Texto I Thomas Malthus (1766-1834) assegurava que, se a população não fosse de algum modo contida, dobraria de 25 em 25 anos, crescendo em progressão geométrica, ao passo que, dadas as condições médias da terra disponíveis em seu tempo, os meios de subsistência só poderiam aumentar, no máximo, em progressão aritmética. Texto II A ideia de um mundo famélico assombra a humanidade desde que Thomas Malthus previu que no futuro não haveria comida em quantidade suficiente para todos. Organismos internacionais – Organização das Nações Unidas, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional – chamaram a atenção para a gravidade dos problemas decorrentes da alta dos alimentos. O Banco Mundial prevê que 100 milhões de pessoas poderão submergir na linha que separa a pobreza da miséria absoluta devido ao encarecimento da comida. Adaptado: FRANÇA, R. “O fantasma de Malthus”. Veja. 23 abr. 2008. QUESTÃO 22 C1 H1H4 Para K. Marx (1818-1883), a Teoria Malthusiana do crescimento populacional: a) permitia entender, de modo científico, as razões pelas quais os proletários teriam dificuldades para ascender socialmente. b) apresentava as bases adequadas sobre as quais se deveria elaborar a teoria do valor trabalho. c) reforçava valores da burguesia ascendente que, posteriormente a 1848, assumia posições cada vez mais conservadoras. d) era o primeiro passo na construção de uma teoria explicativa do real caráter de classe da sociedade burguesa. e) apreendia a essência do proletariado moderno e os motivos pelos quais a classe burguesa estaria fadada a desaparecer. QUESTÃO 24 Leia com atenção o texto a seguir. A POLÊMICA DO SISTEMA DE COTAS O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 26 de abril, que o sistema de cotas raciais em universidades não contraria a Constituição brasileira. O resultado do julgamento sanciona a prática, adotada por instituições públicas de ensino superior, de manter reservas de vagas para estudantes negros, pardos e índios. Eles julgaram uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas na UnB (Universidade de Brasília), adotado em 2004. A instituição reserva 20% das vagas para candidatos que se declarem negros ou pardos. O partido sustentou que a medida viola o princípio constitucional de igualdade e é discriminatória. No Brasil, o sistema de cotas raciais não beneficia apenas negros, mas pardos e índios. Há ainda as chamadas cotas sociais, para alunos vindos de escolas públicas e deficientes físicos, e cotas mistas, para estudantes negros que estudaram na rede pública de ensino, por exemplo. Para concorreram a essas vagas, os candidatos devem assinar um termo autodeclarando a raça e, em algumas instituições, passar por entrevistas. O problema é que, em uma sociedade mestiça como a brasileira, há o risco de distorções no processo de seleção. O caso mais conhecido ocorreu em 2007. QUESTÃO 24 Dois irmãos gêmeos univitelinos (idênticos), filhos de pai negro e mãe branca, inscreveramse como candidatos no sistema de cotas da UnB. Após uma entrevista, somente um deles foi considerado negro e conseguiu a vaga. Houve repercussão na imprensa e a pressão fez a universidade rever a decisão. De qualquer forma, a decisão do STF deve exercer pressão sobre universidades para que empreguem o sistema de cotas raciais. No Brasil, de um total de 59 universidades federais, 36 possuem alguma forma de ação afirmativa e, em 25 delas, reservas para negros, pardos e índios (42,3% do total). A primeira universidade a adotar as cotas foi a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2002, por conta de uma lei estadual. O ensino superior é um retrato de desigualdades sociais e raciais. O modo como a sociedade e o governo devem tratar a questão, seja como sistema de cotas raciais ou outra proposta, ainda não é consenso no país. http://educacao.uol.com.br C3 C5 H13 H22 QUESTÃO 24 Nos últimos anos, a discussão sobre o estabelecimento do sistema de cotas para negros em universidades públicas tem ocupado importante espaço na imprensa, nos meios acadêmicos e, de maneira geral, na sociedade brasileira. Os argumentos favoráveis e as posições contrárias a essa medida podem ser assim resumidos: a) Os defensores do sistema de cotas enfatizam a necessidade de, com o aumento da presença de afrodescendentes nas universidades públicas, estimular-se a competição racial entre negros e brancos, o que é vital para o desenvolvimento da sociedade brasileira. Os críticos da introdução das cotas afirmam que sua adoção remove um aspecto indenitário da cultura brasileira, a saber, a ideia de inferioridade de negros e indígenas, noção indispensável à nossa civilização. b) Os defensores do sistema de cotas alegam a sua necessidade por promover a reparação parcial da discriminação social, econômica, política e cultural à qual foram submetidos os afrodescendentes, contribuindo, portanto, para a diminuição das desigualdades étnicas e para ampliação das possibilidades de atuação social dos negros. Os críticos do sistema de cotas advertem para o fato de que, com medidas desse tipo, contrariam-se os princípios de igualdade e cria-se um contexto de rivalidade racial no país. C3 C5 H13 H22 QUESTÃO 24 c) Os argumentos favoráveis ao sistema de cotas consistem na tese de que a suposta inferioridade natural dos negros deve ser compensada com a elevação do nível educacional dos afrodescendentes. Os argumentos contrários consistem na tese de que brancos e negros, justamente pela natureza humana comum a ambos, devem possuir signos que os diferenciem socialmente, sendo a educação o mais importante desses mecanismos de distinção. d) Os discursos favoráveis à cota não se estruturam em um plano racional, notabilizandose, isto sim, por seu forte apelo emocional, como se observa nas insistentes referências dramáticas ao passado escravocrata da sociedade brasileira. Os discursos críticos atacam o sistema de cotas com a tese de que, na sociedade brasileira, o texto constitucional já assegura a igualdade de todos à educação. e) Argumentos contrários e favoráveis ao sistema de cotas possuem importante ponto em comum, que é a ideia de exclusão social dos negros, sendo que os primeiros pretendem atingi-la pela aculturação educacional, e os segundos aspiram obtê-la pela dispersão dos afrodescendentes entre a população pobre. C3 C5 H13 H22 QUESTÃO 24 Nos últimos anos, a discussão sobre o estabelecimento do sistema de cotas para negros em universidades públicas tem ocupado importante espaço na imprensa, nos meios acadêmicos e, de maneira geral, na sociedade brasileira. Os argumentos favoráveis e as posições contrárias a essa medida podem ser assim resumidos: a) Os defensores do sistema de cotas enfatizam a necessidade de, com o aumento da presença de afrodescendentes nas universidades públicas, estimular-se a competição racial entre negros e brancos, o que é vital para o desenvolvimento da sociedade brasileira. Os críticos da introdução das cotas afirmam que sua adoção remove um aspecto indenitário da cultura brasileira, a saber, a ideia de inferioridade de negros e indígenas, noção indispensável à nossa civilização. b) Os defensores do sistema de cotas alegam a sua necessidade por promover a reparação parcial da discriminação social, econômica, política e cultural à qual foram submetidos os afrodescendentes, contribuindo, portanto, para a diminuição das desigualdades étnicas e para ampliação das possibilidades de atuação social dos negros. Os críticos do sistema de cotas advertem para o fato de que, com medidas desse tipo, contrariam-se os princípios de igualdade e cria-se um contexto de rivalidade racial no país. QUESTÃO 40 C1 H1 H3 Cartaz de 1994, da campanha de Nelson Mandela à presidência da África do Sul. QUESTÃO 40 C1 H1 H3 Essa campanha representou a: a) luta dos sul-africanos contra o regime do apartheid então vigente. b) conciliação entre os segregacionistas e os partidários da democracia racial. c) proposta de ampliação da luta anti-apartheid no continente africano. d) contemporização diante dos atos de violência contra os direitos humanos. e) superação dos preconceitos raciais por parte dos africânderes. QUESTÃO 45 C1 H3 Do ponto de vista sociológico, o Grafite (as intervenções gráficas feitas geralmente por jovens no ambiente urbano das médias e grandes cidades) pode ser pensado como: QUESTÃO 45 C1 H3 a) uma intervenção criativa (mesmo que de forma contraditória) no espaço público das cidades. b) unicamente como uma característica sintomática da degradação dos espaços urbanos contemporâneos. c) única e exclusivamente como uma forma de arte. d) uma forma de expressão vinculada a determinados grupos religiosos. e) uma forma de expressão vinculada a grupos específicos de consumidores. C4 H18H20 QUESTÃO 41 Segundo Jacques Diouf, diretor-geral da FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação –, a crise silenciosa da fome, que afeta um sexto de toda a humanidade, constitui um sério risco para a segurança e a paz mundial (...). Hoje, o aumento da fome é um fenômeno global. Todas as regiões foram afetadas. Folha de S. Paulo, 20.06.2009. A notícia reflete preocupações inerentes à nova ordem mundial. De que modo pode-se explicar o fenômeno da fome nos dias de hoje? a) A fome hoje é uma consequência da falência das economias da China, Índia e Indonésia, que estão entre as que melhor absorvem o impacto da crise. b) O número de miseráveis no mundo aumentou por causa da bipolarização econômica, que transferiu riquezas para os países periféricos do hemisfério sul. C4 H18H20 QUESTÃO 41 c) A produção de alimentos no mundo diminuiu drasticamente, devido à falta de investimentos econômicos na zona rural. d) A fome começou a se espalhar pelo mundo depois do início da globalização, quando milhões de pessoas abandonaram o campo, devido à industrialização e urbanização do meio rural. e) A crise econômica aumentou o desemprego e reduziu o poder de compra da população, além de ter contribuído para o aumento nos preços dos alimentos.