CETCC Centro de Estudos em Terapia Cognitivo Comportamental Seminário: Livro:Técnicas de Terapia Cognitiva Capítulo:8 Técnicas de Processamento Emocional Psicólogas: Alessandra Mafra Fornereto Aline Calaes Moreira Elaine Paulino Simonato Gobbi Juliana Carrenho Sanches Oliveira São Paulo, 02 de novembro de 2014. Técnica de Acesso ás Emoções Diferente da terapia cognitiva que destaca o papel central dos pensamentos e crenças na ativação e manutenção da depressão e da ansiedade, a abordagem focada nas emoções considera as emoções como primarias. Greenberg distingue entre emoções primarias e secundarias, onde a emoção primaria é os sentimento básico e a secundária pode ser aquela manifesta- que encobre ou atua como defesa contra a emoção primaria; por ex: O paciente pode abertamente expressar ou experiência a raiva( isto é, emoção secundaria), mas a emoção primaria por trás da raiva pode ser magoa.Pode ser “ mais facil” para determinada pessoa experiência a raiva, porque sentir-se magoado pode significar a sensação de fraqueza ou fracasso intolerável. Além disso, o autor sugere que alguns indivíduos expressam “ emoções instrumentais”- ou seja, sua expressão emocional “ objetiva” provoca reações nos outros.Por ex , um paciente pode chorar a fim de fazer os outros sentirem-se culpados, mas sua emoção subjacente, mais primaria, é medo. O terapeuta deve auxiliar os pacientes a identificar as diferentes camadas de emoções. Pergunta a Formular /Intervenção Percebo quando fala em identificar o problema, você parece sentir algo muito profundo.Certas questões parecem despertar emoções em você. Vamos permanecer focado nesta questão. Tente focar uma situação que represente ou simbolize esta questão. Feche os olhos e tente sentir a emoção que acompanha a lembrança ou imagem. Á medida que foca a emoção, tente perceber quaisquer sensação no corpo.Perceba a respiração.Perceba as sensações físicas.Está percebendo algum sentimento? Algum pensamento? Imagens? Essa emoção dá a você vontade de dizer, pedir ou fazer algo? Existe alguma circunstancia na qual você pode interrompendo u interferindo na experiência dessa emoção? Você acha que está se desligando, tentando evitar a emoção, ou dizendo a si mesmo que não pode suportá-la?Foque e descreva suas sensações internas. Tarefa de Casa Greenberg sugere que os pacientes usem um diário de emoções(Formulário) para registrar quaisquer sentimentos durante a semana seguinte. O terapeuta pode explicar que é importante para o paciente e para o terapeuta descobrir os sentimentos que estão envolvidos. Perceber ao longo da semana as emoções e registrar em seu diário. Podemos usar mais tarde o registro para observar a variedade de sentimentos que esta experienciando. Gostaria também que anotasse quaisquer exemplos durante a semana quando começa a perceber uma emoção e então tenta impedi-la de acontecer. Possivéis Problemas: Alguns pacientes que buscam a TCC tem a concepção errônea de que ela é anti- emoção, pensam que o objetivo é sentir-se e se comportarem-se de maneira inteiramente racional.Explicar o papel da racionalidade(modo mais produtivo), e que o objetivo não é eliminar as emoções, e sim perceber o que precisamos. TÉCNICA: VENTILAÇÃO ESCRITA Descrição Pedimos ao paciente que recorde o evento perturbador e faça sua descrição detalhada, por escrito, prestando atenção especial nas emoções que emergem e no significado do evento. Embora o efeito imediato possa ser o aumento dos sentimentos negativos à medida que o sentimento negativo e as lembranças se tornam mais evidentes, há, com frequência, diminuição da negatividade e redução do estresse em alguns dias ou semanas. Pergunta a Formular/Intervenção Gostaria que você se lembrasse do acontecimento que o aborreceu tanto. Tente obter uma lembrança muito clara do acontecimento e da experiência que teve. Gostaria que você dedicasse cerca de 20 minutos e escrevesse todos os pensamentos e sentimentos sobre esse acontecimento. Como foi para você? Seria útil dar o maior número de detalhes possível. Tente fazer a recordação parecer tão real quanto possível. EXEMPLO: A paciente era uma mulher na casa dos 30 anos que recordou ter sofrido abuso sexual quando criança por um amigo do irmão. Terapeuta: Você descreveu como esse garoto mais velho abusou de você quando era criança. Pode ser difícil voltar lá e descrever a experiência, mas vamos tentar descobrir mais sobre o que aquilo representou para você. Sei que deve ter sido muito difícil e vai ser muito difícil pensar sobre isso agora. Paciente: Foi terrível. Terapeuta: Ok. O que vamos fazer é olhar novamente para a experiência. Traga os detalhes e sentimentos sobre isso. Você pode escrever enquanto sua lembrança vem a tona; descreva todos os detalhes e sentimentos. Escreva quaisquer pensamentos que se lembre ter tido naquela ocasião. A paciente voltou para a sessão seguinte com a tarefa de casa feita. Terapeuta: Vamos verificar o que você escreveu e ver como se sentiu e o que pensou. Você poderia ler para mim a história que escreveu? Paciente: (lendo) Ele era amigo de meu irmão. Eu tinha 13 anos e ele 17. Seu nome era Ken. Ele era maior que eu e meu irmão o respeitava. Meus pais estavam fora naquele dia. Meu irmão tinha descido para a sala para ficar a sós com a namorada e Ken estava no andar de cima comigo, fazendo brincadeiras. Ele me disse que tinha uma faca. Então me mostrou a faca e eu tive medo. Ele me levou para a cama e disse que a gente ia fazer uma brincadeira. Tive medo de dizer qualquer coisa porque pensava que ele era louco. Então ele começou a me beijar. Pedi para que ele parasse, mas ele disse que iria continuar a brincadeira quer eu gostasse ou não. Então me mostrou a faca novamente e disse que era melhor eu fazer o que ele dissesse. Então disse: “De qualquer modo, você vai gostar”. Eu estava aterrorizada. Mas fiz o que ele me disse para fazer. Ele me fez chupá-lo. Senti vontade de vomitar. Mas sabia perfeitamente bem o que estava acontecendo. Quando acabou, vesti minhas roupas e ele disse que se eu contasse para alguém, ele me mataria. Nunca contei a meus pais nem meu irmão. Senti medo e vergonha. Terapeuta: Que parte da lembrança a incomoda mais, ao tê-la? Paciente: A parte em que pensava que ele ameaçava me matar se eu contasse. Terapeuta: Você leu para mim e está sentada aqui em meu consultório. Como se sente em relação a isso agora? Paciente: Acho que estou nervosa. Mas também me sinto mais segura. Contei a história e nada vai acontecer comigo agora. Foi muito tempo atrás. Terapeuta: Alguma vez você contou a história toda antes? Paciente: Não. Queria simplesmente esquecer e não pensei que fosse trazer algum benefício - só me deixar mais ansiosa. E, de todo modo, me sentia envergonhada. Terapeuta: Como se sente agora? Paciente: Bem, realmente não me sinto envergonhada ao contar a você. Você é um profissional. Mas gostaria de saber como o meu marido se sentiria. Ele poderia me julgar. Assim, sinto que parte de mim precisa manter isso comigo mesma, porque outra pessoa poderia não compreender. Tarefa de Casa “Gostaria que você recordasse o acontecimento que a aborreceu tanto. Tente obter uma lembrança bastante clara do acontecimento e da experiência que teve. Agora gostaria que dedicasse cerca de 20 minutos para escrever todos os pensamentos e sentimentos sobre tal acontecimento. Como foi para você? Por favor, dê tantos detalhes quanto possível. Tente fazer a lembrança parecer tão real quanto possível. Possíveis Problemas Alguns pacientes acreditam que acessar as emoções e reviver o trauma irão fazê-los regredir ainda mais. “Se tenho um sentimento ruim, nunca irá passar”. A crença de que uma emoção negativa deve ser evitada, a qualquer custo, contribui para a incapacidade de reexperimentar a lembrança completamente, descobrir que ela pode ser tolerada e aprender que a realidade é diferente da experiência traumática original. Tentativas de bloquear a memória incluem atropelar a história, deixar fora detalhes em momentos cruciais, não relatar sentimentos associados ao evento aparentemente traumático, dissociar durante a sessão ou demonstrar reações inapropriadas (por exemplo, rir ou responder de modo mecânico ou para agradar). Referência Cruzadas Seta descendente Identificação de esquemas Comportamentos de segurança Redação de cartas para a fonte do esquema e reformulação de imagens mentais. Formulário Formulário 8.2 (Redação de uma História, p. 298) TÉCNICA: IDENTIFICAÇÃO DOS “PONTOS DE TENSÃO”. Descrição O paciente pode ficar “paralisado” em determinadas partes da imagem ou lembrança. Esses “pontos de tensão” podem evocar emoções fortes (por exemplo, vontade de chorar, ansiedade, medo) ou inibir a emoção (por exemplo, dissociação, respostas mecânicas). Conforme os pacientes recordam a imagem ou a história, o terapeuta deve prestar atenção a quaisquer mudanças marcantes na emoção e pedir a eles que repitam a imagem específica ou parte da história. Os pontos de tensão geralmente envolvem os esquemas emocionais que contêm pensamentos automáticos mais problemáticos. Pergunta a Formular/Intervenção Conforme relembra a história (ou compõe a imagem), tente observar se quaisquer detalhes específicos ou partes da história são particularmente difíceis para você. Perceba se há alguma mudança em sua emoção ou sentimento; você pode ficar nervoso com uma imagem específica ou detalhe. Ou você pode se pegar “desligando-se” diante de um detalhe específico, talvez por ser tão difícil prestar atenção nele. Conforme repete o detalhe ou imagem, pergunte a si mesmo o que é particularmente desconcertante. Que pensamentos esse detalhe gera? Que sentimentos? Exemplo Terapeuta: Percebi que enquanto você lia a história sobre sua mãe lhe batendo, você meio que se distanciou. Você parecia não ter nenhuma emoção na parte que ela gritava com você. Paciente: É mesmo? Nem se quer notei isso. Terapeuta: Ok. Vamos voltar. Leia aquela parte novamente, na qual ela está gritando com você. Paciente: (lendo a história) “Aí ela começou a gritar comigo: “Você é burra. Nunca deveria ter tido você” (visivelmente nervosa agora). Terapeuta: Que sentimentos você teve então? Paciente: Senti medo ... e fiquei envergonhada. Terapeuta: Fale sobre as sensações de medo e vergonha. Paciente: Senti que eu não era nada e que ela ia me pisotear. Senti como se eu fosse totalmente sem valor, como se na verdade não valesse nada. Exemplo Terapeuta: Aquela parte foi difícil de superar, assim você se distanciou ao invés de sentir o que estava se passando. Paciente: Certo. É difícil lembrar mesmo agora. Tarefa de Casa O terapeuta pode pedir aos pacientes para escrever a lembrança de um evento traumático ou perturbador com tantos detalhes quanto possível. Depois, os pacientes devem ler a história em voz alta várias vezes, observando que partes específicas são mais difíceis. Eles retornam às partes mais difíceis e escrevem quaisquer sentimentos que acompanham os pontos de tensão. O formulário 8.3 (p. 299) pode ser usado. Possíveis Problemas Os pacientes podem ficar tão desconcertados a ponto de se recusarem a fazer a tarefa de casa. Nesses casos, pode ser mais útil fazer com que os pacientes marquem sessões mais longas (duplas), durante as quais as lembranças mais difíceis podem ser acessadas e os pontos de tensão identificados. Além disso, devido ao fato de a dissociação, ser, por natureza, difícil de ser percebida por quem dissocia, o terapeuta deve fazer com que os pacientes repitam a história na sessão, enquanto procura sinais de esquiva emocional (por exemplo, leitura mecânica/automática da história, leitura de certas partes muito rapidamente ou distanciamento e flutuação). Referência Cruzada com Outras Técnicas Ventilação escrita Identificação de esquemas emocionais Reformulação de imagens mentais Identificação de pensamentos automáticos Observação do trauma a partir da sacada. Formulário Formulário 8.3 (Identificação dos Pontos de Tensão, p. 299) TÉCNICA: IDENTIFICAÇÃO DOS ESQUEMAS EMOCIONAIS Descrição: Os indivíduos diferem/divergem em relação às conceituações das emoções e estratégias para lidar com elas. Uma vez a emoção “desagradável”, por exemplo: tristeza, raiva, ansiedade..., foi ativada, o indivíduo pode responder a uma variedade de pensamentos e comportamentos. Por exemplo: Alguns indivíduos ao perceberem que se sentem ansiosos, podem responder com as seguintes ideias problemáticas acerca de ansiedade: VAI DURAR MUITO, não tendo nenhum controle desta emoção (ansiedade). Outros indivíduos não teriam os mesmos sentimentos, sentiriam culpa, vergonha por sentirem ansiedade e não aceitam a emoção. Esses indivíduos podem acreditar que não podem se permitir experimentar a emoção, que não podem expressá-la porque os outros não o compreenderiam e legitimariam, tendo que ser racionais e não ter sentimentos confusos. Pergunta a Formular/Intervenção Quando nos sentimos ansiosos, tristes, com raiva, ou confusos, podemos ter diferentes pensamentos relativos à experiência dos sentimentos. Por exemplo: algumas pessoas podem acreditar que tais sentimentos vão durar muito, enquanto outras acreditam que são temporários. Algumas pessoas acreditam que não deveriam ter certos sentimentos, enquanto outras as aceitam. Podemos descobrir como você pensa, reage e sente em relação às emoções e sentimentos ao completar o formulário (LESS). TAREFA DE CASA O terapeuta deve pedir ao paciente que complete a Escala de Esquemas Emocionais (Formulário 8.4, Pág. 300 e 301). O LESS tem 14 dimensões envolvendo pensamentos e sentimentos sobre as emoções (Formulário 8.5, Pág. 302 e 303). Observação: As respostas do paciente ao LESS podem ser foco de investigação futura. POSSÍVEIS PROBLEMAS Alguns pacientes podem ter dificuldade em refletir sobre como pensam a respeito das emoções e como lidam com elas. Essa dificuldade é geralmente evidente nos pacientes que usam esquiva emocional como estratégia de comportamento. Os pacientes com uso ativo de álcool, cocaína, maconha ou que comem compulsivamente, podem estar tão fora do alcance das suas emoções, que são incapazes de identificar pensamentos a respeito de tais emoções e reações. A Escala LESS pode ser usada durante a sessão com estes pacientes. Por exemplo: Terapeuta: Quando você chega em casa e acaba de passar pela porta, que sentimento tem? Paciente (que é usuário de cocaína): “Isto está tão vazio, minha vida é tão vazia”. O terapeuta então pode percorrer alguns itens da Escala LESS para identificar a crença de ter que se livrar dos sentimentos. Além disso, os pacientes podem ter diferentes esquemas emocionais para diferentes tipos de emoção. O mesmo indivíduo pode ter esquemas emocionais para ansiedade diferentes dos esquemas para sentimentos sexuais. Por exemplo: Uma paciente acreditava que sua ansiedade em relação a fazer uma prova não duraria para sempre, que outras pessoas poderiam ter os mesmos sentimentos e compreenderiam os seus. Porém, sua crença acerca de suas fantasias sexuais, era de que deveria ter controle dos sentimentos, que tais sentimentos poderiam fugir do controle, eram vergonhosos e as pessoas poderiam pensar mal dela se os compartilhasse. Ela então culpava os outros por tais sentimentos. O terapeuta pode averiguar se o paciente tem diferentes “teorias” e “estratégias” para lidar com diferentes emoções. REFERÊNCIA CRUZADA COM OUTRAS TÉCNICAS O terapeuta cognitivo pode usar uma variedade de técnicas para examinar cada dimensão dos esquemas emocionais dos pacientes. Técnicas: evocação ou acesso as emoções, exame de custos e benefícios das estratégias, evidências contra e a favor das crenças, duplo padrão, seta descendente, exame da relação entre esquemas emocionais e esquemas pessoais, dramatização, etc. FORMULÁRIO 8.4 Escala de Esquemas Emocionais de Leahy Nome:___________________________________________Data:_____/_____/______ Estamos interessados na forma como você lida com os sentimentos ou emoções – por exemplo, como você lida com sentimentos de raiva, tristeza, ansiedade ou sentimentos sexuais. Todos diferimos no modo como lidamos com esses sentimentos, assim não há respostas certas ou erradas. Por favor, leia cada sentença cuidadosamente e atribua uma nota, usando a escala abaixo, conforme você lidou com os sentimentos no mês passado. Coloque o número referente no início da sentença. Escala •muito falso •moderadamente falso •levemente falso •levemente verdadeiro •moderadamente verdadeiro •muito verdadeiro •____ Quando me sinto para baixo tento pensar em uma maneira diferente de ver as coisas. •____ Quando tenho um sentimento que me incomoda, tento pensar na razão pela qual ele não é importante. •____ Frequentemente penso que respondo com sentimentos que outras pessoas não teriam. •____ É errado ter certos sentimentos. •____ Existem coisas a meu respeito que simplesmente não compreendo. •____ Acredito que é importante me permitir chorar para deixarem os sentimentos “saírem”. •____ Se me permitir ter alguns desses sentimentos, temo que perderei o controle. •____ Outras pessoas compreendem e aceitam meus sentimentos. •____ Você não pode permitir-se ter certos tipos de sentimentos – como aqueles relacionados a sexo ou violência. •____Meus sentimentos não fazem sentido para mim. •____ Se as outras pessoas mudassem, eu me sentiria muito melhor. •____ Acho que tenho •____ Sinto vergonha dos meus sentimentos. •____ Coisas que incomodam outras pessoas não me incomodam. •____ Ninguém realmente se importa com os meus sentimentos. •____ Para mim, é importante ser razoável e prático em vez de sensível e aberto a meus sentimentos. •____ Não suporto quando tenho sentimentos contraditórios – como gostar e não gostar da mesma pessoa •____ Sou muito mais sensível que as outras pessoas. •____ Tento me livrar de sentimentos desagradáveis imediatamente. •____ Quando me sinto para baixo, tento pensar nas coisas mais importante da vida – o que valorizo. •____ Quando me sinto para baixo ou triste, questiono meus valores. •____ Sinto que posso expressar meus sentimentos abertamente. •____ Frequentemente digo a mim mesmo: “O que há de errado comigo?” •____ Vejo-me como pessoa superficial. •____ Quero que as pessoas acreditem que sou diferente do jeito que me sinto de verdade. •____ Fico preocupado com não ser capaz de controlar meus sentimentos. •____ Você precisa se policiar contra determinados sentimentos. •____ Sentimentos fortes duram apenas um curto período de tempo. •____ Você não pode depender dos sentimentos para saber o que é bom para você. •____ Não deveria ter alguns dos sentimentos que tenho. •____ Frequentemente me sinto anestesiado emocionalmente, como se não tivesse sentimentos. •____ Penso que meus sentimentos são estranhos ou esquisitos. •____ Outras pessoas me provocam sentimentos desagradáveis. •____ Quando tenho sentimentos conflitantes em relação a alguém, fico perturbado ou confuso. •____ Quando tenho algum sentimento que me incomoda, tento encontrar outra coisa para pensar ou fazer. •____ Quando me sinto para baixo, fico sozinho e penso muito sobre como me sinto mal. •____ Gosto de ter absoluta certeza quanto à maneira como me sinto em relação a outra pessoa. •____ Todo mundo tem sentimentos como os meus. •____ Aceito meus sentimentos. •____ Acho que tenho os mesmos sentimentos que outras pessoas têm. •____ Aspiro a valores mais elevados. •____ Penso que os meus sentimentos agora não tem nada a ver com o modo como fui criado. •____ Tenho a preocupação de que, se tiver certos sentimentos, posso ficar louco. •____ Meus sentimentos parecem surgir do nada. •____ Penso que é importante ser racional e lógico em quase tudo. •____ Gosto de ter absoluta certeza sobre o modo como me sinto em relação a mim mesmo. •____ Foco muito meus sentimentos ou minhas sensações físicas. •____ Não quero que ninguém saiba de alguns dos meus sentimentos. •____ Não quero admitir que tenho certos sentimentos, mas sei que os tenho. FORMULÁRIO 8.5 Quatorze Dimensões da Escala de Esquemas Emocionais de Leahy Legitimidade (Item 8.) Outras pessoas compreendem e aceitam meus sentimentos. (Item 16.) Ninguém realmente se importa com os meus sentimentos. (Item 49.) Não quero que ninguém saiba de alguns dos meus sentimentos. Compreensibilidade (Item 5.) Existem coisas a meu respeito que simplesmente não compreendo. (Item 10.) Meus sentimentos não fazem sentido para mim. (Item 33.) Penso que meus sentimentos são estranhos ou esquisitos. (Item 45.) Meus sentimentos parecem surgir do nada. Culpa (Item 4.) É errado ter certos sentimentos. (Item 14.) Sinto vergonha dos meus sentimentos. (Item 26.) Quero que as pessoas acreditem que sou diferente do jeito que me sinto de verdade. (Item 31.) Não deveria ter alguns dos sentimentos que tenho. Visão Simplista da Emoção (Item 18.) Não suporto quando tenho sentimentos contraditórios – como gostar e não gostar da mesma pessoa. (Item 35.) Quando tenho sentimentos conflitantes em relação a alguém, fico perturbado ou confuso. (Item 38.) Gosto de ter absoluta certeza quanto à maneira como me sinto em relação a outra pessoa. (Item 47.) Gosto de ter absoluta certeza sobre o modo como me sinto em relação a mim mesmo. Valores Mais Elevados (Item 21.) Quando me sinto para baixo, tento pensar nas coisas mais importante da vida – o que valorizo. (Item 25.) Vejo-me como pessoa superficial. (Item 42.) Aspiro a valores mais elevados. Controle (Item 7.) Se me permitir ter alguns desses sentimentos, temo que perderei o controle. (Item 27.) Fico preocupado com não ser capaz de controlar meus sentimentos. (Item 44.) Tenho a preocupação de que, se tiver certos sentimentos, posso ficar louco. Paralisia (Item 15.) Coisas que incomodam outras pessoas não me incomodam. (Item 32.) Frequentemente me sinto anestesiado emocionalmente, como se não tivesse sentimentos. Racionalidade (Item 17.) Para mim, é importante ser razoável e prático em vez de sensível e aberto a meus sentimentos. (Item 46.) Penso que é importante ser racional e lógico em quase tudo. (Item 30.) Você não pode depender dos sentimentos para saber o que é bom para você. Duração (Item 13.) Às vezes temo que se me permitisse ter um sentimento forte, ele não iria mais embora. (Item 29.) Sentimentos fortes duram apenas um curto período de tempo. Consenso (Item 3.) Frequentemente penso que respondo com sentimentos que outras pessoas não teriam. (Item 19.) Sou muito mais sensível que as outras pessoas. (Item 39.) Todo mundo tem sentimentos como os meus. (Item 41.) Acho que tenho os mesmos sentimentos que outras pessoas têm. Aceitação de Sentimentos (Item 2.) Quando tenho um sentimento que me incomoda, tento pensar na razão pela qual ele não é importante. (Item 12.) Acho que tenho sentimentos dos quais não estou muito ciente. (Item 20.) Tento me livrar de sentimentos desagradáveis imediatamente. (Item 40.) Aceito meus sentimentos. (Item 50.) Não quero admitir que tenho certos sentimentos, mas sei que os tenho. (Item 9.) Você não pode permitir-se ter certos tipos de sentimentos – como aqueles relacionados a sexo ou violência. (Item 28.) Você precisa se policiar contra determinados sentimentos. Ruminação (Item 1.) Quando me sinto para baixo tento pensar em uma maneira diferente de ver as coisas. (Item 36.) Quando tenho algum sentimento que me incomoda, tento encontrar outra coisa para pensar ou fazer. (Item 37.) Quando me sinto para baixo, fico sozinho e penso muito sobre como me sinto mal. (Item 24.) Frequentemente digo a mim mesmo: “O que há de errado comigo?” (Item 48.) Foco muito meus sentimentos ou minhas sensações físicas. Expressão (Item 6.) Acredito que é importante me permitir chorar para deixarem os sentimentos “saírem”. (Item 23.) Sinto que posso expressar meus sentimentos abertamente. Acusação (Item 11.) Se as outras pessoas mudassem, eu me sentiria muito melhor. (Item 34.) Outras pessoas me provocam sentimentos desagradáveis. TÉCNICA: AMPLIAÇÃO DO PROCESSAMENTO EMOCIONAL O objetivo de examinar as emoções é ajudar os pacientes a lidar com elas ao pensarem sobre elas de modo diferente. ABORDAGEM COGNITIVA DAS EMOÇÕES Dar sentido à emoção, permiti-la, descatastrofizá-la e sentir-se menos culpado em relação a ela. PROCESSAMENTO EMOCIONAL RESPOSTAS DO LESS DIMENSÕES EMOCIONAIS ( Descrevem interpretações e estratégias para lidar com as emoções) INTERVENÇÃO (Formulário 8.6) Legitimação (Item 8) Outras pessoas compreendem e aceitam meus sentimentos (Item 16) Ninguém realmente se importa com meus sentimentos (Item 49) Não quero que ninguém saiba de alguns dos meus sentimentos Intervenção Existem pessoas que aceitam e compreendem seus sentimentos? Você tem regras arbitrárias para legitimação? As pessoas devem concordar com tudo que você diz? Você está compartilhando suas emoções com pessoas críticas? Você aceita e apoia outras pessoas que têm essas emoções? Você tem um duplo-padrão? Por quê? Tarefa de Casa: Responder, por escrito, algumas das perguntas das dimensões TERAPIA DO ESQUEMA EMOCIONAL Escalas de Esquema Emocional Dimensão ( Téc. Terapia Cognitiva) Dimensão ( Regulação emocional em Psicoterapia) Legitimidade Compreensibilidade Paralisia Racionalidade Acusação Validação Inteligibilidade Entorpecimento Necessidade de ser racional Responsabilidade Técnicas para trabalhar com cada uma das dimensões. Exemplos De Quando Me Sinto Validado ou Não Diretrizes: Ás vezes, sentimos que os outros nos entendem, validam a forma como nos sentimos e nos dão apoio. Escreva alguns exemplos específicos disso na coluna da esquerda. Na coluna da direita, escreva exemplos de quando você não se sentiu validado. Senti-me validado (amparado, apoiado) quando... Não me senti validado (amparado, apoiado) quando... Regulação emocional em psicoterapia: um guia para o terapeuta cognitivo-comportamental, de Robert L. Leahy, Dennis Tirch e Lisa Napolitano. Copyright 2013 – Artmed Editora Ltda. REFERÊNCIA CRUZADA COM OUTRAS TÉCNICAS ANÁLISE DE CUSTO-BENEFICIO ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS DUPLO-PADRÃO SETA DESCENDENTE DRAMATIZAÇÃO EXPERIMENTOS COMPORTAMENTAIS TÉCNICA: REFORMULAÇÃO DE IMAGENS MENTAIS Tentativas de modificar imagens traumáticas com base apenas na discussão verbal pode não ativar adequadamente a estrutura do medo e não proporcionar ao paciente um contra- ponto suficientemente poderoso para os pensamentos e sentimentos contidos na imagem. A Reformulação de Imagens Mentais permite aos pacientes recriarem sua história, em detalhes dramáticos, de maneira que modifique a natureza do evento traumático original. Formulário 8.7 – Reformulação da História Tarefa de Casa: Pedir ao paciente para lembrar e escrever os detalhes do episódio traumático. Em seguida, reescrever o episódio, porém de forma fantasiosa, em que o paciente dominará a cena e a outra pessoa será reduzida a um “aborrecimento irrisório”.Escrever os pensamentos e sentimentos relacionados ao exercício. Possíveis Problemas: Ficar atento a sinais de aumento de ansiedade, dissociação, resposta decorada e mecânica, ou o súbito desejo de terminar a terapia. Trabalhar com os Pensamentos Automáticos e pressupostos. TCC : Análise de custo-benefício, dramatização racional, duplopadrão e cadeira-vazia. Referência Cruzada com Outras Técnicas Indução de imagens. Trabalho focado nos esquemas (Identificação de esquemas nucleares, esquiva e manutenção de esquemas). Conceituação de Caso Fantasia temida. Assertividade Redação de cartas dirigidas à fonte Duplo-padrão Filme : Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban.