Dica técnica – Controles Eletrônicos Parte II
Motor Zetec RoCam 1.0L Supercharger
Dando continuidade ao tema das últimas edições,
neste mês, tratamos sobre os sensores do Motor
Zetec RoCam 1.0L Supercharger.
O conhecimento desses componentes, bem como
o princípio de funcionamento de cada um, é de
grande importância para a correta execução
do diagnóstico de falhas e manutenção do motor.
SENSORES
Sensor de Temperatura e Pressão Absoluta do Coletor (T–MAP)
O T–MAP está localizado na região traseira do coletor de admissão e sua função
é informar ao módulo de controle a temperatura do ar admitido e a pressão no
coletor de admissão. De posse dessas medições, o PCM calcula a quantia de ar
que está sendo admitida pelo motor.
Sensor de Posição da Borboleta do Acelerador (TPS)
O TPS é um sensor rotativo, instalado no corpo de borboletas e acionado diretamente
pelo eixo da borboleta do acelerador. Sua função é informar ao PCM qual a posição
da borboleta (carga do motor) e com que velocidade essa posição varia.
O sinal do TPS é utilizado em diversas estratégias de funcionamento, tais como:
aceleração, controle de emissões em desaceleração, estratégia de freio motor, etc.
Sensor de ECT
Está montado na válvula termostática e tem como função informar ao PCM qual
a temperatura do líquido de arrefecimento.
Todas as estratégias de funcionamento do PCM (estabilização de marcha lenta,
cálculo do volume de injeção e do avanço de ignição, etc) levam em conta a
temperatura lida pelo o ECT.
Sensor de Detonação (KS)
O sensor de detonação é fixado no bloco do motor e seu correto funcionamento depende
tanto de sua posição de montagem, quanto do torque em seu parafuso de fixação.
Ele trabalha segundo o princípio piezoelétrico: determinados esforços mecânicos fazem
com que ele gere pulsos de tensão, que são enviados ao PCM.
Sensor de Posição da Árvore de Manivelas (CKP)
O CKP está montado próximo ao rotor de sinal e sua função é informar ao PCM a rotação do motor
e a posição da árvore de manivelas.
Seu funcionamento baseia-se no princípio da indução magnética. Ao girar, o intervalo entre
os dentes do rotor de sinal altera o fluxo do campo magnético no interior do sensor, induzindo-o
a gerar uma tensão elétrica alternada. O PCM avalia a intensidade dessa tensão e sua frequência
e, a partir desses parâmetros, deduz a rotação do motor, sua aceleração ou desaceleração.
Em caso de avaria no CKP, o motor não poderá mais funcionar.
Se o PCM não receber seu sinal durante a partida, o motor não entrará em funcionamento. Se a
falha no sinal ocorrer durante o funcionamento do motor, ele deixará de funcionar imediatamente.
Sensor da Posição do Eixo do Comando de Válvulas (CMP)
O sinal do CMP é utilizado para que o cilindro 1 seja identificado.
A construção e princípio de funcionamento do CMP são os mesmos do CKP.
A diferença encontra-se no gerador de impulsos montado no eixo comando de válvulas.
Sensor de Oxigênio Aquecido (HO2S)
O sensor está instalado na tubulação de escapamento do motor e tem a função de mensurar
a quantia de oxigênio presente nos gases de escape, indicando ao PCM quão rica ou pobre
está a mistura.
O sensor só funciona após atingir sua temperatura de trabalho (aproximadamente 300oC).
A introdução de um resistor elétrico comandado pelo próprio PCM reduz o tempo de aquecimento
para aproximadamente 15 a 20 segundos.
Sensor de Velocidade do Veículo (VSS)
A função deste sensor é indicar ao PCM qual a velocidade do veículo. Pela linha Can, o PCM repassa
essa informação ao conjunto dos instrumentos, além de utilizá-la nas estratégias de freio motor,
desaceleração e marcha lenta.
O princípio de funcionamento do VSS é o do efeito Hall. Nele, um semicondutor é alimentado
por uma corrente elétrica e submetido a um campo magnético, o que gera - entre duas de suas
superfícies - uma tensão chamada tensão Hall. Quando a passagem do campo magnético é
interrompida, a tensão Hall deixa de existir.
E não se esqueça de utilizar sempre peças originais Motorcraft,
elas são homologadas pela Ford, sua garantia de qualidade e segurança.
Download

Julho de 2015 Controles Eletrônicos Parte II