FOLHA DE S. PAULO ANC88 Pasta 05 a 08 fev/87 018 Q u i n t a - f e i r g , 5 d e f e v e r e i r o d e 1987 — POLÍTICA A «5 AUC Constituintes querem saber quais são os seus poderes Tadashi Nakagotni Jânio de Freitas x A soberania do Congresso constituinte sobre a atual Constituição dominou o debate de ontem no plenário. Uma questão de ordem levantada pelo deputado Maurílio Ferreira Lima (PMDB-PE), se o Congresso constituinte teria poderes para mudar total ou parcialmente a Constituição em vigor, dividiu os parlamentares. Apoiaram a tese da soberania o PT, PDT, PCB, PC do B e a esquerda do PMDB. Contra ela ficaram PFL, PDS, PTB, PL e moderados do PMDB, defensor da tese de que o Congresso constituinte foi convocado por uma emenda (número 26) à Constituição em vigor e, portanto, não pode sobrepor-se a ela. O líder do PFL no Senado, Carlos Chiarelli (PFL-RS), disse que a divisão acontecia entre "jacobinos" e "girondinos" —referência aos radicais e moderados dos primeiros anos da Revolução Francesa de 1789. O presidente da Mesa, Ulysses Guimarães, disse no final da sessão que a questão de ordem deveria ser apreciada apenas após a definição das normas preliminares de funcionamento dos trabalhos, que deverão ser votadas hoje. Ulysses não quis dar opinião sobre a proposta. Acesso direto O senador Mário Covas vai patrocinar um projeto, proposto pelo Plenário Pró-Participação Popular na Constituinte, cuja finalidade é abrir a sugestões da sociedade uma via de acesso direto à elaboração do novo texto constitucional. Pelo projeto, fica assegurada, através do regimento do Congresso constituinte, a tramitação de propostas subscritas por mais de trinta mil cidadãos ou pelo mínimo de duas entidades civis que congreguem, juntas, trinta mil ou mais sócios. Neste último caso, cada projeto precisaria ter a aprovação da assembleia de associados. Seria de extrema importância, pela contribuição de caráter democrático que daria ao Congresso constituinte, a aprovação desta proposta do Plenário Pró-Participação. Mas, para ser aprovada pelos constituintes, é provável que dependa de manifestações de apoio das entidades civis que com ela concordem. Ocupação A vitória obtida pelo ultimato do presidente da Fiesp, Mário Amato, não se encerra na torrente de aumentos que o ministro da Fazenda liberou de imediato e com alcance muito maior de setores e produtos do que o anunciado pelo governo. Acima deste aspecto, digamos que económico, pairam implicações mais graves, até porque tabelamento e congelamento há muito estão desmoralizados. O ultimato resultou da informação, ou quando menos da suspeita, de que o governo não iria promover nos primeiros dias da semana, como o ministro da Fazenda prometera à Fiesp, a oficialização dos novos Da Sucursal de Brasília preços. Neste sentido o ultimato, um gesto de audácia plena de riscos, significou a queima das reservas finais de acomodação do grande empresariado à inoperância governamental. E como se sabe que esta capacidade de acomodação é proporcional ao enorme volume de interesses mútuos entre grande empresariado e governo, o gesto de dispor-se à ruptura já seria, por si, de muita expressão. Acresce que tal gesto foi vitorioso. E aí o episódio ganha dimensões que se projetam sobre o futuro. Pois, ao ceder por impotência para enfrentar o ultimato, o governo despiu-se da autoridade de administração económica. E até que a recobre, sabe-se lá por que meios, estará compelido a condicionar suas promessas e decisões a uma força de ocupação do território de decisões que estava vazio. Compreende-se que Amato atribuísse o ultimato à má interpretação da imprensa. Não é mesmo de bom-tom tripudiar sobre derrotados. Ciranda Nota o presidente da Confederação Nacional da Indústria, senador Albano Franco, uma distinção essencial entre os industriais paulistas e os dos demais Estados: a prioridade dos primeiros é atribuída ao aumento de preços, ficando a questão dos juros no plano secundário; os outros invertem a prioridade. O senador não o diz, mas sua fundada observação explica-se por serem os empresários paulistas, seguidos dos seus congéneres cariocas, os maiores ativadores e beneficiários da chamada ciranda financeira. Resoluções constitucionais Lula discursa na tribuna do Congresso constituinte Paralelamente à questão de ordem, Maurílio Ferreira Lima, da esquerda do PMDB, apresentou projeto considerando o Congresso constituinte como "poder político que se sobrepõe a todos os outros poderes constituídos". Pela proposta, com aprovação da maioria, a Mesa do Congresso constituinte poderia baixar resoluções constitucionais alterando total ou parcialmente qualquer artigo da Constituição em vigor. Questão dos senadores de 82 foi o precedente Um precedente, aberto nesta semana, permitiu que o deputado federal Maurílio Ferreira Lima (PMDB-PE) levantasse ontem a possibilidade de o Congresso constituinte revogar dispositivos da Constituição em vigor. Foi quando, ao presidir a sessão de segunda-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Carlos Moreira Alves, permitiu que fosse questionada a participação, na Constituinte, dos senadores eleitos em 1982. Moreira Alves levou o assunto à votação do plenário, que, por maioria, decidiu que os senadores de 82 integrariam o Congresso constituinte. Ao permitir que a questão fosse votada, oMoreira Alves contrariou o artigo I da Emenda Constitucional n° 26, que convocou o Congresso constituinte, e que já definia o assunto. Diz esse artigo: "Os membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal reunir-se-ão, unicameralmente, em Assembleia Nacional Constituinte, livre e soberana, no dia Io de fevereiro de 1987, na sede do Congresso Nacional". Chiarelli disse que a tese pró-soberania é jurídica e politicamente errada, pois "a Constituinte não pode substituir o Executivo, o Legislativo e o Judiciário". Maurílio Ferreira Lima disse que a soberania, se não definida imediatamente pelo plenário, fatalmente será invocada toda a vez que surgir um impasse nos trabalhos. Os que defendem a soberania basearam a defesa da tese no "precedente" aberto pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Moreira Alves, na sessão em que foi eleito o presidente do Congresso constituinte, domingo. Congresso só credencia jornalista sindicalizado Esboço dispõe que trabalh Da Sucursal de Brasília e da Reportagem Local —acesso ao serviço médico das duas Casas, à infra-estrutura da Câmara e do Senado, ao Clube do Congresso, ao restaurante interno da Câmara e direito a viagens ao exterior, às expensas do Congresso, dentro de um rodízio de missões parlamentares. No caso do Senado, não haverá credenciamento de jornalistas neste mês, já que a funcionária Ester Gimenez, do Comité de Imprensa, encontra-se de férias. Para se credenciar à cobertura jornalística das atividades do Congresso constituinte, os jornalistas de Brasília estão se deparando com as exigências de comprovação de registro junto à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e prova de sindicalização em Brasília. As duas normas estão em vigor tanto na Câmara dos Deputados como no Senado. Depois Diploma de credenciado, no entanto, o jornalista passa a gozar de todas as "A lei é absurda porque os maiores regalias de um funcionário das duas jornalistas da atualidade e da históCasas. ria do Brasil jamais tiveram diploma Jornalismo", disse ontem o jurista Estas exigências não foram obser- de Miguel 75, a respeito da vadas no credenciamento para a legislaçãoReale, que atualmente regulaabertura do Congresso constituinte, menta o exercício da profissão de que ficou aos cuidados do Supremo jornalista no país. Tribunal Federal (STF). Já no caso A obrigatoriedade do diploma em da Câmara e do Senado, em razão de um antigo acordo do Sindicato dos Comunicações voltou a ser questioJornalistas de Brasília com os comi- nada depois que o Sindicato dos tés de imprensa do Congresso e com Jornalistas no Estado de São Paulo as primeiras secretarias das duas encaminhou à Delegacia Regional do Casas —que cuidam do credencia- Trabalho uma denúncia contra quamento de jornalistas—, o repórter renta profissionais acusados de tranão registrado e não sindicalizado balhar irregularmente na Folha. A DRT fez uma inspeção segunda-feira ; está impedido de trabalhar. passada na empresa Folha da Manhã Atendidas as duas exigências, o S/A, que edita o jornal. Dos quarenta jornalista credenciado passa a ter casos vistoriados, oito foram tidos todos os direitos e regalias de um por irregulares (seis na Redação da funcionário da Câmara ou do Senado Folha). A empresa não se conformou Com as autuações e apresentará defesa escrita. A Folha ouviu jornalistas, políticos e juristas sobre o incidente provocado pela denúncia do Sindicato. Miguel Reale, professor catedrático da Faculdade de Direito da USP e ex-reitor dessa universidade: "Do ponto de vista estritamente jurídico, a ação é legal. A lei é dura mas é lei e deve ser cumprida. Mas isso não quer dizer que a lei não seja absurda e eu acho que ela é. Esse bizantismo nas nossas leis nos leva a isso, a este impasse. Tudo deve ser feito para que a lei seja revogada." Cláudio Abratno, 63, analista político da Folha: "Acho que delatar gente é sempre um ato condenável. A verdade é que as escolas não formam jornalistas equipados para exercerem a profissão. Por outro lado, a categoria dos jornalistas sente a necessidade de uma regulamentação profissional. O que acho repugnante é o Sindicato cumprir essa determinação legal delatando pessoas e tentando tirar o emprego delas. Para mim, o curso de Jornalismo deveria ser de pós-graduação, pois em quatro anos um estudante de Jornalismo não aprende o que um economista ou especialista em agricultura sabe." Almir Pazzianotto, 50, ministro do 'Trabalho: "Não tenho opinião formada sobre a necessidade ou não do diploma para a profissão de jornalista. Gostaria que houvesse mais debate sobre o assunto dentro da própria categoria." Luis Inácio Lula da Silva, 41, líder do PT na Câmara dos Deputados: "Sou totalmente a favor do Sindicato." Jânio de Freitas, 54, colunista político da Folha: "Não entendo o porquê desta visão discriminatória do Sindicato em relação à Folha. O número de transgressões à regulamentação do exercício da profissão de jornalista é enorme, disseminado pelo país inteiro. Em segundo lugar, estamos vivendo uma fase da história que requer atenções para outras coisas infinitamente mais importantes —a ética do jornalista, as matérias pagas (cada vez mais frequentes) e as pressões a que certos jornalistas estão sujeitos." José Álvaro Moisés, 41, cientista político: "A legalidade desta forma peculiar de corporativismo decorre de uma legislação introduzida durante o regime militar. Só isso já deveria ser suficiente para colocar em questão a legitimidade. Ainda que compreenda as motivações da ação sindical, defendo um procedimento que garanta aos jornalistas os direitos inerentes ao exercício da profissão sem impedimentos para que outros o façam". Governo quer ter líder n a Constituinte, diz Maciel i• Da Sucursal de Brasília m A afirmação do ministro-chefe do Gabinete Civil, Marco Maciel, 46, de que o presidente Sarney pensa em indicar um líder do governo no Congresso constituinte surpreendeu candidatos a líderes até do PMDB. Maciel declarou a intenção do presidente em entrevista coletiva de manhã no Palácio do Planalto. O deputado Carlos SanfAna (PMDBBA) candidato a líder do partido e do governo na Câmara, disse: "Não acredito que Maciel tenha dito isto. Tenho certeza que o governo não terá líder na constituinte". Lucena é contra a proposta do Planalto Da Sucursal de Brasília O presidente do Senado, Humberto Lucena (PMDB-PB), 58, disse ontem que "não há como justificar um líder na Constituinte, porque essa é uma questão partidária". Lucena disse ter estranhado muito quando soube que o ministro-chefe do Gabinete Civil, Marco Maciel, havia dito pela manhã que o presidente José Sarney pensa em designar um líder do governo no Congresso Nacional para atuar também no Congresso constituinte. O líder do PFL no Senado, Carlos Chiarelli (RS), disse achar que o Lucena foi recebido pelo presidente governo não terá líder na constituin- Sarney às 17h35, juntamente com te. Mas ao ser informado por um toda a recém-eleita diretoria da Mesa repórter da declaração de Marco do Senado, mas disse que não Maciel, Chiarelli respondeu: "Isto conversou com o presidente sobre o não está definido ainda. Estive com o assunto. Depois do encontro, porém, ministro hoje". O líder do PT, Luis Lucena manifestou-se contrário até Inácio Lula da Silva disse que se o mesmo à figura do líder do governo presidente Sarney quer influenciar no no Congresso, cargo para o qual foi Congresso constituinte "deveria ter disputado um mandato em 15 de nomeado o senador Fernando Henrinovembro". A ideia não foi bem recebida também pelo líder do PDS, Amaral Netto, que afirmou: "é um que o líder do governo no Congresso absurdo, é perigoso". represente também os dois partidos da Aliança Democrática (PMDB e Marco Maciel disse que a ideia é de PFL). laciocínio Livre e Soberano se £SSA OQWSTITOitvyrg FICAR SRtèANDo fbR CAUSA PDS sem-\ voltes P^ 82.... o., foz CAUSA PA SIMULTANEIDADE PA CÂMARA Z í>0 SehiAVO... que Cardoso (PMDB-SP) em março de 1985. Segundo Lucena, a designação de Cardoso foi a forma que o presidente eleito Tancredo Neves encontrou para "homenagear" o senador paulista, mas que, como o regimento interno do Congresso não previa esta figura, o líder acabou tendo um papel apagado. Lucena propôs ontem que, caso o presidente queira designar um líder, o regimento interno do Congresso seja alterado. Fim dos "trens" O presidente do Senado afirmou ontem que, daqui para a frente, os funcionários da Casa serão contratados apenas mediante concurso público. Segundo Lucena, o fim dos "trens da alegria" (contratações sem concurso) foi um compromisso que assumiu publicamente durante sua candidatura ao cargo. Apesar da surpresa provocada pela declaração do ministro Marco Maciel entre os parlamentares, a articulação do "lobby" do Planalto no terão divulgação pela mídia O esboço de regimento interno que os líderes de todos os partidos apresentaram na última segunda-feira, para ser apreciado pelo Congresso constituinte, dispõe que as atividades constituintes deverão ser divulgadas diariamente pelos jornais, rádios e emissoras de TV, através de horários e espaços cedidos pelas empresas de comunicação. O senador Fernando Henrique Cardoso (SP), 56, líder do PMDB no Senado, disse ontem que o esboço de regimento, embora apresentado pelos líderes, não tem o aval específico de qualquer um deles. O esboço destina-se apenas a ser uma referência para o plenário discutir o regimento interno definitivo, que deverá ficar pronto no final deste mês. O esboço, segundo Cardoso, deverá ser totalmente emendado e modificado. A obrigatoriedade de que as empresas de comunicação divulguem as atividades constituintes consta das "Disposições gerais e finais" do esboço de regimento, em seu artigo 66. Este artigo determina a criação de um "Serviço de Divulgação", que teria as seguintes finalidades: "a — divulgar diariamente através dos jornais, rádio e televisão matéria relativa aos trabalhos de elaboração da Constituição; "b — informar aos organismos interessados quaisquer assuntos ou decisões relativas aos trabalhos constituintes; "c — manter intercâmbio com universidades, colégio e outros". No parágrafo I o , do artigo 66, o esboço de regimento diz: "As rádios e televisões cederão, diariamente, aos serviços de divulgação da Assembleia Nacional Constituinte um horário de meia hora na parte da manhã e na parte da tarde, e de uma hora à noite, das 23 às 24h nos dias úteis". O parágrafo 2o diz: "As TVs Educativas cederão o dobro do tempo referido no parágrafo anterior, para exibição de programa específico sobre os trabalhos da Assembleia". O parágrafo 3o afirma: "Diariamente, nos grandes jornais das capitais brasileiras, o serviço de divulgação publicará súmula dos trabalhos constituintes". O parágrafo 4o determina que "caberá à Mesa selecionar os órgãos de imprensa mencionados no parágrafo anterior". O esboço de regimento foi preparado, a pedido dos líderes dos partidos, pelos deputados federais Bonifácio de Andrade (PDS-MG) e Nelson Jobim (PMDBRS). Blocos parlamentares já polarizam as discussões Congresso constituinte conta com o apoio de dpeutados do PMDB e PFL. O líder do PFL no Senado, Carlos O debate de ontem no Congresso Chiarelli, disse que o governo tem suas teses, suas propostas ao Con- constituinte, em torno da soberania gresso constituinte e vai defendê-las, do plenário sobre a Constituição em sem interferir na soberania do Con- vigor, deixou nítida a divisão dos gresso constituinte. O deputado João constituintes em dois grandes blocos Hermamm (PMDB-SP) candidato a interpartidários. De um lado, ficalíder da bancada disse que se indica- ram o PT, o PDT, o PCB, o PC do B e do para a liderança também aceita- a esquerda do PMDB, e de outro o ria um convite do governo para bloco que o líder do PFL na Câmara representá-lo no Congresso, em acor- dos Deputados, José Lourenço, chamou de "bloco Tancredo Neves", do com o PFL. unindo os moderados do PMDB, o Articulação PFL, o PDS, o PTB e o PL. O bloco da esquerda já recebeu Um grupo de parlamentares do PMDB — liderados por Virgildásio de vários nomes: "bloco progressista", Senna (BA) organizou um movimen- "bloco democrático" (Roberto Freito para manter o deputado Pimenta re, líder do PCB na Câmara), ou ou da Veiga na liderança do PMDB. Mas ainda "bloco dos jacobinos" ou dos os candidatos a liderança da bancada "revolucionários", na definição de —Carlos SanfAnna, (BA) Luiz Hen- Carlos Chiarelli, líder do PFL no rique (SC), João Hermamm (SP), Senado. O "bloco Tancredo Neves", Milton Reis (MG)— recusaram-se a segundo admitiu Carlos Chiarelli, renunciar em favor da candidatura representa uma articulação do Palácio do Planalto. "Este grupo tem Pimenta da Veiga. ponto de afinidade com o governo Pimenta, entretanto, negou que muito fortes", disse o senador. tivesse articulado o movimento. O Esquerda assunto foi discutido numa reunião no A articulação do bloco dos "proapartamento de Virgildário. A escolha do líder do PMDB será em dois gressistas" não será formal, segundo escrutínios, caso nenhum dos candi- disse Roberto Freire. Ontem, tanto os datos conquiste a maioria absoluta deputados federais Luiz Henrique dos 256 membros da bancada, disse o (PMDB-SC), quanto Egídio Ferreira Lima (PMDB-PE) disseram que seu deputado Milton Reis. partido "está unido" e que não participará de blocos. A disputa pela nova liderança do GOUGON/SPACCA partido na Câmara dos Deputados, porém, obriga a bancada a fazer declarações em favor da unidade do partido. E o caso de Luiz Henrique, um dos candidatos da esquerda do partido à liderança, em lugar de Pimenta da Veiga. O deputado federal José Genoino (PT-SP), entretanto, disse que vários peemedebistas apoiam a formação de um bloco, ainda que não formal. O líder do PT na Câmara, Luís Inácio Lula da Silva, calcula que o bloco da esquerda poderá ter participação de até 150 parlamentares, dependendo do tipo de votação. O líder do PDS na Câmara, Amaral Netto (PDS-RJ) negou que seu partido pretenda ingressar no "bloco Tancredo Neves". Disse que não foi consultado a respeito. Carlos Chiarelli, entretanto, disse que o bloco a 'B' moderado compõe a grande maioria do Congresso constituinte. A divisão do plenário em blocos já está se refletindo na disputa que se trava no interior do PMDB para a eleição do líder da bancada na Câmara. Participam da disputa dois "progressistas" —Luiz Henrique (SC) e João Hermann (SP)— e dois "moderados", Milton Reis (MG) e Carlos SanfAnna (BA). Os coordenadores dos dois blocos estão preocupados com a divisão dos votos e discutem agora a retirada de candidaturas, o que poderá fazer com que apenas dois —e não quatro— peemedebistas disputem a eleição do dia 10. G.AR0NS0N VENDETUDO SEMPRE MAIS BARATO Todas as capacidades: 3 VEZES S E M JUROS PREÇOS DE ALTO ATACADO PRONTA ENTREGA 6.AR0NS0N O INIMIGO N? 1 DOS PREÇOS ALTOS R. Conselheiro Crispiniano. 44 e filiais