QUARTA-FEIRA 15 JANEIRO 2014 www.imobiliario.publico.pt SUPLEMENTO COMERCIAL PUBLICIDADE CML - CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA Expetativas otimistas para 2014 As perspetivas para a evolução do mercado imobiliário em 2014 são positivas, de acordo com diversos líderes associativos e especialistas auscultados p03 Prémio IHRU distingue projetos de reabilitação em seis cidades p04 Foram ontem conhecidos os vencedores do 25º Prémio IHRU de Reabilitação Urbana. Lisboa, Évora, Porto, Coimbra, Famalicão e Lugar de Felgueira acolhem os projetos distinguidos Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente Investidores voltam ao mercado de escritórios e comércio Quatro negócios recentemente anunciados demonstram que os investidores estão mais confiantes no mercado nacional de escritórios e retalho p03 02 Opinião IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014 Um olhar mais global na questão das rendas À s vezes é preciso recuar um pouco para se avançar depois com toda a segurança. Não reconhecer esta realidade pode levar-nos a becos sem Luís Lima saída ou a situações irreversíveis contrárias às que verdadeiramente desejamos e queremos alavancar. A liberalização da lei das rendas, nos arrendamentos urbanos para fins residenciais e para fins não residenciais, deveria ser a regra e não a exceção. Se as políticas habitacionais que marcaram todo o século XX tivessem, no caso do habitacional, privilegiado os apoios aos inquilinos, Se as políticas o património habitacionais construído não que marcaram teria chegado à degradação que todo o século XX chegou. tivessem, no caso Os apoios aos do habitacional, inquilinos com dificuldades privilegiado os encontrar apoios aos inquilinos, para uma soluç ão o património habitacional no mercado de arconstruído não rendamento urteria chegado à bano eram justidegradação que ficáveis, mesmo antes da criação chegou de um Estado Social Democrático, e seriam menos dispendiosos do que o custo direto e indireto da degradação urbanística dos centros urbanos. A situação das rendas para fins não residenciais não pode, evidentemente, beneficiar de soluções semelhantes. Em boa verdade, poucas vezes as empresas precisaram de apoios para se instalarem, salvo as que manifestamente eram geridas de forma imprudente, ou pior, mas hoje, hoje face à situação que vivemos a situação é muito diferente. Muitas empresas, em especial muitas pequenas e médias empre- sas, estão no limite da sobrevivência e um aumento das rendas que pagam pelas respectivas instalações é incomportável correspondendo a uma sentença de falência com todas as consequências para a nossa Economia. A questão soluciona-se com o encerramento e com mais um espaço comercial devoluto. Na verdade é muito mais do que isso. A empresa não aguenta, abre falência, entrega as instalações ao senhorio e este vê-se e deseja-se para voltar a arrendar aquele espaço mesmo ao preço que estava a praticar antes de decidir aumentar a renda ao inquilino antigo. É neste quadro que todos os debates realizados e a realizar na Comissão de Monotorização da Reforma do Arrendamento Urbano devem, para serem eficazes, decorrer. Falo com as reservas naturais de quem, como eu, faz parte desta estrutura de aconselhamento do Estado para estas matérias específicas. Sem quebrar essa reserva pois limito-me a citar recentes declarações do ministro da Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, registo como muito positivo a decisão de proceder a ajustamentos à chamada Lei das Rendas, no princípio do corrente ano, e na sequência das propostas que venham a ser aprovadas na Comissão de Monitorização. Espero sinceramente – e tudo indica que tal acontecerá – que o debate final sobre estas matérias decorra sem a perturbação do artificial clima de guerra entres senhorios e inquilinos, desadequado à realidade do mercado do arrendamento urbano e impeditivo da obtenção de consensos que o momento e a Economia exigem, também nestas áreas. Ter um olhar mais global sobre estas questões é indispensável. Presidente da CIMLOP Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa [email protected] A Reabilitação que queremos, a Reabilitação que podemos ter Arturo Malingre D écadas de congelamento de rendas, que provocaram a degradação dos imóveis dos nossos centros urbanos, associados a uma massiva construção nova nas periferias das cidades, provocaram o total abandono do património construído e a degradação das infraestruturas e espaços urbanos dos centros das cidades. Basta olhar para qualquer capital europeia para perceber que, salvo honrosas exceções, Portugal esqueceu por completo a preservação mais básica do edificado, deixando cair uma grande parte do seu património, arrasando assim com a memória histórica das nossas cidades, as quais, com o desenvolvimento exorbitante das periferias e a abertura de novos polos comerciais, viram morrer aos poucos todo o seu tecido comercial e cultural centenário e o pulso vital que há poucas décadas estava instalado nestas áreas privilegiadas das cidades. Como muitos outros aspectos que marcam as nossas vidas, o desígnio da Reabilitação Urbana surge agora em Portugal, como sinal de novos tempos e muito por motivo de uma mudança de vida que se impõem, saindo assim do discurso político para uma vibrante realidade. Há poucos anos eram apenas alguns visionários que falavam, convencidos da importância de regressar ao centro das cidades e de recuperar o património degradado. Agora, com o crédito fechado por causa da crise financeira, emerge a Reabilitação Urbana como a ferramenta de base para dar resposta à necessidade de criar uma nova oferta de arrendamento nos centros das cidades, a única alternativa viável na atual conjuntura para assegurar a habitação às pessoas, que tem necessariamente que ir acompanhada de uma requalificação dos centros urbanos e uma ativação da atividade económica. A reforma da lei do arrendamento pressupõe um bom pontapé de saída e, agora, a Reabilitação Urbana revela-se estratégica para Portugal, aparecendo como um pilar essencial para a reativação da atividade económica no país. Esta grande oportunidade não pode ser desaproveitada. É preciso abrir um amplo debate para definir o tipo de Reabilitação que queremos e, o que é mais importante, a Reabilitação que podemos desenvolver nas nossas cidades. É preciso traçar uma estratégia de longo prazo, que exige um consenso que privilegie a preservação do nosso património, mas que só será bem sucedida se conseguimos equilíbrio e uma reabilitação sustentável que seja capaz de produzir habitações acessíveis para o arrendamento. É a altura de firmar as bases e de discutir abertamente o caminho que devemos seguir, e se temos as leis que vão garantir o nosso objetivo ou se, muito pelo contrário, é preciso introduzir mudanças de consenso que evitem a perda desta grande oportunidade. Neste sentido, a Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, de 19 a 26 de março, afirma-se como um fórum de debate privilegiado, que vai sentar na mesma mesa todos os atores; associações do sector, Câmara Municipal de Lisboa, institutos públicos, Universidades e muitas empresas e profissionais. Vamos todos, em conjunto, promover um amplo debate para discutir e definir a Reabilitação Urbana que queremos, a Reabilitação Urbana que podemos ter. Diretor - Semana da Reabilitação Urbana amalingre@vidaimobiliaria. com PUBLICIDADE Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoia: inscrições abertas em: www.vidaimobiliaria.com/premio PATROCÍNIO PLATINA: APOIO À REABILITAÇÃO URBANA: PATROCÍNIO OURO: JORNAL OFICIAL: IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014 Atualidade 03 ARQUIVO VIDA IMOBILIÁRIA Escritórios e comércio portugueses voltam a atrair capital Ana Tavares Os imóveis de comércio e escritórios em Portugal voltam a estar no radar dos investidores, depois de dois anos com volumes de investimento em queda. Uma maior fragmentação vai marcar o imobiliário, especialmente na habitação. Expetativas otimistas para 2014 As perspetivas para a evolução do mercado imobiliário em 2014 são positivas, embora a retoma seja marcada por uma maior fragmentação de operadores, negócios e geografias. Susana Correia Depois de anos de mínimos históricos de transações de arrendamento e venda de escritórios, armazéns, retalho e habitação, bem como no investimento em imóveis para rendimento, o mercado imobiliário terminou 2013 bem posicionado para dar início a um percurso de retoma, ainda que tímida, pois assenta numa base de partida muito baixa. Contudo, de acordo com vários líderes associativos ligados ao setor imobiliário auscultados pelo Público Imobiliário, este percurso dever-se-á, sobretudo, ao facto de estarmos perante um mercado que é, atualmente, mais segmentado e mais fragmentado, quer a nível de operadores que nele atuam, quer a nível da dimensão e tipo de negócios, quer das próprias geografias. Para Ricardo Gomes, Presidente da AECOPS, “é preciso perceber que hoje o mercado vai acontecendo a partir da particularidade, nichos, negócios de oportunidade. E, nos próximos tempos, essa será a realidade do mercado”. O mesmo afirma Carlos Leiria Pinto, Chairman da ULI Portugal: “podemos afirmar que 2014 será um ano caracterizado por uma fragmentação dos mercados imobiliários”. Na sua opinião, vamos ter um contraste entre “segmentos em profunda recessão” e outros “novos pontuados por uma dinâmica de crescimento e até alguma valorização”. Além disso, esta fragmentação é também visível na natureza das empresas e pessoas que fazem os negócios: “agentes e investidores de outra natureza menos institucional estão a ganhar cada vez mais peso em segmentos específicos do imobiliário”, refere. Também Luís Lima, presidente da APEMIP, está confiante na evolução do mercado imobiliário, nomeadamente pela captação de investimento estrangeiro: “o nosso mercado imobiliário tem ainda a vantagem de não ter atravessado qualquer bolha imobiliária, ao contrário de outros países que nos são próximos, o que lhe confere uma segurança acrescida e um rótulo de bom produto para o investimento” De mercado para mercados A habitação parece ser um dos mercados onde esta realidade mais se destaca. “Nos próximos anos, não haverá mercado residencial, haverá mercados”, explica Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, especialista em estatísticas para o imobiliário residencial. Na sua opinião, os fatores dominantes no mercado habitacional, como a “melhoria da relação da banca com o mercado e a queda na oferta de casas e na construção nova poderão contribuir para a estabilização dos preços de compra de casas”, o que deixa antever um percurso favorável para este mercado. Contudo alerta desde logo que” isso não acontecerá de forma igual em todos os mercados”. Isso mesmo diz também o presidente da AECOPS, Ricardo Gomes, para quem “em termos residenciais, vamos falar de um soma de nichos e não de um mercado único como falávamos até agora”. Um paradigma de mercado mais fragmentado é também notório na área da reabilitação urbana, encarada por muitos como um dos mais importantes motores de retoma. Ricardo Guimarães explicou que em Lisboa e Porto a reabilitação urbana representa mais de 60% dos fogos licenciados (dados de 2012), atingindo mesmo os 90% em Lisboa. Contudo, em média, fora destas duas cidades, essa incidência desce para 11%. A reabilitação urbana parece aliás proliferar em torno de uma lógica de microescala: “o mercado de recuperação urbana veio para ficar, mas ao nível de muitas pequenas operações em edifícios isolados, que se observam e multiplicam em muitas cidades portuguesas, com especial destaque em Lisboa”, na opinião de Carlos Leiria Pinto, da ULI. Nos últimos dias foram conhecidos quatro operações que confirmam isso mesmo e que destacam também a diversidade dos investidores que decidem investir em imobiliário português. Num dos maiores negócios fechados este ano, os suíços da AFIAA compraram os edifícios de escritórios Espace e Explorer no Parque das Nações, por €30 milhões. Já esta semana, a Cushman & Wakefield, que atuou na venda dos ativos anteriores (representou o vendedor, a Pramerica), anunciou ter mediado a venda do nº 108 da Avenida da Liberdade, que acolhe atualmente a loja da marca Michael Kors. Tal como o Espace e Explorer, este ativo de escritórios foi também adquirido por um investidor estrangeiro que se estreia em Portugal, mais concretamente os alemães GLL – Real Estate Partners GMBH, que compraram o imóvel por €10 milhões à Espirito Santo Property. Além do regresso dos investidores estrangeiros institucionais, como são os casos especialmente dos oriundos da Alemanha e outros países a norte, e os quais se encontravam afastados de Portugal sobretudo desde o início da intervenção da Troika, os investidores portugueses estiveram também muito ativos em 2013. Um dos negócios mais recentes, anunciado já esta semana e que traduz o tipo de operação que estes investidores protagonizaram muito ao longo do ano passado, foi a compra por um player português de um conjunto de imóveis ocupados com três supermercados Pingo Doce na Grande Lisboa e no Porto. A compra foi realizada por €11,5 milhões e envolveu outro investidor nacional, nomeadamente o Santander AM, anterior proprietário dos imóveis, e que foi representado pela Jones Lang LaSalle ( JLL). Todos os imóveis adquiridos têm contratos de longo duração, de entre 12 a 15 anos, o que, de acordo, com Fernando Ferreira, da JLL, torna “estes produtos muito apetecíveis para investidores que privilegiem a segurança do rendimento”. Numa outra esfera, e confirmando a surpreendente dinâmica dos capitais oriundos da China, dois investidores chineses compraram o imóvel que acolhe o Restaurante Belcanto, explorado pelo chef José Avillez e localizado no Chiado. Pedro Valente, da Worx, que mediou o negócio, explica também que “esta é mais uma prova de que continua a haver interesse dos investidores em imobiliário comercial, sobretudo bons imóveis, bem localizados e com bons inquilinos/ contratos”. Este negócio foi concluído com o objetivo de obtenção de Golden Visa, embora seja expectável que o investimento chinês gerado nesta motivação possa começar a atrair também players institucionais. O investimento imobiliário institucional em Portugal terá, em 2013, atingido os €289 milhões, mais que duplicando os níveis de 2012 e com um crescimento de 60% face a 2011, de acordo com dados da C&W, confirmando, assim, uma recuperação efetiva do Mercado. JONES LANG LASALLE O Pingo Doce na Póvoa de Santo Adrião foi comprado por €7,65 milhões 04 Atualidade IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014 Prémio IHRU distingue projetos de reabilitação em seis cidades Já são conhecidos os vencedores do Prémio IHRU de Reabilitação Urbana, que assinala 25 anos. Lisboa, Évora, Porto, Coimbra, Famalicão e Lugar de Felgueira acolhem os projetos distinguidos. Susana Correia Foram ontem anunciados os vencedores do 25º Prémio IHRU de Reabilitação Urbana, uma iniciativa que é promovida pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) desde 1989 com o objetivo de valorizar a qualidade e as boas práticas na reabilitação urbana, bem como assegurar que os cidadãos possam interessar-se pela preservação e revitalização do património habitacional e das áreas urbanas. A cerimónia teve lugar no Palácio da Foz, em Lisboa, e foi presidida por Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, que tem vindo a frisar a importância da reabilitação urbana como área estratégica para a revitalização do território e também da economia. De facto, ainda recentemente, o Ministro revelou, em declarações à Lusa, que “em breve será apresentado um pacote de diplomas para simplificar o regime de reabilitação urbana”. Este ano, o galardão do IHRU recebeu um total de 28 candidaturas, tendo sido entregues prémios em quatro categorias, além de duas menções honrosas. Lisboa, Évora, Coimbra e Lugar de Felgueira (concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro) acolhem os projetos vencedores do Prémio IHRU de Reabilitação Urbana 2013, que reconhecem as melhores reabilitações realizadas em edifícios, conjuntos urbanos, espaços públicos e áreas de reabilitação urbana. Já as menções honrosas foram atribuídas a projetos realizados no Porto e em Famalicão. Entre os vencedores, a diversidade também é a nota, com iniciativas promovidas por privados, por autarquias e por instituições de ensino. Os vencedores foram decididos por um júri presidido pelo arquiteto Souto Moura, contando ainda com a participação de representantes do IHRU, da Ordem dos Arquitetos, da Associação Portuguesa de Arquitetos Paisagistas, da Ordem dos Engenheiros e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Centro e Norte destacam-se Na categoria de “Reabilitação de Edifício”, o vencedor do Prémio IHRU 2013 foi o projeto de reabili- tação da “Casa de Campo” de Vasco e Marta Tavares, que recuperaram uma habitação para Turismo no Espaço Rural, no Lugar de Felgueira (concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro). De acordo com o Júri, em informação revelada ao Público Imobiliário, este projeto envolvia obras de reabilitação bastante difíceis, pois “era o tipo de edifício que já se tinha tornado invulgar para as características construtivas e padrões arquitetónicas atuais”. Mas o projeto “conseguiu recuperar o caráter do edifício, através da exclusão de todos os volumes e elementos descaracterizadores e através do recurso ao desenho do detalhe baseado no existente”, destacando- se ainda que é uma reabilitação “arquitetonicamente bem resolvida e com indiscutível melhoria no desempenho energético”. CML - CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA Câmara de Lisboa e Universidade de Évora arrecadam dois prémios O Prémio IHRU de Reabilitação Urbana foi lançado em 1989, assinalando este ano o 25º aniversário Nesta categoria, a menção honrosa foi atribuída ao projeto de recuperação de uma moradia unifamiliar na Rua do Bonjardim, nº953, no Porto. Promovido por António Henrique Ribeiro Gomes, este projeto foi considerado pelo Júri como “a intervenção de reabilitação mais completa, no ponto de vista estrutural e de segurança e que melhor se enquadra nos conceitos de reabilitação de edifícios, no que diz respeito à salvaguarda do património existente”. Também no Centro, Coimbra recebeu o prémio IHRU 2013 para a melhor “Área de Reabilitação Urbana”, sendo premiada a ARU de Coimbra Alta, gerida pela Câmara Municipal de Coimbra. Esta área de reabilitação urbana abrange cerca de 12 hectares e 400 edifícios, sendo limitada pela área do Centro Histórico, embora excluindo a zona ocupada pela conjunto da Universidade de Coimbra, de forma a assegurar uma área mais coerente em termos de gestão do território. Ainda a Norte, a autarquia de Famalicão foi distinguida com uma menção honrosa na categoria de “Reabilitação do Espaço Público”, com o projeto de reabilitação do conjunto urbano da Devesa, que integra a requalificação da Avenida do Brasil, da Rua Fernando Mesquita (1ª fase), do espaço público a Sul das Lameiras e da Rua Henriques Nogueira. De acordo com o júri, esta “intervenção do Parque da Devesa teve uma solução de simplicidade na resolução dos problemas”, tendo sido bastante elogiado enquanto parque ecológico e “com importante elemento de vitalização urbana”. A renovação do espaço público da Mouraria, projeto liderado pela autarquia de Lisboa, foi um dos vencedores A autarquia de Lisboa, com o projeto de revitalização do espaço público da Mouraria, venceu na categoria de “Reabilitação do Espaço Público”, o qual o júri considerou ter sido recuperado de “forma integrada, introduzindo melhorias significativas de acessibilidade, de infraestruturas e funcionais”, destacando ainda a simplicidade de materiais e cores em intervenções com elevado grau de complexidade. Relembre-se que a intervenção urbana na Mouraria foi um dos projetos emblemáticos da autarquia alfacinha, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, transferiu em 2011, e por um período de cerca de dois anos, o seu gabinete para o Largo do Intendente, uma das zonas deste bairro muito ligada à prostituição e consumo de droga, como forma de ”credibilizar a intervenção no bairro da Mouraria”. Na categoria de “Reabilitação de Conjunto Urbano, o melhor projeto foi a Fábrica dos Leões, localizada na Estrada dos Leões, em Évora, e promovido pela Reitoria da Universidade de Évora. Na antiga Fábrica de Massas Leões, que integrava silos de cereais entre outras especificidades estruturais, nasceu o complexo de Artes e Arquitetura da Universidade de Évora. De acordo com o júri, “foi meritório o resultado revelado pela capacidade da equipa técnica de encontrar soluções para um conjunto daquela dimensão e complexidade, com limite de custos e obra tão reduzido”. Considerouse ainda, como “muito adequada, embora simples, nas soluções arquitetónica e construtiva adotadas face à finalidade de uso”. 06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014 Millennium bcp aposta em Gaia com preços de campanha competitivos O concelho de Gaia é uma das apostas do Millennium bcp no âmbito da campanha “Mês de Oportunidades”, que decorrerá durante o 1º trimestre do ano. A oferta de imóveis detidos pelo banco neste concelho abarca habitação a partir de €15.000 e imobiliário comercial desde €5.000. RUI MORAIS DE SOUSA (TURISMO DE PORTUGAL) Preço e condições de financiamento garantem bons resultados A carteira do Millennium em Gaia integra 135 imóveis, dos quais apenas 28% são de uso residencial Análise Até 31 de março, todos os imóveis do Millennium bcp em comercialização no concelho de Gaia vão integrar esta campanha, que arrancou no início do ano. “Todos os imóveis nesta campanha têm um valor de venda muito atrativo”, começa por dizer José Araújo, da Direção do Negócio Imobiliário do Millennium bcp, um preço que pode ainda ser alvo de um desconto adicional se a escrituração do imóvel for realizada de forma rápida. “Além deste preço de campanha, existe a possibilidade obter 5% de desconto sobre o preço em catálogo para todos os imóveis escriturados até final da campanha (31 de março 2014)”. Para potenciar e prolongar os efeitos da campanha, no mês seguinte ao final da iniciativa, o Millennium oferece ainda a possibilidade de os compradores usufruirem de um desconto de 2% para imóveis que sejam escriturados entre 1 e 30 de abril, mas apenas no segmento não residencial, avançou ainda este responsável. As expectativas para as vendas no concelho de Gaia são bastante positivas, até porque esta zona foi, em 2013 e no seio da carteira imobiliária detida pelo banco, bastante dinâmica, “com um volume de vendas muito elevado”. Mais de 200 imóveis da carteira do Millennium bcp localizados em Gaia foram transaccionados no ano passado, com um valor médio de 70.000 euros, revela José Araújo ao Público Imobiliário. Esta será a terceira vez que este programa de dinamização comercial chega a Gaia, concelho no qual o banco detém atualmente uma carteira de 135 imóveis em comercialização, dos quais 28% residenciais e os restantes distribuídos entre lojas, imóveis destinados a serviços, garagens, armazéns e terrenos. De acordo com José Araújo, os preços dos imóveis nesta carteira são bastante competitivos e com oportunidades diversificadas. “Temos apartamentos e moradias que variam entre as tipologias T1 e T5 e com preços a partir de €15.000, podendo atingir, em alguns produtos os €822.000”. Já nos espaços comerciais e imóveis de serviços, “temos imóveis para as mais diversas utilizações e que apresentam valores de comercialização que podem variar entre os €5.000 e os €357.000”. “Mês das Oportunidades” deverá gerar vendas nacionais de €25 milhões A campanha “Mês das Oportunidades” está a gerar boas expectativas junto do Millennium bcp, quer devido às próprias características da iniciativa quer devido à recuperação que já se faz sentir no mercado. José Araújo revela que no âmbito desta campanha, planeada para o 1º trimestre de 2014 em várias zonas do país “com tradição no setor imobiliário”, o banco espera concretizar vendas de entre 20 a 25 milhões de euros, frisando que “uma maior confiança e otimismo voltaram aos operadores e isso tem de ter reflexo nos números finais”. A julgar “pelo começo verdadeiramente enérgico”, os resultados deverão ser bastante positivos. “Só durante a primeira semana da iniciativa, temos mais de 30 imóveis reservados”, diz o responsável da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp. “O mercado está mais dinâmico, as zonas mais ativas e cada vez mais os imóveis ficam comprometidos”. O mesmo responsável frisa que nesta nova fase da campanha, “as oportunidades para o segmento empresarial e para empreendedores são únicas, já que 70% dos ativos integrados na campanha são do segmento não residencial”. A forma como a campanha está desenhada também é uma mais valia. “Os “meses de oportunidades” são animações e atividades comerciais muito simples de compreender quer por parte dos clientes, quer dos mediadores e das nossas equipas comerciais”, começa por explicar José Araújo. E detalha: “há um conjunto de imóveis de várias tipologias e segmentos que vão estar a preços de oportunidade durante um certo período de tempo para aquisição. Adicionalmente, se a sua escrituração for rápida, também existirá um prémio no valor final”. Em entrevista ao Público Imobiliário, Tiago Cerqueira, sócio-gerente da Chave Nova, mediadora parceira do Millennium bpc e cuja área de atuação abarca principalmente o Grande Porto, revela que as expectativas para a comercialização de imóveis detidos pelo banco em Gaia são as melhores, “pois continua a existir a excelente aliança entre o valor de venda do imóvel e as condições de financiamento”. Na sua opinião, o mercado imobiliário de Gaia, apresenta um potencial permanente, impulsionado também pela facilidade de acessos a serviços, a transportes e a redes viárias. E termos de procura, os apartamentos T2 e T3, seguidos de moradias, são tipologias bastante pretendidas, mas Tiago Cerqueira considera que a procura deverá “crescer, de forma contínua, em todas as vertentes do mercado de imobiliário habitacional e de serviços”. Retificação Na edição anterior do Público Imobiliário, no artigo da página 6 com o titulo “Não habitacional ganhou ritmo já em 2013”, a citação “ é normal no Millennium, termos processos que não chegam a demorar 15 dias, desde a proposta até à escritura” foi incorretamente atribuída a Miguel Poisson, diretor geral da ERA. O autor desta consideração é João Martins, Diretor Geral da Maxfinance (Remax). Pelo lapso, apresentamos as nossas desculpas aos visados. IMOBILIÁRIO 15 JANEIRO 2014 Oportunidades 07 Oportunidades Mais Oportunidades Millennium na área de imobiliário de millenniumbcp.pt. Marque as suas visitas através da linha M Imóveis 707 91 20 20 (atendimento personalizado das 10h-22h). Custo máximo por minuto: 0,10€ para chamadas a partir da rede fixa e 0,25€ para chamadas a partir da rede móvel. Acresce IVA. Vila Nova de Gaia Preços residenciais estabilizam em Gaia No 3º trimestre de 2013 o Índice de Preços Confidencial Imobiliário teve uma variação de 0,4% no concelho de Vila Nova de Gaia. Trata-se de um resultado que aponta para uma estabilização, depois de ter descido 0,9% no 1º trimestre desse ano e 0,8% no segundo. A oferta de fogos para venda em Gaia ascende a 11,3 mil frações. Destas 4,7 são fogos novos, tendo um valor médio de oferta de 1.196 euros/m2. Nos usados esse valor é de 941 euros/m2. Habitação - Vila Nova de Gaia Valores promocionais até 31 de março de 2014. Comércio Preço: 43.000 € Ref: 13404 Localização: Vila Nova de Gaia Freguesia: Grijó Tipologia: Comércio Área: 73 m2 Ano: 2003 Classe energética: G Índice de preços (2005=100) 100 Apartamento T3 Preço: 126.000 € Ref: 67120 Localização: Vila Nova de Gaia Freguesia: Olival Tipologia: T3 Área: 120 m2 Ano: 2003 Classe energética: B - 98 96 94 92 90 1.º Trim 2006 3.º Trim 2013 Valor médio de oferta/M2 - 3.º T de 2013 M Q D J Apartamento T2 Preço: 84.000 € Ref: 67814 Localização: Vila Nova de Gaia Freguesia: Pedroso Tipologia: T2 Área: 88 m2 Ano: 2003 Classe energética: B H G S B R P C F K I A O N L E A Arcozelo I Q V.N. Gaia Sem informação B Avintes J Oliveira Douro R Vilar Andorinho 728€ <-> 935€ C Canelas K Pedroso S Vilar do Paraíso 935€ <-> 1141€ D Canidelo L S. Felix da Marinha 1141€ <-> 1348€ E Grijó M S. Pedro da Afurada 1348€ <-> 1555€ F Gulpilhares N Seixezelo G Madalena O Serzedo H Mafamude P Valadares Olival Fonte: Ci/LardoceLar.com A Confidencial Imobiliário (Ci) é uma revista de Market Intelligence, especializada na produção de estatísticas sobre imobiliário, orientadas para profissionais. Saiba mais em www.confidencialimobiliario.com. Apartamento T2 Preço: 68.500 € Ref: 66553 Localização: Vila Nova de Gaia Freguesia: Vilar do Paraíso Tipologia: T2 Área: 96 m2 Ano: 1999 Classe energética: B FIM-DE-SEMANA PARA DOIS €99 FUGIR, DORMIR FORA, JANTAR COM TEMPO. 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