Mauro Fonseca O ÚLTIMO ÊXODO Final dos Tempos * Terceiro Milênio 1ª. edição 1998 Editado pela SOCIEDADE EDITORA ESPÍRITA F. V. LORENZ C.G.C. 42.515.452/0001-56 Caixa Postal 3133-20001-970 - Rio de Janeiro (RJ) Brasil O ÚLTIMO ÊXODO Uma coletânea de registros existentes na Bíblia e também em livros espíritas sobre a transição do segundo para o terceiro milénio da passagem de Jesus na face da Terra. É assim este livro, O ÚLTIMO ÊXODO, que a Sociedade Editora Espírita F. V. Lorenz tem a honra de editar. Trata-se de um documentário, resultante de pesquisas realizadas cuidadosamente pelo autor M.Fonseca. É um livro de mensagem vigorosa e oportuna. Mas de mensagem fraterna, como tem salientado o autor, acerca da importância de uma reencar-nação para a nossa evolução espiritual. Sem fazer especulações ou mesmo formular hipóteses, M.Fonseca alinha tão somente os registros do que disseram os profetas Isaías, Daniel, Zacarias e outros; o que disse o próprio Mestre Jesus; o que depois disseram os Mensageiros da Espiritualidade, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, Yvonne A. Pereira e também Hercício Mães, além de outros. Um livro que, estudado, há de contribuir para que nos aprimoremos mais ainda na busca de nossa reforma íntima, através da prática do Bem e do Amor ao Próximo. 7 PREFACIO da la. Edição "A Terra é feita em pedaços, estala, fende-se, é sacudida; cambaleia como um homem embriagado. Seus crimes pesam sobre ela, e ela cairá para não mais se levantar... os céus vão desvanecer-se como fumaça, como um vestido em farrapos ficará a Terra". Dentre outras previsões assustadoras, há estas pronunciadas pelo maior profeta de Israel, Isaías, referindo-se ao final dos tempos (VelhoTestamento-Isaías24:19/20e51:6). Não são poucos os alertas de que esse período de grande expurgo e de grande tribulação se aproxima. Marco necessário para o desfecho mais importante nos caminhos da humanidade, iniciado com a presença humanizada de Jesus em nosso mundo: o tão esperado REINO DE DEUS (reino de paz, de harmonia, de fraternidade). Essa era de paz, a ser estabelecida na Terra, será destinada aos eleitos, aos salvos, isto é, àqueles que entenderam as mensagens de amor do Mestre e as colocaram em prática, conforme narrado pelo evangelista Mateus (Novo Testamento - 25:31 a 46): serão salvos, permanecerão na Terra redimida, livre dos maus, aqueles que deram de comer a quem tinha fome, de beber a quem tinha sede, abrigo e roupas aos desvalidos e nus, aqueles que visitaram os enfermos e presos; serão afastados da Terra, expulsos para mundos inferiores, aqueles que não praticaram estas ações. É bom lembrar que Jesus não ensinou que seriam salvos (herdeiros da Terra) ou condenados (expulsos da Terra) os que muito ou pouco rezassem, os que pertencessem ou não a essa ou àquela igreja ou seita, os que acreditassem ou não em Deus, louvando ou não o seu nome, os que aceitassem ou não a ele mesmo, Jesus, como o Enviado de Deus e Salvador da humanidade, os que professassem doutrinas espiritualistas ou materialistas. Jesus disse que os bons, os que colocassem o amor em ação através da caridade seriam salvos e os que não o fizessem, não o seriam. 9 Todos os ensinamentos, todas as práticas religiosas, todas as preces, meditações, palestras, pregações, leituras, aprendizados etc. destinam-se, precipuamente, a levar os homens à prática do bem, do amor, da caridade. Foi compreendendo o amor em ação ensinado e exemplificado por Jesus, que Tiago escreveu às doze tribos de Israel (1:27): "A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo". Também Paulo, com o mesmo entendimento superior, coloca o "amor em ação" como o dom supremo, no inspiradíssimo capítulo 13 ile sua Primeira Carta aos Corintios, onde declara: "Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine; ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei; e ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que eu entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará". Como rápido comentário dessa maravilhosa inspiração de Paulo, dizemos que uma distribuição de bens aos pobres, sempre será de grande proveito aos necessitados; o doador, porém, somente tirará proveito moral, conquistará novas virtudes, ou terá assimilado vibrações de equilíbrio em seu psiquismo, se o fizer com amor. As doutrinas religiosas, as crenças, as igrejas, desde que ensinem e exemplifiquem o bem e a moral, ajudam o homem a salvar-se, isto é, a melhorar seu padrão vibratório, seu padrão de virtudes, a ser bom, a herdar a Terra. É preciso contudo que o ensino seja claro, sem mistérios, sem dogmas, racional, simples, direto. Com a mentalidade já bem amadurecida, o homem hodierno somente incorpora os ensinamentos que ele compreende, e cada um terá que salvar-se a si mesmo, pois compete a cada um o próprio burilamento e a própria evolução. Para todo e qualquer estudioso dos profetas e dos Evangelhos, não há dúvida de que a separação entre "bons" e "maus" um dia ocorrerá; a incerteza está no "como" e no "quando". Neste trabalho, com base nos profetas, nos evangelistas e em informações posteriores, inclusive mediúnicas, procuramos esse "quando" e esse "como". As repetidas citações bibliográficas, que antecedem as transcrições, objetivam destacar e valorizar os autores dos trechos transcritos. Junho 1993 10 UM CORPO ESTRANHO NO SISTEMA SOLAR Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas descreveram em seus Evangelhos as profecias de Jesus sobre o Final dos Tempos; João Evangelista, já no final de sua vida terrena, teve uma visão daqueles fatos, do que resultou o co-nhecedíssimo e famoso "APOCALIPSE"; os profetas Isaías, Daniel, Joel, Jeremias, Amos, Zacarias, falam desse período, dos aspectos desse magno acontecimento, cada um a seu modo; encontramos, ainda, em Pedro e em Atos dos Apóstolos, referências ratificadoras dessas profecias; Nostradamus, em várias centúrias, aborda esse período; mais modernamente e sobre o mesmo tema, vários Espíritos nos têm trazido, em obras psicografadas, informações mais detalhadas e diretas, dentre eles, conhecidos nos meios espíritas, destacamos Emmanuel, Bezerra de Menezes, Ramatis, Miramez, Camilo Castelo Branco, Áureo, Delfos, Joanna de Angelis; encontramos, na obra da codificação espírita, de Allan Kardec, comunicações de Santo Agostinho e do Espírito da Verdade, alertando-nos sobre a grande transição que se aproxima; Pietro Ubaldi, em diversos pontos de sua vasta obra, e Jean Baptiste Rous-taing, em "Os Quatro Evangelhos", abordam o mesmo problema. No decorrer deste trabalho transcreveremos trechos de cada um dos autores citados, além de outros, demonstrando a coerência e o encadeamento das informações. O QUE DIZEM OS ASTRÓNOMOS Vamos começar nossa pesquisa, transcrevendo parte de algumas reportagens sobre um corpo estranho em nosso sistema solar (os grifos são nossos): Em 15.06.88 o Jornal "O GLOBO" publicou o artigo abaixo, de que extraímos parte: 11 "SONDAS PIONEER REFORÇAM A TEORIA SOBRE DÉCIMO PLANETA – Mountain View, Califórnia - Em funcionamento perfeito após 15 anos de serviço, as sondas espaciais americanas Pioneer 10 e 15 - as mesmas que já enviaram à Terra as primeiras fotos detalhadas de Júpiter e Saturno - estão procurando agora o misterioso "Planeta X", cuja suposta órbita se situaria além de Plutão, informaram cientistas do laboratório da Nasa em Mountain View. A existência desse pfaneta, que seria o décimo do Sistema Solar, é indicada pelas anomalias observadas nas órbitas de Urano e Netuno, as quais poderiam ter sido provocadas pelas forças de gravitação do "X", disse um dos cientistas, o professor John Anderson. — Estamos seguros, com 99 por cento de possibilidades de acerto, de i.:ue as órbitas de Urano e Netuno estão desestabilizadas, e que um dos possíveis causadores de tal fenómeno é esse planeta ainda desconhecido - acrescentou. Segundo Anderson, esse planeta, se de fato existe, tem no mínimo uma massa igual à da Terra, e no máximo quatro vezes maior". A Revista "SUPER INTERESSANTE", em seu número de novembro de 1988, publica o seguinte artigo: "EM BUSCA DO PLANETA X - Não é apenas junto a estrelas distantes que os astrofísicos procuram planetas. Eles acreditam que existe um solitário corpo celeste perdido no Sistema Solar, para lá de Plutão, que fica a 5,9 bilhões de quilómetros do Sol. A massa desse décimo planeta poderia ser cinco vezes maior que a da Terra; o tamanho, o dobro. Apropriadamente chamado Planeta X, demoraria nada menos de mil anos para dar uma volta completa em torno do Sol, de tão longe que estaria dele. A procura desse planeta começou no século passado, depois que o astrónomo americano Percival Lowell (1855-1916) previu sua existência matematicamente, a partir das perturbações nas órbitas de Urano e Netuno. Para Lowell, elas só podiam ser causadas pela atração gravitacicnal de um planeta mais distante. A sonda Pioneer 10, que já quase alcançou o limite do sistema solar, ainda não viu sinal de X. Isso poderia ser explicado, segundo os especialistas da NASA, por sua estranha órbita, praticamente perpendicular à da Terra". "JORNAL DO BRASIL", de 05.06.89: 12 "PIONEER 10 - UMA JORNADA INTERMINÁVEL - Este mês faz seis anos que a nave Pioneer 10 passou pela órbita de Plutão em busca das fronteiras exteriores do Sistema Solar, à velocidade de 40 mil quilómetros por hora. Nessa viagem aos limites do nosso sistema planetário, os cientistas da NASA esperam conseguir informações sobre a possível existência de um décimo planeta e,..." "O GLOBO", de 13.01.90: "ASTRÓNOMOS INTENSIFICAM BUSCA A DÉCIMO PLANETA DO SISTEMA SOLAR - WASHINGTON - Astrónomos do Observatório Naval americano informaram ontem estar concentrando esforços na busca de um décimo planeta numa região específica do Sistema Solar. As teorias sobre a existência desse planeta surgiram devido ao "empurrão" gravitacional que interrompe as órbitas de Urano e Netuno... Com o uso de computadores, cientistas simulam teorias sobre a possível localização do planeta... Harington diz que o planeta seria de três a chico vezes maior que a Terra e se encontra numa órbita três vezes mais distante do sol que as de Netuno e Plutão". "JORNAL DO BRASIL", de 07.08.90: "SISTEMA SOLAR SOFRE AMEAÇA DE BURACO NEGRO - O décimo planeta do Sistema Solar pode ser um buraco negro. A conclusão é do cientista soviético Vladimir Radziyevski, que vem estudanc'o as perturbações provocadas na órbita dos cometas pela existência de um corpo celeste obscuro, nas bordas do nosso sistema planetário. Embora esse tipo de cálculo apresente muitas incertezas, Radziyevski estima que a massa do décimo planeta é milhares de vezes maior que a terrestre. Um objeto tão niassivo não poderia ser um planeta. Seria uma estrela fria, do tipo anã marrom, ou então um buraco negro... Baseado em seus cálculos, Radziyevski acha que a humanidade assistirá a grandes cataclismos dentro de 50 ou 100 anos, quando a estrela negra estiver mais próxima da Terra... Radziyevski tem trabalhado com o astrónomo americano John Anderson, que estuda as perturbações que o astro desconhecido estaria causando na órbita dos Planetas Urano e Netuno". "O GLOBO", de 29.08.90: "COMETAS REVELAM O DÉCIMO PLANETA - Astrónomos de todo o Mundo já dispõem de provas indiretas da existência de um ou dois corpos 13 invisíveis de grande massa situados além de Plutão, o planeta mais afastado do sistema solar. As pesquisas mais adiantadas estão sendo feitas pelo professor Vladimir Radziyevstó, da URSS, e pelo cientista John Anderson, dos EUA. As pesquisas de Anderson baseiam-se no clássico método da teoria das perturbações, pelo qual se descobre a órbita, massa e posição de um planeta desconhecido através das chamadas "discrepancias" no movimento de um planeta conhecido. Essa teoria mostrou ser correia na descoberta de Netuno, próximo de Urano, que provoca enormes discrepancias na órbita de seu vizinho. O cientista soviético, no entanto, elaborou um método diferente e, na sua opinião, o planeta desconhecido tem, no mínimo, massa dez vezes superior à determinada pelo cientista americano. O astrónomo soviético utiliza as estatísticas sobre cometas para "sondar" o espaço distante, além de Plutão. O método é considerado eficiente porque o número de cometas é muito grande, o que aumenta as possibilidades das estatísticas, e porque eles se afastam do Sol durante muito tempo e a grande distância. Os planetas ainda não descobertos agem como um corpo perturbador à órbita elíptica dos cometas. O deslocamento do ponto de cruzamento da órbita dos chamados cometas diretos ocorre, segundo os astrónomos, em sentido inverso, ou seja no sentido dos ponteiros do relógio. De acordo com os cálculos do professor Radziyevski, a velocidade do deslocamento dos pontos de cruzamento de todos os cometas de curto período é inferior às previsões teóricas. Baseado nesta discrepância, ele calculou a massa do corpo perturbador e verificou que deveria ser enorme, milhares de vezes superior à terrestre. Como uma massr dessa magnitude não pode pertencer a um planeta com órbita circular, quc;stiona-se a possibilidade de este corpo ser um anão negro (estrela fria) ou até um buraco negro". O QUE DISSERAM OS PROFETAS Como pudemos verificar nestas reportagens, os cientistas preocupam-se com algo estranho em nosso Sistema Solar. Se levarmos em consideração as profecias existentes bem como is informações de mais recentes obras psico-gnuadas, es >a preocupação será muito mais séria. Os Profetas, veladamente, e os modernos autores espirituais, mais ostensivamente, falam de um astro que cruzará nosso sistema, passando, no final deste, sácalo, relativamente próximo da Terra, causando sua desestabilização temporária. Vários explorar essas informações proféticas. 14 Em Mateus (24:15 a 18) encontramos a seguinte recomendação de Jesus: "Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; c quem estiver no campo, não volte atrás para buscar sua capa." Essa mesma recomendação foi assim registrada por Marcos(13:14 e 13:29): "Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; assim também vós: quando virdes acontecer estas cousas, sabei que está próximo, às portas." A profecia de Daniel, que Jesus destaca, segundo Mateus, para alertar sobre os acontecimentos futuros, encontra-se no cap. 12:11 de seu Livro, assim grafada: "Depois do tempo em que o costumeiro sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias". Casando as informações de Mateus, Marcos e Daniel, temos o seguinte enunciado: "Quando, pois, virdes o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel, situado onde não deve estar, haverá ainda mil duzentos e noventa dias". (Esse prazo de 1290 dias será focalizado mais à frente, ao tratarmos da época desses acontecimentos). Observemos que Jesus recomendou-nos fugíssemos para os montes; se estivéssemos nos campos, não voltássemos para pegar coisa alguma; permanecêssemos nos lugares altos, no eirado, quando o abominável da desolação fosse "visto". Com essas recomendações Jesus avisa-nos que, quando isso acontecesse, nada mais haveria a fazer, a não ser aguardar os acontecimentos com a bagagem adquirida durante as inúmeras existências preparatórias para o magno acontecimento. O enunciado bíblico diz que o "abominável" estará num local que não é seu, num espaço que lhe não pertence, maculando o altar do sacrifício diário, 15 costumeiro, isto é, o céu onde diariamente contemplamos o astro rei, o Sol que nos dá luz e calor. Ele será capaz de devastar nosso mundo. Vejamos algumas centúrias de Nostradamus: Cent.3-34 - Quando o Sol ficar completamente eclipsado, passará em nosso céu um novo corpo celeste, o "monstro", que será visto em pleno dia; os astrónomos interpretarão os efeitos deste corpo, de outro modo; por isso ninguém terá provisões em face da penúria. Cent.2-41 - A grande estrela por 7 dias abrasará; nuvem fará aparecer dois sóis. Cent. 10-72- No ano de 1999, no sétimo mês, do céu virá um grande rei do terror. Cent, l-17 - Por 40 anos o novo corpo celeste será invisível a olho nu; por 40 anos, visto todos os dias; a Terra ficará árida; haverá grandes dilúvios, quando for visto a olho nu. Um comentário de Ramatis no livro "MENSAGENS DO ASTRAL", 5a. edição da Freitas Bastos, páginas 218/219, psicografado por Hercilio Mães: "Na Centúria 3-34, o vidente francês deixou registrado claramente que "em seguida ao eclipse do Sol, no fim do século, passará junto à Terra um novo corpo celeste volumoso, grande, um monstro, visto em pleno dia". As Centúrias 4-30 e 1-17 previnem-nos de que "a ciência não fará caso da predição, e dessa imprudência faltarão provisões à humanidade; haverá penúria e a Terra ficará árida, ocorrendo grandes dilúvios". Certamente os cientistas ridicularizarão o evento do astro intruso, por considerá-lo aberrativo. Isso terá como consequência a negligência, por parte de todo o mundo, em acumular provisões, quando a fome os cercar". Nessas informações de Ramatis e Nostradamus estão, a nosso ver, a chave para esclarecer a profecia de Daniel, ratificada e ampliada por Jesus, relativamente ao "abominável da devastação". Trata-se de um grande corpo celeste, de um astro, possivelmente do "Planeta X", que tanto tem preocupado os astrónomos mais respeitáveis da atualidade. 16 AINDA RAMATIS EM "MENSAGENS DO ASTRAL" "PERGUNTA: (Pag. 120/121) - Há, no Apocalipse, alusão à presença de algum astro ou planeta, nas proximidades da Terra, que comprova as notificações proféticas feitas por vós quanto ao "astro intruso"? "RAMATIS: - A presença do "astro intruso" (sob certo teor cabalístico), que deve elevar o eixo da Terra, está explícita na linguagem do profeta João, quando diz: "E tocou o terceiro anjo uma trombeta e caiu do céu uma grande estrela ardente como um facho, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas". Na sua visão extra-corpórea, que a técnica sideral preparou num fabuloso resumo ideoplástico, que anulava a ideia de movimentos gradativos, o evangelista viu "uma estrela cair", mas a queda, que lhe pareceu rapidíssima, abrange todo o espaço de tempo ocupado pelo astro intruso, na sua lenta aproximação da Terra. Em virtude de João apreciar, em poucos minutos, a sucessão de acontecimentos que ocupariam séculos, tudo lhe pareceu rápido, presente, com os seus movimentos aceleradíssimos, devido à ausência de noção gradual de tempo." "PERGUNTA: (Pag. 168/169) - Por que motivo designais esse astro umas vezes como "intruso" e outras vezes como planeta "higieni-zador"? "RAMATIS: - Denominamo-lo de astro "intruso" porque não faz parte do vosso sistema solar, e realmente se intromete no movimento da Terra, com a sua influência, ao completar o ciclo de 6.666 anos. "Em virtude de seu magnetismo primitivo, denso e agressivo, ele se assemelha a um poderoso imã planetário, absorvendo da atmosfera do vosso globo as energias deletérias, por cujo motivo o figuramos também como um planeta "higienizador". "PERGUNTA: (Pag. 121) - Em vossas comunicações, tendes descrito o magnetismo desse astro intruso como primitivo, agressivo, super-excitante das paixões inferiores. Ser-nos-ia possível, porventura, perceber esse detalhe importante na profecia apocalíptica?" "RAMATIS: - O teor opressivo, adstringente - que lembra o magnetismo de um fel eterizado --, próprio do planeta purificador que se aproxima da Terra, também foi assinalado pelo profeta, e de modo satisfatório, no versículo VJJI - 11, quando diz: - "E o nome da estrela era Absintio; e a terça parte 17 das águas se converteu em absintio, e muitos homens morreram das águas, porque elas se tornaram amorgosas". É a identificação perfeita do magnetismo deletério, com o amargor da losna, interpretação que se estende, na alegoria apocalíptica, à própria ideia de horas de amargura por parte dos seres, por ocasião dos acontecimentos. O evangelista João acentua, ainda, o efeito sensual desse magnetismo que, embora indesejável, como o é o do próprio absintio, também vicia até as mais altas inteligências do mundo! Realmente o campo magnético do astro intruso é um profundo excitador das paixões animais porque, sendo seu magnetismo de natureza primária, oriundo de um orbe de energias superativadas, torna-se um multiplicador de frequência lasciva e egocêntrica nas criaturas invigilantes. Conforme temos explicado alhures, a presença do planeta produzirá, em determinadas latitudes geográficas, um clima excessivamente equatorial, avivando o flagelo das secas e perturbando o mecanismo da produção normal. João confirma esta asserção, quando prediz que "caiu do céu uma grande estrela ardente como um facho" (cap.vnl-10) ou assegura que "foi abrasada a terça parte da Terra". Repetindo sempre a mesma ideia, sob outras figuras alegóricas, a fim de despertar vigorosamente o campo mental dos seus interpretadores, diz mais: - "a terça parte das águas converteu-se em absintio (VIII-11) ou seja tornou-se imprestável, imprópria para mitigar a sede, evocando novamente o estado de aridez e de secura causado pela presença do planeta." "PERGUNTA: - (Pag. 170) Muitos que têm lido as vossas comunicações avulsas alegam que é um absurdo o volume de 3.200 vezes maior do que a Terra, que atribuístes ao planeta intruso. A passagem desse astro junto ao nosso planeta, e com tal volume, acarretaria talvez uma catástrofe em todo o sistema solar?" "RAMATIS: - É que ao captardes o nosso pensamento confundistes o volume áurico do planeta com o seu volume material. Esse volume de 3.200 vezes maior do que a Terra não é referente à massa rígida daquele orbe, cujo núcleo resfriado é um pouco maior que a crosta terráquea. Estamos tratando de sua natureza etéreo-astral, do seu campo radiante a radioativo, que é o fundamento principal de todos os acontecimentos no "fim dos tempos". VOLTEMOS A NOSTRADAMUS A Centúria 1-17 esclarece que o "astro" não seria visível por 40 anos, com isso afirmando que sua influência sobre a humanidade antecederia em 40 anos a sua aparição. Esse predomínio, em escala ascendente, à medida de sua 18 aproximação, seria o acirramento das paixões, dos desregramentos, dos desequilíbrios, das angústias, das depressões, em vista das baixas vibrações de que o astro visitante é portador e irradiador. Após sua passagem ele seria visto a olho nu por mais 40 anos, dizendo com isso que sua influência sobre o comportamento humano poderia ainda continuar por igual período, agora em escala descendente, à medida de seu afastamento, completando, assim, a higienização de nosso planeta Terra. A Centúria 2-41 ("A grande estrela por 7 dias abrasará"), dá-nos uma interessante "chave" para compreendermos parte da profecia de Daniel, ratificada por Jesus. Vamos transcrever novamente o 12:11 de Daniel, mas agora complementado com o 12:12: "12.11-Depois do tempo em que o costumeiro sacrifício for tirado e posta a abominação do desolador haverá ainda mil duzentos e noventa dias; 12.12-Bemaventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias". No capítulo 24:15 do Evangelho segundo Mateus, Jesus evoca a profecia de Daniel, dando-lhe autenticidade, e chega ao versículo 22, do mesmo capítulo com a seguinte declaração profética: "E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne seria salva; mas por causa dos eleitos aqueles dias serão abreviados". O que Daniel afirma, é que as grandes catástrofes do final dos tempos dar-se-ão 1290 dias (ou três anos e sete meses) após o astro ser visto, e que, "bem-aventurado o que espera e chega a 1335 dias". Ora, se em 1290 dias começam os abalos e feliz daquele que alcança 1335, significa que Daniel profetizava ¿5 dias de tribulações e influência física do astro intruso sobre nossa Terra. Foi nesse ponto que Jesus corrigiu Daniel (ou, por outro lado, pode ser que a órbita do astro intruso tenha sido corrigida pelos engenheiros siderais), pois que 45 dias de abalos, com a Terra sendo jogada de um para outro lado, fora de órbita, "nenhuma carne se salvaria" no dizer de Jesus. Por isso, disse o Mestre: "aqueles dias seriam abreviados por causa dos eleitos". Provavelmente esse período de tribulações tenha sido reduzido a 7 dias; é o que deve ter detectado Nostradamus, conforme consta da Cent. 2-41, que transcrevemos novamente: "A grande estrela por 7 dias abrasará; nuvem fará aparecer dois sóis". 19 OUTRAS INFORMAÇÕES Do livro "REENCARNAÇÃO E EMIGRAÇÃO PLANETÁRIA", de Din-kel Dias da Cunha, editora Cátedra, página 177, transcrevemos o seguinte trecho: "...O que preocupa, realmente, é um grande corpo celeste, o astro intruso, ou o planeta chupão a que se referiu Chico Xavier, e cuja presença já foi detectada pelo telescópio de raios infravermelhos colocado no satélite IRAS. Esse mesmo astro, também foi descoberto pelo astrónomo chileno Carlos Mu-niz Ferrado, e encaminha-se na direção do nosso Sistema Solar, devendo passar a 11 milhões de quilómetros da Terra, nas proximidades do ano 2000. Os astrónomos não conseguiram traçar a rota desse corpo celeste porque ele caminha diretamente na direção da Terra, vem de frente, não se desloca lateralmente. Quando ele aparecer no céu, brilhará como uma estrela de primeira grandeza. Aliás, Nostradamus afirmou que, na ocasião em que estiver próximo o fim do mundo, serão vistos dois sóis no firmamento." Do livro "OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, pag. 165, 9a. edição da LAKE - Livraria Allan Kardec Editora Ltda., transcrevemos o trecho seguinte: "...Milhares de condenados já estão sentindo, na crosta e nos espaços, a atração terrível, o fascínio desse abismo que se aproxima (o astro), e suas almas já se tornam inquietas e aflitas. Por toda parte do mundo a paz, a serenidade, a confiança, a segurança, desapareceram, substituídos pela angústia, pelo temor, pelo ódio e haverá dias, muito próximos, em que verdadeiro pânico tomará conta das multidões, como epidemias contagiantes e velozes." No Evangelho segundo Marcos (13:7), ainda sobre o final dos tempos, encontramos a seguinte profecia de Jesus: "Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas não é o fim;" Nestas palavras Jesus nos lembra que o final não seria decorrente de guerras; elas aconteceriam, como tem acontecido em toda a história da humanidade; poderia, até mesmo, haver um acirramento de conflitos, ou sua generalização; mas o "fim", a grande separação, a grande angústia, a grande tribulação, "como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais", teria outro causador. 20 Sob o título "O DÉCIMO SEGUNDO PLANETA", Zecharia Sitchin, eminente pesquisador, historiador e arqueólogo, publica um volumoso estudo de 386 páginas, resultado de várias décadas de pesquisas (título original: The 12th Planet, 1976, tradução de Ana Paula Cunha, edição de PUBLICAÇÕES EUROPA-AMÉRICA). Seu estudo baseou-se em achados arqueológicos e na decifração de textos sumérios, babilónios, assírios, hititas, cananitas etc. É importante notar, que os textos sumérios, de 6.000 anos atrás, já apresentavam, além de muitas outras fantásticas informações, nosso sistema solar com os nove planetas hoje conhecidos (nossa moderna astronomia só descobriu Plutão em 1930), mais Lua, Sol e o décimo segundo astro, Marduk. Marduk, segundo os textos sumérios, decifrados por Z. Sitchin, percorre uma órbita em torno do Sol, passando entre Marte e Júpiter, além do cinturão de asteroides, afastando-se numa imensa elíptica que dura milhares de anos. Pelos documentos consultados, Z. Sitchin conclui que esse astro percorre cua órbita no sentido dos ponteiros do relógio - o movimento de translação dos demais planetas tem o sentido contrário. Seria o Marduk dos sumérios o mesmo "abominável da desolação" de Jesus, a "abominação desoladora" do profeta Daniel, "a grande estrela ardente como um facho, chamada Absintio", do Apocalipse de João, o "monstro", "a grande estrela", "o grande rei do terror" ou "o novo corpo celeste" de Nostradamus, o "astro intruso" ou "planeta higienizador" de Ramatis, o "planeta chupão" citado por Chico Xavier, ou o "planeta X" procurado por nossos atuais astrónomos? É muito grande a possibilidade de todas essas denominações referirem-se ao mesmo instrumento que não deixará na Terra pedra sobre pedra, marcando profundamente, para os evos futuros, os graves momentos da grande separação entre justos e injustos, que já começamos a vivenciar. Segundo, ainda, os textos sumérios, na interpretação do autor de "O Décimo Segundo Planeta", foi Marduk o responsável pelo dilúvio bíblico, cerca de 13.000 anos atrás, numa de suas passagens próximo da Terra. 13.000 anos é também o tempo que nos separa, segundo nossa ciência oficial, da repentina interrupção da idade do gelo vivida então pela Terra. Diante de fontes tão distintas demonstrando fatos tão coincidentes, temos mesmo qce reflexionar sobre a iminente possibilidade da existência desse planeta "depurador". 21 ABALOS FÍSICOS Iremos verificar que as profecias dos antigos profetas ou as de Jesus grafadas pelos evangelistas, ou ainda as de João em seu livro Apocalipse, tratam com muito mais intensidade e mais clareza dos abalos físicos que sofrerá a Terra do que propriamente do causador dos abalos. É óbvio que ao descrever os efeitos eles falavam, voladamente, da causa. Vamos verificar, também, que uma mesma ideia é repetida por diversas personalidades, de várias maneiras diferentes. Em Isaías (13:13) encontramos o seguinte: "Farei oscilar os céus, e a Terra abalada será sacudida pela ira do Senhor no dia do seu furor ardente". Ora, os céus oscilando é o mesmo que a Terra sendo sacudida. É apenas uma questão de perspectiva. É a Terra que estará sendo balançada. E para que ela seja balançada, é necessário que uma massa formidável interfira em sua estabilidade. O "furor ardente" do Senhor significa, certamente, o calor tórrido que provocará a presença do grande astro intruso em nosso céu. Em 24:18 o mesmo Profeta assinala: "O que fugir para escapar do terror cairá na fossa, o que se livrar da fossa será preso ao laço. Porque as comportas lá do alto abrir-se-ão e os fundamentos da Terra serão abalados." Mais uma vez a mesma ideia dos movimentos descoordenados de nosso planeta, quando declara o Profeta que "os fundamentos da Terra serão abalados". Imaginava-se a Terra plana e suportada por pilares e a causa de seu balanço seria o abalo de seus fundamentos, de seus suportes. Na realidade o 22 Profeta enunciou uma verdade, porque os "fundamentos" de qualquer astro é a forca gravitacional existente, que, em nosso caso, será abalada pela passagem do corpo estranho. Ainda Isaías: (24:19 e 24:20) "A Terra é feita em pedaços, estala, fende-se, é sacudida; cambaleia como um homem embriagado e balança como uma rede. Seus crimes pesam sobre ela, e ela cairá para não mais se levantar." A mesma ideia da Terra cambaleando. No versículo 20 Isaías acrescenta que "ela cairá para não mais se levantar". Pode tratar-se da nova e repentina mudança de eixo da Terra, que assumirá posição definitiva. Provavelmente outra mudança de eixo não mais ocorrerá. (13:9,13:10 e 51:6) "Eis que virá o dia do Senhor, dia implacável e de cólera ardente, para reduzir a Terra a um deserto, e dela exterminar os pecadores; nem as estrelas do céu, nem suas constelações brilhantes farão resplandecer sua luz; o Sol se obscurecerá desde o seu nascer, e a Lua não enviará sua luz; os céus vão desvanecer-se como fumaça, como um vestido em farrapos ficará a Terra..." A ideia de que haverá grandes incêndios, vulcões e desabamentos, de tão grandes proporções que a fumaça e a poeira obscurecerão os astros, está explícita na linguagem de todos os profetas de todas as épocas, como temos visto e ainda veremos no decorrer destas pesquisas. O profeta Joel, no capítulo 3:16 de seu Livro (ou 4:16, conforme a tradução), quando trata do julgamento das nações, declara: "O Senhor rugirá de Sião, trovejará de Jerusalém; os céus e a Terra serão abalados". Encontramos a mesma visão no profeta Jeremias (4:24): "Olho para as montanhas e as vejo vacilar, e as colinas todas estremeciam". Acrescenta Jeremias (4:27): "porque toda a Terra será devastada, mas não a exterminarei completamente". 23 No Apocalipse de João (6:13) encontramos: "As estrelas do céu caíram pela Terra, como a figueira, quando abalada por forte vento, deixa cair seus figos verdes". É claro que as estrelas não caem do céu, mas a oscilação da Terra dar-nos-á essa impressão. Sempre a mesma ideia dita de maneiras diferentes. Continua João (6:14): "E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então todos os montes e ilhas foram movidos de seus lugares". Imaginemos a Terra em movimentos inusitados e desconcertantes; se olharmos a linha do horizonte teremos a sensação de que o céu se enrola como um pergaminho; e ainda montes e ilhas desmoronando-se ou afundando-se. Ainda João (Apocalipse 16:21): "Grandes pedras de gelo, que poderiam pesar um talento (cerca de 30 quilos), caíram do céu sobre os homens. Os homens amaldiçoaram a Deus por causa do flagelo da saraiva, pois este foi terrível." A desestabilização temporária da força gravitacional que sustenta a Terra, ensejará, provavelmente, a queda destes pesados blocos de gelo. O Sermão Profético de Jesus, registrado por Mateus, Marcos e Lucas é pródigo na descrição dos abalos que atingirão a Terra no final dos tempos. Repisando sempre na ideia de desestabilização temporária de nosso planeta, expõe-na de variada forma a fim de bem fixá-la na mente dos leitores, estudiosos e aprendizes do Evangelho. Insiste, ainda, o Mestre Jesus, em prevenir a grande angústia que abaterá sobre a humanidade às vésperas da grande catástrofe, quando ela for evidente e inevitável. Mateus (24:21 e 24:29): "Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais. Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o Sol escurecerá, a Lua não dará sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados". 24 Mais uma vez a informação de que as "estrelas cairão do firmamento", • to é um movimento brusco da Terra forma a imagem de que os astros estão caindo do céu; "Os poderes dos céus serão abalados", isto é, a força da atraçao exercida Io Soj sobre a Terra (o poder dos céus) sofrerá interferência do poder gravitacional do astro intruso; "...grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais", dando-nos a ideia de que o acontecimento é e será único na história da humanidade, e a angústia e a expectativa de que serão tomados todos os povos não têm precedentes na vida do planeta, nem mais ocorrerá em qualquer tempo futuro; "O Sol escurecerá, a Lua não dará sua claridade", significando que o excesso de fumaça e poeira resultante dos incêndios, vulcões e desabamentos provocará o escurecimento do Sol e Lua, por algum tempo. Marcos e Lucas repetem, em seus Evangelhos, o que Mateus descreveu. Mesmo assim vamos transcrevê-los, pois sempre há pequenas variações e acréscimos. Marcos (13:2,13:19,13:24 e 13:25): "Mas Jesus lhe disse: vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada; porque aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo que Deus criou, até agora e nunca jamais haverá; mas naqueles dias, após a referida tribulação, o Sol escurecerá, a Lua não dará sua claridade; as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados" Lucas (21:11,21:25,21:26e 21:35): "Haverá grande terremoto, epidemias e fome em vários lugares, cousas espantosas e também grandes sinais no céu; haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; sobre a Terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados; pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a Terra". Quando Jesus disse que "não ficaria pedra sobre pedra", ele estava, segundo os evangelistas, respondendo a uma observação sobre as construções que envolviam o Templo de Jerusalém; no entanto, ao continuar com a infor25 mação de que "aqueles dias serão de grande tribulação como nunca houve def le o principio do mundo que Deus criou, até agora e nunca haverá jamais", o Mestre remetía os acontecimentos para um futuro mais distante, que envolveria todo o mundo e não somente a região que, na época, abrigava aquele povo que O haveria de julgar e condenar. E a reiteração de que o Sol, a Lua e as estrelas escureceriam, ou não dariam mais sua luz, numa possível alusão, repetímos, de que a poeira e a fumaça das destruições, incêndios e vulcões, cobririam nossa atmosfera por algum tempo; também a de que os poderes dos céus serão abalados e as estrelas cairão do firmamento, o mesmo sentído em duas maneiras diferentes de dizer que a Terra será sacudida. Ainda das profecias de Joel, sobre o final dos tempos, podemos extrair as seguintes predições: (3:3 ou2:30, conforme a tradução) "Farei aparecer prodígios no céu e na Terra, sangue fogo e turbilhão de fumo;" (3:4 ou2:31, conforme a tradução) "O Sol converter-se-á em trevas e a Lua em sangue, ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor." (4:15 ou 3:15, conforme a tradução) "O Sol e a Lua se obscurecem, as estrelas empalidecem." O profeta Joel vê prodígios aparecendo no céu; na Terra, sangue, fogo e turbilhão de fumo, numa clara alusão a desastres, incêndios, vulcões, de tal ordem que chegam a obscurecer o Sol, a Lua e as estrelas, até mesmo a con verter o Sol em trevas. Em Atos (2:19 e 2:20), a repetição das profecias de Joel: "Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na Terra; sangue, fogo e vapor de fumo. O Sol se converterá em trevas e a Lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor." 26 Sempre a reiteração, em vários pontos das Escrituras, dos alertas sobre os sombrios, porém gloriosos, dias que se aproximam. Na Segunda Carta de Pedro (3:10), encontramos: "Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a Terra e as obras que nela existem serão consumidas." O calor ardente, ocasionado pela presença do astro intruso, abrasando os elementos, desfazendo-os; os céus passando com estrepitoso estrondo - podemos imaginar o barulho infernal da grande movimentação do mar e da própria Terra em desconcertantes abalos, enquanto vemos os céus rodando sobre nossas cabeças; as obras que existem na Terra serão consumidas - nada ficará de pé. Pedro, o Apóstolo, deixou-nos estes alertas. Nostradamus (cent.4:30) aponta os movimentos desordenados da Terra, com o seguinte enunciado: "Por mais de onze vezes Lua e Sol desaparecerão, tudo aumentando e diminuindo de grau: e colocado tão embaixo que um escurecerá o outro. Depois da fome e da peste, descoberto será o segredo." O vidente francês chegou a contar em onze as vezes em que ele viu o grau de incidência da Lua e do Sol, com relação à Terra, aumentar e diminuir, de tal modo que esses astros desapareciam e reapareciam no horizonte; tudo em decorrência dos movimentos caóticos de nosso Planeta. MAIS NOTÍCIAS DOS ABALOS Do livro "HÁ DOIS MIL ANOS", 20a. edição da Federação EspMta Brasileira, de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. VI, página 354. Neste capítulo Emmanuel descreve uma passagem em que o próprio Jesus vai ao encontro, no mundo espiritual, de um grupo de mártires cristãos, que há poucos dias havia sido trucidado num circo romano. Transcrevemos pequeno trecho das palavras com que Emmanuel, no seu dizer, conseguira traduzir, mesmo imperfeitamente, a essência sublime daquela lição inesquecível (destaques nossos): "Sim! amados meus, porque o dia chegará no qual todas as mentiras humanas hão-de ser confundidas pela claridade das revelações do céu. Um 27 sopro poderoso de verdade e vida varrerá toda a Terra, que pagará, então, à evolução dos seus institutos, os mais pesados tributos de sofrimentos : de sangue... Exausto de receber os fluidos venenosos da ignomínia e da iniquidade de seus habitantes, o próprio planeta protestará contra a impenitência dos homens, rasgando as entranhas em dolorosos cataclismos... As impiedades terrestres formarão pesadas nuvens de dor que rebentarão, no instante oportuno, em tempestades de lágrimas na face escura da Terra e, então, das claridades de minha misericórdia, contemplarei meu rebanho desditoso e direi como os meus emissários: "Ó Jerusalém, Jerusalém!..." Do livro "GRANDES MENSAGENS", de Pietro Ubaldi, tradução de Clóvis Tavares, 4a. edição da Fundação Pietro Ubaldi, pag. 23, transcrevemos trecho da mensagem ditada ao médium no Natal de 1931: "...Antigamente os cataclismos históricos, por viverem isolados os povos, podiam manter-se circunscritos; agora, não. Muitos, que estão nascendo, vê-lo-ão. "A destruição, porém, é necessária. Haverá destruição somente do que é forma, incrustação, cristalização, de tudo o que deve desaparecer, para que permaneça apenas a ideia, que sintetiza o valor das coisas. Um grande batis-mo de dor é necessário, a fim de que a humanidade recupere o equilíbrio, livremente violado: grande mal, condição de um bem maior." Pietro Ubaldi (1886-1972) foi um dos maiores mediais de nosso século, ligados à ciência espírita. Transcrevemos, abaixo, pequeno trecho do que dele e de sua principal obra ' A GRANDE SÍNTESE", disse Emmanuel, pela psi-cografia de Francisco Cândido Xavier, por interessar, também, a este capítulo de nossas pesquisas: "Quando todos os valores da civilização do Ocidente desfalecem numa decadência dolorosa, é justo que saudemos uma luz como esta, que se desprende da grande voz silenciosa de A GRANDE SÍNTESE. "...A palavra do Cristo projeta nesta hora as suas irradiações enérgicas e suaves, movimentando todo um exército poderoso de mensageiros seus, dentro da oficina da evolução universal. O momento é psicológico. "...A GRANDE SÍNTESE é o Evangelho da Ciência, renovando todas as capacidades da religião e da filosofia, reunindo-as à revelação espiritual e restaurando o messianismo do Cristo, em todos os institutos da evolução terrestre. 28 "Curvemo-nos diante da misericórdia do Mestre e agradeçamos de coração genuflexo a sua bondade. Acerquemo-nos deste altar da esperança e da sabedoria, onde a ciência e a fé se irmanam para Deus. "E, enquanto o mundo velho se prepara para as grandes provações cole-tivas, meditemos no campo infinito das revelações da Providência Divina, colocando acima de todas as preocupações transitórias, as glórias sublimes e imperecíveis do Espírito imortal." Do livro "OS QUATRO EVANGELHOS", de Jean Baptiste Roustaing, 5a. edição da Federação Espírita Brasileira, terceiro volume, página 329, onde o autor comenta os evangelhos 24:19 de Mateus, 13:17 de Marcos e 21:23 de Lucas (destaques nossos): "Estas palavras de Jesus: "Ai das mulheres então grávidas e das que amamentarem", consideradas do ponto de vista das revoluções físicas, inevitáveis para a renovação planetária, não objetivavam mais do que pôr em destaque a grandeza dessas calamidades, que não pouparão nem a criancinha de peito, nem o nascituro, que ferirão as mães nas suas mais caras esperanças." Do livro "OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, 9a. edição da LAKE-Livraria Allan Kardec Editora Ltda., página 164 (destaques nossos): "...Como sua órbita é oblíqua (a do astro) em relação ao eixo da Terra, quando se aproximar de mais perto e pela força magnética de sua capacidade de atração de massas, promoverá a verticalização do eixo com todas as terríveis consequências que este fenómeno produzirá." "...Com a verticalização do eixo da Terra profundas mudanças ocorrerão: maremotos, terremotos, afundamento de terras, elevação de outras, erupções vulcânicas, degelos e inundações de vastos territórios planetários, profundas alterações atmosféricas, fogo e cinzas, terror e morte por toda a parte." Alguns esclarecimentos úteis encontrados em RAMATIS, em seu livro MENSAGENS DO ASTRAL, já citado: "PERGUNTA: - (Pag. 175) Porventura esse planeta já não se aproximou da Terra, há 6.666 anos, quando completou sua órbita, e não teria causado perturbações idênticas às que acabais de citar, ou mesmo perturbações de outra espécie?" 29 "RAMATIS: - Sim; avizinhou-se da Terra, mantendo-se porém um tanto afastado e sem influenciá-la diretamente. No entanto, assim como o vosso sistema solar caminha em direção a um ponto chamado "apex", próximo da estrela Vega, na constelação de Lira, também o sistema de que faz parte esse astro move-se em direção a um alvo determinado. E como ambos os sistemas se transladam, e com velocidades diferentes, além das alterações produzidas pelas oscilações constelatórias, justifica-se a maior aproximação atual e em seguida maior distanciamento nos sucessivos 6.666 anos futuros." 30 ÉPOCA DOS ACONTECIMENTOS Vamos agora à cata das informações que falam da época em que ocorrerão as grandes catástrofes que marcarão o fim do período em que vivemos atualmente, procurando analisá-las. Em primeiro lu^ar, vamos transcrever as palavras de Jesus, segundo Mateus (24:34 a 24:?9): "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a Terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na Arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem". Verifiquemos que no trecho acima, as palavras atribuídas a Jesus por Mateus são diretas, sem parábolas nem subentendidos, como aliás ocorre em quase todo o capítulo 24. Desse trecho queremos pinçar as relativas ao versículo 36: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai", dizendo, taxativamente, que somente Deus conhecia o dia e a hora daqueles futuros acontecimentos. Mas são mesmo palavras taxativas, relativas a "dia" e "hora", não a período ou ér,oca. Tanto assim é que, em seguida, no versículo 37, Jesus compara a época dos acontecimentos àquela de Noé, que não sabia o dia e a hora do dilúvio, mas sabia que o tempo havia chegado e deveria entrar na arca e salvar o que pudesse. Não nos parece, pelo visto, estar impedido por Deus, que alguém saiba quando ocorrerá o final dos tempos, o final de um período evolutivo da huma31 nidade, em que mês e ano isso se dará. Difícil seria antecipar o dia e a hora Jesus, no entanto, indiretamente, falou em "dia", conforme verificaremos a seguir. Vejamos o contido em Daniel (12:11 e 12:12), Mateus (24:15 a 18) e Marcos (13:14 e 13:29), casando as informações, como o fizemos anteriormente: "Quando, pois, virdes o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel, situado onde não deve estar, haverá ainda mil duzentos e noventa dias; bem-aventurado o que espera e alcança até mil trezentos e trinta e cinco dias." Jesus, ao dar autenticidade às profecias de Daniel, confirma que os acontecimentos dar-se-ão 1290 dias após "ser visto" o abominável da desolação, o astro intruso, o planeta higienizador, "situado onde não deve estar", em nosso céu, invadindo nosso sistema planetário. Com isso já temos uma indicação de "dia": será 1290 dias após o astro ser visto. É claro que a data dos acontecimentos é muito mais previsível do que a data em que "o abominável da desolação", ou "astro intruso", possa ser visto no céu; isto porque, para ser visto, é necessário a atuação do homem, com previsibilidade apenas relativamente exata, enquanto que, a trajetória de um astro é calculada com exatidão. Ora, se o Profeta Daniel afirma que os acontecimentos dar-se-ão 1290 dias após ser "visto", é porque, com muito mais razão, está disponível para Entidades Superiores os dados sobre a trajetória do planeta higienizador. Voltando ao versículo 37 do Cap. 24 de Mateus, que vem na sequência do 36, em que Jesus diz que somente o Pai sabe do dia e da hora, temos o enunciado: "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem". Pode ser que Jesus tivesse dito sobre o "dia" e a "hora", tratando-se da "vindo do Filho do homem" e não do dia e da hora dos acontecimentos físicos da Terra, que levarão à separação dos bons e dos maus. A redação, da maneira que está colocada abre brecha a esta dúvida. É necessário esclarecer que a expressão "Filho do homem", que aparece várias vezes no Evangelho, tem dois sentidos primordiais: em um Jesus refere-se ao homem do futuro, aquele que habitará o planeta higienizado, o ho32 mem bom, fraterno, amoroso, capaz de viver em paz e equilíbrio com os outros homens e com a natureza, isto é, o filho do homem, tanto daquela época quanto da atual, a personalidade virtuosa, decorrente do aprendizado, das lutas e dos entrechoques da vida; no outro sentido, quando Jesus atribui a si mesmo essa expressão, coloca-se como paradigma, como protótipo do "Filho do homem", da humanidade, num futuro mais distante ainda, mas que todos alcançaremos. Jesus mesmo o disse: "Sois deuses; um dia fareis tudo o que faço e muito mais". O dia e a hora da chegada do Filho do homem, do estabelecimento definitivo e completo do Reino de Deus na Terra, somente o Pai o sabe, nem mesmo o Filho, nem os anjos dos céus poderão sabê-lo. Ainda em Daniel (12:7) encontramos o seguinte alerta: "Quando se acabar a dispersão do povo santo, então todas estas coisas cumprir-se-ão". É bastante evidente que Daniel referia-se à dispersão dos Judeus, que conseguiram reunir-se, novamente, nesta segunda metade do século XX. OS TEMPOS SÃO CHEGADOS Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, no livro "A CAMINHO DA LUZ", cap. XXV, 13a. edição da Federação Espírita Brasileira, páginas 214/215, traz as seguintes informações (grifos nossos): "...são chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres... Ditadores, exércitos, hegemonias, guerras inglórias, organizações seculares, passarão com a vertigem de um pesadelo...O século que passa cfctuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá de trabalho que os homens não aceitaram por amor... Vive-se agora, na Terra um crepúsculo ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos." As palavn-s de Emmanuel não deixam qualquer dúvida de que a separação "dos bodes e das ovelhas", "do joio e do trigo", "dos bons e dos maus", "dos que forem colocados à sua esquerda e à sua direita", a que se referiu Jesus, está prestes a ocorrer, pois "compete ao século XX o desfecho desses acontecimentos espantosos". 33 Os espíritas, sobretudo no Brasil, conhecemos muito bem Emmanuel, o Guia Espiritual de Francisco Cândido Xavier, um dos mais importantes e sérios médiuns de nossos tempos. Toda obra de Chico Xavier é superintendida pelo eminente Emmanuel. Nada é psicografado pelo médium, sem que passe pelo seu crivo, pela sua coordenação. E são hoje mais de 400 livros que consolam, instruem, desvendam o mundo espiritual, sempre enaltecendo a excelsa figura do Mestre Jesus. E o que Emmanuel nos informa acima é terrivelmente sério, pois que é dito com todas as letras, diretamente, não cabendo qualquer interpretação diferente da que está escrita. Nostradamus, em um trecho de sua carta a Henrique II, diz o seguinte: "Em outubro de 1999: e a um eclipse do Sol sucederá o mais escuro e o mais tenebroso verão, que jamais existiu, desde a criação até a paixão e morte de Jesus Cristo, e de lá até esse dia, e isto será no mês de outubro, quando uma grande translação se produzirá de tal forma que julgarão a Terra fora de órbita e abismada em trevas eternas." Encontramos em "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kar-dec, 91a. edição da Federação Espírita Brasileira, Cap.III, item 19, último parágrafo, pag. 86: "...Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens sc«-ão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus.(Santo Agostinho, Paris 1862)". (grifos nossos) Um fato ocorrido com Bezerra de Menezes no mundo espiritual, presenciado por Divaldo Pereira Franco, em desdobramento, traz-nos uma forte evidência de que o final dos tempos do desamor e o início da nova era realmente se aproxima. Cedamos a palavra à D. Ana Maria Splanger Luiz, em artigo intitulado "NAS TERRAS VERDE-AMARELAS", publicado pelo "SEI-Serviço Espírita de Informações" n.1277, de 19.09.92, primeira página (Boletim Semanal publicado pela CAPEJvíI Pecúlio - Rua São Clemente n. 38, l l.andar-kio de Janeiro): "Corria o ano de 1950. Todos ncs. espíritas, recordávamos a passage^1 do cinquentenário da desencarnação do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, ocorrida em 11 de abril de 1900. 34 "Em Salvador, lá em sua residência na Mansão do Caminho, Divaldo Pereira Franco envolvido pelas lembranças, inclusive por ser um dos médiuns mais utilizados pelo Amoroso Mensageiro em suas generosas tarefas de amparo e orientação aos que, como todos nós, encontram-se ainda na retaguarda da evolução. "Eram duas horas da madrugada quando Divaldo Pereira Franco interrompeu suas atividades. Sentia algo que não podia precisar. Viu-se, então, desdobrado, com plena consciência, levado a um grande edifício com enormes colunas estilo grecoromano. Adentrando-se pelo imenso salão, sem entender bem o que ocorria, percebeu, logo depois, que se tratava de uma reunião em homenagem ao Dr. Adolfo Bezerra de Menezes. "Calculou que cinco mil pessoas, no mínimo, lotavam o anfiteatro. Havia também muitos encarnados, em desdobramento, como ele. Viu que o Dr. Bezerra entrou cercado de amigos. Dando início à homenagem, Léon Denis falou em nome dos espíritas da Europa e de outros continentes. Após, Manuel Vianna de Carvalho assumiu a tribuna, em nome dos espíritas do Brasil. A seguir, falou Eurípedes Barsanulfo, em nome dos que estudam o Evangelho. "Uma luz magnífica surgiu das alturas. Corporificou-se, então, um sublime Espírito. Era Celina, mensageira de Maria Santíssima, conhecida pelas amoráveis comunicações que transmitia através do médium Frederico Júnior. E Celina falou: "Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcante. Pelos teus serviços foi-te concedido que poderás encarnar em qualquer planeta de nossa galáxia próximo à Terra." "Dr. Bezerra, sem poder conter, naturalmente, a emoção, também falou: - "Eu não mereço...Eu não mereço... Se algum crédito eu tenho, suplico a Maria Santíssima continuar nas terras verde-amarelas do Brasil. Desejaria ali ficar enquanto houver uma pessoa chorando, um gemido dos meus irmãos brasileiros..." "O celeste ser ouviu a petição e esvaneceu-se. Passaram poucos segundos. Um melodioso coro entoava divino cântico e uma alvinitente mão escreveu no ar: -"Teu pedido foi deferido. Ficarás mais cincuenta anos nas terras do Brasil." "Divaldo Pereira Franco despertou alegre e encantado. E contou tudo isto quando, em 1991, proferiu uma de suas magníficas palestras no auditório do Colégio Arte e Instrução, no bairro de Cascadura, no Rio de Janeiro. "Nunca mais apagou-se de minha memória, afigura sublime do Dr. Bezerra de Menezes, enquanto, sob forte emoção, aguardava a resposta de sua paternal súplica." D. Ana Maria assim termina seu artigo: Obs: próximo no sentido de evolução. 35 "Quarenta e dois anos já se passaram. Não só nós, brasileiros, temos sido beneficiados pela presença sempre paternal do Dr. Bezerra de Menezes. Daqui a oito anos qual será o seu rumo? "A indagação chega a angustiar. Mas, não faz muito tempo um Amigo Espiritual nos tranquilizou, dizendo: -"Esteja onde estiver, Bezerra de Meneies estará sempre nos amparando e orientando pelos caminhos do amor, estimulandonos a continuar aprendendo para servir melhor!". Nosso comentário: Bezerra não pediu para ficar nas terras do Brasil por mais 50 anos. Ele suplicou à Virgem Santíssima que, se algum crédito tivesse, desejaria ali permanecer "...enquanto houver uma pessoa chorando, um gemido dos meus irmãos brasileiros..." Não importava a Bezerra o tempo que fosse necessário. Mas a resposta foi concisa: "Teu pedido foi deferido. Ficarás mais cinquenta anos nas terras do Brasil." Ora, os 50 anos terminam neste final de milénio. Para que não haja mais nenhuma pessoa chorando ou um gemido sequer, como deferido foi o pedido de Bezerra, algo de extraordinário deverá ocorrer, para que a fome e a miséria, a corrupção e os corruptores, a violência e os criminosos, a exploração e os exploradores, as traições e os traidores, as drogas e os traficantes etc. etc. sejam definitivamente banidos, não só de nossas terras, mas de toda a Terra. Para os espíritas, que conhecemos Divaldo Pereira Franco, sua palavra sobre assunto tão sublime e sério é da mais alta significação e credibilidade. Seu mandato mediúnico, colocado a serviço da Seara de Jesus, é dos mais significativos da atualidade no mundo. E contato com o mundo espiritual através da mediunidade de desdobramento, é fato mais que rotineiro nos trabalhos mediúnicos de Divaldo Pereira Franco. O que seria capaz de realizar a fantástica proeza de enxugar a última lágrima, de lenir o último gemido, até o final deste século, daqueles que permanecerem encarnados no Brasil? E para que não houvesse um choro e um gemido no Brasil seria necessário também que não o houvesse no mundo! Somente a grande separação, a grande colheita, seria capaz de tal proeza. O mesmo Boletim Semanal "SEI-Serviço Espírita de Informações" n. 1275, de 05.09.92, transcreveu uma belíssima mensagem de Bezerra de Menezes, recebida por Divaldo Pereira Franco, de onde extraímos as seguintes paites: "Meus filhos, que Jesus nos abençoe. Estamos no limiar de uma nova era e no crepúsculo da cultura e da civilização do pas ado. Abrem-se-nos 36 perspectivas de um período novo que vem sendo anunciado através dos evos. Momento grave este que vivemos no Planeta, quando os valores éticos enobrecidos cedem lugar ao desequilíbrio e às manifestações do primitivismo, que devem desaparecer da estrutura psicológica da criatura humana... Hoje ou nunca mais, neste momento grave, se repetirá o chamamento do Senhor para nós. Esta oportunidade definir-nos-á os rumos do futuro e vós prometestes seguir as pegadas de Jesus, fiéis à Revelação Espírita, conforme nô-la ofereceu o discípulo fiel, que foi Allan Kardec. "Não há mais tempo para as discussões estéreis nem para as frivolidades das opiniões personalistas em detrimento dos lídimos ideais da fraternidade, do amor e da caridade. "Sede vós os lutadores autênticos, preparadores da era que começa, nesta noite histórica, precedendo a alvorada de luz, de liberdade e de paz..." (grifos nossos). De outra mensagem de Bezerra, esta psicografada por Julio Cesar Gran-di Ribeiro, em 05.08.91, publicada pelo "Reformador", revista da Federação Espírita Brasileira, número 1959, de junho/92, página 167, extraímos o seguinte trecho: "Filhos: Nestes momentos de crise existencial por que passa nossa Humanidade, na transição para o milénio próximo, estejamos sempre vigilantes em nossa caminhada. São muitos os obstáculos a transpor e os observadores espirituais, à nossa volta, já impossibilitados de retornar ao Orbe pela reencarnacão, inquietos alguns, revoltados outros, vingativos outros mais, julgando-se, muitos deles, injustiçados pela Providência Divina, cobram de cada um de nós o necessário aprumo moral-espiritual, a fim de merecermos a Terra do amanhã..."(grifos nossos). O que nos alerta Bezerra é que tenhamos o máximo de cuidado, porque muitos obsessores do mundo espiritual revoltam-se pois que não mais terão oportunidade de reencarnar na Terra; e de sua revolta nasce um recrudesci-mento das perseguições e tentativas de arrastar para os abismos que os esperam, suas antigas companhias, já a caminho da regeneração. E por que não mais terão tempo para reencarnar na Terra? Possivelmente porque a grande separação está iminente. Outra mensagem, psicografada em espanhol por Juan Antonio Durante, em Madrid, em 29.11.92, na sessão plenária do Congresso Mundial de Espiritismo, traduzida por Lauro S. Thiago, publicada no "Reformador" n. 1970, de 37 maio/93, página 133, desta feita assinada por Bezerra de Mene2es, Amalia D. Soler, F. Colavida e outros Espíritos ligados à Espanha, traz-nos o seguinte trecho: "...A necessidade de conduzir o homem às formas étíco-morais que o induzam a pensar na vida imortal obriga a uma ação imediata, positiva, pois, já quase não existe tempo material a fim de poder prepará-lo para as grandes mudanças que se avizinham, como impositivo indispensável que acompanha o advento do III Milénio, em que o homem deixará de ser inimigo do homem, e em que o sentimento de amor ao próximo, estabelecido como regra por Jesus, será uma realidade inquestionável..." (grifos nossos). Como pudemos observar, Bezerra, nessas mensagens como em inúmeras outras, passa-nos o sentimento de que tem pressa em alertar-nos sobre os acontecimentos que se avizinham, a urgência em modificarmos os comportamentos, a falta de tempo para querelas e discussões estéreis, a necessidade premente de trabalharmos no bem e pelo bem, para adquirirmos o padrão vibratório mínimo, a fim de não sermos sugados para mundos inferiores. Do livro "FRANCISCO DE ASSIS", pelo Espírito MIRAMEZ, psico-grafia de João Nunes Maia, 7a. edição da Editora Espírita Cristã Fonte Viva, pag. 31 (grifos nossos): ". O Apocalipse representa a janela pela qual a humanidade restante poderá passar para o terceiro milénio e sentir a vida nos moldes preceituados pelo Evangelho do Cristo. A felicidade para os eleitos da Terra é hoje mesclada de grandes tormentos, pois as provações coletivas induzem as criaturas a afogadilhas intenções, ao desespero, à vingança e ao ódio. Fugiu do mundo a serenidade, assim como dificilmente nela se encontra amor; o período é de transição. Que Deus nos abençoe, pois ele é temporário... mas desnorteia aqueles que ainda são fracos na fé". Alerta-nos Miramez que, para atingirmos o terceiro milénio, teremos de transpor uma "janela", o Apocalipse, e só a humanidade restante poderá fazê-lo. Entre nós, hoje, e o terceiro milénio, à nossa frente, teremos, ainda, que passar pelo Apocalipse. Contínua Miramez no parágrafo seguinte: "Nos últimos acontecimentos do orbe terrestre, que finalizarão os dois mil anos, nas grandes catástrofes físicas e morais, quem não tiver fé, dificil38 mente se salvará. A salvação a que nos referimos é a estabilidade de consciência, é a paz interna no meio das tormentas que se aproximam. Parece, oara os cépticos, que a fé é sinónimo de fanatismo, e esse engano é que vai levá-los ao caos do terrorismo e da depressão. A vida alegre é a que se consubstancia na luz da Fé, porque ela eleva o espírito até à plenitute do Amor. Queira Deus que despertemos cada vez mais para o Cristo, no resto de tempo que nos é dado, que também representa resto de imprudência. O Apocalipse é um aviso com dois mil anos de antecedência; O Evangelho, na sua retaguarda, nos fala do clima que poderemos formar em nós, a fim de que não soframos os desastres coletívos." Miramez, o mesmo Irmão Luiz que acompanhou Francisco de Assis, ou João Evangelista reencarnado, o autor do Apocalipse, tem, sem dúvidas, acesso a informações no mundo espiritual para afirmar, com segurança, que os acontecimentos preditos dar-se-iam dois mil anos após seu enunciado. Tempo, este, que ora se esgota. Do livro "PROFECIAS", de Pietro Ubaldi, 4a. edição da Fundação Pie-tro Ubaldi, tradução de Carlos Torres Pastorino e Clóvis Tavares, em que, dentre diversas profecias analisadas pelo autor, ressalta um pormenorizado e profundo estudo do Apocalipse de João Evangelista, transcrevemos, a seguir, diversos trechos que dizem respeito à época dos acontecimentos preditos para a humanidade (grifos nossos): "O momento histórico atual é muito grave. Ele está se tornando cada dia mais grave. Somos chegados à plenitude dos tempos. Pregações foram feitas bastante, avisos foram dados, mas o mundo continuou pelo seu caminho sem prestar ouvidos. Nesta hora, não é mais tempo de palavras e avisos, mas de ação. Precisa-se enfrentar os acontecimentos." (Pag.162). "Investigando por caminhos intuitivos, racionalmente controlados, foi mister concluir que acontecerá o que temos anunciado. Uma apocalíptica destruição está aproximando-se dentro desta segunda metade do nosso século. Fazer uma tentativa para salvar o que é possível não pode ser condenável e representa um dever daqueles que compreenderam o momento histórico." (Pag. 172). "O Apocalipse mostra-nos que chegamos à plenitude dos tempos, à hora da realização daquela Boa Nova; diz-nos que o Reino de Deus, anunciado pelo Evroigelho, não será sempre uma utopia e está verdadeiramente às portas. 39 "Chegamos hoje ao momento em que o determinismo da Lei toma em mãos as rédeas da História e impõe suas diretrizes. Estamos, pois, no momento em que se manifesta a vontade de Deus, que quer entrar diretamente em ação. Ainda que Sua existência seja negada pelo mundo, Deus quer igualmente salvá-lo, num momento em que se acumularam tantos erros dos homens em que tudo ameaça ruína. Estamos, pois, na plenitude dos tempos." (Pags. 214/215). "Os bons esmagados, vilipendiados, atormentados, devem ser reerguidos à sua dignidade de filhos de Deus, que lutaram e deram seu sangue para reacender e, portanto, mereceram o auxilio. E Deus lhes estende o braço de Seu poder e os reergue para o Alto. Esta é a hora da justiça. Fecham-se as portas da misericórdia, detém-se o porvir, pára e conclui o caminho da evolução, e então se fixam as posições conquistadas de cada um, no longo caminhar, e são feitas as contas, para cada um, segundo o que lhe cabe de direito, por suas obras. É a hora do juízo. "O Apocalipse fala de plenitude dos tempos. Estamos hoje nessa plenitude dos tempos. ...Vivemos em tempos apocalípticos, em que a Lei deve cumprir-se. Por muitos séculos esperou Cristo a realização de seu Evangelho. O Reino de Deus tem de chegar, custe o que custar. Não é concedido ao homem o poder de tornar vã a vinda de Cristo sobre a Terra. O drama do Apocalipse é nosso, deste nosso tempo." (Pags. 218/219). "A luta cósmica entre o bem e o mal chega ao seu epflogo e se resolve na vitória de Deus sobre todas as forças, que assim são reconduzidas do caos à Sua ordem. Os problemas primeiros e últimos se resumem na mesma solução." (Pag. 222). "Este último salto para a espiritualização, é o grande acontecimento que nos aguarda no fim deste milénio e na alvorada do terceiro, é o grande acontecimento da instauração, na Terra, do Reino de Deus. É isto, justamente, o que nos anuncia o Apocalipse." (Pags.226/227). "..."Este é o século em que se estabelecerá o Reino de Deus na Terra", escreveu BAHÁ-IT LLÁH, o profeta filho do M (1817-1882). Teremos cinquenta anos de lutas e de esforços e em 2.000 surgirá a aurora da nova civilização do espírito, para o terceiro milénio." (Pag. 256 - o livro foi escrito em 1956). 40 Huberto Ronden, brasileiro, foi, durante sua vida física, um brilhante filósofo espiritualista, com uma vasta obra de elevado cunho filosófico-moral. De volta à Espiritualidade, adota o nome DELFOS e começa a ditar, a conhecido e respeitado médium residente no Rio de Janeiro, Luiz António Millec-co obras com informações e conhecimentos mais avançados que seus anteriores trabalhos, corrigindo-os ou complementando-os em várias oportunidades. Agora sua vivência é imensamente mais dilatada que a simples visão espiritual que o filósofo possuía quando na vida física. Selecionamos alguns trechos de dois de seus livros mediúnicos, que abordam o final do período evolutivo em que nos situamos. Do livro "MEU ALÉM DE DENTRO E DE FORA", da Sociedade Editora Espírita F.V. Lorenz, 2a. edição, pag. 41, Delfos está narrando seu encontro com um Espírito que durante largo tempo cooperou com o trabalho das trevas e agora, convertido, mantém-se junto à colónia trevosa, mas integrando uma sociedade secreta dedicada ao Bem, com o intuito de resgatar sofredores e ajudar antigos companheiros a reequilibrarem-se, enquanto aguarda nova oportunidade de reen-carnar-se. O objetivo da entrevista de Delfos é exatamente transmiti-la aos encarnados, através da mediunidade, no desvendamento da problemática que envolve o mundo espiritual e sua influência no mundo físico. Vamos transcrever um trecho da conversa, em que Delfos pergunta e o "experverso" responde (grifos nossos): "- Que faz atualmente? - Procuro retificar meus crimes, desfazendo antigos malefícios ou tentando, com atos bons, compensar os prejuízos que causei ao próximo. - Acredita que cumprirá integralmente essa missão no plano em que está? - Sei que não. Só conseguirei libertar-me de minhas mazelas quando mergulhar na carne. Por enquanto, porém, não mereço essa bênção e não sei se terei tempo de recebê-la na Terra. - Por que não? - Sabe o amigo que este planeta vive o fim de mais um ciclo de sua evolução. Deve desembaraçar-se de todos aqueles que possam obstar-lhe a marcha. Um réprobo, como eu, deve ser conduzido a mundo compatível com o baixo grau de sua evolução." O diálogo prossegue, altamente instrutivo e com informações valiosíssi-mas aos que se interessam pelo Espiritismo, sobretudo para os que trabalham na seara da mediunidade. Mas o trecho da entrevista que importa ao nosso trabalho 41 é o acima. Delfos, também, passa-nos a informação de que o fim H atual ciclo evolutivo está próximo. Do mesmo livro e da página 62, transcrevemos pequeno trecho de uma palestra proferida por Teilhard de Chardin (1881-1955- paleontólogo, pensador e teólogo jesuíta francês), obviamente no mundo espiritual, assistida por Delfos. A palestra fora assistida, também, por vários encarnados ligados a diversas correntes religiosas, para ali transportados durante o natural desdobramento do sono físico: "...Quero que apressemos juntos o caminho de todos os seres, da divergência para a convergência, da sombra para a luz. Aproximam-se vertiginosamente os momentos mais tristes e angustiosos do nosso planeta. Esses momentos serão, porém, decisivos. É depois deles que a Terra será realmente o mundo constituído de seres humanos... O planeta está cansado de lutas estéreis; os homens são tragados pelos monstros que eles mesmos geraram. Mas vai passar o grande pesadelo e valerá a pena despertar; por isso estou aqui para convidar-vos a trabalharmos juntos e juntos construiremos, durante esta noite sombria que nos envolve, a manhã radiosa e sublime que nos espera." Mais uma vez o alerta de que uma grande transformação se aproxima vertiginosamente. Na página 72 do livro citado, Delfos começa a descrever, sob o título de "Uma Reunião Solene", um encontro de governadores de diversas colónias espirituais, inclusive de "Nosso Lar", com o objetivo de se.-em traçadas dire-trizes a esses líderes da Espiritualidade, "com vistas ao momento histórico atualmente vivido pelo planeta". A palestra fora proferida por um Espírito conhecido por Jerónimo, de alta envergadura espiritual. Das figuras mais conhecidas entre os espíritas brasileiros, presentes no evento, além do Governador de "Nosso Lar", Delfos menciona André Luiz e Emmanuel. A reunião se deu na região que correspondia, no plano físico, ao planalto central, em Goiás. Transcrevemos, abaixo, pequenos trechos da palestra que interessam a este trabalho. "- Irmãos, o planetn vive uma hora angustiosa e sem precedentes em sua história. Na esfera física, o papel e a moeda se sobrepujam a todos os valores. A vida humana, os direitos do homem, as necessidades básicas de todos os seres vivos, pouco importam aos olhos da ganância prepotente e desabrida. Vazios de paz, os homens cada vez mais se aprestam para a guerra. Inconscientemente sedentos de amor, eles se deixam envenenar e incendiar pelo ódio. 42 Por outro lado, em nosso plano se amontoam nuvens e nuvens de pensa-entos deletérios, emitidos pelas próprias coletividades terrestres. E não é só. A esse acúmulo de energias degeneradoras, acrescentam-se outras nuvens, constituídas de irmãos nossos que, desencarnados embora, mantêm ainda a ilusão do poder e das paixões desenfreadas. Dividem-se esses filhos da ilusão eta dois grupos principais: o daqueles que propugnam pelo caos absoluto, pela terra de ninguém, onde vale mais quem é mais forte, e o daqueles que se batem pela instituição daquilo a que chamam de uma nova ordem: um regime tirânico, no qual prevaleçam os desejos de uma cúpula inconsciente que se supõe investida, junto aos homens, de verdadeiro messianato. No fundo, esses dois grupos têm um só objetivo: o mando ilusório, o poder a qualquer custo. Para isto vampirizam, instilam ou cooperam para que se instile a guerra, provocam derrocada de instituições respeitáveis, realizam, em suma, um trabalho de sapa que vai dos lares aos governos. Em virtude de tal situação, não excluindo, é claro, fatores históricos e socioeconómicos, o planeta está cada vez mais próximo de uma verdadeira encruzilhada em sua senda evolutiva. Diríamos, como os hindus, que a Terra dia a dia se acerca do que chamam a curva da Kali-Yuga - Idade Negra." "...Resta-nos a certeza de que o planeta não será destruído como um todo; as potências cósmicas não o permitiriam. Apagados os rescaldos do grande incêndio, o homem renascerá pelo espírito e reencontrará os seus verdadeiros e gloriosos destinos." Após participar dessas e outras reuniões sobre o mesmo tema, Delfos sentia-se "como se tivesse o mundo às costas". Declara num capítulo seguinte: "Veio-me, então, um desejo incoercível de renascer de imediato. Queria expandir melhor minha obra, torná-la mais adequada aos tempos novos." Com essa decisão, procura o conselho de um Espírito de grande elevação e profundo conhecimento sobre o assunto, a quem Delfos chama de Rajá. Vamos transcrever, a seguir, o final do capítulo sob exame, a partir dos conselhos de Rajá, que dispensa outros comentários e análises, para concluir-se que a grande preocupação do mundo espiritual, neste momento, é a iminente transformação que ocorrerá com a humanidade, antes que o século termine (os grifos são nossos): " - Delfos, são louváveis tuas intenções e tens o direito de obter o que desejas. Se insistires, estarás na Terra, em novo corpo físico, dentro de breve tempo. Eu, no entanto, te pergunto: já refletiste convenientemente sobre tua 43 decisão? Pensa no esforço a ser exigido, por parte dos que te assistem aqui, para sustentar-te a tarefa. Sabes que, ainda quase na infância, encontrarás um mundo em ruínas. O que ouviste de Chardin e J.R., não te permite qualquer ilusão acerca do futuro próximo da Humanidade. A menos que poderes superiores interfiram drasticamente, o homem não demorará muito a colher, no vasto celeiro dos milénios, o acúmulo de joio que amontoou por descuido. Sofrerás desnecessariamente se voltares agora. Espera pelo início do terceiro milénio. De fato, recomeçarás a tarefa e isso não te será fácil; hás de enfrentar ainda algumas dificuldades, pois há arestas a aparar, dentro e fora de ti. Essas dificuldades, no entanto, seriam muito maiores se precipitasses as coisas." Delfos continua sua narrativa: "Calou-se o Rajá, mas seus olhos pousaram em mim, como que exigindo uma definição. "Calei-me também eu. Minha boca já havia silenciado desde que falara meu instrutor. Agora, porém, quem silenciava era minha mente inquieta. Percebi que me havia portado como um adolescente intempestivo e imediatista. "Submeti-me, então, à vontade do Absoluto. Que Ele dissesse a última palavra, e não eu. "Incontinenti, o Rajá respondeu as minhas mudas reflexões:" "- Decidiste segundo os decretos das potências cósmicas, Delfos. Tens muito o que fazer aqui. Serve conosco e espera pelos dias da volta, quando passar a tempestade." Colhemos, ainda, mais dois alertas de Delfos em outra obra psicografa-da pelo mesmo médium. Trata-se do livro "REFLEXÕES NO MEU ALÉM DE FORA", também da Sociedade Editora Espírita F. V. Lorenz, primeira edição/1989. Da página 30, sob o título "Os Vendavais", tnuscrevemos o trecho abaixo (grifos nossos): "Aproximam-se os tempos dos vendavais. Eles não terão os românticos nomes femininos com que se pretende atenuar o caráter sinistro dos que açoitam os países. "Os que se aproximam de toda a Humanidade não têm nome. Se quiséssemos, poderíamos chamá-los "varredores", porque seu objetivo é varrer para além da psicosfera a poluição causada pelo "ego luciférico" dos que habitam o planeta. "Estejamos firmes e vigilantes, porque depois desses vendavais outras auras soprarão no planeta de norte a sul, de leste a oeste. Outros ventos igualmente impetuosos mas não devastadores. Aqueles mesmos ventos que sacudiram os Apóstolos na memorável manhã de Pentecostes. "Quem puder senti-los, vivê-los e saboreá-los, desde já será capaz de enfrentar todos os vendavais da destruição. E mais, servirá de ponte espiritual para quantos se beneficiem de sua presença." O outro alerta consta da página 92 do mesmo livro: "...Meus amigos, o mundo vive um momento único de sua história. Nunca mais o viverá de novo. E devemos aproveitar este momento. "Quem quer se auto-realizar, esse receberá poderosos impulsos do alto, porque mais do que ele as potências cósmicas desejam o seu crescimento. "Mas aqueles que decidirem dar voltas em torno de si mesmos, aqueles que estão contentes consigo mesmos, aqueles que estão adaptados, permanecerão no labirinto de Maya, da ilusão, e serão presas de seus próprios erros". Do livro "PARÁBOLAS EVANGÉLICAS À LUZ DO ESPIRITISMO", de Rodolfo Calligaris, segunda edição/1969 da Federação Espírita Brasileira, nas páginas 15 e 16, recomemos o seguinte trecho, em que o autor discorre sobre a "parábola do joio e do trigo", do Evangelho segundo Mateus, cap. 13, vers. 24-30 (grifos nossos): "...O joio, ao brotar, é muito parecido com o trigo e arrancá-lo antes de estar bem crescido seria inconveniente, por motivos óbvios. Na hora da produção dos frutos, em que será perfeita a distinção entre ambos, já não haverá perigo de equívoco: será ele, então, atado em feixes para ser queimado. "Coisa semelhante irá ocorrer com a Humanidade. "Aproxima-se a época em que a Terra deve passar por profundas modificações, física e socialmente, a fim de transformar-se num mundo regenerador, mais pacífico e, conseqüentemente, mais feliz. "Quando os tempos forem chegados, todos os sistemas religiosos, que se hajam revelado intolerantes e opressores, cairão reduzidos a nada, e todos quantos não se afinem, com a nova ordem de coisas, conhecerão o "fogo" da expiação em mundos inferiores, mais de conformidade com o caráter de cada um. "Por outro lado, as almas avessas à guerra, à maldade, ao despotismo, enfim a tudo quanto tem impedido o estabelecimento da fraternidade cristã entre os homens de todas as pátrias e de todas as raças, estas hão-de merecer o 45 futuro lar terrestre, higienizado em sua aura astral e equilibrado em suas condições climáticas, gozando, finalmente, a paz, a doce e alegre paz, de há muito prometida as criaturas de boa vontade." Do livro "MOMENTOS DE HARMONIA", de Joanna de Angelis, psi-cografia de Divaldo Pereira Franco, Ia. edição/1992 da Livraria Espírita Al-vorada-Editora, extraímos da dissertação n. 11 - "Desafios e Vitória", páginas 72 a 76, os seguintes trechos (grifos nossos): "Respira-se, no planeta terrestre, uma atmosfera saturada de fluidos deletérios. "Uma imensa vaga de alucinação varre o orbe, de um a outro quadrante, sob os impulsos da insatisfação, que gera violência; da frustração, que fomenta desencanto; e dos desejos insaciados, que conduzem à beligerância, ao crime, ao desespero desenfreado. "As aspirações espirituais parecem soterradas, sob os escombros das doutrinas falidas pela invigilância dos que as predicavam..." "...Chegados, sim, os tempos da grande e inevitável seleção natural. Não mais a pequeno passo, porém de maneira abrupta, instalando na Terra — que dentro de pouco tempo se encontrará exaurida pelo cansaço das utopias — o período do bem, da verdade e do amor. "...Poupa-te à grande derrocada". Joanna de Angelis nos adverte que o período do bem, da verdade e do amor será instalado na Terra "de maneira abrupta", repentina, "não mais a pequeno passo", não mais de maneira suave, não mais uma substituição paulatina dos homens voltados para o mal, à medida de seu desencarne, pelos voltados ao bem, pela reencarnação, porque "os tempos da grande e inevitável seleção natural" são chegados. Nada mais claro e direto. Também no dizer desse Espírito são chegados os tempos da grande separação. Lembramos que Joanna de Angelis é a mentora espiritual de Divaldo Pereira Franco que tem mais de 100 livros espíritas publicados e milhares de conferências em todo o mundo. Da mesma maneira que acontece entre Emmanuel e Francisco Cândido Xavier, todas as mensagens psicografadas por Divaldo, todas suas conferências, todos seus livros, são superintendidos por Joanna de Angelis. "PROGRESSÃO DE MEMÓRIA REVELA PLANETA EM CAOS" Em artigo publicado no "Jornal Espírita", de abril de 1992, páginas 6 e 7, sob o título acima, Herminio Corrêa de Miranda, conhecido escritor espíri46 ta, autor de dezenas de importantíssimos livros e de centenas de outros artigos, analisa o livro "Mass Dreams of Future" (Sonhos Coletivos do Futuro), do dr. Chet B. Snow, americano, PhD em psicologia. O livro do dr. Snow baseou-se em pesquisa dirigida pela dra. Helen Wambach, psicóloga americana, PhD, na qual ele, juntamente com outros colaboradores, como a sra. Beverly Lundell e o dr. R. Leo Sprinkle, psicólogo e professor da Universidade de Wyoming, trabalharam intensamente. A pesquisa empreendida pela dra.Wambach, consistiu em explorar o futuro na memória de pacientes sob hipnose. Transcrevemos, a seguir, trechos do artigo em questão: "...Chet B. Snow não apenas aderiu ao projeto da dra. Wambach, como acabou concordando, ele próprio, em submeter-se a uma experiência de progressão, no que, aliás, revelou-se excelente "sujet". Foi assim, numa tarde de julho de 1983, no consultório da dra. Wambach, na Califórnia, que, após mergulhado no estado alterado de consciência sugerido pela psicóloga, Chet Snow viveu uma dramática "lembrança do futuro", na qual se via, em 1998, em desolada região do estado do Arizona, como integrante de pequena comunidade de pessoas que haviam sobrevivido a violentos cataclismas. As condições climáticas locais mostravam-se profundamente alteradas em relação ao que são hoje, de vez que, no mês de julho, em pleno verão no hemisfério norte, e em local onde a norma seriam as temperaturas elevadas, fazia frio e soprava um vento glacial. Além do mais, a região parecia despovoada e com escassas possibilidades de comunicação com o resto do país. As condições de vida eram primitivas, a alimentação constituía prioridade absoluta, a habitação (coletiva) não passava de um abrigo precário para algumas dezenas de pessoas lideradas por uma mulher. "Não é de admirar-se, pois, que Chet Snow tenha regressado com enorme sensação de alívio, ao "aqui e agora", no consultório da dra. Wambach, no luminoso verão californiano. Seja como for, a ser válida a experiência, o terrível cenário em que se metera ele durante a progressão, estava à sua espera dentro de quinze anos. Era uma ideia mais do que inquietante, aterradora. "Outras "viagens" ao futuro faria o dr. Snow sob a competente pilotagem da dra. Wambach, não apenas ao desolado território do Arizona, no fim deste século, como a outros tempos e locais, em futuro mais remoto. Desdobrava-se o projeto desenhado com a finalidade de investigar o que poderão revelar sobre o futuro, "os sonhos coletivos" em que mergulhamos tantos de nós, seres vivos, nesta época dominada por tensões e sombrios presságios. 47 "As primeiras imagens do contexto explorado nas progressões revelaram-se Ião deprimentes que a doutora pensou, de início, em suspender a pesquisa. A visão que se antecipava nela era a de um planeta devastado, desestruturado e poluído, cidades em ruínas e campos abandonados, sistemas de comunicação e transportes desarticulados e dramática escassez de alimentos. Era um verdadeiro pesadelo, dentro do qual a prioridade maior era a de sobreviver, se possível, mais um dia ou dois." "Entre 1980 e 1985, a dra. Wambach e sua equipe haviam realizado regressões e progressões em cerca de 2.500 americanos (Snow trabalhara também com alguns franceses). Inesperadamente, apenas cerca de cinco por cento das pessoas progredidas viam-se reencarnadas por volta do ano 2100, a umas poucas gerações adiante, portanto. A conclusão era óbvia, ainda que inquietante, dado que indicava um declínio de cerca de 95% na população mundial, dizimada, por essa época, por gigantescos cataclismas, em inúmeras regiões da terra. "Tais resultados foram encontrados, isoladamente, pelos pesquisadores em diferentes grupos de pessoas. Consistentemente, cerca de apenas cinco por cento viamse encarnadas por volta do ano 2100, ao passo que, mais a frente, em torno do ano 2300, a percentagem subia para 13% ou 15%, o que parece indicar uma retomada do crescimento populacional, após o drástico decréscimo. "...Seja como for, o quadro que tais depoimentos desenham é desolador. O cenário é o de um planeta devastado pela arrasadora ação combinada de erupções vulcânicas, enchentes e abalos sísmicos, quando regiões inteiras desaparecem sob as águas dos oceanos, enquanto outras ressurgem do fundo dos mares. "...No capítulo 8-II - Operation Terra, o dr. Snow oferece ao leitor suas reflexões acerca das causas de todo o distúrbio apocalíptico que estaria programado para vitimar o planeta, no final do século vinte, ou, mais precisamente, a partir de 1998." Cabe-nos comentar apenas que o grupo de pesquisadores são cientistas, trabalhando pela ciência e em nome da ciência. 48 A GRANDE SEPARAÇÃO A grande separação entre bons e maus, do joio e do trigo, dos cabritos e das ovelhas, conforme a linguagem evangélica, dar-se-á no mundo espiritual. A atração que o planeta visitante exercerá, com poder de arrastar aqueles que lhe partilharem as vibrações inferiores, será, obviamente, sobre o Espírito, o homem desencarnado, aquele que tenha passado pelo fenómeno da morte. Como poder-se-á inferir das profecias que passamos a descrever, dois terços da humanidade que estiver encarnada por ocasião dos acontecimentos finais, perecerão nas grandes tragédias. Isso não quer dizer, contudo, que todos aqueles que desencamarem serão arrastados pelo astro higienizador, como, obviamente, nem todos aqueles que já antecipadamente estejam no mundo espiritual, iriam parar naquele mundo inferior. Dizem as predições que metade da população hoje existente nos dois planos de vida, é que irá expiar em mundos inferiores. E dizemos no plural "mundos inferiores", porque esse planeta "pesado" pode não ser o destino reencarnatório de todos os exilados da Terra. Ele, sem dúvida, será o veículo que transportará pelos espaços infinitos todos os compelidos a deixar a Terra - saneada pelo sofrimento -, mas a reencamação desses poderá ser distribuída entre outros mundos, bem mais inferiores que a Terra, mas de acordo com as necessidades e possibilidades de cada um. Vamos começar por Isaías, o que disse em sua linguagem dura, conforme consta, dentre outros, dos capítulos 13:11,13:12,51:6 e 65:14: "Punirei o mundo por seus crimes, e os pecadores por suas maldades. Abaterei o orgulho dos arrogantes e humilharei a pretensão dos tiranos. Tornarei os homens mais raros que o ouro fino e os mortais mais raros que o metal de Ofir. Os habitantes da Terra morrerão como moscas; mas minha salvação subsistirá sempre, e minha vitória não terá fim. Meus servos cantarão na alegria de seu coração, e vós vos lamentareis com o coração angustiado, vós rugireis com a alma em desespero." Começa o profeta dizendo que Deus punirá os pecadores por suas maldades, distinguindo-os do mundo, que será punido por seus crimes, parecendo-nos 49 referir-se aos abalos físicos que a Terra sofrerá. Outra expressão muito forte, quando diz que os homens morrerão como moscas, é sem dúvida para sacudir a mentalidade daqueles que o lerem, alertando sempre, para nossa impotência diante dos desígnios d'Aquele que comanda os infindáveis universos; reafirmando, à frente, que tornará os "mortais", isto é, os homens encarnados, mais raros que o metal de Ofir. Em Joel (4:14 ou 3:14, conforme a tradução), lemos: "Que multidão, que multidão no vale do julgamento! porque o dia do Senhor está próximo no vale do julgamento." O vale do julgamento é a Terra e a multidão somos nós mesmos, encarnados e desencarnados vivendo no âmbito da Terra. De Amos (9:2) extraímos: "Mesmo que desçam à morada dos mortos, minha mão os arrancará de lá." Com essas palavras diz-nos o Profeta Amos, que não haverá meios de esconder-se da seleção natural. Não há como fugir, nem mesmo na morada dos mortos, nem mesmo no mundo espiritual haverá esconderijo capaz de abrigar do arrastamento aqueles que vibrarem na mesma faixa do astro intruso. Profetiza Zacarias (13:8 e 13:9): "E sobre toda a Terra, diz o Senhor, duas partes da humanidade serão exterminadas e perecerão, e a terceira parte restará nela. E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei. Direi: meu povo é; e elu dirá: o Senhor é meu Deus." Zacarias proclama que apenas uma terça parte dos homens sobreviverá aos cataclismos, e essa terça parte restante terá que enfrentar toda sorte de dificuldades para reconstruir, sobre os escombros do velho mundo, daquele mundo de provas e expiações, o novo mundo de regeneração. Os evangelistas registraram as palavras com que Jesus profetizou a grande separação. Mateus, Marcos, Lucas e João deram o seu testemunho das profecias do Mestre, confoi^ne consta de seus Evangelhos. 50 Em Marcos (13:27) encontramos: "E Ele enviará os anjos e reunirá os Seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da Terra até à extremidade do céu." Ninguém ficará de fora ao julgamento, pois que, sem exceção, cada um julgará a si mesmo com extremo rigor. O posicionamento moral da criatura refletirá seu teor vibratório e este será o "selo" que marcará os que partirão em demanda de novas e dolorosas experiências. Mateus, nos capítulos 24 e 25 de seu Evangelho, é minucioso na descrição da grande ceifa. Em 24:31,24:40 e 24:41 ele assim reproduz as predições de Jesus: "E Ele enviará os Seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os Seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. Então dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra." Estas predições de Jesus informam-nos que a metade da população da Terra, encarnada e desencarnada, é constituída dos "escolhidos", pois o Pai envia Seus anjos, na linguagem evangélica, aos quatro cantos do mundo, tanto da Terra quanto dos céus, isto é, tanto do mundo físico quanto do mundo espiritual, e onde há dois no campo um é recolhido e outro deixado; duas no moinho, uma é recolhida e outra deixada. Passanos, assim, a ideia de que os anjos que saem à procura dos "eleitos" recolhem a metade dos que encontram. Zacarias falou-nos dos que morreriam por ocasião dos desastres, dois terços; Jesus diz-nos que metade seria recolhida e a outra metade, conseqiien-temente, seguiria aquele corpo celeste com o papel de sugar da Terra aqueles que não tiverem condições de habitar um mundo voltado exclusivamente para o bem. QUEM FICA E QUEM PARTE Mateus, no capítulo 25, versículos 31 a 45, reproduz as regras estabelecidas por Jesus que nortearão o grande julgamento. Jesus, nestes versículos, conforme grafou o Evangelista, disse que passariam à sua direita aqueles que deram de comer a quem tinha fome, de beber a quem tinha sede, abrigo aos que não tinham teto, rompas aos que estavam 51 nus, aqueles que visitaram os enfermos e os encarcerados. Estes seriam os eleitos, os escolhidos dos quatro cantos dos céus e da Terra, os que seriam salvos, o trigo a ser recolhido ao celeiro. Seriam estes os que ouviram a palavra do Senhor e a puseram em prática; os que entenderam o sentido da verdadeira religião. Disse ainda o Mestre que passariam à sua esquerda aqueles que não deram de comer a quem tinha fome nem de beber a quem tinha sede, aqueles que não abrigaram os desvalidos nem vestiram os nus e nem visitaram os enfermos e os encarcerados. Estes não ouviram a palavra do Senhor, não seriam salvos, não herdariam a Terra. São eles o joio a ser atado em feixes e atirado fora, os exilados da Terra. Encontramos também na obra da codificação espírita de Allan Kardec, referências à grande separação. Em "O Evangelho segundo o Espiritismo", 91a. edição da Federação Espírita Brasileira, página 329, sob o título "Os Obreiros do Senhor", primeiro parágrafo: "Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: "Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra", porquanto o Senhor lhes dirá: "vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio às vossas rivalidades e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!" Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: "Graça! graça!" O Senhor, porém, lhes dirá: "Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra". (O Espírito da Verdade - Paris 1862) É o mesmo ensinamento de Jesus: os bons, os caridosos, herdarão a Terra; os maus, os egoístas, serão levados no "turbilhão". 52 De "A Génese", um dos livros do pentateuco espírita, 27a. edição da Federação Espírita Brasileira, página 397, item 63, sob o título "Juízo Final": "Tendo que reinar na Terra o bem, necessário é sejam dela excluídos os Espíritos endurecidos no mal e que possam acarretar-lhe perturbações. Deus permitiu que eles aí permanecessem o tempo de que precisavam para se melhorarem; mas, chegado o momento em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o globo terráqueo tem de ascender na hierarquia dos mundos, interdito será ele, como morada, a encarnados e desencarnados que não hajam aproveitado os ensinamentos que uns e outros se achavam em condições de aí receber. Serão exilados para mundos inferiores, como o foram outrora para a Terra os da raça adámica, vindo substituí-los Espíritos melhores. Essa separação, a que Jesus presidirá, é que se acha figurada por estas palavras sobre o juízo final: "Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda." Do livro "FRANCISCO DE ASSIS", pelo Espírito Miramez, psicogra-fia de João Nunes Maia, 7a. edição da Editora Espírita Cristã Fonte Viva,pá-ginas31/32: "...Quem se apegar ao Amor, aquele que universaliza todos os sentimentos, se livrará da rede selecionadora, que retirará uma grande cota do rebanho para mundos inferiores, onde haverá prantos e ranger de dentes. Quem não acreditar, e cruzar os braços diante do Cristo, dará sinal de que pertence às sombras, e para elas será entregue, pela sintonia do coração. Não vai, neste sentido, haver nem opressão nem oprimidos, nem tampouco divisões por qualidade, pois cada um receberá o que realmente merecer, essa é a lei da justiça." Do livro "MEMÓRIAS DE UM SUICIDA", pelo Espírito Camilo Castelo Branco, psicografia de Yvonne A. Pereira, 15a. edição da Federação Espírita Brasileira, páginas 457/458: (grifos nossos) "...Que lutas insanas começaram então os prepostos da Luz a sustentar com os condutores das paixões inferiores, luta áspera e constante, que se estendia por quase dois mil anos, e que de todos os recursos já haviam lançado mão os obreiros do Messias a fim de instruírem os rebeldes com as Verdades Celestes, que teimam em não aceitar! E que, por isso mesmo, novos decretos haviam descido de Mais Alto, para que o Ensino fosse ministrado mais ostensivamente, com toda a eficiência possível, bem assim a maior clareza, não a 53 um ou a dois de boa-vontade, mas à Humanidade toda, como a todos os Espíritos errantes que desejassem aprender, fossem virtuosos ou pecadores, pois que urgia auxiliar a regeneração do género humano, já que estava iminente rigorosa seleção, por parte da Providência, entre os Espíritos e os homens pertencentes aos núcleos terrenos, porque o planeta sofreria em breve o seu parto de valores, expulsando para mundos inferiores os incorrigíveis desde há dois mil anos, para conservar em seu seio apenas os mansos e os pacíficos, os de boa-vontade, para, então, estabelecer-se, não só no planeta como em seus continentes astrais, aquela era de progresso sonhada pelo Mestre da Galiléia, presidida pelo socialismo fraterno estatuído nos áureos Códigos da sua Doutrina!..." Do livro "PROFECIAS", de Pietro Ubaldi, já referido em capítulo anterior: "Prepara-se hoje, dessarte, fatalmente, a seleção anunciada em 1931 na primeira mensagem de Sua Voz. Assim, os justos de qualquer religião ou raça estarão de um lado, e os injustos, do outro. Isto porque a hora chegou em que os involuídos serão expulsos para ambientes extraterrestres para eles proporcionados e adaptados, onde eles possam viver de acordo com seu baixo nível de vida, e assim libertar o planeta de sua imunda presença, porque este deve, de agora em diante, progredir para tornar-se a pátria duma humanidade mais evoluída." (Pag. 170). "Confortem-se, pois, os bons, porque, se hoje vivemos nos duros tempos apocalípticos, eles têm consigo este grande livro, hoje, como nunca, atual, que os sustentará nas provas, com a visão das grandes metas que devem ser alcançadas. E constitui uma maravilha da ordem que tudo rege, que o mesmo cataclismo, enviado por Deus à Terra, possa servir para sanar e reorganizar tudo — ou seja, como agente de depuração do mundo, dos maus que assim são eliminados do terreno que eles infectavam — e ao mesmo tempo, como uma prova para maior purificação dos bons, para que mais cedo e melhor possam eles tornar-se aptos a ascender aos planos mais felizes da vida." (Pag. 221). Do livro "O FIM DO SÉCULO", de Bezerra de Menezes, psicografia de Anita M. Ramos: "...E como a Terra, daqui para a frente, não poderá mais aceitar Espíritos nessas condições e sim, os que estiverem bem mais aprimorados, porque a mesma passará em breves tempos a Planeta de grau bastante superior, os Espíritos nas condições referidas, terão que reencarnar em planetas atrasadíssi54 mós e bem primitivos assim como foi o planeta Terra na época da Idade da Pedra. Vós ireis lamentar e sofrer muito, não é filhos? Mas será isso o que vai acontecer se vós não tomardes a devida providência." Do livro "OS QUATRO EVANGELHOS", de Jean Baptiste Roustaing, terceiro volume, 3a. edição da Federação Espírita Brasileira, página 255: "...Quando chegar o tempo de ultimar-se a regeneração do vosso planeta (e ele não vem longe), os homens serão separados, conforme vos foi dito. Os bons irão para a direita do Senhor, isto é, permanecerão no Planeta terreno, prestes a tornar-se um dos mundos superiores. Os maus se verão colocados à sua esquerda: serão mandados para os lugares de trevas, isto é, serão primeiramente submetidos à expiação na erraticidade, depois rechaçados para planetas inferiores. Assim se operará a separação do joio e do bom grão, que completará a depuração da Terra." Da página 326 do mesmo livro extraímos: "...Sede, portanto, do número dos justos, que hão-de ser salvos, isto é: do número dos que, em vez de serem rechaçados para mundos inferiores, serão admitidos a acompanhar a marcha ascensional do espírito do vosso planeta regenerado." Do Livro "MENSAGENS DO ASTRAL", já citado, páginas 169/170: PERGUNTA - Tendes falado, também, em sua "sucção psicomagnética" como sendo uma outra função do referido astro. Em que consiste essa sucção? RAMATIS - À medida que os Espíritos forem desencarnando, serão selecionados no Espaço sob a disciplina profética do "julgamento dos vivos e dos mortos", isto é, dos que já se acham no Além e daqueles que ainda estão na Terra, mas já assinalados pela efervescência do magnetismo nocivo e sintonizados com o do astro intruso. Ele é, com já vos temos dito, o "barómetro" aferidor dos esquerdistas e direitistas do Cristo. O seu papel é o de atrair para o seu bojo etéreo-astral todos os desencarnados que se sintonizam com a sua baixa vibração, pois, analogamente às limalhas de ferro quando atraídas por ferro magnético, esses Espíritos terrícolas desregrados, denominados "pés de chumbo" — porque realmente estão chumbados ao solo térreo pelas suas vibrações densas — ver-se-ão solicitados para a aura do orbe visitante. Essas entidades atraídas para o astro intruso serão os egoístas, os malvados, os 55 hipócritas, os cruéis, os desonestos, os orgulhosos, tiranos, déspotas e avaros; estarão incluídos entre eles os que exploram, tiranizam e lançam a corrupção. Não importa que sejam líderes ou sábios, cientistas ou chefes religiosos; a sua marca, ou seja o selo "bestial", está identificada com o teor magnético do planeta primiti/o. Eles irão situar-se numa paisagem afim com os seus estados espirituais; ercontrarão o cenário adequado aos seus despotismos e degradações, pois o habitante desse orbe encontra-se na fase rudimentar do homem das cavernas; mal consegue amarrar pedras com cipó, para fazer machados! A Terra será promovida à função de Escola do Mentalismo e os desregrados, ou os esquerdistas do Cristo, terão que abandoná-la, por lei natural da evolução. O planeta primitivo é o seu mundo eletivo, porque já lhes palpita sincrónicamente no âmago de suas próprias almas; apenas hão de revelar, em nova forma física, as ideias e impulsos bestiais que lhes estão latentes no íntimo. PERGUNTA - Essa atração será violenta? RAMATIS - Não avalieis as soluções siderais com a pobreza do vosso calendário, porquanto já estais vivendo essa atração. Gradativamente ela se exerce em correspondência com o estado vibratório de cada Espírito. Muitos malvados, que têm sido verdadeiros demónios para a civilização terrena, já denunciam em suas almas aflitas e desesperadas o apelo implacável do planeta higienizador da Terra! Legiões de criaturas adversas aos princípios cristãos sentem-se acionadas em seu psiquismo inferior e rompem as algemas convencionais da moral humana, lançando-se à corrupção, à devassidão, ao roubo organizado e ao caos da cobiça. É o momento profético das definições milenárias; todo o conteúdo subvertido do espírito virá à tona, excitado pelo magnetismo primitivo do planeta intruso! É necessário que todos tenham a sua oportunidade derradeira; revelarem-se à direita ou à esquerda do Cristo! E a profética figura da "Besta" do Apocalipse se fará visível, na soma das paixões humanas que hão de explodir sob o estímulo vigoroso desse astro elementar. E, como a Lei é imutável e justa, cada um será julgado conforme as suas obras, pois a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória." Só nos compete lembrar que a primeira edição de "Mensagens do Astral" veio a lume no ano de 1956. Do livro "OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, 9a. edição da LAKE - Livraria Allan Kardec Editora Ltda., página 164: "...Por outro lado, quando se aproximar," - o autor está escrevendo sobre o astro intruso - "também sugará da aura terrestre todas a¿ almas que se 56 afinem com ele no mesmo teor vibratório de baixa tensão; ninguém resistká à força tremenda de sua vitalidade magnética; da Crosta, do Umbral e das Trevas nenhum Espírito se salvará dessa tremenda atração e será arrastado para o bojo incomensurável do passageiro descomunal." Do livro "PESCADORES DE ALMAS" de Waltória Kaminski, 2a. edição da LISGráfica e Editora Ltda., prefácio de Rembrandt (psicografado), página 8: "...Estamos no momento delicado da seleção final pela qual passa o planeta Terra, em vias de transformar-se num mundo melhor. "É preciso fazer brotar do fundo de nós mesmos o desejo do bem para que possamos merecer a graça de retornarmos à Terra dos tempos novos..." As transcrições de diversos livros que acabamos de fazer, onde os autores, baseados em seus estudos, comentam sobre a separação entre aqueles que, diante das divinas leis de amor são classificados em "bons" e "maus", por ocasião do clímax dessa separação, dispensam quaisquer outros comentários ou análises, pois já, de si mesmos, são minuciosos, claros e diretos. 57 DEPOIS DA TEMPESTADE As transcrições que faremos a seguir, antes do resumo que encerrará este apanhado de informações sobre o final dos tempos, trata do que virá depois da grande separação. Todos os profetas e evangelistas falaram sobre este futuro da humanidade que estamos vivenciando, incluindo, sempre, predições sobre a situação dos terrícolas após a passagem da tempestade. De Isaías (51:3,65:17,65:19 e 65:20 e 65:20), extraímos o seguinte: "Do deserto que ela se tornou ele fará um éden e da sua estepe um jardim do Senhor...Pois eu vou criar novos céus e uma nova Terra; o passado não será mais lembrado, não volverá mais ao espírito... doravante aí não se ouvirá mais o ruído de soluços nem de gritos... aí não morrerá nenhum infante nem ancião que não haja completado seus dias." "UM NOVO ÉDEN," "O JARDIM DO SENHOR" É a instalação do Reino de Deus na Terra, onde, os que nela permanecerem, viverão num paraíso; "NOVOS CÉUS E NOVA TERRA" Expressão repetida diversas vezes pelos antigos profetas e por Jesus, refere-se, sem dúvidas, à nova paisagem celeste decorrente da mudança na órbita de nosso planeta e à geografia renovada com alterações de mares, oceanos, rios, montanhas, cordilheiras, lagos, praias etc. e provavelmente, com clima e condições atmosféricas mais regulares em decorrência da verticalização do eixo da Terra; 58 "O PASSADO NÃO SERÁ MAIS LEMBRADO, NÃO VOLVERÁ MAIS AO ESPÍRITO" Diz do passado cármico, das dívidas de anteriores encarnações, que serão apagadas, não da memória eterna do homem, mas de seu psiquismo onde lhe são registrados, vibratoriamente, todos os débitos. A salutar esponja que refrigerará as consciências dos salvos, serão as dores, as angústias e os traumas vividos nos momentos dramáticos da grande separação, nos dois lados da vida, bem como as árduas fadigas e lutas para a reconstrução de tudo o que for necessário para a manutenção da nova ordem, sob a ótica do amor, da fraternidade, da paz; "NÃO SE OUVIRÁ MAIS O RUÍDO DE SOLUÇOS NEM DE GRITOS" Não mais haverá o pranto do abandono, o grito do desespero, o soluço das injustiças, o gemido das perseguições, o pavor dos crimes, o medo da insegurança, a tristeza da fome e a loucura da sociedade que leva uma grande parcela de seu próprio corpo à miséria, tanto económica quanto moral. "AÍ NÃO MORRERÁ NENHUM INFANTE NEM ANCIÃO QUE NÃO HAJA COMPLETADO SEUS DIAS" A visão do grande profeta Isaías, atingia, com esta afirmativa, o Reino de Deus já instalado na Terra. Livres das doenças, porque sem débitos diante da Lei, os futuros habitantes do Remo de Deus na Terra não conhecerão a mortalidade infantil nem conviverão com degradações físicas dos adultos, decorrentes do mau uso de suas possibilidades genéticas, que levam seu autor à desencarnação prematura. Na visão do Profeta, nem mesmo um acidente ocorreria, nessa humanidade do futuro, que pudesse levar a morte física a um de seus habitantes e a dor e a saudade a uma família prematuramente enlutada. Diante, contudo, do mundo em que hoje vivemos, é muito difícil imaginar uma organização social com tamanha perfeição. De qualquer maneira, ao que nos parece, foi essa a visão do Profeta. Do Evangelho de Lucas (21:28 e 21:31) transcrevemos as profecias do Mestre dos mestres: "Ora, ao começarem estas cousas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima. Assim também, quando virdes acontecer estas cousas, sabei que está próximo o Reino de Deus1'. 59 Di Segunda Carta de Pedro (3:13): "Nós, porém, ¿egundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova Terra, nos quais habita a justiça". De "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, Cap. XX, item 5, segundo parágrafo, pag. 329,91a. edição da Federação Espírita Brasileira: "Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamente é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: "Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus." (O Espírito da Verdade - Paris, 1862). De mensagem de Emmanuel, psicografada por Francisco Cândido Xavier, em 02.01.1940, publicada pela Federação Espírita Brasileira em "O REFORMADOR" de janeiro de 1940, página 21 (grifos nossos): "...Podemos adiantar ainda que, nos planos espirituais mais próximos da Terra, se organizam núcleos devotados ao bem e à verdade, sob a égide do Senhor, de maneira a preparar-se a mentalidade evangélica esperada para o milénio futuro depois da grande ceifa em que o orbe terá de renovar seus caracteres. É natural que esses núcleos de entidades amorosas e sábias se aproximem das coletividades que já conseguiram realizar as melhores edificações no terreno definitivo da construção espiritual. A Europa, nas suas expressões de decadência, não conseguiria receber semelhantes vibrações, numa hora destas, em que o velho mundo ouve, amargurado, os mais dolorosos ais do Apocalipse." "É por essa razão que os Espíritos do bem e da sabedoria buscam a América, para continuação da tarefa sagrada e, muito particularmente, o Brasil, dentro da sua incontestável missão de difundir o Evangelho pelo mundo, d¿ modo a edificar-se o homem do futuro nas mais consoladoras verdades celestiais." Do livro "SERMÃO DA MONTANHA", de Rodolfo Calligaris, 6a. edição da Federação Espírita Brasileira, página 15 (grifos nossos): "...A parar do terceiro milénio, passarão a reencarnar neste mundo apenas as almas que hajam demonstrado firmeza no bem, e, livres daqueles que 60 lhes quebravam a harmonia, conhecerão uma nova era de paz e de felicidade, concretizando-se, assim, a promessa do Cristo:"Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra. "(Mateus, 5:4)". Do livro "OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, 9a. edição da LAKE-Livraria Allan Kardec Editora Ltda., páginas 164/165: "...Mas, passados os tormentosos dias, os pólos se tornarão novamente habitáveis e a Terra se renovará em todos os sentidos, reflorescendo a vida humana em condições mais perfeitas e mais felizes. A humanidade que virá habitá-la será formada de Espíritos mais evoluídos, já filiados às hostes de Cristo, amanhadores de sua seara de amor e de luz, evangelizados, que já desenvolveram em apreciável grau as formosas virtudes da alma que são atributos de Discípulos." Do livro "GRANDES MENSAGENS", de Pietro Ubaldi, 4a. edição da Fundação Pietro Ubaldi, página 23: "Depois disso, a humanidade, purificada, mais leve, mais selecionada por haver perdido seus piores elementos, reunir-se-á em torno dos desconhecidos que hoje sofrem e semeiam em silêncio; e retomará, renovada, o caminho da ascensão. Uma nova era começará: o espírito terá o domínio e não mais a matéria, que será reduzida ao cativeiro. Então, aprendereis a ver-nos e escutar-nos; desceremos em multidão e conhecereis a Verdade." De "PROFECIAS", o outro livro de Pietro Ubaldi consultado, já citado anteriormente, página 227: "Se, na penetração do Evangelho na vida, pouco se fez em dois mil anos, ele continua, entretanto, a amadurecer nas almas, continua sua obra de elaboração interior, para que o mundo ressurja, na aurora do terceiro milénio, tal como Cristo ressurgiu na aurora do terceiro dia." Do livro "A CAMINHO DA LUZ",de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, 13a. edição da Federação Espírita Brasileira, capítulo XXV, página 215: "Bem-aventurados os pobres, porque o reino de Deus lhes pertence! Bemaventurados os que têm fome de justiça, porque serão saciados! Bem61 aventurados os aflitos, porque chegará o dia da consolação! Bem-aventura-dos os pacíficos, porque irão a Deus!" "Sim, porque depois da treva surgirá uma nova aurora. Luzes consoladoras envolverão todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento. O homem espiritual estará unido ao homem físico para a sua marcha gloriosa no Ilimitado, e o Espiritismo terá retirado dos seus escombros materiais a alma divina das religiões, que os homens perverteram, ligando-as no abraço acolhedor do Cristianismo restaurado." A ÚLTIMA TRANSCRIÇÃO Trata-se da informação trazida pelo Espírito Áureo, no livro "UNIVERSO E VIDA", psicografia de Hernani T. Sant'Anna, edição da Federação Espírita Brasileira, Capítulo XE, páginas 168/169, que, como muitas outras, dispensa qualquer comentário: "...Os filhos da iniquidade, empedernidos no crime e cristalizados no orgulho, deixarão as fronteiras fisiomagnéticas da Terra, em demanda das novas experiências a que fizeram jus; mas aqui, no Orbe aliviado e repleto de escombros, uma nova idade de trabalho e de esperança nascerá, ao Sol da Regeneração e da Graça." "Nesse mundo renovado, a paz inalterável instituirá um progresso sem temores e uma civilização sem maldade. Os habitantes do Planeta estarão muito longe da angelitude, mas serão operosos e sinceros, um tanto sofredores e endividados para com a Eterna Justiça, mas fraternos e dóceis à inspiração superior." "A subsistência exigirá esforços titânicos na agricultura dignificada e no trato exaustivo das ág<ias despoluídas, mas não haverá penúria nem fome." "Por algum tempo, muitos corações sangrarão no sacrifício de missões ásperas, na solidão e no silêncio dos sentimentos em penitência; mas não existirá desespero nem prostituição, viciações letais ou mendicância, infância carente ou velhice abandonada. A morte fisiológica continuará enlutando, na amargura de separações indesejadas, mas o merecimento e a intercessão poderão proporcionar periódicos reencontros das almas amantes e saudosas, em fraternizações de fenomenología sublimai." "A Ciência alcançará culminâncias jamais sonhadas... Naves esplêndidas farão viagens a esferas superiores e as excursões de férias serão comuns, a mundos de sempiterna beleza."__ 62 "Necessidades e fraquezas não poderão ser extirpadas por milagre, mas os frutos venenosos da maldade jamais chegarão aos extremos do homicídio." "O Estatuto dos Povos manterá o Parlamento das Nações, onde Excelsos Espíritos materializados designarão, em nome e por escolha do Cristo, os Governadores da Terra." "Sem monarquias, oligarquias, plutocracias ou democracias, haverá apenas uma Espiritocracia Evangélica, fundada no celeste platonismo do mérito maior, do maior saber e da maior virtude, para o serviço mais amplo e mais fecundo." "Reinarão na Terra a Ordem e a Paz." "O Amor Universal será Estatuto Divino." "A Terra pertencerá aos mansos de coração..." 63 RESUMO FINAL Aproxima-se da Terra um planeta, com uma órbita muito longa, que passa pelo nosso céu com intervalos de milhares de anos; ele caminha em di-reção à órbita da Terra perpendicularmente, o que tem dificultado sua localização; já foi, porém, detectado por alguns astrónomos, que emitiram, a seu respeito, diversas opiniões, inclusive a de que pode tratar-se de uma estrela anã-marrom, ou um buraco negro. Possui esse astro um volume rígido pouco maior que o da Terra, porém com massa e campo magnético de mais de 3000 vezes os do nosso planeta. Ele deverá ser visto, pela primeira vez, provavelmente por ocasião de algum eclipse do sol e possivelmente ainda neste século, 129U dias (ou três anos e sete meses) antes do início das grandes tragédias, quando então estará passando a alguns milhões de quilómetros da Terra. Em sua passagem, ele desestabilizará a Terra, alterando-lhe o eixo de inclinação e a própria órbita. É claro que não ficará pedra sobre pedra; nenhuma construção resistirá. Esse caos físico da Terra deverá durar em torno de uns 7 dias. Em toda essa tragédia ("nunca houve antes uma igual, nem haverá outra depois"), perecerão dois terços da humanidade; apenas a terça parte continuará vivendo fisicamente na crosta planetária. A separação entre bons e maus será automática. O astro intruso, com teor vibratório de qualidade inferior e com sua aura varrendo a Terra, atrairá, para seus continentes astrais, todos aqueles desencarnados que estiverem vibrando em seu padrão, ou seu diapasão. Assim, não correm o risco de serem arrastados pelo "monstro", aqueles que estejam em condições de viver fraternalmente e já carreguem em suas aunas vibrações de amor ao semelhante. Os que ainda permanecerem afundados em seu próprio egoísmo, seguirão o planeta, atraídos por uma força irresistível, sem, porém, constrangimentos, pois que a inferioridade destes se regozijará com a inferioridade que os magnetiza e chama. 64 Para que essa atração ocorra, é necessário que o ser haja desencarnado, deixando seu corpo físico na Terra. Metade da população que hoje vive em nosso mundo (nos dois planos da vida), deixará nosso planeta em direção àquele mundo inferior. A Terra ficará, então, saneada, livre dos egoístas, dos cínicos, dos malvados, dos hipócritas, dos homicidas, dos tiranos, dos déspotas, dos avaros, dos corruptos. E isto, tanto no plano físico quanto no plano espiritual. Não mais nascerão na Terra seres humanos que não estejam sintonizados com o bem. Não mais haverá obsessões, pois não mais haverá obsessores. Os sobreviventes da grande tragédia entrarão no terceiro milénio com a Terra devastada, e as dificuldades de construção e reconstrução serão imensas; contudo, as motivações ao trabalho, a fraternidade reinante e a ausência dos maus, multiplicarão as forças daqueles que herdaram a Terra, agora já pronta para instalação do Reino de Deus. Doravante iião mais fome, nem miséria, nem abandono, nem exploração; crime de qualquer qualificação, nunca mais; um homicídio, ato que jamais será imaginado por aqueles habitantes; os governantes dos povos serão os de maior saber, de mais vastas virtudes, os mais aptos; o amor ao semelhante será o padrão de conduta de todos, sem exceção; a busca da igualdade de condições materiais de vida, será uma constante; os ensinamentos mais sublimes virão, direta e ostensivamente, de entidades superiores. A ciência e a tecnologia terão desenvolvimentos atualmente inimagináveis e visarão, exclusivamente, o bem estar da humanidade. A Terra deixará de ser um planeta de "provas e expiações", conforme a classificação espírita, passando a i'm planeta de "regeneração". Assim será o início da instalação do Reino de Deus em nossc mundo. 65