Empreendedorismo no Brasil O presente artigo descreve o conceito de empreendedorismo e em seguida o mostra como está o Brasil como um país empreendedor seu ranking em relação a outros países. Também relata características dos empreendedores brasileiros. Por Elmer Santana Segundo Robert Hirsch, em seu livro "Empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal" Com base neste conceito percebe que no Brasil tem muitas pessoas com este perfil empreendedor que são os seguintes: 1. Ter objetivos pessoais e profissionais 2. Observar tendências 3. Usar talentos pessoais 4. Ser adepto da educação continuada 5. Ampliar rede de relacionamento 6. Buscar equilíbrio entre trabalho, lazer, emoções e valores. 7. Ousar em mudanças Com essas características é possível ter sucesso em qualquer área que a pessoa queira empreender, pois isso leva as pessoas terem mais ousadia a investir em seus negócios assumindo riscos financeiros. O Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com o Sebrae Nacional, principal promotor da pesquisa; o Sesi/PR, o Senai/PR e a Universidade Positivo, como parceria técnica promovem a pesquisa GEM, a qual revela detalhes no comportamento empreendedor brasileiro. A presente pesquisa tem nove anos de edição completados no ano de 2008 com atuação em 60 países a presente pesquisa informa que o Brasil ocupou 13º posição no ranking mundial de empreendedorismo com a Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) brasileira foi de 12,02 o que significa que de cada 100 brasileiros 12 realizavam alguma atividade empreendedora até o momento da pesquisa. Outro ponto encontrado na pesquisa é que o aumento da participação do jovem (18-24 anos) e a redução da participação do adulto de meia idade (55-64 anos) na atividade empreendedora. O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial em termos de participação de jovens empreendedores (25%), sendo superado somente pelo Irã (29%) e pela Jamaica (28%). Observa-se que o jovem empreendedor por necessidade, em 2008, representa 28% dos empreendedores brasileiros (taxa superior à média no período, que é de 20,6%), possuindo uma renda concentrada na faixa de 1 a 3 salários mínimos (média no período de 60%) e um nível de escolaridade de 5 a 11 anos (média de 60% no período), com atividades de serviços orientados ao consumidor (70%), seguidas pelo setor de transformação (33%). O jovem empreendedor por oportunidade diferencia se por possuir uma renda maior (36% até 3 salários mínimos; 34% de 3 a 6 salários) e uma escolaridade maior, sendo que 25% estão cursando ou já terminaram o nível superior. Ambos têm uma alta concentração em atividades de serviços orientados aos consumidores e atividades de transformação, entretanto, os empreendedores por oportunidade iniciam seus negócios com atividades mais especializadas, em função de seu maior nível de qualificação e renda. Os empreendedores por oportunidade têm uma participação maior em serviços orientados à empresa (19%), uma vez que esse tipo de serviço exige maior nível de qualificação e formação. O jovem universitário, por exemplo, frente à escassez do trabalho formal, abre seu negócio em serviços especializados, tais como contabilidade, apoio jurídico, apoio de informática etc. Ao longo do período de 2001-2008, a participação do adulto de meia-idade (55-64 anos) no empreendedorismo por necessidade vem reduzindo, representando apenas 6% dos empreendedores. Um dos fatores que incide nesse quadro é a tendência de universalização da previdência; os aposentados conseguem manter sua subsistência, e/ou deixando de fazer outras atividades e/ou procurando alternativas de complementação de renda no mercado como assalariado formal ou informal. Os indivíduos nessa faixa etária possuem de um a quatro anos de estudo e suas atividades são orientadas para os consumidores. Por exemplo, o idoso que se aposenta e continua a exercer sua profissão, de marceneiro, eletricista, encanador etc. O empreendedor adulto (55-64 anos) por oportunidade vem reduzindo, igualmente, sua participação, no período considerado. Representam 2% dos empreendedores, e 40% deles possuem até 11 anos de educação, estando alocados em atividades transformação (44%) e serviços especializados (49%). Esse empreendedor é aquele que ao longo da vida conseguiu acumular algum tipo de poupança e, em função de um ambiente instável, não está disposto a riscos e a procurar usufruir seu tempo livre. O adulto na faixa etária de 55 a 64 anos que busca a atividade empreendedora é aquele que em função de sua especialização e experiência abre o negócio como forma de realização pessoal e profissional. Esse tipo de empreendedor tem um maior nível de escolaridade, normalmente formação universitária, ou experiência qualificada e está disposto a enfrentar novos desafios – suas atividades estão voltadas para serviços especializados a consumidores, à indústria de transformação, às empresas, como consultorias e serviços técnicos especializados. Com isso, percebe-se a evolução do empreendedor brasileiro cada vez mais ousado em enfrentar a concorrência e investir em novos empreendimentos capazes de assumir riscos financeiros. É possível visualizar nesta pesquisa também o aumento de empreendedores jovens numa faixa etária entre 18 a 24 anos e melhor ainda é ver que esses jovens empreendedores o qual o presente texto se refere é que seus empreendimentos estão sendo lucrativos.