NUCOM - 23/11/2012 Processo Judicial Eletrônico (PJe) torna Justiça mais rápida e facilita acesso Uma revolução na tramitação de uma ação trabalhista, o Processo Judicial Eletrônico (PJe) veio para ficar. Integrante dos projetos estratégicos do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), o PJe visa eliminar os processos físicos e passar para um sistema único de tramitação eletrônica das ações. O objetivo é dar mais celeridade à Justiça e facilitar o acesso das partes ao processo. A ferramenta permite mais rapidez no andamento dos processos, pois várias etapas burocráticas existentes na tramitação dos processos físicos nas Varas, como carimbos e juntadas de petições, deixarão de ser necessárias. As “portas” da Justiça do Trabalho estarão sempre abertas para o jurisdicionado, 24 horas por dia, sete dias por semana, 52 semanas por ano, sem fila e sem enfrentar congestionamento de trânsito. Além disso, haverá uma grande economia de recursos, especialmente diante da diminuição na utilização de papel. O projeto também tem imediato impacto socioambiental, pois vai gerar uma economia anual equivalente a mais de duas mil toneladas de papel, 200 milhões de litros de água e 10 milhões de kilowatts de energia elétrica na Justiça do Trabalho. Outra vantagem é a maior facilidade que os advogados terão para consultar todas as peças do processo no sistema, o que poderá ser feito pela própria Internet, assim como a apresentação de petições onde quer que estejam e a qualquer hora do dia. Para atuar no processo os advogados necessitam da certificação digital, que funciona como uma assinatura no ambiente virtual. Ganhos - Na instalação do PJe no 2º Grau, no mês passado, a presidente do TRT10, desembargadora Elaine Vasconcelos, destacou os benefícios do sistema. “O objetivo é mostrar os ganhos com o PJe à sociedade e aos servidores, com o impacto ambiental, com a redução nos gastos públicos, com o enxugamento nos custos da atividade-fim da Justiça do Trabalho, com a redução de despesas com material de expediente, mobiliário, prédios para acomodação de processos e arquivos, etc. Tudo isso aliado a oportunidade de nos dedicarmos de fato ao que devemos nos dedicar: dirimir conflitos trabalhistas da melhor maneira possível. O PJe nos faz mergulhar no mundo digital nos apoiando para conseguirmos isso”, discursou. A presidente do TRT10 frisou ainda que muitos outros projetos estratégicos “conversam” com o PJe, o que o torna realmente integrado ao planejamento estratégico do Tribunal, estando todos comprometidos em aprimorar os principais temas relacionados à qualidade e celeridade, acessibilidade e efetividade, responsabilidade socioambiental, alinhamento e integração, eficiência operacional, tecnologia da informação e comunicação e orçamento. Acessibilidade - O gerente da implantação do PJe no TRT10, juiz Gustavo Chehab, aponta que a acessibilidade virtual é um ganho de tempo para todas as partes. “Os servidores e magistrados não perderão mais tempo para procurar, acessar e consultar os processos físicos, pois tudo estará na internet. Os advogados não perderão mais tempo ao entrar com uma petição, pois não precisarão ir à unidade judiciária e esperar todos os procedimentos, e poderá acessar o processo de onde estiver e a qualquer hora”, aponta. O advogado Renato Martins Cury,de Palmas, já utilizou o PJe e confirma que o sistema facilita muito as pessoas que estão longe de Brasília e precisam entrar com ações no TRT10. “Antes, eu precisava contratar advogados em Brasília para tirar cópias de alguns processos, por exemplo. Agora, com o PJe, posso protocolar tudo pela internet. Tudo está mais fácil e a eficiência irá aumentar”, assinala. No TRT10, o PJe está implantado nas Varas do Gama, Palmas (TO) e Gurupi (TO) e em todo o 2º Grau. Com isso, o Tribunal já atingiu a Meta 16 do Judiciário para 2012, que é implementar o PJe em, pelo menos, 10% das suas Varas. Em 2013, a meta é que a ferramenta chegue a 40% das Varas. Para o juiz Gustavo Chehab, o programa veio para ficar. “É uma nova filosofia de trabalho. Muitos procedimentos estão sendo obrigatoriamente revistos. No começo, é natural haver dificuldades, pois exige adaptação”, ressalta. Segundo ele, o PJe será instalado nas demais Varas do TRT10 quando todos os magistrados e servidores tiverem concluído o treinamento. Histórico – A Justiça do Trabalho aderiu oficialmente ao PJe em 29 de março de 2010, por ocasião da celebração do Termo de Acordo de Cooperação Técnica nº 51/2010 entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o CSJT. Em 29 de março de 2011, o CSJT, o TST e os 24 TRTs assinaram acordo de cooperação técnica para disponibilização de servidores para o desenvolvimento do sistema na fase de conhecimento. A primeira unidade judiciária a instalar o PJe de forma piloto foi a de Navegantes (SC), inaugurada em 5 de dezembro de 2011. No TRT10, a pioneira foi a Vara do Gama, em 21 de março deste ano. Em 25 de junho, a 1ª Turma começou a receber os processos da Vara do Gama por meio do PJe. O Foro de Palmas aderiu ao programa em 16 de outubro. No dia seguinte, foi a vez da Vara de Gurupi. No dia 23 de outubro, o sistema chegou a todo o 2º Grau. Balanço – Confira os dados do PJe até 23 de novembro: TRT10-1º grau Número de processos protocolados: 1.602 Número de audiências realizadas: 1.231 Número de audiências designadas: 665 Número de advogados cadastrados: 738 TRT10-2º grau Número de processos protocolados: 86 Número de advogados cadastrados: 139 R.P. - [email protected] Esta notícia já foi lida 918 vezes