INTERVENÇÃO PROFERIDA PELO PRESIDENTE DA
AIP, COMENDADOR JORGE ROCHA DE MATOS,
POR OCASIÃO DO “DIA DA COMPETITIVIDADE”
SESSÃO DE ABERTURA
SALA DO SENADO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
31 DE OUTUBRO DE 2007
Senhor Presidente da Assembleia da República
Senhoras e Senhores Deputados
Senhoras e Senhores Empresários
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Permitam-me em primeiro lugar, em nome da AIP-CE, que vos dê as boas
vindas,
agradecendo
a
vossa
presença,
e
muito
particularmente
um
agradecimento muito especial ao Senhor Presidente da Assembleia da República
pela disponibilidade que manifestou para participar no “dia da competitividade” e
também por nos ter cedido este espaço tão simbólica como é a Sala do Senado
da Assembleia da República.
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É um gesto que interpretamos como um importante estímulo para o trabalho de
reflexão em torno da inovação e da competitividade da economia portuguesa
que nos propomos realizar no quadro desta iniciativa.
Efectuar
esta
reflexão
anualmente,
apresentando
o
“relatório
da
competitividade”, com uma filosofia de benchmarking, constitui um compromisso
que a AIP-CE assumiu perante a sociedade portuguesa, desde 2003, quando
apresentou publicamente a Carta Magna da Competitividade.
É um exercício estimulante que nos permite confrontarmo-nos, a nós próprios,
enquanto organização da comunidade empresarial, questionando as estratégias
empresariais, as suas forças e fraquezas, mas igualmente as politicas públicas e
a acção dos poderes públicos.
Várias questões se colocam na elaboração de um trabalho desta natureza
quando coligimos e tratamos informação proveniente de várias fontes.
Uma questão que se coloca inexoravelmente nas análises comparativas é o da
actualidade de dados estatísticos (hard data) e de dados de opinião (soft data),
com os quais se constroem painéis (scoreboards) de indicadores, profusamente
divulgados na Comunicação Social.
São esses painéis construídos pela União Europeia, pela OCDE, pelo Banco
Mundial, pelo FMI, dando origem a inúmeras publicações e, aprofundados por
organizações privadas internacionais como o IMD (Institute for Management
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Development) e o World Economic Forum (WEF), que constituem as principais
referências citadas em relatórios como o da Competitividade, apresentado pela
AIP-CE. Também a Comissão Europeia e o Eurostat constituem, naturalmente
bases fundamentais deste exercício.
Neste relatório da competitividade, integrado num “benchmarking” internacional,
os dados utilizados referem-se, conforme a sua natureza aos anos de 2004 a
2007, sendo a maioria de 2006. Um exercício desta natureza vai-nos permitir a
partir de 2008, proceder a análises mais rigorosas sobre tendências evolutivas
desses indicadores e, assim, produzir críticas e propostas devidamente
fundamentadas. Esperamos divulgar anualmente este relatório mas também
apresentar um relatório de progresso que incida essencialmente sobre o
cumprimento e a avaliação das políticas públicas e das estratégias empresariais.
Deste modo compreende-se que dados últimos divulgados pelo governo do
nosso País vão integrar e constituir a base de um novo trabalho que passaremos
a realizar, traduzido num “relatório de progresso” anual que vai incidir sobre a
avaliação das políticas públicas e das estratégias empresariais, mas que não se
inserem no “benchmarking” internacional.
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Este mesmo é reconhecido pelo Governo quando divulga dados comparativos em
documentos
básicos
relativos
ao
QREN,
ao
Plano
Tecnológico
e
ao
Desenvolvimento Sustentável.
O “relatório da competitividade” bem como um conjunto de reflexões que vão
ser aqui hoje produzidas em torno do mesmo, vai-nos mostrar certamente que a
economia portuguesa apresenta dinâmicas internas ao nível da inovação e da
competitividade que devemos ter em conta e sobretudo reforçar e aprofundar,
de acordo com o objectivo que presidiu ao lançamento da Carta Magna da
Competitividade em 2003: fazer de Portugal um dos países mais atractivos e
competitivos da União Europeia, no horizonte de uma década.
Para atingir este objectivo de grande alcance estratégico não temos outra via
que não seja trabalhar inteligentemente, conjugando boas políticas públicas e
estratégias
empresariais
alicerçadas
na
tecnologia,
na
inovação
e
no
conhecimento.
Melhorar a cadeia de valor da nossa economia passa necessariamente pela nossa
capacidade para alargar e reforçar o nosso portefólio de actividades, bens e
serviços transaccionáveis com que nos expomos perante a globalização.
Jorge Rocha de Matos
2007-10-31
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