QUARTA-FEIRA 15 JANEIRO 2014 www.imobiliario.publico.pt
SUPLEMENTO COMERCIAL
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CML - CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
Expetativas
otimistas
para 2014
As perspetivas
para a evolução
do mercado
imobiliário em 2014
são positivas, de
acordo com diversos
líderes associativos
e especialistas
auscultados p03
Prémio IHRU
distingue projetos
de reabilitação
em seis cidades p04
Foram ontem conhecidos os vencedores do 25º Prémio IHRU de Reabilitação Urbana. Lisboa, Évora, Porto, Coimbra, Famalicão
e Lugar de Felgueira acolhem os projetos distinguidos
Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente
Investidores
voltam
ao mercado
de escritórios
e comércio
Quatro negócios
recentemente
anunciados
demonstram que
os investidores estão
mais confiantes no
mercado nacional
de escritórios
e retalho p03
02 Opinião IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014
Um olhar mais global
na questão das rendas
À
s vezes é preciso recuar um pouco para se
avançar depois com
toda a segurança. Não
reconhecer esta realidade pode levar-nos a becos sem
Luís Lima
saída ou a situações irreversíveis
contrárias às que verdadeiramente desejamos e queremos alavancar.
A liberalização da lei das rendas,
nos arrendamentos urbanos para
fins residenciais e para fins não residenciais, deveria ser a regra e não
a exceção. Se as políticas habitacionais que marcaram todo o século
XX tivessem, no caso do habitacional, privilegiado os apoios
aos inquilinos,
Se as políticas
o património
habitacionais
construído não
que marcaram
teria chegado à
degradação que
todo o século XX
chegou.
tivessem, no caso
Os apoios aos
do habitacional,
inquilinos com
dificuldades
privilegiado os
encontrar
apoios aos inquilinos, para
uma soluç ão
o património
habitacional no
mercado de arconstruído não
rendamento urteria chegado à
bano eram justidegradação que
ficáveis, mesmo
antes da criação
chegou
de um Estado
Social Democrático, e seriam menos dispendiosos
do que o custo direto e indireto da
degradação urbanística dos centros
urbanos.
A situação das rendas para fins
não residenciais não pode, evidentemente, beneficiar de soluções semelhantes. Em boa verdade, poucas vezes as empresas precisaram
de apoios para se instalarem, salvo
as que manifestamente eram geridas de forma imprudente, ou pior,
mas hoje, hoje face à situação que
vivemos a situação é muito diferente.
Muitas empresas, em especial
muitas pequenas e médias empre-
sas, estão no limite da sobrevivência e um aumento das rendas que
pagam pelas respectivas instalações
é incomportável correspondendo a
uma sentença de falência com todas as consequências para a nossa
Economia. A questão soluciona-se
com o encerramento e com mais
um espaço comercial devoluto.
Na verdade é muito mais do que
isso. A empresa não aguenta, abre
falência, entrega as instalações ao
senhorio e este vê-se e deseja-se para voltar a arrendar aquele espaço
mesmo ao preço que estava a praticar antes de decidir aumentar a
renda ao inquilino antigo.
É neste quadro que todos os debates realizados e a realizar na Comissão de Monotorização da Reforma
do Arrendamento Urbano devem,
para serem eficazes, decorrer. Falo
com as reservas naturais de quem,
como eu, faz parte desta estrutura
de aconselhamento do Estado para
estas matérias específicas.
Sem quebrar essa reserva pois
limito-me a citar recentes declarações do ministro da Ambiente, Ordenamento do Território e Energia,
Jorge Moreira da Silva, registo como
muito positivo a decisão de proceder a ajustamentos à chamada Lei
das Rendas, no princípio do corrente ano, e na sequência das propostas que venham a ser aprovadas na
Comissão de Monitorização.
Espero sinceramente – e tudo
indica que tal acontecerá – que o
debate final sobre estas matérias
decorra sem a perturbação do artificial clima de guerra entres senhorios e inquilinos, desadequado
à realidade do mercado do arrendamento urbano e impeditivo da
obtenção de consensos que o momento e a Economia exigem, também nestas áreas.
Ter um olhar mais global sobre
estas questões é indispensável.
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção
e do Imobiliário de Língua
Oficial Portuguesa
[email protected]
A Reabilitação que
queremos, a Reabilitação
que podemos ter
Arturo
Malingre
D
écadas de congelamento de rendas, que
provocaram a degradação dos imóveis
dos nossos centros
urbanos, associados a uma massiva construção nova nas periferias
das cidades, provocaram o total
abandono do património construído e a degradação das infraestruturas e espaços urbanos dos centros das cidades.
Basta olhar para qualquer capital
europeia para perceber que, salvo
honrosas exceções, Portugal esqueceu por completo a preservação
mais básica do edificado, deixando
cair uma grande parte do seu património, arrasando assim com a memória histórica das nossas cidades,
as quais, com o desenvolvimento
exorbitante das periferias e a abertura de novos polos comerciais, viram morrer aos poucos todo o seu
tecido comercial e cultural centenário e o pulso vital que há poucas
décadas estava instalado nestas
áreas privilegiadas das cidades.
Como muitos outros aspectos que
marcam as nossas vidas, o desígnio
da Reabilitação Urbana surge agora
em Portugal, como sinal de novos
tempos e muito por motivo de uma
mudança de vida que se impõem,
saindo assim do discurso político
para uma vibrante realidade.
Há poucos anos eram apenas
alguns visionários que falavam,
convencidos da importância de regressar ao centro das cidades e de
recuperar o património degradado.
Agora, com o crédito fechado por
causa da crise financeira, emerge
a Reabilitação Urbana como a ferramenta de base para dar resposta
à necessidade de criar uma nova
oferta de arrendamento nos centros das cidades, a única alternativa viável na atual conjuntura para
assegurar a habitação às pessoas,
que tem necessariamente que ir
acompanhada de uma requalificação dos centros urbanos e uma
ativação da atividade económica.
A reforma da lei do arrendamento
pressupõe um bom pontapé de saída e, agora, a Reabilitação Urbana
revela-se estratégica para Portugal,
aparecendo como um pilar essencial para a reativação da atividade
económica no país.
Esta grande oportunidade não
pode ser desaproveitada. É preciso
abrir um amplo debate para definir
o tipo de Reabilitação que queremos e, o que é mais importante, a
Reabilitação que podemos desenvolver nas nossas cidades. É preciso traçar uma estratégia de longo
prazo, que exige um consenso que
privilegie a preservação do nosso
património, mas que só será bem
sucedida se conseguimos equilíbrio
e uma reabilitação sustentável que
seja capaz de produzir habitações
acessíveis para o arrendamento. É
a altura de firmar as bases e de discutir abertamente o caminho que
devemos seguir, e se temos as leis
que vão garantir o nosso objetivo
ou se, muito pelo contrário, é preciso introduzir mudanças de consenso que evitem a perda desta grande
oportunidade.
Neste sentido, a Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, de 19
a 26 de março, afirma-se como um
fórum de debate privilegiado, que
vai sentar na mesma mesa todos
os atores; associações do sector,
Câmara Municipal de Lisboa, institutos públicos, Universidades e
muitas empresas e profissionais.
Vamos todos, em conjunto, promover um amplo debate para discutir
e definir a Reabilitação Urbana que
queremos, a Reabilitação Urbana
que podemos ter.
Diretor - Semana da
Reabilitação Urbana
amalingre@vidaimobiliaria.
com
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Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoia:
inscrições abertas em:
www.vidaimobiliaria.com/premio
PATROCÍNIO PLATINA:
APOIO À
REABILITAÇÃO
URBANA:
PATROCÍNIO OURO:
JORNAL OFICIAL:
IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014 Atualidade 03
ARQUIVO VIDA IMOBILIÁRIA
Escritórios e comércio
portugueses voltam
a atrair capital
Ana Tavares
Os imóveis de comércio
e escritórios em Portugal
voltam a estar no radar
dos investidores, depois de
dois anos com volumes de
investimento em queda.
Uma maior fragmentação vai marcar o imobiliário, especialmente na habitação.
Expetativas otimistas
para 2014
As perspetivas para a evolução do mercado imobiliário em 2014
são positivas, embora a retoma seja marcada por uma maior
fragmentação de operadores, negócios e geografias.
Susana Correia
Depois de anos de mínimos históricos de transações de arrendamento
e venda de escritórios, armazéns,
retalho e habitação, bem como no
investimento em imóveis para rendimento, o mercado imobiliário
terminou 2013 bem posicionado
para dar início a um percurso de
retoma, ainda que tímida, pois assenta numa base de partida muito
baixa. Contudo, de acordo com vários líderes associativos ligados ao
setor imobiliário auscultados pelo
Público Imobiliário, este percurso
dever-se-á, sobretudo, ao facto de
estarmos perante um mercado que
é, atualmente, mais segmentado e
mais fragmentado, quer a nível de
operadores que nele atuam, quer a
nível da dimensão e tipo de negócios, quer das próprias geografias.
Para Ricardo Gomes, Presidente
da AECOPS, “é preciso perceber que
hoje o mercado vai acontecendo a
partir da particularidade, nichos,
negócios de oportunidade. E, nos
próximos tempos, essa será a realidade do mercado”. O mesmo afirma Carlos Leiria Pinto, Chairman da
ULI Portugal: “podemos afirmar que
2014 será um ano caracterizado por
uma fragmentação dos mercados
imobiliários”. Na sua opinião, vamos
ter um contraste entre “segmentos
em profunda recessão” e outros “novos pontuados por uma dinâmica
de crescimento e até alguma valorização”. Além disso, esta fragmentação é também visível na natureza
das empresas e pessoas que fazem os
negócios: “agentes e investidores de
outra natureza menos institucional
estão a ganhar cada vez mais peso
em segmentos específicos do imobiliário”, refere.
Também Luís Lima, presidente da
APEMIP, está confiante na evolução
do mercado imobiliário, nomeadamente pela captação de investimento estrangeiro: “o nosso mercado
imobiliário tem ainda a vantagem de
não ter atravessado qualquer bolha
imobiliária, ao contrário de outros
países que nos são próximos, o que
lhe confere uma segurança acrescida
e um rótulo de bom produto para o
investimento”
De mercado para mercados
A habitação parece ser um dos mercados onde esta realidade mais se
destaca. “Nos próximos anos, não
haverá mercado residencial, haverá
mercados”, explica Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, especialista em estatísticas
para o imobiliário residencial. Na
sua opinião, os fatores dominantes
no mercado habitacional, como a
“melhoria da relação da banca com
o mercado e a queda na oferta de
casas e na construção nova poderão
contribuir para a estabilização dos
preços de compra de casas”, o que
deixa antever um percurso favorável
para este mercado. Contudo alerta
desde logo que” isso não acontecerá
de forma igual em todos os mercados”. Isso mesmo diz também o presidente da AECOPS, Ricardo Gomes,
para quem “em termos residenciais,
vamos falar de um soma de nichos
e não de um mercado único como
falávamos até agora”.
Um paradigma de mercado mais
fragmentado é também notório na
área da reabilitação urbana, encarada por muitos como um dos mais
importantes motores de retoma. Ricardo Guimarães explicou que em
Lisboa e Porto a reabilitação urbana
representa mais de 60% dos fogos licenciados (dados de 2012), atingindo
mesmo os 90% em Lisboa. Contudo,
em média, fora destas duas cidades,
essa incidência desce para 11%. A reabilitação urbana parece aliás proliferar em torno de uma lógica de microescala: “o mercado de recuperação
urbana veio para ficar, mas ao nível
de muitas pequenas operações em
edifícios isolados, que se observam e
multiplicam em muitas cidades portuguesas, com especial destaque em
Lisboa”, na opinião de Carlos Leiria
Pinto, da ULI.
Nos últimos dias foram conhecidos
quatro operações que confirmam isso mesmo e que destacam também
a diversidade dos investidores que
decidem investir em imobiliário português. Num dos maiores negócios
fechados este ano, os suíços da AFIAA
compraram os edifícios de escritórios Espace e Explorer no Parque das
Nações, por €30 milhões. Já esta semana, a Cushman & Wakefield, que
atuou na venda dos ativos anteriores
(representou o vendedor, a Pramerica), anunciou ter mediado a venda
do nº 108 da Avenida da Liberdade,
que acolhe atualmente a loja da marca Michael Kors. Tal como o Espace e
Explorer, este ativo de escritórios foi
também adquirido por um investidor
estrangeiro que se estreia em Portugal, mais concretamente os alemães
GLL – Real Estate Partners GMBH,
que compraram o imóvel por €10
milhões à Espirito Santo Property.
Além do regresso dos investidores
estrangeiros institucionais, como são
os casos especialmente dos oriundos
da Alemanha e outros países a norte,
e os quais se encontravam afastados
de Portugal sobretudo desde o início
da intervenção da Troika, os investidores portugueses estiveram também muito ativos em 2013. Um dos
negócios mais recentes, anunciado
já esta semana e que traduz o tipo
de operação que estes investidores
protagonizaram muito ao longo do
ano passado, foi a compra por um
player português de um conjunto
de imóveis ocupados com três supermercados Pingo Doce na Grande
Lisboa e no Porto. A compra foi realizada por €11,5 milhões e envolveu
outro investidor nacional, nomeadamente o Santander AM, anterior
proprietário dos imóveis, e que foi
representado pela Jones Lang LaSalle
( JLL). Todos os imóveis adquiridos
têm contratos de longo duração, de
entre 12 a 15 anos, o que, de acordo, com Fernando Ferreira, da JLL,
torna “estes produtos muito apetecíveis para investidores que privilegiem a segurança do rendimento”.
Numa outra esfera, e confirmando
a surpreendente dinâmica dos capitais oriundos da China, dois investidores chineses compraram o imóvel
que acolhe o Restaurante Belcanto,
explorado pelo chef José Avillez e localizado no Chiado. Pedro Valente, da
Worx, que mediou o negócio, explica
também que “esta é mais uma prova
de que continua a haver interesse dos
investidores em imobiliário comercial, sobretudo bons imóveis, bem
localizados e com bons inquilinos/
contratos”. Este negócio foi concluído com o objetivo de obtenção de
Golden Visa, embora seja expectável que o investimento chinês gerado nesta motivação possa começar a
atrair também players institucionais.
O investimento imobiliário institucional em Portugal terá, em 2013,
atingido os €289 milhões, mais
que duplicando os níveis de 2012
e com um crescimento de 60% face a 2011, de acordo com dados da
C&W, confirmando, assim, uma
recuperação efetiva do Mercado.
JONES LANG LASALLE
O Pingo Doce na Póvoa de Santo Adrião foi comprado por €7,65 milhões
04 Atualidade IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014
Prémio IHRU distingue projetos
de reabilitação em seis cidades
Já são conhecidos os vencedores do Prémio IHRU de Reabilitação Urbana, que assinala 25 anos. Lisboa, Évora,
Porto, Coimbra, Famalicão e Lugar de Felgueira acolhem os projetos distinguidos.
Susana Correia
Foram ontem anunciados os vencedores do 25º Prémio IHRU de
Reabilitação Urbana, uma iniciativa que é promovida pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação
Urbana (IHRU) desde 1989 com o
objetivo de valorizar a qualidade
e as boas práticas na reabilitação
urbana, bem como assegurar que
os cidadãos possam interessar-se
pela preservação e revitalização do
património habitacional e das áreas urbanas. A cerimónia teve lugar
no Palácio da Foz, em Lisboa, e foi
presidida por Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, que
tem vindo a frisar a importância da
reabilitação urbana como área estratégica para a revitalização do
território e também da economia.
De facto, ainda recentemente, o
Ministro revelou, em declarações à
Lusa, que “em breve será apresentado um pacote de diplomas para
simplificar o regime de reabilitação
urbana”.
Este ano, o galardão do IHRU recebeu um total de 28 candidaturas,
tendo sido entregues prémios em
quatro categorias, além de duas
menções honrosas. Lisboa, Évora, Coimbra e Lugar de Felgueira
(concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro) acolhem os projetos
vencedores do Prémio IHRU de Reabilitação Urbana 2013, que reconhecem as melhores reabilitações
realizadas em edifícios, conjuntos
urbanos, espaços públicos e áreas
de reabilitação urbana. Já as menções honrosas foram atribuídas a
projetos realizados no Porto e em
Famalicão. Entre os vencedores, a
diversidade também é a nota, com
iniciativas promovidas por privados, por autarquias e por instituições de ensino.
Os vencedores foram decididos
por um júri presidido pelo arquiteto Souto Moura, contando ainda
com a participação de representantes do IHRU, da Ordem dos Arquitetos, da Associação Portuguesa de
Arquitetos Paisagistas, da Ordem
dos Engenheiros e do Laboratório
Nacional de Engenharia Civil.
Centro e Norte destacam-se
Na categoria de “Reabilitação de
Edifício”, o vencedor do Prémio
IHRU 2013 foi o projeto de reabili-
tação da “Casa de Campo” de Vasco
e Marta Tavares, que recuperaram
uma habitação para Turismo no Espaço Rural, no Lugar de Felgueira (concelho de Vale de Cambra,
distrito de Aveiro). De acordo com
o Júri, em informação revelada ao
Público Imobiliário, este projeto envolvia obras de reabilitação bastante difíceis, pois “era o tipo de edifício que já se tinha tornado invulgar
para as características construtivas
e padrões arquitetónicas atuais”.
Mas o projeto “conseguiu recuperar o caráter do edifício, através
da exclusão de todos os volumes e
elementos descaracterizadores e
através do recurso ao desenho do
detalhe baseado no existente”, destacando- se ainda que é uma reabilitação “arquitetonicamente bem resolvida e com indiscutível melhoria
no desempenho energético”.
CML - CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
Câmara de Lisboa
e Universidade de Évora
arrecadam dois prémios
O Prémio IHRU de
Reabilitação Urbana
foi lançado em 1989,
assinalando este ano
o 25º aniversário
Nesta categoria, a menção honrosa foi atribuída ao projeto de recuperação de uma moradia unifamiliar na Rua do Bonjardim, nº953,
no Porto. Promovido por António
Henrique Ribeiro Gomes, este projeto foi considerado pelo Júri como
“a intervenção de reabilitação mais
completa, no ponto de vista estrutural e de segurança e que melhor
se enquadra nos conceitos de reabilitação de edifícios, no que diz
respeito à salvaguarda do património existente”.
Também no Centro, Coimbra recebeu o prémio IHRU 2013 para a
melhor “Área de Reabilitação Urbana”, sendo premiada a ARU de
Coimbra Alta, gerida pela Câmara
Municipal de Coimbra. Esta área
de reabilitação urbana abrange cerca de 12 hectares e 400 edifícios,
sendo limitada pela área do Centro
Histórico, embora excluindo a zona
ocupada pela conjunto da Universidade de Coimbra, de forma a assegurar uma área mais coerente em
termos de gestão do território.
Ainda a Norte, a autarquia de Famalicão foi distinguida com uma
menção honrosa na categoria de
“Reabilitação do Espaço Público”,
com o projeto de reabilitação do
conjunto urbano da Devesa, que
integra a requalificação da Avenida do Brasil, da Rua Fernando Mesquita (1ª fase), do espaço público a
Sul das Lameiras e da Rua Henriques Nogueira. De acordo com o
júri, esta “intervenção do Parque
da Devesa teve uma solução de simplicidade na resolução dos problemas”, tendo sido bastante elogiado
enquanto parque ecológico e “com
importante elemento de vitalização
urbana”.
A renovação do espaço público da Mouraria, projeto liderado pela
autarquia de Lisboa, foi um dos vencedores
A autarquia de Lisboa, com o projeto de revitalização do espaço público da Mouraria, venceu na categoria de “Reabilitação do Espaço
Público”, o qual o júri considerou
ter sido recuperado de “forma integrada, introduzindo melhorias
significativas de acessibilidade, de
infraestruturas e funcionais”, destacando ainda a simplicidade de
materiais e cores em intervenções
com elevado grau de complexidade. Relembre-se que a intervenção
urbana na Mouraria foi um dos projetos emblemáticos da autarquia alfacinha, e o presidente da Câmara
de Lisboa, António Costa, transferiu em 2011, e por um período de
cerca de dois anos, o seu gabinete
para o Largo do Intendente, uma
das zonas deste bairro muito ligada
à prostituição e consumo de droga,
como forma de ”credibilizar a intervenção no bairro da Mouraria”.
Na categoria de “Reabilitação de
Conjunto Urbano, o melhor projeto
foi a Fábrica dos Leões, localizada
na Estrada dos Leões, em Évora, e
promovido pela Reitoria da Universidade de Évora. Na antiga Fábrica
de Massas Leões, que integrava silos
de cereais entre outras especificidades estruturais, nasceu o complexo
de Artes e Arquitetura da Universidade de Évora. De acordo com o
júri, “foi meritório o resultado revelado pela capacidade da equipa
técnica de encontrar soluções para
um conjunto daquela dimensão e
complexidade, com limite de custos
e obra tão reduzido”. Considerouse ainda, como “muito adequada,
embora simples, nas soluções arquitetónica e construtiva adotadas
face à finalidade de uso”.
06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014
Millennium bcp aposta em Gaia
com preços de campanha competitivos
O concelho de Gaia é uma das apostas do Millennium bcp no âmbito da campanha “Mês de Oportunidades”,
que decorrerá durante o 1º trimestre do ano. A oferta de imóveis detidos pelo banco neste concelho abarca
habitação a partir de €15.000 e imobiliário comercial desde €5.000.
RUI MORAIS DE SOUSA (TURISMO DE PORTUGAL)
Preço e
condições de
financiamento
garantem bons
resultados
A carteira do Millennium em Gaia integra 135 imóveis, dos quais apenas 28% são de uso residencial
Análise
Até 31 de março, todos os imóveis
do Millennium bcp em comercialização no concelho de Gaia vão integrar esta campanha, que arrancou
no início do ano. “Todos os imóveis nesta campanha têm um valor
de venda muito atrativo”, começa
por dizer José Araújo, da Direção do
Negócio Imobiliário do Millennium
bcp, um preço que pode ainda ser
alvo de um desconto adicional se a
escrituração do imóvel for realizada
de forma rápida. “Além deste preço
de campanha, existe a possibilidade
obter 5% de desconto sobre o preço
em catálogo para todos os imóveis
escriturados até final da campanha
(31 de março 2014)”. Para potenciar
e prolongar os efeitos da campanha,
no mês seguinte ao final da iniciativa, o Millennium oferece ainda a
possibilidade de os compradores
usufruirem de um desconto de 2%
para imóveis que sejam escriturados entre 1 e 30 de abril, mas apenas
no segmento não residencial, avançou ainda este responsável.
As expectativas para as vendas
no concelho de Gaia são bastante
positivas, até porque esta zona foi,
em 2013 e no seio da carteira imobiliária detida pelo banco, bastante dinâmica, “com um volume de
vendas muito elevado”. Mais de 200
imóveis da carteira do Millennium
bcp localizados em Gaia foram transaccionados no ano passado, com
um valor médio de 70.000 euros,
revela José Araújo ao Público Imobiliário.
Esta será a terceira vez que este
programa de dinamização comercial chega a Gaia, concelho no qual
o banco detém atualmente uma carteira de 135 imóveis em comercialização, dos quais 28% residenciais e
os restantes distribuídos entre lojas,
imóveis destinados a serviços, garagens, armazéns e terrenos. De acordo com José Araújo, os preços dos
imóveis nesta carteira são bastante
competitivos e com oportunidades
diversificadas. “Temos apartamentos e moradias que variam entre as
tipologias T1 e T5 e com preços a
partir de €15.000, podendo atingir,
em alguns produtos os €822.000”.
Já nos espaços comerciais e imóveis
de serviços, “temos imóveis para as
mais diversas utilizações e que apresentam valores de comercialização
que podem variar entre os €5.000
e os €357.000”.
“Mês das Oportunidades”
deverá gerar vendas
nacionais de €25 milhões
A campanha “Mês das Oportunidades” está a gerar boas expectativas
junto do Millennium bcp, quer devido às próprias características da
iniciativa quer devido à recuperação que já se faz sentir no mercado.
José Araújo revela que no âmbito
desta campanha, planeada para o
1º trimestre de 2014 em várias zonas
do país “com tradição no setor imobiliário”, o banco espera concretizar vendas de entre 20 a 25 milhões
de euros, frisando que “uma maior
confiança e otimismo voltaram aos
operadores e isso tem de ter reflexo
nos números finais”. A julgar “pelo
começo verdadeiramente enérgico”, os resultados deverão ser bastante positivos. “Só durante a primeira semana da iniciativa, temos
mais de 30 imóveis reservados”, diz
o responsável da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp.
“O mercado está mais dinâmico, as
zonas mais ativas e cada vez mais os
imóveis ficam comprometidos”. O
mesmo responsável frisa que nesta
nova fase da campanha, “as oportunidades para o segmento empresarial e para empreendedores
são únicas, já que 70% dos ativos
integrados na campanha são do segmento não residencial”.
A forma como a campanha está
desenhada também é uma mais valia. “Os “meses de oportunidades”
são animações e atividades comerciais muito simples de compreender quer por parte dos clientes,
quer dos mediadores e das nossas
equipas comerciais”, começa por
explicar José Araújo. E detalha: “há
um conjunto de imóveis de várias
tipologias e segmentos que vão estar a preços de oportunidade durante um certo período de tempo
para aquisição. Adicionalmente, se
a sua escrituração for rápida, também existirá um prémio no valor
final”.
Em entrevista ao Público
Imobiliário, Tiago Cerqueira,
sócio-gerente da Chave
Nova, mediadora parceira do
Millennium bpc e cuja área de
atuação abarca principalmente
o Grande Porto, revela
que as expectativas para a
comercialização de imóveis
detidos pelo banco em Gaia são
as melhores, “pois continua a
existir a excelente aliança entre
o valor de venda do imóvel e as
condições de financiamento”.
Na sua opinião, o mercado
imobiliário de Gaia, apresenta
um potencial permanente,
impulsionado também pela
facilidade de acessos a serviços,
a transportes e a redes viárias.
E termos de procura, os
apartamentos T2 e T3, seguidos
de moradias, são tipologias
bastante pretendidas, mas
Tiago Cerqueira considera que a
procura deverá “crescer, de forma
contínua, em todas as vertentes
do mercado de imobiliário
habitacional e de serviços”.
Retificação
Na edição anterior do Público
Imobiliário, no artigo da
página 6 com o titulo “Não
habitacional ganhou ritmo
já em 2013”, a citação “ é
normal no Millennium, termos
processos que não chegam
a demorar 15 dias, desde a
proposta até à escritura” foi
incorretamente atribuída
a Miguel Poisson, diretor
geral da ERA. O autor desta
consideração é João Martins,
Diretor Geral da Maxfinance
(Remax). Pelo lapso,
apresentamos as nossas
desculpas aos visados.
IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014 Oportunidades 07
Oportunidades
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Vila Nova de Gaia
Preços residenciais estabilizam em Gaia
No 3º trimestre de 2013 o Índice de Preços Confidencial
Imobiliário teve uma variação de 0,4% no concelho de Vila
Nova de Gaia. Trata-se de um resultado que aponta para uma
estabilização, depois de ter descido 0,9% no 1º trimestre desse
ano e 0,8% no segundo.
A oferta de fogos para venda em Gaia ascende a 11,3 mil frações.
Destas 4,7 são fogos novos, tendo um valor médio de oferta de
1.196 euros/m2. Nos usados esse valor é de 941 euros/m2.
Habitação - Vila Nova de Gaia
Valores promocionais
até 31 de março
de 2014.
Comércio
Preço: 43.000 €
Ref: 13404
Localização: Vila Nova de Gaia
Freguesia: Grijó
Tipologia: Comércio
Área: 73 m2
Ano: 2003
Classe energética: G
Índice de preços
(2005=100)
100
Apartamento T3
Preço: 126.000 €
Ref: 67120
Localização: Vila Nova de Gaia
Freguesia: Olival
Tipologia: T3
Área: 120 m2
Ano: 2003
Classe energética: B -
98
96
94
92
90
1.º Trim 2006
3.º Trim 2013
Valor médio de oferta/M2 - 3.º T de 2013
M
Q
D
J
Apartamento T2
Preço: 84.000 €
Ref: 67814
Localização: Vila Nova de Gaia
Freguesia: Pedroso
Tipologia: T2
Área: 88 m2
Ano: 2003
Classe energética: B
H
G
S
B
R
P
C
F
K
I
A
O
N
L
E
A Arcozelo
I
Q V.N. Gaia
Sem informação
B Avintes
J Oliveira Douro
R Vilar Andorinho
728€ <-> 935€
C Canelas
K Pedroso
S Vilar do Paraíso
935€ <-> 1141€
D Canidelo
L S. Felix da Marinha
1141€ <-> 1348€
E Grijó
M S. Pedro da Afurada
1348€ <-> 1555€
F Gulpilhares
N Seixezelo
G Madalena
O Serzedo
H Mafamude
P Valadares
Olival
Fonte: Ci/LardoceLar.com
A Confidencial Imobiliário (Ci) é uma revista de Market Intelligence, especializada
na produção de estatísticas sobre imobiliário, orientadas para profissionais.
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Apartamento T2
Preço: 68.500 €
Ref: 66553
Localização: Vila Nova de Gaia
Freguesia: Vilar do Paraíso
Tipologia: T2
Área: 96 m2
Ano: 1999
Classe energética: B
FIM-DE-SEMANA PARA DOIS
€99
FUGIR, DORMIR FORA,
JANTAR COM TEMPO.
ATÉ O PREÇO É ROMÂNTICO.
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SESIMBRA HOTEL & SPA
Fim-de-semana: 2 noites para duas pessoas em quarto duplo com
pequeno-almoço incluído + 1 jantar para 2 pessoas
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Reservas a partir de 29 de Novembro de 2013
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Usufruto terá as seguintes excepções: Natal, Fim de Ano, São Valentim e Carnaval
RASO – Viagens e Turismo, S.A. | Sede Social: Torre Oriente, Av. do Colégio Militar, N.º 37 F, 5.º, 1500-081 Lisboa | Capital Social EUR 6 000 000 | MATRIC. CRC
Lisboa/NIPC 500 886 113 | RNAVT N.º Registo 1819.
o preço é o melhor ponto de partida.
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Prémio IHRU distingue projetos de reabilitação em seis cidades p04