IX ENGEMA – Encontro Nacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente 2007 GESTÃO PARTICIPATIVA NA FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO INSTITUTO FLORESTAL, SP. (*) Cláudio Henrique Barbosa Monteiro INSTITUTO FLORESTAL Antônio Orlando Freire Neto INSTITUTO FLORESTAL Antônio Luis Aulicino IDS - INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Liége Mariel Petroni IDS - INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL RESUMO O sucesso das organizações depende de uma gestão efetiva. As Unidades de Conservação são organizações que têm como objetivo a conservação dos recursos naturais para as gerações atuais e futuras, contemplando todas as dimensões (econômica, social e ambiental) do desenvolvimento sustentável. A Divisão de Florestas e Estações Experimentais – DFEE, do Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo, visando à gestão efetiva, realizou um processo participativo com o objetivo de analisar a situação estratégica das Unidades de Conservação sob sua administração. A metodologia foi estruturada em 3 etapas: promover a sensibilização dos chefes dessas unidades de conservação a importância do desenvolvimento sustentável; apresentar os conceitos de análise da situação estratégica e de formulação de estratégias; e por meio da pesquisa-ação, os chefes dessas unidades realizaram as respectivas análises da situação estratégica, diagnosticando cada Unidade de Conservação. Os resultados dessas análises estratégicas proporcionaram às Unidades de Conservação o seu diagnóstico estratégico e as formulações de estratégias, alinhando-se à estratégia da DFEE, que propiciou a definição de Políticas e Diretrizes para a Gestão das Unidades de Proteção Integral desta divisão. Palavras chave: Unidades de Conservação, estratégia, política. 1. INTRODUÇÃO As áreas protegidas visam à conservação dos recursos naturais para as gerações atuais e futuras. Elas contribuem para os objetivos sociais e econômicos de um país, mantendo os ecossistemas e promovendo o uso sustentável dos recursos renováveis, o turismo e a recreação, segundo HOCHINGS e PHILLIPS (1999). Para que as áreas protegidas sejam efetivas, é necessário que ocorra um processo de gestão ambiental. A realidade, no entanto, mostra que muitas áreas protegidas não estão cumprindo a função de conservar os recursos naturais e seus serviços ambientais. A maioria dos parques tropicais possui pessoas vivendo ilegalmente, ocorrências de caça e pesca ilegal, extração de madeira e outros produtos naturais, invasão por agricultura, mineração, pastoreio, dentre outras atividades conflitantes à sua função. Completa o quadro de problemas, inadequada demarcação das áreas, inacessibilidade a turistas, insuficiência de recursos financeiros e humanos, conforme TERBORGH e SCHAIK (2002). Todos esses problemas refletem e ressaltam uma gestão ineficaz e ineficiente das Unidades de Conservação. Para solucionar esses problemas, inúmeras tentativas e alternativas são utilizadas. Na Espanha, o planejamento estratégico das UCs é feito através da aplicação do FOFA (pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades) bem como do marco lógico, segundo GÓMEZ-LIMÓN (2003), sendo que a participação de todos os interessados incluídos vai desde as primeiras etapas até a finalização das mesmas, conforme MÚGICA e DE LUCIO (2003). Este trabalho objetiva proporcionar, por meio da participação dos gestores das UCs, a análise da situação estratégia, o diagnóstico estratégico, a necessidade ou não da reformulação de estratégia e, finalmente, a definição de Políticas e Diretrizes para a Gestão das Unidades de Proteção Integral da DFEE do interior do Estado de São Paulo. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Organização, pessoas e estratégia A organização é a reunião de pessoas que trabalham juntas para atingir um propósito comum, segundo DUBRIN (2003). A organização deve ter: missão, como proposta fundamental para a sua existência; objetivos que definam a situação que deseja ser atingida; estratégias que deverão definir meios para atingir os objetivos; e políticas, ações escolhidas que implementarão as estratégias formuladas. A organização deve ser gerida por meio da administração, que é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os esforços das pessoas da organização e de utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para alcançar os objetivos fixados. Conforme OLIVEIRA (2006), considera: planejamento – é o processo de estabelecer objetivos e o curso de ação para alcançar os mesmos; organização – é o processo de engajar as pessoas em trabalho conjunto de maneira estruturada para alcançar os objetivos comuns; direção – é o processo de influenciar e orientar as atividades relacionadas com as tarefas das pessoas do setor ou da organização; e controle – é o processo de assegurar que as atividades atuais estejam em conformidade com as atividades planejadas, sendo essas atividades monitoradas por meio de indicadores. A organização, após formular sua estratégia, deverá elaborar uma estrutura organizacional que proporcione por em prática as ações escolhidas para implantar as estratégias que serão os meios para atingir os objetivos definidos. 2 Dessa forma, a organização deve alinhar o comportamento das pessoas, a estrutura organizacional e a estratégia formulada a fim de atingir o objetivo definido, conforme MILLS (1993, p. 117- 118), ilustrado na figura 1. Comportamento Humano Organização Estrutura Estratégia Figura 1: Alinhamento da Estratégia, Estrutura e Comportamento de pessoas. Fonte: MILLS (1993, p. 118) Um dos fatores de alinhamento mostrado na figura 1, segundo MILLS (1993), é o comportamento humano, se não houver comprometimento das pessoas que trabalham na organização, desde o gestor geral até às pessoas que lá trabalham será difícil levar a organização na direção desejada. Para isso, há necessidade de motivar as pessoas envolvidas. Conforme PETROCCHI (2002, p. 43), o ambiente de mudanças precisa imperar em qualquer organização, pois o mundo em volta dela está mudando, e numa velocidade impressionante. As mudanças afetam pessoas que representam o ambiente. A motivação, nas organizações, tem sido vista como saída para melhorar o desempenho das pessoas envolvidas no trabalho e para satisfação delas próprias. CASADO (2002, p. 257) escreve que para boa compreensão dos aspectos motivacionais observados nas organizações é necessário conhecer as principais idéias e estudos sobre o tema. Contudo, é indispensável lembrar que nenhuma das teorias consegue abarcar toda a verdade sobre motivação. Cada teoria fornece sua contribuição e também apresenta limitações. O quadro 1 apresenta a comparação entre três modelos de motivação. Quadro1: Comparação entre os modelos de Maslow, Hersberg e Alderfer Maslow Auto-realização e satisfação Hersberg Alderfer Fatores de motivação Crescimento Fatores de Hiegene Relacionamento Auto-estima e reconhecimento Sociais Segurança e proteção Existência Necessidades fisiológicas Fonte: CASADO (2002, p. 254) Além das pessoas envolvidas estarem motivadas para alcançar os objetivos definidos pela organização por meio da formulação de estratégias, é importante que as pessoas envolvidas trabalhem em time. Segundo CASADO (2002, p. 237), a busca dessa nova realidade organizacional tem como objetivo aumentar o desempenho, a cooperação e a eficiência. Compreender as interações humanas num grupo de trabalho demanda o conhecimento mais aprofundado das questões psicodinâmicas. Para isso, é preciso saber mais sobre a natureza dos 3 grupos humanos e abordar pontos conceituais com base nas escolas clássicas que estudam a interação humana. As referências sobre o assunto que aparecem em textos e em aplicações práticas alternam os termos grupo, equipe e time para definir trabalho conjunto. Conforme CASADO (2002, p. 240), pode-se dizer que o conceito de grupo é menos abrangente que o de equipe, que, por sua vez, é mais restrito que o de time. Os três conceitos apresentam nítidas diferenças entre si: o grupo enfoca prioritariamente as ligações afetivas entre os componentes, enquanto a equipe volta-se principalmente para o resultado. Já o time reúne os aspectos emocionais presentes no conceito de grupo com a noção de responsabilidade pelo resultado presente no conceito equipe, acrescentando o comprometimento das pessoas em atingir os objetivos definidos. O outro fator importante de alinhamento, mostrado na figura 1, é a estrutura organizacional. Segundo OLIVEIRA (2006), é o instrumento administrativo resultante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos da organização, incluído os estabelecimentos dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando ao alcance dos objetivos estabelecidos pelas ações estratégicas das organizações. A descentralização pode ser de autoridade, de atividade ou funcional, conforme VASCONCELLOS (1979: 101). A descentralização de atividade é também chamada de dispersão geográfica, com o objetivo de interagir localmente. Quando a organização se dispersa de maneira geográfica e possui pessoas que se subordinam ao responsável desse local e não ao chefe central, diz-se que há descentralização funcional. A organização necessita que as pessoas tomem a decisão certa e, para que isso aconteça, é preciso que o responsável pela tomada de decisão disponha das informações necessárias. Uma das razões da descentralização numa organização é delegar as decisões aos níveis hierárquicos inferiores que detêm informações. No caso da descentralização é necessário estabelecer o empowerment e TRACY (1994: 164) estabelece dez princípios para o empowerment: a) dizer às pessoas quais são suas responsabilidades; b) dar-lhes autoridade correspondente às suas responsabilidades; c) estabelecer padrões de excelência; d) oferecer-lhes o treinamento necessário à satisfação dos padrões; e) fornecer-lhes conhecimento e informação; f) dar-lhes feedback sobre seu desempenho; g) reconhecer as pessoas pelas suas realizações; h) confiar nelas; i) Dar-lhes permissão para errar; e j) tratar as pessoas com dignidade e respeito. Para ANSOFF e MCDONNELL (1993:70), os objetivos representam os fins que a organização está tentando alcançar, enquanto a estratégia representa os meios para se atingir esses fins. Para formular a estratégia é necessário diagnosticar a situação estratégica atual da organização e, para isso, é necessário analisar estrategicamente a organização. A análise da situação estratégica atual da organização, segundo OLIVEIRA (2004), elabora a análise dos aspectos internos, identificando-se os pontos fracos e fortes, e a análise dos aspectos externos, identificando-se as oportunidades e as ameaças. Para identificar os aspectos internos deve-se analisar detalhadamente as áreas operacionais, classificando em pontos fracos, desvantagens estruturais controláveis, e em pontos fortes, vantagens estruturais controláveis. A análise dos aspectos externos tem por finalidade estudar a relação entre a organização e seu ambiente, sendo a etapa mais importante da análise estratégica, porque é o momento de identificar as oportunidades e as ameaças. Em que as oportunidades são forças externas incontroláveis pela organização que favorecem a sua ação estratégica e as ameaças são forças externas incontroláveis pela organização que são óbices para sua ação estratégica. 4 A identificação dos aspectos externos, que estão no ambiente da organização. Segundo CHURCHMAN (1968), são os aspectos que estão situados “fora” do controle da organização e que determina seu funcionamento. Para identificar esses aspectos e, em algumas circunstâncias não confundir com os aspectos internos, CHURCHMAN (1968) coloca duas questões para que sejam feitas para cada aspecto: a) Posso fazer alguma coisa a respeito disso? b) Isso tem importância com relação aos objetivos da organização? Ressaltando que “isso”, de CHURCHUMAN (1968), é o aspecto a ser analisado e realmente, no caso da primeira questão, verificar se pode fazer alguma coisa no sentido de controlar, caso contrário à resposta deve ser “não”, que significa que não se tem controle. Se as respostas forem a) “não” e b) “sim”, significa que “isso”, o aspecto analisado, está no ambiente da organização, isto é, externo à organização. Se as respostas forem a) “sim” e b) “sim”, significa que “isso”, o aspecto analisado, está interno à organização e é possível de ser controlado. Se as respostas forem a) “não” e b) “não”, significa que “isso”, o aspecto analisado, não está relacionado à organização e não deve ser considerado na análise da situação estratégica da organização. Os aspectos devem ser classificados como internos e externos e depois classificar, se forem internos em pontos fracos e fortes e, se forem externos classificar em oportunidades e ameaças. A identificação desses aspectos deve tomar alguns cuidados, segundo a pesquisa de HILL e WESTBROOK (1997: 51), que foi efetuada em 20 organizações de manufatura, no Reino Unido, mostrou que: as listas de pontos fracos e fortes, oportunidades e ameaças eram extensas; as listas não eram priorizadas ou não tinham peso sobre os fatores identificados; as palavras e frases eram ambíguas e não claras; não havia solução de conflitos; não havia obrigação de comprovar com dados ou análises as exposições e opiniões fornecidas pelos entrevistados; a análise requerida está em um nível simples; não havia a ligação com a fase de implantação. Os autores também verificaram se não houver comprometimento das pessoas da organização e não for levado a sério o processo, não haverá subsídios para formulação ou revisão das estratégias. O diagnóstico estratégico pode ser identificado após a elaboração da análise estratégica, que identificou os pontos fracos e fortes e os aspectos externos, as oportunidades e ameaças. O diagnóstico é obtido pela inter-relação entre os aspectos internos e os aspectos externos. Dentre os aspectos internos deve-se priorizar os pontos fracos ou os pontos fortes, isso não significa que os pontos não priorizados não tem importância, mas que os priorizados deverão ter uma maior atenção e estão influenciando a organização nesse momento da análise. Da mesma forma deve-se proceder com os aspectos externos, priorizar as oportunidades ou as ameaças, isso significa que deverá ser dada mais atenção aos aspectos priorizados sem esquecer os outros. 5 A figura 2 mostra o inter-relacionamento dos aspectos internos identificados predominantes, ou pontos fortes ou pontos fracos, com os aspectos externos identificados predominantes, ou oportunidades ou ameaças, resultando o diagnóstico estratégico da organização. Figura 2: Esquema do estabelecimento da postura estratégica da organização. ASPECTOS EXTERNOS AMEAÇAS OPORTUNIDADES A S P E C T O S F R A C O S SOBREVIVÊNCIA ou FORÇAS RESTRITIVAS CRESCIMENTO I N T E R N O S F O R T E S MANUTENÇÃO DESENVOLVIMENTO ou FORÇAS PROPULSORAS Fonte: OLIVEIRA (2004), adaptado. Após o diagnóstico estratégico, a organização identificou onde se encontra, e verifica se deseja manter a postura estratégica ou se deseja assumir nova postura, que implicará na formulação de novas estratégias. A estratégia a ser formulada deverá ser sempre uma opção inteligente, sustentável (econômica, social e ambiental) viável e, sempre que possível, original e até ardilosa. A estratégia, para HAX e MAJLUF (1996), pode ser vista como conceito multidimensional que compreende as atividades críticas da organização, provendo-a do sentido de unidade, direção, e propósito, e também facilitando as mudanças necessárias induzidas por seu ambiente. Segundo BETHLEM (1999, p. 56), nos processos de formulação, planejamento e implantação de estratégia, é preciso considerar a influência dos valores dos indivíduos que compõem a organização e da própria organização sobre a escolha da estratégia a ser seguida. Essa influência vai exigir certo cuidado, por parte da organização, na adoção de conceitos, técnicas e formulações, principalmente se oriundos de culturas diferentes daquela em que a organização opera. AULICINO (2002) considera estratégia como o conjunto de meios para atingir os fins, o conceito restrito da estratégia e seus componentes, a participação das pessoas envolvidas. Considera ainda a exploração das circunstâncias encontradas que possa favorecer o atingimento do fim desejado. Nesse contexto, considera os meios pelos quais as conseqüências adversas dos problemas potenciais identificados no processo são eliminadas ou reduzidas quando da ocorrência dos cenários futuros criados. Após a análise da situação estratégica, o diagnóstico estratégico, a nova ou não formulação de estratégia, seguem-se as ações e políticas. Para ANSOFF e MCDONNELL (1993), as regras pelas quais a organização conduzirá suas atividades do dia-a-dia, chamadas de políticas operacionais. 6 OLIVEIRA (2004, p. 236) define política como o conjunto de parâmetros ou orientações que facilitam a tomada de decisões pelo administrador, em qualquer nível da organização. Considera que a estratégia deve ser determinada antes da política, ou seja, da ação, do caminho ou da maneira que deve ser desenvolvida para o alcance dos resultados esperados. 2.2 Unidade de Conservação - UC A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) (2007) define área protegida como uma porção de terra e/ou mar dedicado especialmente à proteção e a manutenção da diversidade biológica, bem como os recursos naturais e culturais associadas, e gerido por meios eficazes, jurídicos ou outros. A Unidade de Conservação (UC), segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), conforme BRASIL (2000), é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. As unidades de conservação integrantes do BRASIL (2000) dividem-se em dois grupos: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. As Unidades de Proteção Integral objetivam preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. E as Unidades de Uso Sustentável visam à compatibilização da conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. A Unidade de Conservação (UC) é uma organização, em que as pessoas, que têm a responsabilidade da administração, procuram atingir o propósito comum de conservar e/ou preservar os recursos naturais lá existentes, conforme BRASIL (2000). A gestão eficaz é o grau em que as ações praticadas conseguem atingir as metas e os objetivos de uma área protegida, conforme POMEROY, PARKS and WATSON (2004). No caso de UCs é importante que as pessoas, tanto aquelas que trabalham na e para a UC quanto aquelas que estão no seu entorno (no caso, a comunidade local), estejam sensibilizadas e conscientizadas sobre o conceito de desenvolvimento sustentável, que segundo o OUR COMMON FUTURE (1987, p. 43): “é o desenvolvimento que atende as necessidades do presente, sem comprometer a habilidade das gerações futuras atender suas próprias necessidades.” As UCs federais, estaduais e municipais fazem parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), segundo BRASIL (2000). No caso de governo estadual, há órgãos para gerir as UCs estaduais, que deve delegar as decisões aos níveis hierárquicos inferiores que detêm informações sobre as mesmas. As UCs estão dispersas de maneira geográfica, dependendo das pessoas designadas para administrá-las sob regime especial de acordo com BRASIL (2000). As UCs para serem administrada necessitam estar alinhadas com um sistema maior, SNUC, e necessitam de alinhamento dentro da própria Unidade de Conservação – UC, compreendendo a formulação de estratégias e do plano das ações estratégicas, estabelecimento da estrutura organizacional e preocupar-se com o comportamento das pessoas envolvidas, que devem estar motivadas com o propósito de conservar e/ou preservar os recursos naturais lá existentes. Nesse contexto, as administrações das UCs devem planejar, organizar, dirigir e controlar os esforços das pessoas e de utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para alcançar os objetivos fixados, conforme OLIVEIRA (2006), e de acordo com o artigo 5º., item XII do BRASIL (2000), que expressa: “busquem conferir às unidades de conservação, nos casos 7 possíveis e respeitadas as conveniências da administração, autonomia administrativa e financeira”. O BRASIL (2000) dispõe que as UCs devem ter um Plano de Manejo, que é um documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. O BRASIL (2000) define manejo como todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas. O Plano de Manejo, segundo o ROTEIRO METODOLÓGICO DE PLANEJAMENTO (2002), tem como objetivos: levar a Unidade de Conservação a cumprir com os objetivos estabelecidos na sua criação; definir objetivos específicos de manejo, orientando a gestão da UC; dotar a UC de diretrizes para seu desenvolvimento; definir ações específicas para o manejo da UC; promover o manejo da Unidade, orientado pelo conhecimento disponível e/ ou gerado; estabelecer a diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento, visando à proteção de seus recursos naturais e culturais; destacar a representatividade da UC no SNUC frente aos atributos de valorização dos seus recursos como: biomas, convenções e certificações internacionais; estabelecer, quando couber, normas e ações específicas visando compatibilizar a presença das populações residentes com os objetivos da Unidade, até que seja possível sua indenização ou compensação e sua realocação; estabelecer normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da Zona de Amortecimento – ZA e dos Corredores Ecológicos - CE, visando a proteção da UC; promover a integração socioeconômica das comunidades do entorno com a UC; orientar a aplicação dos recursos financeiros destinados à UC. Pela definição de Plano de Manejo e dos objetivos verifica-se que faz parte do processo de administração de uma UC: planejar, organizar, dirigir e controlar. Além disso, o Plano de Manejo deveria estar subordinado a um plano mestre ou estratégico da própria UC ou regional ou do Estado. Conforme LARIMER COUNTY PARKS MASTER PLAN (2007), STRATEGIC PLAN SANTA CLARA COUNTY PARKS AND RECREATION SYSTEM (2003) e GATINEAU PARK MASTER PLAN (2005), o Plano Mestre proporciona estratégias e direção gerais para o sistema de UC como um todo, enquanto Plano de Manejo de Recurso proporciona ações específicas para o manejo e melhoria da UC específica. Para PETROCCHI (2002), o ambiente de mudanças precisa imperar em qualquer organização. A implementação de mudanças em uma organização já é um grande desafio, em um sistema de Unidades de Conservação o desafio é, muitas vezes, bem maior. 3. METODOLOGIA Para este estudo foram selecionadas as Unidades de Proteção Integral da Divisão de Florestas e Estações Experimentais (DFEE) do Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (IF). O IF tem como objetivo geral “Proteger, Pesquisar, Recuperar e Manejar a Biodiversidade e o Patrimônio Natural e Cultural a ela Associados, na Perspectiva do Desenvolvimento Sustentável do Estado de São Paulo”. Para tanto, o IF possui uma estrutura organizacional composta pela Diretoria Geral, na qual estão ligadas a Divisão de Florestas e Estações Experimentais (DFEE), Divisão de Administração (DA), Assessoria Técnica de Programação (ATP), Reserva da Biosfera e Cinturão Verde (RBCV), Divisão de Reservas e Parque Estaduais (DRPE), Divisão de Dasonomia (DD) e Serviço de Comunicações Técnico-Científicas (SCTC). A DFEE possui 12 Seções, que são áreas que 8 coordenam duas ou mais UCs, de Proteção Integral ou de Uso Sustentável, de uma mesma região. Assim, na DFEE, são 25 Unidades de Proteção Integral e 33 Unidades de Produção ou de Uso Sustentável. Este estudo está composto por uma pesquisa exploratória, além da revisão bibliográfica. Conforme GIL (1999, p. 43), a pesquisa exploratória tem como finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Ela se constitui na primeira etapa de uma investigação mais ampla e abrangente. Além da pesquisa exploratória, optou-se para este trabalho a pesquisa-ação. Segundo THIOLLENT (2002, p. 14), pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e nos quais os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. A metodologia de pesquisa-ação aqui escolhida foi em razão da participação direta do processo de desenvolvimento dos chefes das UCs realizarem as análises da situação estratégica, diagnosticando cada Unidade de Conservação da Divisão de Florestas e Estações Experimentais – DFEE, do Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo. Os chefes das Unidades de Conservação que participaram deste trabalho foram: Estações Ecológicas de São Carlos, Angatuba, Assis, Jataí, Itaberá, Paranapanema, Ribeirão Preto, Paulo de Faria, Itapeva, Santa Bárbara, Valinhos, Bauru, Mogi Guaçu, Itirapina, Ibicatu e Caetetus; além dos Parques Estaduais de Morro do Diabo, Aguapeí, Furnas do Bom Jesus, Ara e Porto Ferreira, tendo a participação do Diretor da DFEE. Inicialmente, foi realizada uma oficina com estes chefes, na qual foi feita a sensibilização sobre a conservação e, num segundo momento, foram trabalhados os conceitos de organização, administração, análise da situação e diagnóstico estratégico, a nova postura estratégica, e as políticas e o plano de ações estratégicas das UCs. Após dois meses, ocorreu a segunda oficina, na qual os chefes de UCs deveriam apresentar: a análise da situação estratégica, o diagnóstico estratégico, o desejo ou não da reformulação estratégica para suas respectivas UCs. Foram apresentados, também, os planos de ações para a redução dos pontos fracos e manutenção e melhoria dos pontos fortes, além de minimizar os riscos das ameaças e aproveitamento das oportunidades. A partir das análises das situações estratégicas foram definidas as Políticas da DFEE para as UCs. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS A Análise da Situação Estratégica e o Diagnóstico Estratégico realizado pela Diretoria da DFEE foi apresentado após o processo de sensibilização, fornecimento de conceitos a todos os Chefes de UCs e de Seção, que tiveram dois meses para realizaram seus respectivos diagnósticos. O critério do processo de análise e do diagnóstico estratégico, no que concerne a ser participativo ou não, ficou sob a responsabilidade de cada UC. Porém, observou-se que houve uma melhor análise quando existia a participação de todos os funcionários de uma UC, como foi o caso de duas Unidades, que realizaram reuniões e discussões com seus respectivos funcionários, passando os conceitos adquiridos para que pudessem ter uma análise e diagnóstico melhor. De forma geral, foram feitas reuniões com pequeno grupo de chefes de UCs, juntamente com os chefes ou representantes das diversas Seções para discutir os 9 aspectos internos e externos, bem como as prioridades. Em alguns casos de UCs que integram uma mesma Seção, percebe-se que os diagnósticos estratégicos foram similares, tanto nos aspectos internos e externos, quanto nas prioridades, pois o chefes de UC reuniram-se com seu respectivo chefe de Seção. mas principalmente na confusão no que é aspecto interno e externo. Das 25 Unidades de Conservação de Proteção Integral, 21 apresentaram seus diagnósticos estratégicos consolidados nas cinco primeiras situações de maior ocorrência nas UCs, referente aos aspectos internos e externos, conforme tabela 1 e tabela 2. Deve-se ressaltar que os Planos de Manejo foram concluídos em algumas UCs e em outras não, conforme estabelece o SNUC, conforme BRASIL (2000). Porém, esses Planos de Manejo deveriam ser decorrentes de um plano mais amplo denominado de plano mestre ou estratégico da própria UC ou regional ou do Estado como menciona LARIMER COUNTY PARKS MASTER PLAN (2007), fato que, no Brasil, não é elaborado o plano mestre ou estratégico. Tabela1: Aspectos internos comuns às UCs da DFEE. Aspectos Internos Pontos Fracos Descrição do aspecto elaborado pelas UCs Falta de funcionários para determinadas funções UC necessita de infra-estrutura; Falta de divulgação da UC Falta de equipamentos Falta conclusão do Plano de Manejo da UC Ocorrências / UCs 15 14 8 8 7 Pontos Fortes Descrição do aspecto elaborado pelas UCs UC com situação fundiária regular Plano de Manejo concluído Facilidade de fazer contatos e estabelecer parcerias Recepção boa de visitantes A UC possui alguma infraestrutura Ocorrências / UCs 8 7 7 7 6 Fonte: Autores Tabela 2. Aspectos externos comuns às UCs da DFEE. Aspectos Externos Ameaças Descrição do aspecto elaborado pelas UCs Forte presença de caçadores / pescadores Risco de incêndio Invasão de espécies ruderais e/ou exóticas Carência de pessoal para gestão da área / Falta de concurso público Invasão de gado Ocorrências / UCs 15 14 10 8 8 Oportunidades Descrição do aspecto elaborado pelas UCs Recursos Financeiros de compensação ambiental Riqueza biológica Estabelecimento de parcerias locais / regionais Captação de recursos externos Possibilidade de desenvolver pesquisa Ocorrências / UCs 16 15 10 6 5 Fonte: Autores A tabela 3 mostra os diagnósticos estratégicos das UCs, o desejo de mudança ou não da estratégia atual e se as mesmas adotaram ou não nova postura estratégica. Ao analisar essa tabela verifica-se que a maioria das UCs destacam nos aspectos internos os pontos fracos e nos aspectos externos as ameaças, sendo que os pontos fracos são resultados da limitação dos responsáveis das UCs na tomada de decisões para reduzi-los, por ser órgão governamental e como conseqüência pouco pode-se aproveitar as oportunidades, que foram identificadas nos aspectos externos. As UCs que tiveram como destaque no diagnóstico os pontos forte e oportunidades, souberam aproveitar os recursos financeiros das compensações ambientais 10 para reduzir alguns pontos fracos e melhorar os pontos fortes para aproveitar as oportunidades. Tabela 3: Diagnósticos, Mudanças ou não de Postura e a Nova Postura Estratégicss das UCs Unidade Conservação Diagnóstico São Carlos; Itirapina; Paranapanema; Ribeirão Preto; Valinhos; Bauru; Mogi Guaçu; Ibicatu; Caetetus; Ara; Aguapeí; e Furnas de Bom Jesus Itapeva; Itaberá e Santa Bárbara Sobrevivência ou Forças Restritiva (Pontos Fracos e Ameaças) Sim Manutenção (Pontos Fortes e Ameaças) Sim Paulo de Faria; Angatuba e Vassununga Crescimento (Pontos Fracos Oportunidades) Sim Morro do Diabo, Desenvolvimento Forças Propulsoras (Pontos Fortes Oportunidades) Desenvolvimento Forças Propulsoras (Pontos Fortes Oportunidades) Assis; Porto Ferreira e Jataí Desejo de mudança de Postura Estratégica e ou Sim e ou Não Nova Postura Estratégica Desenvolvimento Forças Propulsoras (Pontos Fortes Oportunidades) ou e Desenvolvimento ou Forças Propulsoras (Pontos Fortes e Oportunidades) Desenvolvimento ou Forças Propulsoras (Pontos Fortes e Oportunidades) Aprimorar a estratégia do Desenvolvimento, reforçando os pontos fortes e as oportunidades Não e Fonte: Autores Para que houvesse homogeneização de procedimentos e condutas, procurando alinhar as UCs no contexto da DFEE e atingir o objetivo de preservação e conservação, a partir das análises da situação estratégica das UCs, em conjunto com os respectivos responsáveis e a Direção da DFEE foram definidas as Políticas das UCs como segue: 1. A UC deve além dos objetivos, ter estratégias e motivação das pessoas. 2. A UC deve ter uma estrutura organizacional. Para essa estrutura, deve ser definido para cada competência, o Conhecimento, as Habilidades e as Atitudes (CHA) necessários e a real quantidade de pessoas para o bom funcionamento da UC. 3. Os recursos necessários para a UC serão disponibilizados de acordo com o seu planejamento. 4. Os recursos financeiros das compensações ambientais devem ser utilizados somente em benefício das UCs. 5. A UC terá regularização fundiária da área com seus limites definidos por meio de marcos divisórios. 6. A educação continuada deve ser propiciada as pessoas integrantes das UCs. 7. Deve existir um sistema de comunicação entre as UCs, Chefias de Seção e a DFEE, envolvendo equipamentos e fluxos das informações. 8. A integração entre as UCs deve ser propiciada, por meio de reuniões e visitas técnicas. 9. A UC deve buscar o bom relacionamento com seus atores sociais. 10. A UC deve constituir o seu Conselho Consultivo. 11. A UC deve ter seu Plano de Manejo aprovado e implementado. 11 12. A UC deve ter infra-estrutura necessária para que funcione de forma adequada. 13. A UC deve apoiar e facilitar pesquisas de acordo com suas necessidades e conforme o seu planejamento. 14. A UC deve divulgar seu potencial, normas e legislação incidente, visando o seu uso adequado de acordo com os seus objetivos de criação. 15. A UC deve ter Plano de Contingência para ameaças (incêndio, enchentes, queda de árvores, acidentes de visitantes e trabalhadores e outras) e todas pessoas terem conhecimento e preparadas para agir. 16. A UC deve efetuar relatórios gerenciais periódicos para acompanhamento da implementação das Políticas da DFEE nas UCs e da implementação dos Planos de Ações Estratégicas das UCs. 17. Os recursos para implantação destas políticas advém do Plano de Produção Sustentado – PPS do Instituto Florestal. As políticas definidas não foram implementadas, bem como as ações estratégicas de cada UC, apresentadas na última oficina, em razão da reestruturação feita pela Secretaria do Meio Ambiente, instituindo o Sistema Estadual de Florestas (SIEFLOR), conforme SÃO PAULO (2006), que integra o Instituto Florestal (IF) e a Fundação Florestal (FF), em dezembro de 2006. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Verifica-se que as oficinas proporcionaram aos responsáveis das UCs um novo conhecimento sobre administração, mas o tempo, de dois dias, para assimilação e incorporação desse conhecimento foi insuficiente. Para haver essa incorporação de conhecimento é necessário um tempo maior de aprendizagem tanto de conceitos como de aplicação. Para que isso aconteça, é necessário que o ambiente de mudanças impere no sistema de UCs, conforme PETROCCHI (2002), sabendo que isso é um grande desafio e necessita a participação e comprometimento de toda a estrutura desse Sistema. 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANSOFF, H. I.; MCDONNELL, Edward J. Implantando a Administração Estratégica. 1a edição, 3a tiragem. São Paulo: Editora Atlas, 1993. AULICINO, Antônio L. Dissertação de Mestrado: Identificação de Problemas Potenciais na Construção de Cenários e na Formulação de Estratégias em uma Organização: Proposição de um Método - um estudo de caso. São Paulo: FEA-USP, 2002. BETHLEM, Agrícola, Estratégia Empresarial. 2a edição. São Paulo: Editora Atlas, 1999. BRASIL. Lei n.o 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1.o, incisos I, II, III e IV da Constituição Federal, Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 19 jul. 2000. Seção 1, pt. 1. CASADO, T. A motivação e o trabalho. In: CASADO et al. As Pessoas na Organização. As Pessoas na Organização. São Paulo: Editora Gente, 2002. CHURCHMAN, C. West. Introdução à Teoria de Sistema. São Paulo: Editora Vozes, 1968. 12 DUBRIN, Andrew J. 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