1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS DIRETÓRIO ACADÊMICO DE BIBLIOTECONOMIA XIV Encontro Regional de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação e Gestão da Informação Os novos campos da profissão de informação na contemporaneidade 16 a 22 de janeiro de 2011 CLASSIFICAÇÕES DOCUMENTÁRIAS: semelhanças e diferenças entre CDD e CDU1. Joelson Ramos Eduvirges* RESUMO O artigo aborda as principais semelhanças e diferenças entre as classificações documentárias Classificação Decimal de Dewey e Classificação Decimal Universal. A metodologia utilizada na pesquisa foi a bibliográfica, no qual foram analisados artigos científicos, livros e as próprias classificações. Coloca-se a importância que cada uma possui para organização de bibliotecas, mostrando as vantagens e desvantagens no uso de cada classificação. As duas classificações possuem muitas semelhanças em suas tabelas sistemáticas e nas atualizações, mas se diferenciam na quantidade de tabelas auxiliares, na estrutura física, nos criadores, nos órgãos de manutenção, nos idiomas, nas ordens de citação e nas suas notações. Dependendo do tipo de biblioteca, cabe ao bibliotecário analisar a classificação mais adequada. Como resultado, conclui-se que a CDD é mais indicada para bibliotecas de assuntos gerais e a CDU para bibliotecas especializadas. Palavras-chave: Classificações Documentárias. Classificação Decimal de Dewey. Classificação Decimal Universal. 1 INTRODUÇÃO Classificar significa dividir elementos em grupos, reunir coisas, assuntos e seres de acordo com cada característica em comum ou incomum, analisando as diferenças e semelhanças entre os grupos, segundo Piedade (1983, p. 16) “classificar é dividir em grupos ou classes, segundo as diferenças e semelhanças.” A classificação está presente em todo lugar, o ser humano classifica tudo que possui semelhança, e separa tudo que possui diferença, é um processo mental habitual do homem que facilita a compreensão e o conhecimento. Para a Biblioteconomia, a classificação segundo Lago (2009, p.15): 1 Trabalho Científico de Comunicação em Oral ao GT3- Representação da Informação *Aluno do sexto bloco do curso de graduação em Biblioteconomia da Universidade Estadual do Piauí – UESPI. [email protected] 2 È o agrupamento de documentos semelhantes, distribuídos em classes e representados por símbolos (números, letras, sinais gráficos) dentro de um determinado sistema de classificação, seja CDD, CDU. Assim, os documentos de um assunto deverão estar reunidos num mesmo local. As classificações devem envolver todo o conhecimento, pois existem diversos documentos com variados assuntos de qualquer área do conhecimento. Uma biblioteca deve utilizar o sistema de classificação mais apropriado, um sistema que se atualize com os novos assuntos surgidos, pois se o conhecimento cresce a biblioteca também está em crescimento, o seu acervo aumenta, necessitando certo tipo de classificação que envolve os conhecimentos atuais e antigos. Para Ranganathan (2009, p. 254). “è necessário que a classificação seja abrangente, envolvendo todo o saber passado e presente.” As classificações têm o objetivo de identificar o assunto do documento, para que ele possa ser colocado em local determinado nas estantes, junto com outros documentos com assuntos semelhantes. Isso facilita a busca do livro pelo bibliotecário e pelo usuário, evitando perda de tempo. É uma atividade especifica do profissional bibliotecário que se encarrega de classificar os acervos das bibliotecas. Os documentos podem ser ordenados utilizando vários critérios, como o tamanho e a cor do livro, mas nas classificações, os documentos são ordenados pelo assunto que cada um apresenta, assim facilita a localização das informações em comum nas estantes ou nos arquivos. Essas são as duas classificações mais utilizadas atualmente, são a Classificação Decimal de Dewey (CDD) e a Classificação Decimal Universal (CDU), que classificam os documentos pelo assunto. 2 HISTÓRICOS DA CDD E CDU As primeiras classificações que existiram, tinham uma base filosófica e científica, o conhecimento era dividido de forma bem restrita, não serviam para classificar livros. Para Souza (2009, p.14): “As principais classificações, no decorrer da história, foram puramente filosóficas, cientificas e não serviam para serem aplicadas aos livros, como a de Aristóteles, Porfírio, Francis Bacon, augusto Comte e atualmente a de Rolf Carnap.” Do ponto de vista de finalidade, as classificações CDD e CDU são classificações documentárias, utilizadas para organizar documentos em bibliotecas, com a finalidade de recuperar a informação. De acordo com Souza (2009) a CDD surgiu necessariamente para ser utilizada em bibliotecas, já a CDU surgiu para o uso bibliográfico. A CDD foi criada pelo bibliotecário Melvin Dewey, com base na classificação de 3 Harris, foi a primeira classificação bibliográfica propriamente dita, pois utiliza números arábicos. É a classificação mais utilizada no mundo, editado em várias línguas, mas suas línguas oficiais são o espanhol e o inglês. A idéia de Dewey era organizar os livros do conhecimento humano em apenas dez classes. Ela já chegou à sua vigésima segunda edição. Na sua primeira edição, ela iniciou com 42 páginas e recebeu o nome em inglês de A Classification and subjetc índex for cataloging and arranging the book and pamplets of a library, e passou a se chamar de Classificação Decimal Dewey a partir da décima sexta edição. A CDU foi criada pelos belgas Paul Otlet e Henri de La Fontaine em 1892, baseada na CDD, sendo publicada em vários idiomas como: inglês, francês, italiano, português e alemão, sendo o inglês como língua oficial. A CDU faz parte de uma autorização de Dewey, para o Instituto Internacional de Bibliografia (hoje é a FID) para a expansão da CDD, na sua primeira edição teve o nome de Manuel de Repertoire Bibliographic Universel, e possuía 33.000 entradas. Antigamente era conhecida como classificação de Bruxelas, mas na segunda edição passou a se chamar, em francês, de Classificaton Decimale Universelle, atualmente ela está na sua segunda edição e está atualizada desde 2004. Ela está sendo traduzida em muitas línguas. No Brasil, o IBICT publicou a primeira Edição-Padão Internacional em língua Portuguesa em 1997. 3 AS DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE CDD E CDU A CDD e CDU, se diferenciam primeiramente na notação, que facilita a localização dos assuntos nas tabelas de classificação. A CDD possui uma notação pura, utiliza apenas números arábicos, o ponto serve apenas para facilitar a leitura. Já na CDU, a notação é mista, pois utiliza sinais, símbolos, números decimais, sinais gráficos e letras. Outra diferença básica entre as duas classificações está na estrutura física, a CDD possui quatro volumes e um guia prático, enquanto a CDU possui apenas dois volumes, sendo um deles o índice sistemático. Apesar de a CDU possuir menos volumes, ela não tão desvalorizada, muitos bibliotecários a consideram como a melhor para ser utilizada nas bibliotecas especializadas, pois ela especifica melhor os assuntos e se encontra e varias línguas e é mais simples para classificar os documentos. Já a CDD não é indicada para classificar documentos oficiais de instituições com documentos em crescimento, devido ao fato de ser uma classificação altamente rígida possuindo números bastante complicados, não é adequado para repartições públicas, já que não é uma classificação detalhada, ela é destinada principalmente para documentos de assuntos gerais. Para Schellemberg (2006, p.128): 4 O Sistema Decimal de Dewey não se presta para documentos oficiais de uma administração em expansão. É excessivamente rígido. Sua divisão na maioria dos casos é muito diminuta. Seus símbolos demasiadamente complicados, e um tratamento filosófico não se coadunam com as operações práticas e uma repartição pública Apesar da CDD limitar muito os assuntos dos documentos, depois que se coloca o ponto decimal na notação, ela permite se expandir o assunto e o bibliotecário poderá classificar de forma mais livre, pois as tabelas auxiliares podem se subdividir até dez vezes. Em relação ao número de tabelas auxiliares, no qual são tabelas que subdividem os assuntos, a CDD possui sete tabelas e a CDU possui dezenove tabelas. No que diz respeito à ordem de citação, que é a ordem que aparecem os números da notação, na CDD se inicia pelo assunto principal e na CDU ela é horizontal ou interna ou citação-padrão, no qual essa ordem para CDU é opcional. Tanto a CDD como a CDU sofrem atualizações que são importantes, pois novos assuntos surgem, recebendo varias sugestões e correções, que precisam ser inseridos nas classificações, principalmente nas notações de certos assuntos que mudaram entre as edições. Para Nunes e Tálamo (2009, p.39): Os sistemas sofrem mudanças ao longo dos tempos, pois novos assuntos surgem no imenso universo do conhecimento humano. Recebem sugestões dos pesquisadores de novos assuntos a serem inseridos nas tabelas, e as comissões se encarregam de fazer os novos acréscimos. As tabelas da CDD e CDU já sofreram correções e há uma variação de notação de uma edição para outra em alguns campos de assuntos. A atualização da CDD é feita pelo CPE: Comitê de Política Editorial da Classificação decimal, no qual é aconselhado pelos editores e pela OCLC. A CDU é atualizada e modificada pela publicação: Extensions and Corrections the UDC. A CDD e a CDU são um tipo de classificação geral, que abrangem todo o conhecimento universal, ou seja, partem do geral para o específico. São consideradas Classificações Documentárias, pois englobam todas as áreas do conhecimento e estão ligadas diretamente para ao uso de bibliotecas, na organização física dos acervos, facilitando a identificação do conteúdo dos livros no acervo e servem para serem utilizadas na indexação na descrição dos livros que ajudam na recuperação da informação. De acordo com Souza a CDD e a CDU (2009, p.16): [...] são classificações documentarias (não mais chamadas de bibliográficas), voltadas para o uso em bibliotecas ou para uso bibliográfico, ou seja, para indexação e descrição minuciosa do conteúdo dos documentos. As classificações documentárias são também científicas, pois arrolam, na tabela sistemática, todas as áreas do conhecimento humano. A Classificação Decimal de Dewey é uma classificação enumerativa, pois engloba 5 todos os assuntos e suas combinações possíveis, atribuindo símbolos para representar os assuntos empregados. A Classificação Decimal Universal também é enumerativa, mas com suas atualizações, ela esta se tornando uma classificação semi-enumerativa, ou seja, quase uma classificação facetada, pois recombina os símbolos para construção de outros símbolos para representar os assuntos compostos, sendo que ás vezes já existe símbolos prontos. Como afirma Souza (2009, p.16-17) que: desde a década de 80 do século XX, a CDU vem sendo atualizada no sentido de se tornar cada vez mais uma classificação facetada e não simplesmente enumerativa, como a CDD. Como a CDU foi originada baseada na CDD, essas classificações possuem muitas semelhanças entre elas, uma das principais está no sistema hierárquico, no qual os assuntos e conceitos possuem relações de coordenação, subordinação e super ordenação, nessa hierarquia o conhecimento está dividido em dez classes principais, onde cada classe esta subdividida em dez subclasses e assim sucessivamente. A tabela abaixo mostra como está dividido o conhecimento humano das duas classificações, e é possível visualizar as semelhanças e diferenças entre as tabelas sistemáticas de cada classificação. TABELAS SISTEMÁTICAS CDD CDU 000 GENERALIDADES 0 GENERALIDADES 100 FILOSOFIA 1 FILOSOFIA 200 RELIGIÃO 2 RELIGIÃO 300 CIÊNCIAS SOCIAIS 3 CIÊNCIAS SOCIAIS 400 LINGUISTICA 4 VAGA 500 CIÊNCIAS PURAS 5 CIENCIAS PURAS 600 CIÊNCIAS APLICADAS 6 CIÊNCIAS APLICADAS 700 ARTES 7 ARTES, RECREAÇÃO. DIVERSÃO. ESPORTES 800 LITERATURA 900 HISTORIA. BIOGRAFIA 8 LINGUISTICA. LITERATURA GEOGRAFIA. 9 HISTORIA. BIOGRAFIA GEOGRAFIA. 6 Nesse quadro, cada classe possui dez divisões, mas a primeira classe é destinada aos assuntos gerais, no qual as outras serão subdivididas para assuntos mais específicos. No caso da CDD os novos números serão colocados nos lugares dos zeros e na CDU serão acrescentados dois algarismos. Através desse quadro é possível observar as semelhanças entre as tabelas sistemáticas de cada classificação, percebem-se que os assuntos de cada classe são quase todos semelhantes. Uma das diferenças facilmente perceptível nas tabelas, são o corte dos zeros da CDU e a classe quatro que está vaga. O corte dos zeros foram umas das modificações feitas na classificação de Dewey para criar a CDU, a classe quatro compreendia o assunto de Filologia, mas desde 1964 esta foi transferida para a classe oito. Nesta outra tabela abaixo, podem-se observar as subdivisões das classes, nesse exemplo da CDD, o assunto Educação é uma divisão da classe de Ciências Sociais da tabela sistemática, subdividida nove vezes, o mesmo acontece com CDU, em que a classe principal Ciências Aplicadas é dividida, no qual faz parte dessa divisão o assunto de Biotecnologia que é subdivido nove vezes. Uma grande diferença entre os dois sistemas é a quantidade de números, a CDD sempre inicia com três números e a CDU começa com um numero e vai aumentando. SUBDIVISÃO ESPECÍFICA CDD CDU 1 370 EDUCAÇÃO 1 60 BIOTECNOLOGIA 2 371 Organização Escolar 2 61 Ciências Médicas 3 372 Educação primária 3 62 Engenharia. Tecnologia em geral 4 373 Ensino Médio 4 63 Ciências Agrárias. Agricultura. Agronomia 5 374 Educação de Adultos 5 64 Economia Doméstica 6 375 Currículos 6 65 Organização e Administração da Indústria e do Comércio 7 376 Educação da Mulher 7 66 Química Industrial 8 377 Ensino Médio 8 67 Indústria. Artes Industriais e Ofícios diversos 9 378 Educação Superior 9 68 Indústria. montados 10 379 Educação e estado, Política educacional 10 69 Construção Artigos acabados ou 7 As classificações Documentárias CDD e CDU são também linguagens de indexação, pois as duas possuem um índice organizado de forma sistemática para facilitar a recuperação de uma informação, para Langringe (2006, p.108) “um esquema de classificação é uma linguagem de indexação que produzirá um índice final arranjado em ordem sistemática”, nesse caso a informação é recuperada para construir a notação dos assuntos a serem classificados. 4 SÍNTESE DAS PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS DAS CLASSIFICAÇÕES DOCUMENTÁRIAS CDD E CDU CARACTERÍSTICAS CDD CDU Criadores Melvin Dewey Paul Otlet e Henri de La Fontaine Classificação de Wiliam Torrey Classificação de Dewey Base da classificação Harry Inglês e Espanhol Idiomas Inglês, Francês, Português, Italiano e Alemão Notação Pura Mista Estrutura física Quatro volumes e um guia Dois volumes prático Número de tabelas Sete tabelas auxiliares Dezenove tabelas auxiliares auxiliares Divisão da tabela principal Dez classes Dez classes (Quarta classe vaga) Órgão de manutenção e OCLC(Online Computer UDC Consortium (No Brasil é o administração Library Center) IBICT) Ordem de citação Pelo assunto principal Horizontal ou interna ou citação-padrão (opcional) Atualização CPEEditorial decimal Comitê da de Política Extension and Corrections to the classificação UDC- E&C. (aconselhando os editores e a OCLC) Observando o quadro logo acima podemos observar que a CDD e CDU possuem muitas semelhanças e diferenças, pode se dizer que são classificações muito ligadas uma com a 8 outra, mas que são independentes, uma não depende da outra para existir, ou para se atualizar e sofrer correções. Cada uma possui suas vantagens e desvantagens. As classificações documentárias CDD e CDU são consideradas classificações de assuntos, pois os documentos são organizados nas bibliotecas pelo assunto e não pelo conceito, isso facilita a localização fisicamente do documento na biblioteca, por isso são as classificações mais utilizadas. Para Dodebei (2002, p.57): Estas classificações, basicamente construídas com a finalidade de organizar os documentos nas bibliotecas, tem hoje uma utilidade indiscutível, quando se trata de localizar fisicamente o documento em sua classe de assunto. As classificações de assuntos atendem plenamente as exigências de arranjo dos documentos em bibliotecas, mas exatamente por organizar assuntos e não conceitos, elas não possuem a complexidade para organizar. De acordo com Sousa (2009, p.82) a CDD não permite que o bibliotecário acrescente nada sem a orientação e consultas da Tabelas auxiliares, é uma classificação dirigida, diferentemente da CDU que é mais livre e permite expandir e fazer combinações, seguindo as orientações das Tabelas auxiliares, permitindo a composição de números de diversas formas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, apesar das classificações documentárias possuírem muitas semelhanças, cada uma tem suas características próprias, apesar da CDU ter surgido com base na CDD, ela oferece várias vantagens na classificação de documentos de bibliotecas. Cada classificação tem seu uso diferenciado, elas não têm relação de dependência uma com a outra. Na era das tecnologias eletrônicas, as classificações poderão se expandir até na web, podendo tornar o ato de classificar os documentos bem simples e mais rápidos. Mesmo existindo vários tipos de bibliotecas, cabe ao bibliotecário decidir qual o melhor sistema de classificação adequado para cada biblioteca. Isso também pode variar, pois depende do tipo de classificação disponível que a biblioteca tem. Mas se o bibliotecário perceber que aquele sistema de classificação não é indicado para determinada biblioteca, ele pode solicitar a mudança do sistema, mostrando as vantagens de utilizar uma classificação mais própria. A CDD é indicada para qualquer biblioteca, principalmente aquelas de assuntos gerais como: públicas, comunitárias, escolares e até virtuais, pois envolvem uma grande quantidade de assuntos envolvidos no acervo, e não possuem um usuário específico. Já a CDU, 9 embora seja uma classificação geral, é mais indicada para bibliotecas especializadas, pois o assunto é classificado de acordo com o contexto da disciplina e facilita a construção da notação, além de oferecer opções de acrescentar números que não fazem parte das tabelas, e sua notação mista facilita a leitura do assunto, pois cada símbolo, letra ou sinal tem uma característica própria, que é possível identificar quando a notação esta feita. As duas classificações CDD e CDU são de bom uso, embora elas tenham muitas diferenças, suas bases continuam as mesmas. O que precisa ser analisado é observar o sistema mais adequado as necessidades dos usuários, pois os sistemas de classificação não foram feitos apenas para facilitar o trabalho do bibliotecário, mas para facilitar a recuperação da informação para o usuário. CLASSIFICATIONS DOCUMENTARY: similarities and differences between CDD and CDU. ABSTRACT The article discusses the main similarities and differences between documentary classifications Dewey Decimal Classification and Universal Decimal Classification. The methodology of the research was the literature, which was reviewed scientific articles, books and the classifications. This raises the importance that each has for the organization of libraries, showing the advantages and disadvantages to using each classification. The two classifications have many similarities in their systematic tables and updates, but differ in the amount of auxiliary tables, physical infrastructure, the creators, the organs of maintenance, the languages, on the orders of service and their ratings. Depending on the type of each library, it is for the librarian to analyze the most appropriate classification. As a result, we conclude that CDD is more suitable for libraries in general matters and CDU for specialized libraries. Keywords: Classifications Documentary. Dewey Decimal Classification. Universal Decimal Classification. REFERÊNCIAS DEWEY, Melvin. Sistema de classification decimal de Dewey e índice relativo. 22.ed., edited by Joan S. Mitchel et al. Dublin, Ohio: OCLC Online Computer Library Center, 2003. DODEBEI, Vera Lúcia Doyle. Funções das linguagens documentárias. In:______. Tesauro: linguagem de representação da memória documentária. Niterói: Intertexto ; Rio de Janeiro: Interciência.p.24-25. 2002. 10 LAGO, Elzuila Santos do. Desmitificando a classificação documentária: CDD e CDU. Teresina: EDUFPI, 2009. p.71. LANGRINGE, Derek. Classificação: abordagem para estudantes de biblioteconomia. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. p. 120. NUNES, Leiva; TÁLAMO, Maria de Fátima Gonçalves Moreira. Da filosofia da classificação a classificação bibliográfica. Revista de Biblioteconomia e Ciência da Informação. v.7, n. 1, p. 30-48, jul./dez. 2009. Disponível em< http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/viewarticle.php?id=184> Acesso em 15 de Outubro de 2010. PIEDADE, Maria Requião. 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