Carla Regina Silva Araújo (R1)
Orientadora: Dra Lisliê Capoulade
Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF
Brasília, 8/8/2011
www.paulomargotto.com.br
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Descrita por Laennec em 1819
Condição crônica e debilitante caracterizada por
tosse persistente, produção excessiva de
expectoração e infecções respiratórias recorrentes
Dilatação anormal e distorção das vias aéreas em
consequência de alterações estruturais da parede
brônquica
Prevalência: varia com a população estudada
Uptodate: Causes of bronchiectasis in children
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Principais fatores: obstrução + infecção +
inflamação
Agressão à parede brônquica destruição do
epitélio ciliado + inflamação e
enfraquecimento das estruturas musculares e
elásticas
facilmente colapsáveis
obstrução e estase de secreção
Uptodate: Causes of bronchiectasis in children
Stafler P; Carr S B: Non-cystic fibrosis bronchiectasis: its diagnosis and management. Arch Dis Child
Educ Pract Ed 2010;95:73–82.
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Localizadas ou generalizadas
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Císticas, varicosas ou cilíndricas
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Congênitas ou adquiridas
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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Pós-infecciosa (~42%)
Defeitos imunes
Doença do tecido
conjuntivo
Aspergilose
broncopulmonar
alérgica
Fibrose cística
Defeitos ciliares
Uptodate: Causes of bronchiectasis in children
Malformações
congênitas do pulmão
 Obstrução ou corpo
estranho
 Aspiração
 Inalação
 Asma (controverso)
 Síndrome do lobo médio
 Anormalidade das vias
aéreas
 Bronquiectasia de tração
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Preferencialmente em ambos os lobos inferiores
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Lobo inferior esquerdo (3 vezes mais)
Lobo médio: aspiração de corpo estranho ou
compressão brônquica extrínseca
Lobos superiores: na tuberculose, na fibrose
cística ou na síndrome aspirativa em pacientes
em decúbito dorsal
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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Tosse em > de 90% (produtiva entre 75-100% mucopurulenta ou purulenta em 71-97%)
Dispnéia; dor torácica; hemoptise; falência
respiratória e cor pulmonale
Sinais: baqueteamento digital, cianose,
crepitações inspiratórias e roncos expiratórios
Hill A T; Pasteur M; Cornford C; Welham S; Bilton D: Primary care summary of the British Thoracic
Society Guideline on the management of non-cystic fibrosis Bronchiectasis. Prim Care Resp J 2011;
20(x): xx-xx
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Tosse produtiva crônica (> 8 semanas)
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Asma que não responde ao tratamento
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Sinusopatias de repetição
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Resolução incompleta de pneumonia grave ou pneumonias
recorrentes
Síndrome pertussóide sem resolução após 6 meses
Sinais persistentes e inexplicáveis, especialmente crepitações
pulmonares
Sintomas respiratórios em crianças com desordens estruturais ou
funcionais do esôfago e trato respiratório superior
Hemoptise inexplicada
Hill A T; Pasteur M; Cornford C; Welham S; Bilton D: Primary care summary of the British Thoracic
Society Guideline on the management of non-cystic fibrosis Bronchiectasis. Prim Care Resp J 2011;
20(x): xx-xx
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Radiografia de tórax: raio-x normal não exclui
o diagnóstico. Raio-x sugestivo não é
diagnóstico.
Tomografia computadorizada de tórax de alta
resolução: padrão-ouro
Espirometria: adultos e crianças > 5 anos
Análise microbiológica de escarro (fase estável
e exacerbações)
Uptodate: Clinical manifestations and evaluation of bronchiectasis in Children
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Brônquios dilatados: diâmetro do brônquio pelo menos 1,5
vez o vaso que o acompanha (anel em sinete e trilho de
trem)
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Falta de afilamento do brônquio em relação à periferia
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Presença de vias aéreas na periferia
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Espessamento da parede brônquica
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Impactação mucóide
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Perfusão em mosaico
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Represamento de ar na expiração
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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História clínica
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Exame físico
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Dosagem de imunoglobulinas e outros testes
imunológicos
Testes para pesquisa de Aspergilose
broncopulmonar alérgica e fibrose cística
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Estudo da função ciliar

Broncoscopia
Uptodate: Management of bronchiectasis in children without cystic fibrosis

Tratar as causas de base
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Remoção das secreções
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Prevenção e tratamento de processos infecciosos e
exacerbações
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Normalização do estado nutricional
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Atingir crescimento e desenvolvimento normal
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Suporte psicossocial
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Medidas profiláticas
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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Exacerbações

Deterioração aguda, com piora dos sintomas locais
(tosse, aumento do volume e viscosidade da
expectoração, aumento da purulência associado a
dispnéia, hemoptise) e/ou comprometimento
sistêmico.
Uptodate: Management of bronchiectasis in children without cystic fibrosis
Tratamento empírico por via oral até resultado
da cultura - 10 a 14 dias
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Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae,
Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa
Após resultado da cultura - trocar antibiótico se
não houver resposta ao tratamento inicial
Uptodate: Management of bronchiectasis in children without cystic fibrosis
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Falência circulatória, e/ou respiratória, e/ou
cianose
Temperatura >38°C
Paciente impossibilitado de tomar antibiótico
oral
Sintomas refratários ao tratamento oral
Uptodate: Management of bronchiectasis in children without cystic fibrosis
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Antibiótico a longo prazo:





Exacerbações frequentes (>3) ou deterioração da
função pulmonar
2 semanas de antibiótico intercaladas com 2 semanas
sem (Macrolídeos)
Tempo de tratamento: 4 meses a 1 ano (reavaliação)
Pode resultar em resistência
Colonização crônica por Pseudomonas aeruginosa –
aminoglicosídeo inalado
Uptodate: Management of bronchiectasis in children without cystic fibrosis
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Fisioterapia respiratória
Mucolíticos e agentes hiperosmolares (fibrose
cística)
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Broncodilatadores
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Antiinflamatórios
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Oxigenioterapia
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Reabilitação pulmonar
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Ventilação com pressão positiva não-invasiva
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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Sintomas persistentes e refratários ao tratamento
clínico
Baixa aderência a tratamento de longa duração
Déficit de crescimento e desenvolvimento
pôndero-estatural
Hemoptises graves e recorrentes, não controláveis
por embolização arterial brônquica
Bronquiectasias localizadas, com sintomas
importantes
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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Transplante pulmonar bilateral: pneumopatia
grave por bronquiectasias difusas
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da
Silva. Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP,
Manole, 2008.
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Pneumonias de repetição
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Desnutrição
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Empiema
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Pneumotórax
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Abscesso pulmonar
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Cor pulmonale
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Hemoptises
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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Evitar exposição ao tabaco
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Imunizações (pneumococo e Influenza)
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Tratamento das causas de base
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Tratamento agressivo das infecções
respiratórias
Macrolídeos: dias alternados
Uptodate: Management of bronchiectasis in children without cystic fibrosis
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Evolução favorável: doença localizada
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Pior prognóstico: doença grave desde o início
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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Morbidade significativa
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Ansiedade e depressão
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Declínio da qualidade de vida
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Declínio gradual da função pulmonar
RODRIGUES Joaquim Carlos; ADDE Fabíola Villa; FILHO Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva.
Doenças Respiratórias- Instituto da Criança- HC, Capítulo 31, 1ª Ed., Barueri, SP, Manole, 2008.
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