Conexão Anglo
Publicação interna da Anglo Ferrous Brazil
outubro / novembro 2009 >> nº 03 >> ano 01
Pesquisa de Clima
Saiba o que está bom, o que precisa mudar e como fazer a sua parte >> Pág. 6
EFA
One Anglo Supply Chain
Área de Suprimentos atuará globalmente
e de maneira integrada >> Pág. 9
Transportando minério e pessoas no Amapá >> Pág. 8
índice
editorial
Prazer em conhecer
Sondagem define o potencial de
exploração das jazidas >> 04
Energia,
colaboração
e família
Valores em ação
Colaboração entre a Anglo
Ferrous Brazil e a Anglo Metais
Básicos brasil >> 10
A Pesquisa de Clima da Anglo Ferrous Brazil contou com
grande adesão de nossos colaboradores e seus resultados,
de um modo geral, foram bastante positivos. A segurança
foi um dos destaques, reafirmando o forte compromisso de
nossa equipe com os valores do Grupo Anglo American e sua
capacidade de vencer desafios. Estas duas características,
somadas ao orgulho de trabalhar na empresa, foram definidas
na pesquisa por um termo bastante interessante: energia.
Nossa equipe possui energia – o que de certo modo já
sabíamos –, mas precisamos canalizar esse atributo de forma
mais eficiente, como também nos mostrou a pesquisa. E é
o que faremos daqui para frente. Na matéria de capa, você
poderá ler mais sobre os resultados da pesquisa de clima, bem
como, refletir sobre o desempenho de nossa empresa. Nosso
desafio, agora, será desenvolvermos, juntos, planos de ação
de forma a mantermos os bons resultados e melhorarmos os
pontos mais frágeis.
Colaboração, um ponto de melhoria também identificado na
pesquisa, foi o tema escolhido para abordarmos na editoria
Valores em Ação. Dentro do espírito One Anglo – Uma Só
Anglo, o Grupo busca cada vez mais sinergias entre suas
diversas unidades de negócio, atuando de modo integrado,
como uma empresa única e global. A experiência da última
Exposibram, em que a Anglo Metais Básicos Brasil e a Anglo
Ferrous Brazil compartilharam um mesmo stand, foi bastante
rica e bem sucedida neste sentido.
Por falar em colaboração e trabalho em equipe, a editoria
Família traz uma matéria bastante interessante, inspirada em
nossas crianças. Selecionamos boas histórias de três colegas
de trabalho que se valem de brincadeiras tradicionais para
educar e distrair seus filhos. E foi pensando nos filhos de
nossos colaboradores que desenvolvemos o encarte especial
desta edição de nosso jornal. Com ele, nossas famílias podem
se divertir e aprender um pouco mais sobre a atividade de
mineração e sobre a nossa empresa.
Boa leitura e bom divertimento a todos,
Vida
Um pouco mais
de movimento >> 11
eu Sou Anglo
Um colaborador na bateria da
verde e rosa >> 11
Família
Brincando e aprendendo
como antigamente >> 12
>> expediente
Coordenação >> Luciana Teixeira (RJ) - Departamento de Comunicação Interna
Contribuição >> Alexandra de Luca (AP), Kelly Paulino (AP),
André Elesbão (BH), Fernanda Zebral (BH), Priscila Souza (BH),
Silvia Nunes (BH), Fabiana Gimenez (RJ), Mariana Hingel (RJ) E
Comitês de Comunicação Interna
Realização e edição >> Ventana Projetos em Comunicação
Arte e Projeto Gráfico >> Híbrida
Jornalista responsável >> Gustavo de oliveira (Mtb RJ 18.876)
Revisão ortográfica >> Ana Cristina Sá
Fotos >> Ronaldo Guimarães (MG), Fabiano Menezes (AP) e Kelly
Paulino (AP)
Foto de capa >> Fabiano Menezes
Legenda de capa >> Vera Cruz Favacho Ramos (à esquerda, de óculos escuros) e João Diniz
Impressão >> Stamppa
Tiragem >> 1.700 exemplares
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta
publicação sem autorização prévia da Anglo Ferrous Brazil.
Pedro Borrego,
Diretor Administrativo
conexão anglo >> outubro / novembro >> 02
Jornal impresso em papel certificado.
Empresa associada à
mundo
Tecnologia
que aproxima
Los Bronces
T
rês dos maiores investimentos atuais da Anglo American estão na América
do Sul. O sistema Minas-Rio, a exploração de níquel em Barro Alto (tema da
última nota da editoria Mundo Anglo) e a expansão da mina de cobre de Los
Bronces, no Chile. Quando todos estiverem em pleno funcionamento, serão responsáveis por metade do faturamento do Grupo no mundo.
A mina de Los Bronces opera a céu aberto e fica localizada em uma região metropolitana do Chile, a 65 km de Santiago e 3.500 metros acima do nível do mar. Em
2008 produziu 238.000 toneladas de cobre fino e 2.6 toneladas de molibdênio. A
mina é ligada à usina de flotação Lãs Tórtolas por uma tubulação de 56 km de extensão, pela qual o minério triturado é transportado. Para toda essa operação, Los
Bronces conta com cerca de 1700 trabalhadores, entre próprios e terceiros.
Está em curso um projeto de desenvolvimento e ampliação da capacidade produtiva
da mina. Serão construídas novas instalações de trituração, transporte e concentração do mineral. O projeto foi criado para aumentar a capacidade instalada de Los
Bronces em 170.000 toneladas, para poder produzir mais de 400 mil toneladas de
cobre fino por ano. G
Estação de Bombas 2
N
o sistema Minas-Rio, entre a futura planta de beneficiamento em Conceição
do Mato Dentro-MG e o Porto do Açu em São João da Barra-RJ, existe uma
barreira natural que atinge, em alguns pontos, mais de mil metros de altitude
denominada Serra da Mantiqueira. Para que a polpa de minério produzida tenha forças
para ultrapassar essa barreira e seguir pelo mineroduto, está em construção a Estação
de Bombas 2 – EB2, localizada na cidade mineira de Santo Antônio do Grama.
A obra foi iniciada em setembro de 2008 e a previsão é de que seja concluída em
dezembro de 2011. Encerrada a primeira etapa, que consistiu da terraplanagem do
platô, iniciou-se a obra civil em outubro, com escavações das fundações das bases
civis que vão possibilitar a montagem dos equipamentos eletromecânicos. Cerca de
300 pessoas estão envolvidas na construção dessa estação que possui um tanque
com agitador para remistura, dez bombas, uma subestação rebaixadora que receberá
energia de uma linha de transmissão de 138kv e uma barragem de emergência cujo
reservatório terá a capacidade de 220.000 m³ para armazenamento de água e polpa
de minério de ferro. “A barragem de emergência encontra-se em fase final de terraplenagem e seu objetivo é garantir manobras operacionais recebendo descargas de
polpa caso ocorra algum tipo de problema na linha tronco, propiciando a limpeza do
mineroduto e bombas, mantendo o sistema principal íntegro”, explica José Dias Filho,
gerente de Engenharia do Mineroduto. O mineroduto prevê, ainda, a instalação da
estação de bombas EB1 no km 0, localizada em Conceição do Mato Dentro-MG, que
é responsável pelo impulso inicial da polpa rumo o Porto do Açu. G
A
lém de se adequar à cultura do Grupo Anglo American, a Anglo Ferrous
Brazil vem se ajustando também aos
padrões tecnológicos do Grupo. Os objetivos
são uma maior integração com as unidades,
a padronização, a qualidade dos serviços e
a redução de custos. “A proposta é oferecer uma plataforma tecnológica que favoreça
esses aspectos e aproxime as várias partes
da empresa dentro do espírito One Anglo –
Uma Só Anglo”, explica a gerente geral de
TI, Siham Hassan.
Para tanto, foi elaborado um amplo programa
de ações, com o apoio do Grupo IM (Information Manegement - em português, Gestão da
Informação, nome utilizado para o equivalente
a nossa área de TI). A primeira etapa, relativa
à conexão a rede de telecomunicações, já foi
concluída. Os colaboradores podem acessar a
rede e trabalhar nos escritórios da Anglo American, em qualquer parte do mundo, como se
estivessem em seu próprio posto de trabalho,
com todas as funcionalidades, como acesso ao
Outlook e a todas pastas e diretórios.
A empresa também deu passos importantes
do ponto de vista da segurança das informações e da redução de custos, com a instalação de um novo software de antivírus e
o outsourcing de impressão (gestão de impressoras). A medida permite um melhor gerenciamento das impressões, com base nos
tarifadores instalados em cada máquina e na
geração de relatórios mensais.
Além disso, em breve as ligações feitas da
Anglo Ferrous Brazil para os escritórios de
Londres, Chile e São Paulo serão gratuitas,
mudaremos nosso email para @angloamerican.com.br e o sistema Microsiga será substituído pelo SAP.
Veja abaixo alguns dos serviços
já disponíveis:
• Acesso à rede da Anglo Ferrous Brazil em
qualquer unidade do Grupo;
• Vídeo-conferência sem custo para os
escritórios da Anglo que possuam a mesma
tecnologia;
• Acesso direto a aplicativos como
HFM (Hyperion Financial Management),
AngloTrack e CURA;
• Utilização de áudio-conferência utilizando
0800. G
notas
prazer em
conhecer
Informações fundamentais
Sondagem define qual o potencial de exploração das jazidas de minério de ferro
S
E é a Exploração que “acha”
as novas reservas de minério de ferro (como vimos na
edição anterior), cabe à Sondagem
fornecer informações para definir se um novo depósito pode ser
transformado em jazida “A Sondagem tem como principal função
avaliar a quantidade e a qualidade
do minério existente em uma determinada região”, explica Geraldo
Sarquis, coordenador de Geologia
do sistema Minas-Rio. Informações
cuja influência vai muito além da
área das minas, chegando às bolsas de valores. “Para se conseguir
investimentos em uma mineradora, são feitas várias campanhas
de sondagens em que se estima o
potencial das jazidas. Essas campanhas são avaliadas por auditores, que repassam os dados aos
acionistas”, explica Charles Nascimento, supervisor de Sondagem
do sistema Amapá.
Definidos os alvos de maior potencial, uma equipe da Sondagem – formada por sondadores,
auxiliares, técnicos de mineração,
supervisores e geólogos – inicia o
seu trabalho. Para isso, são abertos os acessos e as chamadas
praças, locais em que são instaladas as sondas. “Antes, solicitamos aos órgãos de Meio Am-
biente as licenças necessárias. A
preocupação ambiental, por sinal,
é uma constante”, afirma Charles
Nascimento, lembrando que todos
os colaboradores envolvidos são
orientados para manter o local de
sondagem organizado, armazenar
o lixo de forma seletiva e descartar de acordo com a legislação
ambiental. “É fundamental desenvolver a atividade com segurança
e seguir uma programação bem
planejada, com empresas que ofereçam tecnologia e experiência”,
define Geraldo Sarquis.
Em ação, as sondas – grandes
perfuratrizes equipadas com brocas de diamante, capazes de perfurar o solo, cortar todos os tipos
de rocha e atingir até 1.200m de
profundidade – trazem para a superfície o chamado testemunho
de sondagem, uma amostra do
que há no subsolo. As operações,
chamadas de Campanhas de Sondagem, são divididas em sondagem exploratória e sondagem de
avaliação. Na sondagem exploratória, a distância entre os furos é de aproximadamente 500m
a 1.000m. Já na sondagem de
avaliação, que é realizada após
a confirmação de mineralização,
reduz-se o espaçamento entre
os furos objetivando avaliar com
o máximo de certeza as reservas
minerais. “Neste caso, o espaçamento entre os furos pode chegar
em alguns casos a 50 metros”,
explica Geraldo.
Terminado o trabalho, os dados
coletados nos furos – como tipos
de rochas e características do minério – são utilizados no modela-
Principais operações de Sondagem
da Anglo Ferrous Brazil
Sistema Amapá
• Pedra Branca do Amapari: Programa visando ampliar o volume
das reservas existentes e aumentar o conhecimento das áreas
a serem lavradas.
Sistema Minas-Rio
• Serra do Sapo (Conceição do Mato Dentro): principal depósito
do projeto
• Região de Itapanhoacanga (Alvorada de Minas) e Serro: projeto
visando transformar e aumentar os recursos minerais em reservas.
conexão anglo >> outubro / novembro >> 04
mento geológico. “É nessa etapa
que serão definidos e estimados
os teores, volume e tonelagem
de minério existente em uma jazida”, revela Rui Barbosa, Geólogo
do sistema Amapá.
Por suas características e pelo
ambiente em que é desenvolvido,
o trabalho de Sondagem tem certo
clima de aventura. “Somos desbravadores, os primeiros a chegar
depois da exploração. Um ditado
diz que a Sondagem é a mãe de
toda mina que é aberta. A cada
dia estamos em um lugar diferente, nosso escritório é no meio da
floresta densa, respirando o cheiro
da mata”, orgulha-se Rui Barbosa. “É uma barra, mas é compensador, depois que a gente vê uma
mina ser aberta, como ocorreu
aqui no Amapá”, completa Rui.
Para Geraldo Sarquis, um programa de sondagem às vezes faz
lembrar um reality show: “Quando a sondagem é em áreas remotas e os colaboradores ficam
acampados, longe da família, costumo dizer que essas operações
são uma mistura de “Big Brother”
com “No limite”, diverte-se.
“Você tem que participar, ativamente, da integração entre as
equipes para manter o time motivado e cumprir o programa”. G
Natureza preservada
Gestão ambiental é tratada com total atenção no Grupo Anglo
N
esta edição do Conexão Anglo, destacamos a política que
fornece as diretrizes para a gestão ambiental de todas as
atividades do Grupo Anglo: o Anglo Environmental Way,
em português Política de Gestão Ambiental. São três, em linhas
gerais, os seus princípios básicos. A premissa de impacto zero, que
busca mitigar e minimizar impactos decorrentes de nossas operações; a não repetição de incidentes, práticas inadequadas e não
conformidades; e a aplicação de normas e regras que formam um
conjunto de procedimentos compartilhados por todo o Grupo.
Na Anglo Ferrous Brazil, o Environmental Way é a base que impulsiona iniciativas como os rígidos programas de controle ambiental,
com monitoramento constante dos diferentes requisitos estabelecidos pela legislação brasileira. Há ainda o investimento em programas de educação ambiental e forte interação com a comunidade.
No Minas-Rio, empresas especializadas com equipes de fiscalização ambiental acompanham a execução das obras, identificando
não conformidades e participando na elaboração de planos de ação
visando promover medidas corretivas. Para o desenvolvimento das
obras, atividades de controle ambiental são realizadas antes do
inicio das obras como, por exemplo, atividades de resgate de espécies de fauna e flora que serão importantes para o Programa de
Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD após a conclusão das
obras. “Atuamos também na esfera cultural, com a realização de
resgate arqueológico e educação patrimonial nas áreas diretamente
afetadas pela instalação/operação da empresa”, diz Flávia Rodrigues, coordenadora de Meio Ambiente.
No Amapá, outro projeto referente ao PRAD vem sendo desenvolvido com sucesso. O viveiro de mudas implantado próximo à mina de
Pedra Branca do Amapari foi criado em 2007 e, hoje, acumula 13 mil
mudas de espécies características do ecossistema amazônico.
Acima, o engenheiro de Meio Ambiente Raul Firmino, na Fazenda Estiva;
abaixo, o assistente de Meio Ambiente Gilvan Pantoja, no viveiro de mudas
de Pedra Branca do Amapari
“O projeto contemplará 60 mil mudas anuais de diversas essências
florestais (nativas) e frutíferas. Listamos as espécies que melhor se
adaptam ao ambiente a ser recuperado. As plantas ficam acondicionadas em nosso viveiro aguardando a liberação das áreas de recuperação”, explica Gilvan Pantoja, assistente de Meio Ambiente.
Outra questão fundamental é a gestão dos recursos hídricos. A determinação do Anglo Environmental Way é que todas as empresas
gerenciem este insumo de maneira integrada. Por isso a Anglo Ferrous Brazil e a Metais Básicos Brasil estão unindo esforços para tratar da questão em âmbito nacional. “Devemos pensar não apenas
nos locais onde agimos, mas nas bacias hidrográficas em que estamos inseridos. A mineração é uma atividade de longo prazo, que
tem a água como recurso primordial. Se nos preocuparmos apenas
com o nosso uso, como estará a disponibilidade para o futuro?”,
analisa José Roberto Centeno, gerente de Recursos Hídricos.
Outra mostra da visão de longo prazo e da filosofia de sustentabilidade do Anglo Environmental Way foram as aquisições da Fazenda
Estiva e da Fazenda Piçarra Azul, em Minas Gerais, reservas de
Mata Atlântica onde ocorrem diferentes tipologias de uso do solo,
fragmentos florestais e campo rupestre. G
Resp.
ambiental
capa
Clima bom, com
energia e segurança
Com bons resultados gerais, nossa
primeira pesquisa de clima mostra que
nossa equipe possui energia, mas temos
dificuldades para canalizá-la
A partir da esquerda (sistema Amapá):
Houston Leandro Ribeiro, João Diniz,
Vera Cruz Favacho Ramos, Luciel da Silva,
Miguel Cortes, Jorge da Silva,
Marcos Moraes e Diego Ferreira
R
ealizada entre os dias 15 e 26 de junho de 2009, a primeira Pesquisa de Clima da Anglo Ferrous Brazil contou com uma
forte adesão de nossa equipe. Mais de 90% do público interno
– dentre colaboradores, PJs e estagiários – respondeu ao questionário que orientou e baseou a etapa inicial do processo de aplicação
da pesquisa. A segunda fase, relativa à divulgação dos resultados,
também já teve início. A partir de agora será elaborado um plano de
ação com base nas oportunidades de melhoria apontadas.
Além da ampla adesão de nossa equipe, que merece todo reconhecimento e agradecimento, podemos destacar também a decisão de
iniciar o processo de gestão de clima organizacional num momento
em que a empresa sequer havia completado o seu primeiro ano de
existência. A iniciativa se deve, segundo o diretor Administrativo
Pedro Borrego, “à convicção do Grupo Anglo American de que o
desempenho global das empresas, em suas mais diversas áreas,
é beneficiado por um clima organizacional positivo e saudável.
Além disso, a pesquisa de clima é uma ferramenta utilizada ao
nível estratégico, globalmente, em todas as unidades de negócio
do Grupo, e com a Anglo Ferrous Brazil não poderia ser diferente.”
explica o diretor.
Sendo assim – embora esta seja a primeira pesquisa de clima realizada em nossa empresa e não tenhamos resultados anteriores
com que compararmos nosso desempenho –, podemos confrontá-
conexão anglo >> outubro / novembro 2008 >> 06
A partir da esquerda (escritório Rio de Janeiro): Marcus Martins, Simone Egypto, Liliane Tucci, Argemiro Bulcão, Thaisa Laffitte, Higor Prudêncio, Adriane Lucas, Marcos Jesus,
Barbara Dametto, Marcelo Monte, Mauro Rocha e Peter White
los com os da nossa divisão de negócios, por exemplo. E a comparação com a Anglo Ferrous Metals nos permite afirmar que o
desempenho da Anglo Ferrous Brazil foi bastante bom, no geral,
com destaque para temas como segurança. O engajamento dos
colaboradores com relação aos procedimentos e processos de segurança ao longo do ano, que já era perceptível internamente, foi
confirmado pela pesquisa. Mas, não foi o único destaque.
Segundo a Hay Group – parceira da Anglo American na área de
gestão de pessoas que desenvolveu e tabulou a pesquisa sob a
coordenação de nossa empresa –, nossa equipe manifesta uma
qualidade essencial para o sucesso de qualquer corporação: ENERGIA. Tópicos como “Sei por que meu desempenho é importante”,
“Dedico tempo tentando melhorar as coisas”, “Eu tenho orgulho
de trabalhar na empresa” ou “Recomendo essa empresa como local de trabalho”, que tiveram uma excelente avaliação, mostram
que as pessoas estão engajadas e vibram positivamente por integrar a equipe da Anglo Ferrous Brazil.
Visão por categoria
As respostas dos colaboradores foram agrupadas em tópicos
relacionados aos valores da Anglo American e aos aspectos que
influenciam o clima organizacional. Os números à direita do gráfico
comparam o desempenho da Anglo Ferrous Brazil com o da Anglo
Ferrous Metals.
Repare! Na maioria dos tópicos, nossos resultados estão acima da
média.
Ótimas notícias. Por outro lado, o que faz da pesquisa de clima
uma ferramenta interessante, dentre outros fatores, é sua capacidade de identificar pontos de melhoria para serem trabalhados e
modificados. “Neste sentido”, lembra Pedro Borrego, “a análise
da Hay Group também revela que não temos canalizado a energia
de nosso pessoal de modo cem por cento adequado. Por algum
motivo, desperdiçamos parte deste potencial ao longo do processo, o que nos cabe agora avaliar e corrigir. E é o que faremos daqui
para frente, dando continuidade ao processo de gestão do clima”,
afirma o diretor.
O primeiro passo “pós-pesquisa” já está em processo. Os resultados estão sendo divulgados de forma transparente por meio
de ferramentas de comunicação interna como o próprio Conexão
Anglo. “Cada colaborador deve refletir sobre os tópicos avaliados,
identificando as oportunidades de aperfeiçoá-los em seu dia-adia. O clima da organização é responsabilidade de todos, independentemente do nível hierárquico”, explica a gerente de Recursos
Humanos, Adriana Guerra. A empresa fará o mesmo ao nível de
gestão, por meio de um plano de ação que será desenvolvido e
implementado com a participação de todos. “A ideia”, segundo
Adriana, “é focar os principais tópicos que oferecem oportunidades de melhorias, estabelecendo ações que estimulem e provoquem mudanças até a próxima pesquisa. Além disso, vamos
também manter atenção aos pontos positivos que precisam ser
mantidos” O processo de gestão de clima será permanente. G
A partir da esquerda (sistema Minas-Rio): Alexandre Seixas Bruno, Lucas
Antônio de Paula e Clésio José das Graças fazem uma alusão bem-humorada ao
mote da pesquisa de clima – “sua voz vai longe”
capa
Logística
O caminho de ferro
Comunidades rurais contam com a EFA para vender sua produção
P
ouco antes das 15h de segunda-feira, o movimento na
pequena parada do km 141, em Nova Canaã, é intenso.
Com caixotes e sacos, Rosa e uma dezena de outros pequenos produtores aguardam a chegada do trem. Quando a composição da Estrada de Ferro Amapá – EFA para, Rosa embarca
os frutos recém-colhidos de sua pequena lavoura e procura lugar
em um dos carros. Serão mais cinco horas até Santana, onde
funciona a Feira do Produtor. É com a feira que Rosa e o marido
sustentam seus cinco filhos.
Rotinas como a de Rosilene Silva da Luz, a Rosa, de 35 anos,
são comuns ao longo dos trilhos da EFA. Operada pela Anglo
Ferrous Brazil, a linha liga Santana a Serra do Navio. Em uma
região em que há poucas estradas, o trem ganha ainda mais
importância e, para muitos, é o único caminho entre a lavoura e
o mercado.
A Estrada de Ferro Amapá começou a ser construída em 1954
e levou cerca de dois anos para ter seus 198km concluídos.
Criada para escoar a produção de manganês da Serra do Navio
pela Indústria e Comércio de Minérios (Icomi), ela iniciou suas
operações em janeiro de 1957. Até 1997, quando terminou a
exploração de manganês, a EFA transportava, em média, 1 milhão de toneladas (MT) por ano.
Entre 1997 e 2005, a Icomi manteve apenas trens de passageiros na ferrovia e, depois, devolveu a concessão para o governo,
que terceirizou sua administração. Em 2006, a concessão da
EFA passou para a MMX e iniciou-se o processo de revitalização
da via permanente, tendo em vista a exploração de minério de
ferro. Em 2008, a MMX foi adquirida pela Anglo Ferrous Brazil.
“Por sua importância, desde a inauguração o transporte de passageiros nunca foi suspenso”, diz Lauro Freitas, gerente da EFA.
“As comunidades utilizam a ferrovia para tudo, de escoar sua
produção agrícola até o transporte de professores da rede pública
da região”, explica.
Os alfaces, pepinos, cheiros verdes e mandiocas de Rosa fazem
parte dessa carga. Todas as segundas, ela embarca para Santana, retornando às quartas. Enquanto isso, Leonardo, seu marido,
cuida da lavoura. “Tenho jeito para o comércio, ele para a terra.
A gente se completa”, diz Rosa. Usuária da EFA há 20 anos, ela
percebe algumas mudanças nos últimos dois anos. “Os trens
agora estão mais limpinhos e têm mais segurança. E a maioria
das estações foi reformada”, reconhece. G
Minério de ferro: o carro-chefe do trem
Como escoar a produção de minério de ferro de um complexo em
plena região amazônica, a quase 200km do porto mais próximo?
A melhor resposta está na ferrovia. Produzindo atualmente 2,9
milhões de toneladas por ano (MTPA) e com capacidade para
chegar a 6,5 MTPA, o sistema Amapá tem nos 198km de trilhos
da EFA, que ligam Pedra Branca do Amapari ao Porto de Santana,
o seu caminho para o mercado.
Desde o início das operações do sistema pela Anglo Ferrous Brazil,
em 2008, a EFA vem acompanhando o crescimento da produção de
minério. Em agosto de 2009, seus vagões transportaram 169.003t;
conexão anglo >> outubro / novembro >> 08
uma operação realizada dentro de rígidos padrões de segurança,
que rendeu ao sistema Amapá uma outra marca importante: cinco
milhões de homens/hora sem acidentes com afastamento. O
crescimento continuou. “Nosso recorde no transporte de minério
de ferro é de setembro de 2009: 282.047 toneladas . Essa marca
indica capacidade real em ritmo de transporte de 3,4 milhões de
toneladas por ano (MTPA) e temos espaço para crescimento com os
investimentos plurianuais.”, orgulha-se Lauro Freitas, atual gerente
da EFA. Ele informa que a meta é elevar a capacidade da EFA para
6,5 MTPA, acompanhando uma possível expansão da mina.
Integração, sinergia e valor
Com o One Anglo Supply Chain , as áreas de Suprimentos atuarão de
maneira integrada e com uma visão global das melhores oportunidades
E
stima-se que, em 2009, o projeto One Anglo Supply
Chain (Cadeia de Suprimentos Uma Só Anglo) deva gerar
ganhos da ordem de US$ 397 milhões para o Grupo Anglo
American. E a meta para 2010 é ainda mais ambiciosa: US$ 800
milhões, mais que o dobro da anterior. A Anglo Ferrous Brazil
responderá por cerca de 10% deste valor em 2010 e já se prepara para isso, integrando-se ao projeto que faz parte da Visão
One Anglo (Uma Só Anglo) e tornará a mineradora ainda mais
competitiva, contribuindo significativamente para levá-la à liderança mundial do setor, trabalhando como uma organização única e integrada. Já a meta a partir de 2011 é entregar um ganho
anual da ordem de US$1,1 bilhão, fator este que justifica uma
organização estruturada e focada no objetivo e no resultado.
“A ideia central do One Anglo Supply Chain é ser referência para
criação de valor através da integração das áreas de Suprimentos
ao nível global, buscando identificar sinergias e oportunidades que
gerem melhores negociações para o Grupo”, explica o gerente
geral de Suprimentos, Adalberto Diogo. Para isso foi criada uma
estrutura corporativa global, organizada em torno de quatro seto-
adquirir o mesmo insumo ou equipamento, a área de Supply Chain
poderá identificar o melhor fornecedor global e dará suporte para fazer
a compra de modo integrado. Com um maior volume, e por meio de
uma única negociação, obterá certamente melhores preços. “Sairemos
de uma atuação mais operacional e tática para uma atuação bem mais
estratégica”, sintetiza o gerente geral.
O projeto também pressupõe a uniformização de processos e a utilização de uma plataforma tecnológica única e compartilhada, com um
banco de dados global. Por isso, envolve outras áreas, como TI, por
exemplo, e não apenas as equipes de Suprimentos. Para coordenar e
dar suporte ao processo de implantação do One Anglo Supply Chain
foi criado uma área de Infraestrutura, Processos e Capacitação, em
Johanesburgo, envolvendo profissionais das mais diversas áreas.
Adicionalmente, estarão sendo implantados objetivos estratégicos
nas áreas de criação de valor, de fornecedores e clientes, excelência
operacional e organização e pessoas. A proposta é institucionalizar
o novo modelo para trabalharmos com esta visão global, e de modo
integrado, já em 2010. G
res que cobrem a maioria dos itens de consumo e processos neces-
resumo de entrega de Valor
sários para as operações da Anglo: Projetos e Serviços; Mineração
e Produção; Processos e Transportes; Suportes e Equipamentos.
Foram identificadas categorias de itens onde se buscarão estas
sinergias, bem como dentro da organização Supply Chain líderes
globais e equipes com representantes nas várias unidades de ne-
monitoramento de benefícios
1.000
gócio, formando uma rede integrada cujo elo em cada unidade é a
liderança local. No caso da Anglo Ferrous Brazil, o gerente geral
1102
Target*
800
800
“Trata-se de uma grande mudança de foco. Antes, cada unidade
fazia sua própria estratégia de compras, com negociações isoladas”, explica Adalberto. Com a implantação do projeto e a integração da Anglo Ferrous Brazil no mesmo, qualquer transação em
um daqueles quatro setores passará por uma equipe, ainda em
formação, que acionará a rede integrada e conduzirá o processo
milhão $
Adalberto Diogo.
600
397
400
200
0
12
2008
2009
2010
2011
de compra com uma visão muito mais abrangente das melhores
oportunidades. Por exemplo: se três unidades do Grupo precisam
* targets baseados no gasto e na economia de 2006. Sem atualizações feitas para refletir o conduto do projeto
one anglo
valores
em ação
O CEO Rick Waddell com a estagiária
Em primeiro plano, da esquerda para a direita,
Michelle Calife, à sua direita, e outros
as colaboradoras que organizaram o stand da
participantes do Café da Anglo
Exposibram: Astrid Hoffmann, Andréa Amaral,
Fernanda Lima, Valéria Lapa, Júlia Chagas,
Débora Gobbet, Aline Marques, Amanda
Oliveira e Cristina Ho
Trabalho em equipe
Cooperação entre Anglo Ferrous Brazil e Metais Básicos Brasil marca
a participação na Exposibram
U
m bom exemplo de colaboração
entre as duas unidades de negócio
da Anglo American no Brasil foi a
participação na Exposibram – Exposição Internacional de Mineração e no 13º Congresso Brasileiro de Mineração – que ocorreram
nos dias 21 a 24 de setembro no centro de
exposições Expominas, em Belo Horizonte
(MG). Em um estande compartilhado pelas
empresas, dois dos três maiores investimentos da Anglo American no mundo foram
apresentados ao público: o sistema MinasRio e o projeto Barro Alto.
“As grandes mineradoras costumam ter um
carro chefe em suas operações. Apresentarmos dois projetos deste porte, simultaneamente, chamou bastante atenção”, explica
o diretor de Segurança e Sustentabilidade,
responsável também pela área organizadora do estande, por parte da Anglo Ferrous
Brazil, Alexandre Gomes. “A integração
das duas unidades na Exposibram gerou
certa economia, pelo compartilhamento de
processos e de estruturas, mas, sobretudo,
fortaleceu a imagem da Anglo American e
das duas unidades em nosso mercado.”
O evento foi um marco no processo de colaboração entre as duas empresas e envolveu
diversas áreas da Anglo Ferrous Brazil e da
Anglo Metais Básicos Brasil. “As equipes de
Comunicação, de Relações com Comunidades,
e de Relações Institucionais e de Marketing
de Relacionamento das duas empresas trabalharam juntas desde março na organização do
evento”, recorda a analista de Relações com
Comunidades Andréa Amaral. “E as demais
áreas também colaboraram prestando apoio
direto na organização e no atendimento ao
público que visitou o estande.”
Segundo a analista, a participação conjunta
gerou a otimização de recursos financeiros e
humanos, além de promover uma importante
troca de conhecimentos e de experiências.
“Formou-se uma ótima sinergia entre as
equipes e o trabalho foi realmente conjunto.
Estudamos juntos os dois projetos, compartilhamos informações técnicas e processuais
e desenvolvemos, com base nesta troca, novas formas de pensar e de agir que permitiu
consolidar, ainda mais, a atuação do Grupo
Anglo American no Brasil”, define Andréa.
A colaboração entre as duas unidades, no
entanto, não é uma novidade. A experiência
acumulada por cerca de 30 anos de atuação
da divisão de Metais Básicos no Brasil foi
importante no início das atividades da Anglo Ferrous Brazil, por exemplo. “E o inverso
também acontece. Na área de segurança, por
exemplo, o diálogo, a troca de experiências e
a busca de sinergias entre as duas unidades
tem sido permanente. Como diz aquela canção do Beto Guedes, ‘um mais um é sempre
mais que dois’”, define Alexandre Gomes. G
Colaboração
• Tomamos decisões baseadas no melhor para a companhia e não em nosso
próprio interesse
•
Trabalhamos juntos para que os objetivos sejam atingidos por toda a
organização
• Comunicamos expectativas e damos as informações necessárias para que
as pessoas realizem seus trabalhos de maneira eficiente
• Reconhecemos o esforço e a contribuição dos demais
• Somos uma única companhia, atuando de maneira inclusiva entre grupos
e estamos unidos contra a concorrência
conexão anglo >> outubro / novembro >> 10
Movimente-se!
Exercícios simples e diários podem
melhorar a qualidade de vida
D
e acordo com dados do Ministério da Saúde, 30% da população brasileira sofre com problemas relacionados à falta de
exercícios físicos regulares. Um estilo de vida fisicamente
ativo ajuda a prevenir e combater diversas doenças como hipertensão, diabetes, obesidade e estresse, além de melhorar a disposição
para o trabalho e a qualidade do sono.
A partir da esquerda: Anna Bandeira,
analista de RH do sistema Minas-Rio,
e a enfermeira do trabalho Viviane de Freitas
Atitudes saudáveis
• Prefira as escadas ao elevador;
• Deixe o carro na garagem e substitua-o por uma caminhada ou
uma pedalada;
• Marque o encontro com os amigos em um parque, assim vocês
podem contar as novidades enquanto caminham juntos;
• Aproveite para fazer alongamento enquanto assiste TV;
• Desça um ou dois pontos de ônibus antes de sua parada habitual
e complete o trajeto andando.
“Além do aumento do tônus muscular, do fortalecimento dos ossos e das articulações, exercícios ajudam na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, auxiliam na capacidade
de enfrentar problemas, reduzindo a ansiedade e melhorando a
auto-estima”, explica Viviane Freitas, enfermeira do Trabalho do
Minas-Rio.
A prática pode começar de maneira simples, incluindo pequenas
mudanças no dia-a-dia. Valmir Santos, controlador de Manutenção
no Amapá, optou pelas pedaladas. Todos os dias ele percorre de
bicicleta cerca de 7 Km. “Perdi peso, ganhei mais disposição para
o trabalho e melhorei meu condicionamento físico”, explica. É só
um exemplo. Há varias outras formas de incluir um pouco mais de
movimento no dia a dia, sem recorrer às tradicionais academias ou
ocupar um grande tempo na agenda. Outra ótima sugestão é trocar
os elevadores pelas escadas, como sugere a enfermeira do trabalho
do Minas-Rio.
Mas, atenção, antes de começar qualquer programa de exercício
físico é importante fazer uma visita ao médico para saber se há
alguma restrição. G
qualidade
de vida
O folião da TI
C
arioca do bairro da Tijuca e filho de animados mangueirenses,
Rodrigo Ribeiro já tinha várias passagens pelo Sambódromo quando
estreou numa bateria de escola de samba. Foi em 1997, na Em
Cima da Hora, tocando surdo. Não parou mais. “Saio, em média, em nove
escolas por ano. E, quase sempre, na bateria”, diz o coordenador de TI do
Rio de Janeiro. “A única exceção foi em 2000, quando morava fora do país
e acompanhei o desfile à distância. Foi difícil!”
Difícil também foi entrar para a bateria de sua escola de coração, a Mangueira. “Tentei por dois anos seguidos, em 2002 e 2003. As vagas são
disputadíssimas”, explica o ritmista, que conquistou seu espaço na escola
de Cartola em 2004, tocando tamborim e ajudando na composição do samba-enredo daquele ano. “No quesito folia, foi minha maior emoção”, diz o
carioca, que além da Mangueira saiu em outras 12 escolas naquele ano.
Rodrigo dá algumas dicas para encarar a maratona. “Evito sair em duas
escolas seguidas. Não dá tempo de terminar um desfile, trocar a fantasia
e pegar o início do seguinte. Para recuperar a energia, muito carboidrato,
água e bebidas isotônicas”, diz o carioca, que perde em média cinco quilos
nos quatro dias de Carnaval.
Quatro em termos, na verdade perde mais. Desfilando em tantas escolas,
as chances de Rodrigo voltar ao Sambódromo no final de semana seguinte,
para o desfile das campeãs, são enormes. Além disso, o mangueirense
participa de dois blocos de Carnaval no Rio de Janeiro e integra, com mais
12 ritmistas, o Batuque Digital, um grupo que mistura percussão e música
eletrônica. Para o folião da TI, o Carnaval tem doze meses. G
Rodrigo
Ribeiro
“Saio, em média, em nove
escolas por ano. E, quase
sempre, na bateria.”
eu sou
anglo
família
De geração a geração
Brincadeiras tradicionais continuam fazendo a alegria da criançada
O Conexão Anglo resolveu fazer com que seus colaboradores entrem no túnel do tempo, voltem
à infância e relembrem seus momentos de diversão. Mais do que apenas recordar, alguns dos
nossos colegas explicam que dão vida às lembranças ao ensinar aos filhos as brincadeiras de que
gostavam quando criança. Veja alguns exemplos a seguir.
Patrícia Lois
Técnica de Planejamento de
Mina do Minas-Rio
>> Moramos em uma casa com quintal, o que
considero uma grande vantagem para qualquer criança. Gosto de aproveitar o espaço
para brincar com a minha filha Emanuella,
de oito anos. Mesmo com o tempo curto por
conta do trabalho e faculdade, tento praticar
o que chamo de Pedagogia da Presença, que
é aproveitar os momentos que passamos
juntas com qualidade. Com as brincadeiras
antigas, como amarelinha, pular corda, escor-
Nemat El shafie
Secretária da Presidência no Rio
>> Entre as brincadeiras preferidas do meu filho Rafael,
de cinco anos, estão cavalinho, pique-esconde, balanço,
jogo da memória, quebra-cabeça e futebol. Lembro muito
da minha infância principalmente porque algumas delas
eu brincava com minha mãe e outras com meu irmão.
Rafael é muito criativo, uma brincadeira que ele criou foi
“a luta das sombras”. Antes de dormir, acendo o abajur
do quarto e quando nossas sombras aparecem e ele diz:
Mamãe, vamos lutar com nossas sombras? Em seguida,
lemos juntos, como minha mãe e minha avó faziam comigo. Aproveito este momento para introduzir novos voca-
José Lino
Operador Portuário no Amapá
>> Tive uma infância difícil, pois, como
filho de agricultor, trabalhei na lavoura
desde cedo. Minhas principais atividades
eram capinar e cuidar de animais, mas
sempre que conseguia um tempo livre
gostava de tomar banho de rio e brincar
de pique. Hoje tenho três filhos – Ítalo, de 14 anos, Ícaro Gabriel, de 11, e
Emily, de 10 – e fico feliz quando vejo
que eles podem, realmente, aproveitar a
infância e que algumas brincadeiras não
desapareceram com o passar dos anos. Eles
ainda brincam de pique-esconde, pular cor-
conexão anglo >> outubro / novembro >> 12
regar na grama, Cinco Marias, entre outras,
podemos manter vivas as tradições e temos a
oportunidade de passar muito do que somos,
de compartilhar. Essas brincadeiras são mais
agregadoras e participativas do que os atuais
videogames e bonecas que falam sozinhas. E
as crianças gostam muito. Um exemplo disso
aconteceu no último aniversário da Manu, em
agosto. Os pequenos convidados deixaram de
lado a cama elástica e o pula-pula para brincar
de escorregar na grama com papelão que encontraram por lá. Eles ainda diziam. “Esse foi
o melhor brinquedo de aniversário, os outros
pais não alugam papelão para gente!”.
bulários e passar algum ensinamento, pois em
toda história tem sempre uma moral.
Procuramos também praticar atividades
ao ar livre, ter contato com a natureza.
Sempre que possível, levamos o Rafael
e a Maria Eduarda, minha enteada que
nos visita sempre, à fazendinha, ao haras e à praia. Estou ensinando meu filho
a nadar como minha mãe fez comigo.
Brincando ou praticando esportes, esses momentos são uma delícia e podem
ser muito educativos, inclusive para nós,
adultos!
da, amarelinha, jogar disco. Minha filha
se reúne com as amigas para imaginar
uma escolinha e jogar bole-bole, um
jogo com pedrinhas. Aos fins de
semana, sempre que possível, vamos ao sítio dos meus pais, que
é próximo a um igarapé e tem
bastante espaço para correr. No
dia-a-dia, eles convivem com os
vídeo-games atuais e acho esse
equilíbrio muito importante para a
formação deles. Assim, brincando,
eles exercitam o corpo e a mente e
não deixam morrer a tradição dos jogos que passam de pai para filho.
Download

Saiba o que está bom, o que precisa mudar e como fazer a sua