por regulamento próprio, aprovado na Câmara de Ensino — órgão colegiado fracionário do Conselho Universitário — e publicado em meio digital para consulta da comunidade acadêmica. Os estágios obrigatórios e os trabalhos de conclusão de curso são avaliados no Programa de Avaliação Institucional, semestralmente, abordando: aspectos do campo de estágio que devem ser melhorados, nível de conhecimento do aluno sobre o regulamento do estágio, processo de orientação e atuação do aluno, nível de exigência da disciplina em relação ao perfil profissional e importância para a formação. A avaliação de estágio obrigatório está prevista nos incisos V e VII do artigo 9º da Lei 11.788/08. Para dinamizar o processo, a avaliação está disponível na intranet (www.univali.br/intranet - Avaliação dos Estágios). O questionário deve ser respondido pelo supervisor da parte concedente, pelo estagiário e pelo professor orientador da Univali nas situações, a saber: a cada seis meses, a partir do início do estágio; ao término do contrato de estágio; e na rescisão do contrato de estágio. Posteriormente, a avaliação é apresentada ao professor orientador. Analisados os resultados, o programa de atividades de estágio poderá ser alterado para adequar o estágio ao determinado por lei. Os estágios não obrigatórios, caracterizados como atividades adicionais à formação acadêmico-profissional, são realizados por livre escolha do aluno, com aprovação da Instituição. As atividades visam ao inter-relacionamento de conceitos e aprendizagens das diferentes áreas que compõem a matriz curricular dos cursos e ao desenvolvimento de uma postura investigativa pelo futuro profissional, por meio de experiências de exercício profissional capazes de ampliar e fortalecer atitudes, habilidades e conhecimentos. A socialização das atividades de conclusão de curso ocorre de diferentes formas, como nas semanas de iniciação científica dos cursos, jornadas, simpósios, fóruns, mostras, semanas integradas dos Centros e em outros eventos internos e externos. 2.3.4 Incorporação de avanços tecnológicos Em conformidade com os objetivos e as metas institucionais, a Univali, por meio do uso de novas tecnologias de informação e comunicação, estabelece canais mais eficientes de comunicação com a comunidade acadêmica e de otimização das suas atividades meio e fins. No âmbito da comunicação, destaca-se sua inserção no mundo virtual com presença nas redes sociais — Twitter, Facebook, Foursquare, Instagram, Linkedin, Youtube — e nos blogs, portais (do egresso e do aluno) e site institucional. No âmbito da otimização e desenvolvimento do ensino, da pesquisa e extensão, destacam-se sistemas internos como: Matrícula on-line, Plano de ensino on-line, Sistema de notas on-line, Sistema de Bibliotecas Integrado ao Sistema Pergamum, Biblioteca Virtual, ambiente virtual de aprendizagem Sophia (para cursos a distância e disciplinas semipresenciais), Material Didático (ambiente para socialização de materiais e atividades), Sistema Reserve (laboratórios), Sistema de cópias e Banco de Talentos. As ferramentas Material Didático e Ambiente Sophia estão integrados aos serviços da Univali. Desta forma, o acadêmico possui login e senha únicos para toda a universidade e efetua o acesso pela interface Portal do Aluno. Neste local, visualiza notas, programação acadêmica, plano de ensino, questões financeiras e de biblioteca. Em paralelo ao uso desses recursos de ensino-aprendizagem, o corpo docente adota outras tecnologias, como as redes sociais, para compartilhamento de informações e apresentações. A Universidade mantém uma rede wireless de qualidade, acessível a toda comunidade acadêmica, e laboratórios de informática com equipamentos e softwares atualizados em todos os campi. Adicionalmente, a Vice-Reitoria de Graduação implantou, no segundo semestre de 2013, a informatização dos projetos pedagógicos dos cursos, bem como da elaboração do perfil discente — que foi reformulado e passou a ser on-line, incorporado ao processo de avaliação institucional. Tais melhorias preveem otimizar tempo e custos na elaboração dos projetos e possibilitar a permanente atualização das informações em diálogo com outros sistemas que compõem a Rede Integrada de Planejamento e Gestão, conforme a Figura 04 do Capítulo 1. Em 2014, a Univali ofereceu a cada aluno ativo e egresso um serviço de e-mail com 50 gigabytes de espaço em sua caixa postal. Este serviço de e-mail, por sua vez, possui integração com o Office on-line da Microsoft, com disponibilidade de 1 terabyte de espaço na nuvem do serviço OneDrive para a organização e a elaboração de arquivos de texto, planilhas, apresentações e anotações. No ano, foi construído um aplicativo que possibilita ao usuário acesso a informações institucionais e acadêmicas e também a algumas possibilidades diferenciadas de interação com o curso e a Instituição. Esses sistemas, no seu conjunto, viabilizam o acesso descentralizado aos serviços e sua otimização, além de tornar os processos pedagógicos mais transparentes, conectados e com uma janela aberta para o conhecimento em rede. 2.4 Políticas de ensino As atividades de ensino — da educação básica à educação superior e nas diversas modalidades acadêmicas —, em articulação com a pesquisa, a extensão e a cultura, constituem o eixo do planejamento da Instituição. Estas se orientam pelas seguintes diretrizes: – Atuação docente reflexiva com intervenção efetiva nos processos de ensino e aprendizagem com vistas à formação permanente; – Desenvolvimento integral do aluno comprometido com a construção e vivência do conhecimento e com uma formação técnica, ética e cidadã; – Compromisso com as questões sociais da atualidade por meio do domínio dos diversos campos do saber; – Respeito à diversidade, mediante a implementação de política institucional voltada à educação inclusiva; – Articulação do ensino à iniciação científica com vistas à formação do espírito científico, da autonomia intelectual, do pensamento crítico e inovador; – Articulação entre os diversos níveis de ensino para o desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa, extensão e cultura, em atenção às demandas sociais e ao desenvolvimento regional, nacional e internacional; – Flexibilização curricular para incorporar avanços científicos e tecnológicos, novas metodologias e diferentes modalidades de ensino em ambientes diferenciados de aprendizagem; – Formação de profissionais qualificados para as atividades acadêmicas, de pesquisa científica e tecnológica, em articulação com os setores público e privado e organizações não governamentais; – Qualificação da gestão dos processos de ensino e aprendizagem a partir da Avaliação Institucional, com estímulo à constante qualificação e aperfeiçoamento docente; – Qualificação permanente da produção técnico-científica; – Difusão e transferência do conhecimento produzido à sociedade; – Democratização do ensino pela oferta de processos diferenciados de seleção, acesso e permanência; – Promoção de intercâmbio científico e tecnológico, nacional e internacional; – Melhoria permanente dos programas stricto sensu existentes, com incentivo à atuação em redes e a parcerias interinstitucionais no país e no exterior; – Oferta continuada de cursos lato sensu em parcerias com diferentes segmentos da sociedade; – Cooperação com instituições públicas e privadas e organizações não governamentais, nacionais e internacionais e ampliação do número de convênios nacionais e internacionais; – Otimização do acesso às informações acadêmicas mediante integração e descentralização dos processos e sistemas de gestão; – Atualização continuada e ampliação do acesso à infraestrutura física, organizacional e tecnológica. 2.4.1 Educação Básica A Univali cumpre seu papel fundamental na área da educação à medida que abre espaço para a educação básica, em seus Colégios de Aplicação — em Itajaí, Tijucas e Balneário Camboriú —, cuja proposta educacional está centrada na inovação para a formação de crianças e jovens com autonomia e conhecimentos voltados ao exercício da cidadania plena. A razão de ser dos Colégios é a formação de seus alunos com vistas ao desenvolvimento de habilidades e competências por meio de um ensino que tem como base a interdisciplinaridade, a problematização e a contextualização dos componentes escolares, fazendo do desenvolvimento curricular um processo vivo e concedendo à gestão educacional a dimensão pedagógica que a educação permanentemente atualizada e globalizada exige. Articulando os quatro princípios básicos da Univali e os explicitados na Lei 9.394/96, o processo de ensino da Educação Básica dos Colégios de Aplicação norteia-se pelos princípios da solidariedade; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, de modo inovador, a cultura, o pensamento, a arte e o saber; do pluralismo de ideias; do apreço à tolerância; da valorização da experiência cotidiana e da vinculação entre a educação escolar, o mundo do trabalho e as práticas sociais. A proposta pedagógica para a Educação Infantil na Univali, voltada para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças de 2 a 6 anos, privilegia situações-problema que possibilitam à criança a construção da sua identidade, a autonomia e a apropriação do conhecimento por meio de atividades dinâmicas, socializadoras e criativas. O Ensino Fundamental tem como objetivo o desenvolvimento da aprendizagem críticoreflexiva, da investigação, da problematização do conteúdo curricular e da participação consciente na sociedade. A integração horizontal e vertical de conteúdos significativos dos diversos componentes curriculares transforma a escola num ambiente vivo de aprendizagem. No Ensino Médio, as atividades de aprendizagem são elaboradas a partir da perspectiva interdisciplinar, possibilitando ao aprendiz a apropriação de conhecimentos por meio de processos de pesquisa. Assim, a ação investigativa dos alunos do Colégio de Aplicação da Univali amplia-se progressivamente das questões do conteúdo escolar à inserção no mundo do trabalho e à plena atuação na vida cidadã. 2.4.2 Ensino de Graduação e Sequenciais Os cursos de graduação têm como propósito a formação de nível superior — contínua, autônoma e permanente — fundamentada na competência teórico-prática, segundo um perfil de cidadão/profissional capaz de recriar-se em face de novas demandas, mediante um processo de formação continuada. Os cursos sequenciais qualificam profissionais de nível superior, atuam na complementação de estudos, na atualização de conhecimentos em diferentes campos do saber e no aprimoramento de técnicas profissionais. A oferta dessa modalidade de ensino se efetiva em parceria com organizações governamentais, instituições de classe e outras. A fim de aprimorar a qualidade do ensino — de todos os níveis e modalidades, da educação infantil ao ensino superior —, a Univali, por intermédio da Vice-Reitoria de Graduação, Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura e Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e em conjunto com a Direção dos Centros e coordenação dos Cursos, desenvolve, acompanha e avalia os seguintes programas/ações: – Acompanhamento dos processos internos e externos de avaliação; – Fomento aos processos de melhoria dos resultados da avaliação interna e externa de cursos; – Programa de Avaliação Institucional; – Fomento à qualificação do corpo docente (em nível de mestrado e doutorado) para atender às exigências da avaliação externa; – Política de permanência do discente; – Política de internacionalização dos currículos; – Programa de Formação Continuada Docente; – Política de inovação no ensino; – Fomento e ampliação da oferta de estágio e das relações com o mercado de trabalho; – Consolidação dos mecanismos de integração entre graduação, pós-graduação e educação básica; – Fomento às ações inovadoras nos projetos pedagógicos, em todos os níveis de ensino; –Acompanhamento, capacitação e fidelização dos egressos; – Consolidação dos Núcleos Docentes Estruturantes; – Política de sustentabilidade socioambiental e inclusão social e sua incorporação no ensino, pesquisa e extensão; – Programa de difusão das manifestações artísticas e culturais; – Aprimoramento e ampliação da comunicação entre a Instituição e o corpo docente, discente, funcionários, comunidade local e sociedade em geral; – Fomento à representação política da Univali nos órgãos da sociedade civil e governamental; – Política de adequação da infraestrutura (acessos, sinalização, rampas, coberturas, estacionamentos) dos campi, à comunidade acadêmica, particularmente aos portadores de necessidades especiais. 2.4.3 Ensino de Pós-Graduação 2.4.3.1 Pós-Graduação Stricto sensu Na área da pós-graduação, a Univali forma recursos humanos capacitados para compor o próprio quadro funcional e suprir os diversos setores do mercado de trabalho, incluindo o educacional, além de docentes capacitados para compor o próprio quadro funcional. Para isso, ao definir a oferta, tem o compromisso de satisfazer as exigências da sociedade e dos segmentos produtivos da região e do país, observando a concentração de recursos humanos e materiais para a docência disponíveis na instituição. A Instituição mantém programas de pós-graduação stricto sensu — com cursos de mestrado (acadêmicos e profissionais) e de doutorado recomendados pela Capes/MEC —, contribuindo para a formação de docentes e pesquisadores de alto nível, em consonância com as políticas nacionais de Educação. A consolidação dos cursos tem propiciado também a implementação de parcerias nacionais e internacionais, com intercâmbio efetivo de professores e alunos e consequente aumento da produção científica de qualidade. Quanto às metas e às respectivas estratégias previstas no Plano Nacional de Educação que, direta ou indiretamente, dizem respeito aos seus programas de pós-graduação, a política de ensino de pós-graduação da Univali tem sua atenção voltada para as seguintes diretrizes: – Articulação entre os programas de pós-graduação lato e stricto sensu e os cursos de formação de professores para a educação infantil e a educação básica; – Consolidação e a ampliação de programas e ações de incentivo à mobilidade estudantil e docente. – Apoio à pesquisa institucionalizada pelos programas de pós-graduação stricto sensu para elevar o padrão de qualidade da produção acadêmica e da Universidade; – Incentivo e/ou a consolidação de programas, projetos e ações que objetivem a internacionalização da pesquisa e da pós-graduação da Univali; – Consolidação dos programas de pós-graduação existentes com a oferta de cursos de doutorado; – Fomento à formação de redes de pesquisa disciplinares e interdisciplinares; – Fomento à produção científica; – Ampliação da atuação de doutores na Univali; – Fomento aos processos de melhoria dos resultados da avaliação interna e externa de cursos de pós-graduação. Para tanto, a Instituição mantém os seguintes programas de apoio à pós-graduação: - Apoio à qualificação docente — com o objetivo de qualificar seu corpo docente, a Univali concede bolsas de estudo aos professores para realização de mestrado e/ou doutorado em programas recomendados pela Capes por meio da Resolução nº 007/CAS/2013. Esta prevê desconto de 35 a 55% nas mensalidades dos professores que estudam na própria Universidade. Além desta Resolução, periodicamente, editais institucionais são publicados internamente para atender a demanda de professores que cursam mestrado e/ou doutorado também recomendados pela Capes em outras Instituições, a exemplo dos editais nº 001/ProppecProen/2012 e nº 003/Proppec-Proen/2012, possibilitando apoio com carga horária docente e ajuda para custeio. - Apoio ao estágio de pós-doutorado — com o objetivo de apoiar e qualificar seus docentes, a Univali prevê, por meio da Resolução nº 011/CAS/2008, o Estágio Pós-Doutoral, que pode ser realizado por professores vinculados aos cursos de mestrado ou doutorado da Instituição, inseridos como docentes permanentes ou categoria similar estabelecida pela Capes/MEC. Por meio do estágio pós-doutoral, possibilitam-se: a consolidação e a difusão das linhas e dos grupos de pesquisa vinculados aos cursos e aos programas de pós-graduação stricto sensu da Univali; o intercâmbio acadêmico, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico; a possibilidade de consolidação e atualização de conhecimentos e/ou reorientação de linhas de pesquisa por meio de investigações realizadas em conjunto com grupos de pesquisa consolidados; aumento da produção científica dos cursos e do programa no(s) qual(is) o professor está inserido de modo permanente. 2.4.3.2 Pós-Graduação Lato Sensu Em atendimento às estratégias institucionais, os cursos de pós-graduação lato sensu são ofertados semestralmente, vinculados às áreas de atuação dos cursos de graduação, mestrados e doutorados. Para ofertá-los, os professores e/ou coordenadores de Cursos, em consonância com os Projetos Pedagógicos de Curso e com as metas projetadas no PDI, apresentam seus projetos ao Colegiado de Curso e Colegiado de Centro. Tais propostas baseiam-se na vocação dos cursos de graduação a que estão vinculados e nas necessidades do mercado de trabalho, que é o foco desta modalidade de ensino. Estando estes aprovados, o Diretor de Centro os encaminha à ViceReitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura que, por sua vez, analisa e atendendo os critérios exigidos os submete à avaliação na Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura (CaPPEC) e caso aprovado, os submete para homologação do Conselho Universitário CONSUN. 2.4.4 Educação a Distância A Educação a Distância, ao combinar a tecnologia e a flexibilidade, tem à disposição a estrutura de uma grande universidade, com suas bibliotecas e laboratórios, contando com materiais didáticos de qualidade, ambiente virtual de aprendizagem e teleaulas geradas a partir de estúdios equipados com tecnologia atualizada. Para tanto, conta com as seguintes diretrizes: - Desenvolvimento de produtos e serviços que atendam às demandas sociais e possibilitem a produção e socialização do conhecimento; - Ampliação de parcerias internas e externas para a oferta de cursos e serviços em Educação a Distância; - Consolidação de uma cultura de utilização de tecnologias de informação e comunicação em todos os âmbitos da comunidade acadêmica; - Adequação e aplicação de tecnologias de informação e comunicação como suporte aos projetos em Educação a Distância; - Formação continuada de docentes, tutores e técnico-administrativos para atuação na modalidade Educação a Distância, em todos os níveis de ensino da Instituição; - Adequação e aprimoramento dos processos administrativos e acadêmicos da instituição para atendimento às especificidades da Educação a Distância; - Qualificação permanente dos processos pedagógicos na modalidade Educação a Distância. Para tanto, a Instituição mantém, além dos cursos de graduação na modalidade a distância, apresentados no Capítulo 3, a oferta de disciplinas semipresenciais em cursos de graduação e pós-graduação, conforme preveem os seus projetos pedagógicos. As disciplinas semipresenciais se caracterizam pela apresentação de um plano de ensino, previamente aprovado pela coordenação do curso, com mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes de informação que utilizam recursos da modalidade a distância conforme determinam a Portaria MEC nº 4059/2004, a Instrução Normativa nº 004/Univali/2009 e a Instrução Normativa nº 005/Proen/2009. Sob tais determinações, há a oferta de disciplinas com, no mínimo, cinco e, no máximo, nove encontros presenciais. A carga horária cumprida a distância pelos alunos varia entre 50% e 70% da carga horária total de cada disciplina cursada no modelo semipresencial, observado o limite de 20% da carga horária total do curso. Nos encontros presenciais, além de atividades de discussão e revisão, são realizadas, obrigatoriamente, pelo menos, três avaliações distribuídas ao longo do semestre. A frequência dos alunos aos encontros presenciais é registrada em formulário próprio. São exigidos, no mínimo, 75% de presença nos encontros presenciais. Para a organização dessas disciplinas, são obrigatórios: - No mínimo cinco encontros presenciais destinados à realização das avaliações e de outras atividades; - Postagem de cronograma com a descrição das atividades presenciais e a distância; - Elaboração de um Plano de Estudo de acordo com o modelo proposto pela Coordenação de Educação a Distância. Para o desenvolvimento das atividades de ensino e aprendizagem nas disciplinas semipresenciais, são oferecidas oficinas de formação específicas aos professores. Professores e alunos dispõem do ambiente virtual Sophia (baseado no Moodle), além de materiais e planejamento voltados às especificidades da modalidade a distância. O ambiente virtual Sophia é integrado ao Sistema de Controle Acadêmico e ao Portal do Aluno na internet/intranet. As diversificadas estratégias definidas pelos professores dos cursos nos seus planos de ensino, as teleaulas, a interação mediante uso do ambiente virtual de aprendizagem e diferentes mídias, os fóruns, a discussão de textos e os estágios, entre outras atividades, viabilizam aprendizagens que alternam o trabalho individual com o de grupo, assim como uma abordagem pedagógica dialética voltada à melhoria do desempenho dos alunos. O modelo de Educação a Distância projetado para os cursos de educação superior da Univali segue um desenho híbrido, ou seja: - A previsão de transmissão/disponibilização de aulas via ambiente virtual, em conjunto com o uso de materiais impressos, mostra características do modelo multimídia. O formato das videoaulas com os professores falando diretamente aos alunos, com acompanhamento de um tutor, remete ao modelo de Educação a Distância como sala de aula tecnologicamente estendida. E, finalmente, formando uma tríade de apoio ao aluno, prevê uso de um ambiente virtual de aprendizagem, configurando-se o modelo de Educação a Distância em rede. - A coerência entre o modelo de Educação a Distância apresentado pelo projeto pedagógico do curso e o modelo consolidado nas práticas institucionais é resultado dos investimentos em estrutura e na qualificação dos profissionais envolvidos na execução. No que diz respeito à estrutura, foram efetivamente construídos e implantados os estúdios para produção e transmissão das teleaulas, bem como os espaços para recepção de teleaulas e estudos pelo ambiente virtual nos polos. Além disso, parte dos investimentos foi direcionada para a produção de material didático impresso de qualidade. No que envolve a organização didático-pedagógica da modalidade, é importante registrar que a tutoria é desempenhada por professores especialistas na área de conhecimento da disciplina, selecionados por edital, que acompanham o progresso do aluno e as dificuldades, presencialmente ou por meio do ambiente virtual de aprendizagem Sophia. Para tanto, a tutoria a distância obedece aos seguintes critérios: - Carga horária e respectivo número de créditos da disciplina, pelo atendimento a turmas formadas por até cem alunos; - Acréscimo de 1 hora/aula a cada 25 alunos, ultrapassado o limite de cem alunos; - O desdobramento de turmas será realizado quando o número de alunos efetivamente matriculados ultrapassar 150, utilizando-se a tolerância de até mais 10 alunos. O tutor a distância poderá registrar, no máximo, 300 alunos na modalidade a distância, podendo assumir até três disciplinas de uma mesma turma. O projeto pedagógico do curso detalha a metodologia de outros encontros presenciais, além dos obrigatórios previstos. Essas atividades são realizadas nos polos de apoio presencial selecionados para cada curso. Em consonância com a sistemática geral de avaliação no processo ensino-aprendizagem da Univali, a avaliação da aprendizagem na modalidade Educação a Distância, o registro da frequência e os processos acadêmicos são regidos pela Resolução nº 019/Consun-Caen/2009. A Avaliação Presencial (AP) é uma avaliação obrigatória que o aluno realiza de forma presencial ao final da disciplina. Há uma avaliação presencial para cada disciplina do curso. As Avaliações Presenciais são obrigatoriamente compostas por cinco questões discursivas e realizadas ao final da disciplina. Essa avaliação é organizada pelo tutor a distância da disciplina, que pode tomar por base o banco de questões elaborado pelo professor conteudista ou elaborar novas questões, de acordo com as unidades de estudo desenvolvidas na disciplina. A Avaliação a Distância (AD) também é obrigatória. O aluno desenvolve durante a disciplina e a envia ao tutor a distância pelo ambiente virtual da disciplina. Em cada disciplina, são realizadas duas atividades de avaliação a distância compostas por questões objetivas. Para a realização das avaliações, é utilizada a ferramenta Questionários do ambiente Sophia. Essa avaliação é elaborada pelo tutor a distância da disciplina. O projeto pedagógico do curso estabelece, com clareza, a metodologia adotada para o desenvolvimento dessas avaliações, que deverão ser associadas a uma ferramenta de controle no ambiente virtual da disciplina. As notas das avaliações a distância (AD1 e AD2) serão publicadas quando transcorridos, aproximadamente, 1/3 e 2/3 da disciplina, no Sistema Acadêmico. Todas as avaliações são corrigidas e comentadas pelo tutor a distância da disciplina. Já a média final (MF) para aprovação em cada disciplina se dá pela média das duas avaliações: Avaliação a Distância (AD) + Avaliação Presencial (AP), sendo que a nota da AD será a média simples das duas atividades de avaliação a distância. Os pesos das referidas avaliações estão assim distribuídos: - Avaliação Presencial: 50%; - Médias das Avaliações a Distância: 50%. A MF do aluno, em cada disciplina, é calculada conforme a seguinte fórmula: MF = ((AD1 + AD2) / 2) + AP 2 A média para aprovação em cada disciplina deverá ser igual ou superior a 6.0 (seis). A frequência aos encontros presenciais previstos é obrigatória, sendo vedado o abono de faltas, ressalvadas as determinações legais, mediante processo de justificativa de faltas. No caso de falta às avaliações presenciais, o aluno pode requerer prova de 2ª chamada, que será aplicada ao final do semestre. A solicitação para realizar 2ª chamada de AP deve ser feita mediante processo, com fundamentação objetiva justificando a ausência. Serão aceitos como justificativa os casos previstos em legislação específica; outras ocorrências devidamente comprovadas ficarão sujeitas à análise e deferimento da coordenação de curso. As avaliações das disciplinas de estágio e trabalhos de conclusão de curso são normatizadas em documento próprio. 2.5 Políticas de pesquisa A Univali tem como um de seus objetivos promover a produção e disseminação do conhecimento, por meio do fomento à produção científica e tecnológica docente e discente e do investimento em parcerias que consolidem a pesquisa, a formação de recursos humanos e a cultura. Estes objetivos se concretizam por meio dos programas institucionais de apoio à pesquisa e pela inter-relação entre pesquisa e ensino — do ensino médio à pós-graduação. Esses programas estimulam o desenvolvimento do espírito científico, fortalecem o ambiente institucional para o desenvolvimento da pesquisa e promovem a construção e a disseminação de conhecimentos. A Instituição tem na pesquisa uma atividade básica para a formação universitária, o que lhe permite formar jovens pesquisadores mais preparados para o mercado de trabalho e melhorar consideravelmente a qualificação e a atuação de seus professores. No âmbito da universidade, tem-se privilegiado o fortalecimento do ambiente institucional para o desenvolvimento da pesquisa, o incremento dos grupos e das redes interinstitucionais de pesquisa, a ampliação e a atualização da infraestrutura, a consolidação do corpo docente e o apoio ao processo de formação e qualificação de novos pesquisadores. Para consolidar a pesquisa institucional, a Univali pauta suas ações nas seguintes diretrizes: - Articulação da investigação científica no ensino e na extensão para atendimento às demandas sociais e ao desenvolvimento regional; - Fortalecimento da pesquisa como princípio educativo; - Estímulo à inserção dos docentes na orientação à pesquisa, proporcionando infraestrutura para este fim; - Organização e consolidação de grupos de pesquisa em áreas afins de conhecimento, formados a partir das linhas básicas de pesquisa estabelecidas nos projetos pedagógicos dos cursos e nos programas de pós-graduação da Instituição; - Viabilização de intercâmbio de pesquisadores mediante a captação de novas parcerias nacionais e internacionais para formação de redes e projetos conjuntos de pesquisa; - Incentivo à pesquisa aos jovens talentos-Ensino Médio; - Incentivo à iniciação e à produção científica em todas as áreas de conhecimento; - Incentivo às parcerias Universidade/Empresas para o desenvolvimento de pesquisas; - Divulgação interna e externa dos resultados das pesquisas; - Fomento à pesquisa interdisciplinar, transdisciplinar e com viés inovador; - Fomento a estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação entre formação, currículo e mundo do trabalho; - Avaliação da produção científica institucional; - Ampliação da captação de fomento externo para a pesquisa institucional. Com base nessas diretrizes, a Universidade mantém os seguintes programas de incentivo à pesquisa: - Programa de Bolsas de Iniciação Científica (Probic) – tem como objetivo principal dar condições para que os alunos regularmente matriculados na Instituição participem de projetos e atividades nos grupos de pesquisa. Objetiva, também, despertar a vocação científica e incentivar a formação de perfis acadêmicos voltados à investigação e à produção do conhecimento, orientados por pesquisadores qualificados. - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) – trata-se de um programa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que visa à iniciação científica de acadêmicos em todas as áreas do conhecimento. - Programa de Bolsas de Pesquisa do Artigo 170 da Constituição Estadual – tem como objetivo incentivar talentos científicos potenciais entre os estudantes de graduação com grau de carência econômica e financeira, estimulando, igualmente, docentes pesquisadores iniciantes, no desenvolvimento de pesquisa qualificada. - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Ensino Médio (Pibic EM) – é um Programa do CNPq que prevê fortalecer o processo de disseminação das informações e dos conhecimentos científicos e tecnológicos básicos, bem como desenvolver as atitudes, as habilidades e os valores necessários à educação científica e tecnológica dos estudantes do Ensino Médio. - Art. 171 – Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior, do Governo do Estado de SC – este programa visa à inserção de jovens no universo da pesquisa como forma de contribuir para o fomento do desenvolvimento econômico e social e das potencialidades regionais. - Programa de Pesquisa Voluntária – objetiva incentivar a participação de acadêmicos e professores iniciantes em projetos de pesquisa voluntária, de modo a formar uma ambiência acadêmica e um perfil voltado à investigação. - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti/CNPq) – este programa possibilita maior interação entre atividades de desenvolvimento tecnológico na graduação, bem como contribui para o engajamento de recursos humanos em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. - Programa Institucional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Proinova) – este programa visa estimular docentes pesquisadores e estudantes de graduação ou pós-graduação stricto sensu ao desenvolvimento e à transferência de novas tecnologias e inovação. Por meio da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, a Instituição destina recursos à iniciação científica equivalente a 45% das bolsas. Os outros 55% são obtidos com órgãos externos como: CNPq, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Petrobras, prefeituras, governo estadual e empresas privadas. Os recursos financeiros de infraestrutura e de pagamento de carga horária docente são de responsabilidade da Fundação Univali. Também os programas de pós-graduação Stricto sensu desenvolvem pesquisas qualificadas, subsidiadas por fontes externas, notadamente pelo CNPq, pela Finep, pela Fapesc, pelas Centrais Elétricas do Estado de Santa Catarina, Petrobras e outros organismos nacionais e internacionais. Estas decorrem de aprovação em editais divulgados por esses órgãos, que financiam o custeio e o capital requerido na pesquisa e, em determinados, casos oferecem bolsas aos docentes, mestrandos e doutorandos envolvidos nas pesquisas. Como forma de promover as atividades de inter-relacionamento entre ensino e pesquisa, os programas de pós-graduação desenvolvem o programa de estágio de docência, em que mestrandos e doutorandos atuam na tutoria de classes da graduação, em determinadas disciplinas. Outra ação importante é a integração de alunos graduandos nos grupos de pesquisa. Nesse ambiente, os graduandos convivem com colegas pós-graduandos e com pesquisadores que orientam trabalhos de pesquisa no âmbito das duas esferas: graduação e pós-graduação. A experiência vivenciada pelos graduandos é extremamente rica, pois oportuniza a participação dos acadêmicos em atividades como palestras e seminários de pesquisa, eventos, workshops etc.. 2.5.1 Política de Produção e Divulgação Científica Docente e Discente A Instituição considera a produção científica um dos parâmetros mais relevantes das atividades docente e discente, especialmente por seu compromisso com a produção e socialização do conhecimento. Por meio dela pode-se dar visibilidade às atividades institucionais de pesquisa e de iniciação científica. No caso da pós-graduação stricto sensu, ela é determinante para avaliação da qualidade dos programas. Deste modo, a Univali dedica especial atenção a esse requisito, notadamente para a contratação do docente, assim como para a sua continuidade nos programas de pósgraduação, conforme já explicitado no item da pós-graduação stricto sensu. Na graduação, no âmbito do projeto pedagógico dos cursos, são definidos critérios e formas de acompanhamento da produção científica docente, especialmente nos casos de professores que submetem projetos de pesquisa para aprovação nos editais internos e externos. A Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura avalia a produção científica docente segundo o padrão de qualidade exigido pela Capes, assegurando dessa forma o bom desempenho dos programas e dos cursos nos processos de avaliação interna e externa. O Sistema de Avaliação de Produção Institucional (Sapi) foi criado com o propósito de gerar indicativos da produção científica docente por meio de um conjunto de critérios de qualificação e quantificação. Desde 2003 esse sistema está em funcionamento e tem sido continuamente aperfeiçoado, num processo dinâmico, mediante a criação de um escore de desempenho em pesquisa. Esse índice serve de subsídio para a concessão de benefícios e auxílios ao professor no que tange à pesquisa, além de ser usado para fins de promoção e progressão no Plano de Carreira, Sucessão e Remuneração. O Sapi considera a produção docente desde 1999, sendo sua base de dados alimentada diretamente pela Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa por meio da conferência das informações constantes no Currículo Lattes com os documentos comprobatórios da produção científica entregues pelo docente. Cada produção docente que estiver classificada no Qualis 15 terá sua pontuação multiplicada, conforme demonstrado no Quadro 02: Quadro 02 – Multiplicadores do escore Sapi Qualis A B C Internacional 4.0 3.0 2.0 Nacional 2.5 2.0 1.6 Local 1.4 1.3 1.2 Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa/Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2014/I. Para incentivar a publicação em periódicos, os cursos stricto sensu ainda mantêm suas próprias revistas científicas com periodicidade normal, além de números especiais, a saber: Revista Novos Estudos Jurídicos, iniciada em 1997; Revista Alcance, lançada em 1997; Revista Turismo-Visão e Ação, publicada desde 1998; Revista Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology, lançada em 1998; Revista Contrapontos, lançada em 2001; e Revista Brasileira de Tecnologias Sociais, lançada em 2014. Quadro 03 – Estratificação Qualis das revistas institucionais Revista Novos Estudos Jurídicos Alcance Turismo-Visão e Ação Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology Contrapontos Brasileira de Tecnologias Sociais Qualis A2 B2 B2 B2 B1 Em avaliação na Capes Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa/Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2014. 15 Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para atender as necessidades específicas do sistema de avaliação. Como resultado, a Capes apresenta uma lista com a classificação dos veículos utilizados pelos programas para a divulgação da sua produção. O Qualis afere a qualidade dos artigos e de outros tipos de produção, a partir da análise da qualidade dos veículos de divulgação, ou seja, periódicos científicos. A classificação de periódicos é realizada pelas áreas de avaliação e passa por processo anual de atualização. Esses veículos são enquadrados em estratos indicativos da qualidade - A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - com peso zero. Como se observa, os periódicos de divulgação científica institucionais são nacionalmente qualificados e referendados pela Capes e encontram-se classificados nos níveis de melhor qualidade (A e B). Estão ao alcance da comunidade científica institucional, nacional e internacional para publicação de suas pesquisas e disponíveis para acesso livre on line por toda comunidade interna e externa. Deste modo, a difusão da produção científica e tecnológica na Univali ocorre principalmente por intermédio de eventos e publicações (meio impresso e digital). Os resultados das pesquisas são apresentados anualmente pelos docentes e pelos bolsistas no Seminário de Iniciação Científica. O evento tem por objetivo socializar e avaliar os resultados das pesquisas realizadas por meio dos Programas Institucionais de Iniciação Científica. Espera-se, assim, promover a interação entre pesquisadores experientes e novatos, contribuindo para a disseminação da cultura de pesquisa na comunidade acadêmica. Além desse evento institucional, a Univali incentiva, por meio do custeio de despesas previstas no orçamento do projeto, a participação dos acadêmicos em eventos externos. Tabela 07 - Grupos de Pesquisa CNPq por Centro no período 2012 a 2014 Centro Nº de Grupos Produção Científica (Quantidade) 20 Centro de Ciências da Saúde 23 Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar 28 Centro de Ciências Sociais e Jurídicas 14 Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão 15 Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer 10 Núcleo das Licenciaturas Total 110 Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa/Vice-Reitoria de Pós-Graduação, 2014. 4.101 3.424 8.974 4.650 3.760 1.137 26.046 Além da produção científica resultante dos programas institucionais, a Universidade socializa todas as teses e dissertações dos programas stricto sensu no portal dos cursos; e os trabalhos de iniciação científica, adotados na maioria dos cursos de graduação como atividades de conclusão de curso, também são defendidos em bancas públicas abertas às comunidades externa e interna e, posteriormente, dirigidos à rede de bibliotecas da Instituição. 2.5.2 Política de apoio a eventos Criado em 1995, por meio das Resoluções nº 006/Cepe/95 e nº 011/CUN/95, o Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP) objetiva incentivar e facilitar o desenvolvimento e a promoção da excelência de pesquisa da Univali, por meio do financiamento à qualificação de recursos humanos, às atividades de pesquisa e à infraestrutura de apoio e serviços. O FAP 16 apoia, especialmente, a apresentação e a publicação de artigos científicos pelos docentes pesquisadores em eventos nacionais e internacionais, além de viabilizar o custeio das bolsas relacionadas às pesquisas institucionais e dos recursos humanos (Docentes). Seus critérios incluem: vínculo à programa stricto sensu da Universidade; vínculo a grupo de pesquisa oficializado na Instituição; produção científica verificada no Sistema de Avaliação da Produção Institucional (Sapi/Módulo Pesquisa); titulação; apresentação de trabalho Também é prática regular, o encaminhamento de projetos institucionais para fontes de financiamento externo como Fapesc, Capes e CNPq, para o apoio à participação em eventos nacionais e internacionais e apoio à realização de eventos na universidade. Estes eventos, que ocorrem semestral e/ou anualmente, em todas as áreas são importantes veículos de divulgação 16 Atualmente, o FAP é regulamento pela Resolução nº 014/CAS/2011. do conhecimento produzido na instituição e de atualização dos docentes e discentes, além de oportunidades para efetivação de parcerias científicas. 2.6 Políticas de extensão, arte e cultura As políticas de extensão, arte e cultura da Univali se pautam pelas seguintes diretrizes institucionais: - Estímulo à participação da comunidade acadêmica na problemática social, local, regional e nacional, evidenciada por um posicionamento humanístico, técnico-político de ação-reflexãointervenção, na produção de serviços e conhecimentos para a população local e regional; - Acesso da comunidade a informações e conhecimentos necessários para a melhoria de sua qualidade de vida, promovendo a sustentabilidade socioambiental; - Implementação da educação permanente, de forma integrada, por meio de programas de atualização e qualificação profissional, em parceria com outras entidades e órgãos institucionais no contexto regional; - Apoio às iniciativas de atividades curriculares relacionadas ao ensino e à pesquisa que favoreçam a inserção da Universidade na comunidade; - Viabilização de formas de organização e socialização de projetos, programas de extensão e fontes financiadoras no contexto institucional, promovendo o diálogo com o setor produtivo e comunitário, para o levantamento das reais condições e das necessidades das comunidades prioritariamente situadas no espaço de abrangência da Univali. A partir da extensão e das ações culturais, a Univali tem por objetivo geral promover o desenvolvimento da filosofia, da cultura, da educação, da ciência, da tecnologia, das letras e das artes, visando ao bem-estar e à valorização do homem. Para tanto, são objetivos específicos da Instituição, conforme prevê o seu Estatuto: - Desenvolver a cultura por meio da educação, para oportunizar a formação indispensável ao exercício da cidadania e proporcionar meios que favoreçam a continuação de estudos e o progresso pelo trabalho; - Promover a cultura por meio do ensino, nos diferentes níveis, a pesquisa e a extensão, nas diversas áreas e modalidades do conhecimento humano; - Formar cidadãos responsáveis que busquem soluções democráticas para os problemas econômicos e sociais; - Qualificar recursos humanos nos diferentes campos do conhecimento; - Integrar-se à vida regional pela cultura, por meio do ensino, da pesquisa, da extensão, prestando serviços à comunidade; - Resgatar os elementos histórico-culturais, priorizando os da sua área de influência direta; - Promover a preservação do meio ambiente, por meio de programas e convênios específicos. Considerando que as diretrizes institucionais para atividades de extensão se pautam em um caráter de atividade proativa e interdisciplinar, na interação com a sociedade e em consonância com o seu projeto político-pedagógico, faz-se necessário, na consecução de seus fins, alinhar a Instituição a projetos voltados à melhoria da qualidade de vida, à garantia dos direitos e da dignidade humana. Utilizam-se os projetos de extensão como experiências de ensino e aprendizagem permanentes, vinculadas a disciplinas curriculares. Neste sentido, considera-se fundamental desenvolver e trabalhar a extensão e as ações culturais tendo como fim: - Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber por meio do ensino, das publicações e de outras formas de comunicação; - Estimular o conhecimento dos problemas presentes, em particular os regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; - Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e dos benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. Para tanto, a Univali mantém importantes programas de apoio à extensão e à cultura, os quais serão detalhados nos itens que seguem. 2.6.1 Programas/Projetos de extensão As ações de extensão desenvolvidas pela Univali beneficiam uma parcela significativa da população catarinense, notadamente da região de abrangência da Univali. Por meio delas, a Instituição fortalece o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a partir dos seguintes parâmetros: autossustentabilidade dos projetos, racionalidade, resolutividade, eficácia e eficiência, custo-efetividade e impacto social. Atualmente, as atividades de extensão envolvem todos os cursos da Universidade, somando esforços de acadêmicos e professores no atendimento à comunidade. Por essa razão, são critérios orientadores das atividades de extensão: o envolvimento interdisciplinar, privilegiando ações integradas, com maior impacto social, a indissociabilidade entre ensino e/ou pesquisa, a troca de experiências e a produção do conhecimento teórico-prático baseado nas necessidades apresentadas pela comunidade. Entre seus Programas — de caráter mais amplo —, destacam-se: - Programa de Bolsas de Extensão (Probe) – viabiliza a participação de professores e acadêmicos em atividades de extensão para a comunidade e fortalece o processo ensino-aprendizagem. Além dos benefícios para as comunidades, estimula professores e acadêmicos a produzir artigos para a disseminação do conhecimento e a integração das propostas com o ensino e a pesquisa. - Programas de Extensão de Caráter Permanente – envolvem todos os cursos da Universidade, somando esforços de acadêmicos e professores no atendimento à comunidade e fortalecem o vínculo da Instituição com diversos segmentos sociais, ao mesmo tempo em que retroalimentam o ensino e a pesquisa. - Projetos de Extensão com recursos via edital externo, envolvendo professores, acadêmicos e comunidade. - Programa de Serviço Voluntário – com o objetivo de viabilizar a prestação de serviço voluntário não remunerado e sem vínculo empregatício, equipes compostas por acadêmicos e professores buscam atender às populações nas mais diversas áreas do conhecimento. - Programas de Atenção à Comunidade e Inclusão Social – objetiva proporcionar a professores e acadêmicos o exercício da cidadania com compromisso social em diversas áreas do conhecimento. - Setor de Arte e Cultura – é responsável por promover, estimular e despertar o gosto e a apreciação pela arte no meio acadêmico e na comunidade em geral. O setor realiza seminários, cursos práticos e teóricos de arte, publicações, festivais, apresentações musicais e de dança, exposições e restauração e conservação do patrimônio artístico da Instituição. - Central de Gestão de Eventos – visa garantir a organização, a sistematização e o registro estatístico de eventos no âmbito da Univali, bem como estabelecer o correto fluxo administrativo, financeiro e contábil dos eventos realizados internamente e/ou por meio de parcerias e convênios com outras entidades. Estimula novos eventos, possibilitando o intercâmbio do conhecimento dentro e fora da Universidade, servindo à comunidade acadêmica e à regional. As ações institucionais de extensão possibilitam a vivência do acadêmico e seus professores em um volume significativo de experiências que articulam ensino e pesquisa e demonstram que a Universidade pode e deve contribuir para: - Expandir o desenvolvimento econômico e social e melhorar as condições e qualidade de vida da população; - Valorizar a diversidade, o meio ambiente, a memória cultural, a produção artística e o patrimônio natural e cultural; - Desenvolver práticas de inclusão social e promoção dos direitos e igualdade étnico-racial. 2.6.2 Programa de apoio à cultura, produção artística e patrimônio cultural Em face das diretrizes da política de extensão e cultura estabelecidas, a Univali desenvolve ações direcionadas à produção artística e cultural e à disseminação da memória e do patrimônio culturais — entendidos como bens materiais e imateriais que encontram lugar importante na cultura. A função social da Universidade é resguardá-los e difundi-los para a sociedade, de modo que mais pessoas tenham acesso a eles. O Setor de Arte e Cultura promove atividades voltadas ao desenvolvimento cultural e artístico existente na comunidade universitária. Desta forma, estimula a disseminação e participação da comunidade em geral. Suas atividades estão centradas nos seguintes eixos culturais: 1) Exposições são realizadas mensalmente no espaço cultural da Biblioteca Central Comunitária, por meio de parcerias com entidades culturais da região. Neste espaço são apresentadas obras de artistas locais, regionais e nacionais. São, em média, 20 exposições anuais, envolvendo um público estimado de 10 mil visitantes a cada mostra. O setor também contribui com a memória cultural, por meio de exposições mensais na vitrine da Biblioteca Central Comunitária, com temas relacionados ao folclore, à música, à literatura, às artes visuais, ao teatro, ao cinema, à fotografia e a todas as manifestações culturais que valorizem a memória e o patrimônio cultural. 2) Festivais requerem uma atividade intensa de organização e gestão, assim como ampla equipe responsável por essas atividades. Entre eles são destaques: Festival Cultural Univali, evento institucional realizado para a comunidade em geral; Festival Nacional Universitário de Dança de Itajaí 17; e Festival de Música de Itajaí 18, no qual a Univali tem expressiva participação, coordenando as oficinas e as palestras. À programação do Festival Cultural Univali foram incorporadas diversas ações voltadas à participação das comunidades interna e externa, destacando-se: - Noite da Poesia: incentiva a imaginação e a criatividade a partir de experiências de fruição e sensibilidade no trabalho com poesia, auxiliando no desenvolvimento pleno e integral dos estudantes das escolas participantes. Além das questões emocionais, o trabalho com declamação, com o fazer poético, com a emancipação artística e com a interpretação verbalizada de textos possibilita, de forma intensa e eficiente, o desenvolvimento de habilidades e competências comunicativas, imprescindíveis aos sujeitos sociais. - Concurso de Talentos Musicais: reúne apresentações no Teatro Adelaide Konder da Universidade. Este projeto é aberto à população em geral e visa ao desenvolvimento musical e à profissionalização de artistas amadores da região. - Oficinas de Artes: têm o objetivo de promover a iniciação artística e o aprofundamento técnico intermediário, além de viabilizar o contato do público com artistas profissionais. Anual, possui caráter não competitivo e visa fomentar a dança universitária em todo país, constituindo um panorama da linguagem estética desenvolvida por grupos de dança universitários. O festival estimula a formação de público para a fruição cultural da comunidade acadêmica, promovendo o aprofundamento técnico dos bailarinos, por meio de oficinas e workshops, e a troca de saberes entre grupos de dança universitários. 17 O Festival de Música de Itajaí, organizado pela Fundação Cultural de Itajaí, oferece, a músicos da região, oficinas e workshops com músicos de renome nacional. Além disso, dispõe, à população, apresentações musicais de variados gêneros em pontos diversos da cidade. O festival conta, anualmente, com o apoio do Setor de Arte e Cultura da Univali, tanto no que se refere à estrutura física e de materiais, como na organização do evento. 18 - Mostra de cinema sobre direitos humanos da América do Sul: evento gratuito com a participação da comunidade em geral. O ciclo de exibições de curtas, médios e longas-metragens aborda questões sociais, de gênero e de respeito à diversidade. - Noite Cultural Inclusiva em comemoração ao Dia do Surdo: é realizada com a participação de familiares, acadêmicos e comunidade, reunindo apresentações artísticas (música, dança e teatro) desenvolvidas por acadêmicos surdos e por associações do gênero. - Concurso de Fotografia: tem o objetivo de integrar acadêmicos, egressos, funcionários da Univali e comunidade em geral nas atividades do Festival Cultural Univali. Busca-se estimular o desenvolvimento da criatividade e do sentido estético, a capacidade de observação do meio e a sensibilidade para a preservação dos patrimônios físico e humano da Universidade. A partir disso, a Universidade possibilita a criação de uma exposição permanente de fotos artísticas ao ar livre. Esta é uma ação de democratização do acesso da população à arte neste segmento. - Mostra Cultural: visa fomentar o desenvolvimento cultural e artístico na região do Vale do Itajaí a partir da comunidade universitária de todos os campi. Possibilita o intercâmbio entre artistas amadores e profissionais nos segmentos de música, dança, poesia e artes visuais, com apresentações, oficinas e exposições, além de mobilizar o envolvimento de entidades socioculturais e escolas. 3) Atividades de Comunicação estão direcionadas para o uso da mídia como veículo de educação e disseminação da cultura e do patrimônio cultural. Neste sentido, o Setor tem organizado: - Mix Cultural: é um projeto que apresenta, na linguagem radiofônica, informações voltadas para o segmento cultural e a divulgação de atividades artísticas da região de Itajaí. Criado em 2000, o programa de arte e cultura, que vai ao ar semanalmente pela Rádio Educativa Univali FM, reúne entrevistas exclusivas, atrações artístico-culturais da região, agenda de eventos culturais, dicas de filmes e o quadro “Momento Mix”, que traz diferentes histórias e curiosidades sobre as manifestações artísticas em todo o mundo; - Informarte: informativos mensais enviados por mala direta do setor para toda a comunidade acadêmica e para mais de 165 entidades fomentadoras da cultura, reunindo imagens e textos sobre a exposição do mês, além de informações sobre a mostra do mês seguinte e informações culturais relevantes de aspecto mais geral; - Redes sociais e comunicação eletrônica em geral: o setor dispõe, ainda, de outras ferramentas para alcançar as comunidades interna e externa, como o blog www.arteeculturaunivali.wordpress.com, o perfil no Facebook e o perfil no Twitter @culturaunivali. 4) Grupos de produção artística que envolvem variadas atividades e são formados por: - Grupo de Dança Univali: realiza, com a participação de acadêmicos e funcionários com experiência em dança, criação coletiva e pesquisa orientada de temáticas e movimentos coreográficos em dança e participa de festivais estaduais e nacionais com trabalhos/coreografias nas áreas de jazz, contemporâneo e street dance. Este faz apresentações para público aberto, nos campi da Univali e em outras cidades da região, e produz pesquisas acadêmicas em dança, com publicação de artigos e reflexões na área. Desde 2011, o grupo realiza o Festival Nacional de Dança Universitário de Itajaí. - Projeto Tem Música na Biblioteca: promove e estimula os talentos artísticos da universidade. Semanalmente acontecem apresentações musicais no Hall da Biblioteca Central Comunitária, com repertório que abrange variados gêneros de Música Popular Brasileira. - Grupo Instrumental Univali: o projeto dedica-se à pesquisa e à valorização das grandes obras de compositores brasileiros, com foco na música contemporânea instrumental brasileira. - Grupo Voz Universitária: é um grupo vocal de formação mista, composto por músicos e acadêmicos da universidade, com repertório de Música Popular Brasileira. - Coral Univali: mantém um repertório de música popular nacional e internacional para apresentações em eventos da região. Este conta com a participação de 45 vozes, além de - - instrumentistas (acadêmicos e funcionários da instituição). O Coral Infantojuvenil, por sua vez, busca desenvolver a musicalidade nas crianças e nos adolescentes. Banda Univali (Big Band): fomenta a música instrumental brasileira em apresentações musicais, dentro e fora dos campi da Univali, com repertório voltado para as grandes composições brasileiras de gêneros variados. É formada por acadêmicos, docentes e funcionários para apoiar e difundir talentos na área da música, contribuindo para a constituição e produção profissional no cenário cultural brasileiro. Projeto Jazz Pra Uma: visa fomentar o estudo e prática de standards da música instrumental, ampliando o repertório e a formação de plateia para esse gênero musical. Projeto Dança de Salão: proporciona, a jovens e adultos, benefícios físicos, mentais, terapêuticos e culturais na sua formação geral, por meio de aulas semanais de dança de salão. As aulas desenvolvem vários aspectos do ser humano, tais como: a postura, a criatividade e o ritmo, podendo atuar também como terapia. Aulas de Extensão em Música: são cursos de instrumentação musical oferecidos à comunidade interna e externa. Nestas aulas são realizadas práticas musicais com conteúdo em rítmica, harmonia e melodia (canto e instrumental) com um repertório específico a cada aluno. Além de esclarecer as especificidades dos instrumentos, também são oferecidas aulas teórico-práticas. Aulas de Clow: possibilitam o contato do indivíduo com seus aspectos ingênuos e ridículos, desenvolvendo a "lógica" do palhaço num estado de ação plena e em relação ao espectador, com intuito de incentivar a relação de confiança entre pessoas e promover um ambiente de descontração e espontaneidade por meio de jogos e brincadeiras. O serviço prático de experimentação é base do curso, sendo trabalhadas referências teóricas e discussões a partir delas. 5) Participação em órgãos de representação política e social, o setor de Arte e Cultura mantém parcerias, como membro titular, no Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itajaí, no Conservatório de Música de Itajaí, no Museu Histórico de Itajaí, no Serviço Social do Comércio de Itajaí e na Fundação Genésio Miranda Lins. O Setor de Arte e Cultura realiza o tombamento e a organização do acervo de obras de arte da Universidade e possui em seu acervo 155 obras de artistas brasileiros conceituados, com vários segmentos, técnicas e tendências na área das artes plásticas. Além disso, a Universidade atua, com a Fundação Genésio Miranda Lins, na realização do evento Cidade Revelada, que ocorre anualmente na cidade de Itajaí e tem como tema central a preservação do patrimônio histórico-cultural por meio da manutenção e restauração dos prédios públicos da cidade. O evento, que reúne oficinas e palestras, recebe o apoio dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e História. Outro aspecto relevante relacionado ao patrimônio cultural do município de Itajaí está no Centro de Memória e Documentação Histórica da Univali, que conta com um acervo expressivo em peças, fotos e troféus que registram fatos marcantes da trajetória da Univali nos últimos 50 anos, além de possibilitar o entendimento da história da cidade e da inserção regional da Univali no contexto dos municípios em que atua. O Museu Oceanográfico Univali, localizado no Campus Balneário Piçarras, e o Ecomuseu Univali, localizado na Ilha de Porto Belo, representam importantes projetos de valorização do meio ambiente, da memória cultural e do patrimônio natural e histórico-cultural. O primeiro possui uma das mais expressivas coleções biológicas de importância científica como: a maior coleção de conchas e tartarugas marinhas da América Latina, a maior coleção de mamíferos marinhos do Brasil, a maior coleção de tubarões e raias da América Latina e a quarta maior do mundo. A maior parte do acervo do museu referido é composta por animais marinhos da fauna brasileira, especialmente do Sul do Brasil. Além das coleções biológicas, que são referência para atividades didáticas e de pesquisa, o museu possui uma biblioteca com mais de mil livros especializados, 6,2 mil artigos científicos e mais de 500 títulos de periódicos nacionais e estrangeiros, além de fototeca e videoteca. Todo o material está disponível à comunidade científica para disseminação do conhecimento, bem como para servir de testemunho da minuciosa biodiversidade brasileira. O Ecomuseu Univali atua no resgate e na valorização dos costumes, dos hábitos e da história das comunidades litorâneas de Santa Catarina e no cuidado da biodiversidade regional. Com exposições que divulgam e preservam o patrimônio natural, o ecomuseu exibe coleções de espécies de cetáceos e tartarugas marinhas e mostra, permanentemente, exemplares de grandes mamíferos que viveram na América do Sul durante a Era do Gelo. O espaço apresenta também o laboratório do naturalista Carlos Nicolau Gofferjé, estudioso das ciências naturais da primeira metade do século 20. São 500m2 divididos em diversos ambientes (saguão principal, duas salas de exposição, dois terraços, plenário ao ar livre, deck de entrada e auditório para 45 pessoas). Integrado à natureza, o local se distingue do perfil de um museu estático e se encaixa na nova tendência de espaços culturais, nos quais os visitantes podem interagir, brincar, questionar e conversar. 2.6.3 Política de eventos Na Univali, caracterizam-se como eventos: cursos de extensão e aperfeiçoamento, feiras, exposições, simpósios, seminários, semanas, jornadas, festivais, mostras, congressos, visitas técnicas, encontros, palestras, conferências, oficinas, workshops, fóruns e outras ações com características similares. A Coordenadoria de Gestão de Eventos, vinculada à Gerência de Extensão e Cultura, atende e orienta professores e acadêmicos na elaboração e execução de cursos e eventos no âmbito institucional, incentiva a proposição de novos projetos de eventos, fornece informações referentes a eventos ao público externo e recebe, analisa e emite parecer às propostas de eventos. Os eventos podem ser propostos, internamente, por coordenadores de curso, professores, alunos, funcionários e entidades estudantis. Além disso, empresas e instituições externas podem solicitar ou propor eventos. A Instituição dispõe, aos usuários, o Sistema de Gerenciamento de Eventos TécnicoCientíficos Elis. O sistema está disponível a todos os organizadores de eventos internos e pode ser utilizado por parceiros, por meio de convênios, para a inscrição em eventos e a submissão de trabalhos pelo acesso online — fator que facilita a realização de eventos nacionais e internacionais. 2.7 Políticas de gestão A política de gestão da Univali está incorporada às práticas eficazes da governança corporativa, que demonstra, em seu conjunto de processos, regulamentos e decisões, o exercício da sua autonomia na gestão financeira e patrimonial. Em conformidade com os princípios da colegialidade e da ciência administrativa, a Universidade administra o patrimônio colocado à sua disposição pela Fundação Univali, planeja, executa e avalia estratégias, ações e indicadores definidos no seu planejamento estratégico e orçamento e busca recursos e cooperação por meio de convênios e contratos com entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais. O desenvolvimento de tais atividades orienta-se pelas seguintes diretrizes vinculadas às dimensões do Planejamento Estratégico Institucional: capital social, processos e sustentabilidade econômico-financeira. Quadro 04 – Diretrizes das Políticas de Gestão na Univali Dimensões Diretrizes – Valorização do corpo docente e técnico-administrativo pela sua qualificação, produtividade, comprometimento e atitude; Capital Social - Valorização do corpo discente pela trajetória acadêmica e científica de egressos e pela inserção em mercados regionais, nacionais e internacionais. – Garantia de um padrão de qualidade nos serviços prestados e oferecidos à sociedade; Processos – Interação com a sociedade para identificação de suas necessidades, buscando e proporcionando soluções compartilhadas às demandas sociais e tecnológicas. – Garantia da sustentabilidade mediante a utilização de processos que valorizem todas as formas de capital humano, natural e financeiro; – Responsabilidade na geração de informações a fim de prestar contas a respeito da gestão a todos os agentes interessados; – Avaliação e gerenciamento do impacto da atuação da Univali em relação à Sustentabilidade sociedade; – Descentralização e delegação de competências e responsabilidades que garantam econômicoa condução adequada das atividades da Instituição; financeira – Responsabilidade no desenvolvimento da ciência e tecnologia para a inovação de serviços e produtos que proporcionem efeitos sociais positivos; – Atendimento às políticas institucionais e aos resultados de avaliações internas e externas por meio do planejamento, organização, direção e controle das ações administrativas, de ensino, de pesquisa, de extensão e de cultura. Fonte: Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2014. Para tanto, a Univali mantém alguns programas de apoio à gestão. São estes: - Acompanhamento e avaliação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI); - Acompanhamento e gestão dos resultados da avaliação emitidos pela Comissão Própria de Avaliação para orientação nos processo de planejamento e gestão; - Implementação, acompanhamento e avaliação do Planejamento Estratégico Institucional em articulação com os resultados da avaliação, o PDI e o orçamento; - Acompanhamento da política de sustentabilidade financeira da Instituição; - Implementação, acompanhamento e avaliação do Plano de Carreira, Sucessão e Remuneração; - Atualização e qualificação contínua dos Programas de Formação Continuada de Docentes, de Gestores e de Técnico-Administrativos; - Atualização e qualificação contínua dos sistemas de informação que compõem a Rede Integrada de Planejamento e Gestão, para suporte à tomada de decisão; - Implementação de sistema de controle interno para garantir a proteção dos ativos, a fidedignidade dos dados gerados pelos diversos sistemas, a adesão às políticas da administração e a eficiência operacional; - Acompanhamento do sistema de incentivo e acompanhamento da produção científica docente; - Acompanhamento, avaliação e aperfeiçoamento do Programa de Avaliação Institucional; - Ampliação e fortalecimento dos Programas Institucionais de Intercâmbio interno, nacional e internacional de docentes, graduandos e pós-graduandos; - Implementação, acompanhamento e avaliação das ações institucionais voltadas à inserção regional da Univali em relação ao desenvolvimento econômico-social e à inclusão social; - Implantação e acompanhamento da Política de Inovação; - Implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental; - Investimentos na política de conservação, manutenção e atualização da infraestrutura física e tecnológica, por meio da implantação dos Planos Diretores de Tecnologia e de Infraestrutura. 2.8 Políticas de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Socioambiental A Univali, como Universidade Comunitária de origem pública com personalidade jurídica de direito privado, tem suas ações voltadas à elevação da qualidade de vida e do desenvolvimento econômico e social do país — sobretudo das regiões nas quais se encontra inserida, conforme explicitado na sua missão, visão e valores e nos múltiplos projetos que desenvolve com o ensino, a pesquisa e a extensão. Desse modo, a responsabilidade social é um dos eixos norteadores de sua gestão, por meio de ações voltadas à consolidação da ética em sua governança corporativa e em suas relações com alunos, colaboradores, governos, fornecedores, empresas e sociedade, bem como à inclusão social, à preservação do meio ambiente e da memória cultural e à busca do máximo aproveitamento dos recursos utilizados e programas voltados ao desenvolvimento econômico e regional. Ela está diretamente relacionada às ações empreendidas pela Univali, que, com ou sem colaboração de parceiros, contribuem para a formação de uma sociedade mais justa e sustentável. Para tanto, a Instituição desenvolve trabalhos, ações, atividades, projetos e iniciativas com e para a comunidade, objetivando promover a inclusão social, o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida e da infraestrutura urbana/local, além da inovação social. Dessa forma, as ações de responsabilidade social contemplam a “inclusão social”, entendida como um processo educativo amplo, no qual as pessoas sem acesso aos dispositivos e recursos socioculturais buscam o seu desenvolvimento e o exercício da sua cidadania. A atuação social da Universidade é um processo de mão dupla. Embora seu caráter comunitário a vincule naturalmente às necessidades da sociedade de seu entorno, ela acaba por acumular importante expertise ao abraçar, como desafios seus, as muitas demandas e necessidades sociais. Assim, a análise dos dados e ações expõe mais do que o repertório de atuação e o raio de interesse social da Universidade, revelando a responsabilidade com que assume e desenvolve seu papel na sociedade. Por meio dos indicadores — ferramentas de gestão que objetivam apoiar a sustentabilidade e a responsabilidade social em suas estratégias de negócio, de modo que esse venha a ser sustentável e socialmente responsável —, a Instituição está em processo de constituição do Comitê de Responsabilidade Socioambiental, responsável pelo diagnóstico e mapeamento permanente dos indicadores de responsabilidade social institucional e pela construção e revisão formal da política de responsabilidade socioambiental. A Instituição apresenta anualmente seu Relatório de Responsabilidade Social, além de outros relatórios necessários à concessão de certificações e reconhecimentos nas esferas federal, estadual e municipal. Resumidamente, as informações são apresentadas, tomando-se como referenciais: indicadores sociais internos e externos e indicadores ambientais. Na Univali, há constante preocupação com o bem-estar, o clima organizacional e a qualidade de vida de seu capital social. Desta forma, diversas ações e benefícios se alinham na busca de uma linguagem e cultura comuns, capazes de promover a inclusão de todos na organização em prol de um bem comum. Para tanto, algumas ações e benefícios são ofertados de forma permanente: Programa Uniforma, Programa de Formação Continuada de Docentes, Ginástica Laboral, Plano de Saúde, Plano Odontológico, Bolsas de Estudos e Previdência Complementar. Por meio de suas estruturas especializadas e preocupada com a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação de vulnerabilidade social, a Univali oferece serviços, programas e projetos abrangendo importantes áreas de atuação. Nesta relação, que se estabelece para além de seus muros, a Universidade vai ao encontro dos interesses da comunidade, com o compromisso institucional de construção de uma sociedade mais justa e solidária. No item 2.6, constam informações que evidenciam as múltiplas ações efetivas relacionadas responsabilidade social e voltadas às comunidades interna, externa e ao meio ambiente. à Uma Universidade torna-se exemplo quando os princípios de gestão sustentável estão impressos nos currículos e no ambiente, compondo uma filosofia. Desta forma, o processo de adequação da Universidade, tanto no espaço físico como curricular, estabelece parâmetros para aplicação dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Afinal, a preocupação socioambiental é parte integrante do processo educativo, que deve ser abordado de forma transdisciplinar, uma vez que é com ações práticas que se concretiza o processo de mudança. A responsabilidade social é um processo em contínua construção e aprimoramento na Instituição por meio de programas, projetos e iniciativas que, conforme dispõe o Quadro 05 19, abrangem: a) Ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e igualdade étnica e racial; b) Fomento à memória cultural, à produção artística e ao patrimônio cultural; c) Promoção e defesa do meio ambiente; d) Inclusão social; e) Desenvolvimento econômico e social, com vistas à consecução de uma sociedade mais justa, sustentável e com melhor qualidade de vida; f) Valorização do capital social; g) Inovação social. Quadro 05 – Ações de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Socioambiental, Univali RESPONSABILIDADE SOCIAL Ações Afirmativas de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos e Igualdade étnica e racial Ações de fomento à memória cultural, à produção artística e ao patrimônio cultural Ações de promoção e defesa do Meio Ambiente PROJETOS/AÇÕES ÁREAS DE ATUAÇÃO Ações socioeducativas considerando o contexto do ciclo vital da mulher Qualidade de vida Direitos Humanos Observatório de Políticas Públicas – OPP Aquarela musical Articulando a Educação Musical Arte e Cultura 20 Proler Univali Univali em Movimento Aquecedor Solar com Materiais Recicláveis Recursos Humanos Capacitação de Gestores Públicos e lideranças multissetoriais para os desafios da mudança climática e da governança ambiental na região da Foz do Rio Itajaí – SC Faça Seu Papel Reciclando ideias Implantação e Gestão de Unidades de Conservação: Conservar é preciso Participação em Redes Universitárias de Sustentabilidade e Responsabilidade Social nas Universidades (Nacionais: Reasul, Rupea e Internacionais: Ariusa, Risu e Gupes Latino América) Programa Univali Sustentável Oficina do mar Projeto sala verde de Itajaí Direitos Humanos Cultura, produção artística e patrimônio cultural Meio Ambiente Reciclando Biguaçu Rede trilha da vida Há programas que pela sua natureza se inserem em mais de uma das ações da política de responsabilidade social e também de extensão. Para efeito de registro deste documento, optou-se por situa-los nas ações nos quais há preponderância. 19 Nas ações de Arte e Cultura congregam-se os cursos de extensão, exposições, audições e todas as oportunidades que envolvam as formas de manifestações da arte e da cultura, dentre elas: Acervo Artístico, Exposições, Mix Cultural, InformArte, Dança, Música, Projeto Arte em Movimento e o Festival Cultural. 20 RESPONSABILIDADE SOCIAL PROJETOS/AÇÕES Redução de Impactos de Poluição: Tratamento de resíduos e Efluentes Redução e Impacto sobre a Biodiversidade Redução no Consumo de Materiais, Energia e Água Assessoramento a profissionais e familiares de idosos indefesos e garantia dos direitos dos idosos no município de Itajaí Bolsas de Estudos Avaliação e Educação nutricional para a promoção da saúde e prevenção de doenças Capacitação de Jovens e adultos da Grande Florianópolis Cidadania em Foco Formação e Assessoria em Cidadania Infantojuvenil: Inclusão digital pelo caderno Fortalecimento da rede de apoio aos Afásicos Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária Inclusão Digital Ações voltadas à Inclusão Social Inclusão Digital e Terceira Idade: uma parceria que dá certo Interação Univali, pais e filhos nas escolas de Itajaí Mais e Melhor Idade Mãos de Vida: empoderamento para a cidadania Núcleo de Lazer com Base Cultural Plano de Desenvolvimento Profissional Programa de assistência: Fonoaudiologia para formação e fortalecimento de redes de apoio voltadas a pessoas com deficiência e suas famílias Programa de assistência interdisciplinar a mulheres com síndrome de fibromialgia Programa de Assistência Social para Defesa e Garantia de Direitos – Escritório Modelo de Advocacia Projeto Ciranda: Combater a Violência Sexual para resgatar a alegria da criança e do adolescente Projeto Doutores da Beleza Projeto Escolhas Projeto Univali Faz Projetos de Atendimento em Saúde Proteja: Campanha de Prevenção a Pedofilia Ações voltadas para o Desenvolvimento Serviço de Apoio a Pessoa Surda (Saps) Assessoramento e formação de famílias para o acolhimento de visitantes com a oferta de produtos do ÁREAS DE ATUAÇÃO Direitos Humanos Direitos Humanos Educação Qualidade de vida Direitos Humanos Trabalho Direitos Humanos e Desenvolvimento Econômico-social Inovação social Diversidade e Direitos Humanos Diversidade e Direitos Humanos Inovação Social e Trabalho Inovação Social Direitos Humanos Educação Qualidade de vida Desenvolvimento Econômico-social Cultura Desenvolvimento Econômico-social e Inovação social Qualidade de vida e diversidade Diversidade, direitos Humanos e qualidade de vida Direitos Humanos Direitos Humanos e Qualidade de vida Qualidade de vida Qualidade de Vida Direitos Humanos Qualidade de vida Direitos Humanos Diversidade e qualidade de vida Melhoria condições de vida e Meio Ambiente RESPONSABILIDADE SOCIAL Econômico e Social PROJETOS/AÇÕES ÁREAS DE ATUAÇÃO patrimônio agroalimentar de Camboriú SC - microrregião de Itajaí Assessoria ao Instituto Crescer Assessoria aos gestores públicos no processo de revisão do plano diretor de desenvolvimento territorial de Camboriú-SC Assessoria e capacitação de trabalhadores de um Centro de Educação Infantil da Rede Municipal de Educação de Itajaí-SC Balneário Camboriú quem gosta cuida! Doações aos Fundos Municipais de Atendimento a Criança e ao Adolescente Floripa Legal Formação Docente: Capacitação dos Professores das Creches de Itajaí para o Ensino da Música Incubadora Social de Cooperativas Populares – ITCP Desenvolvimento Econômico-social Melhoria infraestrutura urbana/local Desenvolvimento Econômico-social e Direitos Humanos Desenvolvimento Econômico-social e Meio Ambiente Direitos Humanos Desenvolvimento Econômico-social Cultura Inovação social Desenvolvimento Pão e Sonho Econômico-social Programa de Serviço Voluntário e Ações Comunitárias Direitos Humanos Programa Embaixadores Univali Direitos Humanos Programa Jovem Aprendiz Univali Direitos Humanos Meio Ambiente e Direitos Univali - 8 Jeitos de Mudar o Mundo Humanos Ações voltadas à Programa Uniforma Educação valorização do Capital Programa de Formação Continuada para Docentes Educação Social Programa de Ginástica Laboral Qualidade de vida Previdência Complementar Trabalho Planos de Saúde Saúde Fonte: Coordenadoria de Filantropia e Responsabilidade Social – Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e Gerência de Extensão – Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2014. Complementarmente, a Univali desenvolve Programas de Atenção à Comunidade e Inclusão Social, os quais também se caracterizam como ações de responsabilidade social, envolvem disciplinas curriculares, acadêmicos e professores e contribuem para a garantia de direitos e o desenvolvimento econômico e social da região. Entre esses programas, destacam-se: Programa de Ações Comunitárias, Programa de Promoção Sociocultural, Serviços de Saúde, Programa de Assistência Judiciária e Hospital Universitário Pequeno Anjo. A Tabela 08 identifica o número de atendimentos prestados e o número de alunos envolvidos nos referidos Programas. Tabela 08– Quantidade de atendimento e alunos envolvidos nos Programas de Atenção à Comunidade e Inclusão Social (2012-2014) e projeção 2015 e 2016 Programas Nº de atendimentos Alunos 2012 125.202 185 2013 125.970 253 2014 130.688 231 2015 137.222 250 2016 144.083 270 Fonte: Gerência de Extensão e Cultura/Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2014. No Programa de Ações Comunitárias e Promoção Sociocultural, os acadêmicos prestam atendimento à comunidade em bairros periféricos de Itajaí em dia preestabelecido, envolvendo as áreas da saúde, promoção de direitos, registro e documentação, desenvolvimento econômico e social, lazer, cultura e orientação para a segurança no trânsito. Esse programa é uma iniciativa de diversos segmentos organizados da sociedade. No Programa de Saúde, os acadêmicos vinculados aos cursos de Nutrição, Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Farmácia e Psicologia prestam atendimento à população da região nos inúmeros espaços organizados para este fim, tais como: Clínica de Fisioterapia, Unidade de Saúde Familiar e Comunitária, Serviços de Atendimento Clínico em Fonoaudiologia, Serviço de Atenção à Saúde Auditiva e Clínicas de Odontologia, entre outros. O Programa de Assistência Judiciária envolve ações por meio do Escritório Modelo de Advocacia, que assume uma função ativa e potencializadora do desenvolvimento da cidadania. Desta forma, este se apresenta como espaço que possibilita ao curso de Direito estender os conhecimentos jurídicos e o seu potencial humano à comunidade, com o desenvolvimento de projetos de extensão, no atendimento das demandas de interesses coletivos, definindo a sua atuação a partir da interação com a própria comunidade. O Hospital Universitário Pequeno Anjo (Hupa), administrado pela Fundação Univali desde abril de 2002, exerce papel significativo no atendimento em saúde infantil a pacientes de 0 a 14 anos para toda a microrregião da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açu (Amfri), que abrange Itajaí, Bombinhas, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Navegantes, Ilhota, Penha, Piçarras e Luís Alves. Além desta microrregião, que possui população infantil de 118 mil crianças, o Hospital atende pacientes de cidades próximas, como Joinville, Barra Velha, Tijucas e Brusque. O hospital ocupa a área de 3.313,60m² no centro da cidade de Itajaí, possui cem leitos e conta com serviços qualificados de nutrição e dietética, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, assistência social, radiodiagnóstico por imagem, análises clínicas e farmácia hospitalar. O corpo clínico é formado por aproximadamente 50 médicos, que atendem em diversas especialidades. Nele, ainda são realizadas atividades de ensino, pesquisa e extensão dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Fisioterapia, Odontologia, Fonoaudiologia, Pedagogia, Nutrição, Educação Física, Administração e Gastronomia, entre outros. Com a participação de acadêmicos e professores, vários projetos são desenvolvidos no Hupa, dentre eles: Projeto Humanizar, destinado a acolhimento dos pacientes internados, bem como aos pais e cuidadores, prestando atendimento e orientação dirigida, sempre promovendo saúde; e Terapeutas da Alegria, voltado principalmente a auxiliar a formação de profissionais da saúde preocupados com a qualidade de vida do paciente e capazes de abordá-lo de forma integral e transdisciplinar, colaborando para a melhoria do atendimento nos estabelecimentos de saúde. Mediante suas atividades, o Hospital tem oportunizado a recuperação da criança/adolescente, por meio da expertise das equipes multiprofissionais que atuam também na promoção e prevenção de saúde juntamente com a família. Além disso, o Hospital tem promovido a melhoria da qualidade de vida da criança portadora de doença crônica, auxiliado na formação profissional de universitários e alunos de escolas técnicas e fomentado a produção e a publicação de pesquisas cientificas mediante estudos de casos envolvendo pacientes (crianças e adolescentes) nas mais diversas áreas da saúde. Acerca disso, é importante ressaltar que os Programas de Atenção à Comunidade e Inclusão Social representam relevante impacto em relação à inserção da\ Universidade na comunidade, considerando o número de atendimentos prestados, a diversidade e a abrangência dos programas. Estes são desenvolvidos sistematicamente, com a atuação permanente de professores e acadêmicos, em uma relação direta com as disciplinas curriculares e com estreita convergência em relação aos propósitos da Política de Responsabilidade Social da Instituição. 2.9 Política Institucional de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Univali No que se refere ao desenvolvimento de um modelo de gestão de ciência, tecnologia e inovação que viabilize a pesquisa, o desenvolvimento e a transferência de conhecimento técnico-científico para a sociedade, a Univali, como instituição científica e tecnológica, tem projetado um modelo de política direcionado para o processo de inovação tecnológica e social por meio da cooperação entre a Universidade, o setor produtivo e outros agentes da sociedade. Afinal, a Universidade considera estratégico para o desenvolvimento econômico e social do país que suas ações estimulem, de forma institucionalizada, a transformação do conhecimento científico, técnico e tecnológico em produtos, processos e serviços que gerem benefícios para a sociedade. Por essa razão, estabeleceu, com a política interna de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, parâmetros e procedimentos institucionais para a participação da comunidade acadêmica em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), proteção da propriedade intelectual e prestação de serviços em PD&I com base nas seguintes diretrizes: - Avaliar, compartilhar e replicar os resultados do fomento à PD&I na Univali, objetivando maximizar sua competitividade com reflexos na qualificação da produção de conhecimento; - Promover a cultura de pesquisa com vista à inovação de produtos, de processos, de metodologias e de gestão, garantidos por uma prospecção sistemática e contínua do ambiente externo; - Avaliar as oportunidades de comercialização de tecnologias (produtos, processos ou serviços) resultantes de projetos de PD&I, por meio do licenciamento, transferência, cessão ou direito de uso; - Fomentar o trabalho dos grupos de pesquisa envolvendo profissionais das diferentes áreas do conhecimento para dinamizar os Colégios de Aplicação e os cursos de graduação e pósgraduação lato e stricto sensu da Univali; - Incentivar formas de cooperação (redes e instituições de ensino superior) que articulem interesses e capacidades para a complementação das potencialidades entre a Univali, a comunidade científica, os setores público e privado, tais como: intercâmbio institucional, desenvolvimento de projetos cooperativos com incubadoras, empresas e consórcios de empresas; - Apoiar a infraestrutura laboratorial da Univali para incentivo à PD&I; - Definir um conjunto de indicadores para a gestão de PD&I com o objetivo de avaliar os resultados obtidos, de modo a aperfeiçoar processos e maximizar a aplicabilidade na Univali em conformidade com as características do desenvolvimento regional. Para tanto, o Plano de Desenvolvimento Institucional, o Planejamento Estratégico Institucional, o Projeto Pedagógico Institucional e os projetos pedagógicos dos cursos são instrumentos dinamizadores da política PD&I. Vinculada a Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, a coordenação desta política está sob a responsabilidade da Diretoria de Inovação, que assume o trabalho de planejar, executar e avaliar a política no âmbito da Universidade, em articulação com organizações governamentais e não governamentais, nos níveis local, nacional e internacional. Vinculado à Diretoria de Inovação, o Núcleo de Inovação Tecnológica (Uniinova) é responsável pela promoção e gestão das atividades de empreendedorismo, inovação e proteção da propriedade intelectual da Univali. O Uniinova é constituído por um responsável institucional, equipe de apoio administrativo e um representante dos incubados, nomeados pelo Reitor, e sua estruturação baseia-se nos eixos: Inovação e Propriedade Intelectual, Empreendedorismo e Relações com a Sociedade. Entre as competências do Núcleo, destacam-se: o apoio e a assessoria às iniciativas de fortalecimento da política de PD&I no âmbito da Univali e em sua área de inserção; o acompanhamento e a avaliação dos resultados decorrentes de atividades e projetos de PD&I para o atendimento da legislação vigente; a avaliação de solicitação de criador independente para adoção de invenção na forma da legislação vigente; a emissão de parecer pela conveniência da proteção e divulgação das criações desenvolvidas na instituição; o acompanhamento dos pedidos e a manutenção dos títulos de propriedade intelectual da Instituição. A política institucional de pesquisa, desenvolvimento e inovação define também as diretrizes relacionadas à propriedade, transferência e gestão dos direitos de propriedade intelectual vinculados à criação ou à produção científica e/ou tecnológica da Univali. Nesta política, toda criação, produção científica e/ou tecnológica realizada na Univali e com característica de PD&I está sujeita às normativas de proteção e/ou registro da propriedade intelectual. É competência da Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional a gestão dos aspectos relacionados com a propriedade, a transferência e aos direitos de propriedade intelectual, inerentes ou vinculados à criação ou produção científica e/ou tecnológica da Univali, a ser exercida por meio do Uniinova. Todas as pessoas envolvidas com atividades dessa natureza — professores, acadêmicos, funcionários e/ou técnicos e pessoas físicas ou jurídicas em regime de associação com a Univali — comunicarão à Univali suas criações, obrigando-se, na defesa do interesse da Universidade, a manter a devida confidencialidade e apoiar a Univali nas atividades de proteção e/ou registro da propriedade intelectual. Os rendimentos líquidos efetivamente auferidos da transferência de tecnologia e da exploração econômica de criações e direitos conexos pela Univali, sob a forma de royalties, comissões e outras rendas, participação regulada por convênios ou contratos, lucros de exploração direta, ou outras formas, obedecerão aos limites estabelecidos pelo § 2º do Art. 3º do Decreto n.º 2.553, de 16/04/98 — que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Neste sentido, é reservado um terço do valor dos rendimentos líquidos ao criador, um terço para o Fundo de Apoio à Inovação (FAI), administrado pela Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e um terço à(s) unidade(s) de origem da criação — para investimentos em infraestrutura, prioritariamente, na melhoria da qualidade de ensino. Adicionalmente, a Diretoria de Inovação é responsável pelo acompanhamento dos processos de transferência de tecnologia, de modo a promover a exploração econômica das criações intelectuais de propriedade da Univali, dar publicidade e promover o marketing das criações e negociar contratos de transferência de tecnologia. A transferência de tecnologia por meio da venda ou do licenciamento das criações intelectuais ou da transferência de know-how é objeto de contrato específico firmado entre as partes, no qual serão estabelecidas as condições de utilização da criação, objeto do acordo. A partir da deliberação e aprovação da política pelos Órgãos Colegiados, as principais metas da Diretoria de Inovação são: a formação continuada do corpo docente para orientação nos processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a atuação na Prefeitura Municipal no que se refere às ações de implantação do Centro de Inovação Tecnológica na cidade de Itajaí, sob coordenação do Governo de Estado de SC. Em 2014, foi assinado o convênio de R$ 45 milhões para a construção de Centros de Inovação em sete cidades catarinenses. Itajaí foi uma das cidades contempladas para instalação de um edifício-sede, a ser construído na área do Distrito de Inovação de Itajaí, localizado no Bairro de Itaipava. O Projeto do Centro de Inovação foi viabilizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, a partir do Programa SC@2022 — Estado Máximo da Inovação — com a visão de tornar Santa Catarina referência nacional e internacional no uso da inovação para o desenvolvimento sustentável. Programas estratégicos foram formulados para buscar a construção de uma nova economia, capaz de promover o desenvolvimento socioeconômico pautado pela inovação. Nesse programa, algumas ações tidas como prioritárias, e que se encontram em consonância com as iniciativas federais, permeiam o apoio à implantação e à modernização de parques tecnológicos e de incubadoras de empresas de base tecnológica e a atividades ligadas à inovação. Itajaí foi contemplada porque apresenta características e iniciativas que fazem a cidade despontar regionalmente, tais como: 1) Presença de grupos de pesquisas consolidados e constituídos por mestres e doutores que compõem o quadro docente da Univali; 2) Incubadoras e núcleos de inovação tecnológica implantados; 3) Presença de gestores capacitados em gestão de polos e inovação tecnológica; 4) Ambientes de promoção à inovação tecnológica; 5) Parceria consolidada com a maior Universidade Comunitária do Estado, com cursos associados à tecnologia/inovação; 6) Projeto arquitetônico elaborado pela Univali para a instalação futura do parque tecnológico no Distrito de Inovação; 7) Localização como cidade-polo na região geográfica. A instalação do Centro de Inovação de Itajaí representa um projeto de alto valor estratégico para o aumento da competitividade de economia local e estadual, uma vez que aumentará a capacidade de atração e permanência de empresas inovadoras. Com isso, a viabilização de negócios de valor agregado será multiplicada, a qualidade do capital humano ganhará incremento. A Univali terá participação relevante no processo de consolidação do Centro de Inovação de Itajaí, pois atuará como estrutura de apoio às mais diversas iniciativas de inovação, educação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, tal como a gestão e o acompanhamento das incubadoras e a capacitação de empreendedores, gestores e professores, especialmente da rede pública. Desse modo, Universidade e Centro de Inovação de Itajaí contribuirão para o desenvolvimento local e a consequente melhoria da qualidade de vida da população, além de desencadear uma série de avanços nas dimensões socioeconômicas, culturais e humanas. Espera-se, também, que a implantação resulte em maior capilaridade das estratégias de inovação da Universidade e do Município de Itajaí, da região e do Estado, bem como das diretrizes do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação defendidas nacionalmente. Outra expectativa é de que a instalação do projeto viabilize a redução de custos e o aumento do volume de negócios dos empreendimentos alocados no Centro de Inovação de Itajaí, intensificando a pesquisa científica e tecnológica e, sobretudo, fomentando a transformação de conhecimento em produtos e serviços relevantes para a economia e a sociedade. 2.10 Política de internacionalização Com o propósito de inserir a Univali no cenário acadêmico internacional e implantar a concepção de internacionalização e de competências interculturais nas suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, a Univali estabeleceu as diretrizes da política de internacionalização. Esta se pauta em quatro grandes eixos, a saber: mobilidade discente, mobilidade docente, internacionalização de currículo e imagem institucional. A política de internacionalização da Univali tem como objetivos: internacionalizar os currículos dos cursos de graduação e pós-graduação; fortalecer as relações com as Instituições de Ensino Superior conveniadas; incrementar a mobilidade docente e discente (incoming e outgoing) entre a Univali e suas conveniadas; desenvolver um programa de formação, acompanhamento e avaliação da mobilidade; incentivar a dupla diplomação dos estudantes dos cursos de graduação e de pós-graduação; fomentar o estabelecimento de projetos e redes de pesquisa para ampliar a produção científica, por meio de publicação de artigos em periódicos internacionais, livros e capítulos de livros; construir a imagem da Univali como Instituição de Ensino Superior internacionalizada. A mobilidade acadêmica (docente e discente) constitui-se na implantação, acompanhamento e avaliação de programas de mobilidade (incoming e outgoing) de curta e longa duração com incentivos institucionais e/ou organizacionais. Constituem programas de mobilidade discente na Univali: o Programa de Intercâmbio de Estudantes, o Programa Ciência sem Fronteiras e os Programas Santander Fórmula e Iberoamericano. São objetivos desses programas: contribuir para a formação de uma consciência social favorável aos processos de integração; expor os estudantes a valores culturais regionais e aspectos geopolíticos diversos; incrementar o conhecimento de línguas estrangeiras e validar conhecimentos aprendidos sob a forma de convalidação de disciplinas. Podem inscrever-se no Programa de Intercâmbio de Estudantes acadêmicos regularmente matriculados, a partir do 3º período, em um curso de graduação da Univali, com idade mínima de 18 anos completos e média de desempenho acadêmico superior ou igual a 7. A inscrição do acadêmico no processo seletivo do programa referido se opera por meio de edital que apresenta as vagas oferecidas pelas Universidades conveniadas. O acadêmico selecionado é matriculado na opção “intercambista” do Sistema Acadêmico e realiza a matrícula em, no mínimo, três disciplinas por semestre na Universidade de destino estrangeira, na qual ser aprovado, sob pena de não ser reconhecida a equivalência de estudos no retorno à Univali. Para a seleção das disciplinas, o acadêmico leva em conta um elenco de disciplinas consideradas equivalentes — compatível com o conteúdo programático de uma disciplina existente no currículo — pela coordenação do curso da Univali. Ademais, levando-se em conta o diferencial de um currículo internacionalizado, é enfatizada aos futuros intercambistas a importância de cursar disciplinas que não constem dos currículos dos cursos oferecidos na Univali. No retorno à Univali, o ex-intercambista requer, à Coordenadoria de Assuntos Internacionais, a equivalência de disciplinas cursadas durante o período de intercâmbio, apresentando atestado de notas original e o conteúdo programático, respeitando-se o número mínimo de disciplinas, de acordo com o período de duração do intercâmbio. A Coordenadoria de Assuntos Internacionais, por sua vez, encaminha os documentos constantes do processo de convalidação de disciplinas à Gerência de Avaliação e Ensino, que será responsável pela formação de uma comissão, da qual o coordenador do curso do aluno requerente também fará parte. O Programa Ciência sem Fronteiras, subsidiado pelo Governo Federal e coordenado pela Capes e CNPq, possibilita a inscrição de estudantes de graduação e pós-graduação stricto sensu em editais, com critérios específicos, que lhes permitem cursar disciplinas e/ou estágios no exterior. O aproveitamento dos estudos feitos na Universidade de destino pela Universidade de origem é uma premissa do programa. As disciplinas cursadas poderão ser convalidadas como disciplinas obrigatórias, eletivas ou optativas ou ainda serem aproveitadas como atividades complementares. O estágio, quando previsto no regulamento do curso de origem do intercambista, será convalidado de acordo com a normativa em vigor. O Programa Fórmula Santander destina-se a acadêmicos que atendam aos requisitos e critérios dispostos nos editais correspondentes. Seu objetivo é o intercâmbio acadêmico de dois estudantes de graduação ou de pós-graduação stricto sensu da Univali com Universidades conveniadas no exterior, com bolsa do Santander Universidades, para custear transporte aéreo, hospedagem e despesas pessoais durante um semestre de estudos. O Programa Ibero-Americano destina-se à mobilidade de dez acadêmicos de cursos de graduação para Universidades conveniadas, também com bolsa para custear transporte aéreo, hospedagem, seguro de viagem internacional com cobertura médica e despesas pessoais durante um semestre de estudos. A Tabela 09 apresenta o número de acadêmicos participantes dos Programas de Mobilidade Discente (outgoing) no período 2012-2014 e projeção para 2015-2016. Tabela 09 – Número de Acadêmicos participantes dos programas de mobilidade discente (outgoing) no período 2012-2014 e projeção 2015-2016 Programas 2012 2013 2014 2015 2016 Programa de Intercâmbio de Estudantes – PIA 79 52 50 60 70 Ciência sem Fronteiras 02 24 34 40 50 Programa Fórmula Santander 02 02 02 02 02 Programa Santander Ibero-americanas 04 05 15 10 10 Total 87 83 101 112 132 Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2014. Os dados apresentados evidenciam que, embora haja pequeno incremento na modalidade de intercâmbio outgoing, esse é, ainda, pouco significativo. Por essa razão, há, no planejamento estratégico da Coordenadoria de Assuntos Internacionais, várias ações para elevar o número de alunos com experiência no exterior, como: campanhas de marketing com divulgação de todos os programas de mobilidade e palestras em todos os campi durante o período de vigência dos editais de cada programa. A Univali também recebe acadêmicos de países estrangeiros desde 1994. O processo se inicia com os contatos e a celebração de convênios com Universidades estrangeiras interessadas em realizar a mobilidade acadêmica. A Univali tem 140 convênios firmados com Universidades estrangeiras visando os processos de mobilidade (incoming e outgoing) de acadêmicos e professores. No período 2012-2014 foram firmados os seguintes convênios, conforme se observa no Quadro 06. Quadro 06 - Países e Universidades com acordos de cooperação com a Univali, 2012-2014 País Alemanha Bélgica Brasil Canadá Chile China Coreia do Sul Espanha França Irlanda Itália México Noruega Portugal Universidade Kempten University of Applied Sciences Artevelde College Ghent SENAC-SP Mount Royal University Universidad Católica Del Norte University of Tianjin Foreing Studies Pukyong National University Universidad de Girona Universidad de Salamanca Universidad de Alicante Universidad de Almería Universidad de Málaga Institute Superieur de Gestion Paris Descartes University Athlone Institute of Technology Florence University of Arts Universitá de Ferrara Universitá Politécnica Delle Marche Universidade de Salerno Universitá Degli Studi di Perugia Universidad Autônoma del Estado de México Haugesund University College Universidade de Coimbra Instituto Politécnico de Setúbal Universidade do Minho Universidade do Algarve Ano Modalidade 2012 PIA 2014 2014 2014 2013 2013 2014 2012 2012 2012 2014 2013 2013 2013 2013 2013 2013 2014 2014 2012 2013 2014 2013 2012 2012 2014 PIA PIA Marco/PIA PIA Memorandum PIA Marco Convênio Pós-graduação Mestrado em Administração Convênio de Cooperação Acordo de Cooperação PIA Convênio CsF/Farmácia Marco PIA Acordo de Cooperação Cultural Acordo de Cooperação PIA Doutorado Co-tutela PIA/Convênio Colaboração Estudantil PIA/Cooperação Internacional Dupla Diplomação – Licenciaturas/ Letras Marco/PIA Doutorado/Co-tutela Protocolo de Cooperação País República Tcheca Universidade Universidade de Lisboa Prague Metropolitan University Ano 2014 2013 Modalidade Acordo de Cooperação PIA Acordo de Cooperação Internacional Turquia Bezmialem Vakif University 2013 Marco Uruguai Universidad de La República 2012 PIA Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2014. Suécia Universidade de Halmstad 2014 Como se observa no Quadro 06, a maioria dos acordos, no período 2012-2014, foi firmada com Universidades europeias. Todavia, em um esforço para internacionalizar os currículos por meio de vivências multiculturais, a Univali tem buscado firmar parcerias nas Américas e Ásia. Nota-se ainda, que, mesmo na Europa, as novas parcerias incluem países nórdicos e do leste europeu, com os quais não havia interação anteriormente. Como os acordos de cooperação preveem, em suas cláusulas, a reciprocidade de ações, a Univali tem também recebido, ao longo dos anos, alunos intercambistas — que são regularmente matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação e podem usufruir as mesmas oportunidades e facilidades proporcionadas aos alunos regulares. Tabela 10– Número de estudantes internacionais na Univali e convênios realizados no período 2012-2016 Indicadores 2012 2013 2014 2015 2016 Estudantes internacionais 28 33 47 55 70 Acordos de cooperação 08 12 11 15 15 Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2014. Como se observa (tabela 10), houve aumento significativo do número de convênios firmados no período 2012 e 2014. Para o período 2015-2016, a expectativa é a ampliação destes, buscando, no entanto, maior diversidade de países conveniados. De fato, os números se referem mais a acordos a serem refeitos, devido ao final da vigência, à assinatura de parcerias específicas e, sobretudo, ao estreitamento de parcerias com Universidades latino-americanas. Obviamente, esse cenário calcado em dados reais pode ser alterado pelo contexto político e financeiro, nacional e internacional. Os programas de mobilidade docente, por sua vez, constituem o intercâmbio de professores com instituições estrangeiras conveniadas visando à realização de atividades de docência e de pesquisa, a participação de professores em eventos técnico-científicos (como palestrantes ou ministrantes de oficina/cursos) e/ou a realização de estágio pós-doutoral no exterior. São critérios de elegibilidade para o intercâmbio de professores: o tempo de contratação (professor com 5 anos ou mais na Instituição); a titulação (doutorado); a atuação nos cursos de graduação e/ou de pós-graduação stricto sensu da Univali; a confirmação com carta de aceite da Instituição estrangeira especificando as atividades (docência e/ou pesquisa) a serem desenvolvidas; a anuência e a aprovação, por parte dos coordenadores de curso ou programa a que está vinculado; a ciência do plano de atividade pela Coordenadoria de Assuntos Internacionais; a aprovação, pela Univali, na prova de idioma da Instituição estrangeira ou comprovação de proficiência. A Univali também recebe docentes de instituições estrangeiras conveniadas para a realização de atividades de docência e pesquisa. São critérios para recepção destes: ser professor doutor, atuar na pós-graduação stricto sensu da Instituição estrangeira, ter carta de apresentação da sua Instituição especificando plano de trabalho e tempo de permanência e ter anuência e aprovação dos coordenadores de curso/programa a que está vinculado. No período 2012-2014, visitou a Univali e seus cursos de graduação e pós-graduação um número significativo de professores conforme Tabela 11. Tabela 11 – Número de professores em atividades de mobilidade docente (incoming e outcoming) na Univali no período 2012-2014 e projeção para 2015-2016 Indicadores 2012 2013 2014 2015 2016 Nº Professores (incoming) 34 42 48 53 58 Nº Professores (outcoming) 20 26 30 33 37 Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2014. A análise dos dados constantes da Tabela 11 revela que o número de docentes internacionais na Univali é mais elevado do que o de professores da Univali em universidades do exterior no período de 2012 a 2014. Como esta prática requer o envolvimento e a decisão profissional e pessoal do professor, observa-se ainda a necessidade de conscientização deles em relação à importância da internacionalização de sua atividade e da projeção de sua carreira, por meio da atuação em outros países por determinado período. A mobilidade docente está condicionada também a uma série de variáveis externas como as políticas governamentais de seleção e concessão de bolsas para programas de doutorado e pós-doutorado e a oferta de programas de curta duração/palestras/workhops a serem ministrados por professores visitantes, entre outras. A internacionalização de currículos constitui-se no terceiro eixo que organiza a política de internacionalização na Univali. Estatísticas publicadas por Organizações internacionais (tais como a OECD) apontam que somente de 2 a 3% dos alunos de graduação em todo o mundo conseguem vivenciar experiências acadêmicas no exterior. Com base nessa premissa, a Univali passou a desenvolver, desde 2011, o Programa de Internacionalização no Campus ou Internationalization at Home. Este tem na internacionalização dos currículos de todos os cursos uma das principais estratégias para o desenvolvimento da internacionalização inclusiva, que visa preparar todos os acadêmicos da Univali para atuar com sucesso na sociedade global e intercultural do século 21. Em termos conceituais, a internacionalização dos currículos é compreendida como um processo de incorporação das dimensões internacional, intercultural e global ao ensino, à pesquisa e aos serviços de uma Instituição de Ensino Superior. De modo a formar o profissional dotado de conhecimentos, competências e habilidades para atuar com sucesso na sociedade global do século 21 e também formar um cidadão críticoreflexivo, capaz e disposto a intervir na criação de uma sociedade mais justa, o currículo internacionalizado deve oportunizar a revisão paradigmática do conhecimento (conhecimento de quem, o quê? e para quem?) que permeia os currículos formal, informal e oculto dos cursos e programas em vigor na universidade. Em termos operacionais, é possível elencar algumas das estratégias de internacionalização de currículos com as quais a Coordenadoria de Assuntos Internacionais vem atuando para implantar a proposta de Internationalization at Home na Univali: - A infusão da perspectiva internacional e intercultural em objetivos, conteúdos programáticos, avaliação e bibliografia dos cursos; - O uso de estratégias de ensino interdisciplinares, tais como estudos regionais ou de área que cubram mais de um país e a oferta de disciplina (em português e/ou em línguas estrangeiras) que explicitamente abordem aspectos da comunicação intercultural; - O emprego de currículo do qual uma parte compulsória é oferecida na ou por Instituições estrangeiras, incluindo-se programas de intercâmbio; - A oferta de disciplina curricular na qual o conteúdo é especificamente desenhado para estudantes internacionais; - O ensino compulsório de uma segunda língua para todos os estudantes; - O fomento ao ensino e à aprendizagem de línguas estrangeiras; - A integração das atividades curriculares com as atividades internacionais promovidas na instituição; - As experiências de ensino intercultural e internacional (ex: semanas internacionais com debates, exposições e ciclos temáticos multi e interculturais, cinema e outras artes, colóquios e eventos literários); - A utilização de peer tutoring e serviço voluntário que promova a cooperação entre estudantes nacionais e internacionais; - O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação para facilitar a mobilidade virtual; - A oferta de cursos de extensão sobre outras culturas; - A oferta de formação em comunicação intercultural; - A existência de projetos de assistência para o desenvolvimento internacional; - O fomento à ligação entre grupos étnicos e culturais da comunidade. Essa perspectiva ampliada de internacionalização é uma tendência que vem se construindo nos últimos anos e ainda merece estudos e um trabalho de posicionamento e imersão das Universidades para incorporá-la. Ela significa mais que a mobilidade docente ou discente, pois requer uma visão de internacionalização com foco no currículo e nas práticas educacionais. Ela conduz o acadêmico e o professor a pensar de modo internacionalizado, a analisar dados e a discutir fatos que extrapolam o contexto mais imediato no qual vivem ou atuam. Por se tratar de uma postura e um modo de conceber a formação universitária, a internacionalização do currículo na Univali vem sendo trabalhada mediante ações iniciais. Entre elas, destacam-se: a formação continuada de docentes, o estudo das ementas e planos de ensino de alguns cursos e a inserção de disciplinas do currículo em língua estrangeira. Muito se pretende realizar nessa direção, tanto no âmbito da graduação como da pós-graduação. O quarto eixo da política de internacionalização se refere à imagem institucional vinculada à concepção de internacionalização do currículo. Entende-se como imagem institucional o conjunto de estratégias e materiais voltados à criação e à fixação, na memória de determinada comunidade, de valores com perspectivas internacionalizadas e inclusivas. Constituem-se como valores os serviços, oferecidos por Universidades, de (e em) línguas internacionais, como o inglês, o curso da língua vernacular para estrangeiros e atendimentos bilíngues. A imagem e a atuação de uma Universidade internacionalizada requer a participação de seus docentes e pesquisadores em fóruns internacionais de todas as áreas científicas, bem com as comunicações institucionais acerca de todas as atividades dos currículos dos seus cursos e aos seus serviços, dirigidas aos estudantes em geral e em potencial, bem como à referida sociedade global. Essa concepção embutida na imagem institucional também não se implanta apenas pela via do intercâmbio de alunos e professores ou pela adoção de disciplinas estrangeiras, mas se firma nas práticas cotidianas da Universidade, no modo como ela escolhe ou define sua identidade: como uma Instituição multicultural, aberta à diversidade de pessoas e ideias, consciente dos benefícios da educação intercultural para o desenvolvimento global dos estudantes e da sua empregabilidade no mercado internacional. Por se tratar de concepção, essa prática tem sido discutida de maneira ainda pouco abrangente na instituição, mas, por ser necessária e inovadora, consta das diretrizes da política, de modo a se fortalecer e ganhar corpo nos próximos anos. A Coordenadoria de Assuntos Internacionais é a instância responsável pela coordenação, acompanhamento e avaliação da política de internacionalização. Entre as atribuições dela, destacam-se: assessorar a Reitoria no que concerne à proposição e celebração de convênios de cooperação técnico-científica; fomentar na comunidade acadêmica o seu envolvimento em atividades de mobilidade nacional e internacional; coletar e divulgar informações sobre assuntos nacionais e internacionais de potencial interesse para todos os setores da Universidade; promover programas de intercâmbio de gestores, pesquisadores, professores e estudantes; orientar os cursos e os setores da Universidade em matéria de internacionalização dos currículos acadêmicos; prospectar a participação da Universidade em órgãos e agências de financiamento; e colaborar para a definição e a aplicação de uma política de programas de desenvolvimento de projetos acadêmicos interinstitucionais de níveis nacional e internacional. 2.11 Prestação de Serviços A política de Prestação de Serviços da Univali é de responsabilidade da Coordenadoria de Projetos e Prestação de Serviços, vinculada a Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional. Esta Coordenadoria tem como atribuições: realizar a gestão e avaliação das ações de prestação de serviços da Univali, prospectar novos negócios e consolidar os existentes, estabelecer canais institucionais de relação com empresas privadas, governo federal, estadual e municipal e coordenar os processos de cadastramento da universidade junto a esses órgãos, visando habilitá-la para a prestação de serviços. Compete-lhe ainda diagnosticar, mapear e divulgar as potencialidades e vocações internas da instituição, nas várias áreas de conhecimento, com vista à comercialização de serviços. A Univali tem estruturado um Portfólio de Serviços distribuído em oito áreas de conhecimento, com atuação em diversos âmbitos, conforme detalhamento do Quadro 07. Quadro 07 – Áreas de atuação e atividades de Prestação de Serviços da Univali Áreas de Atuação Subáreas ANÁLISES LABORATORIAIS Central de Laboratórios de Ensaios Analíticos – CLEAn Design COMUNICAÇÃO E DESIGN Marketing e Comunicação Rádio e TV GESTÃO E HOSPITALIDADE Comércio Exterior Consultoria Empresarial Gastronomia Serviços Análises físico-químicas e microbiológicas de produtos, insumos e materiais: farmacêuticos, químicos, cosméticos e correlatos, águas, alimentos, bebidas, amostras ambientais, superfícies, equipamentos e embalagens. Assessoria, consultoria e outros serviços nas diferentes áreas do Design: Animação, Gráfico, Industrial, Jogos, Moda e Produto, desenvolvendo modelos, projetos e produtos de acordo com as necessidades do cliente, seus objetivos e público-alvo. Assessoria, consultoria e outros serviços nas áreas de marketing e comunicação com desenvolvimento de planos de comunicação e soluções criativas e prospecção de novas demandas e oportunidades. Produção audiovisual e de radiodifusão: cursos de locução em rádio, captação de imagens e produção de jingles para campanhas publicitárias, captação, edição e veiculação de imagens Assessoria e consultoria em análise e prospecção de mercados nacionais e internacionais, negociações, classificação fiscal, planificação de custos, formação de preço, processos e documentações relacionadas à importação e exportação. Assessoria e consultoria organizacional, mercadológica, logística e financeira para empreendedores e organizações públicas e privadas nos diversos segmentos. Assessoria, consultoria e outros serviços na área da gastronomia para restaurantes e empresas do Áreas de Atuação Subáreas Turismo e Hotelaria Arquitetura, Urbanismo e Design de Interiores INFRAESTRUTURA Construção Civil Aquacultura Biotecnologia Ecotoxicologia Educação Ambiental Geoprocessamento MEIO AMBIENTE Impacto Ambiental Integridade Ambiental Gerenciamento Costeiro Integrado Hidrografia e Oceanografia Geológica Monitoramento de Algas Nocivas Oceanografia Química e Poluição Marinha Monitoramento e Capacitação do Setor Pesqueiro Serviços segmento alimentício. Assessoria, consultoria e outros serviços na área de turismo e hotelaria para empreendimentos do segmento turístico e organizações públicas e privadas. Consultoria e elaboração de projetos arquitetônicos, ambientação de interiores, planos diretores e projetos urbanísticos, conservação e restauração de edificações e sítios históricos. Consultoria e serviços na área da construção civil como controle tecnológico e caracterização de materiais e insumos, ensaios quantitativos e qualitativos, implantação de sistema de coordenadas em áreas urbanas e rurais, planejamento territorial e monitoramento topográfico de estruturas de engenharia entre outros. Elaboração, implantação e manutenção de projetos de cultivo de organismos aquáticos, desenvolvimento de tecnologias de cultivos marinhos, monitoramento ambiental em áreas de cultivo, cursos e assessoria para o associativismo e cooperativas de produtores. Análise, prospecção e diagnóstico na área da biotecnologia a organizações públicas e privadas Avaliação dos efeitos causados por produtos químicos lançados no meio ambiente. Elaboração, implantação e avaliação de Programas de Educação Ambiental, produção e avaliação de recursos pedagógicos e ambientes de aprendizagem, capacitação e orientação para a gestão participativa. Produtos especializados desenvolvidos a partir do processamento de dados geográficos e desenvolvimento de modelagem para auxiliar gestores de organizações públicas e privadas nas decisões gerenciais e consultoria e capacitação na área. Assessoria e serviços em processos de licenciamento ambiental, elaboração e execução de estudos e relatórios de impacto e programas de monitoramento ambiental. Serviços especializados para a implantação e o acompanhamento de Protocolos de Avaliação de Integridade Ambiental na gestão de recursos naturais por organizações públicas e privadas. Gerenciamento costeiro integrado envolvendo análises e planejamento da ocupação espacial e uso de recursos da zona costeira. Análise e levantamento de dados na área de hidrografia e geologia marinha Avaliação dos efeitos nocivos causados por algas nos diversos ambientes. Análise, avaliação e monitoramento de variáveis fisioquímicas em ambientes aquáticos. Monitoramento de desembarques de frotas artesanais e industriais, estatísticas de pesca , monitoramento de operações de pesca, análises biológica, ecológica de espécies marinhas costeiras e de profundidade capturadas e/ou influenciadas pela atividade pesqueira entre outros. Áreas de Atuação Subáreas Oceanografia Física Oceanografia Química e Poluição Marinha Avaliação de produção Institucional Editora Univali PESQUISA, EDUCAÇÃO E CULTURA Idiomas Livraria Universitária Pesquisas Sociais Serviços Educacionais Beleza e Bem-Estar Biomedicina BELEZA E SAÚDE Educação Física Enfermagem Farmácia Fisioterapia e Fonoaudiologia Nutrição Serviços Assessoria, consultoria e serviços em Oceanografia operacional, instrumentação oceanográfica, instalação, operação e manutenção de estações meteorológicas e equipamentos oceanográficos, análise estatística de dados ambientais, assessoria para obras costeiras e oceânicas, modelagem de transporte de escalares, de refração e difração de ondas e hidrodinâmica. Análise, avaliação, execução de projetos e monitoramento de variáveis fisioquímicas em ambientes aquáticos. Software de gerenciamento, registro e comprovação das produções científicas de professores e pesquisadores de uma Instituição de Ensino Superior. Serviços especializados de edição, editoração e comercialização de publicações, além de consultoria em produção gráfica de impressos em geral. Cursos de idiomas para o desenvolvimento profissional, cultural e social de jovens e adultos, além de outros serviços de idiomas a empresas e organizações dos mais diversos segmentos Comercialização de livros de diversas editoras, além de oferecer serviços como pesquisa de títulos e encomenda de obras. Planejamento e execução de pesquisas sociais contratadas por órgãos públicos, instituições privadas e veículos de comunicação para avaliar resultados e/ou solucionar problemas de gestão pública ou privada, imagem e negócios. Consultoria e assessoria em serviços educacionais e processos didáticos para escolas, sistemas de ensino e organizações públicas e privadas. Assessoria, consultoria e outros serviços na área de serviços e gestão em estética facial e bem-estar corporal de acordo com as tendências do mercado e as necessidades do cliente. Assessoria, consultoria e outros serviços na área da Biomedicina a organizações públicas e privadas: hospitais, clínicas médicas e veterinárias, laboratórios de análises clínicas e de reprodução assistida. Assessoria a atletas e desenvolvimento de programas de ginástica laboral em organizações públicas e privadas. Consultoria, assessoria e outros serviços na área da enfermagem a organizações públicas e privadas nos diferentes segmentos, incluindo atividades de prevenção e promoção da saúde. Serviços na área farmacêutica a organizações públicas e privadas. Serviços de prevenção, tratamento e reabilitação nas áreas de fisioterapia e fonoaudiologia. Serviços na área nutricional: avaliação nutricional, análise bromatológica, avaliação de atividade de antioxidante de alimentos in vitro e in vivo, análise microbiológica de alimentos, cozinhas para empreendedores da área de alimentos e bebidas. Áreas de Atuação Subáreas Odontologia Computação TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Visão Computacional Auditoria e Perícia de Software Gerenciamento de eventos Inteligência Artificial Serviços Serviços nas diversas especialidades odontológicas: periodontia, dentística, endodontia, cirurgia, odontopediatria, oclusão, odontogeriatria, radiologia, saúde coletiva e próteses. Serviços na área de sistemas de computação: sistemas embarcados, sistemas distribuídos, projetos de sistemas digitais, sistemas distribuídos seguros, sistemas baseados em FPGA, sistemas baseados em microcontroladores PIC, sistemas robotizados. Pesquisa e desenvolvimento de soluções de Processamento de Imagens, de Computação Gráfica, de Alta Performance utilizando GPGPUs, de Simulações Físicas, de sistemas inovadores para Dispositivos Móveis entre outros. Análise de conformidade, validação de requisitos e parecer técnico. Comercialização de software de gerenciamento de eventos promovidos por organizações públicas e privadas nos diversos segmentos. Assessoria, consultoria e outros serviços a organizações públicas e privadas interessadas em sistemas de inteligência artificial. Fonte: Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Coordenadoria de Prestação de Serviços, 2014. 2.12 Comunicação com a sociedade A Univali mantém uma série de serviços que compõem a rede de comunicação institucional para o constante diálogo entre a Instituição e sociedade. Tais canais de comunicação estão sintonizados com a missão, visão e valores institucionais, compreendidos nas políticas e objetivos da área. Atualmente, as diretrizes que constituem a atuação da Coordenadoria de Marketing e Comunicação, responsável pela aplicação das políticas de comunicação institucionais, são: - Planejamento, execução e avaliação do plano de marketing e da comunicação da Fundação Univali buscando articulações com seus públicos de interesse; - Coordenação das ações de promoção e merchandising; - Coordenação e realização de pesquisas de marketing; - Gerenciamento de estratégias de publicações, assessoria de imprensa e gestão da comunicação institucional para o fortalecimento da marca Univali; - Padronização e execução das atividades de cerimonial e protocolo de eventos institucionais. Cada uma dessas diretrizes compreende uma série de atividades, serviços e objetivos de comunicação, colocada em prática em diversos canais permanentes de comunicação institucionais, nos quais são veiculadas informações gerais aos públicos com os quais a Univali se relaciona. Para exemplificar, a Universidade organiza publicações especiais, como: o Relatório de Responsabilidade Social (anual, impresso), destinado à distribuição na comunidade externa, notadamente organizações públicas e privadas com as quais a Univali mantém parcerias para divulgação pública das atividades desenvolvidas nesta área; os Guias Acadêmicos (anual, impresso e digital) distribuídos para a comunidade interna, com orientações sobre o calendário letivo e outras informações acadêmicas; o caderno didático Pró-Docência (anual, digital) para uso pelos professores; e relatórios específicos a determinadas áreas, como os relativos ao Programa de Avaliação Institucional. Outros meios de divulgação formais e institucionais são: o Catálogo de Curso, que divulga princípios e procedimentos que norteiam o processo de ensino e aprendizagem nos cursos de graduação; os projetos pedagógicos dos cursos de graduação e educação básica; os relatórios dos fóruns institucionais; os relatórios do Programa de Formação Continuada para Professores; os processos de implantação de cursos de graduação; e os regulamentos de estágios e de Trabalhos de Conclusão de Curso, para citar alguns. Deste modo, a comunicação da Univali com a comunidade interna e externa acontece por meio de diferenciados canais e fluxos, detalhados na sequência. A comunicação interna se realiza por meio da divulgação de informações de forma efetiva e dinâmica aos colaboradores, tanto em suportes digitais e impressos, como em seminários internos. Na forma impressa, há o informativo mensal Univali Notícias e os murais nos campi. Entre os digitais, há o Mural eletrônico (que reúne, na intranet, as informações veiculadas diariamente por e-mail) e a newsletter semanal Univali Em Dia, distribuída por e-mail. Atenta aos avanços da tecnologia da informação, aos meios digitais e à velocidade do fluxo de comunicação, a Instituição também mantém perfis nas principais redes sociais, com o objetivo de: ouvir seus públicos; distribuir informações relevantes; conquistar multiplicadores/defensores; divulgar a marca; e criar mensagens boas o suficiente para ativar o boca-a-boca on-line por meio das mídias sociais. Outro importante canal de comunicação é a intranet, acessada via código pessoal e senha e segmentada por público. O ambiente permite o acesso a informações e serviços, como a visualização da folha de pagamento, a inscrição em oficinas de formação continuada e a publicação de planos de ensino. Na intranet estão disponíveis as edições dos Cadernos de Ensino e dos Documentos Institucionais. A comunicação externa efetiva-se de diversas formas, de acordo com os objetivos institucionais e os segmentos de interesse. Entre as ações empreendidas pela Instituição para tal, há: - Produção da Revista Abstract, publicação impressa anual, que passará a ser quadrimestral, dirigida à comunidade interna e externa com divulgação principalmente dos resultados mais relevantes do ensino (pós-graduação), pesquisa, extensão e cultura pelos docentes da Univali; - Assessoria de imprensa e relacionamento com os veículos de comunicação, com a elaboração/distribuição do Guia de Fontes Univali, o contato direto e telefônico e a distribuição diária de releases, fotos e sugestão de pautas; - Relacionamento comercial com agências de comunicação e propaganda e mídias; - Relacionamento com alunos e comunidade por meio da Central de Atendimento Univali e do site (www.univali.br); - Manutenção do Portal do Aluno, na internet, para o controle de informações acadêmicas e acesso a serviços; - Divulgação e acompanhamento de eventos institucionais via cerimonial e protocolo institucional; - Produção/veiculação de vídeo institucional e distribuição de folder institucional; - Padronização da sinalização interna nos campi; - Relacionamento com outras Universidades pela representação da área em entidades como a Associação Catarinense das Fundações Educacionais e a Associação Brasileira das Universidades Comunitárias; - Produção/distribuição de livros e periódicos pela Editora Univali; - Execução do Programa Visita às Escolas para palestras, encontros, conversas sobre as profissões e os cursos oferecidos pela Instituição e atividades de orientação vocacional; - Realização do evento Opção Profissional por Área (OPA); - Manutenção do site (www.univali.br) — com divulgação de editais, notícias e informações gerais da Instituição, sua história e seus serviços; - Produção/distribuição da newsletter digital semanal Univali em dia e das mensagens eletrônicas (e-mail) — segmentadas por objetivo e público; - Produção/distribuição do periódico digital mensal Conexão Egresso; - Manutenção do Portal do Egresso (www.univali.br/egresso); - Produções informativas, culturais e educativas pelo Sistema Educativo de Rádio — Rádio Univali FM (94,9 MHz – www.univali.br/radio) — e TV Univali (Canal 26 da Viacabotv), como o programa semanal Conexão Egresso. Complementarmente, a imagem pública da Univali é trabalhada em ações desenvolvidas pela Coordenadoria de Marketing e Comunicação. Por seu intermédio, são divulgadas as ações da Universidade aos veículos de comunicação por meio de releases, imagens e notas ou articulações individuais. Para tanto, utiliza-se de ferramentas como: - Sala de imprensa (www.univali.br/saladeimprensa) — para a comunicação e o relacionamento com a imprensa; - Guia de fontes (impresso e on-line, www.univali.br/guiadefontes); - Avaliação — monitoramento de pautas enviadas aos veículos de comunicação e do retorno de imprensa, por meio da clipagem; - Site institucional (www.univali.br) — que apresenta as ofertas da Universidade; - Inserção comercial de campanhas institucionais e anúncios especiais; A Univali também tem forte presença comunitária por meios dos seus programas e projetos de extensão, além das atividades pedagógicas e serviços prestados pelas unidades de Saúde. Por fim, a Univali mantém dois canais de atendimento, com fluxo direto de comunicação com clientes e a comunidade em geral: a Ouvidoria e a Central de Atendimento Univali. A Ouvidoria presta atendimento personalizado por telefone, e-mail ou pessoalmente. Esta atende presencialmente das 8h às 17h30 ou pelo e-mail: [email protected]. Todas as reclamações, críticas e sugestões recebidas são devidamente registradas pelo ouvidor e respondidas de forma individual, de acordo com a demanda. Por esse meio, o ouvidor aborda o assunto com isenção e providencia o seu encaminhamento interno para garantir o parecer final a quem o requisitou, atuando como elo entre a administração universitária, nas suas diversas instâncias, e a comunidade. A Central de Atendimento Univali oferece serviço semelhante ao da Ouvidoria, embora de forma generalizada, prestando informações, esclarecimentos e orientações acerca dos serviços mantidos pela Instituição, além de apoio a processos acadêmicos, e efetuando o registro de sugestões, reclamações, críticas e elogios por telefone e por e-mail. A Central de Atendimento está disponível via telefone (0800 623 1300) das 8 às 20 horas e pelo e-mail [email protected] 24 horas. Esta recebe, em média, 575 e-mails e 5.055 contatos via telefone de solicitações de informações e/ou críticas e sugestões mensais. Desses, todos são retornados aos solicitantes, com respostas totais ou parciais. Além do atendimento passivo, a Central de Atendimento Univali, em deferência às demandas institucionais, também trabalha na divulgação de serviços da Universidade a segmentos definidos. Ambos os setores passam por avaliações institucionais regulares e são responsáveis pela organização de relatórios periódicos que oferecem, ao gestor direto e à Administração Superior, informações relevantes para a tomada de decisão nos níveis administrativo e acadêmico. O fluxo de comunicação se estabelece tanto da Universidade para com a comunidade quanto das demandas da sociedade para com a Univali. No primeiro caso, as atividades de comunicação são centralizadas via Coordenadoria de Marketing e Comunicação, que busca os canais mais adequados para cada tipo de mensagem a fim de estabelecer a comunicação com a sociedade. No segundo caso, a sociedade pode entrar em contato com a Universidade pelos canais supracitados, estabelecendo-se o fluxo de identificação das demandas, compreensão dos setores adequados à resposta apropriada e retorno aos solicitantes.