News Release Teste genético pode determinar a escolha do tratamento mais adequado para pacientes com câncer de pulmão A detecção de uma mutação genética pode ser fundamental para a escolha de um tratamento mais eficaz. Pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células e que tenham a mutação do gene EGFR podem ser tratados diretamente com uma terapia oral específica. São Paulo, novembro de 2011 - O câncer de pulmão é o mais freqüente dos tumores malignos. Em média, a cada ano, a incidência mundial desse tipo de neoplasia cresce 2%, segundo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Anualmente são registrados cerca de 27 mil novos casos no Brasil. Ao contrário do que muitos pensam, o câncer de pulmão não se desenvolve apenas em pacientes com história de tabagismo ou fumantes passivos. Cerca de 10% dos casos estão relacionados a outros fatores de risco. 1 Entre os diferentes tipos de câncer de pulmão, o mais comum, no entanto, é o chamado de não pequenas células, responsável por 85% dos casos. O outro tipo é carcinoma de pequenas células que corresponde a 15%.2 Esse tipo de tumor geralmente se dissemina lentamente para outros órgãos e dificilmente é detectado em estágios precoces. Aproximadamente 60% dos pacientes com esse tipo de tumor são diagnosticados com a doença já avançada, podendo apresentar metástase nos ossos, fígado, glândulas suprarrenais e cérebro. 3 Para esses pacientes, existe um teste genético que identifica uma determinada mutação capaz de alterar a resposta ao tratamento. Isso significa dizer que, se confirmada a presença desta alteração no DNA, o paciente pode ser tratado diretamente com uma terapia oral específica para ele. A grande vantagem é que as drogas orais de alvo molecular agem em pontos específicos das células do tumor, impedindo a sua proliferação e promovendo a sua autodestruição. Um dos benefícios para os pacientes é que esses medicamentos poupam um grande número de células normais. No entanto, por terem uma ação dirigida e específica, essas drogas não funcionam para qualquer paciente, apenas para aqueles que possuem um determinado biomarcador. No caso do câncer de pulmão, um importante biomarcador relacionado à proliferação celular é a mutação do gene EGFR, que está presente principalmente nos casos de doença que não estão relacionados ao tabagismo. A presença dessa mutação é detectada apenas através de teste de sequenciamento genético das células do tumor. 2 Acessado em 22/11/2011 3 http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/treatment/small-cell-lung/healthprofessional/page1. Tratamento Algumas drogas de alvo molecular específicas para essa mutação já foram desenvolvidas, a exemplo do Iressa (gefitinibe), produzido pela AstraZeneca. Específico para esse tipo de mutação e administrado por via oral, ele é uma pequena molécula que se liga ao receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR, sigla em inglês) dentro da célula, interrompendo a reprodução descontrolada que causa o crescimento do tumor. Dados consolidados do estudo IPASS4, estudo pan-asiático de fase III que comparou a eficácia, segurança e tolerabilidade do gefitinibe versus carboplatina/paclitaxel em pacientes clinicamente selecionados, com câncer de pulmão de não pequenas células e virgens de quimioterapia, revelaram que pacientes tratados com gefitinibe tiveram uma sobrevida global tão boa quanto os tratados com quimioterapia padrão. “O IPASS é um estudo referência que mudou a forma como a comunidade médica oncológica vê o câncer de pulmão”, disse Paulo Miranda, Diretor Médico da AstraZeneca do Brasil. “Os dados do IPASS reforçam que é preciso reconhecer que o câncer de pulmão é uma doença complexa com subtipos distintos que exigem tratamentos direcionados”. O estudo demonstrou também que o gefitinibe foi superior à quimioterapia padrão (carboplatina /paclitaxel) em termos de sobrevida livre de progressão da doença na população geral. Entre os pacientes que possuem a mutação positiva do EGFR, gefitinibe reduziu o risco de progressão da doença em 52%. Além disso, a sobrevida livre de progressão foi de 9,5 meses para gefitinibe e 6,3 meses para o grupo tratado com quimioterapia. “Os pacientes com câncer de pulmão devem ser testados para determinar seu status de mutação do EGFR, pois os que têm a mutação beneficiam-se com o tratamento com gefitinibe através de uma sobrevida livre de progressão maior, melhor controle de seus sintomas e melhor qualidade de vida, quando comparado à quimioterapia. É importante considerar cautelosamente a escolha de um tratamento de primeira linha para o câncer de pulmão de não pequenas células avançado, pois muitos pacientes na prática clínica não receberão outro tratamento ativo”, disse o investigador do IPASS, Professor James Yang do National Taiwan University Hospital. Sobre Iressa® Gefitinibe, uma droga alvo molecular, foi aprovado em 05 de julho de 2010 pela Anvisa e lançado no Brasil para a classe médica em Julho de 2011. Iressa® está aprovado em 76 países, sendo que em 60 deles encontra-se aprovado como 1ª linha de tratamento nos pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células avançado com mutação positiva do EGFR. Gefitinibe está indicado para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células avançado e com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). O medicamento também está aprovado nos pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células localmente avançado ou metastático, que receberam previamente quimioterapia ou que não são elegíveis para quimioterapia. Sobre a AstraZeneca AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, voltada para inovação, com um foco principal na descoberta, desenvolvimento, e comercialização de remédios sob prescrição. Como líder em medicamentos para doenças gastrointestinais, cardiovasculares, neurológicas, respiratórias e inflamatórias, oncológicas e infecciosas, a AstraZeneca gerou receitas globais de US $32.3 bilhões em 2010. Para obter mais informações, visite o website: www.astrazeneca.com.br Mais informações para a imprensa: Agência Ideal - (11) 3035 2161 Cecilia Valenza Agência Ideal [email protected] Tel: 11-3900-2042 Gisele Gazolli Agência Ideal [email protected] Tel: 11- 3900-2039 André Degasperi - [email protected] Ricardo Cesar – [email protected]