Semana de 05 de outubro a 09 de outubro de 2015 • Edição 119 • Ano 3
Valor ATR: Devido a nova forma de trabalho do Consecana, o valor do ATR só será divulgado para aqueles que contribuem com a taxa da Associação. Procurem sua
entidade de classe para saberem do valor. (19) 3401-2251
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Com uma linguagem simples e objetiva, o
Informativo DTA é mais uma ferramenta de Comunicação
da AFOCAPI, que traz informações sobre o setor
sucroalcooleiro.
• Vídeo da TV Udop: “Raízen investiu em 5 anos, mais de R$ 50 mi
em áreas de reutilização de água”. Para ver a matéria completa,
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classe canavieira, os associados terão acesso às
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MATERIA ESPECIAL
FUNDOS ESTÃO COMPRADOS ENQUANTO AÇÚCAR SE RECUPERA FORTEMENTE
NY continuou sua espetacular recuperação durante a semana. Os preços do contrato futuro de açúcarna bolsa encerraram a
sexta-feira com o contrato março/2016 (agora o primeiro mês de vencimento) cotado a 13.53 centavos de dólar por libra-peso, uma
expressiva alta de 112 pontos na semana, quase 25 dólares por tonelada. Os demais meses fecharam todos em território positivo
com variações entre 17 a 28 dólares por tonelada.
O melhor ainda é que os fundos viraram a mão e estão comprados em cerca de 26.000 lotes, embora esse número faça
referência a última terça-feira quando o CFTC apura a posição separada por comitentes. Se de terça para cá o mercado variou quase
90 pontos, é de se esperar que o volume total comprado dos fundos esteja ao redor de 40.000 contratos (2 milhões de toneladas).
Não podemos esquecer que no livro ABC das commodities, normalmente os fundos posicionam-se no lado comprador em mercados
cuja curva mais curta de preços é invertida. Caso do açúcar nesse momento, com março/2016 negociando acima de maio/2016. Vai
resistir?
Não fosse a desvalorização alucinada do real em relação ao dólar, que aponta valores apetitosos para que as usinas façam
seus hedges para 2016 e 2017, certamente teríamos NY apontando para 15-16 centavos de dólar por libra-peso. Observe bem: a
correlação (20 dias) entre o câmbio e o açúcar em NY atingiu menos 0,9200 em 19 de agosto. Ou seja, para cada 1% de alta do real,
NY caia 0.92%; depois disso, inverteu até chegar no dia 17 de setembro e atingir mais 0,8400, ou seja, o dólar subia 1% e
o açúcar também subia 0,84%! Moeda eaçúcar estão descolados nesse momento. Os fundamentos do açúcar estão em campo.
Aconteceu o que prevíramos há três meses: a entrega de 1.200.000 toneladas de açúcar na expiração do contrato de
outubro/2015 completou o ciclo iniciado pela trading asiática com o terceiro recebimento consecutivo de açúcar na bolsa de NY
(maio, julho e outubro) por parte de uma única trading. Opinamos aqui no início de julho que a estratégia era engenhosa e muito
inteligente pois restringia a movimentação física de açúcar do Centro-Sul às portas da entressafra a um único comprador e isso
certamente faria com que os prêmios se apreciassem. Pode-se argumentar que o volume é pouco em relação às exportações mensais,
mas a comparação deve ser feita em relação ao volume de açúcar não comprometido, não vendido, que não consta de contrato entre
as usinas e as tradings. Aí sim, o volume pode pesar. O racional de quem recebe açúcar deve ser esse.
A apreciação dos prêmios não são favas contadas porque o mercado de Commodities não é uma ciência exata, mas a
engenharia da operação como um todo parece ter sido bem construída mesmo para quem a vê como simples observador interessado
nesse mundo do mercado. No entanto, é bom que se frise, os prêmios ainda não mostraram nenhuma reação. No dia da expiração
uma trading vendia açúcar para embarque outubro a um desconto de 105 pontos contra o março/2016. Na sexta-feira havia oferta
de compra a 120 de desconto. Mas nos spreads a operação deve ter sido exitosa.
Saber tirar proveito dos spreads faz parte, ou pelo menos deveria fazer parte, do dia-a-dia das empresas envolvidas com
commodities. As distorções observadas ao longo do ano mostraram taxas implícitas de carregamento dos estoques em níveis muito
superiores ao custo financeiro de carregar o estoque físico e abriu enormes espaços para se ganhar dinheiro. Para tanto, mister se faz
que ação seja acompanhada de muito sangue-frio e disciplina.
No comentário O Nome do Jogo, em 4/7/2015, dissemos: "acredito que já vimos o preço mais baixo do ano. O estudo da
Archer mencionado aqui na semana passada aponta que nos últimos quinze anos o segundo semestre apresentou uma recuperação
dos preços médios praticados - principalmente - no segundo trimestre do ano. Dessa feita, nossa estimativa é que os preços alcancem
seu pico no ano por volta de outubro (quando março será o primeiro mês de negociação) e os preços podem alcançar 14.20-14.50
centavos de dólar por libra-peso". Depois corrigimos esse valor, ainda recentemente (em função da desvalorização do real) e
colocamos como meta 13,26 centavos de dólar por libra-peso em dezembro. O mercado (março/2016) alcançou esse valor muito
antes do que esperávamos. Por que?
A primeira estimativa do modelo da Archer apurada em 15 de setembro indica que as usinas estão fixadas 17,41% das vendas
para a safra 2016/2017. Esse é um percentual elevado considerando que reflete apenas metade do mês de setembro. O preço médio
obtido pelas usinas é de 12,48 centavos de dólar por libra-peso ou o equivalente a R$ 988,76 por tonelada, ambos FOB. O dólar médio
fixado pelas usinas na safra até o momento é de 3.4539
O economista da MB Associados, Antônio Louro, afirmou em podcast que acredita que a desvalorização do real "deve
prosseguir" e que em breve o Brasil deverá perder ö grau de investimento por outra agência de rating". Segundo ele, "os cenários
político e fiscal conturbados dificultam o prognóstico sobre até onde a moeda pode ir". Para 2016, o economista acredita que existe
espaço para a estabilização do real a níveis inferiores a 4,0000.
Arnaldo Luiz Corrêa
Diretor da Archer Consulting
MATERIA ECONOMIA E MERCADO
PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS ETANOL DEVERÃO SUBIR MAIS NOS POSTOS DO PAÍS
A pesquisa de preços de combustíveis apresentada ontem (5) pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) ainda não
refletiu a realidade do mercado no país após o reajuste de 6% da gasolina anunciado na última quarta-feira (30) pela
Petrobras. Em linhas gerais, a gasolina e o etanol ficaram de 4 centavos a 6 centavos de real por litro mais caros ao
consumidor final entre os dias 27 de outubro e 3 de novembro na comparação com a semana anterior. No entanto, o mercado
estima que o "real" reajuste deve chegar nas próximas semanas e superar 15 centavos.
"O mercado, num primeiro momento, fica tumultuado. O varejo e as distribuidoras ainda têm estoques com preço
antigo. Entre os postos de combustíveis, ninguém quer ser o primeiro a repassar para não perder market share. Leva um
tempo para o mercado se estabilizar", explicou ao Valor Econômico o diretor da comercializadora de etanol Bioagência,
Tarcilo Rodrigues.
O potencial é de o preço médio do litro da gasolina nos postos do Estado de São Paulo – referência no mercado
nacional – ir nas próximas semanas a uma faixa de R$ 3,20 a R$ 3,30 – ante os R$ 3,13 atuais – não só devido ao reajuste na
refinaria, mas também pela forte valorização em curso do etanol anidro, que é misturado à gasolina na proporção de 27%.
Na usina em São Paulo, os preços desse biocombustível subiram na última semana 9,8%, ou 14 centavos de real, para R$
1,5765 o litro, de acordo com referência do indicador semanal Cepea/Esalq. Em quatro semanas, a valorização acumulada
alcançou 14,5%, ou 20 centavos.
O etanol hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos e é concorrente direto da gasolina C no mercado
de carros flex, também tem potencial de se valorizar ainda mais nos postos, disse Rodrigues. Em São Paulo, maior Estado
consumidor de combustíveis do país, o litro médio do biocombustível nos postos foi vendido na última semana, conforme a
ANP, a R$ 2,004. O potencial, na visão de Rodrigues, é de esse valor saltar para uma faixa entre R$ 2,10 e R$ 2,20.
Além do efeito do reajuste da gasolina, de 6 centavos de real por litro, o hidratado também tem influência de seus
próprios fundamentos, tais como a ocorrência de chuvas nas áreas produtoras e a proximidade da entressafra. Esses dois
fatores, combinados, vêm provocando uma guinada nos preços na usina em São Paulo desde a primeira semana de setembro.
Entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro, o indicador para o produto subiu 12,3%, para R$ 1,46 o litro, alta, em
termos absolutos, de 16 centavos de real por litro. Em quatro semanas, a alta acumulada é de 16%, ou 20 centavos por litro.
Na última semana, o preço médio do litro da gasolina C subiu em relação à semana anterior em 15 Estados, sendo
que as maiores valorizações foram observadas em São Paulo (0,96%) e em Santa Catarina (1,07%). Já os preços do etanol
hidratado subiram nos postos de combustíveis de 12 Estados, sendo que em Minas Gerais foi registrada a maior alta (2,44%).
Por ora, com a pouca alteração nos preços da gasolina C e do hidratado, a relação entre os preços dos dois produtos
ficou praticamente estável nos Estados onde o etanol já é mais vantajoso – isso ocorre, conforme parâmetro mais aceito pelo
mercado, quando o preço do hidratado equivale a menos de 70% do da gasolina. Em São Paulo, essa paridade ficou em
63,9%, no Paraná, 66,9% e, em Minas, 64,2% (Siamig, 6/10/15)
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