3 Sistemas de Referências
para a Produção de Leite
na Agricultura Familiar da
Região Noroeste do
Paraná
Luciene Nogueira
Edson Luiz Diogo de Almeida
Jair de Araújo Marques
José Antônio Cogo Lançanova
José Jorge dos Santos Abrahão
Marcos Henrique da Silva
Simony Marta Bernardo Lugão
Valter Martins Pessoa
Apresentação
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da agricultura
familiar através de um processo de pesquisa e difusão melhor adaptado às
características deste estrato de produtores, a Secretaria de Estado da
Agricultura e Abastecimento do Paraná, por intermédio da Empresa
Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER - Paraná) e
do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), vem executando, desde junho
de 1998, o projeto “Redes de Referências para a Agricultura Familiar”
(REDES), trabalho inserido no Programa de Estado “Paraná 12 Meses”, em
seu componente Manejo e Conservação dos Recursos Naturais - Fase II.
As REDES constituem-se em uma metodologia de pesquisa adaptativa
e extensão rural, apoiada em propriedades analisadas e acompanhadas sob
o enfoque sistêmico, no qual contemplam-se análises dos recursos naturais,
produção vegetal e animal, recursos humanos e econômicos.
Em suas diferentes etapas, a implantação das REDES compreende a
realização de um estudo prévio com a caracterização da região de trabalho
e a tipologia de agricultores que tem por objetivo apoiar a escolha dos
sistemas de produção a serem estudados; a escolha dos sistemas de
produção prioritários, feita a partir das informações da etapa precedente
segundo critérios que os responsáveis pelo trabalho julgam mais pertinentes
para cada situação e a seleção de propriedades que comporão as redes,
efetuada a partir da reflexão da equipe responsável pelo projeto
considerando os objetivos propostos. Escolhidas as propriedades, tem início
o acompanhamento de seu sistema produtivo e o seu diagnóstico,
realizado com o intuito de conhecer o funcionamento daquele sistema, seus
pontos de estrangulamento, suas potencialidades e os objetivos do agricultor,
informações que por sua vez embasarão as etapas de planejamento e
intervenções na propriedade.
A partir do acompanhamento das propriedades e das intervenções
realizadas visando o aperfeiçoamento de seus sistemas de produção, são
obtidas referências técnicas e econômicas úteis também para outros
agricultores de características semelhantes. As informações colhidas são
analisadas de forma interdisciplinar, levando-se em conta os diferentes
componentes que interagem na propriedade.
Deste modo as REDES permitem ajustar os sistemas de produção
existentes para se adaptarem às potencialidades e dificuldades locais, quer
sejam elas de natureza técnica ou econômica, visando assim atingir a maior
rentabilidade possível, obedecidas as premissas de sustentabilidade e
estabilidade.
O presente trabalho, apresenta três sistemas de referências para
produção de leite na agricultura familiar na região do Arenito Caiuá, no
noroeste paranaense, os quais distinguem-se pelo grau de intensificação no
manejo da pastagem. Tais sistemas foram elaborados com base no trabalho
desenvolvido junto a 38 agricultores participantes do Projeto, no período de
setembro de 1998 a setembro de 2003. Os agricultores participantes
distribuem-se por 23 municípios das regiões de Paranavaí e Umuarama.
Ao apresentar este documento queremos nos somar a equipe da
mesorregião noroeste das REDES no agradecimento aos agricultores
colaboradores do Projeto, sem os quais este não seria possível de ser
realizado.
Paranavaí, novembro de 2004
Diniz Dias Doliveira
Márcio Miranda
Coordenação Estadual das
Redes de Referências para a Agricultura Familiar
SISTEMAS DE REFERÊNCIAS
O que são
Para que servem
Como são elaborados
Como estão apresentados
Características gerais dos sistemas descritos
1. O que são Sistemas de Referências ?
São modelagens elaboradas com base nos dados observados a
campo por meio do acompanhamento técnico e econômico das propriedades
participantes do projeto, considerando os progressos técnicos e gerenciais
possíveis de serem obtidos, alguns dos quais já constatados em
propriedades integrantes das REDES. O trabalho é executado pela equipe
responsável pelo desenvolvimento do projeto na região, permitindo que se
incorpore na modelagem a experiência dos técnicos e outras fontes de dados
consideradas relevantes para o contexto regional.
Sistemas de referências não correspondem, portanto, a
apresentação de médias dos resultados das propriedades estudadas, nem
sequer a simulações que considerem exclusivamente resultados
obtidos em condições experimentais sob condições controladas.
Descrevem um sistema de produção com seus diferentes
componentes, considerando a combinação de atividades existente nos
sistemas acompanhados e os itinerários técnicos de produção, os quais são
coerentes com os níveis de produtividade indicados e a disponibilidade de
recursos humanos, físicos e econômicos, levando em conta ainda restrições
de solo e clima presentes na microrregião de ocorrência do sistema
analisado. Deste modo, os sistemas de referências devem ser tomados como
o conjunto de resultados técnicos e econômicos globais, relativos assim ao
sistema de produção analisado como um todo, possíveis de serem esperados
com o bom funcionamento do sistema descrito.
2. Para que servem ?
Em sua operacionalização cotidiana, as REDES abrangem na
mesorregião noroeste um total de 63 agricultores responsáveis por sistemas
de produção relevantes para suas regiões, seja sob o ponto de vista do
número expressivo de outras propriedades com condições similares de solo,
clima, infra-estrutura e recursos humanos conduzindo atividades similares,
seja sob a perspectiva futura das novas alternativas que apresentam.
A massificação das informações obtidas neste processo de
acompanhamento e intervenções é portanto fundamental para que os
avanços alcançados no Projeto sejam disponibilizados para todo o conjunto
de produtores identificados com os tipos estudados.
Para alcançar os objetivos de disseminação da informação são
utilizados diferentes tipos de estratégias e instrumentos de comunicação
cada qual com um objetivo específico. No caso dos Sistemas de Referências
estes se prestam fundamentalmente para:
•
•
•
•
•
Oferecer aos agentes de assistência técnica e extensão rural
informações consolidadas acerca do desempenho técnico e
econômico possível de ser alcançado em sistemas de produção de
relevância regional;
Orientar agricultores em processos de conversão de seus sistemas
produtivos, reunindo informações que permitam uma análise preliminar
na qual diferentes alternativas estejam sendo cotejadas;
Disponibilizar informações que possibilitem orientar agricultores na
gestão da propriedade agrícola, oferecendo uma base de referências
para análise comparativa;
Permitir a realização de simulações e análises prospectivas que
possam orientar iniciativas de políticas públicas;
Oferecer aos responsáveis pela formação profissional de agricultores e
estudantes de ciências agrárias um conjunto de simulações
potencialmente úteis para suas práticas pedagógicas.
3. Como são elaborados ?
A construção dos sistemas de referências inicia-se conjuntamente com
o acompanhamento das propriedades integrantes das REDES, obedecendo
procedimentos cronologicamente muitas vezes simultâneos os quais, para
fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas:
1ª Obtenção das referências intermediárias:
São as informações coletadas diretamente nas propriedades, as
quais são utilizadas como insumos para a elaboração (depois de analisadas
e consolidadas) das referências modulares. São parâmetros técnicos e
econômicos concretos (reais) relativos as diferentes atividades presentes no
sistema de produção, sendo específicas de cada propriedade acompanhada.
Podem ser obtidas em duas situações: nos diagnósticos técnicos e nos
registros durante o acompanhamento.
2ª Obtenção das referências modulares:
Após o processamento, análise e consolidação das referências
intermediárias por sistemas de produção, obtém-se as referências modulares,
que são informações obtidas no médio e longo prazos, compostas por
parâmetros e indicadores técnicos e econômicos relativos as atividades
acompanhadas, os quais incorporam às referências intermediárias as
margens de progresso possíveis, ou seja incrementos no desempenho
do sistema de cultivo possíveis de serem alcançados por agricultores que
estejam dentro do domínio de recomendação dos sistemas de produção que
deram origem a essas referências. Para definição destas margens de
progresso consideram-se além das intervenções nas propriedades
acompanhadas, os conhecimentos das equipes de especialistas, as
referências de REDES de outras regiões e os resultados do trabalho de
pesquisa e de validação de tecnologias.
3ª Construção do Quadro de Coerência
Aqui as informações obtidas em cada uma das propriedades
acompanhadas são agregadas considerando o sistema de produção ao qual
pertence o agricultor. Idealmente os sistemas de referências são descritos a
partir da agregação de dados de ao menos cinco propriedades.
Na elaboração do quadro de coerência procede-se um exame
criterioso da estrutura interna de cada sistema trabalhado, considerando a
superfície agrícola útil, a mão-de-obra familiar e o capital disponíveis, bem
como a renda bruta obtida e sua composição. Para garantir a maior coerência
interna ao sistema a ser descrito, os casos extremos são desconsiderados na
análise.
4ª Simulações e Descrição dos Sistemas de Referências
Com os quadros de coerências elaborados, procede-se então a última
etapa do trabalho. Primeiramente simulam-se os resultados do sistema de
referência analisado considerando os ajustes necessários e possíveis em sua
estrutura interna e em seu funcionamento, quando tomam-se em conta as
referências modulares disponíveis para as atividades presentes e a
necessidade de manutenção de sua coerência no que diz respeito a
disponibilidade e utilização dos recursos. A seguir tal sistema é descrito,
considerando os resultados obtidos na simulação.
Observa-se deste modo que muito embora o sistema de referência
diga respeito a um modelo, ele garante sua consistência e aplicabilidade pelo
fato de que o trabalho de modelagem é efetuado a partir de dados concretos.
Neste sentido a simulação e descrição orientam-se a partir de uma
propriedade pivô, a qual possui estrutura e desempenho próximo daquele
apresentado como referencial ao sistema acompanhado.
4. Como estão apresentados ?
Visando primeiramente inserir o leitor no contexto da produção leiteira,
principal atividade dos sistemas descritos, este documento inicia-se com uma
breve discussão das recentes transformações estruturais ocorridas no
agronegócio do leite no Brasil e seus impactos nos planos estadual e
regional.
Em seqüência, discutem-se algumas das funções econômicas e
sociais cumpridas pela atividade leiteira na região do Arenito Caiuá,
introduzindo-se então os sistemas de referências descritos, suas
características gerais, técnicas e econômicas. Tem-se então a apresentação
detalhada dos sistemas acompanhados, a qual é realizada seguindo uma
estrutura padrão descrita à seguir:
1a
A 1ª página apresenta um box no qual indicase o sistema de produção descrito (categoria
social e atividade predominante), indicandose a seguir a produtividade e o perfil da
produção leiteira, a superfície agrícola útil e a
mão-de-obra familiar disponível.
A composição do rebanho e as principais
estratégias de manejo alimentar são trazidas
aqui.
Apresentam-se
também
algumas
características gerais do sistema e o
esquema de ocupação de sua superfície
agrícola útil.
PS M 1 LE IT E – 15 L/VA C A /D IA
B A IX A IN T E N S IF ICA Ç Ã O D A
PA S T A G EM no A renito, P R
Produçã o d e 7 .4 6 6 litros d e leite/ha/a no, em 11 ha com
1 ,5 E q.H , com baixa intensifica ção d a pa stagem .
1A
•
•
•
•
•
R E BA N H O
2 0 V acas (15 em lactação e 5 secas)
9 N ovilh as + B ezerras
•
•
•
S istem a com 100 % da S uperfície de
Á rea A g rícola (S A U ) destinada à
produção anim al (11 ha);.
PS M 1 L eite
N o verão os anim ais são mantidos
em sistem a de pastejo com lotação
rotacionada,
utilizando-se
com o
p a sta g e m tropica l p e rene (PT P)
espécies com potencial de m édia
produtividade
(e strela
rox a ,
m om b a ç a , ta nzâ nia ).
T axa de lotação das pastagens no
peródo das águas é de 3 a 4 U A /ha .
A nim ais oriundos d e vacas m estiças,
predom inando o g rau d e sangue 7 /8
h olandês, com produção m édia de 15
litros/vaca/dia.
U nid ad e d e E xplo ração
A gríco la – 1 3,5 h a
A Pa stag em T ropical P erene (P T P ) é a base
da alim entação no verão, com suplem entação
energ ética ou energética/protéica, de acordo
com a produção e curva de lactação.
N o inverno a b ase da alim entação é a cana-dea ç úca r, corrig ida com a m istura de uréia +
sulfato
de
am ônio,
com
suplem enta ção
energ ética/ proteíca.
Partindo de situações com um ente observa das
no m eio real, este sistem a dem anda 4 a 6 anos
para ser ajustado.
PTP
9 ,6 h a
C A N A - D E -A ÇÚ C A R
1,4 h a
R E S E R V A LE GA L
2,0 ha
S E DE /C A R RE A D O R
0 ,5 ha
2a e 3a
Informações relativas ao manejo alimentar do
rebanho são trazidas nas 2ª e 3ª páginas.
Pastagem e Suplementações
O manejo das pastagens também é discutido,
incluindo-se esquemas de adubação das
pastagens tropicais perenes, do sorgo e da
cana-de-açúcar, além de dados relativos a
adubação nitrogenada e rendimentos das
pastagens em toneladas de matéria seca.
SISTEMA FORRAGEIRO
VERÃO: PASTAGEM + SUPLEMENTAÇÃO (185 dias)
INVERNO: CANA-DE-AÇÚCAR + URÉIA e SULFATO DE AMÔNIO + SUPLEMENTAÇÃO (180 dias)
Manejo da Pastagem
Para um menor nível de intensificação (100 kg de N/ha/verão) as espécies forrageiras mais indicadas
são: estrela roxa, tanzânia e mombaça.
As PTP são conduzidas em sistema de pastejo com lotação rotacionada, com 1 a 3 dias de pastejo. O
período de descanso é determinado pela altura da pastagem, variando com a espécie forrageira
conforme tabela abaixo.
Tabela xx:
Altura de entrada (pastejo) e de saída (resíduo pós-pastejo) dos animais na pastagem,
de acordo com a espécie forrageira.
•
•
forrageira
altura de entrada (cm)
altura de saída (resíduo
pós-pastejo) (cm)
Período médio de descanso, em
dias (estimativa)
Estrela roxa
Tanzânia
40
70
10
25
30 a 40
30 a 45
Mombaça
90
30
30 a 45
Adubação da Pastagem
A página 3 concentra-se na discussão do
sistema de suplementação, apresentando
também a curva de lactação.
As recomendações de calagem e adubação devem ser realizadas de acordo com a análise de solo.
Esquema de adubação das PTP:
• A saturação por base deve ser elevada para 50%;
• O fósforo deve ser elevado para 8 ppm;
• O potássio deve ser corrigido para 3% da CTC do solo;
• A adubação nitrogenada recomendada para alcançar a taxa de lotação de 3UA/ha no período de 185
dias (período das águas) deve ser de 100kg de N/ha, parcelado em 3 a 4 aplicações, junto com a
adubação potássica;
• No sistema de pastejo com lotação rotacionada, as adubações nitrogenadas devem ser realizadas
após o pastejo, utilizando com fonte de nitrogênio a uréia (em condição que não ocorra perda por
volatilização) ou o nitrato de potássio (em condição que ocorra perda por volatilização, se usar uréia).
Esquema de adubação da Cana-de-açúcar:
• A saturação por base deve ser elevada para 70%;
• O fósforo deve ser elevado para 12 ppm;
• O potássio deve ser corrigido para 5% da CTC do solo;
• A adubação nitrogenada deve ser de 100kg de N/ha/ano;
• As adubações, nitrogenada e potássica, devem ser realizadas em 02 parcelas: a primeira com a
brotação à 0,40 cm e a segunda à 0, 70 cm de altura.
As produtividades das pastagens tropicais perenes (PTP) e da cana-de-açúcar são apresentadas na
Tabela abaixo.
Tabela
Produtividade das pastagens tropicais perenes (PTP) e da cana-de-açúcar, com 100 Kg
N/ha/período águas.
Espécie forrageira
Kg N/ha/
Ton MV/ha/ano
Ton MS/ha/ano
PTP
100
60-70
12-14
cana-de-açúcar
100
100
27-30
4a
A 4ª página ilustra o plano forrageiro,
apresentando o esquema de alimentação
necessária por unidade animal.
São considerados distintamente os períodos
de inverno e verão, sendo as informações
apresentadas para as diferentes categorias
animais.
Plano Forrageiro
Categoria animal
Alimentação necessária (15L/vaca/dia)
15 Vacas em Lactação (18 UA)
PTP
5,5 ha
Supl. Energético ou
Protéico
O N D J F M
Cana-de-açúcar
0,6 ha
Supl. Energ/Prot
A
M
J
J
A
Supl. Energético ou
Protéico
N D J F M
Cana-de-açúcar
0,4 ha
Supl. Energ/Prot
A
M
J
J
A
Cana-de-açúcar
0,4 ha
Supl. Energ/Prot
N
D
J
F
M
A
M
J
J
A
No.
UA
18,0
5,35
2,0
2.000
5,35
16,0
15.500
Inverno
Rebanho
(Kg/MS/ano)
27.500
Verão
Inverno
3,00
5,90
Período
Verão
UA
(kg MS/dia)
9,75
18,0
18,0
Inverno
8,75
6
9.500
Verão
Inverno
1,50
2,50
6
6
1.650
2.750
Período
Verão
UA
(kg MS/dia)
11,25
No.
UA
5,00
Rebanho
(Kg MS/ano)
7.000
9.000
No.
UA
10.000
20.000
6
Rebanho
(Kg MS/ano)
10.900
S
6 Novilhas (5 UA)
PTP
1,8 ha
O
UA
(kg MS/dia)
8,25
Inverno
S
5 Vacas Secas (6 UA)
PTP
2,0 ha
O
Período
Verão
9,90
5,00
Inverno
Inverno
1,35
5,00
1.250
Idade
(dias)
0-60
Bezerra
Consumo/dia
4,0 L
No.
Bez.
7
Bezerra
Consumo/ano
1.700 L
S
7 bezerras de 0-6 meses e 4 de 6-12 meses
Leite
Suplemento energético/protéico
PTP
0,3 ha
0-60
60-180
180-360
60-180
0,4
1,3
1,0
2,0
kg
kg
kg
kg
7
3
3
3
170
500
600
800
kg
kg
kg
kg
180-360
6,0 kg
3
3.300 kg
Até
3 a 6 meses
7 a 12 meses
60 dias
(1,2 UA)
Obs . A ingestão diária de matéria seca (MS) está ao redor de 2,5% do PV ou 11,25 Kg MS/UA
(1UA=450 kg).
O peso médio das vacas é de aproximadamente 530 kg.
As bezerras são aleitadas artificialmente e desmamadas aos 60-70 dias, apresentando consumo de 0,8
a 1,0 kg de suplemento. Dos 60 dias até 180 dias serão suplementadas com concentrado limitado a 1,5
kg dia. Dos 180 dias até 360 dias receberam 1,0 kg dia.
5a
A 5ª página é dedicada à apresentação da
composição do rebanho, considerando a
dinâmica desejável para a evolução do
rebanho, com a obtenção dos índices
técnicos que são também aqui apresentados.
Composição do Rebanho – 30 UA
Rebanho estabilizado
15 Vacas em
lactação +
5 vacas secas
3 Nov 2 – 3 anos
Produção anual
82.125 litros de leite
2 Vacas de Descarte
1 Novilha (baixa produção)
3 Nov 1 – 2 anos
3 Bez – 6 a 12 meses
7 Bez – 0 a 6 meses
4 Bezerras desmamada
7 Bezerros ao nascer
INDICES TÉCNICOS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Rebanho cruzado 7/8 (raça predominantemente européia):
o 15 Vacas em Lactação;
o 5 Vacas Secas;
o Vacas em lactação/ vaca total > 75%;
CONTROLE
LEITEIRO,
SANITÁRIO
E
Idade a cobertura – 18 meses (350 kg PV);
REPRODUTIVO É FUNDAMENTAL, BEM COM A
Idade ao 1º. Parto – 27 meses;
GESTÃO DA PROPRIEDADE.
Intervalo entre partos – 13 meses;
Uso de inseminação artificial ;
Venda anual de animais:
o 10 % Taxa de descarte (2 vacas);
o 4 bezerras desmamadas com 60 dias e vendidos;
o 7 bezerros ser comercializados, doados ou eliminados ao nascer;
o Descarte de duas novilhas de 2 – 3 anos.
Produção de leite/ha/ano – 7.466 L;
Produção de leite/vaca rebanho/ano - 4.106 L;
Consumo de suplemento do rebanho/ano = 37.100 kg;
Para cada 1L de leite produzido foram gasto 0,45 kg de suplemento
consumido pelo rebanho;
Produção de leite/vaca/dia de intervalo entre partos – 11,5 L.
6a
Os equipamentos e instalações necessárias
para o funcionamento adequado do sistema
são relacionados na 6ª página.
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES UTILIZADOS
Nesta página discute-se ainda a ocupação da
mão-de-obra no sistema, com o gráfico da
demanda de trabalho ao longo do ano para
as diferentes atividades, seguido de
comentários acerca das características gerais
de ocupação deste fator produtivo.
INSTALAÇÕES
•
•
VACAS
o Sala de ordenha 70 m2
o Esterqueira 3 m3
o Paiol 20 m2
NOVILHAS E BEZERRAS
o Bezerreiro ou piquete até desmame
EQUIPAMENTOS
o
o
o
o
o
Resfriador 750 litros
Ordenhadeira com 2 conjuntos
Pulverizador costal manual
Aparelho de cerca elétrica
Forrageira
DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO NO ANO
DH
Uso da Mão de Obra (DH)
40
Disponível
35
Manejo
30
Ordenha
25
20
15
10
5
0
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
CARACTERÍSTICAS DA DEMANDA DE TRABALHO
•
•
A análise econômica do sistema de produção
trabalhado, apresentada na 7ª página,
compreende uma figura na qual são
apresentados a renda bruta, os custos
variáveis e a margem bruta total do sistema,
indicando-se também a participação absoluta
e relativa de cada atividade nestes três
indicadores.
Outros indicadores de perfomance do sistema
como a renda da operação agrícola e a
remuneração da mão-de-obra familiar são
também apresentados.
A descrição dos sistemas de referências
conta ainda com as 8ª e 9ª páginas, nas
quais apresentam-se respectivamente os
indicadores
5a econômicos utilizados no
trabalho e pontos a salientar no sistema
descrito.
A mão de obra familiar disponível, de 1,5 Eq.H (39 dH/Mês), é suficiente para a
condução do sistema ao longo de todo ano.
O trabalho se mantém constante durante todo o ano, entretanto nos meses de
inverno (Abr-out) ocorre um ligeiro aumento, decorrente das operações de corte e
trituração da cana-de-açúcar, colocação no cocho e mistura da uréia.
7a
RESULTADOS ECONÔMICOS
(Valores em R$ safra 2002/2003)
CUSTOS VARIÁVEIS
LEITE - R$ 23.845,00
RENDA BRUTA
VERÃO INVERNO –
LEITE - R$ 32.816,00
VERÃO R$ 15.401,00
INVERNO – R$ 17.415,00
DESCARTE
R$ 10.362,00
R$ 13.483,00
DESCARTE
R$
ATIVIDADE
R$ 23.845,00
0,00
MARGEM BRUTA
R$ 3.800,00
LEITE - R$ 8.971,00
ATIVIDADE R$ 36.616,00
VERÃO INVERNO –
R$ 5.039,00
R$ 3.932,00
DESCARTE
R$ 3.800,00
ATIVIDADE
R$ 12.771,00
DEPRECIAÇÕES R$ 4.521,00
DESPESAS OPERACIONAIS TOTAIS
R$ 28 366 00
Juros capital próprio
R$ 7 606 00
CUSTO TOTAL
R$ 35 972 00
LUCRO OU MARGEM
LÍQUIDA/ANO
R$ 644,00
REREMUNERAÇÃO DA MÃO-DEOBRA FAMILIAR
(Eq. H/Mês)
R$ 36,00
RENDA DA OPERAÇÃO
AGRÍCOLA/ANO
R$ 8.250,00
REREMUNERAÇÃO DA MÃO-DEOBRA FAMILIAR (Eq. H/Mês)
R$ 458,00
GLOSSARIO:
Renda Bruta: produção obtida x preço de venda;
Depreciação: cursos necessários para repor o investimento;
Custos Variáveis: despesas para um ciclo de cultivo;
Margem Bruta – renda bruta: custos variáveis;
Despesas Operacionais Totais: Custos variáveis +
Depreciações e manutenção;
Renda da Operação Agrícola : Renda Bruta – Despesas
Operacionais Totais
Remuneração da Mão-de-obra: Renda da Operação
Agrícola/ 12 meses /No de Eq. H.
5. Características gerais dos sistemas descritos
5.1. Introdução
A pecuária de leite está presente em todos os estados, empregando
mão-de-obra, gerando excedente comercializáveis e renda para boa parte da
população brasileira. Segundo informativo da Embrapa (Relatório,2001), são
perto de 1.800 mil propriedades com atividades em pecuária, das quais
aproximadamente 450 mil fornecem leite à cerca de 1.000 empresas de
laticínios.
A estrutura produtiva do leite brasileira caracteriza-se pela grande
heterogeneidade, observando-se uma grande diversidade de sistemas de
produção, com diferentes níveis tecnológicos, adaptados às diferentes
condições encontradas nas grandes regiões, coexistindo produtores de
subsistência e produtores especializados.
Especialistas mostram que desde o inicio da década de 90, a cadeia
produtiva do leite no Brasil vem passando por significativas mudanças
estruturais, tais como: liberação dos preços, plano Real, abertura do
comércio internacional, Mercosul, novas estruturas de produção e de
comercialização, maior competição no setor industrial e também o crescente
poder de discernimento do consumidor.
No contexto das grandes transformações ocorridas, o mercado de leite
fluído refletiu alterações nos hábitos dos consumidores. No período de 1990
a 1999, o consumo de leite UHT passou de 184 milhões de litros por ano
para 3,5 bilhões, enquanto o leite C comercializado em sacos plásticos caiu
de 4,0 bilhões de litros/ano para 2,0 bilhões de litros/ano. Essas mudanças
atraíram a atenção das grandes redes de supermercados que rapidamente
estão substituindo as padarias como principal canal de distribuição no varejo.
Tais fatos contribuíram para alterar a dinâmica do agronegócio do leite,
saindo de uma situação estagnada por longos anos para o dinamismo
produtivo e alterando a distribuição geográfica da produção. Observa-se um
crescimento mais acelerado na Região Centro-Oeste onde segundo dados do
IBGE a produção aumentou 105% em 10 anos, com custos de produção mais
baixos em comparação com as demais regiões do País, como exemplo o
estado do Paraná, no qual no mesmo período o aumento da produção foi de
55%.
A despeito do bom desempenho no crescimento da produção (6,0% ao
ano, na de década de 90 e 3,3% ao ano, na de 80) e dos consideráveis
avanços já alcançados em relação à produtividade, a pecuária leiteira
brasileira ainda está longe de ser classificada como de elevado nível
tecnológico.
Embasado nas poucas perspectivas de aumento do poder aquisitivo
da população interna - mesmo que no médio prazo - e na grande
potencialidade da produção nacional, o setor industrial passou a se
preocupar com o mercado externo, pressionando para que haja as mudanças
preparatórias nos diferentes elos da cadeia produtiva.
Em conseqüência, na última década, o setor primário de leite, está
sendo pressionado a absorver mudanças importantes e simultâneas, quais
sejam:
a) Melhoria da qualidade;
b) Aumento da demanda por produtos de maior valor agregado;
c) Racionalização da coleta por meio da granelização;
d) Concentração da indústria;
e) Ampliação da escala de produção e profissionalização dos produtores.
Estas mudanças, embora desejáveis, não se processam sem um alto
custo social, pois números levantados pela Leite Brasil, Confederação
Nacional de Agricultura e Embrapa, revelam que 10,3 mil produtores
deixaram de ser fornecedores dos 16 maiores laticínios do País em 2001. No
ano de 2000, 16 mil fornecedores já haviam deixado a atividade.
Os produtores sem condições de incorporar as novas tecnologias são
por conseqüência, alijados do processo. Os laticínios reduzindo seus
fornecedores ficam apenas com os de maior qualidade e escala, semelhante
ao que já ocorreu em outras atividades (suínos e aves). Para isto, as
empresas chegam a pagar um diferencial de preço, que pode chegar a 50 %
do preço básico. Os produtores que possuem escala e recebem melhores
remunerações por litro continuam na atividade.
Com isto, além de outras vantagens associadas à administração do
negócio, as empresas economizam ao coletar leite em menos propriedades,
aumentando sua competitividade.
No estado do Paraná, de forma semelhante ao verificado no Brasil, o
mercado passou a atuar no sentido de selecionar os produtores de leite por
escala de produção e qualidade da matéria-prima. Isso exige que a atividade
seja conduzida com o máximo profissionalismo devido as baixas margens de
lucro.
Na região Noroeste as industrias de laticínios ainda não aderiram aos
programas de pagamento de leite pela qualidade, permanecendo ainda os
sistemas tradicionais de remuneração com base, muitas vezes, apenas em
volume, mesmo nas grandes empresas. Nessa região, muito embora
empresas de maior porte já tenham implantado o processo sistematizado de
coleta à granel, pequenos laticínios ainda continuam no sistema de latão.
Constata-se ali que o processo de exclusão de produtores está em
andamento, e hoje só não é completamente percebido porque os
agricultores, ao perderem espaço nos grandes laticínios e cooperativas,
migram para laticínios menores, mas com a pressões das cooperativas e
grandes laticínios esta sobre - vida dos pequenos laticínios poderá ser
pequena.
Em amostragem realizado pela Redes de Referências, observa-se
atualmente que as empresas de laticínios que captam leite dentro nos 29
municípios da região de Paranavaí trabalham com ociosidade de 56% de sua
capacidade instalada, sendo que o recebimento atual de leite é de 175.000
litros/dia, entregue por aproximadamente 2.950 produtores, perfazendo uma
média de aproximadamente 60 litros de leite/dia/produtor.
Como não poderia ser diferente, o Paraná vive plenamente a desejada
modernização do setor leiteiro. Existem, no entanto particularidades que se
não forem devidamente tratadas terão impactos negativos ao potencializar os
aspectos perversos do desenvolvimento do setor. Pelas suas peculiaridades,
no território paranaense, a modernização do setor leiteiro terá impactos
regionais diferenciados.
Verifica-se na Tabela 1, a distribuição regional dos produtores de leite
no estado do Paraná.
Tabela 1. Produtores de leite por região do Estado.
Região
Sudoeste
Oeste
Noroeste
Norte
Centro- Oeste
Sul
Total
Número de
produtores
9.294
10.419
5.039
4.770
4.565
1.789
35.876
% produtores do
Estado
26
29
14
13
13
5
100,0
Fonte: Seab/Deral, 1999.
Estudos mostram que no sistema industrial tradicional, para cada
propriedade de leite, são gerados quatro empregos diretos/indiretos. Deste
modo acredita-se que 40% dos produtores (mais de 2.000) não estão aptos
para permanecer na atividade. Na região Noroeste, estima-se que serão
excluídos aproximadamente 10.000 pessoas.
Independentemente da concentração de terras e renda que ocorreria
em benefício de alguns, em pouco tempo, teriam de gerar novos empregos
para os excluídos do leite e na seqüência, da própria agricultura. É
importante observar que esta geração de empregos teria que se dar em uma
conjuntura econômica que hoje é incapaz de atender a demanda de trabalho
resultante apenas do próprio crescimento vegetativo da população.
Além disto, o aumento de oferta de maquinário usado e animais de
produção direcionaria os preços em geral para baixo, empobrecendo ainda
mais o conjunto de agricultores pela desvalorização de parte de seu capital.
Tentando definir uma escala de produção segura, dados dispersos
apontam para um volume diário mínimo de 200-250 litros/dia/produtor.
Observa-se no Gráfico 1 abaixo, que 60% dos agricultores da região de
Paranavaí ainda entregam até 60 litros /dia, quantidade ainda distante desta
escala segura.
Por falta de organização, capital, informações e conhecimento, os
produtores mais pobres, detentores de menores áreas, são aqueles que
correm o maior risco de exclusão do setor leiteiro e do próprio meio rural.
O tradicionalismo mostra-se impeditivo na incorporação de novos
procedimentos técnicos, aliados à política extrativista das industrias, pouco
preocupados em auxiliar os produtores. Em estudos realizados pelo Projeto
Redes de Referências no primeiro semestre de 2003, dos nove laticínios
visitados na região de Paranavaí, 20% mantêm um departamento técnico
com assistência técnica ao produtor, outros 20% mantêm algum convênio
com médicos veterinários ou casas agropecuárias tercerizados para
atendimento clínico ou aquisição de produtos, o restante dos laticínios (60%)
não tem nenhum apoio técnico, preocupando-se exclusivamente na compra
de matéria-prima.
Gráfico 1. Percentagem de produtores por litro de leite entregue por dia
% de produtores da região de Paranavaí
60.44%
36.59%
2.90%
Até 60
61-200
201-400
0.07%
Mais 400
litros leite/dia
Fonte: Projeto Rede de Referências, 2003.
Para as indústrias, a sazonalidade da produção aumenta os custos do
processamento de leite, uma vez que a capacidade instalada é determinada
pelos meses de maior produção. Este ciclo de safra e entressafra
apresentado pela produção pecuária está diretamente associado a
estacionalidade da produção forrageira, um dos graves obstáculos da
pecuária leiteira, ocasionando aguda flutuação na alimentação dos bovinos,
assentada sobre a produção das pastagens.
Com o intuito de auxiliar os técnicos, as Redes de Refências para a
Agricultura Familiar descrevem neste trabalho, três Sistemas de Referências
comumente encontrado na região de arenito no Noroeste do Paraná.
5.2. Sistemas de Produção que envolvem a atividade leiteira no
Arenito
O acompanhamento realizado pelas Redes de Referência permite
observar que nos sistemas de produção que envolvem a atividade leiteira na
região Noroeste, o leite exerce importante papel no tocante à:
ƒ
Mão-de-obra: a mão-de-obra utilizada para manejo e ordenha dos
animais fica ao encargos da família. Os serviços pesados exigidos pela
atividade são realizados pelo agricultor e filhos mais velhos. Assim toda a
família trabalha na propriedade;
ƒ
Necessidades domésticas: Geração de recursos para atender as
necessidades mensais da família, como aquisição de alimentos, roupas,
calçados, material escolar, etc.
ƒ
Capital de giro: Oferta de recursos para outras atividades, como o
pagamento do aluguel de máquinas agrícolas, mão-de-obra,
administração (despesas de deslocamentos).
Para estes agricultores, apesar dos pequenos montantes às vezes
envolvidos, o leite funciona como a base da economia familiar. Ao afetar
profundamente a lógica dos sistemas, a exclusão de agricultores da atividade
leiteira provocaria instabilidade econômica e social para o sistema, para as
famílias, regiões e Estado.
5.3. Sistemas de Referências descritos
Os três Sistemas de Referências descritos à seguir tem o leite como a
única atividade remuneradora, mantêm 1,5 Equivalentes Homem (Eq.H.) de
mão-de-obra (o agricultor e na maioria das vezes a esposa) durante todo o
ano. A superfície agrícola útil (SAU) de 11 ha é um fator de limitação destes
sistemas. A diferença entre os três sistemas é o grau de intensificação das
pastagens. São eles:
1- Sistema de referência 1A (SR 1A) - Produção de leite com baixa
intensificação da pastagem;
2- Sistema de referência 1B (SR 1B) - Produção de leite com média
intensificação da pastagem;
3- Sistema de referência 1C (SR 1C) – Produção de leite com alta
intensificação da pastagem.
Na Tabela 2 estão descritas as principais características dos sistemas
descritos.
Tabela 2. Características gerais dos Sistemas de Referências descritos.
Características
SR 1A
SR 1B
SR 1C
Atividade
leite
leite
leite
Mão de obra (Eq.H)
1,5
1,5
1,5
Área total (ha)
13,5
13,5
13,5
SAU (ha)
11,0
11,0
11,0
Pastagem tropical perene
Cana-de açúcar
9,6
1,4
8,4
2,6
8,2
2,8
Reserva legal (ha)
Mata ciliar (ha)
2,0
0,5
2,0
0,5
2,0
0,5
Características técnicas e econômicas dos sistemas descritos
Padrão genético, produção e produtividade
Na Tabela 3 estão descritos o padrão genético, produção e
produtividade da atividade leiteira dos três sistemas descritos:
Tabela 3. Padrão genético, produção e produtividade da atividade leiteira nos
três sistemas descritos.
Características
SR 1A
SR 1B
SR 1C
Grau
sanguíneo
7/8
7/8
7/8
Sistema de
Cobertura
Inseminação artificial
Inseminação artificial
Inseminação artificial
Cobertura
18 meses
18 meses
18 meses
Primeiro parto
27 meses
27 meses
27 meses
Intervalo
partos
13 meses
13 meses
13 meses
aleitadas
artificialmente com
desmame em 60 dias
aleitadas
artificialmente com
desmame em 60 dias
aleitadas
artificialmente com
desmame em 60 dias
Fêmeas excedente
vendida pósdesmame e
recomendado o
descarte dos machos
ao nascer
Fêmeas excedente
vendida pós-desmame
e recomendado o
descarte dos machos
ao nascer
Fêmeas excedente
vendida pós-desmame
e recomendado o
descarte dos machos
ao nascer
Total de vacas
20
38
45
Vacas lactação
15
29
34
Vacas secas
5
9
11
3-4 UA/ha
6-7 UA/ha
8-9 UA/ha
100 kg N/ha
200 kg N/ha
300 kg N/ha
15 litros/dia/vaca
4.106 litros/vaca/ano
7.466 litros/ha/ano
82.125 litros/SAL
15 litros/dia/vaca
4.178 litros/vaca/ano
14.434 litros/ha/ano
158.775/SAL
15 litros/dia/vaca
4.137 litros/vaca/ano
16.923 litros/ha/ano
186.150/SAL
0,45
0,43
0,43
entre
Aleitamento
Venda de
bezerros
Taxa de lotação
Intensificação
da adubação
nitrogenada
Produção
vaca/dia
vaca/ano
ha/ano
SAU
Kg ração/L leite
Alimentação do rebanho
Considerando os problemas de alimentação observados durante todo
o ano, especialmente na quantidade e qualidade de volumoso, sugere-se o
seguinte plano forrageiro para os três sistemas descritos:
Alimentação das vacas:
Período das águas: pastagem em sistema rotativo + suplemento energético
ou energético/protéico
Período seco: cana-de-açúcar + uréia + suplemento energético/protéico.
•
Alimentação das novilhas:
Período das águas: pastagem em sistema rotativo
Período seco: cana-de-açúcar + uréia + suplemento energético/protéico.
•
Resultados econômicos
Na Tabela 4 estão descritas as características dos sistemas em
relação aos resultados econômicos:
Tabela 4. Resultados econômicos da atividade leiteira. Safra 2002/2003.
Características
SR 1A
SR 1B
SR 1C
Preço do L de leite
Período das águas R$ 0,37
Período das secas R$ 0,43
R$ 0,37
R$ 0,43
R$ 0,37
R$ 0,43
Renda Bruta/ano
R$ 71.100,00
R$ 83.384,00
R$ 0,27
R$ 0,28
R$ 0,156
R$ 1.161,00
R$ 12.771,00
R$ 0,17
R$ 2.525,00
R$ 27.780,00
R$ 0,17
R$ 2.835,00
R$ 31.185,00
por litro
por ha/ano
por SAU/ano
R$ 0,10
R$ 750,00
R$ 8.250,00
R$ 0,14
R$ 2.114,00
R$ 23.259,00
R$ 0,14
R$ 2.424,00
R$ 26.664,00
Lucro
por litro
por ha/ano
por SAU/ano
R$ 0,0078
R$ 59,00
R$ 644,00
R$ 0,099
R$ 1.423,00
R$ 15.653,00
R$ 0,10
R$ 1.723,00
R$ 18.952,00
R$ 36,00
R$ 870,00
R$ 1.052,00
R$ 36.616,00
Custo variável do R$ 0,29
litro de leite
Margens Brutas
por litro
por ha/ano
por SAU/ano
Renda Operacional
Agrícola
Remuneração da
mão-de-obra
(Eq.H./mês)
Pelos resultados apresentados observa-se que o sistema de baixa
intensificação da pastagem tem uma remuneração da mão-de-obra muito
pequena. Os produtores deste sistema são obrigados a intensificar a
produção das pastagens, para ter uma condição de vida satisfatória.
As propriedades com área pequena são obrigadas a trabalhar em
sistemas mais intensivos para viabilizar uma renda familiar mínima e
remuneração razoável da mão-de-obra. Conseqüentemente, sistemas com
menor grau de intensificação se prestam a propriedades com maior área e
com terras de menor valor unitário.
PSM1 LEITE – 15L/VACA/DIA
BAIXA INTENSIFICAÇÃO DA
PASTAGEM no Arenito, PR
1A
Produção de 7.466 litros de leite/ha/ano, em 11ha com
1,5 Eq.H, com baixa intensificação da pastagem.
•
•
•
•
•
REBANHO
20 Vacas (15 em lactação e 5 secas)
9 Novilhas + Bezerras
•
•
•
A Pastagem Tropical Perene (PTP) é a base
da alimentação no verão, com suplementação
energética ou energética/protéica, de acordo
com a produção e curva de lactação.
No inverno a base da alimentação é a cana-deaçúcar, corrigida com a mistura de uréia +
sulfato de amônio, com suplementação
energética/ proteíca.
Partindo de situações comumente observadas
no meio real, este sistema demanda 4 a 6 anos
para ser ajustado.
Sistema com 100% da Superfície de
Área Agrícola (SAU) destinada à
produção animal (11 ha);.
PSM1 Leite
No verão os animais são mantidos
em sistema de pastejo com lotação
rotacionada, utilizando-se como
pastagem tropical perene (PTP)
espécies com potencial de média
produtividade
(estrela
roxa,
mombaça, tanzânia ).
Taxa de lotação das pastagens no
peródo das águas é de 3 a 4 UA/ha .
Animais oriundos de vacas mestiças,
predominando o grau de sangue 7/8
holandês, com produção média de 15
litros/vaca/dia.
Unidade de Exploração
Agrícola – 13,5 ha
PTP
9,6 ha
CANA-DE-AÇÚCAR 1,4 ha
RESERVA LEGAL
2,0 ha
SEDE/CARREADOR 0,5 ha
Pastagem e Suplementações
SISTEMA FORRAGEIRO
VERÃO: PASTAGEM + SUPLEMENTAÇÃO (185 dias)
INVERNO: CANA-DE-AÇÚCAR + URÉIA e SULFATO DE AMÔNIO + SUPLEMENTAÇÃO (180 dias)
Manejo da Pastagem
Para um menor nível de intensificação (100 kg de N/ha/verão) as espécies forrageiras mais indicadas
são: estrela roxa, tanzânia e mombaça.
• As PTP são conduzidas em sistema de pastejo com lotação rotacionada, com 1 a 3 dias de pastejo. O
período de descanso é determinado pela altura da pastagem, variando com a espécie forrageira
conforme tabela abaixo.
Tabela 1.
Altura de entrada (pastejo) e de saída (resíduo pós-pastejo) dos animais na pastagem,
de acordo com a espécie forrageira.
•
forrageira
altura de entrada (cm)
altura de saída (resíduo
pós-pastejo) (cm)
Período médio de descanso, em
dias (estimativa)
Estrela roxa
Tanzânia
40
70
10
25
30 a 40
30 a 45
Mombaça
90
30
30 a 45
Adubação da Pastagem
As recomendações de calagem e adubação devem ser realizadas de acordo com a análise de solo.
Esquema de adubação das PTP:
• A saturação por base deve ser elevada para 50%;
• O fósforo deve ser elevado para 8 ppm;
• O potássio deve ser corrigido para 3% da CTC do solo;
• A adubação nitrogenada recomendada para alcançar a taxa de lotação de 3UA/ha no período de 185
dias (período das águas) deve ser de 100kg de N/ha, parcelado em 3 a 4 aplicações, junto com a
adubação potássica;
• No sistema de pastejo com lotação rotacionada, as adubações nitrogenadas devem ser realizadas
após o pastejo, utilizando com fonte de nitrogênio a uréia (em condição que não ocorra perda por
volatilização) ou o nitrato de potássio (em condição que ocorra perda por volatilização, se usar uréia).
Esquema de adubação da Cana-de-açúcar:
• A saturação por base deve ser elevada para 70%;
• O fósforo deve ser elevado para 12 ppm;
• O potássio deve ser corrigido para 5% da CTC do solo;
• A adubação nitrogenada deve ser de 100kg de N/ha/ano;
• As adubações, nitrogenada e potássica, devem ser realizadas em 02 parcelas: a primeira com a
brotação à 0,40 cm e a segunda à 0, 70 cm de altura.
As produtividades das pastagens tropicais perenes (PTP) e da cana-de-açúcar são apresentadas na
Tabela abaixo.
Tabela 2. Produtividade das pastagens tropicais perenes (PTP) e da cana-de-açúcar, com 100 Kg
N/ha/período águas.
Espécie forrageira
Kg N/ha/
Ton MV/ha/ano
Ton MS/ha/ano
PTP
100
60-70
12-14
cana-de-açúcar
100
100
27-30
Suplementação
•
•
•
•
No período das águas (185 dias), a base da alimentação das vacas (e demais categorias) é o pasto,
com boa disponibilidade e qualidade. Nessa condição se produz, em média, 9L de leite
exclusivamente em pasto.
As vacas com produções acima de 9L recebem 1kg de suplemento energético ou energético/protéico
(de acordo com a produção e estádio de lactação) para cada 2L de leite produzido acima de 9L.
No período seco (180 dias), as vacas em lactação recebem como volumoso a cana-de-açúcar
corrigida com NNP e 1kg de suplemento energético/protéico para cada 2,5 L de leite produzido (de
acordo com a produção e estádio de lactação).
A suplementação das novilhas no período seco é feita com cana-de-açúcar corrigida com NNP e
suplemento energético /protéico.
Como usar cana-de-açúcar corrigida com NNP:
1- Preparar u ma mi stu ra de 850 g de uréia + 150 g de sulfato de a mônio;
2- Diluir 1 kg da mi stura uréia-sulfato de a mônio co m 4 L de água ( em u m regador de
jardi m);
3- Adicionar, com o regador, a solução obtida em 100 kg de cana madura picada
integ ral men te (co mo e folhas), mi sturar b em e forn ecer i mediata men te aos ani mais;
4- Na 1 ª semana usar 50% da quan tidade reco mendada, ou seja, 500g da mi stura (cana +
sulfato de a mônio) nos mesmos 4 L de água em 10 0 kg de cana picada;
5- Fornecer a cana tra tada dessa forma so men te a ru minan tes.
Curva de lactação de vacas com produções médias de 15L/dia
Cur v a d e la ct a çã o - M é d ia 15 l/d ia
M êses
o.
10
.
10,5 9,5
9o
.
8o
.
7o
.
16 14,5
13,212
6o
.
5o
.
18
4o
.
19 20
3o
.
2o
.
1o
0
14
16,5
Plano Forrageiro
Categoria animal
Alimentação necessária (15L/vaca/dia)
15 Vacas em Lactação (18 UA)
PTP
5,5 ha
Supl. Energético ou
Protéico
O N D J F M
Cana-de-açúcar
0,6 ha
Supl. Energ/Prot
A
M
J
J
A
Cana-de-açúcar
0,4 ha
Supl. Energ/Prot
A
M
J
J
A
Cana-de-açúcar
0,4 ha
Supl. Energ/Prot
N
D
J
F
M
A
M
J
J
A
PTP
0,3 ha
Rebanho
(Kg/MS/ano)
27.500
Inverno
5,35
2,0
2.000
5,35
16,0
15.500
Verão
Inverno
3,00
5,90
18,0
18,0
10.000
20.000
Período
Verão
UA
(kg MS/dia)
9,75
Inverno
Inverno
No.
UA
6
Rebanho
(Kg MS/ano)
10.900
8,75
6
9.500
Verão
Inverno
1,50
2,50
6
6
1.650
2.750
Período
Verão
UA
(kg MS/dia)
11,25
No.
UA
5,00
Rebanho
(Kg MS/ano)
7.000
9,90
5,00
9.000
Inverno
1,35
5,00
1.250
Idade
(dias)
0-60
Bezerra
Consumo/dia
4,0 L
No.
Bez.
7
Bezerra
Consumo/ano
1.700 L
Inverno
S
7 bezerras de 0-6 meses e 4 de 6-12 meses
Leite
Suplemento energético/protéico
No.
UA
18,0
S
6 Novilhas (5 UA)
PTP
1,8 ha
O
UA
(kg MS/dia)
8,25
S
5 Vacas Secas (6 UA)
PTP
2,0 ha
Supl. Energético ou
Protéico
O N D J F M
Período
Verão
0-60
60-180
180-360
60-180
0,4
1,3
1,0
2,0
kg
kg
kg
kg
7
3
3
3
170
500
600
800
kg
kg
kg
kg
180-360
6,0 kg
3
3.300 kg
Até
3 a 6 meses
7 a 12 meses
60 dias
(1,2 UA)
Obs . A ingestão diária de matéria seca (MS) está ao redor de 2,5% do PV ou 11,25 Kg MS/UA
(1UA=450 kg).
O peso médio das vacas é de aproximadamente 530 kg.
As bezerras são aleitadas artificialmente e desmamadas aos 60-70 dias, apresentando consumo de 0,8
a 1,0 kg de suplemento. Dos 60 dias até 180 dias serão suplementadas com concentrado limitado a 1,5
kg dia. Dos 180 dias até 360 dias receberam 1,0 kg dia.
Composição do Rebanho – 30 UA
Rebanho estabilizado
15 Vacas em
lactação +
5 vacas secas
3 Nov 2 – 3 anos
Produção anual
82.125 litros de leite
2 Vacas de Descarte
1 Novilha (baixa produção)
3 Nov 1 – 2 anos
3 Bez – 6 a 12 meses
7 Bez – 0 a 6 meses
4 Bezerras desmamada
7 Bezerros ao nascer
INDICES TÉCNICOS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Rebanho cruzado 7/8 (raça predominantemente européia):
o 15 Vacas em Lactação;
o 5 Vacas Secas;
o Vacas em lactação/ vaca total > 75%;
CONTROLE
LEITEIRO,
SANITÁRIO
E
Idade a cobertura – 18 meses (350 kg PV);
REPRODUTIVO É FUNDAMENTAL, BEM COM A
Idade ao 1º. Parto – 27 meses;
GESTÃO DA PROPRIEDADE.
Intervalo entre partos – 13 meses;
Uso de inseminação artificial ;
Venda anual de animais:
o 10 % Taxa de descarte (2 vacas);
o 4 bezerras desmamadas com 60 dias e vendidos;
o 7 bezerros ser comercializados, doados ou eliminados ao nascer;
o Descarte de duas novilhas de 2 – 3 anos.
Produção de leite/ha/ano – 7.466 L;
Produção de leite/vaca rebanho/ano - 4.106 L;
Consumo de suplemento do rebanho/ano = 37.100 kg;
Para cada 1L de leite produzido foram gasto 0,45 kg de suplemento
consumido pelo rebanho;
Produção de leite/vaca/dia de intervalo entre partos – 11,5 l.
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES UTILIZADOS
INSTALAÇÕES
•
•
VACAS
o Sala de ordenha 70 m2
o Esterqueira 3 m3
o Paiol 20 m2
NOVILHAS E BEZERRAS
o Bezerreiro ou piquete até desmame
EQUIPAMENTOS
o
o
o
o
o
Resfriador 750 litros
Ordenhadeira com 2 conjuntos
Pulverizador costal manual
Aparelho de cerca elétrica
Forrageira
DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO NO ANO
DH
Uso da Mão de Obra (DH)
40
Disponível
35
Manejo
30
Ordenha
25
20
15
10
5
0
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
CARACTERÍSTICAS DA DEMANDA DE TRABALHO
•
•
A mão de obra familiar disponível, de 1,5 Eq.H (39 dH/Mês), é suficiente para a
condução do sistema ao longo de todo ano.
O trabalho se mantém constante durante todo o ano, entretanto nos meses de
inverno (Abr-out) ocorre um ligeiro aumento, decorrente das operações de corte e
trituração da cana-de-açúcar, colocação no cocho e mistura da uréia.
RESULTADOS ECONÔMICOS
(Valores em R$ safra 2002/2003)
CUSTOS VARIÁVEIS
LEITE - R$ 23.845,00
RENDA BRUTA
VERÃO INVERNO –
LEITE - R$ 32.816,00
VERÃO R$ 15.401,00
INVERNO – R$ 17.415,00
DESCARTE
R$ 10.362,00
R$ 13.483,00
DESCARTE
R$
0,00
ATIVIDADE
R$ 23.845,00
MARGEM BRUTA
R$ 3.800,00
LEITE - R$ 8.971,00
ATIVIDADE R$ 36.616,00
VERÃO INVERNO –
R$ 5.039,00
R$ 3.932,00
DESCARTE
R$ 3.800,00
ATIVIDADE
R$ 12.771,00
DEPRECIAÇÕES R$ 4.521,00
DESPESAS OPERACIONAIS TOTAIS
R$ 28 366 00
Juros capital próprio
R$ 7 606 00
CUSTO TOTAL
R$ 35 972 00
LUCRO OU MARGEM
LÍQUIDA/ANO
R$ 644,00
REMUNERAÇÃO DA MÃO-DEOBRA FAMILIAR
(Eq. H/Mês)
R$ 36,00
RENDA DA OPERAÇÃO
AGRÍCOLA/ANO
R$ 8.250,00
REMUNERAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA
FAMILIAR (Eq. H/Mês)
R$ 458,00
GLOSSÁRIO:
Renda Bruta: produção obtida x preço de venda;
Depreciação: cursos necessários para repor o investimento;
Custos Variáveis: despesas para um ciclo de cultivo;
Margem Bruta – renda bruta: custos variáveis;
Despesas Operacionais Totais: Custos variáveis + Depreciações e
manutenção;
Renda da Operação Agrícola : Renda Bruta – Despesas Operacionais Totais
Remuneração da Mão-de-obra: Renda da Operação Agrícola/ 12 meses /No
de Eq. H.
INDICADORES ECONÔMICOS:
•
•
•
•
•
•
Período das águas (185 dias):
o Produção de leite/dia = 225 L;
o Produção de leite/185 dias = 41.625 L;
o Receita Bruta da atividade leiteira/185 dias = R$ 17.301,00;
o Custo Variável do litro de Leite = R$ 0,25;
o Margem Bruta do litro de leite = R$ 0,166;
o Preço médio do litro de leite = R$ 0,37 (11/2002 a 04/2003).
Período da seca:
o Produção de leite/dia = 225 L;
o Produção de leite/180 dias = 40.500 L;
o Receita Bruta da da atividade leiteira/180 dias = R$ 19.315,00;
o Custo Variável do litro de leite de Leite = R$ 0,33;
o Margem Bruta do litro de leite de leite = R$ 0,14;
o Preço médio do litro de leite = R$ 0,43 (05/2003 a 10/2003);
Durante o ano:
o Produção de leite/ano = 82.125 L;
o Receita Bruta da atividade leiteira/ano = R$ 36.616,00;
o Custo Variável do litro de Leite = R$ 0,29;
o Margem Bruta do litro de Leite = R$ 0,156;
o Margem Bruta do leite /ha /ano = R$ 1.161,00;
o Margem Bruta do leite /ano = R$ 112.771,00;
o Renda da operação agrícola do litro de leite = R$ 0,10;
o Renda da operação agrícola/ha/ano = R$ 750,00;
o Renda da operação agrícola/ano = R$ 8.250,00;
o Lucro do litro de leite = R$ 0,0078;
o Lucro/ha/ano = R$ 59,00;
o Lucro/ano = R$ 644,00;
o Remuneração da mão-de-obra familiar (Eq. H/mês) = R$ 36,00
Observa-se que a Margem Bruta no período das águas foi maior do que no período da seca,
isso ocorre devido ao maior custo da alimentação durante o período de inverno. Apesar do
custo do kg da MS da cana-de-açúcar corrigida com NNP ser semelhante ao custo do kg da
MS da pastagem (ao redor de R$ 0,04/kg de MS), o balanceamento da dieta com cana-deaçúcar demanda maior fornecimento de suplemento as vacas (para a mesma produção de leite)
e demais categorias. Para que este sistema tenha uma renda constante durante o ano, o preço
recebido pelo litro de leite teria que ser R$ 0,026 a mais.
O custo da MS cana-de-açucar corrigida foi parecida com o custo da MS da pastagem, isso
ocorre porque não foi considerado o gasto com a mão-de-obra para corte, transporte e
fornecimento, por se tratar de agricultura familiar.
Para a análise econômica utilizou-se os dados do Deral.
o Preço do concentrado = R$ 0,40 (julho 2003).
PONTOS A SALIENTAR NO SISTEMA:
•
•
•
•
•
•
•
•
E fundamental que produtor faca uso da assistência técnica.
É necessário que o produtor tenha conhecimento sobre manejo de pastagens e alimentação
das deferentes categorias, bem como manejo geral do rebanho.
As bezerras excedentes devem ser vendidas pós-desmame, devido a limitação de área.
Os bezerros devem ser comercializados, doados ou eliminados ao nascer, caso contrario
haverá competição por alimento.
Sabe-se que estes bezerros não são bem aceitos no mercado regional, pela alimentação
deficiente e suscetibilidade a parasitas e doenças, isto reverte a implementação de pesquisa
de viabilidade econômica de vitelos leiteiros para a região no arenito.
As limitações fisicas do solo do Arenito inviabilizam plantios suscessivos de sorgo para
silagem. Portanto, deve-se optar pela utilização da cana-de-açúcar.
Nesse sistema forrageiro os animais são mantidos com cana-de-açúcar durante o periodo
seco, com a devida suplementação. Nesse sentido, e necessário ter animais com potencial
médio de producao (15 a 18L de leite/vaca/dia).
Os produtores deste sistema são obrigados a intensificar a produção das pastagens, para
viabilizar renda familiar mínima.
:
PSM1 LEITE – 15L/VACA/DIA
MEDIA INTENSIFICAÇÃO DA
PASTAGEM no Arenito, PR
1B
Produção de 14.434 litros de leite/ha/ano, em 11ha com
1,5 Eq.H, com média intensificação da pastagem.
•
•
•
•
•
REBANHO
38 Vacas (29 em lactação e 9 secas)
12 Novilhas + Bezerras
•
•
•
A Pastagem Tropical Perene (PTP) é a base
da alimentação no verão, com suplementação
energética ou energética/protéica, de acordo
com a produção e curva de lactação.
No inverno a base da alimentação é a cana-deaçúcar, corrigida com a mistura de uréia +
sulfato de amônio, com suplementação
energética/ proteíca.
Partindo de situações comumente observadas
no meio real, este sistema demanda 4 a 6 anos
para ser ajustado.
Sistema com 100% da Superfície de
Área Agrícola (SAU) destinada à
produção animal (11 ha);.
PSM1 Leite
No verão os animais são mantidos
em sistema de pastejo com lotação
rotacionada, utilizando-se como
pastagem tropical perene (PTP)
espécies com potencial alto de
produtividade
(tifton-85,
mombaça, tanzânia, pioneiro e
napier ).
Taxa de lotação das pastagens no
período das águas é de 6 a 7 UA/ha.
Animais oriundos de vacas mestiças,
predominando o grau de sangue 7/8
holandês, com produção média de 15
litros/vaca/dia.
Unidade de Exploração
Agrícola – 13,5 ha
PTP
8,4 ha
CANA-DE-AÇÚCAR 2,6 ha
RESERVA LEGAL
2,0 ha
SEDE/CARREADOR 0,5 ha
Pastagem e Suplementações
SISTEMA FORRAGEIRO
VERÃO: PASTAGEM + SUPLEMENTAÇÃO (185 dias)
INVERNO: CANA-DE-AÇÚCAR + URÉIA e SULFATO DE AMÔNIO + SUPLEMENTAÇÃO (180 dias)
Manejo da Pastagem
Para um nível édio de intensificação (200 kg de N/ha/período das águas) as espécies forrageiras
mais indicadas são: tifton-85, estrela roxa, Tanzânia, mombaça, capim-pioneiro, capim-napier.
• As PTP são conduzidas em sistema de pastejo com lotação rotacionada, com 1 dia de pastejo. O
período de descanso é determinado pela altura da pastagem, variando com a espécie forrageira
conforme tabela abaixo.
Tabela xx:
Altura de entrada (pastejo) e de saída (resíduo pós-pastejo) dos animais na
pastagem, de acordo com a espécie forrageira.
•
forrageira
Estrela roxa
titon 85
Tanzânia
Mombaça
e
altura de entrada
(cm)
altura de saída (resíduo
pós-pastejo) (cm)
Período médio de descanso, em
dias (estimativa)
35
7-10
25-30
70
25
25-30
90
30
25-30
Adubação da Pastagem
As recomendações de calagem e adubação devem ser realizadas de acordo com a análise de solo.
Esquema de adubação das PTP:
• A saturação por base deve ser elevada para 60%;
• O fósforo deve ser elevado para 12 ppm;
• O potássio deve ser corrigido para 4% da CTC do solo;
• A adubação nitrogenada recomendada para alcançar a taxa de lotação de 6UA/ha no período de 185
dias (período das águas) deve ser de 200kg de N/ha, parcelado em 6 a 8 aplicações, junto com a
adubação potássica;
• No sistema de pastejo com lotação rotacionada, as adubações nitrogenadas devem ser realizadas
após o pastejo, utilizando com fonte de nitrogênio a uréia (em condição que não ocorra perda por
volatilização) ou o nitrato de potássio (em condição que ocorra perda por volatilização, se usar uréia).
Esquema de adubação da Cana-de-açúcar:
• A saturação por base deve ser elevada para 70%;
• O fósforo deve ser elevado para 15 ppm;
• O potássio deve ser corrigido para 5% da CTC do solo;
• A adubação nitrogenada deve ser de 100kg de N/ha/ano;
• As adubações nitrogenadaa e potássicas devem ser realizadas em 02 parcelas: a primeira com a
brotação à 0,40 cm e a segunda à 0, 70 cm de altura.
As produtividades das pastagens tropicais perenes (PTP) e da cana-de-açúcar são apresentadas na
Tabela abaixo.
Tabela
Produtividade das pastagens tropicais perenes (PTP) e da cana-de-açúcar, com 100 Kg
N/ha/período águas.
Espécie forrageira
Kg N/ha/
Ton MV/ha/ano
Ton MS/ha/ano
PTP
100
90 a 100
18-20
cana-de-açúcar
100
100
27-30
Suplementação
•
•
•
•
No período das águas (185 dias), a base da alimentação das vacas (e demais categorias) é o pasto,
com boa disponibilidade e qualidade. Nessa condição se produz, em média, 9L de leite
exclusivamente em pasto
As vacas com produções acima de 9L recebem 1kg de suplemento energético ou energético/protéico
(de acordo com a produção e estádio de lactação) para cada 2L de leite produzido acima de 9L.
No período seco (180 dias), as vacas em lactação recebem como volumoso a cana-de-açúcar
corrigida com NNP e 1kg de suplemento energético/protéico para cada 2,5 L de leite produzido (de
acordo com a produção e estádio de lactação).
A suplementação das novilhas no período seco é feita com cana-de-açúcar corrigida com NNP e
suplemento energético /protéico.
Como usar cana-de-açúcar corrigida com NNP:
1- Preparar u ma mi stu ra de 850 g de uréia + 150 g de sulfato de a mônio;
2- Diluir 1 kg da mi stura uréia-sulfato de a mônio co m 4 L de água ( em u m regador de
jardi m);
3- Adicionar, com o regador, a solução obtida em 100 kg de cana madura picada
integ ral men te (co mo e folhas), mi sturar b em e forn ecer i mediata men te aos ani mais;
4- Na 1 ª semana usar 50% da quan tidade reco mendada, ou seja, 500g da mi stura (cana +
sulfato de a mônio) nos mesmos 4 L de água em 10 0 kg de cana picada;
5- Fornecer a cana tra tada dessa forma so men te a ru minan tes.
Curva de lactação de vacas com produções médias de 15L/dia
Curva de lactação - Média 15 l/dia
14
0
16,5
1o.
19
2o.
20
3o.
18
4o.
16
5o.
Mêses
14,5
6o.
13,2 12
7o.
8o.
10,5
9o.
9,5
10o.
Plano Forrageiro
Categoria animal
Alimentação necessária (15L/vaca/dia)
29 Vacas em Lactação (34 UA)
PTP
4,5 ha
Supl. Energético ou
Protéico
O N D J F M
Cana-de-açúcar
1,2 ha
Supl. Energ/Prot
A
M
J
J
A
Cana-de-açúcar
0,7 ha
Supl. Energ/Prot
A
M
J
J
A
Cana-de-açúcar
0,7 ha
Supl. Energ/Prot
N
D
J
F
M
A
M
J
J
14 bezerras de 0-6 meses e 6 de 6-12
meses
Leite
Suplemento energético/protéico
PTP
0,4ha
A
No.
UA
34,0
Rebanho
(Kg/MS/ano)
51.900
Inverno
5,35
3,0
2.900
5,35
31,0
29.900
Verão
Inverno
3,00
5,90
34,0
34,0
18.900
36.150
Período
Verão
UA
(kg MS/dia)
9,75
No.
UA
11
Rebanho
(Kg MS/ano)
19.900
Inverno
8,75
11
17.400
Verão
Inverno
1,50
2,50
11
11
3.100
5.000
Período
Verão
UA
(kg MS/dia)
11,25
No.
UA
10
Rebanho
(Kg MS/ano)
20.850
9,90
10
17.850
1,35
10
2.450
Inverno
S
12 Novilhas (10 UA)
PTP
1,8 ha
O
UA
(kg MS/dia)
8,25
S
9 Vacas Secas (11 UA)
PTP
1,7 ha
Supl. Energético ou
Protéico
O N D J F M
Período
Verão
Inverno
Inverno
S
Idade
(dias)
0-60
Bezerra
Consumo/dia
4,0 L
No.
Bez.
Bezerra
Consumo/ano
14
3.400 L
0-60
60-180
180-360
60-180
0,4
1,3
1,0
2,0
kg
kg
kg
kg
14
6
6
6
350 kg
950 kg
1100 kg
1.500 kg
180-360
6,0 kg
6
6.500 kg
Até
3 a 6 meses
7 a 12 meses
60 dias
(2,4 UA)
Obs . A ingestão diária de matéria seca (MS) está ao redor de 2,5% do PV ou 11,25 Kg MS/UA
(1UA=450 kg).
O peso médio das vacas é de aproximadamente 530 kg.
As bezerras são aleitadas artificialmente e desmamadas aos 60-70 dias, apresentando consumo de 0,8
a 1,0 kg de suplemento. Dos 60 dias até 180 dias serão suplementadas com concentrado limitado a 1,5
kg dia. Dos 180 dias até 360 dias receberam 1,0 kg dia.
Composição do Rebanho – 58 UA
Rebanho estabilizado
29 Vacas em
lactação +
9 vacas secas
6 Nov 2 – 3 anos
Produção anual
158.775 litros de leite
4 Vacas de Descarte
2 Novilha (baixa produção)
6 Nov 1 – 2 anos
8 Bezerras desmamada
14 Bez – 6 a 12 meses
6 Bez – 0 a 6 meses
14 Bezerros ao nascer
INDICES TÉCNICOS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Rebanho cruzado 7/8 (raça predominantemente européia):
o 29 Vacas em Lactação;
o 9 Vacas Secas;
o Vacas em lactação/ vaca total > 75%;
CONTROLE
LEITEIRO,
SANITÁRIO
E
Idade a cobertura – 18 meses (350 kg PV);
REPRODUTIVO É FUNDAMENTAL, BEM COM A
Idade ao 1º. Parto – 27 meses;
GESTÃO DA PROPRIEDADE.
Intervalo entre partos – 13 meses;
Uso de inseminação artificial;
Venda anual de animais:
o 10 % Taxa de descarte (4 vacas);
o 8 bezerras desmamadas com 60 dias e vendidos;
o 14 bezerros ser comercializados, doados ou eliminados ao nascer;
o Descarte de duas novilhas de 2 – 3 anos.
Produção de leite/ha/ano – 14.434 L;
Produção de leite/vaca rebanho/ano - 4.178 L;
Consumo de suplemento do rebanho/ano = 68.000 kg;
Para cada 1L de leite produzido foram gasto 0,43 kg de suplemento
consumido pelo rebanho;
Produção de leite/vaca/dia de intervalo entre partos – 11,5 l.
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES UTILIZADOS
INSTALAÇÕES
•
•
VACAS
o Sala de ordenha 70 m2
o Esterqueira 3 m3
o Paiol 20 m2
NOVILHAS E BEZERRAS
o Bezerreiro ou piquete até desmame
EQUIPAMENTOS
o
o
o
o
o
Resfriador 1500 litros
Ordenhadeira com 2 conjuntos
Pulverizador costal manual
Aparelho de cerca elétrica
Forrageira
DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO NO ANO
DH
Uso da Mão de Obra (DH)
40
Disponível
35
Manejo
30
Ordenha
25
20
15
10
5
0
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
CARACTERÍSTICAS DA DEMANDA DE TRABALHO
•
•
A mão de obra familiar disponível, de 1,5 Eq.H (39 dH/Mês), é suficiente para a
condução do sistema ao longo de todo ano.
O trabalho se mantém constante durante todo o ano, entretanto nos meses de
inverno (Abr-out) ocorre um ligeiro aumento, decorrente das operações de corte e
trituração da cana-de-açúcar, colocação no cocho e mistura da uréia.
RESULTADOS ECONÔMICOS
(Valores em R$ safra 2002/2003)
CUSTOS VARIÁVEIS
LEITE - R$ 43.320,00
RENDA BRUTA
VERÃO INVERNO –
LEITE - R$ 63.445,00
VERÃO R$ 29.776,00
INVERNO – R$ 33.669,00
DESCARTE
R$ 18.689,00
R$ 24.631,00
DESCARTE
R$
0,00
ATIVIDADE
R$ 43.320,00
MARGEM BRUTA
R$ 7.655,00
LEITE - R$ 20.125,00
ATIVIDADE R$ 71.100,00
VERÃO INVERNO –
R$ 11.087,00
R$ 9.038,00
DESCARTE
R$ 7.655,00
ATIVIDADE
R$ 27.780,00
Depreciações
R$ 4 521 00
DESPESAS OPERACIONAIS TOTAIS
R$ 47 841 00
Juros capital próprio
R$ 7 606 00
CUSTO TOTAL
R$ 55 447 00
LUCRO OU MARGEM
LÍQUIDA/ANO
R$ 15.653,00
REMUNERAÇÃO DA MÃO-DEOBRA FAMILIAR
(Eq. H/Mês)
R$ 870,00
RENDA DA OPERAÇÃO
AGRÍCOLA/ANO
R$ 23.259,00
REMUNERAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA
FAMILIAR (Eq. H/Mês)
R$ 1.292,00
GLOSSÁRIO:
Renda Bruta: produção obtida x preço de venda;
Depreciação: cursos necessários para repor o investimento;
Custos Variáveis: despesas para um ciclo de cultivo;
Margem Bruta – renda bruta: custos variáveis;
Despesas Operacionais Totais: Custos variáveis + Depreciações e
manutenção;
Renda da Operação Agrícola : Renda Bruta – Despesas Operacionais
Totais
Remuneração da Mão-de-obra: Renda da Operação Agrícola/ 12 meses
/No de Eq. H.
INDICADORES ECONÔMICOS:
•
Período das águas:
o Produção de leite/dia = 435 L;
o Produção de leite/185 dias = 80.475 L;
o Receita da atividade leiteira/185 dias = R$ 33.604,00;
o Custo Variável do litro de Leite = R$ 0,23;
o Margem Bruta do litro de leite = R$ 0,185;
o Preço médio do litro de leite = R$ 0,37 (11/2002 a 04/2003).
•
Período da seca:
o Produção de leite/dia = 436 L;
o Produção de leite/185 dias = 78.300 L;
o Receita/185 dias = R$ 37.497,00;
o Custo Variável do litro de Leite = R$ 0,31;
o Margem Bruta do litro de leite = R$ 0,16;
o Preço médio do litro de leite = R$0,43 (05/2003 a 10/2003).
•
Durante o ano:
o Produção de leite/ano = 158.775 L;
o Receita da atividade leiteira/ano = R$ 71.100;
o Custo Variável do litro de Leite = R$ 0,27;
o Margem Bruta do litro de Leite = R$ 0,17;
o Margem Bruta da atividade leiteira /ha /ano = R$ 2.525,00;
o Margem Bruta da atividade leiteira/ano = 27.780,00;
o Renda da operação agrícola do litro de leite = R$ 0,14;
o Renda da operação agrícola/ha/ano = R$ 2.114,00;
o Renda da operação agrícola/ano = R$ 23.259,00;
o Lucro do litro de leite = R$ 0,099;
o Lucro da atividade leiteira/ha/ano = R$ 1.423,00;
o Lucro da atividade leiteira/ano = R$ 15.653,00.
o Remuneração da Mão-de-obra (Eq. H./Mês) = R$ 870,00.
•
Observa-se que a Margem Bruta no período das águas foi maior do que no período da seca,
isso ocorre devido ao maior custo da alimentação durante o período de inverno. Apesar do
custo do kg da MS da cana-de-açúcar corrigida com NNP ser semelhante ao custo do kg da
MS da pastagem (de 0,04 a 0,05/kg de MS), o balanceamento da dieta com cana-de-açúcar
demanda maior fornecimento de suplemento as vacas (para a mesma produção de leite) e
demais categorias. Para que este sistema tenha uma renda constante durante o ano, o preço
recebido pelo litro de leite teria que ser R$ 0,025 a mais.
O custo da MS cana-de-açucar corrigida foi parecida com o custo da MS da pastagem, isso
ocorre porque não foi considerado o gasto com a mão-de-obra para corte, transporte e
fornecimento, por se tratar de agricultura familiar.
Para a análise econômica utilizou-se os dados do Deral.
o Preço do concentrado = R$ 0,40 (julho 2003).
•
•
PONTOS A SALIENTAR NO SISTEMA:
•
•
•
•
•
•
•
•
E fundamental que produtor faca uso da assistência técnica.
É necessário que o produtor tenha conhecimento sobre manejo de pastagens e alimentação
das deferentes categorias, bem como manejo geral do rebanho.
As bezerras excedentes devem ser vendidas pós-desmame, devido a limitação de área.
Os bezerros devem ser comercializados, doados ou eliminados ao nascer, caso contrario
haverá competição por alimento.
Sabe-se que estes bezerros não são bem aceitos no mercado regional, pela alimentação
deficiente e suscetibilidade a parasitas e doenças, isto reverte a implementação de pesquisa
de viabilidade econômica de vitelos leiteiros para a região no arenito.
As limitações fisicas do solo do Arenito inviabilizam plantios suscessivos de sorgo para
silagem. Portanto, deve-se optar pela utilização da cana-de-açúcar.
Nesse sistema forrageiro os animais são mantidos com cana-de-açúcar durante o periodo
seco, com a devida suplementação. Nesse sentido, e necessário ter animais com potencial
médio de producao (15 a 18L de leite/vaca/dia).
Os produtores deste sistema devem procurar associar-se, principalmente para aquisição de
insumos.
PSM1 LEITE – 15L/VACA/DIA
ALTA INTENSIFICAÇÃO DA
PASTAGEM no Arenito, PR
1C
Produção de 16.923 litros de leite/ha/ano, em 11ha com
1,5 Eq.H, com alta intensificação da pastagem.
•
•
•
•
•
REBANHO
45 Vacas (34 em lactação e 11 secas)
14 Novilhas + Bezerras
•
•
•
A Pastagem Tropical Perene (PTP) é a base
da alimentação no verão, com suplementação
energética ou energética/protéica, de acordo
com a produção e curva de lactação.
No inverno a base da alimentação é a cana-deaçúcar, corrigida com a mistura de uréia +
sulfato de amônio, com suplementação
energética/ proteíca.
Partindo de situações comumente observadas
no meio real, este sistema demanda 5 a 7 anos
para ser ajustado.
Sistema com 100% da Superfície de
Área Agrícola (SAU) destinada à
produção animal (11 ha);.
PSM1 Leite
No verão os animais são mantidos
em sistema de pastejo com lotação
rotacionada, utilizando-se como
pastagem tropical perene (PTP)
espécies com potencial alto de
produtividade
(tifton-85,
mombaça, tanzânia, pioneiro e
napier ).
Taxa de lotação das pastagens no
período das águas é de 8 a 9 UA/ha.
Animais oriundos de vacas mestiças,
predominando o grau de sangue 7/8
holandês, com produção média de 15
litros/vaca/dia.
Unidade de Exploração
Agrícola – 13,5 ha
PTP
8,2 ha
CANA-DE-AÇÚCAR 2,8 ha
RESERVA LEGAL
2,0 ha
SEDE/CARREADOR 0,5 ha
Pastagem e Suplementações
SISTEMA FORRAGEIRO
VERÃO: PASTAGEM + SUPLEMENTAÇÃO (185 dias)
INVERNO: CANA-DE-AÇÚCAR + URÉIA e SULFATO DE AMÔNIO + SUPLEMENTAÇÃO (180 dias)
Manejo da Pastagem
Para um nível alto de intensificação (300 kg de N/ha/período das águas) as espécies forrageiras
mais indicadas são: tifton-85, estrela roxa, tanzânia , mombaça, capim-pioneiro e capim-napier.
• As PTP são conduzidas em sistema de pastejo com lotação rotacionada, com 1 dia de pastejo. O
período de descanso é determinado pela altura da pastagem, variando com a espécie forrageira
conforme tabela abaixo.
Tabela xx:
Altura de entrada (pastejo) e de saída (resíduo pós-pastejo) dos animais na
pastagem, de acordo com a espécie forrageira.
•
forrageira
Estrela roxa
titon 85
Tanzânia
Mombaça
e
altura de entrada
(cm)
altura de saída (resíduo
pós-pastejo) (cm)
Período médio de descanso, em
dias (estimativa)
35
7-10
20-25
70
25
20-30
90
30
25-30
Adubação da Pastagem
As recomendações de calagem e adubação devem ser realizadas de acordo com a análise de solo.
Esquema de adubação das PTP:
• A saturação por base deve ser elevada para 60%;
• O fósforo deve ser elevado para 15 ppm;
• O potássio deve ser corrigido para 5% da CTC do solo;
• A adubação nitrogenada recomendada para alcançar a taxa de lotação de 8UA/ha no período de 185
dias (período das águas) deve ser de 300kg de N/ha, parcelado em 7 a 9 aplicações, junto com a
adubação potássica;
• No sistema de pastejo com lotação rotacionada, as adubações nitrogenadas devem ser realizadas
após o pastejo, utilizando com fonte de nitrogênio a uréia (em condição que não ocorra perda por
volatilização) ou o nitrato de potássio (em condição que ocorra perda por volatilização, se usar uréia).
Esquema de adubação da Cana-de-açúcar:
• A saturação por base deve ser elevada para 70%;
• O fósforo deve ser elevado para 15 ppm;
• O potássio deve ser corrigido para 5% da CTC do solo;
• A adubação nitrogenada deve ser de 100kg de N/ha/ano;
• As adubações nitrogenadaa e potássicas devem ser realizadas em 02 parcelas: a primeira com a
brotação à 0,40 cm e a segunda à 0, 70 cm de altura.
As produtividades das pastagens tropicais perenes (PTP) e da cana-de-açúcar são apresentadas na
Tabela abaixo.
Tabela
Produtividade das pastagens tropicais perenes (PTP) e da cana-de-açúcar, com 100 Kg
N/ha/período águas.
Espécie forrageira
Kg N/ha/
Ton MV/ha/ano
Ton MS/ha/ano
PTP
100
120 a 140
25-28
cana-de-açúcar
100
100
27-30
Suplementação
•
•
•
•
No período das águas (185 dias), a base da alimentação das vacas (e demais categorias) é o pasto,
com boa disponibilidade e qualidade. Nessa condição se produz, em média, 9L de leite
exclusivamente em pasto
As vacas com produções acima de 9L recebem 1kg de suplemento energético ou energético/protéico
(de acordo com a produção e estádio de lactação) para cada 2L de leite produzido acima de 9L.
No período seco (180 dias), as vacas em lactação recebem como volumoso a cana-de-açúcar
corrigida com NNP e 1kg de suplemento energético/protéico para cada 2,5 L de leite produzido (de
acordo com a produção e estádio de lactação).
A suplementação das novilhas no período seco é feita com cana-de-açúcar corrigida com NNP e
suplemento energético /protéico.
Como usar cana-de-açúcar corrigida com NNP:
1- Preparar u ma mi stu ra de 850 g de uréia + 150 g de sulfato de a mônio;
2- Diluir 1 kg da mi stura uréia-sulfato de a mônio co m 4 L de água ( em u m regador de
jardi m);
3- Adicionar, com o regador, a solução obtida em 100 kg de cana madura picada
integ ral men te (co mo e folhas), mi sturar b em e forn ecer i mediata men te aos ani mais;
4- Na 1 ª semana usar 50% da quan tidade reco mendada, ou seja, 500g da mi stura (cana +
sulfato de a mônio) nos mesmos 4 L de água em 10 0 kg de cana picada;
5- Fornecer a cana tra tada dessa forma so men te a ru minan tes.
Curva de lactação de vacas com produções médias de 15L/dia
Curva de lactação - Média 15 l/dia
14
0
16,5
1o.
19
2o.
20
3o.
18
4o.
16
5o.
Mêses
14,5
6o.
13,2 12
7o.
8o.
10,5
9o.
9,5
10o.
Plano Forrageiro
Categoria animal
Alimentação necessária (15L/vaca/dia)
34 Vacas em Lactação (40 UA)
PTP
4,5 ha
Supl. Energético ou
Protéico
O N D J F M
Cana-de-açúcar
1,4 ha
Supl. Energ/Prot
A
M
J
J
A
Cana-de-açúcar
0,7 ha
Supl. Energ/Prot
A
M
J
J
A
Cana-de-açúcar
0,7 ha
Supl. Energ/Prot
N
D
J
F
M
A
M
J
J
16 bezerras de 0-6 meses e 7 de 6-12
meses
Leite
Suplemento energético/protéico
PTP
0,3 ha
A
No.
UA
40,0
Rebanho
(Kg/MS/ano)
61.100
Inverno
5,35
4,0
4.000
5,35
36,0
34.700
Verão
Inverno
3,00
5,90
40,0
40,0
22.500
42.500
Período
Verão
UA
(kg MS/dia)
9,75
No.
UA
13
Rebanho
(Kg MS/ano)
23.500
Inverno
8,75
13
20.500
Verão
Inverno
1,50
2,50
13
13
3.650
5.900
Período
Verão
UA
(kg MS/dia)
11,25
No.
UA
12
Rebanho
(Kg MS/ano)
25.000
9,90
12
21.500
1,35
12
2.950
Inverno
S
14 Novilhas (12 UA)
PTP
1,7 ha
O
UA
(kg MS/dia)
8,25
S
11 Vacas Secas (13 UA)
PTP
1,7 ha
Supl. Energético ou
Protéico
O N D J F M
Período
Verão
Inverno
Inverno
S
Idade
(dias)
0-60
Bezerra
Consumo/dia
4,0 L
No.
Bez.
16
0-60
60-180
180-360
60-180
0,4
1,3
1,0
2,0
kg
kg
kg
kg
16
7
7
7
180-360
6,0 kg
7
Bezerra
Consumo/ano
3.900 L
390
1.100
1300
1.700
kg
kg
kg
kg
7.600 kg
Até
3 a 6 meses
7 a 12 meses
60 dias
(2,8 UA)
Obs . A ingestão diária de matéria seca (MS) está ao redor de 2,5% do PV ou 11,25 Kg MS/UA
(1UA=450 kg).
O peso médio das vacas é de aproximadamente 530 kg.
As bezerras são aleitadas artificialmente e desmamadas aos 60-70 dias, apresentando consumo de 0,8
a 1,0 kg de suplemento. Dos 60 dias até 180 dias serão suplementadas com concentrado limitado a 1,5
kg dia. Dos 180 dias até 360 dias receberam 1,0 kg dia.
Composição do Rebanho – 68 UA
Rebanho estabilizado
34 Vacas em
lactação +
11 vacas secas
7 Nov 2 – 3 anos
Produção anual
186.150 litros de leite
5 Vacas de Descarte
2 Novilha (baixa produção)
7 Nov 1 – 2 anos
9 Bezerras desmamada
16 Bez – 6 a 12 meses
7 Bez – 0 a 6 meses
16 Bezerros ao nascer
INDICES TÉCNICOS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Rebanho cruzado 7/8 (raça predominantemente européia);
o 34 Vacas em Lactação
o 11 Vacas Secas
o Vacas em lactação/ vaca total > 75%
CONTROLE
LEITEIRO,
SANITÁRIO
E
Idade a cobertura – 18 meses (350 kg PV);
REPRODUTIVO É FUNDAMENTAL, BEM COM A
Idade ao 1º. Parto – 27 meses;
GESTÃO DA PROPRIEDADE.
Intervalo entre partos – 13 meses;
Uso de inseminação artificial;
Venda anual de animais:
o 10 % Taxa de descarte (5 vacas);
o 9 bezerras desmamadas com 60 dias e vendidos;
o 16 bezerros ser comercializados, doados ou eliminados ao nascer;
o Descarte de duas novilhas de 2 – 3 anos.
Produção de leite/ha/ano – 16.923 L;
Produção de leite/vaca rebanho/ano - 4.137 L;
Consumo de suplemento do rebanho/ano = 80.300 kg;
Para cada 1L de leite produzido foram gasto 0,43 kg de suplemento
consumido pelo rebanho;
Produção de leite/vaca/dia de intervalo entre partos – 11,5 l.
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES UTILIZADOS
INSTALAÇÕES
•
•
VACAS
o Sala de ordenha 70 m2
o Esterqueira 3 m3
o Paiol 20 m2
NOVILHAS E BEZERRAS
o Bezerreiro ou piquete até desmame
EQUIPAMENTOS
o
o
o
o
o
Resfriador 1500 litros
Ordenhadeira com 2 conjuntos
Pulverizador costal manual
Aparelho de cerca elétrica
Forrageira
DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO NO ANO
DH
Uso da Mão de Obra (DH)
40
Disponível
35
Manejo
30
Ordenha
25
20
15
10
5
0
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
CARACTERÍSTICAS DA DEMANDA DE TRABALHO
•
•
A mão de obra familiar disponível, de 1,5 Eq.H (39 dH/Mês), é suficiente para a
condução do sistema ao longo de todo ano.
O trabalho se mantém constante durante todo o ano, entretanto nos meses de
inverno (Abr-out) ocorre um ligeiro aumento, decorrente das operações de corte e
trituração da cana-de-açúcar, colocação no cocho e mistura da uréia.
RESULTADOS ECONÔMICOS
(Valores em R$ safra 2002/2003)
CUSTOS VARIÁVEIS
LEITE - R$ 52.199,00
RENDA BRUTA
VERÃO INVERNO –
LEITE - R$ 74.384,00
VERÃO R$ 34.910,00
INVERNO – R$ 39.474,00
DESCARTE
R$ 23.484,00
R$ 28.715,00
DESCARTE
R$
0,00
ATIVIDADE
R$ 52.199,00
MARGEM BRUTA
R$ 9.000,00
LEITE - R$ 22.185,00
ATIVIDADE R$ 83.384,00
VERÃO INVERNO –
R$ 11.426,00
R$ 10.759,00
DESCARTE
R$ 9.000,00
ATIVIDADE
R$ 31.185,00
Depreciações
R$ 4 521 00
DESPESAS OPERACIONAIS TOTAIS
R$ 56 720 00
Juros capital próprio
R$ 7 606 00
CUSTO TOTAL
R$ 64 432 00
LUCRO OU MARGEM
LÍQUIDA/ANO
R$ 18.952,00
REMUNERAÇÃO DA MÃO-DEOBRA FAMILIAR
(Eq. H/Mês)
R$ 1053,00
RENDA DA OPERAÇÃO
AGRÍCOLA/ANO
R$ 26.664,00
REMUNERAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA
FAMILIAR (Eq. H/Mês)
R$ 1.481,00
GLOSSARIO:
Renda Bruta: produção obtida x preço de venda;
Depreciação: cursos necessários para repor o investimento;
Custos Variáveis: despesas para um ciclo de cultivo;
Margem Bruta – renda bruta: custos variáveis;
Despesas Operacionais Totais: Custos variáveis + Depreciações e
manutenção;
Renda da Operação Agrícola : Renda Bruta – Despesas Operacionais
Totais
Remuneração da Mão-de-obra: Renda da Operação Agrícola/ 12 meses
/No de Eq. H.
INDICADORES ECONÔMICOS:
•
Período das águas:
o Produção de leite/dia = 510 L;
o Produção de leite/185 dias = 94.350 L;
o Receita da atividade leiteira/185 dias = R$39.410,00;
o Custo Variável do litro de Leite = R$ 0,25;
o Margem Bruta do litro de leite = R$ 0,17;
o Preço médio do litro de leite = R$ 0,37 (11/2002 a 04/2003).
•
Período da seca:
o Produção de leite/dia = 510 L;
o Produção de leite/185 dias = 94.350 L;
o Receita/185 dias = R$ 43.974,00;
o Custo Variável do litro de Leite = R$ 0,31;
o Margem Bruta do litro de leite = R$ 0,166;
o Preço médio do litro de leite = R$0,43 (05/2003 a 10/2003).
•
Durante o ano:
o Produção de leite/ano = 186.150 L;
o Receita da atividade leiteira/ano = R$ 83.384;
o Custo Variável do litro de Leite = R$ 0,28;
o Margem Bruta do litro de Leite = R$ 0,17;
o Margem Bruta da atividade leiteira /ha /ano = R$ 2.835,00;
o Margem Bruta da atividade leiteira/ano = 31.185,00;
o Renda da operação agrícola do litro de leite = R$ 0,14;
o Renda da operação agrícola/ha/ano = R$ 2.424,00;
o Renda da operação agrícola/ano = R$ 26.664,00;
o Lucro do litro de leite = R$ 0,10;
o Lucro da atividade leiteira/ha/ano = R$ 1.723,00;
o Lucro da atividade leiteira/ano = R$ 18.952,00.
o Remuneração da Mão-de-obra (Eq. H./Mês) = R$ 1.052,00.
•
Para a análise econômica utilizou-se os dados do Deral.
o Preço do concentrado = R$ 0,40 (julho 2003).
PONTOS A SALIENTAR NO SISTEMA:
•
•
•
•
•
•
•
•
E fundamental que produtor faca uso da assistência técnica.
É necessário que o produtor tenha conhecimento sobre manejo de pastagens e alimentação
das deferentes categorias, bem como manejo geral do rebanho.
As bezerras excedentes devem ser vendidas pós-desmame, devido a limitação de área.
Os bezerros devem ser comercializados, doados ou eliminados ao nascer, caso contrario
haverá competição por alimento.
Sabe-se que estes bezerros não são bem aceitos no mercado regional, pela alimentação
deficiente e suscetibilidade a parasitas e doenças, isto reverte a implementação de pesquisa
de viabilidade econômica de vitelos leiteiros para a região no arenito.
As limitações fisicas do solo do Arenito inviabilizam plantios suscessivos de sorgo para
silagem. Portanto, deve-se optar pela utilização da cana-de-açúcar.
Nesse sistema forrageiro os animais são mantidos com cana-de-açúcar durante o periodo
seco, com a devida suplementação. Nesse sentido, e necessário ter animais com potencial
médio de producao (15 a 18L de leite/vaca/dia).
Os produtores deste sistema devem procurar associar-se, principalmente para aquisição de
insumos.
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3 Sistemas de Referências para a Produção de Leite na Agricultura