Conexão Anglo Publicação interna da Anglo Ferrous Brazil outubro / novembro 2009 >> nº 03 >> ano 01 Pesquisa de Clima Saiba o que está bom, o que precisa mudar e como fazer a sua parte >> Pág. 6 EFA One Anglo Supply Chain Área de Suprimentos atuará globalmente e de maneira integrada >> Pág. 9 Transportando minério e pessoas no Amapá >> Pág. 8 índice editorial Prazer em conhecer Sondagem define o potencial de exploração das jazidas >> 04 Energia, colaboração e família Valores em ação Colaboração entre a Anglo Ferrous Brazil e a Anglo Metais Básicos brasil >> 10 A Pesquisa de Clima da Anglo Ferrous Brazil contou com grande adesão de nossos colaboradores e seus resultados, de um modo geral, foram bastante positivos. A segurança foi um dos destaques, reafirmando o forte compromisso de nossa equipe com os valores do Grupo Anglo American e sua capacidade de vencer desafios. Estas duas características, somadas ao orgulho de trabalhar na empresa, foram definidas na pesquisa por um termo bastante interessante: energia. Nossa equipe possui energia – o que de certo modo já sabíamos –, mas precisamos canalizar esse atributo de forma mais eficiente, como também nos mostrou a pesquisa. E é o que faremos daqui para frente. Na matéria de capa, você poderá ler mais sobre os resultados da pesquisa de clima, bem como, refletir sobre o desempenho de nossa empresa. Nosso desafio, agora, será desenvolvermos, juntos, planos de ação de forma a mantermos os bons resultados e melhorarmos os pontos mais frágeis. Colaboração, um ponto de melhoria também identificado na pesquisa, foi o tema escolhido para abordarmos na editoria Valores em Ação. Dentro do espírito One Anglo – Uma Só Anglo, o Grupo busca cada vez mais sinergias entre suas diversas unidades de negócio, atuando de modo integrado, como uma empresa única e global. A experiência da última Exposibram, em que a Anglo Metais Básicos Brasil e a Anglo Ferrous Brazil compartilharam um mesmo stand, foi bastante rica e bem sucedida neste sentido. Por falar em colaboração e trabalho em equipe, a editoria Família traz uma matéria bastante interessante, inspirada em nossas crianças. Selecionamos boas histórias de três colegas de trabalho que se valem de brincadeiras tradicionais para educar e distrair seus filhos. E foi pensando nos filhos de nossos colaboradores que desenvolvemos o encarte especial desta edição de nosso jornal. Com ele, nossas famílias podem se divertir e aprender um pouco mais sobre a atividade de mineração e sobre a nossa empresa. Boa leitura e bom divertimento a todos, Vida Um pouco mais de movimento >> 11 eu Sou Anglo Um colaborador na bateria da verde e rosa >> 11 Família Brincando e aprendendo como antigamente >> 12 >> expediente Coordenação >> Luciana Teixeira (RJ) - Departamento de Comunicação Interna Contribuição >> Alexandra de Luca (AP), Kelly Paulino (AP), André Elesbão (BH), Fernanda Zebral (BH), Priscila Souza (BH), Silvia Nunes (BH), Fabiana Gimenez (RJ), Mariana Hingel (RJ) E Comitês de Comunicação Interna Realização e edição >> Ventana Projetos em Comunicação Arte e Projeto Gráfico >> Híbrida Jornalista responsável >> Gustavo de oliveira (Mtb RJ 18.876) Revisão ortográfica >> Ana Cristina Sá Fotos >> Ronaldo Guimarães (MG), Fabiano Menezes (AP) e Kelly Paulino (AP) Foto de capa >> Fabiano Menezes Legenda de capa >> Vera Cruz Favacho Ramos (à esquerda, de óculos escuros) e João Diniz Impressão >> Stamppa Tiragem >> 1.700 exemplares Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia da Anglo Ferrous Brazil. Pedro Borrego, Diretor Administrativo conexão anglo >> outubro / novembro >> 02 Jornal impresso em papel certificado. Empresa associada à mundo Tecnologia que aproxima Los Bronces T rês dos maiores investimentos atuais da Anglo American estão na América do Sul. O sistema Minas-Rio, a exploração de níquel em Barro Alto (tema da última nota da editoria Mundo Anglo) e a expansão da mina de cobre de Los Bronces, no Chile. Quando todos estiverem em pleno funcionamento, serão responsáveis por metade do faturamento do Grupo no mundo. A mina de Los Bronces opera a céu aberto e fica localizada em uma região metropolitana do Chile, a 65 km de Santiago e 3.500 metros acima do nível do mar. Em 2008 produziu 238.000 toneladas de cobre fino e 2.6 toneladas de molibdênio. A mina é ligada à usina de flotação Lãs Tórtolas por uma tubulação de 56 km de extensão, pela qual o minério triturado é transportado. Para toda essa operação, Los Bronces conta com cerca de 1700 trabalhadores, entre próprios e terceiros. Está em curso um projeto de desenvolvimento e ampliação da capacidade produtiva da mina. Serão construídas novas instalações de trituração, transporte e concentração do mineral. O projeto foi criado para aumentar a capacidade instalada de Los Bronces em 170.000 toneladas, para poder produzir mais de 400 mil toneladas de cobre fino por ano. G Estação de Bombas 2 N o sistema Minas-Rio, entre a futura planta de beneficiamento em Conceição do Mato Dentro-MG e o Porto do Açu em São João da Barra-RJ, existe uma barreira natural que atinge, em alguns pontos, mais de mil metros de altitude denominada Serra da Mantiqueira. Para que a polpa de minério produzida tenha forças para ultrapassar essa barreira e seguir pelo mineroduto, está em construção a Estação de Bombas 2 – EB2, localizada na cidade mineira de Santo Antônio do Grama. A obra foi iniciada em setembro de 2008 e a previsão é de que seja concluída em dezembro de 2011. Encerrada a primeira etapa, que consistiu da terraplanagem do platô, iniciou-se a obra civil em outubro, com escavações das fundações das bases civis que vão possibilitar a montagem dos equipamentos eletromecânicos. Cerca de 300 pessoas estão envolvidas na construção dessa estação que possui um tanque com agitador para remistura, dez bombas, uma subestação rebaixadora que receberá energia de uma linha de transmissão de 138kv e uma barragem de emergência cujo reservatório terá a capacidade de 220.000 m³ para armazenamento de água e polpa de minério de ferro. “A barragem de emergência encontra-se em fase final de terraplenagem e seu objetivo é garantir manobras operacionais recebendo descargas de polpa caso ocorra algum tipo de problema na linha tronco, propiciando a limpeza do mineroduto e bombas, mantendo o sistema principal íntegro”, explica José Dias Filho, gerente de Engenharia do Mineroduto. O mineroduto prevê, ainda, a instalação da estação de bombas EB1 no km 0, localizada em Conceição do Mato Dentro-MG, que é responsável pelo impulso inicial da polpa rumo o Porto do Açu. G A lém de se adequar à cultura do Grupo Anglo American, a Anglo Ferrous Brazil vem se ajustando também aos padrões tecnológicos do Grupo. Os objetivos são uma maior integração com as unidades, a padronização, a qualidade dos serviços e a redução de custos. “A proposta é oferecer uma plataforma tecnológica que favoreça esses aspectos e aproxime as várias partes da empresa dentro do espírito One Anglo – Uma Só Anglo”, explica a gerente geral de TI, Siham Hassan. Para tanto, foi elaborado um amplo programa de ações, com o apoio do Grupo IM (Information Manegement - em português, Gestão da Informação, nome utilizado para o equivalente a nossa área de TI). A primeira etapa, relativa à conexão a rede de telecomunicações, já foi concluída. Os colaboradores podem acessar a rede e trabalhar nos escritórios da Anglo American, em qualquer parte do mundo, como se estivessem em seu próprio posto de trabalho, com todas as funcionalidades, como acesso ao Outlook e a todas pastas e diretórios. A empresa também deu passos importantes do ponto de vista da segurança das informações e da redução de custos, com a instalação de um novo software de antivírus e o outsourcing de impressão (gestão de impressoras). A medida permite um melhor gerenciamento das impressões, com base nos tarifadores instalados em cada máquina e na geração de relatórios mensais. Além disso, em breve as ligações feitas da Anglo Ferrous Brazil para os escritórios de Londres, Chile e São Paulo serão gratuitas, mudaremos nosso email para @angloamerican.com.br e o sistema Microsiga será substituído pelo SAP. Veja abaixo alguns dos serviços já disponíveis: • Acesso à rede da Anglo Ferrous Brazil em qualquer unidade do Grupo; • Vídeo-conferência sem custo para os escritórios da Anglo que possuam a mesma tecnologia; • Acesso direto a aplicativos como HFM (Hyperion Financial Management), AngloTrack e CURA; • Utilização de áudio-conferência utilizando 0800. G notas prazer em conhecer Informações fundamentais Sondagem define qual o potencial de exploração das jazidas de minério de ferro S E é a Exploração que “acha” as novas reservas de minério de ferro (como vimos na edição anterior), cabe à Sondagem fornecer informações para definir se um novo depósito pode ser transformado em jazida “A Sondagem tem como principal função avaliar a quantidade e a qualidade do minério existente em uma determinada região”, explica Geraldo Sarquis, coordenador de Geologia do sistema Minas-Rio. Informações cuja influência vai muito além da área das minas, chegando às bolsas de valores. “Para se conseguir investimentos em uma mineradora, são feitas várias campanhas de sondagens em que se estima o potencial das jazidas. Essas campanhas são avaliadas por auditores, que repassam os dados aos acionistas”, explica Charles Nascimento, supervisor de Sondagem do sistema Amapá. Definidos os alvos de maior potencial, uma equipe da Sondagem – formada por sondadores, auxiliares, técnicos de mineração, supervisores e geólogos – inicia o seu trabalho. Para isso, são abertos os acessos e as chamadas praças, locais em que são instaladas as sondas. “Antes, solicitamos aos órgãos de Meio Am- biente as licenças necessárias. A preocupação ambiental, por sinal, é uma constante”, afirma Charles Nascimento, lembrando que todos os colaboradores envolvidos são orientados para manter o local de sondagem organizado, armazenar o lixo de forma seletiva e descartar de acordo com a legislação ambiental. “É fundamental desenvolver a atividade com segurança e seguir uma programação bem planejada, com empresas que ofereçam tecnologia e experiência”, define Geraldo Sarquis. Em ação, as sondas – grandes perfuratrizes equipadas com brocas de diamante, capazes de perfurar o solo, cortar todos os tipos de rocha e atingir até 1.200m de profundidade – trazem para a superfície o chamado testemunho de sondagem, uma amostra do que há no subsolo. As operações, chamadas de Campanhas de Sondagem, são divididas em sondagem exploratória e sondagem de avaliação. Na sondagem exploratória, a distância entre os furos é de aproximadamente 500m a 1.000m. Já na sondagem de avaliação, que é realizada após a confirmação de mineralização, reduz-se o espaçamento entre os furos objetivando avaliar com o máximo de certeza as reservas minerais. “Neste caso, o espaçamento entre os furos pode chegar em alguns casos a 50 metros”, explica Geraldo. Terminado o trabalho, os dados coletados nos furos – como tipos de rochas e características do minério – são utilizados no modela- Principais operações de Sondagem da Anglo Ferrous Brazil Sistema Amapá • Pedra Branca do Amapari: Programa visando ampliar o volume das reservas existentes e aumentar o conhecimento das áreas a serem lavradas. Sistema Minas-Rio • Serra do Sapo (Conceição do Mato Dentro): principal depósito do projeto • Região de Itapanhoacanga (Alvorada de Minas) e Serro: projeto visando transformar e aumentar os recursos minerais em reservas. conexão anglo >> outubro / novembro >> 04 mento geológico. “É nessa etapa que serão definidos e estimados os teores, volume e tonelagem de minério existente em uma jazida”, revela Rui Barbosa, Geólogo do sistema Amapá. Por suas características e pelo ambiente em que é desenvolvido, o trabalho de Sondagem tem certo clima de aventura. “Somos desbravadores, os primeiros a chegar depois da exploração. Um ditado diz que a Sondagem é a mãe de toda mina que é aberta. A cada dia estamos em um lugar diferente, nosso escritório é no meio da floresta densa, respirando o cheiro da mata”, orgulha-se Rui Barbosa. “É uma barra, mas é compensador, depois que a gente vê uma mina ser aberta, como ocorreu aqui no Amapá”, completa Rui. Para Geraldo Sarquis, um programa de sondagem às vezes faz lembrar um reality show: “Quando a sondagem é em áreas remotas e os colaboradores ficam acampados, longe da família, costumo dizer que essas operações são uma mistura de “Big Brother” com “No limite”, diverte-se. “Você tem que participar, ativamente, da integração entre as equipes para manter o time motivado e cumprir o programa”. G Natureza preservada Gestão ambiental é tratada com total atenção no Grupo Anglo N esta edição do Conexão Anglo, destacamos a política que fornece as diretrizes para a gestão ambiental de todas as atividades do Grupo Anglo: o Anglo Environmental Way, em português Política de Gestão Ambiental. São três, em linhas gerais, os seus princípios básicos. A premissa de impacto zero, que busca mitigar e minimizar impactos decorrentes de nossas operações; a não repetição de incidentes, práticas inadequadas e não conformidades; e a aplicação de normas e regras que formam um conjunto de procedimentos compartilhados por todo o Grupo. Na Anglo Ferrous Brazil, o Environmental Way é a base que impulsiona iniciativas como os rígidos programas de controle ambiental, com monitoramento constante dos diferentes requisitos estabelecidos pela legislação brasileira. Há ainda o investimento em programas de educação ambiental e forte interação com a comunidade. No Minas-Rio, empresas especializadas com equipes de fiscalização ambiental acompanham a execução das obras, identificando não conformidades e participando na elaboração de planos de ação visando promover medidas corretivas. Para o desenvolvimento das obras, atividades de controle ambiental são realizadas antes do inicio das obras como, por exemplo, atividades de resgate de espécies de fauna e flora que serão importantes para o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD após a conclusão das obras. “Atuamos também na esfera cultural, com a realização de resgate arqueológico e educação patrimonial nas áreas diretamente afetadas pela instalação/operação da empresa”, diz Flávia Rodrigues, coordenadora de Meio Ambiente. No Amapá, outro projeto referente ao PRAD vem sendo desenvolvido com sucesso. O viveiro de mudas implantado próximo à mina de Pedra Branca do Amapari foi criado em 2007 e, hoje, acumula 13 mil mudas de espécies características do ecossistema amazônico. Acima, o engenheiro de Meio Ambiente Raul Firmino, na Fazenda Estiva; abaixo, o assistente de Meio Ambiente Gilvan Pantoja, no viveiro de mudas de Pedra Branca do Amapari “O projeto contemplará 60 mil mudas anuais de diversas essências florestais (nativas) e frutíferas. Listamos as espécies que melhor se adaptam ao ambiente a ser recuperado. As plantas ficam acondicionadas em nosso viveiro aguardando a liberação das áreas de recuperação”, explica Gilvan Pantoja, assistente de Meio Ambiente. Outra questão fundamental é a gestão dos recursos hídricos. A determinação do Anglo Environmental Way é que todas as empresas gerenciem este insumo de maneira integrada. Por isso a Anglo Ferrous Brazil e a Metais Básicos Brasil estão unindo esforços para tratar da questão em âmbito nacional. “Devemos pensar não apenas nos locais onde agimos, mas nas bacias hidrográficas em que estamos inseridos. A mineração é uma atividade de longo prazo, que tem a água como recurso primordial. Se nos preocuparmos apenas com o nosso uso, como estará a disponibilidade para o futuro?”, analisa José Roberto Centeno, gerente de Recursos Hídricos. Outra mostra da visão de longo prazo e da filosofia de sustentabilidade do Anglo Environmental Way foram as aquisições da Fazenda Estiva e da Fazenda Piçarra Azul, em Minas Gerais, reservas de Mata Atlântica onde ocorrem diferentes tipologias de uso do solo, fragmentos florestais e campo rupestre. G Resp. ambiental capa Clima bom, com energia e segurança Com bons resultados gerais, nossa primeira pesquisa de clima mostra que nossa equipe possui energia, mas temos dificuldades para canalizá-la A partir da esquerda (sistema Amapá): Houston Leandro Ribeiro, João Diniz, Vera Cruz Favacho Ramos, Luciel da Silva, Miguel Cortes, Jorge da Silva, Marcos Moraes e Diego Ferreira R ealizada entre os dias 15 e 26 de junho de 2009, a primeira Pesquisa de Clima da Anglo Ferrous Brazil contou com uma forte adesão de nossa equipe. Mais de 90% do público interno – dentre colaboradores, PJs e estagiários – respondeu ao questionário que orientou e baseou a etapa inicial do processo de aplicação da pesquisa. A segunda fase, relativa à divulgação dos resultados, também já teve início. A partir de agora será elaborado um plano de ação com base nas oportunidades de melhoria apontadas. Além da ampla adesão de nossa equipe, que merece todo reconhecimento e agradecimento, podemos destacar também a decisão de iniciar o processo de gestão de clima organizacional num momento em que a empresa sequer havia completado o seu primeiro ano de existência. A iniciativa se deve, segundo o diretor Administrativo Pedro Borrego, “à convicção do Grupo Anglo American de que o desempenho global das empresas, em suas mais diversas áreas, é beneficiado por um clima organizacional positivo e saudável. Além disso, a pesquisa de clima é uma ferramenta utilizada ao nível estratégico, globalmente, em todas as unidades de negócio do Grupo, e com a Anglo Ferrous Brazil não poderia ser diferente.” explica o diretor. Sendo assim – embora esta seja a primeira pesquisa de clima realizada em nossa empresa e não tenhamos resultados anteriores com que compararmos nosso desempenho –, podemos confrontá- conexão anglo >> outubro / novembro 2008 >> 06 A partir da esquerda (escritório Rio de Janeiro): Marcus Martins, Simone Egypto, Liliane Tucci, Argemiro Bulcão, Thaisa Laffitte, Higor Prudêncio, Adriane Lucas, Marcos Jesus, Barbara Dametto, Marcelo Monte, Mauro Rocha e Peter White los com os da nossa divisão de negócios, por exemplo. E a comparação com a Anglo Ferrous Metals nos permite afirmar que o desempenho da Anglo Ferrous Brazil foi bastante bom, no geral, com destaque para temas como segurança. O engajamento dos colaboradores com relação aos procedimentos e processos de segurança ao longo do ano, que já era perceptível internamente, foi confirmado pela pesquisa. Mas, não foi o único destaque. Segundo a Hay Group – parceira da Anglo American na área de gestão de pessoas que desenvolveu e tabulou a pesquisa sob a coordenação de nossa empresa –, nossa equipe manifesta uma qualidade essencial para o sucesso de qualquer corporação: ENERGIA. Tópicos como “Sei por que meu desempenho é importante”, “Dedico tempo tentando melhorar as coisas”, “Eu tenho orgulho de trabalhar na empresa” ou “Recomendo essa empresa como local de trabalho”, que tiveram uma excelente avaliação, mostram que as pessoas estão engajadas e vibram positivamente por integrar a equipe da Anglo Ferrous Brazil. Visão por categoria As respostas dos colaboradores foram agrupadas em tópicos relacionados aos valores da Anglo American e aos aspectos que influenciam o clima organizacional. Os números à direita do gráfico comparam o desempenho da Anglo Ferrous Brazil com o da Anglo Ferrous Metals. Repare! Na maioria dos tópicos, nossos resultados estão acima da média. Ótimas notícias. Por outro lado, o que faz da pesquisa de clima uma ferramenta interessante, dentre outros fatores, é sua capacidade de identificar pontos de melhoria para serem trabalhados e modificados. “Neste sentido”, lembra Pedro Borrego, “a análise da Hay Group também revela que não temos canalizado a energia de nosso pessoal de modo cem por cento adequado. Por algum motivo, desperdiçamos parte deste potencial ao longo do processo, o que nos cabe agora avaliar e corrigir. E é o que faremos daqui para frente, dando continuidade ao processo de gestão do clima”, afirma o diretor. O primeiro passo “pós-pesquisa” já está em processo. Os resultados estão sendo divulgados de forma transparente por meio de ferramentas de comunicação interna como o próprio Conexão Anglo. “Cada colaborador deve refletir sobre os tópicos avaliados, identificando as oportunidades de aperfeiçoá-los em seu dia-adia. O clima da organização é responsabilidade de todos, independentemente do nível hierárquico”, explica a gerente de Recursos Humanos, Adriana Guerra. A empresa fará o mesmo ao nível de gestão, por meio de um plano de ação que será desenvolvido e implementado com a participação de todos. “A ideia”, segundo Adriana, “é focar os principais tópicos que oferecem oportunidades de melhorias, estabelecendo ações que estimulem e provoquem mudanças até a próxima pesquisa. Além disso, vamos também manter atenção aos pontos positivos que precisam ser mantidos” O processo de gestão de clima será permanente. G A partir da esquerda (sistema Minas-Rio): Alexandre Seixas Bruno, Lucas Antônio de Paula e Clésio José das Graças fazem uma alusão bem-humorada ao mote da pesquisa de clima – “sua voz vai longe” capa Logística O caminho de ferro Comunidades rurais contam com a EFA para vender sua produção P ouco antes das 15h de segunda-feira, o movimento na pequena parada do km 141, em Nova Canaã, é intenso. Com caixotes e sacos, Rosa e uma dezena de outros pequenos produtores aguardam a chegada do trem. Quando a composição da Estrada de Ferro Amapá – EFA para, Rosa embarca os frutos recém-colhidos de sua pequena lavoura e procura lugar em um dos carros. Serão mais cinco horas até Santana, onde funciona a Feira do Produtor. É com a feira que Rosa e o marido sustentam seus cinco filhos. Rotinas como a de Rosilene Silva da Luz, a Rosa, de 35 anos, são comuns ao longo dos trilhos da EFA. Operada pela Anglo Ferrous Brazil, a linha liga Santana a Serra do Navio. Em uma região em que há poucas estradas, o trem ganha ainda mais importância e, para muitos, é o único caminho entre a lavoura e o mercado. A Estrada de Ferro Amapá começou a ser construída em 1954 e levou cerca de dois anos para ter seus 198km concluídos. Criada para escoar a produção de manganês da Serra do Navio pela Indústria e Comércio de Minérios (Icomi), ela iniciou suas operações em janeiro de 1957. Até 1997, quando terminou a exploração de manganês, a EFA transportava, em média, 1 milhão de toneladas (MT) por ano. Entre 1997 e 2005, a Icomi manteve apenas trens de passageiros na ferrovia e, depois, devolveu a concessão para o governo, que terceirizou sua administração. Em 2006, a concessão da EFA passou para a MMX e iniciou-se o processo de revitalização da via permanente, tendo em vista a exploração de minério de ferro. Em 2008, a MMX foi adquirida pela Anglo Ferrous Brazil. “Por sua importância, desde a inauguração o transporte de passageiros nunca foi suspenso”, diz Lauro Freitas, gerente da EFA. “As comunidades utilizam a ferrovia para tudo, de escoar sua produção agrícola até o transporte de professores da rede pública da região”, explica. Os alfaces, pepinos, cheiros verdes e mandiocas de Rosa fazem parte dessa carga. Todas as segundas, ela embarca para Santana, retornando às quartas. Enquanto isso, Leonardo, seu marido, cuida da lavoura. “Tenho jeito para o comércio, ele para a terra. A gente se completa”, diz Rosa. Usuária da EFA há 20 anos, ela percebe algumas mudanças nos últimos dois anos. “Os trens agora estão mais limpinhos e têm mais segurança. E a maioria das estações foi reformada”, reconhece. G Minério de ferro: o carro-chefe do trem Como escoar a produção de minério de ferro de um complexo em plena região amazônica, a quase 200km do porto mais próximo? A melhor resposta está na ferrovia. Produzindo atualmente 2,9 milhões de toneladas por ano (MTPA) e com capacidade para chegar a 6,5 MTPA, o sistema Amapá tem nos 198km de trilhos da EFA, que ligam Pedra Branca do Amapari ao Porto de Santana, o seu caminho para o mercado. Desde o início das operações do sistema pela Anglo Ferrous Brazil, em 2008, a EFA vem acompanhando o crescimento da produção de minério. Em agosto de 2009, seus vagões transportaram 169.003t; conexão anglo >> outubro / novembro >> 08 uma operação realizada dentro de rígidos padrões de segurança, que rendeu ao sistema Amapá uma outra marca importante: cinco milhões de homens/hora sem acidentes com afastamento. O crescimento continuou. “Nosso recorde no transporte de minério de ferro é de setembro de 2009: 282.047 toneladas . Essa marca indica capacidade real em ritmo de transporte de 3,4 milhões de toneladas por ano (MTPA) e temos espaço para crescimento com os investimentos plurianuais.”, orgulha-se Lauro Freitas, atual gerente da EFA. Ele informa que a meta é elevar a capacidade da EFA para 6,5 MTPA, acompanhando uma possível expansão da mina. Integração, sinergia e valor Com o One Anglo Supply Chain , as áreas de Suprimentos atuarão de maneira integrada e com uma visão global das melhores oportunidades E stima-se que, em 2009, o projeto One Anglo Supply Chain (Cadeia de Suprimentos Uma Só Anglo) deva gerar ganhos da ordem de US$ 397 milhões para o Grupo Anglo American. E a meta para 2010 é ainda mais ambiciosa: US$ 800 milhões, mais que o dobro da anterior. A Anglo Ferrous Brazil responderá por cerca de 10% deste valor em 2010 e já se prepara para isso, integrando-se ao projeto que faz parte da Visão One Anglo (Uma Só Anglo) e tornará a mineradora ainda mais competitiva, contribuindo significativamente para levá-la à liderança mundial do setor, trabalhando como uma organização única e integrada. Já a meta a partir de 2011 é entregar um ganho anual da ordem de US$1,1 bilhão, fator este que justifica uma organização estruturada e focada no objetivo e no resultado. “A ideia central do One Anglo Supply Chain é ser referência para criação de valor através da integração das áreas de Suprimentos ao nível global, buscando identificar sinergias e oportunidades que gerem melhores negociações para o Grupo”, explica o gerente geral de Suprimentos, Adalberto Diogo. Para isso foi criada uma estrutura corporativa global, organizada em torno de quatro seto- adquirir o mesmo insumo ou equipamento, a área de Supply Chain poderá identificar o melhor fornecedor global e dará suporte para fazer a compra de modo integrado. Com um maior volume, e por meio de uma única negociação, obterá certamente melhores preços. “Sairemos de uma atuação mais operacional e tática para uma atuação bem mais estratégica”, sintetiza o gerente geral. O projeto também pressupõe a uniformização de processos e a utilização de uma plataforma tecnológica única e compartilhada, com um banco de dados global. Por isso, envolve outras áreas, como TI, por exemplo, e não apenas as equipes de Suprimentos. Para coordenar e dar suporte ao processo de implantação do One Anglo Supply Chain foi criado uma área de Infraestrutura, Processos e Capacitação, em Johanesburgo, envolvendo profissionais das mais diversas áreas. Adicionalmente, estarão sendo implantados objetivos estratégicos nas áreas de criação de valor, de fornecedores e clientes, excelência operacional e organização e pessoas. A proposta é institucionalizar o novo modelo para trabalharmos com esta visão global, e de modo integrado, já em 2010. G res que cobrem a maioria dos itens de consumo e processos neces- resumo de entrega de Valor sários para as operações da Anglo: Projetos e Serviços; Mineração e Produção; Processos e Transportes; Suportes e Equipamentos. Foram identificadas categorias de itens onde se buscarão estas sinergias, bem como dentro da organização Supply Chain líderes globais e equipes com representantes nas várias unidades de ne- monitoramento de benefícios 1.000 gócio, formando uma rede integrada cujo elo em cada unidade é a liderança local. No caso da Anglo Ferrous Brazil, o gerente geral 1102 Target* 800 800 “Trata-se de uma grande mudança de foco. Antes, cada unidade fazia sua própria estratégia de compras, com negociações isoladas”, explica Adalberto. Com a implantação do projeto e a integração da Anglo Ferrous Brazil no mesmo, qualquer transação em um daqueles quatro setores passará por uma equipe, ainda em formação, que acionará a rede integrada e conduzirá o processo milhão $ Adalberto Diogo. 600 397 400 200 0 12 2008 2009 2010 2011 de compra com uma visão muito mais abrangente das melhores oportunidades. Por exemplo: se três unidades do Grupo precisam * targets baseados no gasto e na economia de 2006. Sem atualizações feitas para refletir o conduto do projeto one anglo valores em ação O CEO Rick Waddell com a estagiária Em primeiro plano, da esquerda para a direita, Michelle Calife, à sua direita, e outros as colaboradoras que organizaram o stand da participantes do Café da Anglo Exposibram: Astrid Hoffmann, Andréa Amaral, Fernanda Lima, Valéria Lapa, Júlia Chagas, Débora Gobbet, Aline Marques, Amanda Oliveira e Cristina Ho Trabalho em equipe Cooperação entre Anglo Ferrous Brazil e Metais Básicos Brasil marca a participação na Exposibram U m bom exemplo de colaboração entre as duas unidades de negócio da Anglo American no Brasil foi a participação na Exposibram – Exposição Internacional de Mineração e no 13º Congresso Brasileiro de Mineração – que ocorreram nos dias 21 a 24 de setembro no centro de exposições Expominas, em Belo Horizonte (MG). Em um estande compartilhado pelas empresas, dois dos três maiores investimentos da Anglo American no mundo foram apresentados ao público: o sistema MinasRio e o projeto Barro Alto. “As grandes mineradoras costumam ter um carro chefe em suas operações. Apresentarmos dois projetos deste porte, simultaneamente, chamou bastante atenção”, explica o diretor de Segurança e Sustentabilidade, responsável também pela área organizadora do estande, por parte da Anglo Ferrous Brazil, Alexandre Gomes. “A integração das duas unidades na Exposibram gerou certa economia, pelo compartilhamento de processos e de estruturas, mas, sobretudo, fortaleceu a imagem da Anglo American e das duas unidades em nosso mercado.” O evento foi um marco no processo de colaboração entre as duas empresas e envolveu diversas áreas da Anglo Ferrous Brazil e da Anglo Metais Básicos Brasil. “As equipes de Comunicação, de Relações com Comunidades, e de Relações Institucionais e de Marketing de Relacionamento das duas empresas trabalharam juntas desde março na organização do evento”, recorda a analista de Relações com Comunidades Andréa Amaral. “E as demais áreas também colaboraram prestando apoio direto na organização e no atendimento ao público que visitou o estande.” Segundo a analista, a participação conjunta gerou a otimização de recursos financeiros e humanos, além de promover uma importante troca de conhecimentos e de experiências. “Formou-se uma ótima sinergia entre as equipes e o trabalho foi realmente conjunto. Estudamos juntos os dois projetos, compartilhamos informações técnicas e processuais e desenvolvemos, com base nesta troca, novas formas de pensar e de agir que permitiu consolidar, ainda mais, a atuação do Grupo Anglo American no Brasil”, define Andréa. A colaboração entre as duas unidades, no entanto, não é uma novidade. A experiência acumulada por cerca de 30 anos de atuação da divisão de Metais Básicos no Brasil foi importante no início das atividades da Anglo Ferrous Brazil, por exemplo. “E o inverso também acontece. Na área de segurança, por exemplo, o diálogo, a troca de experiências e a busca de sinergias entre as duas unidades tem sido permanente. Como diz aquela canção do Beto Guedes, ‘um mais um é sempre mais que dois’”, define Alexandre Gomes. G Colaboração • Tomamos decisões baseadas no melhor para a companhia e não em nosso próprio interesse • Trabalhamos juntos para que os objetivos sejam atingidos por toda a organização • Comunicamos expectativas e damos as informações necessárias para que as pessoas realizem seus trabalhos de maneira eficiente • Reconhecemos o esforço e a contribuição dos demais • Somos uma única companhia, atuando de maneira inclusiva entre grupos e estamos unidos contra a concorrência conexão anglo >> outubro / novembro >> 10 Movimente-se! Exercícios simples e diários podem melhorar a qualidade de vida D e acordo com dados do Ministério da Saúde, 30% da população brasileira sofre com problemas relacionados à falta de exercícios físicos regulares. Um estilo de vida fisicamente ativo ajuda a prevenir e combater diversas doenças como hipertensão, diabetes, obesidade e estresse, além de melhorar a disposição para o trabalho e a qualidade do sono. A partir da esquerda: Anna Bandeira, analista de RH do sistema Minas-Rio, e a enfermeira do trabalho Viviane de Freitas Atitudes saudáveis • Prefira as escadas ao elevador; • Deixe o carro na garagem e substitua-o por uma caminhada ou uma pedalada; • Marque o encontro com os amigos em um parque, assim vocês podem contar as novidades enquanto caminham juntos; • Aproveite para fazer alongamento enquanto assiste TV; • Desça um ou dois pontos de ônibus antes de sua parada habitual e complete o trajeto andando. “Além do aumento do tônus muscular, do fortalecimento dos ossos e das articulações, exercícios ajudam na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, auxiliam na capacidade de enfrentar problemas, reduzindo a ansiedade e melhorando a auto-estima”, explica Viviane Freitas, enfermeira do Trabalho do Minas-Rio. A prática pode começar de maneira simples, incluindo pequenas mudanças no dia-a-dia. Valmir Santos, controlador de Manutenção no Amapá, optou pelas pedaladas. Todos os dias ele percorre de bicicleta cerca de 7 Km. “Perdi peso, ganhei mais disposição para o trabalho e melhorei meu condicionamento físico”, explica. É só um exemplo. Há varias outras formas de incluir um pouco mais de movimento no dia a dia, sem recorrer às tradicionais academias ou ocupar um grande tempo na agenda. Outra ótima sugestão é trocar os elevadores pelas escadas, como sugere a enfermeira do trabalho do Minas-Rio. Mas, atenção, antes de começar qualquer programa de exercício físico é importante fazer uma visita ao médico para saber se há alguma restrição. G qualidade de vida O folião da TI C arioca do bairro da Tijuca e filho de animados mangueirenses, Rodrigo Ribeiro já tinha várias passagens pelo Sambódromo quando estreou numa bateria de escola de samba. Foi em 1997, na Em Cima da Hora, tocando surdo. Não parou mais. “Saio, em média, em nove escolas por ano. E, quase sempre, na bateria”, diz o coordenador de TI do Rio de Janeiro. “A única exceção foi em 2000, quando morava fora do país e acompanhei o desfile à distância. Foi difícil!” Difícil também foi entrar para a bateria de sua escola de coração, a Mangueira. “Tentei por dois anos seguidos, em 2002 e 2003. As vagas são disputadíssimas”, explica o ritmista, que conquistou seu espaço na escola de Cartola em 2004, tocando tamborim e ajudando na composição do samba-enredo daquele ano. “No quesito folia, foi minha maior emoção”, diz o carioca, que além da Mangueira saiu em outras 12 escolas naquele ano. Rodrigo dá algumas dicas para encarar a maratona. “Evito sair em duas escolas seguidas. Não dá tempo de terminar um desfile, trocar a fantasia e pegar o início do seguinte. Para recuperar a energia, muito carboidrato, água e bebidas isotônicas”, diz o carioca, que perde em média cinco quilos nos quatro dias de Carnaval. Quatro em termos, na verdade perde mais. Desfilando em tantas escolas, as chances de Rodrigo voltar ao Sambódromo no final de semana seguinte, para o desfile das campeãs, são enormes. Além disso, o mangueirense participa de dois blocos de Carnaval no Rio de Janeiro e integra, com mais 12 ritmistas, o Batuque Digital, um grupo que mistura percussão e música eletrônica. Para o folião da TI, o Carnaval tem doze meses. G Rodrigo Ribeiro “Saio, em média, em nove escolas por ano. E, quase sempre, na bateria.” eu sou anglo família De geração a geração Brincadeiras tradicionais continuam fazendo a alegria da criançada O Conexão Anglo resolveu fazer com que seus colaboradores entrem no túnel do tempo, voltem à infância e relembrem seus momentos de diversão. Mais do que apenas recordar, alguns dos nossos colegas explicam que dão vida às lembranças ao ensinar aos filhos as brincadeiras de que gostavam quando criança. Veja alguns exemplos a seguir. Patrícia Lois Técnica de Planejamento de Mina do Minas-Rio >> Moramos em uma casa com quintal, o que considero uma grande vantagem para qualquer criança. Gosto de aproveitar o espaço para brincar com a minha filha Emanuella, de oito anos. Mesmo com o tempo curto por conta do trabalho e faculdade, tento praticar o que chamo de Pedagogia da Presença, que é aproveitar os momentos que passamos juntas com qualidade. Com as brincadeiras antigas, como amarelinha, pular corda, escor- Nemat El shafie Secretária da Presidência no Rio >> Entre as brincadeiras preferidas do meu filho Rafael, de cinco anos, estão cavalinho, pique-esconde, balanço, jogo da memória, quebra-cabeça e futebol. Lembro muito da minha infância principalmente porque algumas delas eu brincava com minha mãe e outras com meu irmão. Rafael é muito criativo, uma brincadeira que ele criou foi “a luta das sombras”. Antes de dormir, acendo o abajur do quarto e quando nossas sombras aparecem e ele diz: Mamãe, vamos lutar com nossas sombras? Em seguida, lemos juntos, como minha mãe e minha avó faziam comigo. Aproveito este momento para introduzir novos voca- José Lino Operador Portuário no Amapá >> Tive uma infância difícil, pois, como filho de agricultor, trabalhei na lavoura desde cedo. Minhas principais atividades eram capinar e cuidar de animais, mas sempre que conseguia um tempo livre gostava de tomar banho de rio e brincar de pique. Hoje tenho três filhos – Ítalo, de 14 anos, Ícaro Gabriel, de 11, e Emily, de 10 – e fico feliz quando vejo que eles podem, realmente, aproveitar a infância e que algumas brincadeiras não desapareceram com o passar dos anos. Eles ainda brincam de pique-esconde, pular cor- conexão anglo >> outubro / novembro >> 12 regar na grama, Cinco Marias, entre outras, podemos manter vivas as tradições e temos a oportunidade de passar muito do que somos, de compartilhar. Essas brincadeiras são mais agregadoras e participativas do que os atuais videogames e bonecas que falam sozinhas. E as crianças gostam muito. Um exemplo disso aconteceu no último aniversário da Manu, em agosto. Os pequenos convidados deixaram de lado a cama elástica e o pula-pula para brincar de escorregar na grama com papelão que encontraram por lá. Eles ainda diziam. “Esse foi o melhor brinquedo de aniversário, os outros pais não alugam papelão para gente!”. bulários e passar algum ensinamento, pois em toda história tem sempre uma moral. Procuramos também praticar atividades ao ar livre, ter contato com a natureza. Sempre que possível, levamos o Rafael e a Maria Eduarda, minha enteada que nos visita sempre, à fazendinha, ao haras e à praia. Estou ensinando meu filho a nadar como minha mãe fez comigo. Brincando ou praticando esportes, esses momentos são uma delícia e podem ser muito educativos, inclusive para nós, adultos! da, amarelinha, jogar disco. Minha filha se reúne com as amigas para imaginar uma escolinha e jogar bole-bole, um jogo com pedrinhas. Aos fins de semana, sempre que possível, vamos ao sítio dos meus pais, que é próximo a um igarapé e tem bastante espaço para correr. No dia-a-dia, eles convivem com os vídeo-games atuais e acho esse equilíbrio muito importante para a formação deles. Assim, brincando, eles exercitam o corpo e a mente e não deixam morrer a tradição dos jogos que passam de pai para filho.