EDITORIAL SUMÁRIO Referência em transplantes O Vitória Apart Hospital deu um passo importante para sua consolidação como um centro de captação e transplantes de órgãos no Espírito Santo, com o credenciamento, junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), para fazer parte do programa desenvolvido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Com esse credenciamento, o hospital contribui para o aumento do acesso ao serviço e oportuniza a um número maior de pacientes a chance de cura. Para atender a essa demanda, o Vitória Apart Hospital, já há algum tempo, vem se preparando, investindo em tecnologia e em profissionais altamente qualificados. Com a parceria, o hospital se torna apto a realizar, com excelência, captação e transplante de órgãos e tecidos, como rim, fígado, pâncreas e córneas. Dr. Paulo Paste Um exemplo está num transplante duplo de fígado e rim, realizado recente- Diretor-presidente mente no centro cirúrgico do hospital e que marcou o início das atividades do Vitória Apart Hospital do programa. Com o sucesso alcançado com esse procedimento, que é raro no Brasil, o Vitória Apart Hospital confirma a sua competência para atividades de altíssima complexidade. Apoio Institucional Além de toda a infraestrutura para a realização das cirurgias, o hospital desenvolve também um trabalho de sensibilização dos funcionários e do corpo clínico sobre a importância da doação de órgãos e tecidos para transplantes, incentivando-os a fazer as abordagens e as notificações de possíveis doadores. Graças a essas ações, o Vitória Apart Hospital pode ser considerado tanto um transplantador como um notificador, atividades que se complementam. Com isso, equipara-se aos demais centros hospitalares que são referência no País. EXPEDIENTE CORPO EDITORIAL Ângela Abdo Campos Ferreira Cristiana Gomes Denis Moulin Elisabeth Stein Emídio Perin Flávio Kataoka Glenda Viana Guilherme Crespo José Aldir de Almeida José Monteiro de Souza Netto João Luiz Sandri Paulo Anecio Paste Priscila Reverete Matilha Vinícius Gomes da Silveira Walter J. Fagundes JORNALISTA RESPONSÁVEL Rita Diascanio Contatus Comunicação [email protected] Tel.: (27) 3089-4100 ASSESSORIA DE IMPRENSA Roberta Peixoto [email protected] Tel.: (27) 3089-4100 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Set Comunicação Ltda. REVISÃO Rita Diascanio COORDENAÇÃO Centro de Estudos do Vitória Apart Hospital Dr. Flávio Kataoka [email protected] Tel.: (27) 3201-5526 TIRAGEM 5.000 – Distribuição gratuita – Dirigida Versão disponível no site do Vitória Apart Hospital: www.vitoriaaparthospital.com.br Marketing do Vitória Apart Hospital Vania da Cunha Mastela [email protected] Tel.: (27) 3201-5529 CONTATO COMERCIAL Marketing do Vitória Apart Hospital [email protected] Tel.: (27) 3201-5529 Vitória Apart Hospital BR 101 Norte, Km 2, Serra/ES Tels.: (27) 3201-5555 / (27) 3348-5444 4 6 8 9 11 12 14 18 22 25 28 30 ENTREVISTA Transplante: subnotificação de morte encefálica ainda é obstáculo para transplantes Dr. Michel Silvestre Zouain Assbu e Dr. Márcio Maia Lamy CUIDE-SE Cuidados com a alimentação no verão Equipe de Nutrição do Vitória Apart Hospital Atenção redobrada com a pele - Dr. Ernesto Negris Neto EM FOCO Doação de sangue Dr. Aminadab F. de Sousa, Dr. Arlindo Araújo Quintão e Enfª Luciana Karla Reis BEM ME QUER Gravidez de alto risco: cuidados que fazem a diferença Drª. Geisa Baptista Barros GESTÃO EM SAÚDE Estratégia e cenários Heráclito Mourão de Miranda Neto PROGRESSOS DA MEDICINA Oxigenoterapia na pancreatite aguda grave Dr. Flávio Kataoka, Dr. José Aldir, Tabáta Alves Domingos, Lyanari Maria Gramlich Piva e Lívia Bussular Frigeri ARTIGO MÉDICO Polissonografia Drª. Simone de Oliveira Alvarenga Prezotti e Drª. Roberta Barcelos Couto ESTUDO CIENTÍFICO Epidemiologia das lesões isquêmicas encefálicas e sua importância na prática médica Dr. Cláudio Piras RELATO DE CASO Cistos esplênicos não parasitários: relato de três casos e revisão da literatura Dr. Flávio Kataoka ESPAÇO ACADÊMICO E RESIDÊNCIA Alimentação adequada para crianças Eliany Bahiense DESAFIO DIAGNÓSTICO Dor cervical Dr. Guilherme Crespo VITÓRIA APART NEWS Ângela Abdo ENTREVISTA Subnotificação de morte encefálica ainda é obstáculo para transplantes M I CH EL SI LV ES T R E ZO UA I N A SSBU M Á RCI O M A I A L A M Y DE M I R A N DA O nefrolo gis t a M i c h e l Silve s t r e Zo u ain A s s b u e o urolo gis t a M á r c i o M aia L a my d e M ira n da, renomad os esp e cialis t as em transplante renal no E s t ad o, ab ordam, nes t a entrevis t a, d esd e os avanços te cnoló gicos na realiz aç ão d os transplantes ao entrave da subnotific aç ão d e mor tes encefálic as, que ainda imp ed e a d o aç ão d e órgãos. M i c h e l Silve s t r e Zouain A s s b u é profes s or ap os ent ad o da Univer sidad e F ed eral d o E spírito S anto (U fes) e atua hoje como profes s or as sis tente da Emes c an. Já M á r c i o M aia L a my d e M ira n da é profes s or d e Urolo gia da U fes e membro titular da S o ciedad e Brasileira e da A s s o ciaç ão A meric ana d e Urolo gia. Q uais são os grandes avanços na área de transplantes? Michel Assbu – O tempo maior de preservação dos órgãos retirados de doador não vivo é um avanço. As drogas mais específicas e com menos efeitos colaterais têm permitido uma sobrevida maior do órgão transplantado e melhor qualidade de vida do paciente. Márcio Lamy – Em relação à Urologia, no que toca à cirurgia do transplante renal, a maior evolução é a retirada do rim a ser transplantado por videolaparoscopia. Isso tende a aumentar, em muito, a doação de rins, pois a morbidade é menor e não deixa cicatrizes importantes. Qual a maior dificuldade para a realização de transplantes no Espírito Santo? Michel Assbu – Assim como em todo Brasil, a maior dificuldade é a subnotificação de morte encefálica. Até pouco tempo, as estatísticas mostravam que menos de 10 pessoas por milhão de habitantes doavam seus órgãos. A estatística de 2007 aponta que de 10 mil mortes encefálicas registradas, só a metade foi notificada. Márcio Lamy – O grande problema continua sendo a doação de órgãos, e 4 isso não depende só dos médicos. É preciso haver uma mobilização e uma conscientização da sociedade. O Vitória Apart Hospital vem se destacando na realização de transplantes no Estado. Qual a importância do hospital no desenvolvimento dessa atividade? Michel Assbu – O Vitória Apart Hospital está iniciando uma jornada, após seu credenciamento pelo SUS, que tem tudo para dar certo. É o hospital com melhor estrutura no Estado, tendo equipe multidisciplinar muito bem preparada, pronto-socorro muito procurado, CTI’s com grande número de leitos e plantão 24 horas de várias especialidades. Márcio Lamy – O Vitória Apart Hospital é o hospital melhor equipado, tanto em estrutura e tecnologia como em equipes qualificadas, para a realização de transplantes no Estado. A tendência é que cada vez mais nos tornemos referência em todo o Estado. Como o Espírito Santo se situa em relação aos avanços no transplante? Michel Assbu – No Estado, começou-se com transplantes de rim no Hospital São José, na década de 70, mas não houve um número que aumentasse de modo contínuo. Porém, o Espírito Santo já foi o terceiro estado brasileiro transplantador de rim por milhão de habitante. No início do ano 2000, fizemos o uso clínico no Brasil da ciclosporina genérica, comprovando a sua eficácia e barateando o custo da droga imunossupressora de oito para três reais. É algo que viabilizou financeiramente os transplantes, pois as drogas pós-transplantes são doações do SUS – Sistema Único de Saúde. Márcio Lamy – O Espírito Santo é um dos primeiros em transplante renal Dr. Michel Silvestre Zouain Assbu, Nefrologista Clínico da Equipe do Vitória Apart Hospital VITÓRIA APART PROGRESS no Brasil por milhão de habitantes. Portanto, estamos destacados no mapa brasileiro. Também foi o Estado com maior captação de rim cadavérico até final de 2009. Geralmente, transplante exige processos sofisticados e mão de obra altamente qualificada. Daria para descrever como são esses processos na especialidade do senhor e o tipo de tecnologia empregada? Michel Assbu – Sou da opinião de que as coisas são fáceis ou impossíveis. Transplante é fácil, pois as técnicas já estão bem sedimentadas, a experiência no mundo é muito grande e a globalização tornou o conhecimento democratizado. Sendo fácil, falta, então, vontade de fazer não só dos profissionais envolvidos, mas também da conscientização da população em doar. Os mais experientes devem aprimorar cada vez mais as técnicas e passar seus conhecimentos para os mais novos, incentivando-os com exemplos, principalmente, na responsabilidade do ato médico. Márcio Lamy – O transplante renal tem as seguintes fases: a retirada do rim do doador vivo ou doador cadáver, procedimento onde se trabalha delicadamente com o órgão que será transplantado; no receptor, temos o implante do órgão em que as fases de anastomose vascular (artéria e veia) são importantes e também envolve um trabalho com vasos delicados, onde a anastomose não pode falhar; e culmina com o implante ureteral por várias técnicas. A técnica de retirada do rim para transplante só evoluiu com a videolaparoscopia, mas as técnicas de anastomoses vasculares avançaram muito, assim como o material (fios mais finos e resistentes) usado nesses procedimentos. O avanço tecnológico tem contribuído para reduzir os riscos para o paciente e favorecer a recuperação? De que forma isso acontece? Michel Assbu – Primeiro, a avaliação imunológica do doador-receptor aqui no Espírito Santo, feita pelo Laboratório de Imuno Genética, é VITÓRIA APART PROGRESS de total qualidade, nada a dever aos centros maiores. As técnicas cirúrgicas são amplamente dominadas, e as complicações do ato cirúrgico constituem exceções. Dois pontos se destacam na parte clínica: as infecções e a imunossupressão, onde seus agentes são usados para indução da tolerância, manutenção e reversão da rejeição, caso ocorra. Cada tipo de transplante e cada tipo de doador-receptor têm esquemas de imunossupressão próprios, facilitando a sobrevida do órgão e a qualidade de vida do paciente. Márcio Lamy – É evidente que sim. Não só o avanço tecnológico veio contribuir muito, como também a experiência acumulada do cirurgião com o aumento no número de transplantes. Obviamente, não estou falando dos imunossupressores, dos quais o professor Michel Assbu explana. Nessa área, a evolução foi muito grande. Qual a taxa de sucesso após a cirurgia? Michel Assbu – De acordo com as publicações, a média de sobrevida no transplante de rim do órgão de doador vivo relacionado é em torno de 95%, e a do não vivo ou não relacionado fica em torno de 85%. Márcio Lamy – O pós-operatório do transplante corre por conta, quase que exclusiva, do nefrologista. O que posso afirmar é que se um rim é bem captado, sem lesão arterial ou venosa e uretral, o sucesso será muito grande. A nossa equipe tem poucas complicações cirúrgicas, e um dos motivos é a boa preservação do rim na sua retirada. A lista de espera pelo transplante no Estado vem crescendo? Quais as maiores demandas? Michel Assbu – Com maior conhecimento da população sobre as manifestações das doenças, os pacientes com doença evolutiva - tipo renal, cardíaca, hepática - e que faleciam na primeira complicação, hoje têm atendimento mais eficiente. E, havendo cuidado, principalmente de higiene e das doenças infecciosas, eles conseguem manter-se vivos e têm chances de re- Dr. Márcio Maia Lamy, Urologista da Equipe do Vitória Apart Hospital ceber um órgão novo. Isso é um fator de aumento da demanda, mas, em contrapartida, existe a não notificação da morte encefálica, em que se perdem vários órgãos. Márcio Lamy - Sem dúvida, as demandas maiores são nos de rim e córnea. Que cenário o senhor vislumbra para os transplantes no E s p í r i t o S a n t o? Michel Assbu – Já fomos o terceiro transplantador renal por milhão de habitante no Brasil. As novas drogas, com novos esquemas imunossupressores, além do aproveitamento de doador não vivo com critérios expandidos (doador idoso, tempo de isquemia fria do órgão e tamanho do rim relacionado ao tamanho do paciente) e a conscientização da população, deverão aumentar o número de transplantes, principalmente por ser a melhor maneira de tratamento da insuficiência renal crônica terminal. O que o futuro nos reserva é trabalho e a realização de tratamentos perfeitamente possíveis dentro da nossa realidade. Márcio Lamy – O Estado está muito bem preparado para os transplantes em geral. Temos médicos capacitados e boa estrutura hospitalar. O que precisamos é valorizar e apoiar mais os médicos que se dedicam a essa atividade, pois eles são os principais responsáveis pela realização dos transplantes, pesquisando e superando dificuldades para atender às necessidades da população. 5 CUIDE-SE Cuidados com a alimentação no verão O verão está chegando, mas organismo, ao invés de poucas re- dicionados em recipientes próprios, para que tudo ocorra bem, o feições em grandes quantidades. já que as altas temperaturas podem cuidado com a alimentação é funda- Começar com o café da manhã é fun- acelerar sua degradação, além de mental. Muitas pessoas pensam em damental. Ele jamais deve ser esque- aderir a dietas muito restritivas, que cido. No almoço e no jantar, procure prometem resultados quase imedia- Atenção redobrada com a pele T odo ano, ao se aproximar o verão, da pele. A pele pode se tornar tão fina ele raramente causa metástase (pro- todos se perguntam: como proteger que pequenas pancadas ou até um pagação para outros locais). Já o me- minha pele? O grande cuidado é com o simples abraço podem provocar he- lanoma, embora menos frequente, é favorecerem a proliferação de bacté- sol, pois aumenta a quantidade de ener- matomas (manchas de sangue), prin- mais grave e só tem tratamento quando rias e fungos. No preparo, a higieni- gia solar que chega à Terra. Em tempos cipalmente nos braços. Muitos acham detectado cedo. Quem tiver feridas que fazer refeições leves. zação de frutas, legumes e verduras de perda da barreira de ozônio, a preo- que isso é sinal de velhice. Não é. A não cicatrizam após 30 dias ou “sinais” tos, mas é importante lembrar que Evite o consumo de alimentos gor- deve ser feita de maneira rigorosa, e cupação deve ser maior. O ideal para culpa é do excesso de sol. (“pintas”) que mudam de tamanho ou não existem dietas milagrosas. A durosos e massas com molhos pesa- com água tratada ou então fervida. a pessoa de pele clara (e que vá, por cor, deve procurar o dermatologista. reeducação alimentar é o caminho dos. Procure consumir frutas, verduras exemplo, passar suas férias na praia) é lasma (manchas no rosto), principal- para emagrecimento e legumes, principalmente os que são mentos pode levar à ingestão de ali- fazer uma exposição gradativa. com saúde e adotar bons hábitos ricos em vitamina C (acerola, kiwi, la- mentos contaminados. Isso adquire alimentares se mostra como o início ranja, limão, maracujá, morango, ve- importância maior ao consumirmos sol por dia, antes mesmo de entrar em de um estilo de vida saudável. getais verde-escuros como agrião, alimentos em bares, restaurantes e férias. Aumente de 1 a 5 minutos sua O primeiro passo é avaliar a sua brócolis, couve, espinafre e rúcula), quiosques à beira da praia, locais exposição a cada dia, até chegar à ingestão de líquidos. Recomenda- pois eles têm propriedades antioxidan- onde muitas vezes os cuidados ne- quantidade de tempo de sol que você mos que seja feita na forma de água, tes e ajudam a manter a pele saudável, cessários são deixados de lado, água de coco e sucos naturais (sem combatendo os radicais livres. seja por descuido ou pressa em açúcar), que contêm vitaminas e mi- nerais, diferente dos refrigerantes e realizar um A falta de cuidados com os ali- Nas mulheres, o sol agrava o me- Micoses e assaduras aumentam no “Não esqueça de proteger as orelhas e lábios: são áreas especialmente predispostas ao câncer de pele”. verão. O calor, a umidade, o suor e a pele deseja. Com essa simples medida, sua mente naquelas na faixa entre 25 e 35 tologia (www.sbd.org.br). Nele, além de pele poderá produzir mais melanina anos, grávidas ou que estejam usando orientações sobre cuidados com a pele, atender aos clientes. capaz de protegê-lo de queimaduras. anticoncepcional. está a lista de profissionais que possuem o corpo e repor as energias com um Título de Especialista em Dermatologia. outras bebidas gaseificadas ou al- sorvete, escolha os que são à base de contas você só pode aproveitar o verão 10 e 14 horas (ou entre 11 e 15 horas pele. O carcinoma, que é o mais fre- coólicas. A ingestão de quantidades frutas ou frozen yogurte, sem cobertu- uma vez por ano. Mas lembre-se de que no horário de verão) e use bastante fil- quente, provoca caroços ou manchas Dr. Ernesto Negris Neto insuficientes de líquidos (menos de ras, caldas e outras delícias, e evite o sua saúde é o mais importante. tro solar. O correto é aplicá-lo 30 mi- que depois se tornam feridas que au- Dermatologista 2 litros), aliada à perda aumentada consumo exagerado, pois ainda assim nutos antes do sol: ele será absorvido mentam gradativamente. Felizmente, do Vitória Apart Hospital devido à transpiração excessiva, fa- são muito gordurosos. Cássie Lorena E. Bravin, Marcella Sal- pela pele e não será lavado pelo suor vorece a desidratação, que pode ser les, Maricarla Mastela, Úrsulla Harri- ou banho. Reaplicações devem ser muito grave. dado com o preparo e a conserva- gan e Handrezza Faria. feitas a cada duas horas. Em pessoas As crianças são especialmente ção dos alimentos. Eles devem ser Equipe de Nutrição do Vitória Apart Hospital claras, o Fator (FPS) deve ser entre 30 vulneráveis a essa complicação e, mantidos refrigerados e bem acon- Se vier aquela vontade de resfriar É fundamental também o cui- No mais, divirta-se, pois afinal de Comece tomando 15 minutos de Mas não exagere! Evite o sol entre e 45 (verifique no rótulo). Não se es- por isso, os pais devem estar aten- queça de proteger as orelhas e lábios: tos à hidratação adequada de seus são áreas especialmente predispostas filhos, principalmente quando expos- dica é oferecer frequentemente água, Para mais informações, acesse o site da Sociedade Brasileira de Derma- do Corpo Clínico Medicina Hiperbárica Nossa pele se protege do sol pro- la em grande quantidade e, por isso, gumes, que são ricos em minerais e elas conseguem uma boa proteção. Já eletrólitos importantes para manter a pele clara não consegue tanta efici- as crianças por mais tempo hidra- ência. É devido a isso que, tomando tadas. A sede é um sinal de que já o mesmo sol, os morenos bronzeiam estamos desidratados. enquanto os claros queimam. Procure se alimentar em peque- nas quantidades, várias vezes ao dia, 6 negras ou morenas consegue produzi- e sempre fresca, além de frutas e le- ou menos contínuo de nutrientes ao molhadas e evitar tecido que retém suor. duzindo melanina. A pele das pessoas água de coco, em pequenos volumes mantendo, assim, um aporte mais é se enxugar bem, não ficar com roupas ao câncer de pele. tos excessivamente ao sol. Uma boa A pior consequência é o câncer de molhada contribuem para isso. Uma dica O sol provoca o envelhecimento de pele. Isso é visível pela presença de Consumir frutas, verduras e legumes é uma boa dica para o verão VITÓRIA APART PROGRESS rugas, flacidez, manchas e afinamento VITÓRIA APART PROGRESS Especializada em oxigenoterapia para tratamentos de feridas, embolias, queimaduras, osteomielites, etc. Tel.: (27) 3348-5965 Rod. Br 101 norte, km 02, 4º Andar, Carapina, Serra - ES 7 EM FOCO Doação de sangue A doação de sangue é um procedi- quetas), e assim estar disponível para mento pelo qual um doador volun- os momentos de necessidade. Esse é tário tem seu sangue coletado para ar- o nosso grande desafio! mazenamento no Banco de Sangue e subsequente transfusão em pacientes suir um histórico de guerras, sua população que dele necessite. É um ato simples, não tem a cultura da doação de sangue. En- rápido e seguro. Essa coleta consiste quanto nos países europeus 5% da popula- na retirada de cerca de 450ml de san- ção é doadora de sangue regularmente, no gue, através do uso de material 100% Brasil apenas de 1,7% a 1,8% da população descartável. O tempo de permanência com idade entre 18 e 65 anos é doadora. do doador no Banco de Sangue, in- Desses, 50% são doações de reposição, cluindo coleta e triagem, é de aproxi- feitas por familiares, amigos e conhecidos madamente 30 minutos. para pacientes específicos. Esse número é Seguindo as normas do Ministério insuficiente para cobrir toda a necessidade da Saúde, todos os candidatos à doa- de sangue - estima-se que sejam necessá- ção são entrevistados antes do proce- rias 5.500 bolsas por dia no País. dimento (triagem clínica). Também são realizados testes que objetivam aferir a Mundial da Saúde (OMS), é ter entre 3% e aptidão para a doação e a segurança 5% da população doando anualmente, o do doador e do receptor. No sangue que manteria os estoques regularizados. doado são feitos os seguintes exa- Vale lembrar que há períodos cruciais mes: classificação sanguínea ABO e durante o ano, em que o estoque che- Rh, pesquisa de anticorpos irregulares ga a níveis alarmantes, trazendo grande (PAI), testes sorológicos para Hepatite risco para todos nós, como os períodos B e C, Doença de Chagas, Sífilis, HIV I/ de Carnaval e de festas de fim de ano. II (AIDS) e HTLV I/II. Esse procedimento Doar sangue significa garantir que vidas se repetirá após cada doação e os re- podem ser salvas quando em riscos. sultados são comunicados ao doador. A transfusão de hemocompo- sangue aos 18 anos e doar apenas nentes (concentrado de hemácias, duas vezes ao ano, não parando até concentrado de plaquetas, plasma, atingir os 65 anos de idade, contribuirá etc) se faz necessária em muitos pa- com 94 bolsas (aproximadamente 42 cientes que estão em tratamento de litros de sangue) e poderá salvar até câncer, em cirurgias de grande porte, 282 vidas. Essa é a meta. Se todos do- acidentes com perdas de sangue e em arem, sangue não vai faltar. Se uma pessoa começar a doar muitas outras situações de urgência e emergência, daí a necessidade de se manter um estoque regular para enfrentar essas situações. A ciência e a tecnologia, embora muito avançandas, ainda não encontraram um substituto artificial eficiente para o sangue humano. O mesmo deve ser doado e estocado (a validade é muita curta, 35 dias para os glóbulos vermelhos e cinco dias para as pla8 Gravidez de alto risco: cuidados que fazem a diferença No Brasil, em função de o País não pos- A taxa ideal, segundo a Organização Dr. Aminadab F. de Sousa Hematologista do Vitória Apart e Coordenador Clínico Unihemo Dr. Arlindo Araújo Quintão Hematologista do Vitória Apart e Diretor Geral Unihemo Enfª Luciana Karla Reis Coordenadora Área Técnica da Unihemo do Vitória Apart Hospital BEM ME QUER Paciente no momento da doação REQUISITOS PAR A A DOAÇÃO • Estar em boas condições de saúde; • Observar os intervalos entre as doações de sangue (mulher 90 dias e homem 60 dias); • Ter idade entre 18 e 65 anos e pesar mais de 50kg; • Ter dormido pelo menos 6 horas completas; • Não estar de jejum há mais de 4 horas e, se após o almoço, aguardar 2 horas; • Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas; • Não ter fumado cigarros pelo menos uma hora antes da doação; • Não apresentar sinais e sintomas de resfriado, gripe, alergias ou qualquer infecção viral ou bacteriana; • Não estar em tratamento ou uso de medicamentos como: antibióticos, anti-inflamatórios, fórmulas de emagrecimento, antiepilépticos, antipisicóticos, anticoagulantes, entre outros, pois a maioria deles contraindica a doação. • Não estar grávida, amamentando há menos de 12 meses ou ter abortado nos últimos três meses. P ara muitas mulheres, ser mãe é saúde, como hipertensão, doenças de risco, eles dividem com os obstetras um sonho muito especial. Mas cardíacas, renais, pulmonares, infec- algumas decisões importantes, como o esse momento tão mágico, muitas ve- ciosas e epilepsia. Quem se enquadra melhor momento para o nascimento do zes, pode se tornar preocupante para nessas situações deve redobrar os bebê em casos de prematuridade. a futura mamãe e para o bebê quando cuidados com o pré-natal. se trata de uma gravidez de alto risco. Controle pré-natal - A pediatra Geisa bém escolher criteriosamente o local onde Segundo dados do Ministério da Saú- Barros, da Clínica Perinatal Vitória, lem- terão seus filhos. “Um espaço com suporte de, cerca de 15% das gestantes brasi- bra que as gestantes de alto risco devem qualificado, equipe de profissionais multi- leiras vivem essa situação. se submeter a um controle pré-natal di- disciplinar e estrutura hospitalar completa Gestantes de alto risco precisam tam- Caracterizada como uma gravidez ferenciado, tanto nos cuidados quanto são imprescindíveis”, ressalta a médica. que pode afetar seriamente tanto o no número de consultas. “Com um ade- desenvolvimento e a saúde do feto ou quado planejamento familiar e pré-natal, Vitória Apart Hospital, onde a Clínica do recém-nascido quanto à saúde da uma boa assistência ao parto e cuidados Perinatal Vitória se encontra instalada. mãe, esse tipo de gestação exige uma apropriados após o nascimento da crian- Entre outros diferenciais, a unidade atenção especial do obstetra. ça, tanto a mãe quanto o bebê podem ter conta com Espaço Bebê, onde familia- uma boa saúde”, explica. res e amigos podem relaxar e descan- tante que o médico identifique, o mais Além dos obstetras, os neonatolo- sar enquanto acompanham a criança rápido possível, os problemas existen- gistas, que são os pediatras que cuidam na UTI Neonatal, e o serviço SOS Ma- tes, e faça um diagnóstico das doen- dos recém-nascidos, também fazem con- mãe, que orienta e dá suporte às mães ças ligadas à gravidez. Com isso, é sultas de pré-natal de gestantes quando após a alta dos pequenos. possível iniciar o tratamento e tomar têm a oportunidade de orientar os pais os cuidados necessários. sobre os cuidados com os filhos durante infantil, centro cirúrgico exclusivo para o primeiro mês de vida. Nas gestações gestantes e equipe com pediatras, Nesse momento, é muito impor- Fatores de risco - Os fatores que po- Tudo isso pode ser encontrado no “Nós temos, ainda, UTI adulto e dem causar esse tipo de gestação não são poucos. Entre eles, os mais comuns são a idade da mãe - menor que 17 e maior que 35 anos; a exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos; a altura da gestante - menor que 1,45m - ou peso inferior a 45kg e maior que 75kg; os problemas nas gestações anteriores; a alteração no volume do líquido amniótico e diabetes gestacional. Também são fatores de risco: bebê pequeno ou grande demais no útero, trabalho de parto prematuro ou gravidez prolongada, hemorragias na gestação, pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, alterações no ganho de peso da gestante e Rh negativo da mãe. Merecem, ainda, atenção especial por parte dos médicos, problemas de VITÓRIA APART PROGRESS VITÓRIA APART PROGRESS 9 BEM ME QUER GESTÃO EM SAÚDE anestesistas, obstetras, fisioterapeutas, Estratégia e cenários fonoaudiólogos, enfermeiros, psicólogos e consultores especialistas em todas as áreas”, conta a pediatra Geisa A Barros. Além disso, a estrutura hospita- grande maioria dos gestores de Adivinhar ou não nada tem a ver nossas margens de lucro decaíssem em negócios teve contato com plane- com a arte da estratégia. Não precisa- 18%. O problema é que, por mais influente jamentos estratégicos, seja de forma mos saber exatamente se o valor do que uma organização possa ser, ela não de pré-parto e parto natural. direta, como desenvolvedores e imple- dólar no final do ano que vem estará na controla todas as variáveis do mercado. “Nosso objetivo é oferecer às mães mentadores dos mesmos, ou de forma casa do R$ 1,60. Mesmo que isso pu- A esses eventos que estão fora do alcan- toda a infraestrutura necessária para ela indireta, como auxiliares nas execuções desse nos ajudar de forma substancial. ce das empresas denominamos Fatores se sentir segura e ter seu bebê com saú- dos planos de ações estratégicos. O que necessitamos é ter a capacidade Externos Incontroláveis (FEI). Variações de. Até mesmo quando ela vai pra casa, Os planos estratégicos são os ma- para movimentar nossa empresa de tal cambiais, crises internacionais, chuvas cro-orientadores das organizações. São maneira que ela tire o melhor proveito torrenciais, golpes de estado, etc, fazem esses planos que interpretam as varia- possível da realidade que se mostrou parte desse rol de episódios. ções e as tendências do ambiente inter- na ocasião, mesmo que o dólar tenha se no, quantificando e analisando as intensi- posicionado em R$ 1,75. ciocínio, não podemos ficar estáticos e dades das forças e fraquezas presentes Sendo assim, alguém poderia afir- lamentar que nossas previsões para a no ambiente empresarial. Além disso, for- mar: então, estratégia é uma série de variação cambial não foram as melho- necem informações consistentes sobre o suposições sem fundamento. Isso não res. Devemos lançar mão das alterna- ambiente externo, analisando as tendên- é verdade. Tal como a Física Quânti- tivas elencadas no planejamento estra- cias dos mercados, as oportunidades e ca, estratégia é lidar com a incerteza. tégico para os cenários B ou C, já que as ameaças que provêm dos mesmos. É perceber ondas de probabilidade e o cenário A não se configurou. lar tem banco de sangue, laboratório e ultrassom disponíveis 24 horas e salas precisando de qualquer ajuda, ela pode ligar para o SOS Mamãe e contar com o apoio e a orientação de médicos e enfermeiros”, lembra a pediatra. Essa atenção especial dirigida às mamães e aos bebês faz toda a diferença para que as crianças comecem a viver plenamente suas vidas, desde pequenininhos. Drª. Geisa Baptista Barros Diretora Médica da Perinatal - UTI Infantil Letícia Guimarães Santos e seu filho recém-nascido. e Maternidade do Vitória Apart Hospital C O L Ó I D E S ido tilam so oxie Hidr ho Sero il do M uso do para Aprova ria at em Pedi Usado no Brasil há mais de 5 anos VOLUVEN® 6%: hidroxietilamido. Solução para infusão intravenosa. Indicações: Por apresentar reposição de volume efetiva de 100% e meia vida plasmática de aproximadamente 6 horas, Voluven® é indicado em planos terapêuticos de média duração envolvendo tratamento e profilaxia de hipovolemia e choque. São situações em que se necessita a terapia e profilaxia de hipovolemia e choque: Primeiros socorros em acidentes; intervenções cirúrgicas ou traumatológicas; tratamento clínico generalizado; terapia intensiva; hemodiluição normovolêmica aguda em intervenções cirúrgicas. Além disso, o Voluven® também é indicado para diluição terapêutica do sangue (hemodiluição) utilizada em distúrbios circulatórios ontogênicos e plaquetários. Contra-indicações: O Voluven® é contra-indicado em casos de hiperidratação, edema pulmonar, insuficiência renal com oligúria ou anúria, pacientes em diálise, sangramento intracraniano, hipernatremia, hipercloremia e hipersensibilidade conhecida a amidos. Advertências: O Voluven® deve ser administrado com cautela, pois a superdose pode levar a hiperidratação. Pacientes com insuficiência cardíaca e insuficiência renal, deve ter a dose ajustada, pois tendem a hiperidratação. Em casos de desidratação administrar primeiramente uma solução cristalóide. Pacientes com hepatopatas e com a doença de Von Willebrand deve ter a dose ajustada. Monitorar regularmente o equilíbrio hídrico, os eletrólitos séricos e a função renal. O uso de Voluven® em neonatos e prematuros é possível somente após avaliação cuidadosa do risco-benefício. A mistura do Voluven® com outras drogas deve ser evitada. Não existem dados disponíveis assegurando o uso de Voluven® durante diálise. Não use se houver turvação, depósito ou violação do recipiente. Interações medicamentosas: Não são conhecidas até o momento interações medicamentosas. Reações adversas a medicamentos: O hidroxietilamido não é imunogênico, portanto o risco de reações anafilactóides ou alérgicas é extremamente baixo. Quando usado em altas doses, o hidroxietilamido pode afetar o mecanismo de coagulação sem causar hemorragia clínica. Contudo o médico deve estar atento à possibilidade de se prolongar o tempo de sangramento nestes casos. Deve também dar importância à queda do hematócrito e à diluição das proteínas plasmáticas. O uso do hidroxietilamido pode resultar em reações cujo quadro clínico pode se estender desde queixas subjetivas menores até distúrbios circulatórios, choque, broncoespasmo e parada cardíaca e respiratória. A concentração de amilase sérica pode aumentar durante a administração de hidroxietilamido e pode interferir com o diagnóstico de pancreatite. Prurido após administração prolongada de altas doses é uma reação adversa, porém reversível. Posologia: A dose depende da idade, do peso e do quadro clínico do paciente. Em vista da possibilidade de ocorrerem reações anafilactóides, os primeiros 10 a 20 mL de hidroxietilamido devem ser infundidos lentamente enquanto o paciente é cuidadosamente monitorado. A dose diária e a taxa de infusão dependem da perda de sangue do paciente, da manutenção ou restauração da hemodinâmica e da hemodiluição (efeito de diluição). A dose diária máxima é de 50 mL/kg peso corpóreo/dia. Voluven® pode ser administrado repetitivamente durante vários dias conforme as necessidades do paciente. A duração do tratamento depende da duração e extensão da hipovolemia, da hemodinâmica e da hemodiluição. Tratamento pediátrico: A dosagem em crianças pode ser adaptada à necessidade individual de colóide 10 de cada paciente, considerando a doença de base, a hemodinâmica e o estado de hidratação. MS: 1.0041.0099. Uso restrito a hospitais. VITÓRIA APART PROGRESS Venda sob prescrição médica. • SAC 0800 707 3855 • www.fresenius-kabi.com.br • Impressão: jul/09. Essas análises dos ambientes in- Amparados por essa linha de ra- administrá-las dentro das faixas de va- ternos e externos da empresa são reali- riação que as mesmas possuem. bons resultados em estratégia. Não adi- zadas através de uma ferramenta deno- vinhar o futuro, mas desenhar cenários e minada SWOT, acrônimo das palavras nários nos quais o item analisado pos- Forças, Fraquezas, Oportunidades e sua grande probabilidade de ocorrer Ameaças, em inglês. (cenário A), média probabilidade (cená- Heráclito Mourão de Miranda Neto Portanto, o importante é traçar ce- Essa é alternativa para se alcançar criar alternativas para ele. Faz parte, ainda, do Planejamento rio B) ou baixa probabilidade (cenário Mestre em Engenharia de Produção pela Estratégico, buscar entender quais são C). Cada um desses cenários contempla Universidade Federal de Minas Gerais - as relações e as correlações entre as ações alternativas estratégicas com ca- UFMG, 2003. cinco forças presentes no mercado, que racterísticas próprias, claras, objetivas e Mestre em Comércio Internacional pela Uni- são: clientes, fornecedores, produtos distintas, que poderão levar a empresa versidad Champagnat, Argentina, 1999. substitutos, concorrentes estabelecidos a obter os melhores resultados corpora- e os novos entrantes. Essas cinco for- tivos, dentro das variações de cenários ças impactam de maneira diferenciada, que ocorreram. porém inequívoca, em todos os tipos e segmentos de negócios. gine que fôssemos estrategistas de uma Vejamos um exemplo prático. Ima- Existem, entretanto, vários mitos rela- empresa importadora. Isso quer dizer que cionados ao Planejamento Estratégico. O quanto menor o preço do dólar em rela- primeiro deles é que adivinhar ou antecipar ção ao real, maiores seriam as margens o futuro é tarefa extremamente difícil e pou- de lucro. Para efeito de análise, tomemos co recomendável. O erro não está em adi- o exemplo do parágrafo anterior, no qual vinhar o futuro. Na verdade, nenhum estra- o dólar projetado no plano estratégico tegista tem essa pretensão. O que importa, não passasse de R$ 1,60, para o mês de dentro da perspectiva de um bom plano dezembro. E que, na realidade, o mesmo estratégico, é perceber quais as maiores tenha alcançado a marca de R$ 1,75. probabilidades de ocorrer eventos que irão impactar (positiva ou negativamente) os por dólar, contra a nossa estratégia. Só destinos de determinada organização. esse fato, isoladamente, fez com que VITÓRIA APART PROGRESS Portanto, uma variação de R$ 0,15 Heráclito Mourão de Miranda Neto, professor da Fundação Dom Cabral na área de Estratégia Empresarial 11 PROGRESSOS DA MEDICINA Oxigenoterapia na pancreatite aguda grave Autores: Dr. Flávio Kataoka¹, Dr. José Aldir², Tabáta Alves Domingos³, Lyanari Maria Gramlich Piva³, Lívia Bussular Frigeri³ 1. Cirurgião do Serviço de Cirurgia Geral do Vitória Apart Hospital e professor do Departamento de Cirurgia da Emescam. 2. Médico coordenador do Serviço de Oxigenioterapia Hiperbárica do Vitória Apart Hospital. 3. Acadêmicas de Medicina e bolsistas do Programa de Iniciação Científica do Vitória Apart Hospital. A Pancreatite Aguda (PA) é caracterizada como um processo inflamatório agudo do pâncreas que pode acometer tecidos peripancreáticos e/ou outros sistemas e se classifica de forma leve a grave, segundo os critérios de Atlanta (1992) 1. Essa doença se apresenta na forma grave em 20% a 30% dos casos devido a complicações locais ou sistêmicas. Sua forma grave cursa com necrose pancreática, podendo evoluir com infecção devido à translocação bacteriana do trato gastrointestinal 2. Existem vários fatores que desencadeiam a PA, como medicações e toxinas, entre outras condições clínicas. Entretanto, a coledocolitíase e o abuso de etanol são responsáveis por 70% a 80% dos casos3. A ativação de citocinas, produção de radicais livres de oxigênio, insuficiência da macro e da microcirculação podem determinar pancreatite aguda, com síndrome de resposta inflamatória sistêmica e falência de múltiplos órgãos, resultando em mortalidade acima de 20% nas pancreatites complicadas. Nos Estados Unidos, ocorrem cerca de 250.000 casos de PA a cada ano, resultando em 4.000 mortes1. Apesar da variedade de novos diagnósticos e ferramentas terapêuticas, a PA permanece uma condição crítica com uma alta taxa de morbidade e mortalidade4. O tratamento da PA permanece controverso e visa dar suporte às funções orgânicas e prevenir complicações. Recente estudo realizado junto a cirurgiões brasileiros mostrou que ainda não há consenso quanto à conduta a ser seguida no tratamento da PA, porém, aponta a presença de necrose como principal 12 fator para o uso de antibióticos e a presença de coleção ou necrose pancreática como indicador para a cirurgia 5. Outra forma de tratamento que vem sendo proposta para a PA é a utilização da Oxigenoterpia Hiperbárica (OHB). O procedimento é atualmente aceito como tratamento de várias doenças, como traumas, queimaduras e síndromes compartimentais, entre outras. Seus efeitos benéficos são atribuídos à prevenção na falência do oxigênio, através do seu aumento dissolvido no plasma, pela redução das falências orgânicas, devido à inibição na liberação de citocinas e expressão de moléculas de adesão na fase aguda da injúria e pelo seu sinergismo com antibióticos e antifúngicos 6 . Por seus efeitos anti-inflamatórios, na melhora da perfusão tecidual, no aumento da atividade antibacteriana dos leucócitos, no aumento da produção de antioxidantes, entre outros, a OHB tem sido considerada uma opção interessante no tratamento da PA1. Alguns estudos já realizados sugerem potenciais benefícios da OHB no tratamento da PA. O trabalho de Festugato, M (2006), utilizando um modelo experimental de PA em ratos, mostrou uma redução nas células necróticas e uma diminuição nos focos hemorrágicos após sucessivas sessões1. Outros estudos experimentais comprovam melhora no tratamento acrescentando a OHB, como o trabalho realizado por Chen, HM (1998) e colaboradores, que demonstrou o benefício da OHB sobre a microcirculação pancreática e o edema pulmonar em modelo de PA grave7. A inibição da ativação do HIF-1alfa e redução do fator de crescimento endo- telial vascular, da produção do TNF alfa e da atividade da mieloperoxidase, também têm sido observadas, contribuindo para uma evolução mais favorável na PA em animais sob OHB. Apesar de em número reduzidos, há estudos realizados com humanos que confirmam o efeito positivo da OHB no tratamento da PA, revelando a redução de substâncias não-inflamatórias8. Pode-se, ainda, citar o benefício na combinação de alopurinol com a OHB no tratamento de PA necrotizante 9, o que reforça a importância da regulação do estresse oxidativo na abordagem terapêutica da PA. Embora existam alguns estudos, é notória a necessidade de mais pesquisas dentro do tema, incluindo estudos clínicos comparativos, na tentativa de avaliar se o tratamento da PA com a OHB seja, de fato, benéfico. Com este desiderato, será iniciada em janeiro de 2010, no Vitória Apart Hospital, uma pesquisa clínica, que permitirá: • Comparar a taxa de mortalidade de pacientes com pancreatite grave com escore Apache II maior ou igual a oito submetidos ou não à oxigenioterapia hiperbárica. • Avaliar o surgimento de necrose infectada entre pacientes com pancreatite aguda grave submetidos ou não à oxigenioterapia hiperbárica. • Determinar o tempo de internação hospitalar em pacientes com pancreatite aguda grave submetidos ou não à oxigenioterapia hiperbárica. Os interessados a respeito desta pesquisa podem entrar em contato com o Centro de Estudos do Vitória Apart Hospital (e-mail:[email protected]) para mais informações. VITÓRIA APART PROGRESS Trabalhos Experimentais: Autor Ano de publicação Tipo de animal Tipo de estudo Resultado obtido Número de sessões Pressão (atm) Duração das sessões Possível efeito benéfico sobre o curso da pancreatite aguda através dos sistemas antioxidantes. 10 (2 por dia durante 5 dias) 2,5 90 minutos Yasar M, Yildiz S, Mas R, Dundar K, Yildirim A, Korkmaz A, Akay C, Kaymakcioglu N, Ozisik T, Sen D. 2004 Ratos Prospectivo randomizado controlado. Balkan A, Balkan M, Yasar M, Korkmaz A, Erdem O, Kiliç S, Kutsal O, Bilgic H. 2006 Ratos Prospectivo randomizado controlado. Efeito protetor pulmonar durante a pancreatite aguda necrotizante. 10 (2 por dia durante 5 dias) 2,5 90 minutos Comert B, Isik AT, Aydin S, Bozoglu E, Unal B, Deveci S, Mas N, Cinar E, Mas MR. 2007 Ratos Prospectivo randomizado controlado. Melhores marcadores de estresse oxidativo e menor índice de translocação bacteriana. 4 2,8 90 minutos Ratos Prospectivo randomizado controlado. Inibição da ativação do HIF-1alfa e redução do fator de crescimento endotelial vascular, da produção do TNF alfa e da atividade da mieloperoxidase. 1 2,5 90 minutos - Retrospectivo (Artigo de revisão). Melhora da microcirculação pancreática e sistêmica e da inflamação aguda. - - - Ratos Prospectivo randomizado controlado. Diminuição da gravidade do edema pulmonar e melhora da microcirculação pancreática. 3 3 regimes: 100% de oxigênio em 2,5 atm, 40% de oxigênio em 1 atm e 100% de oxigênio em 1 atm 6h após o início. 90 minutos Ratos Prospectivo randomizado controlado. Redução do número de células necróticas e redução dos focos de hemorragia. 1 vez ao dia até o tempo estipulado para serem necropsiados. 2,5 2 horas Bai X, Sun B, Pan S, Jiang H, Wang F, Krissansen GW, Sun X. Cuthbertson CM, Christophi C. Chen HM, Shyr MH, Ueng SW, Chen MF. Festugato M, Coelho CP, Fiedler G, Machado FP, Gonçalves MC, Bassani FR, Pierezan PH, Osvaldt AB, Rohde L. 2009 2006 1998 2008 Trabalhos Clínicos: Autor Ano de publicação Número Tipo de estudo Resultado obtido Número de sessões Pressão (atm) Duração das sessões Lisagors IL, Sondore A, Pupelio G, Oshs P, Ianalksne I, Pavaro M, Arons M 2008 44 pacientes Prospectivo e controlado Homeostase mais estável e menor taxa de mortalidade 6 (2 por dia durante 3 dias) 1,7-1,9 - Lisagors IL 2008 22 pacientes Prospectivo e controlado Melhoria da oferta de oxigênio para a área esplâncnica, que afetou positivamente a homeostase 6 (2 por dia durante 3 dias) 1,7-1,9 - Christophi C, Millar I, Nikfarjam M, Muralidharan V, Malcontenti-Wilson C 2007 1 paciente Relato de caso Melhoria no APACHE II e CTSI 10 (2 por dia durante 5 dias) 2,5 90 minutos Referências Bibliográficas: phia. Vol. 17, No. I. pp. 34-49. 1. Festugato, M. Efeitos da oxigenoterpia hiperbári- Pancreatitis. Physiol. Res. 52: 111-116, 2003. ca sobre lesões teciduais na pancreatite aguda em 5. Parreira JG; Utiyama, E; Rasslan, S. Pesquisa 8. Lisagors IL, Sondore A, Pupelis G, Oshs P, Iau- um modelo experimental em ratos. Dissertação de Nacional sobre Condutas na Pancreatite Aguda nalksne I, Pavars M, Arons M. [Impact of hyperbaric mestrado UFRGS Caxias do sul, 2006. Vol. 35 - Nº 5, Set. / Out. 2008. oxygen therapy on the clinical course of acute pancre- 2. Carneiro, MC ; Siqueira-Batista, R. O mosaico 6. Antoniazzi P.Oxigenoterapia hiperbárica e me- atitis and systemic inflammation response syndrome]. patogênico da pancreatite aguda grave. Rev. Col. diadores inflamatórios na sepse. Prática Hospitalar Anesteziol Reanimatol; (4):34-8, 2008 Jul-Aug. Bras. Cir. Vol. 31 - Nº 6, Nov. / Dez. 2004. ano IX n 51 mai/jun, 2007. 9. Comert B, Isik AT, Aydin S, Bozoglu E, Unal B, 3. Harrison, Medicina Interna. 7. Chen HM, Shyr MH, Ueng SWN, Chen MF. Deveci S, Mas N, Cinar E, Mas MR. Combination of 4. M. Yasar, S. Yildiz, R. Mas, K. Dundar, A. Yildirim, Hyperbaric Oxygen Therapy Attenuates Pancre- allopurinol and hyperbaric oxygen therapy: A new A. Korkmaz, C. Akay, N. Kaymakcioglu, T. Ozisik, D. atic icrocirculatory Derangement and Lung Ede- treatment in experimental acute necrotizing pan- Sen. The Effect of Hyperbaric Oxygen Treatment on ma in an Acute Experimental Pancreatitis Model creatitis? World J Gastroenterol 2007.December Oxidative Stress in Experimental Acute Necrotizing in Rats. Lippincott-Raven Publishers, Philadel- 14; 13(46): 6203-6207. VITÓRIA APART PROGRESS 13 PROGRESSOS ARTIGO MÉDICO DA MEDICINA Polissonografia O DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO RE- LACIONADOS AO SONO – São caracterizados por movimentos simples, estereotipados, que atrapalham o sono. Inclui a síndrome das pernas inquietas, bruxismo noturno, movi- s distúrbios do sono são extremamente rior durante o sono. A obstrução ao fluxo durante o dia que não seja originada por comuns e podem resultar em compro- aéreo frequentemente é seguida de que- distúrbios respiratórios do sono ou dis- metimento significativo da saúde e da quali- da na saturação da oxi-hemoglobina e é túrbios do ritmo circadiano. As principais dade de vida das pessoas. Podem causar terminada por um micro despertar que doenças dessa categoria são a narco- TES DO NORMAL – Essa categoria inclui ou exacerbar doenças clínicas e psiquiátri- gera sono fragmentado, de qualidade lepsia e a hiperssonia idiopática. O sono sintomas ou eventos relacionados ao sono cas preexistentes, estão associados a altas ruim e consequente sonolência excessi- insuficiente induzido pelo comportamen- e que não estão incluídos nas definições taxas de depressão e ansiedade, e atrapa- va diurna. As pessoas que sofrem desse to (privação voluntária do sono) também anteriores. Alguns ocorrem durante o sono lham as funções diárias. São responsáveis mal também apresentam ronco, que tra- está incluído nessa categoria. normal. Por exemplo: mioclonia do início do por piora do desempenho no trabalho, au- duz a fisiopatologia básica da doença, o sono e sonilóquia (falar durante o sono). mento da chance de acidentes de trânsito e estreitamento da via aérea superior. de trabalho e aumento de risco para doen- Síndrome da Apneia Central DIANO – São caracterizados por distúr- ças cardiovasculares e metabólicas. O diag- do Sono: inclui apneia central primá- bios do sono crônicos ou recorrentes SONO – Distúrbios do sono relacionados a nóstico desses distúrbios é baseado numa ria, apneia central devido respiração devido a um desalinhamento entre o fatores ambientais (ruído, temperatura, com- análise minuciosa da história clínica, exame de Cheyne-Stokes, respiração peri- ambiente e o ciclo vigília-sono do indi- panheiro roncador) são classificadas aqui. físico e posterior avaliação com exame de ódica da altitude, apneias centrais víduo. Existem vários exemplos: distúr- polissonografia, quando indicado. devido a condições médicas, uso de bio do sono relacionado ao trabalho de drogas e medicações e apneia do turno, jet lag, atraso de fase do sono e sono primária da infância. avanço de fase de sono. DISTÚRBIOS DO SONO mentação periódica de membros. SINTOMAS ISOLADOS E VARIAN- DISTÚRBIOS DO RITMO CIRCAOUTROS DISTÚRBIOS DO CONSEQUÊNCIAS DA PRIVAÇÃO DO SONO A presença de qualquer doença do sono pode levar à fragmentação Medicina do Sono passou a classificar os dis- relacionadas ao sono: inclui hipoventi- do sono, com alteração da quantida- túrbios do sono em oito categorias principais: lação alveolar idiopática não-obstrutiva, cos (movimentos, comportamentos) ou • Insônia; síndrome da hipoventilação alveolar experiências (emoções, percepções, so- • Distúrbios respiratórios do sono; central congênita, e hipoventilação de- nhos) indesejáveis que ocorrem no início • Hiperssonias de origem central; vido a condições médicas. do sono, durante o sono ou durante os Em 2005, a Academia Americana de Síndromes de Hipoventilação PARASSONIAS – São eventos físi- CONSEQUÊNCIAS DA PRIVAÇÃO DO SONO • Déficit de memória de curto prazo; • Sonolência excessiva diurna; • Déficit de atenção e concentração; • Alterações de humor: ansiedade, irritabilidade, depressão; • Baixa energia e falta de ânimo; • Diminuição da libido e disfunção sexual; • Diminuição das habilidades motoras e cognitivas; • Queda da produtividade e do desempenho no trabalho; • Aumento de acidentes automobilísticos e de trabalho; • Diminuição da qualidade de vida; • Aumento da mortalidade; • Distúrbios cardiovasculares: hipertensão arterial, doença coronariana, arritmias cardíacas; • Diminuição da imunidade; • Aumento de apetite e obesidade; • Distúrbios do metabolismo da glicose. de e da qualidade do sono. A privação do sono está associada a um grande número de consequências adversas que, muitas vezes, não são valorizadas pelos médicos e nem pelas pessoas que sofrem desses distúrbios. AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS DISTÚRBIOS DO SONO Vamos tomar como exemplo um roteiro de avaliação clínica para um dos distúrbios do sono mais frequentes na prática clínica, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). 1.História Ronco. O ronco geralmente é a ma- nifestação clínica que motiva o paciente, ou o seu companheiro de quarto, a procurar auxílio para o diagnóstico. É o sintoma mais característico e mais frequente, ocorrendo em até 95% dos pacientes. Apneias observadas. Se um par- ceiro consegue observar as apneias durante o sono, temos, então, um bom preditor clínico para o diagnóstico de SAOS. despertares. Incluem: despertares con- • Distúrbios do ritmo circadiano; • Parassonias; HIPERSSONIA DE ORIGEM CEN- fusionais, sonambulismo, terror noturno, • Distúrbios do sono relacionados ao mo- TRAL – Inclui desordens nas quais a paralisia do sono, pesadelos, distúrbio vimento; principal queixa é a sonolência excessiva comportamental do sono REM. • Sintomas isolados e variações do normal; • Outros distúrbios do sono. INSÔNIA – A insônia se caracteriza pela dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou uma qualidade de sono ruim. Pode ter inúmeras causas. DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO – São caracterizados por respiração anormal durante o sono; ocorrem em adultos e crianças e os três principais distúrbios respiratórios do sono são: Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono: é uma doença crônica, muito frequente, caracterizada pela obstrução parcial ou completa da via aérea supe14 Diagnóstico dos distúrbios do sono VITÓRIA APART PROGRESS VITÓRIA APART PROGRESS 15 ARTIGO MÉDICO Insônia. A SAOS pode se mani- sos têm maior chance de desenvolver pórea. O exame é feito no laboratório do sono deverá ser realizado (Polisso- túrbios do sono deve incluir investi- Referências Bibliográficas festar como insônia de manutenção HAS do que as pessoas que não têm de sono sob supervisão de um técnico nografia ou Métodos Simplificados de gação clínica detalhada associada à • American Academy of Sleep Medicine. In- (dificuldade para manter-se dormindo), SAOS. Pessoas com HAS de difícil trata- que fica presente em uma sala próxima, Diagnóstico, conforme a indicação mé- avaliação objetiva do sono. A polisso- ternational classification of sleep disorders, refletindo um sono muito leve e extre- mento devem ser submetidas à pesqui- acompanhando constantemente o exa- dica). A polissonografia também está in- nografia continua sendo o padrão ouro mamente fragmentado, gerando uma 2nd ed: Diagnostic and coding manual, Ame- sa diagnóstica para distúrbios respirató- me através de sistema digital computa- dicada em alguns casos de parassonias, para o diagnóstico de muitas doenças “má percepção do sono”. Dificilmente rios do sono. Estudos observaram que dorizado, para possíveis intervenções. rican Academy of Sleep Medicine, Westches- como, por exemplo, o distúrbio compor- do sono, porém o futuro está no de- as pessoas com SAOS apresentarão 70% dos pacientes com HAS de difícil Do- tamental do sono REM. As pessoas que senvolvimento e no uso de métodos ter, IL 2005. queixa de insônia inicial (dificuldade tratamento têm SAOS. miciliar (Tipo 2 ASDA): esse equi- sofrem de narcolepsia realizam um exa- menos invasivos (monitorização por- para iniciar o sono). O que acontece Estreitamento das vias aéreas: fato- pamento é capaz de realizar uma me diurno chamado MSLT (Teste das tátil), com boa acurácia, menor custo com maior frequência é justamente res anatômicos que podem favorecer o polissonografia completa, porém não o contrário. Os pacientes com SAOS Múltiplas Latências do Sono) para me- e, principalmente, mais acessível a um estreitamento das vias aéreas devem ser assistida pelo apresentam latência curta para o início avaliados durante o exame físico da pes- dida objetiva da sonolência diurna. Em numero maior de pessoas que tenham técnico durante a noite) com todos os do sono. Isto é, iniciam o sono com soa com suspeita de SAOS. Podemos canais habitualmente usados na polis- algumas situações, a polissonografia alta probabilidade para o diagnostico muita facilidade. encontrar úvula alongada e/ou hipertro- sonografia padrão (tipo1). A vantagem também é indicada para pessoas com da SAOS, em especial. Outros Sintomas Noturnos. Vá- fiada, palato mole flácido e rebaixado, é que o monitor é pequeno o suficien- insônia, quando existe refratariedade ao hipertrofia de amígdalas, macroglossia, te para permitir que o paciente faça o tratamento ou quando há suspeita de cias mundiais de investigação diag- • Kushida, CA, Littner, MR, Morgenthaler, T, rios outros sintomas noturnos podem estar presentes, tais como, noctúria, micrognatia, retrognatia, obstrução nasal exame do sono em casa, no conforto nóstica dos distúrbios do sono, o Vi- et al. Practice parameters for the indications enurese, cefaléia, sono agitado e frag- e desvio de septo nasal. da sua própria cama, de maneira rápi- tória Apart Hospital oferece, por meio for polysomnography and related procedu- mentado, pesadelos, movimentação ex- Circunferência do pescoço aumen- da, eficiente e segura. Também pode do Laboratório de Sono – Medsono, res: an update for 2005. Sleep 2005; 28:499. cessiva na cama e disfunção sexual. tada: a circunferência do pescoço é um ser usado para monitorização em lei- Sonolência Diurna. A sonolência forte preditor de SAOS. Valores maiores tos hospitalares fora do laboratório de diurna é uma manifestação comum que 48 cm estão associados a um alto sono e leitos de UTI. nos distúrbios respiratórios do sono. risco para SAOS e valores menores que Porém, a instalação da sonolência é 37 centímetros, a risco baixo. o diagnóstico da SAOS (Tipo 3 ASDA): crônica e insidiosa, levando frequen- Polissonografia (não Portátil acompanhada Sistema portátil modificado para cinco variáveis fisiológicas são medidas, temente o paciente a não valorizar tal MÉTODOS DIAGNÓSTICOS incluindo dois tipos de monitorização res- sintoma. Muitas vezes, eles não rela- COMPLEMENTARES EM piratória (movimento respiratório e fluxo aé- MEDICINA DO SONO reo), uma variável cardíaca (frequência car- tam a presença de sonolência, mas sim de cansaço, fadiga, falta de dispo- Os distúrbios do sono podem ser ava- díaca), um canal de medida da saturação sição. A SAOS é a principal causa de liados no laboratório do sono, em um leito da oxi-hemoglobina e posição do corpo . O Sonolência Excessiva Diurna (SED). hospitalar ou domiciliar, através de siste- técnico não fica presente durante a grava- Outros Sintomas Diurnos. Com- mas convencionais ou portáteis de um ou ção do exame. Permite a avaliação de dis- prometimento da memória, alterações do mais canais. A American Sleep Disorders túrbios respiratórios do sono em pacientes humor (ansiedade, depressão, irritabilida- Association (ASDA) descreve os diferentes com alta probabilidade e também titulação de, mau humor), cefaléia matutina, náuse- métodos empregados na investigação da automática de CPAP no domicílio. as, sintomas de refluxo gastroesofágico. SAOS baseados na complexidade do mo- 2.Exame Físico nitoramento, variando do nível I ao IV. (Tipo 4 ASDA): os monitores desse tipo Índice de Massa Corpórea (IMC): Registro Contínuo de Oximetria Polissonografia (Tipo 1 ASDA): a gravam somente duas variáveis (satura- A presença de obesidade é frequen- polissonografia (PSG) é o monitoramento ção do oxi-hemoglobina e frequência te entre as pessoas com SAOS e está de múltiplas variáveis fisiológicas duran- cardíaca) e também são usados sem a presente em até 60% das pessoas te o sono, sendo a mais importante téc- presença do técnico. que são avaliadas quanto à presen- nica laboratorial utilizada no diagnóstico ça de SAOS. É o fator de risco mais e no tratamento dos distúrbios do sono. QUANDO UMA PESSOA DEVE importante para SAOS. São determinados: atividade elétrica ce- SER AVALIADA COM UM Pressão Arterial Elevada: A hiper- rebral (eletroencefalograma), movimento EXAME DE SONO? tensão arterial sistêmica (HAS) é mais dos olhos (eletro-oculograma), atividade comum entre os indivíduos com SAOS. de músculos (eletromiograma), ativida- ser diagnosticados clinicamente, mas a Aproximadamente 50% dos pacientes de elétrica cardíaca (eletrocardiograma), maioria requer uma avaliação no labo- com SAOS têm HAS. E os indivíduos respiração (fluxo aéreo), oxigenação do ratório de sono. Se existir a suspeita de com SAOS que ainda não são hiperten- sangue (oximetria), ronco e posição cor- Apnéia Obstrutiva do Sono, um exame 16 Alguns distúrbios do sono podem VITÓRIA APART PROGRESS outro distúrbio do sono associado. CONCLUSÃO Em concordância com as tendên- • Collop, NA, Anderson, WM, Boehlecke, B, et al. Clinical guidelines for the use of unattended portable monitors in the diagnosis of obstructive sleep apnea in adult patients. Portable Monitoring Task Force of the American Academy of Sleep Medicine. J Clin Sleep Med 2007; 3:737. Os distúrbios do sono são muito a possibilidade de avaliação clínica e frequentes e podem afetar significativa- polissonográfica com equipe médica Medsono – Pneumologia mente a saúde física, mental e emocio- especializada e métodos diagnósti- e Medicina do Sono nal. Devemos estar atentos aos sintomas cos modernos, incluindo a polisso- Drª. Simone de Oliveira Alvarenga Prezotti e considerar a avaliação especializada. nografia convencional e métodos de Drª. Roberta Barcelos Couto monitorização portátil e domiciliar. Pneumologistas do Vitória Apart Hospital A pesquisa diagnóstica dos dis- ESTUDO CIENTÍFICO Epidemiologia das lesões isquêmicas encefálicas e sua importância na prática médica A lesão isquêmica é o evento final mais comum de lesão do tecido encefálico, quer por ação primária ou secundária, de forma difusa ou focal, ocorrendo como consequência de alterações do fluxo sanguíneo cerebral e do metabolismo cerebral. Diversas condições estão associadas a esse tipo de lesão encefálica, dentre 1 elas o traumatismo craniencefálico . A compreensão crescente dos me- canismos de lesão e o desenvolvimento de tratamentos específicos levaram a uma melhora na conduta dos profissionais da área da saúde e, consequentemente, de menor incidência e gravidade das sequelas neurológicas resultantes. através de análise estatística. Os méto- dido em quatro subgrupos: subgrupo I, dos utilizados foram o Qui-quadrado e idade entre 15 e 29 anos; subgrupo II, o Teste de Fisher (quando uma ou mais idade entre 30 e 44 anos; subgrupo III, variantes tinham número inferior a cinco). idade entre 45 e 59 anos; e subgrupo IV, O programa estatístico utilizado foi o idade igual ou superior a 60 anos. EpiInfo for Windows 2002 (Centers for O grupo Fator Causal (FC) foi dividido Disease Control and Prevention, Atlanta). em sete subgrupos: subgrupo A, pacientes Foram considerados significantes os valo- vítimas de acidente de trânsito em automó- res de p menores que 0,05 (apresentados vel; subgrupo B, pacientes vítimas de aci- com 4 casas decimais), tendo sido registra- dente de trânsito envolvendo motocicletas; dos no texto e nas tabelas apenas esses. A falta de dados epidemiológicos pre- cisos tem dificultado o conhecimento da incidência real das lesões encefálicas e de suas sequelas. Para vários autores, a análise de apenas um fator etiológico pode servir como exemplo. Estudos indicam que o TCE é um grave problema de saúde pública e se enquadra como fator de avaliação 2,3 epidemiológica da lesão encefálica . MATERIAL E MÉTODO subgrupo C, pacientes vítimas de atrope- RESULTADOS lamento; subgrupo D, pacientes vítimas de lesão encefálica por projétil de arma de fogo (PAF); subgrupo E, pacientes vítimas de es- (87,62%) eram do sexo masculino e pancamento; subgrupo F, pacientes vítimas 13 (12,38%) do sexo feminino. A per- de quedas; e subgrupo G, outros fatores manência na UTI variou de 1 dia a 55 causais não incluídos nos demais grupos. dias, com média de 10,85 dias (desvio- padrão de 9,74 dias). O índice APACHE II foi utilizado para Dos 105 pacientes estudados, 92 se correlacionar a gravidade dos pa- cientes, através de faixas de pontuação, anos a 82 anos (Grupo FE). O subgrupo com a mortalidade obtida. Foi utilizado I (15 a 29 anos) continha 46 pacientes também para a análise da existência de (43,81%); o subgrupo II (30 a 44 anos) diferença estatística significante entre os continha 33 pacientes (31,43%); o subgru- valores médios obtidos nos pacientes po III (45 a 59 anos) continha 16 pacientes que tiveram alta da UTI e aqueles que (15,24%); e o subgrupo IV (60 anos ou su- evoluíram para o óbito. perior) continha 10 pacientes (9,52%). O Grupo APACHE II (AP) foi dividi- significância estatística em diversas Escala de Coma de Glasgow (ECG) ≤ 8 1 e 4 (p=0,0368); e 2 e 4 (p=0,0093). Não correlações, os resultados encontrados na internação, 20 (19,05%) ECG entre 9 foi encontrada diferença estatística entre o estão de acordo com as tendências ob- e 13 pontos e 4 (3,81%) acima de 13. subgrupo 3 e os demais subgrupos, nem servadas em outros estudos nacionais e entre os subgrupos 1 e 2. internacionais. Variações significativas O Grupo APACHE II (AP) apresen- A idade dos pacientes variou de 15 Quanto ao fator causal (Grupo FC) foram descritas apenas em subgrupos DISCUSSÃO (5,71%) no subgrupo 1 (0-7 pontos); 42 O grupo Faixa Etária (FE) foi divi- estatística significante entre os subgrupos tou os seguintes resultados: 6 pacientes PIRAS, C. - MÉDICO INTENSIVISTA DO VITÓRIA APART HOSPITAL INTRODUÇÃO (77,14%) apresentavam pontuação na de idade de acordo com o fator causal. O estudo de LANGLOIS e cols2 re- (40,00%) no subgrupo 2 (8-15 pontos); 44 (41,91%) no subgrupo 3 (16-23 pon- tes neurológicos internados em unida- velou a importância do tema e o impac- tos) e 13 (12,38%) no subgrupo 4 (24 des de terapia intensiva, denominados to no planejamento das ações de saú- pontos ou superior). pacientes neurocríticos, apresentaram de. Cerca de 1,5 milhão de TCE ocorrem A avaliação e a conduta em pacien- A mortalidade global foi de 40,00% (42 um avanço na última década. Vários fa- anualmente nos Estados Unidos. Des- óbitos em 105 pacientes). A incidência de tores contribuíram para essa tendência, ses, 250.000 necessitam de internação óbito nos homens foi de 38,04% (35 óbi- entre eles: um melhor conhecimento da e cerca de 80.000 pacientes necessitam tos em 92 pacientes) e nas mulheres de fisiopatologia das doenças neurológicas de ajuda para atividades diárias um ano 53,85% (7 óbitos em 13 pacientes). Não em suas diferentes fases evolutivas, a após o trauma. A lesão encefálica trau- houve diferença estatística entre os dois. possibilidade de controle adequado dos mática é a maior causa de epilepsia 8. Os Relacionando a faixa etária com a parâmetros ventilatórios e cardiovascu- gastos diretos e indiretos com TCE che- mortalidade, encontramos 30,43% de lares na UTI, a evolução das técnicas gam a US$ 56 bilhões/ano. óbitos no subgrupo I; 36,36% de óbitos neurocirúrgicas e as novas técnicas de no subgrupo II; 50% de óbitos no sub- monitorização hemometabolismo adultos jovens do sexo masculino. Nes- grupo III e 80% de óbitos no subgrupo encefálico. Dessa forma, medidas em- se grupo, a principal causa observada IV. Não foi observada diferença estatísti- píricas de neuroproteção deram lugar foram os acidentes com veículos auto- ca na mortalidade entre os subgrupos. ao tratamento objetivo direcionado pela motivos (carros e motocicletas). manutenção das condições hemodinâ- A mortalidade no grupo FC (Fator do A incidência global é maior entre Vários estudos demonstraram que as Causal) foi de: 22,22% (2 óbitos em 9 pa- micas e metabólicas adequadas . causas etiológicas podem variar em níveis cientes) no subgrupo A; 36,36% (8 óbitos regionais e grupos etários específicos. 4 A avaliação dos parâmetros hemo- BALDO e cols9 revisaram a epide- em 22 pacientes) no subgrupo B; 50% metabólicos (extração cerebral de oxi- (13 óbitos em 26 pacientes) no subgru- gênio, pressão intracraniana, temperatura miologia de 55.368 casos de TCE, no po C; 50% (5 óbitos em 10 pacientes) no cerebral5, velocidade do sangue nas arté- nordeste da Itália, no período de 1996 a subgrupo D; 25% (2 óbitos em 8 pacien- rias encefálicas, entre outras) passou a ser 2000. Em 60% dos casos foi identificada a tes) no subgrupo E; 39,28% (11 óbitos em adotada no tratamento do paciente com causa: 48,5% acidentes com automóveis 28 pacientes) no subgrupo F; 50% (1 óbi- lesão encefálica grave. O objetivo é evitar (maior incidência em adultos jovens e nos to em 2 pacientes) no subgrupo G. Não o dano hipóxico-isquêmico na microcircu- finais de semana), 8,8% acidentes de tra- houve diferença estatística na mortalida- lação, onde as trocas efetivamente ocor- balho e 12,2% domésticos (maior incidên- de em os subgrupos analisados. rem, e preservar o sistema nervoso. Para cia em crianças e idosos). AARE & Von Os valores médios do APACHE II nos atingir essa meta, o tratamento deve ser HOLST10 revisaram 27.122 casos de TCE pacientes que obtiveram alta foram de instituído de forma precoce e agressiva6,7. por acidente com motocicleta, no período 14,06 (DP 6,17) e nos que evoluíram para o A alta incidência projetada de lesões de 1987 a 1999, na Suécia. A incidência foi óbito de 19,98 (DP 6,48). Não houve dife- encefálicas agudas, a falta de dados epide- maior em homens (oito vezes) e nos indiví- rença estatística entre os valores obtidos. miológicos precisos, as diferenças locais e duos com menos de 26 anos. 4 do em quatro subgrupos: subgrupo 1, Foram estudados 105 pacientes in- observamos a incidência de 9 pacientes valores de APACHE II entre 0 e 7 pon- (8,57%) no subgrupo A (vítimas de aci- ternados na Unidade de Tratamento In- tos; subgrupo 2, valores de APACHE II dente de trânsito em automóvel); de 22 tensivo (UTI) por traumatismo crânio-en- entre 8 e 15 pontos; subgrupo 3, valo- (20,95%) no subgrupo B (vítimas de aci- cefálico (TCE), no período de um ano. res de APACHE II entre 16 e 23 pontos; dente de trânsito em motocicleta); de 26 Analisando a mortalidade no Grupo regionais no tratamento e a evolução dos e subgrupo 4, valores de APACHE II (24,76%) no subgrupo C (vítimas de atro- AP (APACHE II), encontramos: 0% (0 óbi- pacientes demonstram a necessidade de uma alta de incidência (546 por 100.000) iguais ou superiores a 24 pontos. pelamento); de 10 (9,52%) no subgrupo tos em 6 pacientes) de mortalidade no divulgação e de adoção de diretrizes para de TCE na região Oeste da Suécia. A causa várias condições neurocríticas. principal foi queda da própria altura (31%). Foram estudados a prevalência, o tempo de internação, a morbidade e ANDERSSON e cols11 detectaram mortalidade, o custo social e financeiro e A mortalidade foi analisada em D (vítimas de lesão cerebral por PAF); de subgrupo 1 (0-7 pontos); 23,81% (10 óbitos os fatores de risco. O protocolo de estu- cada grupo, entre os seus subgrupos, 8 (7,62%) no subgrupo E (vítimas de es- em 42 pacientes) no subgrupo 2 (8-15 pon- do incluía sexo, idade, datas de entrada e entre os sexos e de forma global. pancamento); de 28 (26,67%) no subgru- tos); 45,45% (20 óbitos em 44 pacientes) tes adultos politraumatizados. Essas ca- traram características regionais com saída da UTI, fator causal e índice prog- po F (vítimas de queda); e de 02 (1,91%) no subgrupo 3 (16-23 pontos); e 92,31% racterísticas explicam a baixa incidência impacto na epidemiologia, tratamento em idosos e a ausência de vítimas com e evolução de pacientes com TCE. Dife- menos de 15 anos. Apesar da falta de renças significativas foram encontradas Os resultados foram apresentados nóstico APACHE II (Acute Physiology And na forma de números, percentuais (com no subgrupo G (outros fatores causais). (12 óbitos em 13 pacientes) no subgrupo Chronic Health Evaluation versão II). duas casas decimais) e, quando cabia, 4 (24 pontos ou superior). Houve diferença 18 Dos pacientes estudados, 81 VITÓRIA APART PROGRESS VITÓRIA APART PROGRESS Este estudo foi realizado em pacien- HUKKELHOVEN e cols12 encon- 19 ESTUDO CIENTÍFICO entre os continentes europeu e america- minoritários (gangues), solteiros e com an- completo, dos hematomas extradurais. intensivo em unidades de terapia intensiva. lesão encefálica está diretamente rela- são relevantes e demonstram a importân- no e entre os países europeus que refle- tecedentes de alcoolismo. Um ano após A lei e o policiamento foram efetivos na cionada aos cuidados neurointensivos cia da adoção de escalas de avaliação de tem variações sociais, culturais e aspec- o trauma, ainda apresentavam cefaléia, prevenção do TCE nesse grupo. dos pacientes neurocríticos passa pela administrados aos pacientes. risco nos pacientes neurocríticos. tos organizacionais de cada local. confusão mental, distúrbios de atenção SERVADEI e cols20 utilizaram um estu- criação de unidades neurointensivas do da epidemiologia local (Roma e região) com monitorização e diretrizes que con- fundamentais para subsidiar campanhas Dr. Cláudio Piras sa de TCE nos pacientes com mais de e dificuldade para integração na comunidade. BURNETT e cols17 confirmaram os para planejar o tratamento do TCE. Conclu- templem a manutenção de um adequa- de prevenção de TCE. Cirurgião Geral e Médico Intensivista, 60 anos foram as quedas da própria achados de GERHART e cols16. íram que o número de internações de TCE do hemometabolismo cerebral. membro do Comitê de Ética em Pesqui- altura e que a taxa de mortalidade foi leve pode ser reduzido com o uso adequa- lise do APACHE II nos diversos subgrupos elevada nesse grupo. siderado como a forma mais violenta de do da tomografia de crânio em adultos. HUKKELHOVEN e cols13 alertaram agressão física. MARTINS e cols18, no Bra- para os fatores de risco para queda, sil, revisaram 319 casos de PAF na cabeça, tudo foi elevada (40%). Variou diretamente em idosos: artrite, fraqueza muscular, no período de 1994 a 2000. Os seguintes com a idade, foi maior nas mulheres (pre- distúrbio da marcha, equilíbrio ou vi- fatores foram considerados preditivos de dominantemente idosas), em vítimas de são e uso de quatro ou mais medica- alta mortalidade ou morbidade: baixa pon- atropelamento (50%) e ferimento por PAF mentos por dia. tuação na ECG na admissão, anisocoria, (50%). Esses resultados estão de acordo MASSON e cols14 realizaram um es- pupilas médias e fixas, trajeto central do com o material discutido anteriormente. tudo prospectivo, baseado em popula- projétil (tipo transventricular ou bihemisféri- ção, da epidemiologia de 248 pacientes co) e ferimentos bi ou multilobar detectados mortalidade nos pacientes com índice com TCE grave e compararam os resul- pela TC. Eles concluíram que a cirurgia não de APACHE II igual ou superior a 24 tados com o perfil observado em centros deve ser recomendada em pacientes com pontos, quando comparados com pon- especializados. Concluíram que no estu- ferimento penetrante e com três a cinco tuações inferiores a 15 pontos. do baseado em população, os pacientes pontos na ECG, na ausência de hematoma eram mais idosos, vítimas de queda e causando efeito de massa. las neurológicas que poderiam expressar a com taxa de mortalidade maior (52%) do LANGLOIS e cols2 revisaram a morbidade associada aos diferentes agen- que os pacientes dos centros de trauma. epidemiologia dos sobreviventes de tes causais e demais parâmetros epide- Observamos que a principal cau- O ferimento por PAF pode ser con- Houve evidente presença de maior Não avaliamos a incidência de seque- Diversos estudos também encontra- TCE, em 1997, nos Estados Unidos. A miológicos. E não pesquisamos o atendi- incidência foi maior em adolescentes mento pré-hospitalar que pode ter impacto da morbi-mortalidade) e idade avançada. (15 – 19 anos) e idosos (≥ 65 anos). As relevante na mortalidade global21. HUKKELHOVEN e cols realizaram uma principais causas do TCE foram aciden- extensa metanálise de 5.600 pacientes tes com veículos motorizados, quedas de medidas preventivas os pedestres (atro- com TCE e determinaram que as propor- e assaltos. Eles relataram que 46% dos pelamentos 20,95%), os motociclistas (aci- ções de mortalidade e resultado insatisfa- ocupantes de veículos, 53% dos motoci- dentes com motocicletas 24,76%) e a segu- tório aumentam com a idade: 21 e 39%, clistas e 41% dos ciclistas não estavam rança pública (agressão física 17,14%). respectivamente, para menores de 35 anos usando equipamentos de proteção pes- e 52 e 74% para maiores de 55 anos. soal no momento do trauma. 15 HARRIS e cols analisaram 13.908 As elevadas taxas de morbi-mortali- casos de TCE, entre 1994 e 1995, dividi- dade e a falta de uso de equipamentos de dos por décadas de idade. Concluíram proteção individual verificadas nos estudos que o risco de mortalidade aumenta pro- citados levaram vários autores a propor a gressivamente a partir dos 30 anos e o adoção de medidas preventivas para os fa- maior aumento ocorre após os 60 anos. tores causais mais relevantes. Essas foram Encontramos elevado número de pa- direcionadas, principalmente, para os aci- cientes vítimas de agressão física (17,14%), dentes com veículos automotivos, agres- sendo 9,52% de ferimentos por PAF e sões e quedas (Campanhas de educação 7,62% de vítimas de espancamento. no trânsito, prevenção do TCE)9,10. 16 GERHART e cols revisaram 2.771 Merecem atenção especial na adoção Os achados reforçam a necessida- de de se ampliar esse estudo epidemiológico a fim de levantar subsídios para à associação de drogas e álcool com acidentes de trânsito, em geral; e também no que diz respeito às sequelas funcionais que geram incapacidade para o trabalho, associando menor massa produtiva com maior custo em benefícios. CONCLUSÕES 19 SERVADEI e cols verificaram que a lei italiana que obriga o uso de capacete entre 1996 e 1999. Concluíram que as víti- reduziu a incidência de TCE e os proce- sim como outros pacientes portadores de mas de agressão são, predominantemen- dimentos neurocirúrgicos em motociclis- doenças neurológicas, clínicas ou cirúrgi- te, homens jovens, membros de grupos tas, com o desaparecimento, quase que cas, têm necessidade de acompanhamento 1. Pacientes com trauma craniano, as- VITÓRIA APART PROGRESS 4. Os estudos epidemiológicos são 5. As informações obtidas pela aná- sa do Vitória Apart Hospital. Referências Bibliográficas 1. Peluso, CM; Prandini, NM; Forte, LV. Monitorização da oximetria cerebral transcutânea durante circulação extracorpórea. São Paulo. 1998. 01p. Dissertação de Mestrado em Neurocirurgia, Universidade Federal de São Paulo. 7. Reinert MM, Bullock R. Clinical trials in head injury. Neurol Res. 1999 Jun;21(4):330-8. 2. Langlois, JA; Kegler, SR; Butler, JA; Gotscg, KE; Jonhson, RL; Reichard, AA; Webb, KW; Coronado, VG; Selassie, AW; Thurman, DJ. 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J Neurotrauma. 2002 May;19(5):503-57. campanhas preventivas no que se refere casos de TCE causados por agressão 20 3. A evolução de pacientes com A taxa de mortalidade global neste es- ram relação entre evolução pior (aumento 13 2. A meta de diminuir as sequelas 4. Cruz, J.; Raps, E.C.; Hoffstad, O.J.; Jaggi, J.L.; Gennarelli, T.A. - Cerebral oxygenation monitoring. Crit Care Med, 21(8):1242-6, 1993. 5. Godoy, R; Oliveira, PGD; Montanaro, AC; Peluso, CM; Forte, LV; Junior, JR; Kanashiro, LHT; Melo, LRS; Costa, MPL. A Hipotermia no Tratamento da Hipertensão Intracraniana. An. Paul. Med. Cir. 2002; 129(2): 36-40. 6. Prandini, MN; Peluso, CM; Forte LV. Conceitos básicos de fisiopatologia para o tratamento da isquemia encefálica”. J BRAS Neurocirug. 2002; 13(1): 5-11. 8. Bruns, J Jr; Hauser, WA. The epidemiology of traumatic brain injury: a review. Epilepsia, 44 Suppl 10:2-10, 2003. 10. Aare, M; Von Holst, H. Injuries from motorcycle and moped crashes in Sweden from 1987 to 1999. 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A maioria dos cistos é de natureza parasitária e encontrada em regiões onde a infestação pelo Echinococcus ranulosis é intensa(13). Atualmente, o desenvolvimento e o uso cada vez mais frequente dos modernos métodos de diagnóstico por imagem têm possibilitado o diagnóstico de cistos assintomáticos, bem como elucidado correntemente a localização da maioria dessas lesões. Por outro lado, o melhor conhecimento da importância do baço e os avanços da técnica cirúrgica propiciaram a adoção de condutas cirúrgicas conservadoras em várias afecções esplênicas. Essas condutas, quando empre- O cisto media 7,0cm x 3,5cm x 2,0cm e, formação de 8cm de diâmetro em hipo- quando puncionado, deu saída de líquido côndrio esquerdo de consistência cística, amarelado, discretamente turvo. Não hou- com bordas bem definidas, móvel com a ve intercorrências pós-operatórias. respiração e indolor. O estudo anatomopatológico do Os exames laboratoriais mostraram- baço concluiu pelo diagnóstico de cisto se normais. A ultrassonografia evidenciou epitelial, baseado na presença de células imagem cística de paredes regulares, epiteliais escamossas (fig.1). O doente foi conteúdo homogêneo e anecóide, lateral acompanhado no ambulatório por cinco e inferiormente ao baço, com volume es- anos, sem apresentar anormalidades. timado de 191cm3. A suspeita foi de cisto Caso 2 – AS, feminina, 15 anos, mesentérico ou pancreático. Submetida a branca, relatando havia três meses dor laparotomia exploradora, constatou-se a de forte intensidade, em pontada, loca- presença de cisto no polo inferior do baço, lizada no flanco esquerdo, esporádica, de 10cm de diâmetro, coloração vinhosa, aparecendo a cada cinco dias, de du- com área esbranquiçada na superfície an- ração efêmera. Referia anorexia e perda terior; a cápsula esplênica está íntegra. O de peso de 7kg em três meses. estudo anatomopatológico evidenciou a Seu pai era portador de cisto esplêni- presença de epitélio de revestimento es- co, tendo falecido havia dois anos por he- camoso, concluindo pelo diagnóstico de morragia digestiva alta. Ao exame físico foi cisto epitelial. A evolução pós-operatória observada a presença de tumor em flan- decorreu sem anormalidades. clínica, dividiria os cistos esplênicos em Os cistos verdadeiros não parasitários Acredita-se que, após o traumatismo, a parasitários e não parasitários. do baço representam 10% dos cistos es- presença de hemorragia subcapsular com Os cistos não parasitários, por sua plênicos, sendo considerados por alguns posterior formação de hematoma permitiria vez, seriam classificados em primários autores como malformações congênitas a formação do pseudocisto, pela absorção ou verdadeiros e secundários ou falsos. ou ainda como verdadeiras neoplasias(5). e organização do sangue coletado(5,12). Estes agrupariam cistos de natureza trau- São observados, principalmente, em mática, degenerativos e inflamatórios. Os crianças e adultos jovens, como em nos- parcela significativa dos casos, por ter sido cinco primários ou verdadeiros, segundo sa terceira doente. aparentemente leve e/ou antigo, não sendo o epitélio de revestimento de sua cápsula, Fowler(12) acreditava ser o cisto deri- recordado pelo paciente. Nossa doente, seriam classificados em epiteliais, meso- vado da inclusão ontogênica do peritônio cujo cisto foi assim classificado, não se teliais e endoteliais. no interior da substância esplênica. A ori- lembrava do traumatismo anterior. Explica- A história de trauma está ausente em Os cinco verdadeiros diferenciam-se gem do epitélio de revestimento é con- se, assim, o aparecimento de sintomas me- dos falsos pela presença de camada ce- troversa, aventando-se a participação de ses ou anos após o evento traumático(10). lular de revestimento. Constata-se abaixo tecido epitelial estópico ou da invaginação da lâmina conectiva, ricamente vascu- do mesotélio peritoneal, com posterior são diagnosticados três anos após o larizada, a presença de células cúbicas dilatação cística e metaplasia escamosa. traumatismo(9). Em um dos doentes des- ou estratificadas de natureza epitelial ou Estudos de eletromicroscopia e imunohis- te relato, o achado do cisto epermóide foi endotelial. Muitas vezes, apresentam ca- toquímica sugerem ser o revestimento ce- acidental, durante intervenção cirúrgica racterísticas semelhantes às do mesotélio, lular resultante de metaplastia escamosa motivada por colelitíase. O portador de (3,4) Mais de 50% dos falsos cistos com presença de microvilosidades, es- de mesotélio . Ough e col. propuseram pseudocisto esplênico apresentava his- tomas e áreas de metaplasia escamosa; a nomenclatura de cisto mesotelial com tória clínica com duração de três meses, estas seriam secundárias à hemorragia e metaplastia escamosa em substituição ao não relatando traumatismo anterior. fenômenos irritativos. termo cisto epidermóide(16). O doente restante apresentava qua- Os pseudocistos são quatro a cinco dro clínico com um ano de duração. Ou- epidermóides quando se apresentam sem vezes mais frequentes que os verdadeiros(8) tras causas associadas aos pseudocistos tecidos dérmicos diferenciados, como pelos e 80% deles são grandes, solitários e uni- esplênicos são os infartos e as doenças ou dentes, que, quando presentes, caracte- loculares. Frequentemente contêm líquido inflamatórias do tipo tuberculose, mono- rizam os cistos denominados dermóides. seroso, turvo ou gelatinoso, rico em lipí- nucleose e febre tifóide, pela possibilidade Já os pseudocistos têm paredes dios, colesterol, agregados linfocitários e de liquefação tecidual e periesplenite(8). constituídas por lâmina fibroconjuntiva, pigmentos derivados da hemoglobina. Seu sem revestimento celular diferenciado. interior é trabeclado, composto por tecido ciclo menstrual e à gravidez têm sido cor- A descrição inicial do cisto esplêni- co esquerdo, de 10cm de diâmetro, móvel DISCUSSÃO Os cistos epiteliais são denominados Fatores hormonais associados ao gadas no trauma esplênico, poderão com movimentos respiratórios. aumentar a frequência desses cistos, já que muitos deles se desenvolvem após Com frequência apresentam calcifica- fibroso, mimetizando cordoalhas endíneas relacionados com a etiologia e as mani- trou o cisto esplênico volumoso, ocupan- co verdadeiro, atribuída a Andral, data de traumatismos, a partir da resolução de ções parientais, condição observada co- cardíacas(12). Um de nossos doentes teve festações clínicas dos cistos esplênicos, do a região hipogástrica e flanco esquer- 1829(2), e a primeira esplenectomia moti- um hematoma(17,24). Com o intuito de mumente em hematomas antigos. sua sessão assim classificada pela inexis- justificando sua maior incidência no sexo do. Indicou-se cirurgia, sendo realizada vada pela presença do cisto foi realizada A ausência de camada celular de re- tência do epitélio de revestimento. O as- feminino(22). A congestão esplênica que A ultrassonografia do abdome mos- contribuir para um melhor conhecimen- espenectomia. Após a cirurgia, o cisto foi por Pean , em 1867. Em revisão feita em to dos diferentes aspectos patogênicos vestimento não exclui a possibilidade de pecto líquido puncionado era turvo, como ocorre na gravidez e nos períodos mens- puncionado, dando saída a líquido sero- 1953(12), foram anotadas 265 casos, dos cisto verdadeiro, pois ela pode ser parcial o acima descrito. truais acarretaria aumento do baço, faci- e clínicos dessa moléstia e frente à ra- purulento, de cuja cultura cresceram ape- quais 110 eram verdadeiros e, em 1978, ou totalmente destruída por processos de- Os cistos esplênicos incidem com litando aumento dos cistos(12,14). As mu- ridade desta, apresentamos três casos nas colônias de Staphylococcus epide- foram reunidos da literatura ocidental 651 generativos. Por outro lado, os pseudocis- maior frequência no sexo feminino, em lheres deste relato não apresentavam em midis. O estudo anatomopatológico não casos de cisto esplênicos(8). Para outros tos podem adquiri-la por inclusão de tecido proporção de 1,5 a 2:1, sendo prioritaria- sua história nenhuma associação com o reconheceu em sua cápsula epitélio de estudiosos, essa raridade é mais aparente epitelial adjacente(4). Dessa forma, em algu- mente diagnosticados na segunda e na ciclo menstrual. revestimento, concluindo pelo diagnóstico que real, tendo em vista o número apreci- mas ocasiões, torna-se difícil distinguir se o terceira década de vida , mas podem de pseudocisto do baço. ável de cistos por eles tratados(20). cisto é primário ou secundário. ser encontrados em faixas etárias mais branco, internado com diagnóstico de li- No presente relato, observou-se em avançadas. Dos nossos três doentes, um tíase biliar. Foi submetido à cirurgia, que ca, notou havia um ano tumor indolor de aspectos dessa doença, principalmente dois dos cistos a presença de revestimen- tinha 60 anos e era do sexo masculino, e consistiu em colecistectomia, além de flanco esquerdo, que vinha aumentando no que diz respeito à sua origem e evo- to epitelial bem definido, caracterizando- as duas restantes eram do sexo feminino e exploração radiológica das vias biliares. progressivamente de tamanho. Ao exame lução. Numerosas classificações agru- os como cistos primários epidermóides. jovens. Aparentemente, a raça negra tem Durante o ato cirúrgico, constatou-se a físico observava-se discreta assimetria param diferentes tipos de cistos de baço. O cisto restante foi classificado como maior incidência da afecção(18). presença de volumoso cisto lienal, efetu- do tórax devido a abaulamento ao nível Uma classificação, caracterizada por sua pseudocisto, pela inexistência de células ando-se a esplenectomia concomitante. do rebordo costal esquerdo. Palpava-se simplicidade e aplicabilidade na prática epiteliais na cápsula de revestimento. implicado na formação dos pseudocistos. acompanhados pelo autor. REL ATO DE CASO Caso 1 – BHP, masculino 60 anos, 22 Caso 3 – RM, menina, 7 anos, bran- (19) Persistem dúvidas sobre diversos VITÓRIA APART PROGRESS VITÓRIA APART PROGRESS (1) O trauma abdominal é o agente mais 23 RELATO DE CASO A esplenectomia parcial deve ser em- utilizada à semelhança do tratamento ci- sível influência de fatores genéticos na pregada sempre que possível, em jovens e rúrgico dos cistos benignos do figo. Des- etiologia desses cistos, pela presença de nos suscetíveis a complicações infecciosas creveu-se com êxito a criação de pequena gene autossômico recessivo(27). Uma de pós-esplenectomia. Assim procedemos janela no cisto, por meio da tesoura-cau- nossas pacientes relatou história de cisto em uma criança dessa série. Diversas téc- tério, para ressecção parcial e hemostasia esplênico em seu pai falecido. nicas empregadas, como a gastrocistosto- de sua parede(23). mia, a excisão parcial da parede do cisto Outros estudiosos aventaram a pos- O tratamento cirúrgico é indicado nos (10,26) atualmente são de uso excepcional deve ser realizada na maioria das interven- A punção e aspiração percutânea o tratamento desses cistos por mais de ções, como em dois de nossos pacientes. do cisto foram associadas a complica- uma vez em sua carreira. Porém, com o Quando o cisto é volumoso, recomenda- ções hemorrágicas e infecciosas, além de desenvolvimento e o uso cada vez mais se a aspiração de seu conteúdo, o que propiciar altos índices de recidiva e pos- frequente da metodologia de imagens, facilitará a mobilização do baço(14). sibilitar a sua disseminação peritonial(5). o diagnóstico de cisto esplênico tende a Nos assintomáticos com cistos de Mais recentemente, essa técnica voltou tornar-se mais frequente, o que exigirá do pequenas dimensões é recomendável a a ser utilizada, acrescida de injeção de médico adequado conhecimento para tra- conduta expectante. Quando persistirem agentes esclerosantes, com resultados tar essa afecção. dúvidas diagnósticas ou quando se cons- insatisfatórios(15). tata crescimento dessas lesões, está justi- ficada a indicação cirúrgica. fácil visão do baço aumentado, pode ser A videolaparoscopia, por permitir a dicos terão oportunidade de conduzir Dr. Flávio Takemi Kataoka Cirurgião Geral do Vitória Apart Hospital Referências Bibliográficas 1. ALVAREZ, P.J.A. & BALDONEDO, R.F. – Quistes de bazo. Ver Esp Enferm Dig 86: 743-749,194. 2. ANDRAL,J.W. – Préis d’anatomie pathologique. Paris, 1829. Apud ROBBINS, F.G., YELLIN, A.E., LINGUA, R.W, CRAIG, J.R. TURRILL, F.L. & MILLELSEN, W.P. – Splenie epidermoid cysts. Ann Surg 187: 231-235, 1978. 3. BOSTICK, W.L. & LUCIA, S.P. – Nonparasitie, noncancerous cystic tumorsof the spleen. Arch Pathol 47: 215-222, 1949. 4. BURRIG, K.F. – Epithelial (true) splenic cysts. Pathogenesis of the mesothelial and so-called epidermoid cyst of the spleen. 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A ingestão cateteres com dietas industrializadas fase de intenso crescimento e desenvol- deficiente de nutrientes, ocorrida em completas infundidas diretamente no vimento, na qual os indivíduos estão mais crianças principalmente até os cinco estômago ou intestino, dependendo da suscetíveis aos problemas nutricionais, anos, pode potencialmente levar a al- tolerância do organismo da criança. o objetivo desse trabalho foi comparar a terações na estatura, na massa cor- A Agência Nacional de Vigilância composição de fórmulas completas para poral, no desenvolvimento socioemo- Sanitária define na Resolução RDC nº crianças de 1 a 12 anos com as recomen- cional e psicomotor e posteriormente 63, de 6 de julho de 2000, nutrição en- dações do Instituto de Medicina dos Esta- levando a atraso da puberdade, da teral como: alimento para fins especiais, dos Unidos (IOM). maturação esquelética e da fusão com ingestão controlada de nutrientes, epifisária dos ossos longos. utilizada exclusiva ou parcialmente para tas infantis comercializados por 8 labo- substituir ou complementar a alimenta- ratórios: Nestlé, Abbott, Suppott, Wyeth, As necessidades nutricionais po- Considerando que a infância é uma Foram avaliados 20 rótulos de die- ESPAÇO ACADÊMICO E RESIDÊNCIA Mead Johnson, Fresenius, Nutrimed e litos se destacaram pelo baixo percentual Nuteral, nos quais foram verificados de adequação, assim como os nutrientes os conteúdos de macronutrientes, cromo, flúor e selênio não foram informa- vitaminas, minerais e eletrólitos. As dos na maioria das dietas analisadas. informações foram comparadas com as recomendações do IOM de acordo e minerais e eletrólitos das dietas para com as seguintes faixas etárias: 1 a 3, crianças de 1 a 3 anos em relação às 4 a 8, e 9 a 12 anos. DRI – AI ou RDA. Na comparação de adequação de de adequação de cada nutriente em rela- nutrientes para a faixa etária de 4 a 8 ção a recomendação do IOM para crianças anos, os ácidos essenciais apresentaram de 1 a 3 anos e constatamos que os eletró- grande percentual de falta de informa- 100% ou mais de adequação Sem informação n % n % Cálcio 15 78,95 15 21,05 Fósforo 14 73,68 14 21,05 Ferro 14 73,68 14 26,32 Cromo 10 52,63 10 Magnésio 13 68,42 Flúor 3 Cobre Nutrientes ção, chegando a 86,6%, sendo que das Danielle Cabrini, orientadora do trabalho acadêmico 15 dietas analisadas nenhuma atingiu 100% de adequação em relação a estes nutrientes. Nesta fase, foram analisados da mesma forma determinadas dietas não 29 micronutrientes, sendo que destes 23 informam a quantidade de alguns nutrien- apresentaram 26,67% de falta de informa- tes específicos em sua composição, es- ção. Esta é uma situação que dificulta o pecialmente os micronutrientes. 47,37 trabalho do profissional de saúde no mo- 13 21,05 mento da decisão da escolha da melhor lha com terapia nutricional deve estar 15,79 3 84,21 dieta a ser oferecida para seu paciente, atento para que as dietas oferecidas aos 15 78,95 15 21,05 uma vez que, sem informações sobre a pacientes atendam as necessidades nu- Iodo 15 78,95 15 21,05 composição de nutrientes específicos, tricionais dos mesmos, alertando-se até Molibdênio 11 57,89 8 42,11 não é impossível garantir a segurança de mesmo para suplementação quando se 11 57,89 8 42,11 que o paciente está recebendo seu apor- fizer necessária, para evitar carências Selênio Manganês 47,37 5 26,32 te nutricional adequado e suficiente para nutricionais que podem potencialmente 9 suas necessidades nutricionais. prejudicar o prognóstico do paciente. Zinco 15 78,95 4 21,05 Vit.K 13 68,42 4 21,05 aumentadas de forma geral no final da Tiamina 15 78,95 4 21,05 infância, quando há o pico da velocidade saúde, procure o Centro de Estudos Riboflavina 15 78,95 4 21,05 do crescimento. Na fase dos 9 a 12 anos, do Vitória Apart Hospital e inscreva Vit. C 15 78,95 4 21,05 foram analisadas 12 dietas e os nutrientes seu artigo: (27) 3201-5526. Niacina 15 78,95 4 21,05 Vit. B6 14 73,68 4 21,05 Folato 11 57,89 4 21,05 Vit. E 11 57,89 4 21,05 cessidade de eletrólitos são importantes Vit. B12 15 78,95 4 21,05 determinantes de morbidade subsequen- Ác. Pantotênico 15 78,95 4 21,05 te em pacientes críticos. Nutrientes fun- Biotina 15 78,95 4 21,05 damentais para o bom desenvolvimento Vit. D 15 78,95 4 21,05 nesta fase, como cálcio e vitamina A, ne- Colina 8 42,11 5 26,32 Vit. A 14 73,68 4 21,05 Sódio 1 5,26 0 0,00 Cloreto 3 15,79 2 10,53 ciada uma série de nutrientes que, em cer- Potássio 1 5,26 0 0,00 tas dietas, não atingiram o recomendado, 26 O profissional de saúde que traba- As necessidades de nutrientes estão Você que é estudante da área de que se encontram com menor percentual de adequação são os eletrólitos, porém Realize seu Coordenadores: melhor sonho Dr. Carlyson P. Moschen CRM 4146 Responsável Técnico Dr. Fernando F. Chagas CRM 4894 Dr. Carlos P. Moschen CRM 3733 Biol. Irineu I. Degasperi CRBio 15279/02 são nutrientes de suma importância neste período, uma vez que a manutenção e ne- Te c n o l o g i a c o m a t e n d i m e n t o é t i c o e h u m a n i z a d o para o tratamento da infer tilidade. cessários para o crescimento, desenvolvimento muscular e esquelético, não foram informados em 33,3% das dietas. Em todas as faixas etárias foi evidenEliany Bahiense, ganhadora do concurso de artigos inscritos no 4º Congresso do Vitória Apart Hospital VITÓRIA APART PROGRESS w w w. u n i f e r t . c o m . b r . 2 7 . 3 2 0 0 . 4 8 1 8 CRM 1437 Nesta tabela, analisamos o percentual Tabela 1. Adequação de vitaminas DESAFIO DIAGNÓSTICO Dor cervical O paciente M.N.R. é portador de tipos de medicamentos, nutrição paren- heparina ao fim de cada uso e, mensal- neoplasia maligna, cujos dados teral, hemoderivados e, inclusive, para mente, após o término do tratamento. referentes à doença, ao estadiamento coleta de sangue destinado a exames e ao prognóstico serão omitidos por laboratoriais (principalmente novos mo- iniciou com quadro de dor cervical, serem irrelevantes ao caso. delos de port-a-cath, que possuem saí- unilateral, à direita. das duplas e arquitetura que gerencia o necessita de tratamento quimioterápico. fluxo de infusão e aspiração). linfonodos aumentados, abaulamentos, massas ou quaisquer outras anomalias. Fato é que se trata de paciente que É prática cada vez mais comum, Vale à pena checar o artigo na internet Em maio de 2009, o paciente Ao exame físico não foram notados tendo em vista o aumento da segurança sobre o resultado do desafio, onde serão do tratamento quimioterápico, a coloca- discutidas também as diversas formas de jugular, rubor de face ou edemas, assim ção de cateter de quimioterapia em veia utilizar o cateter totalmente implantável. como não apresentava alterações relacio- central para infusão das medicações. nadas ao membro superior ipsilateral. Para o paciente em questão, foi realizada a colocação do cateter total- mente implantável pelo método mais ciente para o controle da dor, e houve comum atualmente, por meio da pun- necessidade de investigação diagnósti- ção da VEIA SUBCLÁVIA DIREITA e ca e tratamento adequado. posicionamento em VEIA CAVA SUPERIOR. Esse método é extremamente seguro e o menos invasivo possível. O procedimento foi realizado em sala de cirurgia com verificação dinâmica do seu posicionamento, por meio O tratamento clínico não foi sufi- Pergunta-se: Que possíveis diagnósticos estarão relacionados à dor do paciente e quais exames complementares poderiam auxiliar no diagnóstico dessa sintomatologia? de radioscopia, e uso de contraste para Discussão do caso: definir com exatidão a sua posição. www.vitoriaaparthospital.com.br Figura 1. Ilustração de acesso jugular direito para implante de port-a-cath O paciente não apresentava turgência O procedimento foi realizado no dia 11 de novembro de 2008. Dr. Guilherme Crespo Núcleo de Serviços Oncológicos Esse paciente seguiu o seu trata- Outro motivo muito comum é a im- mento adequadamente, sem intercor- do Vitória Apart Hospital. plantação do port-a-cath com a intenção rências. Fez também a manutenção Co-autoria de Dr. Bruno Prezotti de permitir ao paciente que seja realizado adequada do cateter com o uso de Cirurgião vascular um tratamento em caráter ambulatorial. Esse paciente, que outrora deveria permanecer internado em dependências hospitalares apenas para receber infusão de quimioterápicos, pode agora ter seu cateter puncionado em uma clínica de quimioterapia e conectado a uma bomba infusora, para, em seguida, voltar às suas atividades cotidianas conforme orientado. Por haver risco com o uso inade- quado do cateter totalmente implantável, é solicitado que ele seja utilizado apenas para fins de quimioterapia. Entretanto, sabemos que o mesmo pode ser utilizado para infusão de todos os 28 Figura 2. Foto trabalhada de radioscopia com destaque para o posicionamento do cateter e da ogiva de implante subcutâneo em parede torácica à direita Figura 2. Foto trabalhada de radioscopia com destaque para traquéia e brônquios e com presença de cateter bem posicionado com contraste em seu interior VITÓRIA APART PROGRESS VITÓRIA APART HOSPITAL VITÓRIA APART HOSPITAL MARCA PRESENÇA EM CONGRESSOS No mês de outubro de 2009, o Vitória Apart Hospital marcou presença em dois importantes eventos. Entre 6 e 8 de outubro de 2009, a instituição participou da Expo ABRH, que aconteceu simultaneamente ao 21º Congresso Estadual de Administração de Recursos Humanos (CEARH), no Centro de Convenções de Vila Velha. O hospital montou um estande, realizando 582 atendimentos. Foram oferecidos serviços como avaliação nutricional, aferição de pressão e verificação de IMC (Índice de Massa Corporal). O outro evento foi o 7º Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares e a 4ª Jornada Capixaba de Neurologia, também em Vila Velha, de 22 a 24 de outubro de 2009. O hospital participou disponibilizando quatro pontos de acesso à internet aos visitantes. TRÊS NOVOS CURSOS EM 2010 O hospital se prepara para oferecer três novos cursos a partir de 2010. São especializações nas áreas de Ortopedia, Coluna Vertebral e Coloproctologia. Serão cinco vagas, com duração dos cursos variando entre um e três anos. As inscrições tiveram início no dia 9 de novembro de 2009 e foram encerradas no dia 8 de janeiro de 2010. O processo seletivo será marcado por provas teórica e prática. A previsão é de que os cursos tenham início em fevereiro. Mais informações: (27) 3201-5526. CAMPANHA DE OITO ANOS DESTACA SERVIÇO COMPLETO Uma supercampanha foi preparada para comemorar os oito anos do Vitória Apart Hospital. O material de divulgação é composto por outdoor, VT e anúncio em jornais e rádios do Estado, além de veiculação em revista nacional. As peças foram criadas pela Set Comunicação e destacam o fato de o hospital ser o único do Estado a oferecer um serviço completo. VITÓRIA APART HOSPITAL FA Z PL ANEJAMENTO ESTR ATÉGICO 2010 -2014 O Vitória Apart Hospital iniciou as atividades para a elaboração do planejamento estratégico 2010-2014. Todo o trabalho está sendo desenvolvido com a consultoria da Fundação Dom Cabral, centro de desenvolvimento de executivos, empresários e empresas que possui mais de 30 anos de atuação. O primeiro encontro foi realizado no dia 26 de setembro de 2009 e reuniu sócios, diretores e gestores do hospital. ESCOL A PROFISSIONALIZ ANTE BENEFICIA 10 0 PESSOAS O projeto Escola Profissionalizante do Vitória Apart Hospital beneficiou 100 pessoas em 2009, até o mês de novembro. Foram oferecidos cursos nas áreas de Farmácia, Auxiliar de Lavanderia, Nutrição e Hotelaria. Ao término dos cursos, 14 alunos obtiveram contratação. 30 HOSPITAL RECEBE AUDITORIA PARA MANUTENÇÃO DA ACREDITAÇÃO NÍVEL III As enfermeiras Lílian Marques Woiski e Maria Elisa Brum do Nascimento, do Instituto Paranaense de Acreditação em Serviços de Saúde (IPASS), estiveram no Vitória Apart Hospital nos dias 26 e 27 de outubro de 2009. As avaliadoras realizaram auditoria para manutenção da Acreditação Hospitalar nível III. A certificação é cedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e atesta a qualidade dos serviços de saúde. NUTRICIONISTA VENCE CONCURSO DE ARTIGOS DA REVISTA PROGRESS A nutricionista Eliany Bahiense de Andrade Sousa, de 24 anos, foi a grande vencedora do concurso de artigos do Vitória Apart Hospital. Como prêmio, a profissional teve o seu trabalho “A análise da composição de dietas enterais completas para alimentação infantil” publicado nesta edição da revista Vitória Apart Progress. Pós-graduada em Terapia Nutricional e Prática Hospitalar, a jovem ganhou o primeiro lugar entre os 20 artigos selecionados. PARCERIA PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA COM GÁS NATURAL O Vitória Apart Hospital iniciou uma parceria com a Dalkia do Brasil S/A. A empresa será responsável por toda a gestão da rede elétrica e de ar-condicionado da instituição, por um período de 10 anos. O diferencial ficará por conta da mudança na produção de energia do hospital, que será feita com o uso de gás natural. VITÓRIA APART PROGRESS