ARTE DE GRAMMATIGA DA LINGUA BRAZlLICA D.4 Mi\gh KIRIRI DE GRAMMATICA DA LINGUA BRAZILICA DA NACxO KIRIRI CONPOSTA pel" p. Lnie Viucenoio Mamiaiii, da Companhia cle Jesus, e rnissionario q u e foi nas aldgas da dicta na+o. SEGUNDA E D I S k O publicada a expcnras DA BIBLIOTHECA NACIONAL DO BIO DE JAWEIUO. RIO DE JANEIRO TYP. CENTRAL DE B80WW I% EVARISTO 28 Bua %ova de Ouvklor 28 1SVV A0 LEITOR Os pmllemas de linguistics que modernamente preoccuprn os sabios de todos os paizes est% reclamando o conciirso das bibliothecaa. Livros que em sen tempo passararn quasi despercebidos, e que cuinprindo a sua miss& de manuaes se-esti*agararn e quasi pederarn corn o uso,-vieram a ser ern nossos dias urn thewuro inestimavel pela c6pia e authenticidarle dos documentos que encemam, peia noticia de POVOS que 8 conquivta extinguin, e pels de lingnss 011 dialectoa, que tarnhxn desapparecerarn ou se-modificaram radicslmente ao eontacto dag n a p e s civilieadas. Por isso eiitra na categoria dc born serwig0 & sciencia a divulgaqao d’estes thesourn, onde ao naturalista e-deparam fartos rnateriaes de analyae. A Bibliothcca Nacional do &io de Jaueiro, que teve a invejavel fortuna de conservar p i s lima das faces de s u a missgo civilizadora pondo desde j4 ao aicance dos especialistae a Grammatica Kiriri do padre Mamiani, d e cuja primeira e unica ediqao niio sabemos haja n e s t s Imperio outro exemplar, al6m do q u e pssue a mesma Bibliothecca. Convicto d'esta id6a, e enthusiasta dos extudos de linguistica publiclou o illustmdo SF. H. C. von der Gabelentz h a bons 25 annos uma tradncgao alleman da referida Grammatica sob o titulo de : Grainmatik I der I K i r i r i - S p m c h e . I Aus dem Portugiesischep des P. Mamiani ubersetzt I von I H. C. von der Gabelentz. } LeLpziq: P . A . Broekhazro. I 4852. 11 In-3.", de 62 pp. Mas 6sta vei*silo est6 longe de setisfazer aos exigentes amadores, q u e sem dlivida preferirgo o texto original do auctor, c am proprios sabios q u e lhe-podern notar b'oa ccipia de alteraq omiss6es. 0 SI. de Gabelentz, C Q ~ Qquasi todos os traductores, n8o poucas vezes illndiu as difficuldades de s u a ernpreza adultarando o t e x t o ; quando n8o poude traduzir, riscou. A reimpressgo q u e ora se-publica 6 pel0 contrario fidelissima ; n ~ omodifickmos sin80 a parte material da obra, g r y p h a n d o todos os vocabulos kiriris pars mais sabrcsairerq q o texto, I recursos, de que ella a c t u a l h e n t e dispae, filhos da intelligente sollicitude do Estado, e prova cabal de que o Governo do Brazil sabe honrar as lettms anirnando-as, e prestando-lhes o appoio official, q u e ellas ngo dispensam em parte alguma do rnundo civiliztado. a C i 5 L A w t o b 1877. I t t rn. S7?ir. X mais nada. Uma Ma parte desses vacabnlarios, o maior numero, foi mlleccionado pel0 sabio dr. von Hartius, e no 2.0 volume da sua obra &itrap zur Ehaolgraphis uwd Sprw&dwn& B r d k r a s , sob o titulo de G h w i a I$%guomm Bmcsilienoiumse acham reunidos, n’uma tal ou qual ordem p r familiw, cercade 80 vombularios sem contar os da familia TUPI e o @ALIBI e seus mnnexos. De grammaticas nada absolutamenk exista. Constitue verdadeira excep@o a grammatica de LINGUA K I R ~ R Ido padre Mamiani, e v. s. presta vedaddeim e bom serwico aos estudos linguisticos, reimprimindo m a varam %adem dquiaam das linguas dos primitivas incolas do Brazil. A f h essa grammatica sd ~ m o nos ticia de algumas observaq3es grammaticam mbre a LlNGUA IN)5 BQTOCUDOS pel0 antigo commandante dois Indios, o coronel Thomaz Guido Marliere, que, p l a maneira com qrie se houve com as tribus (dictas) mais ferozes dos nossos serims, hem-inereceu da humanidade. Com esSa defieienciade grammatias, e coma escacez e pobreza dos vocnbularias existentes t! i m p w sivel decidir s,e difinitivamente eiwn a i l 0 como dizem, as lingrias falladas pelm abosigenes Bo Brazil, ou se de facto todas ellas se podariara r d u z i r a ineros dialectos de muito poucas linguas matrizes. & expressivo o segiiinte trecho de Gonplves Dias, e citando-o ficam implicitas outras citaq%s, (Tomr, XXX da Reuiau do It&. Hist. pag. 45) : K Era a primeira differenca (entre os TUPLS E TA- PUYAS) a linguagem de que usavam, se ngo .emm differexites .dialectos e tiio variados entre que chegaram a ser numeradas pela SUB diversidade. (3s TA- XI muitos, disse o auctor da N d i c i a : dividem-.se em nacaes quasi iunumeraveis, 1&se na V d o do Padre J&o & dlrneida; mas quando querem preaisar de algurna f6rma a sua quautidade, calculam uns as diffemntes naqaes em 69 e outms em ‘76. Contam rnak de 1 0 linguas, escreveu o auctor das Aro6icicss GUT~USUS,e todavia referindo-se a informa9es dos indigenas eleva esse numero a 1%). E tanto disecrepam nest& ponto que s6 no Amazonas reputou o padiw Manoel Rodrigues haver esse nuniem de 1%) n a p s . ; e mais de urn ssculo depois o padre Vieira suppunha existirem ainda n e s e rio 7 0 nttqiies! 1) ~ U Y Ms& Has j&o abbade Rervbs, ww obstante apmentar na sua obra urna h t a de 51 n a p i s 011 h g t w do Brazil que se diziarn distinctas, e mais ou menos diversas da LINGUA GERAL, tinha emittido a asserqao de qve em ultima analyse as lingoas matrizes se reduziarn a 4: ABAUCAHA, GUARAWE, KBCHUA e KABSBE. No meii mold0 de ver, pmitta-me v. s. diel-o ttwrante cakmo, o KARAIEA n8o 8, nem p&de ser lingua matriz. Yediante algum estudo que delIa tsnho feito, (e que sinto wao ter podido aprofuntlar), ells se me apmenta como uma mistlira extraordinaria de mnibs dialmtos de varia procedencia ; 8 uma verdadeira giria, ainalgamada de diversas dialecbs, que ora npresenta mnitas phrases, de radicaes e v o m diffewntes, para exprimir a mesana cow%, ora absoluta falta de designaq&o p y a ontras cousas. uma embrulhada tal, que apenas se p6de compamr corn o que se ouve em cei*toscirculos do Ria de Janeim, onde s o mesmo tempo, na convema@o em portuguez, vai umlt phrase ern iuglez, outra em italiano, urn pedqo em hisganhol ou nllern8o, e t u b isso mais ou menos alinhayado de gallicjsmos. . XI1 Reduzidos os diversos idiomas fallados na America do Sul a 3 linguas matrizes, isto coincide at6 certo ponto com a divisgo das ragasfeitapor Alcide d'Orbigny, que distribue os povos primitivos do continente sul-gmericano p l o s trez ramos qiie elle denominou : ANDO-PERUVIANO, PAMPEANO, BRASILIO-GUARANI. Assim como essas trez r a p , mixtiwando-se em diversos tempos e lugares e em condipes differentes, prodiiziram grande variedade de tribus e gentes, mais ou menos modificadas, at8 segiindo as condigi3es gecigraphicas, do mesmo modo e parallelamente devim desenvolver-se numerossimos dialectos. Ha porkm lima considerag&o importante em relaPO As trez linguas matrizes, e vem a ser que entre as trez linguas ARAUCANA, KECHUA, e GUARANI (que parece mais razoavel denominarem-se CHILIDIGU, HECHUACALLU E ABARE~NGA) existem mais affinidades do que entre qualquer dullas e certos dialectos ou lingiiav falladas no interior da kmerica do Sul e nos sertoes do Braxil ; talvez o CHILIDUGU esteja entre meio do AM~ ~ E ~ N eGd A o KECHUA-CALLU, e p6de tambem ser este urn descendente do CHILIDUGU. Asserpes definitivas s6 poderiam ser emittidas depois de estudo comparado das trez linguas r: depois de longuissimo labor ; tiido por6m induz a cr6r que essas trez linguns se reduzem pelo menos a duas matrizea. As linguas dos Pathgoes, Guaycori\s, MOXOS,Chiquitos e outros entretanto apresentam characteres differenteq das trez moncionadas que auctorizariam a supposicao de um outm tronco de linguas differente. Si por ventui a se reconhecesse qne existin essa terceira liugua matriz tornar-se-hia completa a coiucidencia - . . I das linguas com as Pacas, reduxida a trez por d’Orbigny. os linguistas condemnam, e com effeito nm 6 (le rigor, a opiniso de que a mesma raqa presupponha a mwma origem linguistics ou vice-versa. Mas na America do Sul apresenta-sa o facto com bastante plausibilidade e 6 quanto basta. Ainda mais do que ism. Essas trex linguas matrizes a p m n t a m , al6m de tudo, tal character de affinidade entre b‘i, que nil0 seria de admirar, que depois de profundo e aturado estudo, se reputassem provir de um mesmo tronco primitive, inais ou menos modificado posteriormente em algum das pamas priacipaes ( por exemplo o KEcauacaLLu) at8 p ~ r conguista de povo estrmho. A grande differenca ~ Q S dialectas 011 linguas oriundas, bem oonsideradas as derivacw e transformagies, em nade invalidaria a promdencia de fonte commum. Por rnuito consideraveis que sejam asdisparidades de dada lingua americana para corn outra lingua americana, ellw nido sa0 jamais t%o profundas como as qne se dao actaalmente entre o prtugnez e o allemso, 011 entre o hispanhol e o sueco, QU entre qualyuer destns e o grego moiltmo ou o hindushani, que entretanto filiam-se todos ao grande tmnco dns 1ingua-s indo-eurofias. At6 mesmo o character das liiiguas americmas 6 tao pmnunciado e distincto, que na sua maior generalidade os linguistas considerarn esses idiomes coiao de typo especial, inteiremente diverso, por certa physionomitl sui p n . i s , das linguas do continente antigo. Fj assim em relago As lingues tambem serh PIausivel admittir-se um tronco commum donde proce- XIV dam tadas ellas, justarneiite como em rela@o gS raqas 6 acceihvel o typo americano como inkiramente distinct0 do europeu, do africano, e do chim. &jam pois quam forem 0s defeitois da classificaqao feita por Alcide d'orbigny, na sua geaeralidade ella B justa, quer em rela?& hs rac$s, qiier corn ~ ~ p ehsi t ~ linguas. Dessem-s ou n w dessem-se imrmmigi.ages do mundo antigo em p r i s a s eras, t i v w e hawido nao csontacto e induencis de owLm ~ Q V W mbra .~h% tpibus a m e r h n w , subsisb.em p(5 a que qaier que mja, que chamczeteliaa o arnerimno ern rela@& dlho de outras ~ e g i & ~isto , niEo s$ mmo individuo da familia humaua, mas ainda corn@iudipriduol pnsante, cia-%, falla de urn f e i h di@eeren@ par phiwe onde em g e d f a l h o v @ r b s u b t & n t i v ~ Apre&?das . os €actas coni0 devem %-lo, si ethnographimmeents ou tiw chamcteres nib distinguisse colas do Brazil no seu B c i ~ r a p , mm elk enrtrstanfie reptimas aqui que a dlstingnern-no [ o amei<cano) de todo e qualqiier outro povo da terra &I estmcbura e rn ehsmcteres phgsiew;, p ~ r hrnnito mais ainds a constituipLo de seu espirito e do seu character rnomi. M 0 sr. dr. Wappkcis dime na sua gmnde e h m wripta obra sobre o imperio brazileiro: independentes (n%o civilicados do uem ern numem extrzcodinariarnenk prande de gentes (povcrs) ou t r h u s e hordas, que corn - - imperio americanp. Guiando-se pois o proficientissirno professor tie geographia pelo traBalho de Martius, n a classificacso ethnographica dos incolas do Brazil, necesskriamente devia reproduzir as opiniiies do sabio fallecido htanico. Antes de Martius nada de cla.wifica@o dos indios do Brazil, que em geral eram e sm<differenpdospela mrtioria, dos escriptores em TUPIS e NXO TUPIS. Goncalves Dias reproduaindo a opinigo geralmente acceita, e adoptando a denorniua@o quasi sem discrepancia admittida, eomprehende sob o riome de TAPUYAS todas as tribiis iado tupk. h quaes se attribuetn tanIinguss guantas M tribus, 011 quantas as hordas. A denominacilo at$ certo pouto =ria adrnissivel; tupyi 110 AEARE%NGA significa adversario, e sendo os TUPIS, ou os que fdlavam o ABAREENCSA,predominantes pm toclo o imperio, era natural que denominassem m m o entonamento do ciralr S"omamts.a todo e qualquer outro govo de q y i (lowtit). Mas por outro lado 6 inexwtisima a exprwsib. Niso s6 n'essa denominaqao, excessivamente generim, podiam comprehender-se gentes de charaeteres e linguas miiito differentes entre ai, coma tatmbem de facto foram incluidas outras que fsllavam a LINGUA GILBAL, que pertenciam portanto z i m e m a familia. Os TAPUYAS de que tmcta Roulor Baro fallavam B L I N G I U A ~ E R A Le pertenclam realmente ao tronco BRASILIO-CSUABANI. A diccao tapyi tem extrema pareeenca eom tanmi ou lortrdi que significa avd, e Tarnoyo era o nome dado iors indios de Ganabara e Nyterdi pelos seus inimigo; de S. Vicente, Piratininga e Espirito Santo. Tapyi e lupi serviriam pars designar em ABAREGNGA o pntio bravo e o p!atio m a w conforme a maiieira de que t5 aquella cuja grammatica escreveu o padre Mamiani. E- ainda e s6 corn Martius que temos de entender-nos, pois que s6 elle 6 qile tentou reunir en1 familias as diversas linguas mencionadas pelos historiadores e viajores. 0 sr. visconde de Porto-Seguro niesmo n a sua Hzsdor i a pral do Brazil considera principalmeate a grande familia que fallava a LTNQUA QERAL, e faz apenas men@o muito perfunctoria das outras Q tribns de nacionalidades differentes que no grande territorio . . . . . formavam.. .. como pequenos oasis ilhados e sobre si. )) Para o sr. visconde de Porto-Seguro, assim como para Ganplves Dias e outros que escreveram das indios do Brazil, os NXO TUPIS eram TAPUYAS e ainda mais c( af6ra a lingua, nenhum caracter essencial nem corpore0 os distinguia B diz s. ex. Os TAPUYAS G. Dias entendeserem do tronco PAYPEANO de, Alcicle d’Orbigny, os verdadeiros autochtones des regises brazilianas, perpetuos inirnigos dos TUPIS, B r a p conquistadora, menos bro tal e barbars, que mais ou meuos os foi levando de vencida, e rebatendo. Discordando de Alcide d’0rbigny qne faz marchsr as gentes BRASILIO-GUARANIS do Siidoeste para Norte e Leste, elle o faz oriundo das regi&s amwonicas, donde veio ppla costa rebatendo os TAPUYAS. Os TUPIS tinham uma s6 lingua com poucas variantes nos dialectos, e os TAPUYAS cada tribii cada lingua. G. Dias n8o faz classificagso dos TAPUYAS, apo,nta apenas varias tribus corn0 G O Y A T A K ~ ,P A P A N ~ , AYMORB, MARIQUITO, PATACIIO, PUBI, etc, sem coordeKIRIRI, s . na-10s. UILS corn 0.6 outros; e nada dix de precis0 a, mpeito dos idiomas. I T XZ 8 . d G P A N ~ A ~da Y serra do mesmo nome no BioGrande do Norte, aldeiados em Gramacid. 9.0 os UHAN e VOWE ti martram esquerda do S. ranclisco, entre os nos Moxotd e Pajehd. 10.0 Os* I T A N H ~do Cearti, aldeidos ein Montemilr NOVO,hoje BaturitB. . B passive1 nos estreitos limites d s t a epistnla iaer tudo quanto i m p o r t ~ a ,L&I s.6 em re la@^ b hodas comprehendidas sob s denominago generic& GUCP, e 05 dialeetos que fallavam, mas tamban guanto aos lagam que occnpavam e aBnidades qiie apresent’im corn outms tribns. Hem mesmo ha lugar para scib os qriaes se apresentam as das no tionco GUCK, e SW tranw corn a mesma orthographia que vern nos lirrhs de EJartiuq. Elle mesmo declara que n& ssbe m ewes nainw s’ZL0 partenceutes h L ~ N G U ABERAL ou a outres e h d e b iiidios Quck. Apellay db o motivo da dmigm5i.o generica de GUCX, CUCQ 011 m,que eiplica o nome RIRIRI que B da L i t i t x u GERAL e quer dizer tmitwsw, trisu [~ds~~eigwm, trcszwigj. 0 signifido @rBm mds proprio de kiriri 6 !&Q, ph, d m , 0 que’se s p p h corn propriedade a mses indias que o’ proprio Mmtins d i corn0 velhams, falsm, dmonfiados e n83 guerreims. Podia tambem esse nome de*ivar-se de ky+ykyry Byueiri%, mtllefirh ou de kyr%pF, psywc. A designqo generica de GUCL oil tilo, dia Nilrtitls qlle, a d o @ ~ i pari\ estes i n c h por SQS characteristim em nYuitas tribiis o grande respeito AOS bias, qcie e r m QS prohtums, eonwlheiros lintas, e mesmo XI11 mer0 de individuas, a0 inenos pela extensgo do caminho percorrido. As perigrinapcJes destes Gucbs alcanp m as serras donde brotain as cnbeceim do Orinoco, e deserevendo urn extenso arc0 pel0 district0 do RioNegro, o rnais oceidentgl des confluentes do Ammonas dentro dos Eimites do imperio bswileiro, seguindo pel0 Madeira vslo at6 0;s Msxos nas alturas dos 17" grhos de latitude s u l ; do lado contrario, para as partes orientaes d s continente, encontram-se farnilias aparentdas nas seprm, que demoram entre os ria S. F P ~ ~ C ~ e Shrnahyba. CQ Consideremes esb dilatada derrota por entre meio de o u t m povos niimemms e figuivw-se-nos-ha tima corrente pelagica (gdfsmm} no ocean0 das gentes sul-amerimnas, pals qual vam 1120 uin p0pr0 n u r n e m , ernvel, por6m h de uma raqa antiga, mistumdos m m muitos outros povss. B j&mais680 apresen tados corn characteres perfeitamente distinctivos, quer quanto S estrlictura physica, quer pel0 lado moral e costumes, quer corn respeito & lingua. Os GUCIC, que von Martius suppGe originarios das Guyanas e do Orinoco superior, SBO por elIe filiados ou aparentados 80s MAYPURE e TAMANACO. Entretank Gilii dB estes dous povos cnmo distinctos e adversos e at6 a lingua dos TAMANACO elle considera coin0 dia. lecto do KARAIBA. JS se vi2 aqui a incongruencia. A extensao territorial por elles parcorrida chegn apenns ti provincia da Bahia para o lado do 9211, entre-’ ta:ito n regularmos pel0 nome vainas acha-los em Santa Catharina onde ha morms com o norne PIRIRI. Von Martius descreve os BUCK como r a p das mais feias e mnis embrutecidas das indios. Mais delgados de corpo e mais fracas do que os B O ~ ~ O C U D Omenores , de estatura do que os ~ 2 ,com ulna car mais amarelIada-escuru do que propriamente c8r de cobre, elles se approximam, tanto pelos characteres physicos como pelos moraes, aos MOXO dos sertws orientfles da Bolivia. Nos dialectos fallndos pelos GUCK von Martius acha semelhanca corn a lingua dos MOXO; e afinal elle os piiitn como covardes, briit?s, traiqoeiros e velhacos. Quer pelos characteres physicos, quer pelos moraes, e tnlvez ainda peIa feicso da lingua p d e riam elles ser considerados como pertencentes ao tronco PAUPICANOde Alcide d’0rbigny. Entretanto quando mais adiante von Mariius tracta tlos PASS& que elle considern como uma das melhores gentes do Brazil, filia-as ao m e m o trouco Guca I isto 8, na mesma familia PAMPEANA, n’iima das m d s iadios inais bonitos do nlto Amamnas, que se distingukam par fdrmas mais correctas e bein talhadas, por tracos physionomieos rnais expiessivos e intelligentesn por charaeteres moraes mais elevados, por costumes e habitos de vida, que denunciuvam estido meiios a h sndo, p&de-se dizer uma sdwjaria meio-ci&, iudios emfim, que elle entende seerem t%o distiuctos dos do sudoeste do Brazil como o europeu differe do mongol. Ma confrontaGao dos dialectos B iqcongruencia B ainda mais notavel. Evidentemente pelas amastras .qne vem em Gilii e reprodnzidas 110 Yithhridatn,s o TANANACO approxima-se extremamente do KARMBX, e diffrre do YAIPURE. Se pois o KIRIRI se approxima de um necesssriarnente arreda-se do ontso. hlfm disso von Martins, como j& viiuos, estabelece pnrentesco dos dialectos dos GUCK C O I ~a lingua dos MOXO. E debalde, portanto, que se pretende mriltiplicllr a divisao das tribus arnericanas sem motivo plausivel nem fundaniento, quer nos chwacteres ethnographicos, quer na 1inguage:n. 11. uniformidade do t y p ~american0 perinaneae e subsista em eo!ifronto emu. as outros typos, e as differencas que b p ~ ~ e ~ hentre tm si os diversos povos SBO apenas variedades, e nao s80 inaiores que as que apresentam povos da mesina familia indo-europea entre si, e ainda mais 05 veriegadoa povos asiaticos. Ar, simples condicoes geographicas, como o pensaram von Hunibolilt e Alcide d’orbigny, stio s d c i e n t e s para daterrninar as differenys que se supp6em coilsideraveis, e que bein examinadas nao no SLO effectivamente; as simples condicoes geogi3yhieas, quaiido sade,,mais iqiporteiu, acarretani dif- xw firenpas no modo de viver e nos costumes, que paul&naments influem na organizagao e na indole dn populaclao. Pouco mais de trez w u l o s tem deeorrido dmde a descoberh das t e r m de Santa Cruz, e entretanto o luso-arnericano do Par& ou do Cearh j h se differenea bastante do tuso-americsano da monternhcm . provineis de Minas ou das teerrar p r o p ~ i o u d m e n t e frias do Rio Grande do Sul. Von Martins 6 ern gem1 austero pars com as r a p s srnericanas e as votou a completo exterminio, como inmpazes de pmgresso e civilka@o. Mas isto parecz ser ulna prevencao, unia tendencia pmiuncitsnls de eerbs aspiribas, que entretanto se esgoeeern (le olhar para o velho eontinenta., on& se desen. volveu a k%o p r m n i a d a e i v i l i z q ~dcps teinpm inoderncs. L B mesmo, como &e vi? 1101s rnonamen@s kistorims e nos eseriptols das gentes cttlhs, falla-se de innumeraveis povos nunca civilixados, que trinh:zm variadissirnas Iing;rzas, e qire bmbern aiada transmittiiram i pastaridade e l h do nome, wmo 6s amricmos. Lb eram e inntimeraveis as g e n m barbaras, para SI quam nem ssquer raioti urn dia polar de CiVihZ@Q, uma fram Iuz de eulturs intellectual, e que deaapgarecerarn sem deixar vestigio de siita passagem ria historis. A ptwvengo 6 tal que o sr. viseande de Porto-Segnro ( a c ~ r d ecorn Martius no menos-preq que fila (10s indias) diz que {SIisl~riaGeml do Drasil, pag. 110, T. 1.0) 8 nos pmprios nomes das rios s e dscobria sua curteza de ideias B pois OS denomiuaram Q vermelhos, negrm, Pretos, elaros on brancm e verdes. B Mas a mes4 ' XXVII I xxl-111 i o vermellio, co’rho em respeito a0 amnrello, &o brsnco e a0 preto. Estas considerap%porBm sSo muib fora de ordem, e ngo vein a proposito para o desempenho da tarefa que v. s. me iucornbiu. Tractemos pols da lingua KIRIRI : Nao tenho maiores conhecimentos das lingua8 americaiias, nao sou versado no CHILIDUGU, nem no KECHUAKALLU (e ainda menos na AYMARA, que parece matriz do KECHUA) para estabelecer comparacio do KIRIRI corn ellas. Limitar-se-hao pois as consideracaes sobre a lingua KIIIIRI em comparal-a coin o ABABELNGAou a LINGUA GERAL do Brazil e do Paraguay, que me foi possivel estudar um pouco. Nil0 B licito affirmar cathegoricamente que o KIRIRI seja no rigor da palnvra dialect0 da LINGUA (IERAL; mas apezar de apresentar elle na parte lexica grande numero de diccoes que parecem nao pertencer h LINGUA GERAL, apezar de algumas dissemelhancas no modo de construir a phrase, reconhece-se que no character geral concorda com ella, e B corn ella aparentada. Cabem aqui os dois trechos deGandavo que Goncalves Dias cita nil pag. 26, e repwemos que elle B urn dos mais nntigos narradores das coiisas brazilicas. Os indios da costa, ainda que estejam divisos, e haja entre elles diversos nomes, todavia iia semeIhancrt, condicao, costumes e ritos gentilicos sao bdos urn. E se n’alguma maneira differern n’esta parte, B t i o pouco que nao se p6de fazer cas0 d’sso. N (( A lingtin. que fallain todos pela costa B lima, ainda que em certos vocabulos differem n’algumas partes ; mas I I ~ Ode maneira- que se deixem tins aos outros de entender. )) XXIX seq.nndo b trecho de Gandavo serve para admittimas o KIIURI sin- C Q ~ Odidecb, ao menos muito inffnenciado p l a LIKC)UA GEBAL. Vejemos pais um ~ e pcum s hgll&% KIRIRI. Primeimments quanto a phonetica: f d t a m MJ quasi os mesmos sons que fidtam B LINGUA GEBAL 011 BPASIL como sejam f, 1, & ( E hispsnhal), I" aspro, etc. 0 alphabeto qne o p.* Yarninni sttsibue ao ZCIPERI, exarniaado corn attenqils, vbse que n u direre do da LINGUA GEEAL. &be v. s. que pam nniformixzr a txscripta da LINGUA BBASIL foi propsto o seguints alphabet:) a, B, Eh, d, e, g, I&, i, 9, L, i>t, N, 6, CV, p, I", 8 , t , ti, 1, corn os sow que tern em portugaa e ern p r a l nas lingua de origeemlstina, corn dgumas prrtienlariddes zapenas n~ sons wpresentados pop & 4 j , Y. Vejamcs nniamente (ps s m s do ZCIBIRX, que parecem diEeerir da3 de LINGUA GEEAS.. A vogd D que o p." Mamiani diz tet um som entre-meio de a e e quipara-se mErivelments ao mom I da ZIIWUA GBRAL, que se aeha em bae (pwpositiva para fomar participias), tac. vae ( Mrrnas adverbiatx d w i v z t d ~de urn v e r b ] . & . paspositive he corn que se formavs participios, 6 hoje iisada pelos pamguayos neb f 6 m a hz para dmignar o imperfeito do indicativo. 0s sow tg e 6% prrwem sei- espeeiws a0 KIILIWI, oada inhibe de eoonsideral-os corn0 vari-s dialmtiem do &a, que na LINGUA UERAL &a como em portoguez e fi*ancez, mas en1 muitos lugarm como ern italimo (antes de e, i),011 eomo kdb. A pronuncia da syllaba final do prononie kt~pt da lingua KIDIDI RXD deve difTerir innnit? ds ds LINGUA GBRZL em &q -IIprBi xxx m, &a ha vam, que caboclas das antig'w aldeias pronunciami tcJla ka. Na LINGUA @REAL n$io dlb concornitancia de mnsoantes, nem das que se charnam mntas e liquidiw; no IIRIRI 6 freqaente o grvgo d ~ "[ks) e ~ n e ~ r n o p mmo d a d , swp&', mi&%, crotai, c-slir. crecrri, p i p ~ & & . Mas A O ~ - S Cqne (ES sons era, mi, pi, p ~ etc , podem s a contnctos de h r r i , kipi, piri, pi+, ek., que size frequentas na LINGUA BEIWLL. 0 mais que diz o p.* Mamiani sobile os sons que Q elle represents par e, L, gh, &, &, 8, ~ I distaaaeia o K ~ I U I da LINGUA GERAL; apenm modw de es.cpev~rdiffwentes. 0 som brandissirno de 6, que quasi desappareae nmo ns pdavra. d e ma, 6 qne tailvez nxo se ache na JNGUA GERAL. Ao i attrihcie o p.0 Mamiani 4 vomlidndes : A 1 .* de i vogal e a 3: o sam especial da LINGUA omlir. representado no rwpectivo alphabeb poor g, c m c ~ r d a m perfeitamentit? eom as grie figumm no dpbsbeto d e UW@UA GERAT.. B 2.a e a 4.a conhindem-ge, e no atphabeto da LINBOA ~ R R A L s a reprsenkdos y ~ l oj , o qual ~ Q exemplo T nas diqms j a p a ~ ,ojw, ajdrtkb s&a om mrno em portuguez ern jm&, 01% C Q ~ am ~ O dlernw emIa, j e w ou ern portugwz ern wim, ora pwitivnmente como d j 011 di, e afinal rzn FJNGWA BBUL desehhe naturalmente e 5 h a, C Q ~ Ose v6 mesrno no VombriIo @aguar=japas. 0 som representado POP w na grammatma de Mamiani corresponde at& eerb ponto no representado p r 9 na LIXGUA i m t A L , %s vezes p r Ss, e no vombdo ( a p m n t a d 9 coino eremplo ) imri e algons 0titro.s tanto como na LINWA a m A L e em outras lin g u m americanas. 0 relativo B sempre express0 pelas fdrmas do verbo no modo infinitivo e p r participiw, mediqnte apenas a adjuncgilo de umlt particula, a qual por vezes se redue a um simples som, uma lettra. Albm disso essas fdrmas de participio, medinnte outras particulas que 5e lhe junctam, saosusceptiveis de designar tempo. Por exemplo o que exprimimos pela palavra ldr'ao no KciiIRI 5e diz dicdcori e que furta, d i c e locrirf o que furbu, dicatoritll o qie farlarh ; n a L i N Q u A GEIIAL de identic0 modo se diz o-nuindar6-bae m que furta, a-ttwfidnr&baa-kukr que hrtom, o-t?iuRdard-bae-rci,nm (Me furtarti. Nas nossm linguas nao ha modo de erprimir directamente assirn: o ladrilo de hoje, o ladrno de hontem, o ladriio de amanha, ou For oiitra, o ladrilo qiie 6, que foi, que serh. Em KIRIRI nao ha designaqilo para genero ; para exprimir o numeir, grammatical ha apenas as pospositivas a e de, que ajuntndas B dicqao no singular, servem para denotar o pluraI. A mesmi.ssima coiisa se dA na LINSUA GERAL, que tem pospositivas da mesma natiireza, quer para exprimir o plural, quer para designar o genero. Mas apresenta-se lima singularidah no KIRIRI, que o differenqa da LIXQUA QERAL. Nests, 03 cams saio sempre express09 por meio de posposipOos ( e nso preposipaes corn0 em geral nas linguas, qne nso tern desinencias h maneira do latim e do grego), e eatas posposicaes L vezes encliticas (principalmente coin os pronomes), no cas0 geral ficam independentes e pospostas, por vezes pilo a uma ou duas dicpoes agglutinadas, mas h uma phrase inteira, D que regem. KIBIRI, 03 prononia, mas logo que se tracta de exprimir casos, n%o em relapiCo aos prbnomes, mas a outras partes d i ~ O I ~ ~ B O ellas , figuram c9m0 verdaileirw preposiqties. Assirn a poqposiciio 1100 (qtie significa in, ad, per, super, &grindo a grainmatica de Bfdnmimi, e que corresponde bastante Bs posposiqces bo e pe da LINGBA GIERAL)cSm 05 pronomes faz hidiomo, cdottio, idiomo em mim, em li, DeIEe, etc., sempre posposta; entretanto aos nomes 6 prepstit e ahi temos ,no crcl, em easa, mo arankid, Be 60, C~UJ TzcpG, B k u s etc. E& modo de emyreg;rr EI preposicso d6 umii feicao ao KIRIBI, que o arreda da LINGUA QERAL e o approxima do portugriez ; tambein 6 mais facil a v e r s o litteral entre PORTUQUEZ e EIRIRI, do que entre PORTUGUBZ e n LIXGIUA GERAL. 0 occusativo, ou o CSQ que exprirne o paciente da q i l o do verbo niio adtnitte posposicao algtima ita LINGUA GBRAL. como IIPO ndmitte prepo.si@o nas linguas que as tern, mas, segundo se vb da grammatica agora reimpressa, em KIRIRI nlo existindo v e r b activo, todos os c a w inclusive o nccusativo neceasitarn de preposicao. A meti v8r houve engano de andyse em Mamiani; o que elle coiisidersu como preposipilo regendo o n m e , B pnrticula que deveria ser adjuncta a0 v e r b , e na realiiiade em rez de .ser o verbo passivo como siippcis Mamiani, B realmente activo e em vez de por exemplo pdcri 110 dmnnrd significar hi m l o pr sen ifiimign, Bcrivel qrie seja arites p a e r h o dutwl.ci mnalen-m o seu imimigc. Estn. inversao do seniido e significapilo do verbo, do ritdical attributivo, e coiisequente inveraao da pnrticula revestida do character dbkrminntivo, parece que rleve ser attribuitla j& B, in- NO KIRIRI figuram posposiq6es cncliticas corn 5 XXXfV duencia e coptacto da lingua portugneza. -Ne0 p6de ser convenieniemente deseiivolvida eata, qut?stBo nos estreitos, 1imites”de uma CiErta, mas para que se note a plausibilidade da suppo;si@io apontaremos ainda a phrase mor&sit& carai do kipdsu, que Mamiani tradux lege vem o brama men BPB,,e que parece ser antes lrp v e l o brane0, o qwal C men a m . Neste ultimo modo de interpretar, o KIRIRI concorda em conslrucc&o com a LINGUA GRBAL e com as antigas linguas americauas, as quaes, como j& notkmos, nlo tem diccizo correspondente acgmi, pile, qud, e em vez d i m ha umas fhmas participiaes susceptiveis de tempo. No P a r a g p y o moderno, forp d o s aprasar em hispauhol e frqueutemenb obrigados a construir a phrase ti hiapanhola, j h admittem a dejusmonstrativa Lo e outras figurando de qui, quae, qd, tarnente mmo aquelle cla que vimos na phrase XCIRIRI. No periodic0 Lainbnri do tempo da guerra corn o Paraguay siio frquentes as phrases como esta: &zip%$ eo &edtd opa muttdo ygua, quemais que B vejam hdm @s Mitanles l o mundr~,lia q m l ha muikas diccoes e aiada cert3 torneio GUARANI, mas que j h nao B p h r a~ molde ~ da antiga LINGUA GERAL. Identica transformacao v b s e tarnbem iio TUPI Pallado no AmRzonas e o sr. dr. Coub de Magalhaes d& ualid para o relativo; esta relativo porem ainda conserva alguma cousa da antiga posic&o, o que vbse na phrase: iw inti %a rck6 ddh~irerekt5 uahd Id r tenhc o qne w e b tern, na qual asalh6, posposto 80 verbo, ainda lembra os participios antigos, ehamados alguns -substantives verlraes, formadss coin pospsitivas brae, W , I&, etc. Disse, influencia da lingua portugueza, poque XXXVI e desde jh mais importaconsiderar 6 o pronome, mormente o pronome pessoal, camprehendendo nelle nao s6 o pronome mas o adjective possessivos. Sao os designativos pessoues principalmente que d%o hs linguns smericanas certa feigao particular que .as characteriza ; e dizemos deeignatioou pessoaa em vex de pronomes, porque em muitas grammaticas fazem tarnbem figurar outros designativos de pessoas, a que uns chamarn artigos, outros prepmiqiies pessoaes, particulaa, etc. A primeira vista parece nao haver parentesco nem analogia entre os designativos peesoaes (charnemo-los em geral-pronomes) do KIRIRI e os da LINGUA GERAL. Assim n%o 6 porhn. Em primeiro lugar jA colicordam em ter o KIRIRI tarnbem duas 1." pessoas do plural, uma inclusiva, ootra exclusiva justamente corn0 na LINGUA GERAL, e em segundo lugar porque a 3.' pesson do plural pouco ou nada differe da do singular em qualquer dellas. 0 padre Mamiani apresenta o que elle chama 5 declinages do pronome, mas coin um pouco de attenqao vbse que ellas todas se i-eduzern a lima 4, e que as outras variantes sa0 devidas : ou a simples exigencias pho eticaa, ou t i mL analyse, em que se separam sons integrantes dos vocabulos attributivos, e se ajunctam ao pronome. Para se convencer dish basta examinar-se a fdrma ein que ficam' esses pronomes, quando em vez de se addirem a nomes, prepoem-se aos verbos para conjuga-10s. Esses pronomes szlo prepostos e integram-se com 0s nomes, verbos e outrail partes da oracao, is qmes se agglutiiiam justmeate cQmo a a CING~UAGBRAI,, XXXVlI s80 elles: hi, hi&, dzzr para a 1.. pessoa; e, ty, dz, para a 2:; i, s, se, ri, szd para a 3.'; t d m do singular. No plilral servem etactainente as niesnias prepositivas, ajuhctando-se no nome, v e r b , eta., uma pospmitiva qne designa plural. Esta pospositiva 6 ti em geral, ernpregando-se porbm de para a 1.' do plural excIusiva, e consepvandose o a para a iuclusiva, cuja, prepositiva B cu ou c (melhor k). Talvea em ultima analyse se reduzam a Ai 1. pessm, e ou a :2 pesma, i e s 3: p s o a , e i h pelas luotivos seguintes. A 1.' declinagao vai com Wtas ppositivns justamente: a 2: recebe om y para a 2.' pespoa, e toriia-se s para a ; : 3 mas os exemplos dados no nome mnM pga, e no verbo aruxcrd Icr pejo, cornep,dtdos p o p yogal, comparados corn B LINGUA GENAL fazem supph que eram names cornepdos por consoante elidivel ou transformayel como o t da LINGUA GERAL. Veremos logo que o i e s da 3: pessoa corresponden1 exactamente ao i e Fb d~ LINGIUA GIERAL. 0 que dissemos da 2.' declinagao se applica ainda com mais razito EL 3:, onde vem o nome &yd rnh e o verboieicd k ~ a g rque , it Ineu vi% 1180 comecam pela vogd e, autes pnrecem ser pasitivamente d z e h y S , dzeicd. Isto eonfirme a dicglo composta byribat@ prsh 10 fl construida exactamelite como na L i N o u a GIERAL, e atb corn a mudauca de dx (equivalente B 1 como veremos) para 'P. Para B 4: declinagao de nomes ou v e r b s comeW~OS por consoante, porbrn da claese dos que admitk m s em vez de i na 3.' pessoa, deve admittirsq XHXY 111 lima vogal eophonica. FinaTmente a 5.a declinapa indica que houve contracpo da prepositiva pronominal com a primeira syllaba do nome ou verbo; os exemplos dados por Mamiani s80 bird barriga, i qrml parece faltrmr uma syllaba antes, e ~ u damar que, a regular-se pela 2,' pessh, sei-ia d, por6m corn mais rwtir, ainda indica a falta de urna syllaba anterior. Fallamos na determinrrtiva tda LINQUA GEBAL, e, antes que vamos adiante, conv8m qzze a expliquernw um pouco, pois dahi dimanarn illages para mcistrar o parentesco das duas linguas. As dicGWs da LINGUA GBRAL todas podem se referir a drias classes. Uma, das que no a 5 0 absoluto a p e sentatn o radical simples e assim se ennservarn quando regidos, tsm 110 relntivo i lIlY3pOSt0, e no cas0 reciproco o tambem preposh. A ovtra, em que no cas0 absoluto o radical 6 precedido de 1, o qual quando regido muda-se em T e passa iL h quando relntivo, e a final a g~6ou q t b quando reciproco. Exemplo ela primefra classe 8: sy ou s y p t i i , que faz d e sy mnirha e&,sde sy tua mdi, abd-sy oatti das laomens ; i-sy miii delle O M delh, etc., 0-sy sua mIi. Exaemplo cla. 2." 6 : dub pai, che rub mrei p i , ade TIL^ bela pai, abi-rzib p i dmra laemm; Jtz& p i delle, W l a , d e , gub sei pi. Isto que acabainos de vdr coin dois subtantivos acontece do marno modo cam verbos, adjeetivos, at8 adrerbios e psposicoas. No KIRIRI qiinnilo o cas0 B absoluto de orclinario vem o radical simples, no caw relativo recebe o pronome de 3." pessoa i ou s (como veramos mnis adiante), e no cam reciprocn do. di, d u (pngs. 8, 62 de Mamiani). Mas d , di, du reduzem-se realmentc a d equivalente. KSRIRI do t da LINGUA GBBAL. E esse alein disso nao B sempre reciprow, e sim tambem b Telativo coin0 se v6 nos exemplos: Taspi ducdri hiiiosld que m a a M i a , Perd Bupdri 6umara Pdss qne aatrnu ~ I J irilaip. Em dalpdvi o d P. relative, ern dumara 6 reci p I'oco. Comnyatremos as par'l-icules pronominnes do KIRIRI ~ Q I I I as cln LINUUA GERAC. SXAGULAR I .a POss.QAS xiail1 t ...... prelxo.. 9.. .... Peowmm.... PLURAL N~Q ariaism opiniao alguma sobre a transformqii.0 e clerivapo das fhrnas de urn iclioma para outro, XL - porque a lei das mudanps das V O Z ~ eS suss significiic a s reqiier estudo mnis rniniicioso e comparado dns vwias linguas, qiie me uiio foi nem me serh de certo possivel fwer. Lembrmei apenas o qne se d& comos pronomes pessoaes dns lingiias vivas do ram0 INWEUROPEU, qiie entretauto descendeoi todos da mesma fonte. seguindo una. um cnminho, ontros outm. Como &e sabe, o pronoine latiuo illa gerou no francez os dois il e lt, no portuguez e l k e o, uo espanhol el e lo. no italians il e lo e n i u h q l i ; e quaildo em gem1 para formar o plural amrescentn-se urn s, o itnlian3 j a tem a Nrma ~ g l i ~ t oa3 ; mesmo ilk apenas ern case differeute, reprta-se 0 b m itnliano e 0 lfur francez embora 5 primeirn vista rnuito diverws. Levantlo-se a coniparae a outras linguas por exemplo 4s do ram0 TECTONICIO outras variacas mais consideraveis se achariani. Aqiii nas linguas AMERICANAS (a4 inatrizea pel0 menn.s) nem sabemos qiial B a mais antjg~, para della derivarmos as variantes, e npenas podemas ir ponllo par as vozes 'a d r se desaobrinios alguma lei de transformaFo e dcrivaca. Considerar uma como mnis antiga e a ella filiar as outras, sem o pdvio mtudo e confrouto das vozs e subs significacrn, B marchar ao acaso. 0 KIRIRI com tiido nHo pMe ser considerado lingua matriz, e ser5 licito para n 6 o consirlerarmo-lo posterior LINGUA C t m u ; mediante o confronto ja se nota alguma semelhaneu entre os dtuignntivos pessoaes do ICIRIRI e o que inscrevemos como pranomea de LINGUA GERAL. 0 k B aspirado e guttiirul no KIIITRI, po~* coneguinte B pwivel anssimilaqa ou a passagem hL1 de um para outro nos pionomes da 1.. pessoa hi, &, a n t o mais qunnto nesto ultimo o th que s6a como km franc= e portuguez, p&le tanibem &r como em a]Iem%oe at6 como rch segundo j n vimos antes. Na 3.4 p e s s h o s do KIRIRI coriwpoude exactamente ao h da LIPIC~UAGgnAL, tanto mais quanto nos escriptos prtuguenm esse h foi sempre represeutado por p. Afind na %a pesSQa lima das f6rmas do KIRInI 6 a vagal e, que entra tanto na prepositiva verbal cotno 110 pronome da LINGUA cmiiAL. Na fornm@io do plural, si bem que intercalaado Q sttributivo verbal, o KIPIRI tern para a 1.* pessaa @igan-m) o suffixo de, que figura no final da 1.. inclusiva e da 2.a pessoa do pronome da LINGUA GEIULL, e demais 6 a vogal find de 1." exclusiva. A l h disso, a, a outra designativs de plural dw pronomes em m m r , lembra o dernonstrativo a q da LINGUA BERAL, e que hoje B pronunciado.pelou Paraguayos sirnplevmente como 6 e at8 s6 a. 0 qne Mamiani denominou propriomente pronomes, SSO os memos dsigncbtivos pewxtes seguidos . de urna ~ O S ~ Q S ~ @ ou O , de urn deteerminetivo, que B elidido bdas as vmes que o pronome 6 agglutinado a verbo, nome ou a oiatro posposic%o. 0 pronorue dta 3: pessoa d, dd, d16 B o reciproao propriarnente, e j&vimos que reduzido 80 seu elemento radical d corresponde a0 t da fJrms thsolutta das dicc6es na LIWUUA GERAL., Ora nesta lingua os ~ecip~oaos s%o representadts por o para uma classe de diccaes, e por 9u ou ogn em outril classe, justamente quell8 em que n f6rma absduta w n ~1. W u n d o o proprio Marniani Servem de 3." pessoa, cor1Wpondente aos demonstrativos latinos hie, is&, il/h 6 XLII mittiria uma conjugagso coin OS pronomes aacusativos 011 pacientes nos termos seguintes : ch8 kat6 joga-me, jogae-me, jogou-me, jogitramme; nde h t 6 &a-te, etc., d kotd j&ga-o, etc., or& kot6 jt$a-raos (rams outros) etc., jand& kd6 joga-n~s (IUOS todos) etc., pmd& kotd joga-rm etc., i ht6 jmgit-os eta. Vejamos tambem como se comportam os substantivos, e confrontemos a chamada l.aD E C L I N A Q ~ Ode Mamiani com o qiie lhe devc corresponder na LINQUA GPRAL. PudzB evidenteniente 6 dic@o oriunda do pmtuguez. Tomando da LINGUA GERAL algrima que tenha semelhanca nas vozes temos pdi rdeiiho, pmj6 8 q y r , (3 medico eta., mas prefiramos pa%' qiie tambem parece ter sido recebida do portuguez e do hispanhol, e significa p i e padn. Temos em: KIIIBI Hi-pa&& E-pada3 1.9aa~a Hi-pad~&-& Cwpds&a E-paaZr6-a I-padaa-a N)1TUGuovEZ 111011pni LIWU G E W cFw pai teu pai d epi p i delle i pai nosso pai (de ab-outras) ord gai nm@ pai (de nb-bdos j a d e pai VOSSQ pai pad$pur; pri delles i pai Para o que o padre Namiani charna reciproco e do mesmo modo Montoya, Anchieta etc., temos em KIBW : di-padzti seu pai (delle )u delles, Llla 01 dellas), e na LINOUA GBRAL: 0 - p i seu pi etc. 2.' Declinapo: buscando na, LINGUA GERAL u q significido differente vem ad 9-cin o verbo byhyjd temer por importar certss reflexms. Montoya o d& neutro e conjugavel eom os prefixos a, 9.8, o e k ; corn os pronomes o faz substantivo chc kyhyjd meu tomor, mas em eseripto paraguayo e u o acho agglutinarlo corn o v e r b d r na f6rma seguinte, que deduzo j h comparada corn o KIRIRI: ximI Hi-ararerd pejo-me By-arancrd pcjas-te S-ararrcrC peja-%a Hi-ara~cr&i.e pejamo-rn (nb) C-armcrC& pejamo-ma (todas) Ey-araa&l pcjais-vas S-warerM pejarn-5e Si n3io estivesse intarposh o v e r b ar ntb phrase ter-se-hia a Mrma absoluta t d c y h j i kaoer, o tcmacr que daria che-rakyh~e' ou contract0 Ehe-kyht& (como d$ Montoya), la& kyhyjd, hekyhyjk Lemer delle, gu&yhyj/ reu ternor etc. A terceira pessoa hekyhyjk tem o h inicial representado por p pelos portuguezes, e que corresponde ao s do XIRIRI. Esta analogia do s corn o h vd-se bem na declina@o do substantivo: BBASIL I acabar ra-pdb Bo ucabado, aeabar o-pdb 6 acabado, delle ete. et& etc. elc. path t e ~ o acabar B classe dtxs d i m que ern o mlativo i e naio h, corn0 as mmqadas por t. A 5: declina@o B muito mais irregular. Na LINGUA GERAL ukd significa mrder; &so-no como existente d em composicm, mas jh encmtrei phrase intraduzivel si n%o acceitar-se o verbo &&d dwigar. A m h temm : Pdb na ~ LINGUA GERAL pertpnce Pam ultimar e& confronta@o da m n j u g a p no t e m p e modo indicativo, que Mamiani chsmna declin a ~ m , vamas apresentar a conjugaqlo do garandio na LINGUA GERAL, cuja pmpwitiva pronominal ainda fornece semelhanpa corn o K m m r . Sirva-nm de exemylo o verbo pwb (aeahr-ae, WP amhb). No gerundio elle se conjuga: gzti-p&a uabndtvme ea, aeahamh-te tu, o-pdbar wahdt~-welle, vw-pdh Boabnlmaa (a cuhs), ,p-+ XLVII aerbando-nos (nds todos), p-pdba aenbando-vos vds, o-pdbu aeahando-se cller. AO examinsrmos os designati! os pessoaes ou pronominaes Timos simultanearnente a conjugacao no tempo impropriamente chamado PRESENTE do indicativo. ($iianto aos designativos pessoaes falta-nos ape118s notar que o KIRIBI B comparativamcnte mais pobre que a LINC~UAGERAL e outras, principalmente o CHILIDUGU ; faltam-lhe em geral designativos especiaes para os pronornes pslcientes ou accusativos, dos quaes alguns szo chamados T R A N S I ~ E Sem muitas grammaticas. Em KIRIRI os designativos peasoaes servindo de sujeito, silo os memos servindo de paciente e SBO tambem os possessivos. Prescindindo de muitas outras considerapcjes que ulongariam extremamente esta carta, notarei apenas de pnssagem que no RELA'TIVO (NOME RELATIVO o chama Mamiani) est& em grande parte a construccao da phrase em KIRIRI, do mesmo modo que na maior parte das lingnas americanas. nesse modo de exprimir a relacao por f6rmas do infinitivo, e f6rmas que se podem chamar de participios, e a0 mesmo tempo na agglutinapao de cevtos radicaev attributivos, como os doze que menciona Mamiaui na pag. 53, que consiste a maim difficuldade da grammatica dessas linguas, que nao soinente carecem de casos, mas ainda silo pobres de conjuncpoes, e por isso nao p6dem construir periodoa de longa extensao, cornprehendendo muitas orupoes ligadas ou subordinadas entre si. Por isso em geral a phrase ern lingua arnericana em vez de formar um todo, corno nas linguas europeas, em que as circunistancias e modificaccjes SLO expressas por ~ dividida em tautas orap?s 'separadas q u a n t a os circomstancias, assemelhando-se por isso ao modo de dizer que se nota n a Biblia, e nos esxriptos hebraicos. Por n%o verem isto, e por quererem adaptar tb grammaticas europeas a mnstrucqiio da .phrase em lingua americana, B que os que escreveram grammaticas dessas linguas, e n u s e numero entra o p." Mamiani, multiplicam os tempos e os modos Jas verb'os, procurando particalas e formas adverbiaes para forjar tempos correspondents aos da, lingua europes, que fallavam. 0 snr. major Sympson, que ultimamente publicou uma GRAMMATICA DA LINGUA BBASILLCA GEBAL FALLADA NO PAR^ E AMAZONAS, levow isso ao maior apuro possivel, e arranjou tempos a v d e r para a, LIWGLIA GEBAL, pondo-os ein correspondencia corn os que constam das gr:mmaticas portugueaas. Aqui 1150 6 possirel, v. s. bein v6, desenvolver em algumas linhas o que vem deliasado em algurnas paginas da grarnmatica do ABAREPXGA,e tudo quanto B expendido corn menos c l a r a a se ressente da neeessidade de reportarmo-nos ao que vem mais dwnvolvido na mencionada gramniatics. Concluirei o que ~ O S O diaer S Q ~ E Ia cmjuga@o com a [email protected] de qne no modo inbnito, nos geruiidios, supinos, participios e verbaes est& o principal dos verbos KIRIBI, como das outras linguas americatias, e que o p." Mafiiani ahi B tleficieute, 80 &.so que superabunda fantasiando outros modcrs e tempos. 0 modo imperativo por exeinplo em nada se differeup do modo permissivo. Os preteritos e futnros multi- XLI nliados segundo (w: modo8 L mencionadas por Mamiani n a pag. 53. 0 modo conjunctivo a final 6 exactamente o gerundio tanto no KIRIRI como na LINGUA GBRAL. A differenpa principal 6 que xamiani faz figurar no conjunctivo tanto o gerundio que tem pospositiva, como o que tern prepositiva, e as gramniaticas da LINGUA GERAL s6 apresentam no conjunctivo o gerundio com pospositiva. A semelhanea das duas linguas d8-se pois ainda, no facto de wrem os inculcados modos optativo e conjunctivo apenas formas do infinitivo e do gerundio subordinados a uma dicqao (podihmos dizm - a um verbo) regente. A final concordam ainda no facto de serem ricas ambas em particulas da ordem d’aquellas, que Mamiani menciona nns pag. 53 e 91, particillas que os grummaticos nao podem comprehender nem nos pronomw ou preyosips, nein nos adverbias, verbos ou nomes e para ai qnaes, vbse qiie elles o sentern, seria necessario wear lima nova cathegoria grammatical, desconhecida hs linguas europeas. Mais ulna reflexao. Essas particidas que, do modo como as apresentam as grammaticas, parecem ser detcnnimtiaas corn0 os pronomes, preposicaea etc., realmente szo attrdbutrvas contractas, (qnasi sempre verbos) que se agglomeram a oiitras attributivas e coin ellas formam corpo, ou iLs vezes ficam separadas, milti regentlo-as immediatamente, e entao eonstituindo verdadeira phrase. . Ni lingua geral: (‘he bo-hasci-byb o-kud tenios em che a parte pronominal, em k6 o verbo ir e hob a pospositiva que o torna substantivo, ern byb lima das tzes particulas, em o urn pronomc, em tiiab o verbo - LI p a a p s e , e essa phrase 6 traduzida por Montoya a dia em qae tiiiha me detcrmiaado ir-ne pasaou-se. xs3a particula byb 6 de nm lado attribuktiva, pois EpreMnta o v e r b aleteminsr, mselver, deeidir, de outro lado determinative, porque na phrase f i g u r a como uma das pospositivas que modificam o rerbo. Assirn tambem a particula .pd do KIRIRI para nomes de vestidos, prancg, vestel, etc. ella leinbra o tab da LINGUA GERAL, que em certos caws muda-se em &, h&, gu& e significa em geral delha, mas tambem expl.ime o q ~ etaps, B qre veste etc. e o derivado ~ d b * r ~ p ; t . Dahi, em ICIRJRI 0 radical attributivo n’um sentido determinativo, com a voz por exemplo que exprimisrye algodiio, elles nLo diriain o meu algdFt@,mas o rlgodlo que mIe vale, a lunilnka r e u p de d$odZi@. Se do alpdiio a parte empregada fosse o oleo, diriam @ B ~ Iwmto D de algdiio, a m i a h h x de algodle, etc. Nem SLO s6 as particulas enumeradav na pag. 53 as que est20 neste caso; na pag. 94 vem outras de identica natnreza, que se parecem com as mencionadas em varias grammaticcas americanas e tanitnlbem nas da LINGUA GERAL, eomo meras partieulas de eleoncia ou reforqativas, mas que s80 realmente radicaees attributivos serviudo de deterrninstivos. Passemes b confronta@o lexica. Como nlko bnho vwbulario do K x w t r , e alkm disso as dic$Ges que constam da grammatica e do catechism0 na0 esmo emdenadas, limito-me a confrontar 56 aqiiellas que de pmmpto occorrerem. k t e motdo escaparm muitas dicqes, mas o pouco que apreseiito jir. serve para patentear o parentesco. Q proprio Mamiani indica que os radkaa do KIBIRI L11 arecidos com os da LINGUA GEBAL ; vizo niarcados, para iar, pelas respectivas iniciaes (k.) e (Ig.)os vclcade uma e outra lingua. (k.1 PpB, IVY (k-)PO. ambzi (k.)d a h , ambys (lg.) lado, tnlvez em composicao corn PW vir, dando ambyi-ti vir de Lado. amp?% (k.)fmatciro, anzboypyr (Ig.) o lado oppto, frtrtein. a n h a (k.)tia, ami (Ig.)prate. . anhi (k.)data, any (Ig.)alm, seabra. a d d . (k.) p t o , ur-w (lg.) frach de wlher, due Feleehr. azri (k.) ngalb abi (Ig.)aglelk (na costa), ubi c&Bellirtac~ (no interior). bnbask4 (k.) eweto, &bug (Ig.) o que se revisa, mhe ; te Q.) pospositiva de participio. b a d Q.) baaam, pak& (lg.)idem. h d i (k.) tmatc de penroas, pela primeim syllaba lembra ub& (Ig.)f o m . k d z L fms, ptg Fum. A troca entre p b nadda tein de iiotavel; dz pdde corresponder B d tanto mais quanto ahi figura a vogal especial y, e ~ Q ~ ~ F L I I ~ OB mui possivel que drd corresponda a 69. Adiante veremos dzu equipaeavel 8 ty, e no A~~LZQIIFLS 6 a p corresponde ao antigo y rgm. ResLa pois a traca das vogaes a e e. Tern-se aindabded (k.) eak l e imhmat4 : na (lg.) yb significa tambem CABO, j y r n t u h b . Em (k.) o genitivo segue-se ao nome que o rege, baekt! (k.)mbriroh, ykt! (lg.) i r Baais ~ mop. b a k (k.)d c a h , pyni (Ig.) pillar, calcar os pds. hRirib.$ (k.) pente. Na (Ig.)kyb piolb, kqb& catat ; . kybdb pale entre os TUPIS, e h i p a pente entm os BUAMNIS, LV b&" (k.) mrada, talvez de tybu-ttd (Ig.) o mesmo sen tido. bt? (k.) beira, B a segunda syllaba de ternbd (Ig.)beifo, e talvez o radical porque tena lembra uma das determinativas corn que se formam participios. bcbatd (k.) fomlefi da cabeta, veja-ae atyb (Ig.)fontes, que p6de adrnittir a conposigi-ioa6yb-e68. Note-se tarnbem o verbo atykteg entre 'cujas significqaes est$ o palpitar dns fontes. b?/ (k.1 P& PY Og.) PIS. by& (k.)cinzas, py (Ig.)p6, rdimento, tl bmnm, o u ainda ytg cisao. byke'jrefi mis may, yU (lg.) idem. b $ w (k.) irmla a r k my$, byby7 (lg.)idem. bd (IC.) brap, pd (Ig.) I&, c tambern tponen e P h . boc6 (k.) algilaeira, mbotog (lg.)tram matalobgem. bJ (k.) q i g a , vejam-se os verbos (lg.) bzir brtlar, byr levanfar-le, ereseer aspigar. bucupy (k.) freeha do milha, yb-ki6py (Ig.)pema de armre. btidaacd (k.) sepdhara, veja-se yby terra, tyb jam, tybyr sepullwra. bziibu (k.) erbaapa, lernbra kebtii, (lg.)lcve, lcviamo, boiante. Ainda hoje se usa de dum cab-s ligadas por uma corda, como duas bexigas para se aprender a nadar. bua'czi, (k.) freeha, qb-iiklj: (Ig.)h e h a longa. biwk (IC.) aio, debir (lg.)sodmmita, e debird nmalvadQ. biirelad (k.)paps, mbiresy 011 h e m b i r q (Ig.)aeodo. bur6 (k.) casea, p i r h (lg.)eonre, pelle, casea. edrai (k.) branco, idem na (Ig.) eayd (k.) moile ; a 1.8 syllaba B a mesmtl de kaumb a Iardc, na (lg.) cay? (k.)mahl ate certo ponto lembra k G mnhmhl (lg.) co (k.)fogagem, hd (Ig.)ardkr, queimar, e tarnbeha& comichb. Cot8 (k.)virote, tutzrg (Ig.)fmrar, e, o que fura. Veja-se acima o que dissemos a proposito de cudu e ecudu. Em portuguez temos CSSo e cotd ; o 1." Moraes ' e corn elle Constancio e outros derivam do arabe, mas 3 P Dozy niio no menciona ; o 2.0 cot6 (especie de espada curta) Moraes, e os outros com elle, derivam do francez couteau ; nso parece acceitavel esta etymologia, 0 propendo a crGr que cotd no portuguez procede de lingua americana, como niittgali, yircio etc. Usado em Minas, S. Paulo e outros lugares ha aindii o adjectivo vulgar cdd exprimindo curto e gross@, que me ,' parece tambem puro BRASILISNO. cramemu (k.)caixa, karamenazui em TUPI, ka~arnsngulli em QUARANI. or0 (k.)pedra ; notando-se que na (lg.) n%oha concomitancia de consoantes pbde-se suppar que CTO desdobre-se em coro e entiio compare-se a kurlib torrio, seixo. a w k b (k.) YBCCD,carne, Fmru-rod (Ig.) animal, (ou came de animal) eumpio. crobecd (k.) cuya, (a metade da cabaca, ou a c a b a p . partida). Wo TESORO, vem huricgua como nome de umns cabafas coloridas, e ptkh quer dixer abrir, part'fir, raelnr. en (k.) liquor, tykQ (lg.) c o w liquefacta ; confrontese dzu (IS.) agua coni ty (la.)liqwido, lymph. citcu (k.) lio, gQb (lg.)sau pai. A repeticgo das syllabas yugZib p6de servir para exprimir o plural seis pais. cudu (k.)joelho veja-se kotdg (lg.)jogar, donde junctura. Mamiani dit ainda ecudii jwntrs do corpo cuitnbd (k.) p6 que fer l a farinha; na (lg.)te p6, fariahr elc, e esta dicgi.o com o, pospositiva bdr ou pap. (qrtasi mmpre settl o c final) sighifica palbralcnta, larimh,so. (k.)wiii ; si o a, como diz Marniani, se pponuncia u o brandamente que se nso conhece, de poda $er quiparavel a sy (le.)mii, LINGUA W R A L t tanto mais quanto vemos na tornar-se h quando 6 relativo, e h j6 em muitas vozes mudou-se em s. Nao 15 pais esttanho que .m6 da (lg.) tnais uma vez se equipare o d jk.) d&& Ib, coinpasto derivado do precedente ; ~za (lg.)ha syy tia. dvW (k.) &io, tu& (le.)p i diffetwte, padrash e tambem 0 tlttsr. dzd (k.)desk, Ldi o mesrno significado em (lg.) (Az= f j h notarnos) L a c 6 (k.) wgm, reporb-se ;MJ radical de Mm&i, que Yontoya tradux por d m a r a l , Itmad@ etc.; o mollsweate de Lery. L k (k.)n,one,-M P (1g.j o mesmo signifieado. dzi& (k.) camcada nalher ; jS confrontm-se de aii ; ern dzkU evidentemelite a primeirn syllaba 8 parts pronominal e determinativa, dz6Jd p g e psis significar a m &i dell^, isto 8, L s mtm, clw i m h .ki p r pade pBtnuit. dzd (k.) mezhlaa, e ehnra, sssim coma dzri qya, wportarn-se a ty (lg.) liqsh, e mais uma vex vb-se dz equiparavel il 1 como dicczo deterrniuativa,porqiie ne (lg.) ternas y amp, e t y 0 qw d liqlaile, em geral. 'No TESOBO m e% ' 6y tambem C Q o~ significado de @Id@, SULEIAO etc ; dzo em (k.)sigiiificando beberagela, tisma, agprsxima-se de d=;u rgus. c i a (k.)mttieia, compare-se cmn teithhga Wluks em Gonplves Dim ; para mim & t@j?-riehd,fallam, &iaeres da Euh. 8 c emki. (k.) miatio, suggere alguma composicso corn o radical attributivo de ,%!cy (Ig.) Bpmlo, remove; na palavra vulgar de origem brazilica cambuquira gpellrs de aboboreipa, esth o radical ky lorolar, emcer, eriar-sc. Nota geral. As dicqoes corneqadas por e, com poucas excepcws pertencentes B 1" declina@o de Mamiani, SBO pela mdor parte das outras 4, as quaes sso regidas pela particule pronominal s; assim parece que o e quasi sempre 6 ccmplementar dessa particula dernonstrativa. etsamij (k.) p e r k , compare-se com lami% 011 tambi (lg.) avb. ewd (k.) rasto, o som de to 6 Fmparavel 80 lu no verbo ho (lg.)ir;corn a determinativa anteposh lNjde significar )or onale se hi. eyaprj (k.) csnleirar da mamdioea, (como diz Mora&, aparte que n8o pasaa nas peneiras) ; laup6 (Ig.)raiz, e si ey costuma ser pronominal ha taiiibem $in ou y'i que significa em geral i r v w e , e que figiira em yrnyrri mdeira, em /a@&- ou lkymbir, h a , (0que chainam vulg-armente einbim) etc. Assim pois c y u p (k.) p6de significar rria de fibras, a que nlo passa iia peneirn. he (k.) trips, 6 a ultiiua syllaba de t y j i (que Montoya escreve l i 6 ) bawiga, trip. hehrzi (k.) h m e o de pi@; yba (lg.)6 &cto de amwe, mas acha-st: tarnbem desigiiando amope, pim, erk ea mbeta de hcba ; ru tern iniiitos sentidos. hd (k.) fio ; em (lg.) pb fie, Cbn, mas em amandijd a l p l l o , a ultima syllaba ju suggere j o ou h6, e as immediatamente precedentea SBO comparaveis a a d i (k) algdim. Veja-se ainda kabijd pello, velle, peratrgem. e iod (k.) pie, lembra (lg.)y ric rgua, hd ir. LIX wnt& (k.) kcosrn ; jS notou-ie que o genitivo precede e no (k.)vai primeiro o nome regente : a l a b ta 6 primeira na dic@o da (Ig.) e ultima. diccao (k.); kuora na (lg.)significa buraeo, V ~ Q , e a" ou c13%Q significa naica. fitcci (k.) a&. Confronte-se h i (Ig.)hrinha, pi em geral yby-kui fl de terra, a&, ybby-kui-by a&d, @y-kui-tf peira. kydi (k.) hdw, n%o deixa de soar um pouco semelhante a Kati, n&@ chein, fekr. k @ 4 i (k.)pein ; veja-se ku& (Ig.)ou &&ti peneirada, mCalCiw3 peneirw. mamd (K.) palipdo lernbra o v e r b 1naan3,cspiu, faze? vcdI3lr. man3 (k.) inimnigo, significa em (Ig.)dosmlem, mtia, mas ha tambem I k ~ m a M t, qu'e b w a d ~ s a r d e r , alewdeiru e irimnigr. nac que significa BISO e geznipnp, em k., tem na LiNGUA GERAL o significado de masernilins, vas%@, hmmeis. marido, diz tambem inlnddr, mtlec. memtd (k.) ferm corresponderia a i ~ ~ c i(lg.) t d hemem forte. mi6 (k.)nilr exprime em (Ig.)prmtesm, e lembra tambern mo a prepositiva formadora de v e r h s activos. A l h d k o a ultima de hapd (lg.) miz, podia variar em 1180 e mu. m w r i (k.) mbipo; para se comparar n. (Ig.)dev&i se desdobrar em msnukivi, e entao temos formaGao semelhmte S que se vi3 ern bambukyrcr, e bukyrn ou bykyta em de py centra e k y ~ptrla, bits. n c d ~ ( ?(k.) rcde de pe%ea~, em (lg.)pyhd 011 p i p i rede; de. mais o serbo pyhy pegar, etlhcr pry?^ o substantivo .verbal pyhyhri m emlrm que ss emlS~. mmbi (k.)n n z ; discord;),pois irarrlbi ern (lg.)15 mrelba. I pecc~rd (k.) L l a m ; veja-se (lg.) brord wsnar, poncap. ! nh.upy (k.) vinbo de tnilho, sba semelhante a iupyr, com e s t h i s e bebidas. %hike Q.1 a v i ; iyM (Ig.)irmi mais velba. pepete (k.) palma do p i dh Namiani, quando d&by p i ; assim pepett? corresponde antes a py-pyte’ (18.)para o sentido de palma do p6. piid, rede (k.)derivado do verbo p i eslar, corn B pospositiva td apresenta uma formac2.o analoga a keha de ki dormir, a tupcib de t&b eslar, jam, a ini de I estar &itado, e lcehdh (lugar em que se dorm?), tuptib (lugar em que se esth sentado), ini (aquillo em que se dorme), todos trez tambem significam rcde. Pel0 som o vocabulo Q.) approxima-se de py16 (lg.) ficar, powsar. pycd (k.) banco, evidentemente comO a p y W (lg.)banco, assenlo. pueloi (k.)cachimbo ; considere-se pel9 (lg.) tabtco, fumo; pslijgua B o cachimbo, mas peljjyb B o lubo, a hasle do cachimbo. p i (k.) pcqueno ; notando-se que b, p , m (lg.) se alternam acha-se nessa lingua m i pcqucno. p y Q.) capim, t a p i i ( l g ) idem. pd em (k.) B olho mas na L i N G u A GERAL 15 mio, e significa tambem fibra, fio. Entre as dicqoes monosyllabicas do KIRIRI SBo muitas as que differem da LINGUA GERAL no significado, mcs entZEo acham-se estes mouosyllabos em outras linguas com significacao identica. pol& (k.) medonho, pljt? (lg.) escuri,’” Icnebroso. popd (k.) irmlo maisvclho, popor (1s.)no TRSORO vem coni0 brolar, mas a repeti@o da syllaba indica msis que brotar e p6de-se dieer no sentido de mais bmhdo, viyso. prewhd (IC.) figado, perib e perebi (Ig.) bago. TO (k.) vestido, veja-se lob (Ig.) folha, que conforine os (k.) dimleiro, iksjtib (Ig.)our@, mda, dinhein. teU (k.) acta, t y Y r (Ig.)im5 mais velk. tinghi (k.) canma Beeha, tingi (Ig.) eip6 mala-pdxe. tb (k.) a h , tQb (lg.)pi. tayz2 lidxi (k.) I mullier, a ultima syllaba lembra de U i , que jh comparamos a sy (lg.) ai; ti @de ser contracto de tepi, aullialL? 126 (k.) plpa, 6 a primeisa syllaba de tu8 (lg.),que se qidm I ; e 4. B primeira muda em mu%,hud. hi@,. syllaba de tu7 mimllor. tup& (k.) &us, idem ern (le.) ZLbd (k.)frueta, yld (Ig.) o marno ~ignificad~. waru6 ( k ) p w u d (Ig.)o marno signifi+him, 4 0 . (le.)o mas$ (k.) qwesde, ja.ni wd [k.) earnink, ko (Ig.) ir. w6 (k.) prmz, @e mesin0 signifisads. c ~ r ~ p c ) n d Be rzrb (Ig.) lembrando-nos que n w b lingua o b tfegenarou e u, e at6 0. word (k.) rmcmilhb, Jzorc' (Ig.)pat d e SQ hi. Como tem-se alongado de mais e s b mb,hnh+ mo-nos a canfrontar alguns v e r b , d os que meorrerem mais de prornpto. andi jk.) l a n p ~cheh, conc de l e a h m t d i (Ig.) eski d a d 6 b p i (In.) d a r d'eibde, gt(6tpy (Ig.) de smtada,. bohi (k.) ser ensj~do, sa& (Ig.)eisinar. by (k.) m m , 6 a segunda syllaba de jeby (Ig.3 r a h , Immu e entra em: byti ( k ) kraar, composto corn te vir. Date agundo vmbrzlo vbse, que m e m o no &.) by tan a significa@o de repetiqso p i s dh by ale now, I%vir. LXIIX (k.)qmeimar-sa 0 corpo, p6de-se reportar a to6 (1g.I arder, e M i greimar-se. ti (k.) dortnir, pde-se comparar com fimd (Ig.) Wlar-s, mormente considerando-se que dz 6 pronominal em (k.) como fic na (Ig.) &ij (k.) i r a r c desmsar, trkd (Ig.)esfar. e i d (k.)Lver ukter, veja-se bek5-6dG (la.)corn o marno significado. e w n h k (k.) guardaw, 11%(1s.) fie)& tem o rnesmo sentido. hB (k.) v b , significa em (Ig.)ir. i h (k.) whir, lembra yhig (lg.) em, ybati, alto. kaikd ik.) enuedrir, ~ 6 algum % tanto como k m A b (Ig.) do mesma significado. mar8 (k.) peltjar, jA vimcrs ?Farmi (Ig.)deurbwa, mtim, gutma. mor6 (k.) ser feilr dncerra os dois moxiosyllabos 11w e (lg.) com que se fazein verbos activos de qudquer verb0 neutro ou nome ; veja-se p r o , i r w o 110 TESORO. Nhd nbrrer, 6-d eahir. suip6 (k.) Euaegor, pu@r (Ig.)brrer. sd (k.) rueei, jab (lg.) o memo significado, notando-se que s no (k.) e j xia (Ig.) representam os pronames da3.a p~&&. sad& (k.)weear 011 estrlar sda como s46d 011 h6b6 (Ig.)durr. saiwd (k.) ;a~~.ehailaras phnlas; na (lg.) ha kwcji Iontar, que tambem se apresenta sob a f h m a akorui. tidzd (k.) ebver; na (lg.) ty que dizer sum@, cddo liyuialto, eomente, e corn e!!e se foormam diccBes corn0 b~&& aguar, tys2 ~SIXIPIW,tyhd mingoap, k i x a n corrente; o ultimo s6a como tidzd, o qual interpretado pelo (IC.) daria le vir, dzd agu. TO titi (k.)bemer, tylg (Ig.) o mesmo significadb. we' (k.) alcgrar-se, na (lg.) ha he saber, scr gralb, aprar e tambem ser feliz. wad (k.)caminbar, had (Ig.) ir. A assercEio de que o PIRIRI soffreu influends do portuguez, ainda na parte ?exica, 6 confirmada pela existencia de vocabulos como boelad, que corresponde a bastic, bard a Lalaic; keild a geil,, ntnma significando t6h, mama, sptu ccslo, di ser dado etc. 0 nome buke para veado assemelhando-se a bouc bode em francez faria suppar coutacto dos KIRIRIS corn os francezes; parece que estes frequentavam a costa brazilica, mesm-, antes cla vinda de Martim Affonso. Dir-se-ha: alein dos limites tsrritoriaes percorridos pelos GUCK seguiido Martius, mas sem duvida pois que at8 0 nome KlRlRI encontra-se sinda ern Santa Catliarinn, rnuito mais f h a desses limites. De origem portugneza aiucln achamas outros vocabulos coin0 buolihete, bondadc, naturalmente formado de buon born com a pospositiva ta da lingua ICIRIRI coin que f6rma participios e subatantivos verbaes. 0 vocabulo padxzi pai parece tambem ser de origem portngueza, assim como pnitlenhe e pay; que sigriificam tio, e qualquer dos dois pela sua terminaciio suggere urn fallar 4 moda dos TUPIS e GUARANIS, conservado pelos nossos caboclos, dizendo pa? lerid, isto 8, p J no eair ou pai que o digant. Outro signa1 desse contact0 anterior corn earopens tem-se na existencia de vocabnlos para exprimir cousas que nao lhes eram habituaes no estaclo selvugem como para roca de Sar, a l h do Rso; concerto dc leFraFnenta, fazer corlezia, Pta, carro, erpora etc. Os da LINGUA GERAL tinharr LXV roupa em geral e ub5 f@Ra?, tap, rcatir, e corn estas dicgDes formaram outras relativas ao trajo; lllas em HIRIRI achamos j h diccaes inteiramente diversas umas d w outras como aicdzd pamltts velhos, eruld panrmo. raya de pindoba, rd reslide e tudo i s h para denotar nnp. Para ultimarem-se estas ligeiras confronta$ies observe-se iim facto mais geral, apreciando de @e maneira iima dada iiocao era expressa nos diversas dialectos, notando-se assim o remota ou proximo contact0 que tiverani entre si as diversas hodas. Do confronto das dicc6es para unis s6 nocso nao 6 just0 tirar inais amplas concluaes, mas deiitro d e s b introduccao nao ha espaco para mais. Agua ns LINGUA GERAL ou A B A ~ E ~ N Gdiz-se A y e na inesiiia lingua ha tambem ty para exprimir liquidm genericaniente, e o ndjectivo ay a p w . No IECHUACALLU e creio que no AYUAWA qua 6 tow e yaac ou yaco ; 110 CHILIDUGU afinal 6 co. Esta ultima dicgso 6 a syllaba final do segundo nome HBCHUA, e em unu 6 possivet suppor-se aanidade do u coin o y da LINGUA GEBAL. Nesta lingua por6m temos ainda o verbo tykri liquefazcr-se ou adjectivo Ilquefaelo, e a segunda syllaba desta dicczio reporta-nos a0 CHILIDUGU. Para o verbo cha,vep e o substantivo ehuva tenios na LINGUA GERAL (escrevemos (Ig.) por sbreviar) laky (o&y-clta,ve), no CHILIDUGU (cd.) mzun, e no MECHUACALLU (kc.) para. Esta ultima dicqso parece-ae coin pard mar na (lg.) onde ainda lin painwi ria, (ou o qiie parece mar). Estm vozes varnos nds nchn-las, mais ou menos alteradas, na inaior parte binao em todos os dialectos oil linguas de ciijos vocnbularios deu von Martius extractos no 2 . a vcilume do BEITUAGIL a& significaqdo 9 wotx+se que uem sempre as variant@ de escripta correspondem ti verdadeira mudrtnca de pronunciqao ; 0 mesmo som C exripto de modos diverso.+ segundo 'os auctores e o valor dos charactares alphiibeticos na 'respectiva lingua. Alhm dish frequenteinente a mesma dic@o parece differeiite s6 p r q u e vai accompanhada b de uma partictila deteerrniuativa, de u:n pronome etc. Temos primeiro 16 dialectos de gente OS. A diqso do CHILIDUGU (co ouko) com as variantes cou, kt6, buapwsenb - s e em 7 (Slvez 10, p i s nos vwabu1ario.s faltaa dicceo mrrespondente a agaa em 3) dos 16 dialoctos que Martius attribue $s gentes Gb. Em msis um (0 maET6) @@a 6 designado por c & d : t , que se p6de referir aa mesmo radical m. Em 3 vem zd, ai, sin significsndo agw e est@ reportam-se ao EIBIRI dzu (que jti vimos corresponder de algum modo ao ty da LINGUA G I Z R A L ) , ~ mmo a d i q i a m i - t c h (do TWUNA). -4final no C A T ~ Q V I N A vem uata-hy que reporta-nos il (Ig.)y agrza; este d6m disso compije o verbo beher corn L m e m a dic@o u da (la.)cc:iio dizendo bebcr qua, e a final bvw diz g h d y , (Wti csfeegar i w p a (lg.) No MA SAC AX^ (iim dos 3 a que faltou dicxgto para spa) yein I Z O e h a . No G U I L Y C U L ~no . ~ , GIJANA, no GUACHI veni respectivament: ni@ ou niopdi, ILQWUZ, e u a t , das quam a 1: dicczo reporta-nos ao co do CHILIDUGU, e as outras a UAU e YQCU do KECHUACALLU. DQS5 dialectos COYATACA, 3 trazem e o d m n , cuwzrh, cu%uang para agw, 1 d a tiawj e 1 feign, os primeiros reportando-se RO radical eo, os sqyin 10s um pouco ao ty (la (lg.) e ligando-se pelas ultimo.$ sons que SBO n d e s ao modo de designar aguc nos dislcctm CBEAI. Nos 11 dialectas da genie CBEK ou UUBRBN vemm ~ m,&mtd, maguen e Nhnrnan, e somente divergem: l.., muito, o 'PArAOON, qlle dB 8uTTrs; 2.#,menos, 0 MALAu que d& ke&k ou chechk, sons suceptiveis de se repor. kRrn ti' (19.)onde ternos by thsrr, k p y cofmgap, larar, e q radical de ysy mima, pmm,etc. ;3 . O , o CAM& que dh goid, p m h i v m ter 80 BUAYCURU e a final 8.0 (cd.) As outPars d i c e lemhram d'uni Iado y--Wana agua ~ r ~ ~e do l eoutm , 1&1 mu?=uvruti a n m ne (Ig.)notando-se que aman@ (md-y) significa a p a de &uw, l e m ~ h d e ,e que amam mais para o norte e a final em dialectm das Guyanas designa propriamente e h m . AIBm disto em (cd.) d m ~B ~mat&, e eLmre m a t 4 4 e a esta lingua 6 licib referit. muitas outms dioc&s dos ciiaIect& GEIEN. Nos 27 dialectas que Martius inxreve para as gentes do tronco GUCH B noktvel : l:, que sm poucas as que p d e m SP, reportar ao (cd.) e muitos os que vi-ro ter LO (kc.) quer em relaaisio 5, diegao u ~ uquer b outra y u v ; 2.@,que o vacabulo lk.) para a p nao tsin quasi nenhiim aualogo nesses vint.: tanto$ dialeetos. Si pois se levesse B confronta@o a o u t w dicc e S e se achasse o rnesmo, ficaria cornpletanzente demtado o gruparnento desses 27 dialectos feito POP Martins. Mas vaiiios As diccoes que exprimean ogw, e acharnos utt&t, m y , twu, m y , d n d (ou ti& ou auMY), y ~ i wmi , (QUmi). ~ i c a a ie t a m b n i d w a , Eborcu (011 dttnct tatnasa) e aicdu oni p a s t b a que se repetain a W ~ C Mdo (kc.) e que S ~ Q as variantcs de 14 dialectas, @u antes 15, levando-se ern conta a dit+ do CbriAYIRIM, que %Ita, mas que d& woeny significando i o . Filiando-sa A outra dic@o yacz6 do (kc.) temos 8s vafiaiites u&, mca, ~ Q W E ymac ~ , (utlcu, kuhw) para ' 4 dialectss. Reportando-se directameute 6 diccao da (lg.)y e m o s uhu (ou UY 1, OY, UUY (ou ~ U U ~ Q Ypara ) 3 dialectos, e mais outros 3 incluindo o KIBIRI, o SABUJA e o PIMENTEIRA; mas note-se que destes dois nltimos nlo vern o vocabulo para agtaa, e que no PIYENTBIRA vem chun tujang, que reporta-nos ao tronco CREN. A final nos 2 dous iiltimos dialectos que faltam para completar os 27 do tronco GUCK temos oarn, cooars, ghoara no JURI, e ests expressso escripta tLo instavelmente parece-ee corn y-kucira POCO, foste em (Ig.) Por ultimo no dinlecto CARAJA vem be-ai agia, biou chwa, bar0 io e two lsgo; este ultimo parece reportsr a ?mu do (kc.) e bero talzez seja referivel a ybzira nasceida I'agua em (1s.) Nos 9 dialectos de incerta affinidade temos :th1; no BARB referindo-se ao (kc.), deco no CURETU, oghcog no COBHU e TUCANO, thaco no JUPUA, noghboghco em nm dos YIRANEA, todos indo ter a0 (cd.) eem parte S (Ig.) No outro dialect0 MIRANHA temos nohwi e eubi das quaes o lo lembra composiFo de unu e y e o 2" 6 comparavel a ybzir da (lg.) o qiie se repete em mulid o vocabulo do COERIJNA Enfim no JAUNA vem hoggoa que lembra ykudr da lg. No JUPUA, cujo significado para agua t h c o leva a0 (cd.), apparece PO-iipecumar, e ypilkzi significa iigua eomprida em (lg.) Como esta ha ainda outras coincidencias. Al6m destes Martius ainda apresenta glossarios de tribus dos limites do Brazil. No dos ARUAC vern uruni agwa; e na taboa transcripta de Schomburgk comparando 16 dialectos de tribus da Guyana vem agua em ARAWAAK uluniabbo, tuna em cmmi e mais 9 dialectos, oni em outro, wiine emoutro, referindo-se do (k.) b s 16 comparados s.6 fica desconchsvado vocabulo hishamina do dialect0 WOPAWAI. De rnais 7 dialectos dos confins do Brazil 3 pdem referir-se ao (kc.) e s&o: o OREGONE que d& ui)tae, o COCAUO %ad, o PEBA a h . Divergem os outros que diio: o YAGUA lacsha, o PANO a m p v w , o IQUITO t i p a (talvez de lingua europea) o ZAPARA tnwiccin. Consideremos as divemas orthographias, e as inc a ~ * r r q ~des escripta e ainda menores ser& as dissimilhmicas. No Glossuvia vern ainda vombuIariw do TAINO,de dialecrtos de Cuba e okras ilhas, do OYAMBI, do PALICUR e do GALIBT. No TAINO urn Bas nomes para agua B ant& (v. Q ~ R G (lg.), ~ na ilha de Cubs veal apt~ua(de certo hespnhol) significando rb e W u n u mar mmo em KARAIBA; M OYAMBI vein Q yaaa, U ~ Q ' N Mc h o que B evidentemente da (lg.); no PALICUW olai vai ter ao (kc.) e do mesrno modo o GALinI bo%tlaa, si bem que no mais o GALIBI parece mais aparentsdo CQIU a (lg.)Esta rnistoPo nlo B de estranhar p r q u e por exemplo no OYAo incontestavelmente diaiecto da (Ig.)vern ulai a p r , KARAIBA jh virnos tuna. Na lingua do3 MOXO am qua- Martius filiou os G ~ W , sgma B w e corn0 no (kc.), entretanto que no AYYARA que se diz fonte do (kc.), agw B hum, e a rlle parecern referir-se o VILELA twz e o YOBIYA totni. 0 TAYAMACO que Gilii Gonsidera paxnte do CARIRE e diverso do YAIPURB exprime agw corn a vo% tusa, da mesma origem que o w n i rla MAIPURB. 0 CEIQUWO (a0 qual talvez melhor filiasse Martius G'WA wsim como no LXX o HIRIRI) exprime agiia por tuus que 6 mais cornparavel a dzti e como este p6de reportar-se a ty na (lg. tanto mais quailto cliz ocivks pi@ que lembra Y-SYQ agoa comnte em (lg.) Resta-nos vbr como vein express0 agar nos 8 dialectos TUPIS incluidos no Gkossnriu linguarim. .No dialech vulgar do Par& vem hy; o sr. dr. Coub de Magalh%es w r e v e coin um i especial, o padre Ekixas y e eg, G. Dias e'; jt'i se vb, 6 simples questFi.0 de orthographia, donde se infere o que ir& pelos outros vombularios formndos por t%o diversas pessoas. No dialecto M U N D R U C ~ vem hu, ainda mem questgo de orthographia. No APIACA, podm jh vb-se grande differeqa pois vem quat-darumuu; isto 8 phrase e n m VOCBbnlo que tomou Castelnau, e qiieat8 certo ponto @de ser explicado pela (lg.)y-kud tare t n h - i c manla tm (rlguem) ihnh ; que o APIACA B dialecto da (Zg.)nso r a t a duvida, pois o mostram outras diccijes como ~ P O J rk, Z ~ amaim e k n epeu (y-pi?) lago, etc. No CAYOWA veni eu-.usa significaiido rib e ips; inns isto foi tambem mol apanhado pop Castelnan, pois y-awi significa vi@, travmia de ric; que B dialecto da (lg.) prova-o todo o vocabolario e bmta-nos verrnos R-OU behe (a-u en beha), &-tu (&y) &ma, eu-mititn (y-mir;) rilaein, etc. 0 E O R O R ~ dado coin0 dialecto TUPI tem muits mistura, e para se vbr basts examinarem-se as dicg e s ikdcwzi agta ou ric, u t m r i l m h , ca,nnia, kip, doului ekra, ikoaouici Mw. 0 O M ~ G U A jh vimos que 6 dialecto da Zg. mas que tein vocabulos do (kc.)como uni agra. 0 ARAQUAJU estb no mesmo caw; ts dialecto , da Ilg.) crivado de vozm do (kc.) mmo tuna I ~ I Y Ietc. Do MURA o deficiente vocabulario que figura no G h - LXXI -. - sa& nada prova, mas B certo que elle pertence a0 tronco da (Ig.) de b d o insufficiente a confrontaplo dos dialectos ou lingua3 em rela@o hs dicGcies para uma s6 nocao, mas nem ha lugar para mais, nem por falta de tempo jconfesso) me foi possivel levar a confront a F a grande iiiimero de noccies. Limito-me a este tosco e mal alivanhaclo debuxo a respeito da lingua rcrRiRr, e nada direi da GAIRIRI de que apenas conheco uni cabcl~istno, do qual se infere que B quasi nenhuma a differenla entre urn e outro, talvez menor que a que se da entre o TUPI do Amazonas e o GUARANI actual do Paraguay. Nao fica decidido que o KIKIRI seja effectivamente e no i-igor da palavra, dialect0 (la LINGUA GERAL mas vbse que tem muito della, assimcmo do K E c ~ u A c A L 1 2 u e principalmente dos dialectw PAMPEANOScoino o dos CHIQUITOS de cujo extenm vocebulario desgrapdamente nao temos sinao ligeiros extrachs. Limitando-nos a fazer apenas o confronto do K I R I I ~ Icorn a L I N G U A GERAL vinios tambem que elle es;8 mais ou men03 eivado de vozes do portuguez, e talvez ainda de vozes africanas. As liiiguas ainericanas pnrecem-se extreniamentr? na estructwa grammatical, e a d maiores differenqas . que apresentam dao-se na parre lexica. Ahi mesino por vezes a differenp est& na mudanca de certos sons como se vi2 em paran8 da (Ig.) e balnna do KARAIBA e outras liuguas do Orenoco, da Guyana e daa Antilhas. Tendo-se isto em coneiderapo, isto 6 , que o r da LINGUA GEPAL ( que tigo tern 1 ) vale 1 em karaiba e p6de valer T P em outra liiigua etc., B possivel ainda achar-se o parentesco de linguas como a SALIVA, a SITUBA e LXXII a BETOYA das margens do Orenoco, nso obstante serem a 1: essencialrnente nasal, a 2.. essencialmente guttu- ral e a 3." asperrima com o seu excess0 de TT. Concldo aqui. Si bem que a BIBLIOTHECA NACIONAL sob a direccao de v. s., actualmente sejil uti1 como jhmais foi aos estadiosos, prestando-lhes os thesouros que ahi estavam encsfuarlos iniitilinei~te, si bem que v. s. prestadico e obaequioso se esmere em facilitar tutlo aos que realmente q!ierem estudar, comtudo, devo dizel-o, n8o soube tlproveitar bem esta fortuna, mas v. s. sabe que em parte 6 porqiie a devogdo nzo p6de preterir a obfigaplo, e beiii pouco terupo resta para applicar-se a estudos de linguas de indios. Restar-rneha pezar de que v. s. BO l& este apontoado, em vez do que esperava, fique descontente da sna insufficiencia e imperfeitp. Quem, porkrn, dh o que p6de iiw inerece censtira e v. s. como todos os que sa0 dotados das mais nobres qualidades doespirito, 6 natiiralmente benevolente e saber6 clesculpar os singes que encontrar, E caracteristico dos homens sirperiores o w e m complasceiites e boudosos, de modo que 11x0desapreciam inesmo as obras a3 rnais nioJestas e exiguas. Couto coin i s h da parte de v. Y. e sei que me n8o engano. IEe v. s. admiradar e. sineero a J g o ARTE DE GRAMMATICA DA LINGUA BRASILICA DA NAGAM KIRIRI CO-jUPOSTA Pelo P. LUIS VINCENCIO MAMIANI, Da Companhia d e JESU, Millionario nas Aldeas d a dita Nagso. LISBOA, NA Officina de MIGUEL DESLANDES, Irnprel'lor de Sua Mag. Anno de 1699. Ao Leytor. Difficultosa empreza pareceo a S. Ieronymo em hum sugeito crecido na idade aprender novas linguas corn as regras, & apices corn que aprende ’ hum minino da escola, como confessa em semelhante proposito na prefa@o sobre os Evangelhos : Perz’cubsosa prcimptio est senis mutare linguam, & canescantem ad initia trahere parvuloruin. Mas csta difficuldade foy generosamento vencido do nosso glorioso Patriarca S. Ignacio, que de idade de triiita & tres annos conieqou o ostudo da lingua Latina entre mininos, para se fazer instrumento da gloria de Deos na conversiio das almas, & corn o seu exemplo presuadio a todos os seus IV Filhos, & em particular'aos que mora0 entre Gentios, & Barbaros, para que nao julguem estudo indigno dos annos aprender de novo linguas barbaras, quado SLO necessarias para a conversZio das almas. Conhecendo pois a necessidade que tem a Naggo dos Kiriris nesta Provincia do Brasil de sogeitos que tenhao noticia da sua lingua para trattar de suas almas, n6o julguey tempo perdido, nem occupagzo escusada, antes muito necessaria, formar hiia Arte com suas regras, & preceitos para se aprender mais facilmente. He vcrdade que como os naturaes della vivem sem regras, & sem ley, & delles se n6o pdde alczgar regra algiia de raiz, nzo parecia tgo facil podcr Mas catudo procurei cij o exercicio de algiis annos da mesmil lingua, & acertav sem Mestre. com o estudo particular della, tirar OB fidamentos, & regras mais certas, para que ca ellas se formasse hiia A r k f a d , & Clara, quanto bawtasse para os ~OSSOS Missionaries das Aldeas dos Kiriris apr'ederE a lingua. Wao duvido que fal- tar66 algumas propriedades mais secretas, & algiias regras mais recaditas, que n ~ se o pudera6 ' ainda alcangar; mas pareceme que nas regras geraes, que aqui se apontiio, nzo haver6 erro. Pori? qufdo o houvesse, na;o he para se estranhar em hfia lingua, que niio he natural ao Author, & que n f o ti? livros, poi' onde se aprgda: & muito mais sgdo que ca todas as suas imperfeiqaes s g p e serS proveitosa para qua quizer uear della, em qufto n f o houver outra melhor, & co'posta ca todo o acerto. Vale, & ora pro me. LlCENCAS. Da Ordem. Por ordem do P. Alexandre de Gusmao, da Companhia de JESU, Provincial da Provincia do Brasil, li a Arte da lingua Kiriri composta pel0 P. Luis Vincencio Mamiani, da mesma Companhia; & nella nso s6mente ngo achei cousa, que encontrc B nossa Santa FB, & bons costumes; mas pela noticia da mesma lingua, que adquiri em dezaseis annos nestas missoens, admirei o engenho do Autor em reduzir com tal clareza, & clistinggo a regras certas, & proprias hiia lingua n8o s6 por si mesma, mas pel0 modo barbaro, & fechado, que usam os naturaes em a pronkiar, muito mais difficultoss; pelo que julgo ser obra VI1 mui necessaria aos Padres Missionarios dest a Na$io, para alcanqar com facilidade, & brevidade o us0 della, & melhor exercitar os ministerios pertencentes 6 sua salvapb; & por isso muy digna de se imprimir. Na missgo de N. Senhora do Soccorro, 27. de Mayo de 1697. Jocio Mutlheus Fuletto. Por ordem do Padre Alexandre de Gusmiio, Provincial desta Provincia, revi a hrte da lingua I h i r i composta. & ordenade pel0 Padre Luis Vincencio Mamiani, da Companhia de Jesu, & pela noticia que tenho da mesma lingua alcanpada em dezanove annos que assisti entre os Indios da meama napso, est& a Arte bem feita assim na explicapa'o das regras, nos modos corn que se usa dellas, & no estilo do fallar, & a julgo por digna de se poder imprimir assim para ensino dos mesmos Indios como para que ca mais VI11 facilidade aprendam a mesma lingua os Religiosos que se empregam na salvaqfo daquellas almas. Seminario de Bellem 8. de Junho de 1697. Joseph Coelho. .Alexandre de Gusmfio, da Companhia de JESU, Provincial da Provincia do Brasil, pop commissfo especial, que tenho de nosso muito Reverend0 Padre Thyrso Gonzalez Preposito G6ral dou licenga, para que se possa imprimir a Arte de Grfimatica da lingua Brasilica da Naqfio Kiriri, composta pel0 Padre Luis Vincencio Mamiani, da Companhia de JESU,Missionario nas Aldeas da dita Na@o ; a qual foy revista, & approvada por Religiosos della peritos na dita lingua, por Nbs deputados para isso. E em testimunho de verdade dei esta, subscripta com o mou sinal, & sellada cb o sello do meu officio. Dada no Collegio da Bahia aos 27. de Junho de 1697. Alemmdre de Gusin6o. Do Santo Officio. 0 P. Mestre Francisco Qualificador do Santo Officio, que esta petiqgo trata, & parecer. Lisboa, 7 . ds Abril de Santa Maria, veja os livros.de informe corn seu de 1698. Castro. Diniz. 1. C . Moniz.' Fr. Gonpalo do Crato. Vi os livros juntos, Arte, & Catecismo na lingua Brasilica, &c. & n8;o tern cousa que seja impediment0 para sc podere imprimir. Lisboa, Sat0 Eloy, 19. de Abril de 1698. Francisco de Satzta Maria. P Vista a-informaggo, podem-se imprimir os livros de que esta petipio trata, & depois de 2 pressos tornad6 para se conrerir, licenqa, que corrao, & sem ella ngo corre Lisboa, 22. de Abril de 1698. Castro. D i n k . I . C. Moniz. Fr. Gongalo do Crafo. Vistas as informapens, podem-se imprimir os livros, de que esta petiqgo trata, & d e p i s de impressos tornar6G para se lhes dar licaqa para corm. Lisboa, 2. de M h o de 1698. Fr. P. Bispo de Bonu. XI Do Pago. Que se possa imprimir, vistas as licenqas do. Santo Officio, & Ordinario, & depois de impress0 tomarb B Mesa para se conferir, & taxar, & sem isso nso comer& Lisboa, 3. de Iulho de 1698. Ribtyro. Olivyra. ARTE DA LIHGVA KIRIRI. PEEIMEIRA PARTE 2 CtRAMMATTICA DA LINQIUA BRASILICA 0 C m p r e se pronuncia aspro w i m mbse as vogaes A, 0,U, mmo sobre E, 1, Y. E pwque nestas derradeirar, vogaes o C fere brmdamente no Po~%~guez; para evitar o erro que pioderia hav& esererendo-se o C mm ellas, SQ intmduio o K, capzLcter Gwgo, que Mmpre teem o som aspem mbre W s as v o p m : v. g. K m p s , fino ; Kitci3 art?% Usa-se tamban 0 C m m zevra quando tye 5egue h consoante T. v. g. T@e, mortm: mas nos mais vceabzllos w urn de 5, por sm mais natural o seu Ejbilo a esta lingua. D, gS vezes se pronunda tam b r a n h m t e , que apenrts se couhece: como nestas p a l a r m Id?, mgy; Udje, legumes. G, m p r e he ~ S ~ Xsobre Q toodas as vogam, & porisso w esereve juutmenk corn o H. Quando pnh tern amento cireurnflexs sobre si, se ha de pronunciar brmdo com Ulspimq3o m g a r g m k 4 que mal se enxergue : como n e s h pdavras, Gag, ~r &eirado; Ia@, cFianp; Rkaqe, velho. H, corn as vogaes, & coasrosmh sempre be asppiraga guttural ; except0 quando se rPegue ao e, b N, porque entlo f a corn0 no Portuguez nm vi1 Che, Nha, Nhe. $&a a s p i r w he muito a d nesh lingua, por ser muifa guttural: mas para e v i k a multiplicidade desta letm em t d a s as palavcm, que pderis causar coufuao, u s m w della na emiturn s4menta entse as vckgaes, & a deixamm nas conmantes ; & para esW sirva de pegra & i d , que s eonmant%s T. KZ P, @em mais ordinarimenk a aspiraw do que as outras, mmo o urnI ensinmh melhar, DA NAOAY KIPIU -- 3 I, ne& lingua tem quatro vwdidades, duas de vogd, & duas de eonsoante. A primeim he de I vogal como no Portuguez: a segiinda de consoante, coma tambem no Portuguez nestas plavras, J o e , Jaella ; mas mm som maia brando, v. g. Adje, quem ; vdje, que. A terceira he de I, tambem vogal guttural, a que os Authores d s aste da lingua&ml do B r a d chstmbrklo I grwso, pois sa acha tambem nema lingua : & assim como e l l s o escrevem p r Y, para o differenpar do I vagal simplex, hmbem n b o e5crevemos co o mestno camcter, p d m corn accent0 cii.cunflexo por cima, assim, 0, para o differmcar de outm Y con~ o m t e , que se escreve sem accento. Pronuncia-se p i s esta vogal como I guttiiral, & na garganta corn w dentes fwhadw ; v. g. HMk, con& ; Pi, capim. A quarta vocwlidade, ou m m do I, he de I c a ~ ~ e g d o , ou consmnte duplex, como usa0 ors Castelhahos na syllaba yo ; & se iutmduzio hmbem na wcritura Portu.uguesllb, con10 nestas plevras, Mayor, Cayar: 6 por im a merevemas tambem n a t a lingua por Y sem acmnto, v. g. Bug:, gmnde, Ctqd9 noite. W, nwta lingua sempre he vogal, nunca consoante. E porque em dguns vocabulm COBCOTM a vocalidade do U vogd m m B vacdidade de V consoante, pars pmnunciar corn propriedede essas duas vmalidades juntas, se intmdtrdo o dubhi camcte~estrangeiro, que ,%eescreve amim W, & .%epronuncia com hii som misto ~ O U SVV, dm quam o segundo fica liquido, & o primeim como consante : v. g. W w i , Padre. 0 til w us8 sobre d g k w vogaes para denotar hii som rnedio entre Y, t N, & tem a mesma 4 GBAMMATICA DA LINGUA BRASILICA ~ pronuncia980 como noa vocabulos P o r t u g n m vsa, Tu@, Deos; H i d @ , eu. Usamos de dous accentes, hum agudo, & ouko cireumflexo. 0 agudo serve para ®ar sobre a vogal, v. g. Saw&, paga. Ordinsriarnente se aha na, derradeira vagal de todos cas vcmbulw desk lingua, exceptyo dgGm p l a v r a s que nso acblko em sgudo0, coma Bce, Ik, & slguns poucos vocabula% que a experiencia ensinark. Sobre o til n8o se pwn am3nt.o agudo, para evitar e confusw na escritura; mas basta advestir que o til sempre he W U ~ Q . Quando o vocabulo amba ern A, ou 33 sem amento, &C 5em t i l , se pronuncia essa vsgel a meya b c a mal pronunciadacomo E Fmncez n o fim da pdarra: v. Q. Pide, est$; T e k i d h , n8o veyo. E havendo ouaccentas W d a s na mesms dicqso, he sinal que he cornpasta, & cads huma das partes fim na m m p q i p m corn Q seu aceento agudo: v. g. Tph a k u n s poucm. Do aecento cireumflexo ummw sobre &&a vogaek que se hBo de pronunciar corn g n t t u r d aa gw-ganta, ou a m som g m s o corn as h k p s feehadmi. Desk modo sobre o A, denota que se ha de pmnuncislr Com hum som que participa do A, t 0, 6 M pronuncimdo o A c61uos dentes kchadas : v. g. c m d o . Sobre o E faz hum E m&reito, & se f6rmr fechando do mesmo modo os dentes: Y. g. t?@x, Tapuyas bravos. Sobre o Y, jh 5e dime que f d m a hum som guttural mettido 1& na garganta. Sobm a 0, fa2 tambem hum 0 estmito pronuneiado m m os bdem feehadas: v. g. P&6, varge. &a cousa: v. g. DA NAQAM ICIRIRI Advirto por derrtldeiro, que a sylla'tia, T f i , corn ' til no meyo, ou no fim da dicpo, se pronuncia corn aLgiia semelhanp no n o w Porkiiguez nas palavras; ora+, Mao; ainda que o 0,mi10fica tam sensivel nata lingua, como no Portuguez : w. g, H i e t i , eu; , debalde; H&t@dl, n6s. Os Nomes n a t a lingns n&o tam propriatnente dish+ de geneiws, ou nurneros, ou cam3, mas o memo nome sem m n & p serve de orclinario ao genero masculiiio, & feminino, &o innnero singular, & plural, B6 em todm (xs casos: v. Q. este nome Cmdzd, signifies Vaeca, & Boy, masculino, dE feminino, & sen1 variacSLo serve ao singular, dE plural, & do mesmo modo serve a tdos as casw. Bikd erndzd, 1lG.n vacca, ou boy no singular; Buyd emdzd, inuitas vaecas no plural: Pacri cmdzi) hi&, foy Fnorta hums vacca, ou b y por mim, no nominstivo : Isd emdzd, sebo de boy, no 'genitivo. 0 s numeros WrBm se distinguem, & entendem o u por dgumas particuls, que significaa multidao, ou p l m adjectivas numerws, QU p l o sentido, & modo de Eallar. 3 6 CiRAMMATICA DA LINGUA BRASILTCA As particulas que significlo multidgo, sa A , & Ts, no fin1 do nome. 0 A , se us& com os nomes de cousas que pertencein a gente, v. g . Viwud, rapazea; Bmhii!h, ropw da gente. 0 Te, se usa coin alguns nomw de parentesco, & gente no plural : v. g . Birmde', irmws mais mocos; l'idziie', as millheres ; Is&, os principaes das casas. Os adjectivos numerae;, que ,servem para, o singular, sao, Bihd hum ; Wachitti, quando significa, segundo em ordem ; Wuehdnidikid, terceiro em ordein ; Bihd bilid, hum & h u m ; Bihd c r i b , cada hii. Os numeraes do plural sao, Wadtdni, dous ; WachdNidikic, tres; Suntarci or&, quatro; Afij bihd misg SI^, cinco; Yijrepri h u b & 'inis6 sai, seis ; M$rapri wochhni t ~ i s l isad, sette ; Biijrepr'i wachaaidikie viis& sui, oito; dlfdrepri sumarci or6.h sui, nove; dlf$cri603 mi$& sui, dez; dlfdcribce mi& idrhd ibd ssi, vinte; Tc&, ou Buyd, muitos ; Cribre, Cribmd, todos ; TVohoyZ, todos. Os casos se conhecem ou pela collocacao do nome, ou pelas preposicoens. 0 nominativo, & genitivo se conhece pela colloca~Zo; porque o nome, que se segue immediatameiite ao verbo sem preposicao, he nominative; ut, Such iiahuiue chi dipadz&, o fillio ama a seu pay: & o nome que for ininiediatamente depois de oiitro nome sem ter preposiclo, he geniiivo; ut, Erd Tu@, casa de Deos. Os outms casos todos se conhecem pelas preposicoens, porque neata lingua m o ha cas0 algum sem preposicao f6ra do Nominativo, & genitivo, con10 se entendera nielhor, quando tratmmos das Pi*eposi$oens. DA NAFAM ISIRIRI g. 7 111. Dos Pronow. 0 Pronome substantiro, Ego, iiesta lingiia f.dZ 110 nominat. & genitivo Hied@; 1105 outros CHSOB todos, ~ i corn , a preposicao que lhe convem posposts: ut, ffidinhd, a mini ; Hdnhd, de mim; corn0 se dira nas preposipdes. No plural exclusivo faz no Nominativo, & Genitive Hiergdde, nh, dt! n6s: & nos outro.; casos Iri-de, com a preposipa que pede o caw no ineyo, ut, Hida’ahode, a n6s ; Hiembdad, corn nosco ; U i ~ d a d @por , nh. KO plural inclusivo faz no Nominativo, & Genitivo bt@,ou ktpia; & 110soutiws CASOS cu, bu c&-@, coin a, preposieao posposta, ou entreposta, ut Cudohd, a n6s bdos ; Ctbtw, de nhs t d o s ; CUM, por nosso amor. Advirta-se que o plural exclusivo se usa, quando dizendo N6s, excluimos B pessos corn quem fallarnos: v. g. Paesi wadad hinhadd, matarnos h6a YacCa eu, 6t outro 5em v6s. 0 inclusivo se USL quando se inclue a pessoa com quem fallamos : v. g. Do pd cund, matemos ambos, eu & v h . Advirta-se mais que algtias prcposie&es tem diversidsde na coniposi@o corn o Pronome: o que se explicars melhor, quando se trater das P r t p ~ s$ea. i 0 Pronome Tu, faz no Nominstivo, & Genitivo do singular Emat@ : & nos niais casos E , coin a preposi$Lo posposta, como se disse no Pronome Ego. No plural faz no Nominativo, & Genitivo Eamtgda; C% nos GRBMMATICA DA LrNGUA BXASILICA - mais cazsos E-a, corn a preposictlo conveniente no meyo, ut E d W , a VI%; Emid, por v&s. Os Pronomes Reciproeos nesta lingua Sio ti=, Substantivo, Adjective, & Verbal. 0 i3ubsbntivo corresponde a Sui, Sibi, &; obdjectivo a Sms; o Verbal, qiiando reciproco substantivo fim ria constrtnipizo d a t a lingua por nominativo do v e r b , &z corresponde a Ipsmet. Todos e t e s tres recipwm se formio corn alguma destas tres partieulas D , Di, Dii, cornpastas ou corn as pivposiwns dos C[LSO;S, se o rwiproco he substantivo; ou corn os nomes, se o w5pmeo he adjectivo; 011 corn as v e r b , se o reciprwo he verbal. A particula D, serve pars as prepclrsipens, nomes, & verbos dasegunda, & krceim declinaqso. 0 Di, serve pima as preposiqoens, nomes, & v e r h s da primeira, b quarta declinapa. 0 Dii, para w da qiiinta.. Eis 0s exemplos de to& as tres particulas em cada hum dos tm generm de iwiprocclrs. Do r e c i p ~ ~ cswbstantivo, o at D h h d , a si; D e r h h o , comsigo; Dibdd, de si : advertindo que a este ~ c i p r o c osubslantivo, d h Cpta particula antecedeate, se costurna ajuntar, HQ, no fim, 5e tl preposiFo nm o tern de seu natural, v. g. DimM, de si. DQ recipmo adjective, ut DamW, sua p g a ; Dipadz&, seu pay; Dtdjrd, sua hrriga. 3% w i p m verbal, u t hrricri, elle m e m o tern pejo ; Di&ikiula@i mi, tem compaixao de si: Did& elle mesmo v6. . Os pronome3 relativos Hie, I&, 16k, Jpse, Is. se S o nomiriativo do v e r b , se expliao com o artigo proprio da terceirs pmson. do verbo, como se dish mnde se tratar das verbos: v. g. Swd, elle ama; I d o , elle furta. Se mes relativos servem QO verbo ' em outros casos, se explicso com as artigos I. ou s, conforme he o artigo da terceira pessoa das preposipen3 que concordao corn o c'aso; ut. Idiahd, a elle; smbdw, corn elle; Srrf, para elle. Se este pronome relativo he dernonstraativo, se USL dias dicqoens segnintes. E d , ou I$& este; no plural ftbz Eridzti, esks: mas Ighi nao ten1 plural; eervE para Q genero masculine, k ferninino, & pare todos os cams. E d , esse ; no plural ftbz E&, se falla de gente. R o M aquelle; no plural fax R&&, de gente. Wpd, ism; n m tern plural. Cohb, isto, este, esse ; nso tern plural. Todas se us& na mesma f6rma- em hdos os cayos. Os pronomnes pmsessivas M e w , Tuiis, Nmter, Yeder, se explic%o corn hum artigo, ou yarticula, que se ajunta aos nornes, conforme se explicara no paragrafo seguinte. Do relativo QHI, Q u a , Q d , veja-se na Parte segunda, onde se trata da Syntaxe do nome relativo. Drs Declinagoens dos Ifomes, Verbos, L Praposipaens pelos Pronomes. Os noms, & v e r b s nata lingua nm tern diversidade alguma entre si na terrnfnaw dos C ~ Q S & , . ~ DA NAQAU XIWIWI 11 12 GRAMMATICA DA LINCfUA BRASILICA primeirs syllaba, ou letra, que serve de possessivo, ou de pronome na terceira yessoa do singular ; porque eshs terceiras pessoas sso t d a s diversas, ainda qiie em algums das oiitras p6dem humas declinayens ser conforme as outim. IEessas terceiras p s o a s facilmente se tirso as segundas, & primeiras pela wgra que se poz, conforme fazam tambem os Latinas, qtie das segiindas tirZio as primeiras, & teiwiras. De maneira que elles dao por regra a. desinencia dols casos, & pessaas; & n6s o comFo das mesrnas pess~as. A primeira Declina@o he das Nomes, b Verbs, cujo artigo do pmnome pwss$ivo, OQ subsstantivo da termira pssoa he I ; ut o nome Pad&, pay; Ipdzsi, seu pay; V e r b , Cdd, furtar : 1 ~ ~elle 3 , furta. h segnnda Dxliua@o he, cujo artigo do pronone na terceira pesfaz S ; ut o nome S m M , sua pact. V e r b Araneerd, ter pej elle tern pejo. A t e m i i q cujo a r ~ g oda temim faz & ; ut o nome, Ebatqd, unlia ; Sehyyi, sua uiiha. T e r h B i d , descansar ; Bid, elle desansa. A quai% cujo art@ rla temeira pssm faz Si; at o nome Butd, mncho, rnorada; StWd, sua mora&. Verb0 Pd, ser mot-to ; Sipd, elle he morto. A quint& cujo art@ ds texeira p m a faz Sit ; ut o nome Bird, barriga; Sub$rd, sua h r r i g a . V e r b Ucd, am=; Sued, elle ama. Conforme as ditas i”eg-ras daremas agora o exem- cy 14 &AMMATICA DA LINGUA BRASILICA Be&, borda de matto.Be&, orelha. Bed, triste. Bmd, tronco. B i d , traque. B i d z a n d , capa. B8, Ph. BJdi, cinza. Bik.2, irmm mais mo$a. B J m , irmso mais moco. Bd, brapo. B o d , algibeira. Bdzd, machado. Bu, espiga. Bu&ngMd, peccado. Buwenkd, uruch. . Bumpi, frecha do milho. Bucutd, c8as. Budezod, sepultura. Bunhicd, mor. Buonhetd, bondade. ‘ B u d , casca. BuyZooM, corpo. Buyd, muitos. Cadam$%,vea. Canghift?,obra boa. Cay;, manhaa. Cd, caroco. Cdd, testa. Cohd, fedorento. Conecd, toutipo. \ DA NAQAM KIRIRI C d d , virote. CT&, peito. C T W M ~ caixa. ~, CT@T&, tOrH0. cT&Cd, CUy% Cmcrd, secco. Crodi, robusto. C m J , nh. CTO~&, guerra. Cmdd, denso liquor. C T ~ rabo. , Crudzad, cofo. Crutd, pmno. Cu, liquor. C u d , tio. Cud&, joelho. &de?&, tia. &held, cawador. Ds, msy. Denlad, guarda no caminho. D$, cabello. Dd, piolho. DUM, ayo. Dzd, dente. Dzaed, sogro. Dzd, nome. Dzedzd, irrnga Inais velha. Dzidd, camerada mulher. Dzd, mezinha. Dz6, sobrinho. Pzd, agua. 15 Hd, tripas. H&r&, tronco de PO: Hmaadz%, cavaco. Hi), f i ~ . YOCTOT~, anzol. Yuriz, priaca &ha Y&d, sobrinha. Yam@ tacoara. X$.ti, bolor. KGchi, coma. M d d , milho assado. Maad, t e a . Maad, pliqrcda. Me, osso & ginipap. Meld, campo. Mei a d , ferro. M&fi$, contas. Mu, raiz. Mu wi, embigo. Muad, r d e de pescar. ilfuld, opilaqgo. Na mbi%nariz. ww. Ne, N e h d , hr3bl.a. N ~ c d ,cousa gumlacla. Nfmhi, rwgate. Nhe, membro Tiril. &hecad, fanhoa. N h e p d , crista de gallo. Nhik2, av6. Nhd, menino. Nbua&, sobrinho. Nu&, lingua. Pa&&, pay. Paiaedad, tio. Pa$!, tio. P a d , cwhimbo. d, pdma do pB. P$6d, k m lW, d e . W , olho. . Prn, Varg?. hdd, deshonesto . Po$, imm mais velho. Pot&, medonho. Pmb&. ctnyetb. P'dd, figado. Pri, fangut?. Par&, fior. Ra, macho. Rd, V e S t i d O . RW&d, panellab. Sd, godura. Sadd, espingarh. Saiba, wbam. materia. SC, senhor. Sa&, si, COra~W. Sinla&, successor, som@, pendao do milho. Soncd, ourina. Sondd, teaticulos. h g d , pennas novas. Tgambd, cabeqa. Tprerd, gaita. Tcetd, miollos. Tcetd, corcovado. Tphhd, fel. Tgoncd, ponta. Tpncup;, cachaporra. Tfdhd, homem, gente. Te, sobrinho, & netto. Tehatd, ilharga. Teipri, arteria. Tekd, netta. Tenhd, sobrinha. Tidzehehobd, relampago. Tinghi, canafrecha. Td, avb. T&, polpa. Wanherhd, fazenda. Wanhubat@, qoinhao. Warard, instrumento de tanger. W a r d , espelho. Was&, esquerdo. Wd, camipho. Wodd, bebado. Woyd, se5o. Wd, perna. Wongherd, pobre, w0t-8,bra90 de caminho, rio, &c. Word, costas. \ ipterprete. E todos 6s nomes compostos dos nomes referidos. pop esta mesma declinqo tomso os pronomes eom que concordlo as Preposicoens seguintes : Bo&, ou Bett?, por de espers. Bd, de. De& corn. &ant?, por medo. No, de, por causa. Pen&, em presenca wOrO9d, Wd&d, at*. Wonkehhd, debsixo. Exemplo da segunds Declinaqao. Am@, paga. Singular. Hiambt?, minha paga. Ey~mbd,tua paga. Sadt?, sua paga. Plural exclusivo. HimxMJ, nossa paga, nlo vossa. Inclusivo. Camid, ou Carnbed, nossapaga, 8~ vossa paga. Eyamkd, vossa paga. &nab&, sua paga delles, ou s u a pagas. Advertencia. Nesta Deelina@o,A dous modos se wcreve o plural inclusivo. corn os nomes"@amepados pop A, se exwve POP C, u t Carnbb: :at com os nomes cornqadas por E, se escreve p r K, ut K d M , noma criacao. A esta seguada declinacm pertencem os nomes seguintes : A d z i , alma. Am6d, paga. Ambd, tocaya. JA BRASILICA ~neaprd,por culpa. A d , comids. ~ m p m ! fronteiro. , A w M , prato. ' Era, folha. Eep.idz6, verilha. Einlu', noticia. Enki, criago. Erd, easa. ~ t s a m l j ,parente. Etsihd, proximo. Ewd, r s t o . E as preposifies seguintes: A i , para. Aib;, de. Ainij, para. EmboSaa, eom: & t d a s os mrnpstos das nome5 aeima. A esta mesma dmlinago se rdnzem os nomes seguintes : . Mard, eantiga. &@sci, m8o. wati, azedo; & a preposisso M a d i , corn de carga: corn esta differensa dos outros, que depois do artigo de cada pasma st? ajunta hum A, assim Hid, e@, sd, &e. ut Hiam&&,minha mlo. Eyam&E, tua mso. SscmjsE, sua mgo. Exemplo da teiqeira h I i n a @ o : E ,unha. ' Singular. Hidz&$, minha unha. Edz&@, tria unha. &yd, sua nnha. ... !a QRAMMATIOA DA LIN(fUA BRASILICA Bxemplo da quinta DeclinqLlo. B i r d , barriga. Singular. DxuBird, mihha barrigo. Ab$&, tua h i T i g a . Subgrd, sua barriga. Plural exclusivo. DzubQrddB, nossa barriga, nm vossa. Inclusivo. Cub;&, noma & vossa bmriga. d b $ d , vossa barriga. Subgrod, sua barriga delles, ou sua8 barrigas. Advertencia. Os nomes desta Declinacklo eomepdos em V, perdem o V natural na composica;o dos artigos de todns as tres pessotts: u t Vmd, cunhado. Dzuzod, meu cunliarlo. AwB, teu cunhado. Suwb, seu cuuhado, QEc. A esta quinta Declinaczo pertencem todos os nonies coruecadoa em V, QE os nomes seguintes: Andzd, pannos velhos. Awi, agulha. Dabasire', espcta. B d , instrumento de boca. Budi, ornato de pennas. Ba rci , bal ay 0. B d d , collar de osso. B.$r*d, barriga. B$b$td, palheta de jugar. LloOtouiin%, escrtivo, presa. Bubaiigd, rabisco de fruitn. BubChd, foriio ou alguider. Biuxntk, capoeiiia, rocatlo v elho. Bibdid%, guirajao. Buibtl, cabap. B i b i d , frecha. 23 DA NAQAM IIRlRI - Bumld, pappos. BwuhdY fUS0. Cotd, comer que se guarda. cra@d, cacim ba. Cm,alfange. cre;a&, murapirilo. cr@, rrssado em covas. Crqahd, fouce. Cd, padra. Cronhnhd, milho cozido. CunuM, p6 que fica da farinha. Curd, colher. Dam$, c a r p 80s hombros. mtdY couza pizada. Mi, cerca de p o s . DzLt&, embire 011 coda. Ecur&bu$, C a superior. Biwrd, eseap. Eppd, c m e i m de niandioczl. Et&, algodm. E d , ralo de ralar. Ib$, c a r m In&?, criaapii. Inid, concerto de ferramenta. Yardzi, s p r a Yeund, gancho. Keidd, gei to. Keilead, diligenk. Ki&, osso da garganta. Kghiki, peneira. PBl't?tlS, O U Clal7I d0 QVQ, &C. -24 GRAMMATICA DA LINGUA BRASILICA M a i d , farinha de milho fresco. . Meed, sinal no corpo. Merebd, girao para moquem. ~QmQcd,fita. ~ $ 8 , genro. NhupQ, vinlio de milho. N ~ p l j ~ instrumellto d, de tirar fogo. Pepd, phis de jugar. Pub&, fogaga. Poponglci, roca de fiar. Pretord, mentiroso. Rengkd, marido. liind, came salgada. Rittd, velha, mulher. Sapchicrci, monte m6r de cousas comestiveis. Sdd, saya de pindoba. Sebi, cndeiras. Sekiki, ciirimb. Serdd, arm. Seti, cord so. Seth, cesto. Tayh, dinheiro. Tam?, sguilhada. Tasi, eixada. Tgd, cousa moida, pizada. T p i r h , assovio de. rabo de tath. Tererd. corropio. Tinhd, alcofa. Tocractl, marca de ferm. Tor& cortezia corn 0 pe. Mar&, inimigo. DA NAQAM KIRIRI Torun%, carts, livro. Totonghi, bordiao. IVumndzei, meziuha. Wamrb, bejh. Wamdzd, boca. Warudd, bolo de innndiocn amassuda. werard, prato para fizar l o u p . Wirnd, abano. Wiraprar&, engenho de moer'. Woamrb., tear. worobg, novas. IVortUyd, espia. A eeta Declinnqiio se reduz o nome Is&, fog0 ou lenha, que usando-se ordinariarnente pela primeira Declina@io, quando 88 quer declarar o possessor da lenha, se usa pur esta quinta DeclinacBo, & entso perde o I natural na c o m p i $ % o corn os artiigos : v. g. D z d , minha lenha ; AS&, t u s lenha ; Susz'e, sua lenha. E do m e m o modo se decliiia algum nome semelhante, que a praxe ensinarh melhor. 9. w. 0 s V e r b s clesta lingria se dividem em cluas elasses, Passives, & Nentros. Chamo Pa-ssivos aos que tem s i g n i f i e a ~ ~ propria o passiva, nem sa0 derivados de outms nctivoa, como em oritras linguos : ut, Di, ser dado; By,ser levaclo. Chnmo Neotins a.os que t2m significnpao activa, ou iieUtPa, & n8o se p6dem fazer passivos: porqtie ainda que alguns tem a signi&a@o activa, eomo u&, amar, com tudo n u lhes mnvem 8 defini$Eodns activos de se poderem fnzer pmivo8, nem a pricneira regra da constmigo dos acbctivoe de pedirem o ac~usativo sem preposigo; puis todm 0.3 verb- desh lingua p d e m prepsi@o, dc por outra paste lhes convem a d d n i @ n clos neotros, porque d e b s ntio se pbdem formnr os pssivas. E papa evihr toda -a duvids, quem quizer, podex% chamal-efs Iiunu Passivm, & o u h s n8o passivm. Nao tern &a lingua, v e r b s u h b i t i v o , que COPmponda a Sum, ES; mas em lugar delle usao dw nomes substantives, & rtdjectivcrs, que de noines se fazem verbos, eon10 SB explicarh na Syntaxe. As Conjugqoens do8 V e r h s n a t a liogus n&o.w pddem distinguir @a diversidade que teiihz~ h t x i dos outsm no9 mesmoe modas, k tempos; p q u e todos os verbos qtinntos ha, se conjtrg&o p”r 11um estilo, & com a rnesma termina@o em cilda hum dos modoe, k tempos; 6 quem souber conjagar huin v e r b , saber$ conjugnr a, todm do mama modo. A diversidade tada que tern hum das ouhw, conskte nas tres pessms, que se f d r r n ~man a3 artigw cooomposts corn os mesmos verbw, 6 eotms@emi a, Ego, Tu, Ille, mmo se apont~u no paragdo antewedelate. De maneira que bdos as vwbos $2.0 de hih canjugnqao, & se dividem ern eineo Declinaeo~m pelw artigos dos pronornes, que SO varios conforme a diversidade d w Verbav : & por isso -veja-w a divkso dins cinca D e c l i n ~ o e n sp t a no prragrafo antemdente, que serve tambem a w verbos, & 1$ dksen1os que he 28 GIRABIMATICA DA LINQUA BRASILICA Neyittd, desejar. Ne& Ntdoaghi, lem brw-se de cousii necejsnria. N U , morrer. Nhwahikid, ter saud:des. NMd, eacspar fiigindo. Nhkord, tar pregiiicn. l$%ichm, ter viStade. NhQisUgchi, causar cijpuix&o. PehZ, tornar de press:i. Pehd, enx \ir par. Po&&, nadar. Po@, acordar. R d , agastar-se. Sacrd, rasgar-se. T u d , desejar fumo. Tgicrra, arrepiar-sc o cabello. T p M , haver. Td, yip. TG, deem nbaixo. Tidncrh, fazer cortczia. Titi, tremer. Tow07&&, iitolar. T4, praticar. TtqokQ, passenr. Wukid, faltar. Wadirilb, escmder-se atniz (ILL 1 i i h ~ u o u t a . FVuwdtZd, jejiiiir. 1Psqhec9%, e 11 dou~bcer,se r ilo udo. Wi, ir. W i d , mennr coin n eabeca. 6 BRAHbfATICA DA LINGUA BRASILICA - -- WocIied, higar. World,embehdar-se. Wokre, cavalgor pao. Woicr&aItd, aboyar. Wonk&, Br ciumes: corn todos os verbos de- rivndos dates. A esta primeirrt Declina@o perbncem tambem OB verbos passivos segiiintes : Ilanhd, ser contado. Bgpi, ser levado. B&d, ser ensindo. Yahi, ser concebido. Y o r b , ser feito. Net@, SBP sabido. Nrtd, ser consirlerado. N h w t i , st3r iembrdo. E tmbern os verbois comecados em I, que nLo sao wferidos nas outrss Declinnqoen; : alvertiiido que o .seu I natural lhes serve de artigo da tercaira pessoa. A esta segunda Declinaglo pertencem oq verbos neutros aeguintes : A ~ t d i ,lancar cheiro. A T U ~ Z C Tter ~ , pejo. Emchihi, folgar. ErenCi, espirrar. Advirta-se o que se ndvertio na segunda kclina@o dos iomes, que o plural inclusivo corn os verbos comeqados por A, se ftirina com C : & corn os verbos comeqados por E, corn K, iit Kerachichia, n6s folgamos. Presente do Indicativo. Singular Plural Excl. Nid:eie&ld, n6s descausamos. PInr. Incl. Keiaicdd, nhs & v6s descansamos. Edzeicdd, v6s rlescansais. Sei&, elles descansao. Advertencia. 0; verbos desta Declinacilo, coino todos comecso por E, perdem o E natural na composi$50 do artigo da terceira p w o a , que he, Se, porque o memo artigo o traz comsigo. Algunias vexes em 1uga.r do artigo, Se, da t e m i r s pessoa, usSo de-Idz ; Hidz&icd, eu de:scanso. Edreicd, tu descansas. Seid, elle descansa. ut, Idzeicd, elle deacansa: & entao reGm o seu E natural. A esta terceira Declinaplo pertencem 0s verbos iieutros seguintes : Bbayad, assoviar. ' Eicd, sarar, 011 descansar. Etbudd, guardar-se. 0 verbo Ebaymi, se usa tambein ds vezes pela quint& DeclinaTLo, tiranda-lhe o E. Exemplo da q u a d Dealinapio. do Verb0 Pa, eer morto. Prsente do Indicativo. Plural Singuiar Hip$, ell sou morto. E$, tu es morto. Sipd, elle he morto. ' Excl. Hipddd, n6s somw mortos. Plur. Incl. Cuphi, ndrs & v&s somos m o d s . EM, V mOrtQS. Sipid, ellev sa0 mortos. A esta qiiasta Declinaclzo pertencern todas os verbos passivos, excepto os oito que se puaarao na primeira b Declinacao: & tambem por ells decIintko os verbos neutros seguintes : Bd, estar. -Bmizad, erguer-se. * Bakd, nadar. Beiddid, brincar. * Bijpt-13, cair. * Bdnd, quebrar-se. B.i@, o mesmo. B$.&ripi, desviar-se das frechas. BN, tornar. Craruizai, c o r m o gmasrilho. Cmpbd,' guerrear. DUM, repousar, J GRAMYXTICA DA LINGUA BEASILICA . 34 S d , trasbordar rio. Tap& arrebentar fro. Tpnhd, estrepar-se. Td, vir: he da primeira h l i n a @ o , ma8 hmbem usa por esta, quando lhe precede abverbio. TmdiokiB, lnttar. Tidid, embarrar. Ti&, chover. Tiltiwi, alevantar-se, & irse. Ti& 8, choviscar. Todd, estar em @. Toprd, desmentir-se. W i , ir. W i d , combetew. Won.&&, perder-se no caminho. E mais os outms verbos compostos, & derivados destes. Exemplo do quinta DeclinsgZo. do Verbo Bch, op1pr. Presente do Indicativo. Singular. Plural. Excl. Dzuca.12, n6s nmamos. Sucd, elle sma. Plur. Incl. C u d d , n&s &G v&s amamos. A&, 14s amais. Su&, elles amao. Advertencia. Nesta Declinaqilo os v e r h comqados por V, perdem o MU V natural na composi@o do artigo de W a s as tres pmwas, como se d i s e na quiiita Dedinn$io das Nomes, b nqui se vB no verb0 Dzidcd, eu amo. dcd, tu amas. Vd, A esb quinta Declinagm prtencem tr~losQB verb neut& comqadm ern U, & mais (w wguintm: -. 36 t3RAJIMATICIY'DA LINQUA BRASILICA . paragrsfo pa,wado no presente do Indioativo de h i a s as cinco Declinapenq. Agora, antes de dur hum exeinplo da c o n j u g a e ghrul, d m m o s as regras pars forinar os outros tempos, & niodos. 1. Eqra do Impsrfeito do Indicrrtivo. 0 Imperfeito do Indimtivo se fdrmn do Preente do Indicstivo com ajuntar o adverbio Do,-dtd, ou D d , que quer dizer, E n a o : advertindo que Q Bard, se piiem antes do verbo, b o k d r d , depois: ut T e d d d d , on Dot4 i e d , elle furtava. Dtzmd domhd, eu amava. 2. Ragra do Preterit0 do Indicativo. 0 Preterito do Indicativo se fhmo. do Presente, ajuntando o. syllaba Cri, que se cornpoein coni o mesmo verbo : ut Icolocri, elle furtou. Icalocrid, elles furthrao. No plural o A , De, se poem depois do Cri; ut Zlirotocrida', Iwtocrid. 3. Regra do Plumpi perfeito Indicativo. 0 Plusquam perfeito se f h m a do Preterito, njnntando o adverbio Docold, ou Do&, como se disse no Imperfeit? : ut Icotocri docohd, elle f u r t h , 011 tinhn furtado. 4. Regra do Futuro do Indicativo. 0 Futuro do Indicativo se f h m a do Presente, njuntando a particnla, Di, a toda II voz do presente assim do singolar como do plural: & se 11.1 outro caw, 011 adverbio depois do vcrbo, o Dt se ajunta no derradeiro - F 37 DA NAGAM KIPIItI + da sentenpa: 11% I d o d i , elle fiirtarh: I c d d do Layudi, elle furtarh dinheiro. 5. R e g m do Modo Imperative, & Permirdvo. 0 Modo Imperativo, & Permissivo se f6rma dos tempas do Presente do Indicativo, precedendo a syl l a b , a;ut, Do icab, f u r b elle. Pwa o Permissivo se &junta rls vezes o adverbib P d : ut, Do icdd pvh, furte embra, mas que furte. E tmbern se us& no Preterite: ut, Do imtcrcri, furtasse emlmra: Do pacri, mstasse embora. As vezes ern lu-r de h,se usa de B6, quaudo o sentido he petlir licenca mmo permissivtbmente: v. g. Bdiwi, deixayme ir. 6. Regrvr do Modo Optative. 0 Modo Optative se fdrma i h s v o z do ~ Indicative, ajuntando o adverbio Pi&. Qxlslia: ut, I& pr&, oxall&furta elle. 9. Rag= do Modo CwJunctive. Todos 03 temps do Edo8doConjunctiwo se f6rmao dm mwmm tempo8 do Modo Indimtivo, pmedendolhes a conjunqao Nd, que signifiea, Se, Porque, Corno: ut, Presente : Nd &:lisd, como, or1 porqrie en mno, 011 amando ea. Imperfeito: N o dzucd 4k(~cohd,sc: en entio a m h . Preterite : N o dzirencri, como, oil porque, 011.se e n amey. Plueqtiam perfeito : ATo dziieacri d a d i d , conio, 011 porque en linha aniwio, 011 se en tivera timado. Futuro : 11-0 diwadi, se eu ainar. 0 Imyedeito do Conjrinetivo se f h n a tambem com ajuntor ambos estes ndvcrbias, (‘d~6, lJrala; nt, Cohd 7 "_.. I ' 40 GBAMMATICA DA UNQUA BBASILICA 4 - DA NAGAM KIEIRI __-- 41 claiwa, p r e y aqni o exemplo de hum verb0 conjugado poi- todos OS tempos, & m d o s : & para mayor brevidade, apontarey dmente a primein pessoa do 1 singular em cada tempo; que he o que basta para saber o modo para variar os tempos ; pois as outras pmoa-s do singular, & plural SB conjag.ilo com a mesma particula, ou adverbio da prinieiril, & &mente 5e mud it^ os artigm dos pmnomes, como j&se mostiwu nas einco hclinacoens dm verbs, por todas as pewas do prmente do Indicativo ; 4z quem quizer mnjugar b d o o v e r b por tocirw as pess~as, nm tem mais senao ajuntar a todas as pasoas do p r w n t e do Indicativo, o que q u i se a j u n b &mente na primeira pwS0Zl. mnjugag&odo Verb0 COM, f U k P . Modo Indicativo. Hicad, eu furto. Iwperfeito. Hi& dmeohb, eu fiirtava. PPeBarito. Hic&ri, eu furtey. Plwqwnm perfsib. Himk3cri W d , eu tinha flirtado. Futuro. HitdMi, BU furtarey. ______- 42 GBAYMATICA DA LING,WA DRASILICA --- Modo Imperativo. PRSTlte. . 1Eo hicold, furte en. Futur0. Lh hicdddi, furtarey eu. Moldo Permissivo. Futuro. Bo hicdddi, deixai-me ir furhr. Modo Optstiwo. Presanta, & Imnpwfeilo. t l i c d d pmh, oxal& furte eu, 011 furtha. Perfeao; t Pluquam-perfr?ito. Hical&ri proda, oxall t h e m en furtadlo. Futuro. Hicad pr& di, oral& que fiirte eu. Modo Conjanctivo. No hicold, porque, wmo eu furto, 011 furtando eu. Vel: Hicdoinghi, quando eu furto, ou furtava j tambem imperfeito, 44 QRAMMATICA DA LINGUA BRASILICA Participio activo em Ri. Prwente Dicotdd, o que furta. Preler i to Dieoldcrird, o qiie furtoii. Futuro D i c d d d d i , o qiie furtar&. Participio ucutra passivo em Te. Presente Hirolotd, cousa qiie eu furto, ou fiirtada de miin. Pretar ito Hicotowitd, coiisa que eu furtey, ou foi furtada de mim. Futuro Hicdott?di, cousa qiie en furtarey, o:i ser6 fiirtade de miin. Nome verbal. Hicod, o meu furto, ou o rneu furtar. Outro verbal. Hicolotd, causa, modo, lugar, instrumento de eu fiirtnr. Deste modo se conjugzo todos os verbos rlssitn Neutroe como Pas.-;ivos. Por&mos Passivos tern algumn differeaya dos Neutros nos Participios, &Z Supino : por que os Passivos tem doiis Participios em Ri, liuni activo, & ootro pnssivo, & a l h tlestea outro passivo ein %,corno se disse na deciina Regra dos Participios ; & ten1 mais o Supino passivo, que nil0 tern os Neutros. - _.-DA NAQAM KIRTBI - b ' 1 4 -a 5 Xis o exempt0 desbs diflerencas no verbo Pasivo, Pd, ser morb. Participio activo em R i . Prescnte Dupri, o que mata. Prebrito Dupacrid, o que matou. Fwtwro Duprzrdi, o que matarh. Participio passivo em R i . Present*, D i p v i , o que he morto. Preterito D i p m X , o que foy morto. Futuro Diparidi, o que sera morto. Participio passivo ern Te. Proseneats Sipatt?, coum morta. Preterito Sipcrilt?, couea que foy morta. Futuro SiIpattUi, cousa que serh morta. Bb dip$, Bb si$, Supino Passivo. para se matar. Chamo v e r b s irregulares aqnelles que se apartgo do modo gem1 de coiijugar, &z das cinco Declinacoens, 8 ah prque n8o recabem variedde nos ~srtigas, p r q u e ern d g u m tempo, & modo tem dguma dive dade dos outroa ; 8E nesta lingua S ~ I Qest@$ : it&, comecar, ou esbr fwendo. N&, poder. Sans, querer. Te, vir. Wi, ir. B m d , apresslete. W6, caminhar. 0 verbo Id, cotneqar, ou esbr fmendo, n% admitte outm t e m p seiiso o p r e n t e , nem muds 08 artigos das peswas, inas SI acomoda ern tudo B, Dedinag&, & Conjugaqzo do v e r b , que o @vena, & com o' qual 'f semjwe mmpiwictm : ilk, Hicob~i.t&,&.oa furtando. Emtoil&, e s t b furtando. Id&&, elle es& furtando. 0 verbo Ratd, quaado sfnifice, eskr fmmdo, se ma do inesmo modo. N&, yoder, &in as me3mas propriedndes que It&? & se usa do mesmo modo: at, Im&&6, p&e furtar. ~ ~ a t m & d-0i , p6de furtar. sacarre, poder, ou qnerer, n30 admitte outro attigo, mas nssim se usa em t d a s as t m s pssw, & ee govena corn as artigos d~ verh mi11 qne coneoda: ut, &ne leimtd, quem furtar ; &m &b, quem furtar. Td, vir, se cuiiju@ pela Coi?jugd@o geral dois verbos, exceplo na segundn pessoa do Tmperativo, na qual n8o .faz, Do e& conform a regre gem1 ; mas, Peril, vein cB; 8r. no plural, Twad, vinde. Wa,ir, tninlwm se miijuga como M mais ; excepto .> < 8 47 DA NAFAY ICIRIRI -~ ne segunda pessoa do singular, ~ & na primeira L!Z segunda do plural do Modo Imperativo ; 6 assim se fbrma: .fhbbg, vayB; Baczbwid, ou Etnbdcuwid, vamonos; Embid, idevos. Broed, he verbo totalmente Defectivo, & nso se usa senso na segunda pesaoa do Imperativo, assim no singular coin0 no p l u r d : u t , Brocd, vem de preasa ; Bracad, vinde de pressa lVd, caminliar, tambein he Defectivo, b nSo se usa senao em perguntas, & repostas, v. g. Made e z d , para onde vas? Mo OechiB R i d , vou para a raca. Node ewotl, aonde foste, donde vieste? Bd hi erd him/d, vim de casa. Nem tem outros tempos, ou modos. -*- PARTE SEGUNDA DA ARTE DA LIWGVA KIRIRI. Da Syntaxe, ou construi@o das oito partes da Ora@o. As Partes da Oraqao silo oito, Nome, Pronome, Verbo, Participio, Preposiqilo, Adverbio, Interjeipao, & Conjunqao. De todas estas oito partes se tratta nesta Segunda Parte, & comeqaremos do Nome. CAPITULO I 0s Nomes se dividem em Substantivos, & Adjectivas, & dos Adjeckivos se dirivso as Comparativos, & Suprlativos: & $ o d ~ sesses sera9 o materia deste Capitulo, Se na Orapao ativerem dons Substantivos continuados, que perten$o do mesma modo ao mesmo verbo, o segundo se us8 corn a preposi@o Do, u t : Logo vem o braneo meu amo : #fordsild C u r d do hipadz&. E se forem mais, assim todos se US~EO C O W ~ . Tambeiu sendo muitos, se faz enumermpo delles com o pronome demonstrative, Eri, OLI U r d . v. g,Tar3 ('urai, m i hipaadr&, eri hiwndd, e f i duhheri hinhtmhtl : Veyo 0 brdnco men amo, meu carnamda, & mestrq dos meus filhos. Se na Orac&o houver dous Substantiwas continuados, & o segundo na nossa lingua f6r genitivo, tainbem nesta lingua se poem no genitivo s e n preposipso: ut, Cass de Deos, E d Tu@. Irmw rncljs velho de minha rn&y,-Ipo$ hi&. Exceipslo primeira. Tira-w dests U g r a o seguudo nome, que sendo genitivo no n o w vulgar, he porkm materia, ou quasi materia do primeiro ; p o q u e entilo poem-se corn a preposi@o Dd: v. g . Prah de harm, APibd do bud& Papas de milho, Biwehd do maridti. Dime quasi materia, para inclnir e s k s modos de fallar: Carts de novas, Tomn%do tor&$. Cria@o de vaccas, Enki do eradzd. Exwi@o segunda. Tira-se, quando es ta segundo uome, que he genitivo na nos= liugua, for lugar do primeiro ; porque enmo se poem com a pmposip%o Yb. A- DA NAGAM KIRIPI 153 1 affiada. E quando os adjectivos fazem as vezes do Verb0 Ser, do m e m o modo precedem ao substantiwo: ut, Chedd Sut4, a fruyta he madura. Ha nesta lingua doze particulas, B saber: &, B4, Cr6, C T ~ Eprd, , H e , Hd ou Hoi, Yd, M4 ou M u i , Ntk, Rd, Word, M quses se costumao ajuntar a huns adjectivos nurneraes, ou de medidas, o u de ctires, ou outros, cnnforme a vari@ade da materia dos seus Substantivos corn que concord8o. Os adjectios aos quees se ajuntao as ditas particulas SBO os seguintes. Os numeraes, Bift-2, h u m ; IVachdni, dous; Wachalaidikid, tres; Yd, muitos. Os de medidas, P i , ou Pinet&, paqueno ; Yg, grande ; M&, o u Yufreld, curto ; Chi, comprido ; Krtttpe’, fino ; T&, gross0 ; T6, 011 Tad, redondo. Os de cdres, Cd, branco; Cot$, preto ; Hd, vermellio; Cu@, encarnado ; ET^, verde, & amarello ; Cmcd, azul ; KenEcd, alvo, limp0 ; Drod2d, reluzente; Nd, Nd, claro ; (‘d, S W C Q ; Tgd, duro. Cada hum dos ditos adjectives pede ora huma, ora outrs &as doze particulas apontadas acima, conforme a diversidade do Substantivo com que concorda pelas regras que aqui se dao. A particula, Be, se usa com os ditos adjectivos, quando concord&o corn os Substantivos de montes, pratos, bancas, testas, &c. 6 se diz, Bebihd, Bepa, Be&, &c. Bh, he particula mais universal de todas, & se p6de w a r corn os ditos adjectivos para os mais Substantivos; mas particularmeute se forem de ctisas, frechas, vazilhas, espigas, & cousas 1,iventes que uao forem ayes; & se diz, Bitchi, B u d , But@. 9 DA NAgAM KIRIBI adjectivos referidos de necessidade pedem alguma dellas. Advertencia segunda.-Alguns desses adjectivos fazendo composi@o corn o verbo, ou Nome, n8o admittern particula alguma ; como Yd, muitos, quando se compoem corn o verbo: ut, Tsyb, vir muitas vezes, ou virem muitos. Mib, illuaetd, Chi, quando se compoem com os nomes, v. Q. Ercemuneld, hornern c u r b ; Tidrichi, fernea comprida ; Woncechi, pescop comprido. D o Nome Relativo. 0 Nome Relativo he o que reduz B memoria o nome Substantiva, de que se fallou, como no Latim Qui, QUE, Quod. N%o ha voz nesta lingua, que lhe corresponda ; mas a OraFBo que tiver estes nomes relativos no vulgar, se explica na lingua com os Participios, ou corn os verbaes, ou corn mudar a Oractlo: & p6dem servir para isso as regras seguintes. Se o Relativo far agente assim do verbo Neutro como do Passivo, se faz participio activo em R i assim de hum como de outro verbo. v. g. Deos, que me ama a mim: Tup& ducari hidiohd. Pedro, que matou a0 sell inimigo : Per; dupari dz6rnar.d. Se o Relativo f6r nominativo paciente do verbo passivo, se faz Participio em Zii, 011 em Te. v.g. Pedro, a quem niatey : Pcrd dipacriri hinhd ou Sipacrild hinhd. ' Se o Relativo f6r paciente do verbo Neutro, ou nil0 passivo, qual he no nosso vulgar o accusativo do verbo activo, se fax verbal do Infinito, ou Participio neutpo-passivo em Te. v. g. Dey o que me pedio : Dicri dcrikid, ou dwikietd. Isto he o que en quero : Urd dzucd ou dzucatd. Se o Relativo nem fdr agent?, nem paciente do verbo, mas outro cas0 do verbo, entiio se Mrma R Oratgio como se nlo houvera Relativo, co:n dous membros distinctos. v. g . 0 branco, coin quem eu vim, he mao ; divide-se a Orac&o, & se diz : 0 branco he mao, eom elle vim : Budnghe CUFUZ,oernbohb hitd. Eate he o negro, a quem dey a carta: E d tapanhd, ddiohd sidi torurci hinhd: idest; Este he o negro, a elle dey a carta. Se o Relativo se refere a causa, modo, lugar, o u instrumento da accao significada pela verbo, se usil do verbal em Te. v. g. Este he o lugar, em que o matey : Mb urd s i p m i l d . Esta he a casa, em que eu dormi : M o igh$ era dzuiautE. Outros Relativos hade perguntas, qiie correspondem a Quis, vel Quid. 0 primeiro se explica com Adjd, 83sirn no mascu!ino, como 110 feminiiio: tit, Adjd diteri, quem veyo !’ 0 segtiiido no genero iieutro se explica com Udje, ou Sodd: ut, Udje enatd, qne fuzes? S d d tmd, que dizes? Porem se o .Said fdr com nome, & nao corn verbo, se pospoem ao nome: ut, Wolob? Sod2 P que novas? Isto se entende, se o Relativo rle pergiinta fdr no nominztivo. o n accusativo : porque se fhr em outro caso, se usa tla par,isula, l h , posposta 80 nome, se o Relativo fer genitivo ; o u i preposipso, se o Relativo f6r dativo, o u ablativo. v. g . De quem he este ' DA NAGAM KIRInZ mwhadr, ? B~dZOlbd@hi? A que v e m ? Sa& sild 7 A quem o d h t e ? ICbiohMe side mi f De quem foy feito ? si wid? kos nomea Reltltivos,se W e m r d u z i r atas duas dief,~"iis,AGci, Ulpi, que rediizern B memoria o nome Subtantivo, de que se fallou, & iiw lembra. LE&& w us8 coin a3 pesoas, & significa, aquelle de que me letnhm o name. i d p i , se ma em genero neutm, Bt he o mesmo, que, aqiiillo de que me BO lembra 58 e R A U A T I C A DA LINGUA BRASILICA f modos. 0 primeiro he corn os adverbioSCmb$, miiito Idzd, verdadeiramente, ajuntando . Bd hohmriha?, quf guer dizer, Sobre todas as cousas. Ut, CanghiidzcZ bd hohocrih, born sobre tudo, idest, optimo. B u d orarb; bd - h o h e , mho sobre tudo, idest pessimo. 0 segundo modo de formar o Superlatiwo he ajunbndo o adverbio Wid& o u Widdb, sem mais outm cousa, pois significa: sa, sobretudo, mais que tudo. Ut, Canghiwiddm, bom sobre tudo, optimo. D Z U G ~ ~ C d h do T ~ p d . guem , a Deos mais que tudo. Advirta-rye que I d 2 4 & Wi&, sempre fazem co#mposigao corn o Nome ou verbo. CAPITULO I1 De Synhxe do Pronose. Dos Pronomes Snbstantivos, que n e s h lingua SLQ Hielpi, eu; Ewaacpd., til, dc. lido ha mais que Jizer senso que As vezes se us&o per aphrewsim, comendo a primeira letra, oil syllaba : ut, T P ~ @eu , yenho. artigos que correspondem a esses Pronomes, rae fallou nas Declinagies, & se darLo outras regras na Syntaxe dos v e r b s 5. 3. 0 Pronome mlativo Ille, Illa, Illud, sendo no nominativo, se f6rma corn o artigo proprio da terceira pessoa do verbo; & sendo em outro caso, corn o artigo das pwposipoens, coin0 se explicou um cinco declinapoens, & se explicarb mais adiante na Syntaxe dos Verbos, & Preposipoens. Agora trattaremos ueste Capitulo dos Pronomes Possessivos, & Reciprocos. os I -.- - DA NAgALY KIRIRI 59 5. I. Dos Pronornets Possessivos. Fazem as vezes de Pronomes Possessivos os artigos, ou particulas, que servem ibs cinco Declinaqoens dos Nomes, como dissemos na Primeira Parte: com que, veja-se IS o modo de f6rmar esses Possessivos. Aqui apontarey s6mente alguns subshntivos, que sshem f6ra da Regra ghral, & pedem de outro modo os ditos Possessivos, ou totalmente os excluem. A primeira casta de substantivos he daquelles, que nao recebem immediatamente estes Possessivos, mas mediante algum outro Substantivo generico, & s&o os seguintes. 1. Os nomes de animaes que se c&io em casa, nao rzcebem estes possessivos em si, mas mediante 0 Substantivo, En& que qiler dizer, CriaCso. Assim para dizer, Minha vacca, n i o se diz, Hicradzd ; mas, H k n k i do crakd; pondo a preposiqao, J%, a0 nome proprio da criaqgo. 0 que se ha de advertir em todos os Substautivos seguintes. 2. Os nomes de caGas, fruitas do matto, ou de quslquer cousa que se traz de f6rn pars comer, pedem o possessivo inediante o Substantivo, Yap&, que significa, tudo isso ; & se diz DzuaprzZ do ~ N T ~ I Wdo~ Kcnti, o meu porco, ou mel, que trouxe do matto: sempre com a prepoaipa, Bo, como se disse acima. 3. Os iiomes de cousas cosinhadas tomso o possessivo mediante o Substantivo, Uok, que signifies, , 60 ~~RAI~MATIC DA A LINGUA BRASILICA cousa cosinhada; & se diz, DasrdR do ghildt8, ou &I cmdzd, os meus feijoens, ou a minha came ccsida. 4. Os nomes de COUSZLS assadas toomLo o posseseivo mediante o Substantivo, Upodd, causa assada ; & sie I diz, Drupadb do buke, o meu veado a.w&do. 5. Os iiomes de legumes colhidos na mp, pedern os possessivos mediante o Substantivo, Udje, Icgzime : ut, Drztdjd do g h i d d , os meus feijoens que colhi. 6. Os nomes de lavoura de mandioca @em os possessivas mediante o Substantivo, UaFehi, lavoura : ut, Dzuad~ido muich, a ininha maudioca da TI+. 7. Os nomes de fruitas que se colhem verdes p,nra amadurecerem ern msa, tom410 05 pasmsivos median te o Substantivo, U M , que he noine generim de taes fruitas ; & se diz, Dtuhd rlo ucri, da k&, as minhas mangabas, as minhas bananas. 8. Os nom- de c o u w achdas tomao os p ~ s sessivos mediante o Sobsbntivo, U a , CQUN mbda: ut, Dzuidb do u d J , minha film qiie erchey. 9. Os nomss de despojos de alguma guerre, oit presa no Jdocambo, tornlo OS pwswsivm m d i m t e o Substantivo Boronuwtk, p r a a : ut, Dtuhm,mu.nB 80 TO, meu vestido, que me caube de pmsa. 10. Os nomes de cousw que se repartem, conlo c a p do matto, fmchas, & sernelhanki, b m W os pssessivos mediante o Subtantivo, Ukdsi, reparticso : v. g. Dzukivi do mumwllb, o meu porco do matto, que Para o mesmo serve tambem me eoube de reparti*. o nome, I f a d d a t @ , quinhao, repaPti+o. 11. Os nome3 de cousas de bdivas, que costurngo dar os que vem de fbm, tornso QS possmsivrn me- -- DA HACAM KIBIRI - I I_ , , 61 dimte o Substantita, Ubd,dadiva; t se dir, Dsir8 do sabued, a minha gdliuha que me d d o . 12. Os nomes de cousas que se @arPeg&o, tomla os possessivos mediante o Suhhntiro, E , c a g a ; & he muito usado ainda corn os o u t w names, & se diz: Hid do k c d , do eradzd, do muid, do is& : minhas bananas, minha carne, minho manadioca,, tninba lenha que eu carreguey. AnnotaqLo primeyra. 4% nomes que t~rnZ.0 u psessivos rnestiante estt?s cinco desradeirm Subsbntivos V i d , Bummi&, UkkSi, Ubd, E , t o m g ~ t i ~ ~ bits em vezes irnmediatamente QS possessivos sem as d i h Subhntivos: mas entBo tern ontro significado. v. g. Hird, quer diaer meu vestido, mas n% echchdo, 021 tornado por despojo, ou que me coable de reparticiao, &c. Os ozitros nomes antecedearks noncs t o m a 05 p ~ s e s s i v ~ ~senm s, mediante QS sobreditos Suhtmtivos. Annota,$io squads. Os nomes raferidos podem tomar CAS s e w possesivos medirrntc diversos Sabstantivo9, oonforrne o diverso sentido, 6r. A diversa pas* s w a m que se significa. v. g. Sabzud p6de t o m u diwersas, & se diz : Nieewki d~ sabiicd, & significe a minhr gallinha que crio. DznapdB do s a b i d , minha gallinha assada. Dz%& do sabucd, minha gallinha cosida. DzuRki do sabud, minha gallitkhs que me coube de 1%parti*. DzuM do slbbucd, minlia gnllinhe que me me derao, 6Ec. A segunda casta de Substantivos, que sahe a8 pegra g$rd do$ pwsessivas, he dos nomes cornpostos 64 QRAMMATICA DA LIBTQUA BltAS€LICA & se ajuntao aos Verbs, serve quando I pessoa do Reoiproco Subtantivo, Sui, Sibi, &*, que na n a lingua Portugueza, & na Latina he genitive, ou dativo, ou accusstivo, fics nesta lingua p r nominativo pels diver- constmi+ dos v e r b , O O ~ Oaclontece nos verbm Passivors, &t em outms Weutm, os quws peaem nominativo o nome, que os n w o s Weutms, Activoo pedem em olatms cams. Sirvao por exempio todoj: os tm Recipmcos da lingua Latina, SLzi, Sibi, Se, feitos Recipmms verbam n e b , por ficarem todas t r a no caw do nominativo. P d m k prcwstur, ut miwearis sui, ut awdiurn o i b i feras i n otww praznslu, k se in amicum ttiton swcip,ljl.s. Nzb liugua se fmem Rmiproms verbaes aaim: Icrikid Ped cad& b didw&mjti eyei, h cltiritd e d , bo dim$ en$ t m&. Todos estes Rmipracos se fazam corn o v e r b , porque a p e w s que he materia do Reciprom, setnpre no nominativo, pois o signifimdo dos v a s b ~ he causar compaixgo, ser ajuclado, ser aceibdo. 0 marno Recipmco verbal sa ma knnhrn, quando, havendo dous v e r b na 0sa;F-.~,concedLs ambos mm a m e m a p ~ p ~t a no a uomiuntiwo, & o wgundo v e r b depende, & he c t m o cam do primeim com alguma prepczsiqi; & entao e a b segundo se faz Reoipmo. v. g. Pedro quer ser accsnhdo, S a d Pnd h dibkapd. ~oy-separa o mahrem, w i ~ & i dip$. CAPITULO 111 Dr Syntax@ des V W ~ E C . Os V e r b s nesta lingua dividem-se em Substantivors, Pwivos, & Neutms. Dastas huns s%o sirnplim3, DA HACAM ICIRIRI 65 outras cempOgtas, huns Positivols, outms Neg&i\ros. ~ o d o smes sera0 a materia d a t e Capitdo. 8. I. Dm Verbor Subatantivcra. N&o ha n s t a lingua Verbo, que pmpi4arnente signi6que. bE corresponds ao V e r b Subbntivo, Sum ; mas ern lugsr delle sesvem QS mesmos n o m a AdjecGvas, OP Substantivos. Trey sit0 &s signifidas do V e r b Sum, L saber: Ser, Estar, Ter. Para o primeim s i g n i d d o de &r9 serve o rnesmo nome ou Adjective 00 Snbshntivo, que costuma aer o s ~ g u n d sWominativo do Verb0 Ser, &r. dm Logicm se chama P d i c s d o , & este ss pwm ern primeiro lugar antes do primeim nominative, a que os Logicw cham^^ fhgeib. v. g. Dew he born, c'aa$&i Ts@. Paul0 he Padi*e, W a d Paab: serwindo de Verbo, %r, no primeiro exernplo Q nome Adjeetivo Cay&& & no segundo exernplo o nume Snbstantivo Ware", os quae8 ambos s& : P r d c a d o da Oraqao. &ha regra de p m d e r o segundo nome que f6r Pmdica40, se elrbnde se far Adjective, 0u Substantivo 2 l b S Q I U h EXXh POW3SSiV0, 011 FdatiVO. POd!m %5 (D sgtindo nome for Srzbstantivo corn o mu artifl do p ~ e s s i v o ,relative ou recipmm, ordinwiainente se costuma par depais do primeim nome, que he o h g e i b . v. g. Francisco he o meu nome, Francisco bidze". Paul0 he senhor delle, PauEo &. Pedro he seu pay, P d m dipmiz4. Disse, ordinariamonte; gorque se esste segundo Sabrstantivo, que he predicqo, tiver 4 algum genitivo depois de si, aind3 que se ponha com o artigo do Relativo como se usa i?mta lingua, se poem adiante do sogeito. v. g. Isird:d TIIN Wu&, 0 Padre he Vigario de Deos. Sed TuA* TO hechi, Aquella cousa elta he a casa de Deos, irkst, Igreja. Com os nomes Demonstrativos, Urd, Eght, o eegundo Substantivo, ainda que seja corn Possessive, b vezes precede, & Bs vezes se pospoem. v. g. Esta faea he minha, se diz : Urd dxzidsd : &z tambem, Dz2sdzJ urd. Para o segundo significado do Verba, Sum, qiie he Estar, serve nesta lingua a particula De,acrescenbda aos nomes adjectivos, que a s s h fazem as vezes do verbo, %tar : ut, Cunhide, est8 frio. Cuyhikiede, vsth doente. E tarnbem basta o rnesmo adjective sem a particula, De, assim: Cnalbi, Cunghikk: & se poem sempre antes do nome SubsJantivo, como se disse no verbo Ser. Se o verbo, Estar, concorda corn outro verbo, & significa estar fazendo alguma eansa, e n a o servcm os v e r b s It&, & Nutd, compostos corn o verbo principal da ac@o significada : ut, Nhiiihk, est& comendo. S.6nuitis, est% dormindo. Idtunatd, est&morrendo. SB o verbo, Estar, signifiea alguma cmsa que estava j% feita, se usa do verbo, Nid, compost0 corn o v e r b da accao. v. g. Estava jh quebrado, Bysandd. Estava j& nacido, &%id. Para o terceirr, significado do verbo Sum, que he Ter, ou Haver, serve o v e r b Tgookb, & pede a preposiqao Md, ou A m i : ut, Tphd la?& hiam$, tenho dinheiro. Tphd ami mo hierd, ha mantimento ern minha casa. I - DA NAGAM KIRIRI 67 Os adjectivos a l h de famr as vezes do verbo Ser, como disse, [tambem fmem as v e m do v e r b Parecer, corn a preposigo Ai, ou Sd, da pessoa a quem parece: ut, Ganghi % L T ~Aid, Isto me parme bem. B u d mtb mi, Psrece-lhe mal o furtar. D a s Verbas Puwivos, & Nmtros, SimpUices, di C O ~ ~ Q I ~ S . Muitos verbos nesb lingua tern a signideago activa; mas porque nil0 se pbrlern fazer Passivas, & porque n u p d e m C ~ S Q sem prepmi*, os chamamos Weutros, ou nrio Passivos, p o q t i e nem s2.0 Passivcxs, nem propriarnente Actfvos. PorSrn dos Nomea f e i h v e r b Sahshaativos, conforme as regras acima, se pderzia formar Passivos, serecentando-lhes o cam, & a preposi@b das verbas Passivos, que he, No. Y. g. o n o m adjectivo Cudci, frio, feito v e r b Snbstantivo significa ser frio; o qual se fail%Passivo, se acracmtarmos a prepsi@o, N o , do agente, & significark, seep esfriado : ut, Do mahi m d , seja esfriado por ti. Ibt~dngld, he mao: Bzs&ag l w r i M d i p @ , foi pervertiido, & feito m m pelo seu Itmilo. Nh&, filho : Idhccdt!, Est&prenhe : Idb3Lct.i idbd, foy ernprenhada pop elle. Aasirn t a m h m dguns versos Neutms se podem haer Passivos, dando L preposiqio propria dos P w i YOS, que he Wb, v. g. &pi, @tar tieitado: 1Eo &pi e&, seja deitado por ti. I d i b , entrar : Dq idid end, seja feito entirir POP ti. T E A DA LINQUA BRASILICA -- retbm a preposiqm Dd, he usado o Kie: ut, Do %kie end, Nao des embora. Dopkk, NLo mates ernbora. vezes o Imperativo Negativo se f6rma M M estas particulas, ou com o verbo Pri, deixar ; ut, Do pri mord, naa facais assim. Do pri ecod, n l o furtes: ou com outras particulas, que se declarao no fim deste Paragrafo. As particulas do plural, A , & De, vam sempre pospostas hs particolas negativu DC, & Kie. v. g. Icdod$d, Nao furtilo. Daucakiddd, Nao amamos. 0 mwmo se entende da particula, Di, do futuro: -v. g. Ecdokiddi, NLO furtartis. Os Nomes, quando servem de verbos, se fazem do mesmo modo Negativos corn us mesmas particulas, 08, & Kk: ut: Hilmdzdddg UT& Este nao he o ineu machado. Canghikil hie@, Eu n l o estou bom. Al6rn destas duas particulas, que ghalmente farem os verbos negativos, ha outms, que em algum CWQ particular t z e m tambem o v e r b negativo. 1. Cd. quando precede o adverbio Inard: ut, Ticri dzd maw3 hited, Choveu, por isvo nu vim. 2. Te, quando se nega cousa que se nw espera, ou M?nao cr8 : ut, Dild, Nao db ;qual dar ; bem mal que dB. 3. Nori-ad, ou per aphaeresim, Ri-182, poudo o verbo no meyo; & serve ao Imperativo Negativo, quando se prohibe alguma cousa; & corresponde ao Ne Latino, adverbium vetaudi : ut, Norippa~td,Nao mates, guarte nLo mates. N o r i p n d l p i , NIlo me d8s. 4. No-deard, com o verbo tambein no meyo; & se us&, quando se nega a modo de enfadado : ut, Nom$clawrd, Se eu nao tomey. Wowidewd, Se eu nm fuy I&. I 1 DA NAQAM KIRIIZI 71 5. Bb, significando, Para que ndo ; & he o mesmo que no Latim, Ne: v. g. Eu vim para que nllo me qoute, Tat@ bo hihlsapri. s. IV. Advertencirs robre os Pronornes, Modos, & Tempas dos Berbos. Dissemos que os verbos trazem comsigo compostos os artigos dos Pronomes conforme as cinco DeclinaGoens. Porhm ndo sempre se usam deste modo, mas recebem tambem o Pronome Substantivo separado : v. g. Hibdsapi, Eu sou acoutado, se pbde dizer tambem, Bjsapri hieled. Bcdb, t u furtas, ou Cotb e2sdpZ. Porhni quando o v e r b concorda corn a terceira p e w a , ainda que se nomee a pessoa, pede sernpre o artigo da terceira pessoa: ut, Inhadd si$ cradtb, ?or quem foy morta a vacca: aonde n8o s6mente se declara a pessoa no nominativo, que he C r a d d , mas tambem o artigo da mesma terceira pessoa, que he Si, com o verbo. Esta Regra porhrn tem a sua exceipso nos casos que se apontarLB. Todos os verbas, except0 os da qiiinta Declinagdo, de ordinario deix8o o seu artigo da terceira pessoa, qnando estao S ~ S ,ou no principio da Om@o : ut, Puifd cradzd no carni, o branco estA rnatando a vacca. Tecri, veyo. Eicmri, sarou. Mas 6e lhes preceder adverbio, ou preposiqso, sompre recebem o artigo da terceira pesma, ainda que ee nomee a mesmtl terceira pessoa : v. g. Yord si@ criidzb hinlbadi, logo serh morta a vacca pop mim. ~a algtms verbs nesta lingua mmpostoq qu mudm o artigo dos Pronornes conforme as pessoas, nm no principio do verbo 'como os mais, mas no meyo ; a saber, no piincieio do segundo membro da ComposiGao, assim eomo se d i m nos Nomes coolpostos com composipio direita. v. g. Crardtmtl, roncar; se diz, Cmr6dzuml., eu ronco. Cmrman3, t u roncas. Crarhuntl, elle ronca. Passernos agora hs adverkncias dos Xodos, & Tempos. Todos os Preteritos dos verbs no Indicativo perdem a particula C?i,qnando precode algum adverbio, ou cam, ou preposipo: ut, Mi& si&?, veyo pela manhner j & ngo se dia, HCehB riteeri. No cam) si$, foy mopto do branco. Disse no Indicativo : pcrque no Conjunctivo nso perde o Cri, ninda que Ihe preceda o adverbio, Nd. v. g. Nd icohwi, ou Nd icdwdghi, Quando tiver furtado. No Optativo a particula, P d , que se costume pbr depois do verbo, se preceder algum adverbio, ou cas0 a0 verbo, se poem deyois do dito m o , o u adverbio antes do verbo: lit, IEO ish$ proh sitd Ward, oxalh viesse hoje o Padre. Neste modo de fallar do Preterit0 do Conjunctivo, veyo depois que eu me fuy, se muda a ordem da o r q a o assirn : Eu fuy, & eiitso elle veyo, antes que elle viesse, ou neste comenos veyo: WieTi &et@ dw&d sit&, ou codold si@ ou SOT^ SttB. Ou tambem se diz coni significado mais chegado ao primeiro vulgar : T e w i iwoMd kiwi, veyo traz da minha ida, idest, depois, Quando ha doue verbos na o r a ~ %&~ o, segondo he Infinito, tambrn nesta lingua se poem no Infinit0 : v. g. Quem dormir, Sara bkzun&. Re ma0 furtar, Bud c d . Se o primeiro verbo, que mge o Infinito, pede dgurna pseposiqio corn os,nomes, a m a m a pede coni o verba Infinito: v. g. Tenho vonbde de ir, Nhicm: do kiwi. Este segando verbo ainda que esteja no Infinito, s e m p e pede a6 c a m corn as prepipoens propxias do v e r b : vt, N h i m cbo Mwi ma kchi!, hi&&, am9Tenho wontade de ir mp. tos continaados,se. guarda a regra S U ~ S ~ ~ U Icontinuadas, ~ ~ V Q S usando da pqmsi@o Do: Q. g. Q T, fdgar, 86 dor&. P o r h mais usado he repetjr o v e r b : ut, hi&&, SmW hiePrnhidi, &?Pa! dz&ei%&. os os v e r b de dizeer ; pqm eno seegnndo verbo n8o se p e m no Enfinib, mas se explica ism de dous modm. 0 primeiro modo he referindo o dito do outw abmluiamente, ajuntando LIQ fim, Disse, como no Lstirn usamos de hit. v. g. Diz que mates: D q d , sim'. Diz que tmuxe: A?&&, sirnd. 0 -undo modo he acrecenbndo 8.0 dito alheyo a. sylkba, De, que he o mesrno que, Diz 011 Dizem: ut, Wand$&, Diz que n i ~ s ha. Wim'dc, Dizem que foy. Tira-se tamkrn OS v e r b s de Cuidar, & Sonhar, as quam precedeado 8 oatm v e r h , que na nossa lingtra se poria 110 InGiiito, n s t a tern diversa construi@. 0 que se cuida, & o que se s~nhtb, se poem no 74 GRAMPYATICA DA LINGUA BRASILICA - BC Sonhar com a preposi@o Do. v. g. Cuidey que chovia, Tidad do hime. Sonhey que hia B, Cidade, Mo erd bud hiwd do ~ZURQ. 0 Gerundio em Di, do modo que se f 6 m a na conjugaGao dos verbos, se us& sdmente com os Subshntivos de modo: ut, Itod hicdd, modo de eu furtar. E tambem se manda ao Conjunctivo corn a c0njunF.o ~ d ut, : I d bd i a a , modo para que elle furtee. Corn os outros Substantivos de tempo, callsa, lugar, instrumento, modo, se usa do verbal em T e : ut, Do igh$ dzzmutd, Agora he tempo de eu dormir. Nosbra iatdd, Esta he a causa de elle furtar. Ma& sipate, A onde foy o lugar da sua morte. Idiode s i p & ? , Qiial foy o instrumento da morte. Sde siniote, Qual he o modo de fazer ism. 0 Gerudio em Do, sempre sef6rmu pelo Conjunctivo. v. g. Indo para a roGa me mordeo hnma cobra, No hiwi m o bech; $6 hie@ no wd. 0 Gerundio em Durn, &L Supino em Urn, que vem a ser o m e m o nesta lingua, se f66rme coni a preposic%o m,ou se manda BO Conjunctivo cokn a conjnnqaoB6, que he equivalente a0 Ut Latino. A preposiqa Db, se usa principalmente coin os verbos de movimento, quando o mesmo nonie, ou a mesma pessoa lie, on agente, ou nominativo em ambos os verbos, nssim do verbo que rege o Gerundio, como do meamo Gerundio: ut, Ebg do e d sni, vay a fallar com elle. Tecri do dibg sapri hinhd, Veyo para sar apiitndo de mim. Ewi do pi cs.arlzd end, Vay a matar a vacca. Aonde se v6 no primeiro exemplo a mesma pessoa, Tu, nominativo, & agente de ambos os verbos: no segundo --- - DA NAGAM KIRIRI exemplo, a megma terceira pessoa he nominativo em ambos os verbos, ainda que seja diveizro agente: no terceiro exemplo, a mesne segunda pessoa he agente de ambos os verbos, ainda que o nominativo sejs diverso. Advertindo que, na terceira pesesaoa sempre o Gerundio FA? f a reciprmo verbal: ut, T m i do d i d & Veyo a furtar. Com os verbos que JI~Q fomm de movimento, sendo a mesma pessaa ilgente, 6 juntamente nominativo de ambos os verbos, se p&de mar, ou do Gerundio corn Do, ao mandm ao Conjunctivo cam B d : v. g. Traballuo para ficar robusto, HlinaJd do l a i c ~ d i , 011 Bd hicrdi. Nos ontms cams todos fGra destas sernpre se matkda ao Conjunctivo corn Bd : ut, Eu trebalha para ter que comer, Fiinaatd h Uplto ami. Eb$mpp~i bo s i p p i ebui%ngFkedd e%$. Es aqoutad0 para deixas a maldade. . 5. v. Charno cams eamrnuns aquelles, que se *em usar corn todos QS verbas, qrrando o seatido da QracBo o pede : como tambarn na lingua Latin%h a regras para a conatrui@o mrnrnGa das verbos em ordem pbos casos omrnuns. Mas mmo os casos n e s h lingua se disFin gtiem s5rnente pelas Prepasicoens, n8o se p&ledur regra gbral para as c s o s sem apontar s Prepsic$io conveniente a c d a hum dos C ~ S Q S . -50 mmmum do Lugar. Ubi. Bud. Qui, corn L Preeposiph Md. Todos os v e r b que tern depois de si na OraFo o c w de lugar, que denota staturn in 106.0, ou mntiirn 77 DA NAGAM KIBIBI 0- OOlFlXUU1p de CWtl@f&,M)m 8 &YIp0SiQgQ I b . Todos os v e r b s que tern depois de si hum C&SQ que denota causa da acszio significda pel0 verbo, pedem o dik, cas0 corn a pi.eposiqSo Nd : ut, Bewi id& id&, Succe&eo o movito p P sua causa. Idzeyd no d l , Aflige-se p r uausa de seus peccadas. Cam O O I P ~ E ds ~ ~ Companhia, c5rn a ~ r e p a i f i o~ e h d , ou mdlohb. Todm os v e r b que tern depois de si hum cam, que significe Compmhia, queretn o mestno corn a pt-eposiqio Dehd, ou E i a W d : ut, Wicri s d m h h B direr&, Foy com o seu camerada. Cafighikie ipaCd2& itkM dinhuakh, Est& doents o pay corn os filhos. Cam corpmum de Xkqmrrr, corn BHbEi, ou Beth. Todm os v e r b s qzie tern depois de si hum caso, que he a causa de espertw, pedem Q dit0 cam corn a ppepwi@,o Bkbdb, ou Befe': ut, Dr, &orEd lai&W, Pica aqui esperando pop mim. S a 4d &%hi d i h i , Prepam-seo banquete para os qne has de vir. .Hi&ic ebe62, nlio trabalhey espermdo pop vb. Cam eo1z11z)umde Medo, OOrp Raspeito. Vergonbr. Q ~slaa;urrsdo, a PrepQsi@h Dsem. Todos os veibols, que tem depois de si hum cam, que he mmo causa, ou materia de medo, respeito, vergonha., & respardo, pedem o niesmo cwo tom a prepi$%o Dane': ut, Tecri ddzeae' sibi supri, Veyo pop medo de 5er asloutado. Sin2 Tadam3 ici:em' Ware', Tern os olhos no ch%o pop respeito ou v e r p u h a do Padre. Da i d z d ibuacgJbetd, Guardaivos dos pccados. 12 L 78 GRAYYATICA DA LINC~UABRASILICA Can0 oommum de Saudades. aom a PreposigPo Wobohd. Todos os Yerbos, que tem depois de si algum caso, que denota seP causa, ou materia de saudades, pedem o dit0 cas0 corn a preposicilo Wobohb: ut, En& vin% iwobohd did&, Chorn o menino por saudades da may. Hinhanhikie ewobohd, Tenho saudades de v6s. $. VI. Do8 Casos proprior dorr verbos. Todos os verbos assim Passivos como Neutros p d e m o Nominativo & al6m do Nominativo pedem outros casos depois de si, que se forma0 corn diversas Preposicoes conforme a diversidsde dos verbos : por isso apontaremos as Preposieoes, que pede cada verbo em particular. Advirto, que muitos casos proprios de alguns verbos se podem tirar das regras dos casos’ communs, que se d8rao no paragrafo antecedenta: v. g. para o verbo, Di, Ser dado, o CBSO de pessoa a quem se dB, que he proprio deste verbo, facilmente se tira do cas0 commum de commodo, que se f6rma com a preposicao Do. Por isso nLo apontarey alguns cdsos, ainda que sejno proprios de alguns verbos, quando se podem tirar dos casos communs, mas s6mente aquelles que de tal maneira sao proprios de alguns verbos, que n.Zo se podem saber pelas regras g8raes. CEISOcom a PrepoaipPo ~ b . Todos os verbos Passivos querem o ablativo do agente corn a preposicao N b : ut, P n w i no dumani, Foy morto do xu inimigo. d- 79 DA NAgAM ICIRIRI Alguns verb= pedem depois de si o 5811 cas0 direito corn a Preposipo M,& 5%0 estes. &bd, aft'eip a r a crianprr. B6dzomccro&, h e r enojo. &&B, fornicar. Ede, desagrdar-se. YaeB, enfastiar-se. Hat-&, pelejar. M@i, levantar aleive. iVeyem$d, desejar, tendo por cam outm verba Nhieorc), n u ter vonhde. Nkicmz, ter vonhde. , reconhecer. Ubi, ver, corn b i o s QS MUS Ub3dEa~i,agourar mal. Ucd, z~mar. Vi&, aomibr. Ukembi, tomar erro, enganar-se em alguma cousa. Umd, repartir. U d , s a h ~fazer. wd, rastejar, on ~ t ~ ~ r dcomsigo. air Use, slegmr-se. U@a6pdd, xombar. U*~a&i, ler mister. Wi,fuer-se, Ltat. Evadera. Wiped, atreves-se. W o w e&, ver corn admirq&. Woram', inkrpretar. . 81 11A IVAqAB4 K1RlR.I ser botado pregZ.0. Wind, acenar corn a cabega. Wonha, ter ciumes de alguem: o quai verbo tambem $S vez'es recebe a peposigm &d, em lugar de a. ---Cam0 corn a Preposipzo Dehd. Os verbos que significso mg%o que naturalmente se. faz com outro, pedem o cas0 da outra pessoa com a Preposicso DeJd. Ut, C~opobb,pelejar. Inhdahi, ftwer pazes. Tu,praticar c o n alguem. U i , ter copula. Piwwold%d; cazar. Pod& fazer deshonestidades. Usarunguwonhd,desposar-se. Wodicb, brigar. Alguns verbos querem Q cas0 da materia, ou lugar, coin a prepsi;ipao M b . Ut, A w l i , lancar cheiro, deixar cheiro. B a b , pegar-se. Budi, mtar pregado, griidado. B&, enfadar-se de alguma cousa. B&d, ser ensinado em alguma materia. Tu; prtbticar de alguma materia. Una, sonhar. Aqui se reduz o verbo Rd, agastar-se, Del0 cas0 da materia. C~SQ corn a Prepesipiio Bb. Alguns vertids, que significao excllzsLo de alguma cousa, ou pessoa, pedem o cas0 com preposicao Rd: Ut, Nabatp, ser esqiiecido de alguem. N e m , mudarse de lugar. Nhede, escapar de alguem. Sudd; entrepor-se a alguma cousa. Ui, ter copula sem ser corn o marido, ou mulher, idest, ai,dulterar. Wonghebi, . . and@$ errado do mminho, 82 GHAMMATICA DA LINGUA BRASILICA Cas0 corn a Preposiqgo Aiby. 0 verbo Eicd, ter mister, pede o cas0 win a preposipo AibQ. Ut, Dzueicb oaibfi bod& tenho mister do machado. Annotaqao. hlguns verbos referidos nestas Regras estfio em duas partes ; porqiie pedindo dous casos diversos, pertencem tambem a duas Regras diversas. Assim os verbos Passivos pertencem A primeira Regra do cas0 do Agente com a preposigo Nd, & tambem podein alguns ter oiitro cas0 de outra materia ou pessoa, como se p6de ver nestas Regras. Assim Td, praticar, pede o cas0 da pessoa corn a preposiqio LMd, & da materia com a preposicao Md. Ui, ter copula, pede o cas0 do complice corn &id, k o cas0 do msrido excluido com Bd, CAPITULO IV Da Syntaxc do8 Pwtieipieo. Os verbos Passivos admittem dous Participios ern Ai, hum com signidcacao activa, outso eom siguifi- ca$io passiva. Os verbos Neutros admittem dmeate hum Participio activo em R b : & todos estes Participios equivalem aos Latinos em Ans, & Ens.' 0 modo de os formar, jh se explicou na Primeira Parte. 0 Participio activo em Ri, se f6rma tambem dos nomes adjectivos, & substntivos feitos verbos. Assim do adjectivo Canghi, born, se f6rma Dicaliaghiri, o que he born. De Erd, casa, se f6rma & w i , o que be doqo da casa. CAPITULO V Escusado he. ensinar os cams das Prepsiqoens ; porque como os casos nesta lingua nao se distinguern pela desinencia do Nome, pelas mesrnaa Preposipens, facilmente cads um pderh eonhecer os cams yelo sigaificado Portuguez das mesmas Preposicoens. Corn que, bastar&p8r aqui o significado, b urn dellas, & a variedade cam que tomso os artigoa das Pronomes, de que sa0 capazes, assim como 08 Nomes. As Preposipns que aqui Be a p o n m sem advertencia particular, segriem huma dss Fkgm das cinco Declinqoens, a que pertencem, como se pdde v& na explicapio das ditas Declinqmns; b nst terceira pessoa admittem o artigo sempre relativamente, quer haja a dita terceira pessoa expressa na Orqiio, quer nso, como se disss do3 Nomes. As que se apart& desta Regra geral, iia explica$zio de d a qual dellas se declara o modo diverm c o n que se US%O. Ai: a, ao, m n t ~ s .He d s segunda Declinagioa & eom os Pronomes faz no singular, Hi&, &ai, Sd; mas no pluraI exclusivo faz Hiaihc; & no inclusivo, Kaidzd, ou Kai, E y d z d , S a i d d . Quando na terceira pe5ws n%ohe relativ.0, mas se exprime a mesma pessoa, assim no singular como no plural se diz, Sd: ut, Sd Tu@, para Deus. Ai@: de, do. Usa-se s6mente C Q o~ verb, B i d , necessitar. He da segvnde kclina@. Ami: o m e s m que Apud, ou Versus, corn pesma. 85 DA NAqAY KIBIRI Ut, TgoM la@ h i m $ : Argentum apud me est. Segue segunda, Declinagio. B&&. ou RelZ : por, para de espera : da primeira Declinebcao. Ut, To& a b & , ou W dipapd, Est4 ahi esperando per seu irmlo. B d d : debaixo. Corn os Fronomes faz Hiebendi, M v n O , Ut, &&add hipW, Debaixo da minha d e . Ba, he o mmme que Ex, De, F r ~ g t e ~tambem, :: p x amor. He da primenre h s l i ~ + . Ut, Wicri bo hie.rd* Foy-se de minha casa. I&aeri e&, Morreo par axnix de nb. We tsrceira p w a , quando se nomea a pestma, nso se faz relativo, 1% mas drnente Bd, como se vB no primeim eqenrplo. W :corn, de cornpanhis on comglice. He b grimeim, Mliaa@o. Ut, N&d i&hd &ipdzB, Trabelha corn M U pay. W: h, As, 0, os: Prepmigao dos nornes, que na nosss lingua s i b secusitivos dos verb03 wtivos. E tambem significa, para, de, do, de proveito, materia, 8E instrumento. Corn os Pronomes faz H i d i d d , E h h d ; idioJzB: 110plural, Rididode, ou CuslAb, E&w,Mi&aa; &Z no relciprw, Did&. Nomeando-se n s Q P ~ @ Q a terwim pfisoa, n&o se faz selatiro I d i d d , mas sdrnente W. Ut, Dicri &I id^, Dm a sua, may, Dicrk dirhd, Deo a eEle. Ihrm?: por medo, por mgeito, oil wergonha. He da ppimeirts Declinach Ut, Tecri idzznd dwner6, Veyo-se por medo do iuimigo. EmMU): corn de campanhia. He cla segunda Dedin-o. Ut, Wdcri se&d dibim, Foy corn seu i r m u mais mo$o. 19 86 GRAMYATICA DA LINaUA BBASILICA Mandi: com de carga, ou cargo, ou cuidado. He da seganda Declinagso, ajuntando hum, . A , aos artigos proprios della, conforrne se disse na explica@o das Declinaps. Ut, Tewi sumndi cnzmnadl; ou Sdamundi cabarz2, Veyo coin huma caixa, carregando-a; oui trazendo hum cavallo. M$: para a. parte, Versus. NSD tern srtigo, porque se compoem corn o name; & se @de chamar P0;spsi@o, porque se usa no fiin do nome: ut, Be~domg, para a parte do outeiro; Hioordm& para a parte das minhas costas. D a t a Pr.eposi@o se deriva a outra Am$, qiie se ~ Q arribtl, Z como diversa, tern significado pouco differente: & quem quizer fazer de ambas huma 86, dir8 que Mp com os Pronomw se iisa pela segunda Declinacao, ajuntando hum A, &os nrtigos, :om0 se disse de dlfatedi, assirn: H i m i , Bymij, &c. Md, he o memo que In, Ad, Per, Super: Ut, IId erd, Em easa, o n Para a casa, ou Pela casa, cotiforme o verbo resp'on-lt: a liurna dits perguntas Ubi, Qub, Qua. Com os Pronomes toma deste modo 0.9 artigos: Hidiorno, ern mim; Edomo, em ti; Idi.o&, nelle. Plural: Hidiornodria, ou C%iIIOmo,Etlomoa, Idiomm. No reciprom faz Didonad. Na temeira pessoa, noinemdo-se L pesoil, ou lugar, se usa Yd, & n i o I d i o m relatiro. Nd, he o mesmo que A, vel Ab, ou Propter, de causa: ut, N k r i ?to c a ~ i Foy , feib pel0 branw. Corn os artigos dos Pronornes se declina assim: H i d & de mim; End, de ti; IaJd, delle. Plural : Hidw.de, ou Cund, de 116s; Etkad, de v6s; Inhad, delles. Reciprmo: Dilpaha. Na terceira pmoa, havendo na o r a g o a mesma pssoa nomeadcla, se usa Nd, & nso I* ivlativo. s. I. Os Adverbios desh lingua se dfvidem em quatm classes. A prhneb-a he dos Adverbios, que w cmtuma0 pBr RQ grincipio da oragilo. A Mgunda he dos hdverbias, que w usam no fim dos Nomes, kverbos, mm as quam fazern ~~mmpoisica~,. A tervseira he das Adverbios, que se coslknm~i~ p3r deyois de algurna pala- 88 GRAMMATICA DA LINWJA BRASILICA - . Adverbioa da prirneira Clasae. Os Adverbios seguintes se poem no principio da ora@o. BiM : s6men te. Tanthm. B j d t r d : logo, daqui a POUCQ. Statim, Illicd. Bd: 0 , do vocativo. 0. Bomod8 : donde. Unde. Codord : antes que, 011 emquanto. Antequam, Donec. Cohd : sim. Ita. Cohod$ : ngo. Nequaquam. Dora: entao. Tunc. I d i o h d e : para que ? Ad quid ? Mode' : aonde, para que parte ? Ubi, Qu6, QuB. Mori, Morind: assim, ahi, desta maneira. Hujusmodi. N d : se. Si. Nori-m? : Lat. Ne, adverbium vetandi. Ri-ne' : o niesmo. SaidJ: a que ? Adquid, Quorsum. Sdch: porque. Cur, Quare. Sodeyd : quantas vezes. Quoties. Havendo verbo, se divide w i m : Sodeacotoyd, Quantas vezes furtaste. Sod : neste comenos, emquanto, em mentes que. Dum. Os Adverbias seguinbs fazem composipo m m os Nomes, & verbos, no fim delles. /Emp9% ou P d w : lntalmente, .Penittw. E cour 90 6RAMMATICA DA LINC)UA BRASILICA quando. Ut, W&M, ir de vagar. 1Eo tQ&, bota hum poueo. Hd: de proposih. Data opera. Ut, PQM, Matar de propo$ito. H o d : direitmen&, a do direito. Recth. Ut, Wihat?, Ir direitamente. Ida& : continuadamente, sempre. AssiduB, Jugiter. Ut, Nat,ei&&, Trabalhar sempre. Id%&: verdadeiramente, htalrnente, de todo, simplesmente sem mistura. VerB. Ut, TeidzB, Vir de todo. Id&&&: sem causa, s,em que nem para que. Gratis. Ut, Poirdz~Z$z&,%r espancado sem causa. I q h i : quando. Chni, Quum. Ut, WiimgJ65, Quando for. Yead: de graca. Gratuitb. Ut, D graqa. Yd : frequenternente, muitas vmm. Crabrd, &pi%. Ut, T@, Vir frequentemente. K i s : ngo. Non. Ut, Cokhkid, NSQ furtar. K k M : Prius ternpm. Ut, D i m k i h r i , 0 que nacw primeim. M&z: mais. Ultesihs. Ut, Wimaha,IP mais sdiaiite. N e : eis. E m . Ut, Ighiad, Eilo. Paipd ou Pspd: em migalhw. Frustulatim. UG P&pei@, (=ortar em migdhas. R e d : pouco. Parhm. Ut, Tirard, Botar pouco. R o d : continuadarnente. Endwinenter. Ut, Po3-0d, Bater contintmdmente sem mssa.r, mmo roupa, &c. Td: antes que. Priusquam. Ut, T 4 h&d, Yeyo antes que viesse. T@ : tesamente, rijmente, apertaadamente. Du& Pmsim. Ut, Tat@, pegw tesamente. I%: muitas v m , importunammte. B a p i h . Ut, Meld, fdlar impertuno. Wo&d : bem, perfeitnrnents. RecM. Ut, Ytwd.2faliar bem. WoronR: intelligivelmente, claraments. PerspicoB. Ut, Hem~om?,fdlar clammenk. 92 GRAYYATICA DA LINCtUA BRASILICA Borohd : dacola, dahi. Inde, Illinc, Isthinc. Bouod: o mesmo. CamnekL3 : depressa Celeriter. Caratpi : amanhsa. Cras. Catpi : para 18, a outrrt parte. Alib. Catfid: para d,da banda da quem. Hhc. Cayadl : alta noire. Nocte concubia. Cayahd : hontem. Heri. C a y a W :Antehonteni, tresantehoutem. Nudiustertius, Nudiuquartus. Cayapri : de dia. Interdiu. Cay2wM : depois de amanhzaa. Perendie. D a d : longe. Procul. h m a k i b : perto. Prop&. LkGtgi : acolh, naquella parte: Illic. Do igh$ : hoje, eL-gora. Hodie, Nunc. Do ighyj$i : daqui em diante. Deinmpw, Posthac. Se nso for solitmio, mas com outras palavra, o Di se poem no fim da sentenp, conforme a mgra dos futuuros. Do ig@chi : at6 agwra. Hactenus, Usque a d h u ~ . Do ighddzd: hinda agom, ha POUM, logo. Modd, Dudhrn, Protinhs. Homo, Honwdmd : h f b , cerhrnnenb. Mehewuk H o d i : embora, seja assim. Ben& est. H o m d i m d i : assim x r h , assirn farei. Ita plane erit. Homw t : assim he ? Itan&? Munquid ita ? Honeorokidd : talvez que seja assim. Fortasse ita est. Homdb : n8o he possivel. Qual ? Ser4 bom ? Qui. Nullatenus. IM : dahi, Inde, Isthinc. Yet83 j arriba, en cima. Suwum, Soprh. . 94 -GRABW6ATICA DA L1NG)UA BRASILICA , 5. II. ~e dgumas Partieulao, que ne usPo as Lingua. Ha nesta lingua humas Particulas, que As per si n8o significlo, nias juntas aos v e r h s , & nomes, ou estendem o significado dos mesmm verbos, & nomes, ou Hies ajuntiio alguma f o q a , & elegancia ; & por isso se p6dern chamar quasi adverbios, porque se chegao muito dedni@o dos Adverbfas: t por esta r-0 tem o seu lugar aqui entm os Adverbios, & sso as segninks. A , post0 110 fim dos verbos, & n ~ m e s ,significa gente : ut, Waxhered, fazenda da g m b . Icdm, a gente furta. Advirto que todas estas Farticulas sernp1.e se compoom com os m w n o s no:nes, & v e r b no fim. Bee. Esta Particula serve de elegancia no fim d m verbos 110 Indicativo, em particular se forem n e e tivos: ut, U$.lii.() Mwoilmucedi, Logo hei de ir. TeJEidk, Nao veyo. Bd, no fim do verbo, significa De t ~ o d ~sem , exceiclo: ut, Pexlabd, Quebrar-sa tudo em p & a p , sem dcar nada inteim. Id%&, Morrer t d o s e r n ficrtr hum yivo. Chi, serve de elegancia aos verbos, 65 nomes de fallar, gritar, perguntar : ut, Sdadii, Que diz 7 Que novas 7 Morwhi rime,Assim diz. C&, no fim dos nomes adjectivos, denota propriedade : ut, Datweetk, medimo ; K$di&, ferwgento. Dc, sem accento, se us% h vezes por elegancia - po firn (10s verbas, em Fm*tiCdt%~@ @omas v e r h s de he este? Yacdw~@d,Sou por ventura hum cacliarro? Outrras particulas ha, que tambern per si sSs nJo significao; & corn os verbos, & nomes tem sna significacio, mas perteucem a outras partes da O r q 8 0 , & jS sc fdlloii dellas ou nos Pronomes, & Poss~sivos, ou nos Nomes Adjectivos, ou nos Verbos, 011 nos Participios, Q U nas Prepmipens, conforme se reduzem & cada qual dellas. CAPITULU VI1 Sobre esta parte da Ora@o nilo ha que dimar, senti0 aponta-lab por ordem, pois nBo se urn muib na Orago senso sds ; & algumas que tern lugar na Orqm, se poem no principio della. A @ , A p m r i : ay, voz da mulher. Lat. Heu dolentis. bmh: tiripay lh, voz tambem .le mulher. Lat. Apage, execrantis, aut rejidentis cum fastidio. As.I : arrelh, voz do homem. Lat. A w e , u t suprh. Bd: 0. Lat. 0, exclamantis. C U M : oh. Lat. Pap&, Vah, admirantis. H d : ay. Lat. Ah, Heu, ingemiscentis. H d b : oh, voz ds mulher. Lit. P a p , Vah, admirrtntis, DA NkGkM KIRIRI 97 Honadrd : tay. Lat. Heu. miserentis. Y d : ea. Lat. Age, Agedum, sollicitantis. Yahd: hay. Lat. Hei, voz do homem, dolentis. Y d , Yuhqyd, Yidydmtd : huy. ht.Hii, admirantis, aut rejicientis cum k d i o ; ou de quem festeja g r a p s , &z ditos. YAi : ora s6s. Lab. Ag$, Agedtim, clamantis. Esta rn sernpre m m o verbo: ut, Brod i e h i , Orais6s em de ppessa. Nent?, ou End E d : diz que cae na cousa. R Q ~ $ ay. : h t . Heu, nut Ye, da mnlher mise- mwmo que dizer, coibado. Heua : Que modo he este ? Inat. Hui, respondentiis: cum molesti&. mntis. He Q &de&, CAPLTWLO VLEI -98 ~ ______-- , GRAMYATICA DA LINGUA BRASILICA das dicgoens que divide : ut, Em lmhd, tid2i M d , o macho, ou femea. As Conjnnpens musaed sW, Nd :. prqne. Lat. Quia, Quoniam. Bd: para que, ou pat% que iiw. Lat. Ut, vel Ne. Norir p q u e . Lnt. Quoniam. As Adversativas SBQ, I M t d : corn tudo. Litt. Tamen, Nihilo m i n us. N e d ; mas. Lat. Sed. Eda Conjajnn4$&swmpre st? p e i n no fim da Ora*. P A : ainda que. €at. Qaiamvk Ekta conjuu@o sempre pede n a senten* gne se Ihe segue o&ra mnjungo, N e d , ou Iblwl. Ut, Pd p d hie$@ bio Ai , ou k&a&k w d , Aiads que me matem, nao hey de dizer nada. Conjunpo Collectiva, 011 Illatiws he ha& : p r ism. Lat. Quapropter, Id&. Estts Coiijuunpens se dividen, C O ~ Qas latiass, em Prepositivas, Sr, Subjunctivas. As Pmpcsitivm s3.0 as que sa poem wiiank nib oiz1@0, & S’SQ Mori,mri , Nd., a,Nori, I h ~ d Iwlsd. , A s Subjunctivas % . o as que se poem depois de slgu is de CAYITULO IX Dr Syntax8 de t d w Fmh L 6ntrs d. De odinnrio nesta lingua precede Q verbo an4 Nominativo. Exceipso. primeira. Tim-sa, quando Q verb0 @rn --._._-DA WACAM KIBIBI -- - -. _. 99 por Norninativo o mesmo artip do Pronome comsigo; porque neste mw jS o tartigo, que he o Norninativo, pmde v e r b : ut, Dziscd, Eu a m . E x c e i e segundn. Tira-se, quando na Oragilo ha ' algnm dsqrielles Adverbios, qiie precadem a t d a a Ora+, ou se dewern pOr logo depok da primaira palavra, que de ordinaria he o verbo ; prqne entzo precede o Adverbio: ut, Bod si& himmid, Logo vem o meu n m i g ~ . Exceicao brceira Tka-se, quando a Om@o he de pergunts; p q n e enti0 nos verbos N e a t m pty&e (3 Narninativo: ut, Adid d d , Quem furtom? 0 m s m o he BO Pertieipio: Adjd d k i r i , Quem foy? 5e o v e r b &or pssivo, nas perguntas prmede o ablativo do age:ent+~ a p ~ p ~ ma: i w ut, I si#, DQ qnem foy tnorb? E a mmme ordern tie marcla na si@, Eu €uy que 0 rnaky, ou, De mim toy morto. 0 m e ~ mse~h-de dizer, 5e a pergunta for sobre a m11sa, instrumento, ou materia da accgb; p q u e enm precede o dito caw con! a P m sip&, Corn que iiwtrnmento fey p i p m m: u t 1 morn? Kaveado adjtxrtivo, que concoda mrn o Subtantiyo. logo se poem depois do Subshntivo: ut, Dicri ~ z pB& i , DBO-S~Z? B grand@. Tira-ee deslba rep&, quando o Adj'ectivo faz $: veza do werbo, Ser; poque entzo p r e d e o Adjec tivo ibo mn S ~ b o ~ h ~ ~ut, t i vY ~a :d Isdzd, A faca est$ a&&. Depois d~ verba, & do nominative se p m o C&SQ proprio do v e r b , & depois os outros casos que houver - . a00 CIRAMMAlWA DA LIMCHUA 'BRASILICA /, -na Qmpm q m ,asPreposipens necessarias. -- Advqrtindo, .que nos serbos Neutms o cas0 pro,prio ,he oque corresponde no nosso .accusative, se for Neutro x t i v o ; ou aguelle caso, que nossa lingua se poem em primeiro lugar depois do verbo, se for pum Neutm: ut, Imtd prd do fay& hidiokj, 0 negro me furtou o dinheim a mim. I d hiididd 9nd sudd, Agmtsl-se cornmiga sobre a sua faca. E no verbo Passive o cam proprio que S cascis, he o ablativo do agente com precede ~ Q outros a Prepodqao Nd: ut, P e r w i wmbd pa0 War2 h k i , Fora-me contadas 1iuma.s iiovits 1x10 Padre a rnim. Os Adverbios se ham de collowr conforme se explicou na Syntaxe delles: os da primeira Clas~e,no principio; 05 da segunda, cornpastss corn os verbos no fim;os da &meha,. depois de algums p l a v m ; 01s da quarb, no meyo da OragU, ou sonde quizemem, & o USQ ensinar. 0 Modo Indicativo de ordinilrio pweade a.03 rnais Modos; except0 os verbos de rnovimento, que algumas vezes sendo no Tndicativo se yoem s t r h dss Gerundios: ut, Do pd edj2 id, Foy a inatfl~ cap. IEO &aut2 si&, Veyo a trabdhar. Ajuntando-se dolls v e r b s corn, Que, n o meyo, 01% sem elk, sendo o segundo Infinito na nc3.ssa lingua, tambem nesta lingua o segundo verbo s8 nlanda 80 Infinito, & serve como de Nome infinitivo, &segue &s mesmas regras dos Womes. Assirn que pMe servir de Norninatiso, & entiio se poem depois do verbo: ut, Net@ siwi h i t t b , Eu sey qrie foy ; 011 A sua ids foy sabidn de rnirn. E p&e serwir em ontm CCTM corn a PreposiGiie, que o v e r b antmedentie pede: ut, NAiwa