ANCILOSTOMIDEOS
E
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
OBJETIVO:
 Estudar a classificação, morfologia,
biologia, ações patogênicas, diagnóstico,
epidemiologia, profilaxia e tratamento.
Ancilostomose ou Ancilostomíase
ANCILOSTOMÍDEOS
CLASSIFICAÇÃO
CLASSE  Nematoda
ORDEM  Strongylida
FAMÍLIA  Ancylostomatidae
SUBFAMÍLIA  Bunostominae (Possui laminas cortantes)
Gênero  Necator
Espécie N. americanus (origem na África)
 Ancylostomatinae (Apresenta dentes)
Gênero  Ancylostoma
Espécie A. duodenale, A. braziliensis
A. canimum,
ANCILOSTOMÍDEOS
MORFOLOGIA 
Adultos machos e fêmeas
cilindriformes, com a extremidade encurvada dorsalmente;
cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes e um par
de laminas cortantes; cor róseo-avermelhada.
N. americanus
A. duodenale
Fêmea
09 a 11 mm
10 a 13 mm
Macho
05 a 09 mm
09 a 11 mm
Ovo
64 a 76 μm
56 a 60 μm
Ovipoção/dia
06 a 11 mil
20 a 30 mil
Cápsula bucal 1 par de placas
2 pares dentes
Larvas Rabditóides e larvas filarióides
-
ANSILOSTOMIDEOS
HÁBITAT  Vermes adultos vivem
na mucosa do
intestino delgado. Duodeno (também
jejuno e íleo.
TRANSMISSÃO  Penetração das
larvas filarióides
(L3 ou infectantes) por via
transcutânea ou oral.
ANCILOSTOMÍDEOS
CICLO EVOLUTIVO  É do tipo monoxênico.
 1ª No meio externo – vida livre  Ovo,
ovo embrionado, L1, L2 e L3
Duas fases
 2ª No hospedeiro definitivo – vida
parasitária  L3, L4, L5 e adulto.
ANCILOSTOMÍDEOS
CICLO EXTERNO:

Para o desenvolvimento do ciclo externo
é necessário um ambiente
adequado
representado por um solo arenoargiloso, com
bastante matéria orgânica e umidade (acima
de 90%), sob temperatura variando entre 20 e
30 graus centígrados além da ausência de luz
solar direta (vivem cerca de 6 meses).
ANCILOSTOMIDEOS
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
 Grau de infecção 
Carga parasitária, fase da infeccção,
localização, idade. etc.
 Fase aguda  Migração das larvas no tecido cutâneo e pulmonar
com instalação dos vermes adultos no I.D.
 Lesões cutâneas  Lesões traumáticas e fenômenos vasculares.
 Dermatite urticariforme  Prurido, edema e eritema (carreamento
de bactérias).
 Lesões pulmonares  Hemorragias petequiais, pneumonite difusa
e síndrome de Loeffer: febre, tosse
produtiva e eosinofilia sanguínea.
ANCILOSTOMÍDEOS
 Fase crônica: Sinais e sintomas  Primários

atividade dos
parasitas
 Secundários  anemia e hipoproteinemia
 Lesões da mucosa intestinal  * Dilaceração e maceração de
fragmentos da mucosa (formação
de úlceras hemorragicas).
* Edemaciada com infiltração
leucocitária (presença de bactérias)
 Expoliação sanguínea  Hematofagismo (por cada verme) :
N. americanus  0,01 a 0,04 ml/ sangue/dia
A. duodenale  0,05 a 0,3 ml/sangue/dia
ANCILOSTOMÍDEOS
 Anemia (microcítica e hipocrômica), leucocitose, eosinofilia,
hemoglobina baixa e hipotroteinemia.
 0,1g de albumina ou 0,3 ML de plasma é ingerido por 100
N. americanus/dia.
 SINTOMATOLOGIA 
Náuseas, vômitos, flatulência, cólica,
indigestão, diminuição do apetite e
geofagia, edema das pernas e
debilidade orgânica.
“A inteligência do amarelado atrofia-se
e a triste figura, incapaz de ação,
incapaz de vontade, incapaz de
progresso, torna-se escravo dos
vermes”
(Monteiro Lobato, 1919,
Urupês).
ANCILOSTOMÍDEOS
IMUNOLOGIA

Fase aguda  Eosinofilia e pequeno ↑ IgG e IgE

Fase crônica  Eosinofilia com ↑ de IgE total e de
anticorpos específicos IgG, IgA e
IgM, detectados pela imunofluorescência, ELISA e hemaglutinação.
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Parasitológico
 Detecção de ovos na matéria fecal  Exame de fezes.
 Métodos  Stoll e Kato – Katz
 Métodos quantitativos  Willis, Hoffmann, Ricthie, etc.
 Imunológico  Precipitação, hemaglutinação,
difusão em gel, imufluorescência
e ELISA.
 Hemograma completo
ANCILOSTOMÍDEOS
EPIDEMIOLOGIA
 Solo arenoargiloso e permeável; temperaturas entre 25 e 30°C,
bastante materia orgânica, umidade acima de 90% são
ideais; preferência por locais temperados e tropicais.
 Falta de instalações sanitárias e o hábito de defecar no solo
(peridomicílio) e andar descalço.
 Classicamente:  A. duodenale Europa, África, Ásia ocidental, China e Japão.
 N. americanus África, sul da China e da
Índia, Américas.
ANCILOSTOMÍDEOS
 No Brasil  A. duodenale  20 a 30 %
 N. americanus  70 a 80 %
 Em adultos  < 50 vermes
 > 50 e < 200
 > 200 e < 500
 > 1000
 Benigna
 significado clínico (anemia)
 Infecção média
 Infecção intensa
ANCILOSTOMIDEOS
PROFILAXIA:
A profilaxia dessa geoelmintose consta:
 Tratamento em massa da população
 Instalação de serviço de esgoto
 Educação sanitária, ambiental e cívica
ANCILOSTOMÍDEOS
TRATAMENTO
 PAMOATO DE PIRANTEL  Inibe a colinesterase
(Piranver, Combantrin)
causando a paralisia do verme.
(10-20mg/kg/3 dias)
 MEBENDAZOL  Age bloqueando a captgação de glicose
(Pantelmin, sirben)
e aminoácidos.
(100mg/2 vezes ao dia/3 dias)
 ALBENDAZOL  Larvicida
(Zentel)
(400mg/dia, dose única)
 Suplemento alimentar  Rico em proteínas e Ferro
 Anemia  Sulfato ferroso
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
Larva migrans cutânea 
Também denominada de
dermatite serpiginosa e dermatite pruriginosa, apresenta distribuição
cosmopolita, porém ocorre com maior frequência nas regiões
tropicais e subtropicais.
 Agentes etiológicos  Ancilostoma braziliensis e Ancilostoma
caninum (parasitas do intestino delgado
de cães e gatos)
 Infecção no homem 
As L3 desses ancilostomideos
penetram ativamente na pele do homem e migram através do tecido
subcutâneo durante semanas ou meses e então morrem.
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
 Sintomas  As partes do corpo frequentemente atingidas
são os pés, pernas, nádegas, mãos e antebraços e mais
raramente boca, lábios e palato.
No local da penetração das L3, aparece lesão eritemopapulosa que evolui, assumindo um aspecto vesicular.
pruduzem intenso prurido
 Diagnóstico  Anamnese, sintomas e aspecto dermatológico da lesão.
 Tratamento  Uso tópico
 Cloretila e neve carbônica,
que mata a larva pelo frio.
 Tiabendazol pomada (4 x
ao dia)
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
USO ORAL:
IVERMECTINA  150 μg/Kg, dose única, via oral.
ALBENDAZOL  200 mg duas vezes ao dia, durante três dias.
TIABENDAZOL  25 mg/Kg de peso corporal e por dia, dividido
em três tomadas, para ingerir depois das
refeições.
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
EPIDEMIOLOGIA
 A larva migrans cutânea é encontrada por toda parte onde se
encontrem cães e gatos infectados com ancilostomídeos.
 O problema é mais frequente em praias e em terrenos arenosos,
onde esses animais poluem o meio com suas fezes.
 Em muitos lugares, são os gatos as principais fontes de infecção.
O hábito de enterrar os excrementos, tão característico desses
animais, e a preferência por faze-lo em lugares com areia,
favorecem a eclosão dos ovos e o desenvolvimento das larvas.
 As crianças contaminam-se ao brincar de areia em depósitos de
areia para construção, ou em tanques de areia dos locais
destinados para a sua recreação.
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
PROFILAXIA
 Medidas isoladas, tomadas pelos proprietários de animais
domésticos.
 Tratamento dos animais de forma sistemática, com ou sem exame
parasitológico prévio.
 Impedir o acesso de animais aos tanques de areia de escolas e
parques com telagem adequada.
 Nas praias, procurar as áreas que são periodicamente cobertas
pelas cheias da maré.
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