Mensagem de boas-vindas de S.EXA a PAR na cerimónia de atribuição do Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa Lisboa, 1 de Julho de 2015, Assembleia da República Senhor Presidente da República Senhor Presidente do Tribunal Constitucional Antigo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio Senhores Membros do Governo Senhores Vice-Presidentes da Assembleia da República e Presidentes dos Grupos Parlamentares Senhor Secretário-geral do Conselho da Europa, Senhor Presidente da Delegação da Assembleia da República à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Deputado Mota Amaral, em representação da Presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Senhor Presidente do Comité Executivo do Centro Norte-Sul, Antigo Presidente da Assembleia da República, Dr. António de Almeida Santos, Senhoras e Senhores Deputados Senhores Embaixadores, Distintos Laureados, 1 Bem-vindos à Assembleia da República e a esta cerimónia de atribuição do Prémio Norte-Sul. O Prémio dirige-se aos fazedores de pontes, a mais bela tarefa a cada ser humano cometida. Pontes de uns para os outros, para que todos se sintam em casa neste mundo. Entre eles estão Maura Lynch, com a sua coragem de mostrar lugares onde os direitos humanos gritam e a doença se cruza com a pobreza e o esquecimento e, em geral, a opinião pública não chega; e André Azoulay, que afirma, persistente, que a Humanidade é a soma das civilizações. Combatendo os muros que nos separam, da pobreza à segregação étnica, à geografia, os fazedores de pontes mostram-nos a evidência de que todos temos, afinal, uma única condição. São homens e mulheres assim que celebramos, os que respondem, como disse Hannah Arendt, ao pedido de socorro dos homens, para que a nossa dignidade comum seja ,em toda a linha, garantida. Essa é a mensagem que nos deixa o percurso dos dois premiados, a quem dirigimos a nossa gratidão. Parabéns a eles e ao Centro Norte-Sul, pelos seus 25 anos. Em boa hora o Senhor Presidente da República, no mês de Junho de 1988, ainda Primeiro-Ministro, propôs, num fórum internacional, a formação de um centro – que viria a ser este Centro Norte-Sul - para a interdependência global e a solidariedade, com o propósito de continuar o processo de colaboração entre ONGs, parlamentos, governos e instituições internacionais e prosseguir o projeto emancipador de igualdade moral entre as pessoas e os povos. Nenhum projeto de justiça global poderá prescindir desta frente de batalha. 2