GRADE DE QUALIDADE DOS PRODUTOS PLANOS INOXIDÁVEIS 1 Nível Adequado de Qualidade Aços Planos Inoxidáveis Descrição do Negócio Trata-se de uma sistemática de gestão da qualidade dos produtos planos inoxidáveis, visando adequar o nível de qualidade dos produtos vendidos às reais necessidades dos clientes finais. Objetivos: Implementar um método eficiente de obtenção das informações dos clientes referentes ao nível exato da qualidade requerida para as diversas aplicações finais dos produtos Inox. Integrar estas informações aos sistemas internos de Especificação da Produção e de Gerenciamento da Qualidade. Padronizar e otimizar os processos e produtos, bem como simplificar as operações de acabamento desnecessárias, especialmente as de recuperação de produtos. Em suma, eliminar a ‘Sobre-qualidade’ desnecessária. 2 Forma de Desenvolvimento do Trabalho Este projeto foi conduzido e implementado pela Acesita, dentro de um programa de Assistência Técnica prestada pela Ugine, empresa do grupo siderúrgico Francês Arcelor, entre os anos de 1999 e 2001. Foram realizadas duas missões de técnicos da Acesita à Ugine, França - Usina de Gueugnon e três missões dos técnicos franceses na Acesita, neste período. Envolveu um grande número de pessoas das áreas de Operação, Especificação, Controle de Qualidade, Laboratório, Metalurgia, Vendas e Assistência Técnica a Clientes. 3 Conceitos Gerais A condução deste Projeto de Qualidade se fundamenta na correta especificação metalúrgica dos produtos Inox, a partir de quatro elementos básicos: 1. Tipo de Aço Comercial Tipo de Aço interno 2. Espessura Comercial Espessura Técnica de laminação 3. Tipo de Acabamento Fluxo produtivo econômico (padrão) 4. Uma Aplicação Final “Grade de Qualidade” Foco em ‘PADRONIZAÇÃO’ 4 Proposta de implantação do trabalho na ACESITA Definida uma ESTRATÉGIA de abordagem: Traduzir as reais necessidades dos clientes numa linguagem Acesita, através da atuação dos Times Multifuncionais, simplificando e padronizando os produtos e processos de fabricação. Desenvolver o trabalho compartilhando as atividades com as áreas de Assistência Técnica, Especificação da Produção, Metalurgia e Operação. 5 FORMA ESQUEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO CLIENTES VENDAS ESPECIFICAÇÃO DAS REAIS NECESSIDADES DOS CLIENTES Cadastro Técnico de Clientes Produto: Aço Bitola Acabamento Aplicação Fichas Técnicas: Ficha Base Ficha de Acabamento Ficha de Forma Parâmetros ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIFICAÇÃO PRODUÇÃO PRODUTO-PADRÃO ESTRUTURAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DOS FLUXOS DE PRODUÇÃO - Rotas de Produção - Bitola Técnica de Laminação - Grade de Qualidade - Sistemática de testes e liberação de produtos. ESPECIFICAÇÃO QUALIDADE (Inspeção) METALURGIA E PESQUISA PROGRAMAÇÃO 6 Times Multifuncionais Montado com a Área Comercial um cronograma de visitas aos maiores clientes dos principais segmentos de mercado CRONOGRAMA DE VISITAS A CLIENTES - 2001 GESTORES CLIENTES Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set Out 23 Magneti Marelli Gerente AAA Mai Nov Dez 27 29 Arvin Tenneco Amorim 11 28 26 24 11A13 Inox-Tech Gerente BBB T 30 5 Majdalani Jati-Serviços 28 27 11 22 T 28 30 Losinox T Artex T Açomed 23 Metalcorte T Cosinox 13 Fortinox Ge Dako 16 Gerente CCC 24/25 T 18 10 Tramcut 5 Tramfar 5 21 4 Eletrolux B.S. Continental T 22 7 Multibrás 6 17 21 Hércules 23 Tramteec Gerente DDD Flexibrás 26 Inoxtubos 29 25 21 18 22 Zamprogna 27 Franke Douat Armco T Codistil T LEGENDA : Clientes estratégicos com plano de ação definido XX Visitas realizadas Clientes selecionados para o plano de visitas XX Visitas programadas Apoio Técnico (USINA) T Transferida 7 Planos de Ação desenvolvidos Estabelecidos oito ‘Temas de Trabalho’ com os respectivos planos de ação: Quatro referentes à Assistência Técnica e Especificação: Criação da Espessura Técnica de Laminação Revisão das Aplicações e Reais Aplicações Criação da Grade de Qualidade Teórica Simplificação da gestão comercial do Cadastro Técnico Quatro referentes à gestão da Qualidade: Criação da Biblioteca de Defeitos Desenvolvimento da Estatística de Defeitos Desenvolvimento da Estatística de Características Mecânicas Redução do número das não conformidades metalúrgicas 8 GESTÃO DE OPERAÇÕES E QUALIDADE ESPESSURA TÉCNICA DE LAMINAÇÃO 9 ESPESSURA TÉCNICA DE LAMINAÇÃO Intervalo Comercial Exemplo: Espessura = 1,00 mm ± 0,10mm 1,10 mm 0,90 mm QUALQUER ESPESSURA OBJETIVADA NO LAMINADOR QUE GARANTA QUE O MATERIAL LAMINADO ESTEJA DENTRO DESTAS TOLERÂNCIAS ATENDERÁ AO CLIENTE 10 ESPESSURA TÉCNICA DE LAMINAÇÃO OBSERVE A COMPARAÇÃO DE 2 EXEMPLOS: 1,00 mm 0,90 mm 1,10 mm 0,85 mm 0,90 mm 1,05 mm 1,05 mm ESTE INTERVALO É COMUM AOS DOIS CASOS 11 ESPESSURA TÉCNICA DE LAMINAÇÃO A ANÁLISE DE VÁRIOS CADASTROS MOSTRA QUE PODE EXISTIR UM ÚNICO VALOR DE ESPESSURA OBJETIVADA NO LAMINADOR PARA ATENDER A VÁRIOS INTERVALOS COMERCIAIS SOLICITADOS. A ESTE VALOR CHAMAMOS ESPESSURA TÉCNICA 12 ESPESSURA TÉCNICA DE LAMINAÇÃO Resultados obtidos: Resumo da situação dos Cadastros em 15.11.2001 Produto Laminados a Frio Laminados a Quente Produção Classificação Nº Tipos Nº Espessuras Redução Amostrada de Aço Antes Depois ( % ) Normal Partic. Excep. ( t x mil ) Nº CTMs 93 11 640 249 58 98 61% 167,6 % Peso 76% 18% 6% Nº CTMs 79 20 84 10 % Peso 440 183 58% 163,2 93% 6% 1% 13 GESTÃO DE OPERAÇÕES E QUALIDADE APLICAÇÕES E REAIS APLICAÇÕES 14 Padronização das Aplicações Tabela de Aplicação e Real Aplicação 01 Talheres 02 Panelas 01 Talheres 01 Corpo da panela 02 Talheres Populares 02 Tampas para panelas 03 Garfos/Colheres polidos com esfera 03 Parte externa do fundo da panela 04 Garfos/Colheres polidos com sisal 04 Alças / Cabos 05 Garfos/Colheres Laminadas 06 Conchas 07 Cabos 99 Outras 99 Outras 15 GRADE DE QUALIDADE 16 GRADE DE QUALIDADE Conceituação Geral É uma forma estruturada de codificar os defeitos dos produtos Inox, através dos seus agrupamentos em famílias: 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª - Densidade de defeitos unitários Esfoliações Inclusões e Cavidades Arranhões Heterogeneidade de superfície Deformação de superfície Agressões de superfície São atribuídos valores de 0 a 4 ou A, B e C de acordo com os defeitos. Exemplos: Aplicação: 02.03 - Panelas - Parte externa do fundo . Face Superior: . Face Inferior : 0 0 0 0 0 0 0 1 A B B C 0 C 17 GRADE DE QUALIDADE Famílias de Defeitos Grupo I: Densidade Grupo II: Esfoliações Grupo III: Inclusões/Cavidades Grupo IV: Arranhões Grupo V: Heterogeneidade de Superfície Grupo VI: Deformação de Superfície Grupo VII: Agressões de Superfície 18 GRADE DE QUALIDADE Qualificação de Defeitos por Família DENSIDADE - grupo I 0 1 2 3 4 - Nenhum defeito unitário até 01 defeito unitário a cada 100m até 02 defeitos unitários a cada 100m até 04 defeitos unitários a cada 100m mais de 04 defeitos unitários a cada 100m INTENSIDADE - grupos II a VII 0 - isento de defeitos pertencente ao grupo A - defeitos de nível leve B - defeitos de nível médio C - defeitos de nível grave 19 GRADE DE QUALIDADE Exemplo de defeitos por família Grupo I: Densidade Quantificação de defeitos unitários a cada 100m da bobina 17 35 36 43 45 48 65 92 – – – – – – – – Bolhas Esfoliação Esfoliação tipo arranhão Furo Cavidades tipo fagulhas Lasca em gancho Molde de carepa Marcas de Skid 20 GRADE DE QUALIDADE Filosofia de aplicação REAL APLICAÇÃO GQ Teórica 21 GRADE DE QUALIDADE Filosofia de aplicação REAL APLICAÇÃO GQ Teórica Evolução do nível de exigências: “Q” se transforma em “q” 22 GRADE DE QUALIDADE Filosofia de aplicação Bobina Inox Mapa de Defeitos GQ Real 23 GRADE DE QUALIDADE Filosofia de aplicação Bobina Inox Mapa de Defeitos GQ Real Avaliação automática do risco da alocação ao pedido: NULO-BAIXO-MÉDIO-ALTO 24 GRADE DE QUALIDADE Conclusões O uso da Grade de Qualidade garante a alocação mais precisa da bobina à aplicação final do cliente, reduzindo os riscos de reclamações de clientes e eliminando os custos de uma eventual sobre-qualidade. A padronização dos produtos, quanto à espessuras e rotas de fabricação, beneficia a flexibilidade de realocações e reduz estoques em processo. A criação de uma Biblioteca de Defeitos, com amostras e catálogos dos defeitos típicos dos aços Inox, padroniza os critérios de inspeção e liberação de produtos. O uso de técnicas estatísticas para controle de defeitos e de propriedades permite a tomada de ações corretivas e preventivas, para maior estabilidade do processo e melhor atendimento aos clientes. 25