SEMINÁRIO TEMÁTICO VIII: TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
AULA 01: CONCEITOS SOBRE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
TÓPICO 03: INOVAÇÃO DERIVA DE “NOVO”, MAS PARA QUEM?
O Manual de Oslo, por exemplo, em sua 2ª edição (ainda com foco
apenas em inovações de tecnologia de processo e produto TPP), fazia a
distinção entre os graus de novidade de uma inovação:
■ novo para o mundo (máxima),
■ novo para um país ou região (intermediária) e
■ novo para a empresa (mínima),
Apesar da ampliação do conceito esta distinção nos ajuda a entender o
grau de novidade mesmo para inovações organizacionais e de marketing.
Assim podemos analisar o grau de novidade conforme ilustra a Figura 2.
FIGURA 2
OLHANDO DE PERTO
Vale destacar que além dessa versão ainda não considerar as
inovações de marketing e organizacionais, posteriormente foram incluídos
três conceitos para a originalidade das inovações: nova para o mercado,
nova para o mundo e inovações capazes de provocar rupturas (OECD,
1999, p. 24).
Dentro desta perspectiva podemos utilizar os estudos de Griffin e Page
(1996 apud CARVALHO, 2009 p 15) que estruturam uma matriz que
relaciona o tipo de desenvolvimento com a grau de novidade, para a empresa
e para o mercado, como ilustra a Figura 3.
FIGURA 3
OLHANDO DE PERTO
Como Carvalho (2005) destaca, como observa-se na Figura 3 que a
inovação que apresenta baixo grau de inovação para a empresa também
tende a ter baixa novidade para o mercado, com foco em redução de
custos, podendo apresentar algum grau de novidade para o mercado no
caso de reposicionamento.
NOVIDADE, COMPLEXIDADE, URGÊNCIA E TECNOLOGIA
Alguns autores vão além da preocupação apenas com a novidade.
Shenhar, em seus estudos sobre inovação em projetos de desenvolvimento,
sugere um modelo prático de "diamante" (<em>(Practical NCTP 'Diamond'
Model)</em>) , composto de quatro dimensões: novidade, complexidade,
tecnologia e urgência (pace ~ passo, ritmo, velocidade), conforme ilustra a
Figura 4.
FIGURA 4
Os autores propõem conjuntos de elementos em cada dimensão, que
acabam por estruturar uma escala nos mesmo.
1 - NOVIDADE
2 - COMPLEXIDADE
3 - TECNOLOGIA
4 - URGÊNCIA
1. NOVIDADE
Quão novo é o produto para o mercado:
• Derivativo: Melhoria de um produto existente
• Plataforma: Uma nova geração de uma linha existente do produto
• Inédito: Um produto totalmente novo
2. COMPLEXIDADE
Quão complexo é o produto:
• Montagem: Subsistema, desempenha uma função única
• Sistema: Coleção de subsistemas, múltiplas funções
• Arranjo: Grande coleção de sistemas diversos com uma única missão
3. TECNOLOGIA
Extensão de nova tecnologia para a empresa utilizada pelo projeto:
• Baixa: Nenhuma nova tecnologia é utilizada • Média: Alguma nova
tecnologia
• Alta: Toda ou a maioria nova, mas tecnologias existentes
• Super alta: Necessárias tecnologias não existentes na iniciação do projeto
4. URGÊNCIA
Urgência do projeto e disponibilidade de planejamento do tempo:
• Regular: Atrasos não críticos
• Rápido-competitivo: Prazo para o mercado é importante para os negócios
• Tempo-crítico: Prazo de conclusão é crucial para as janelas de
oportunidade de sucesso
• Urgente: Projeto em risco-solução imediata é necessária
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Marly Monteiro. Inovação. Estratégias
Comunidades de Conhecimento. São Paulo: Atlas 2009.
FONTES DAS IMAGENS
Responsável: Prof. José Carlos Lázaro da Silva Filho
Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
e
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O Manual de Oslo, por exemplo, em sua 2ª edição