Ano VIII Nº 55 João Pessoa-PB Março de 2007 CENTRAL DE COMPRAS Empresários unem forças para reduzir o custo da construção informativo sinduscon Expediente Rua Álvaro de Carvalho, 248 Tambauzinho - João Pessoa-PB Fone: (083) 3244.8655 Home: www.sindusconjp.com.br E-mail: [email protected] DIRETORIA José Irenaldo Jordão Quintans Presidente Raimundo Gilson Vieira Frade Vice-Presidente Administrativo Financeiro e Patrimonial José William Montenegro Leal Vice-Presidente para Assuntos Imobiliários Ovídio Catão M. da Trindade Vice-Presidente de Obras Públicas Ozaes Barros Mangueira Filho Vice-Presidente Relações de Trabalho e Política Sindical Fábio Sinval Ferreira Vice-Presidente de Materiais Marcos Pereira Lago Vice-Presidente de Relações Públicas CONSELHO FISCAL Carlomano Correia de Abreu Francisco Antônio de Assis Wagner Antônio A. Brekenfeld Cândido Alfredo C. de Lucena Bruno Quintans de Mendonça Antônio Erivaldo Lira DELEGADOS JUNTO À FIEP José William Montenegro Leal Stelo Olímpio B. de Queiroga Hermógenes Paulino do Bonfim Gilson Cavalcante de Melo DIRETORES Pedro Honorato Filho Materiais e Tecnologia João Batista Sarmento Obras Públicas João Bezerra Júnior Relações Públicas Carlos Eduardo Maia Lins Assuntos Imobiliários Editorial Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa Por Irenaldo Quintans O gênio humano ainda não inventou nada mais eficiente para a sobrevivência do que o associativismo. É bíblico: o homem não nasceu para ser só. Sem o concurso de outros, torna-se frágil e, portanto, vulnerável. A sinergia, ou seja, a energia compartilhada, permite que os esforços individuais, quando inseridos em um contexto grupal, alcancem uma dimensão bem maior do que teriam isolados. É assim na natureza. É assim também no ambiente econômico e, em especial, na construção civil. É histórica a dependência do nosso setor de insumos cartelizados, alguns dos quais, como o aço e o cimento, cujas somas podem alcançar fácil trinta por cento dos custos, têm seus preços definidos em bolsas internacionais, sabe-se lá a partir de quais pressões. Nosso consumo individual, sobretudo considerando os tamanhos das empresas paraibanas, na maioria micro e pequenas, decerto não representa muito para esses gigantes. Contudo, no momento em que nos mobilizamos de maneira a agrupar nossos pedidos em um só, a situação muda significativamente e, de formiguinhas, podemos passar a ser vistos e tratados como parceiros. Esse caminho não é fácil e sei que enfrentaremos resistências. Outros valentes sindicalistas já tentaram e, longe de fracassarem, permitiram que aprendêssemos com as experiências inconclusas. Agora, estamos novamente plantando o embrião de uma futura cooperativa de compras da construção civil de João Pessoa. Embrião sim, porque nascendo pequena, terá a oportunidade de crescer sedimentando etapas. Participe você, prezado associado, dando opiniões e integrando-se ao gru- Gizélia Gomes Secretária Executiva Waleska Eugênia CPD Geovanna Dantas Estagiária do IVV FernandaNunes Recepcionista Joselma Pereira Atividades Gerais Produção Fones: (83) 3221.3507 - 8852.0343 E-mail: [email protected] Jornalista Responsável Karla Alencar Reportagem Suetoni Souto Maior Fotografia Waldeir Cabral 2 po. E participe também, caro fornecedor, nos ajudando a formatar a melhor parceria possível. Não há lugar para antagonismos. A palavra de ordem é convergência, para o bem do mercado. Antes de finalizar, parabenizando os dirigentes desta entidade que resolveram operacionalizar o projeto da nossa Central de Compras, Fábio Sinval, Marcos Lago, Francisco de Assis, José Bezerra e Eduardo Lins, permitam-me divulgar um dado, à guisa de incentivo: a nossa congênere cearense, que funciona há cerca de dez anos, em 2006 fechou compras em um montante de R$ 60 milhões de reais. Em uma continha de dois minutos, quanto será que atingiu a redução de custos, levando em conta que a barganha pode chegar até a vinte por cento? Um 0forte abraço e até a próxima. *Fonte: Departamento Técnico do SINDUSCON-JP Nova NBR 12.721:2006 - CUB 2006 EQUIPE DE TRABALHO [email protected] CUSTO UNITÁRIO BÁSICO - CUB (R$/M2) - FEVEREIRO DE 2007 PROJETOS - PADRÃO RESIDENCIAIS Residência Unifamiliar (R1) e Multifamiliar (R8), Prédio Popular (PP-4) e Projeto de Interesse Social (PIS) PADRÃO BAIXO R1 PP - 4 R8 PIS 539,85 521,80 499,05 394,55 PADRÃO NORMAL R1 PP - 4 R8 R 16 626,76 603,74 528,57 511,43 PADRÃO ALTO R1 PP - 4 R8 804,25 664,13 697,15 PROJETOS - PADRÃO COMERCIAIS PROJETOS - PADRÃO Comercial Andares Livres (CAL) e Comercial Salas e Lojas (CSL) Residência Popular PADRÃO NORMAL CAL - 8 CSL - 8 CSL - 16 623,80 531,98 710,78 PADRÃO ALTO CAL - 8 CSL - 8 CSL - 16 680,04 582,44 777,64 RP1Q 528,44 PROJETOS - PADRÃO Galpão Industrial GI 313,29 João Pessoa-PB Março de 2007 Debatendo a Paraíba SINDUSCON lança programa para promover maior interação com a classe política Disposto a participar de forma mais ativa das discussões que visam buscar meios para incrementar o desenvolvimento da Paraíba, o SINDUSCON-JP iniciou no dia 12 deste mês, um trabalho de maior interação com os parlamentares paraibanos. Através de reuniões sucessivas com todos os deputados e senadores do Estado, o Sindicato pretende debater propostas e sugerir medidas voltadas para a questão desenvolvimentista da região. O primeiro a participar do programa intitulado “Café da Manhã com os Parlamentares”, foi o senador Cícero Lucena (PSDB), que falou sobre os planos de desenvolvimento para o Estado. Cícero, aliás, chega ao Senado Federal com autoridade de quem conhece muito bem o setor da construção civil, pois, além de ter militado no setor por longos anos, ainda atuou como presidente do SINDUSCON-JP. Ele também foi governador do Estado, ministro da Integração e prefeito de João Pessoa por oito anos consecutivos. “O Sindicato quer ouvir todos os parlamentares, discutir o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e ver no que nós poderemos contribuir para o desenvolvimento da Paraíba”, disse o presidente do SINDUSCON-JP, Irenaldo Quintans. Ele lembrou ainda que o setor da construção é um dos principais empregadores do País. “Todo investimento feito no segmento tem retorno imediato”, acrescentou. O senador aproveitou o encontro para reafirmar o compromisso dele com o desenvolvimento da Paraíba. Cícero destacou a importância da construção civil no processo de desenvolvimento, lembrando que a geração de empregos deve ser perseguida por todos. Ele ressaltou ainda que o setor é um dos poucos que abrem espaço para os profissionais sem formação técnica. União da bancada Cícero Lucena lembrou que Gilson Frade, Irenaldo Quintans, Cícero Lucena e José William é cada vez mais imprescindível a união da bancada federal da Paraíba para pressionar o Governo federal a inserir o Estado no PAC. Ele enfatizou que a sociedade não está cobrando esmolas e, sim, a oportunidade de desenvolver seus potenciais. “Precisamos, de uma vez por todas, de inserção no chamado pacto federativo”, alertou. O senador tucano condenou as distorções sofridas pela Paraíba, que, segundo ele, paga com pontualidade as dívidas junto à União, mas não é aquinhoada no repasse de recursos a que tem direito. Cícero revelou, ainda, que cinco novas empresas estão querendo se instalar no Estado e precisam apenas da autorização para utilização do gás natural para gerar emprego e renda. Cobrou, também, recursos para melhoria da infra-estrutura do porto de Cabedelo. Próximo encontro O próximo a participar no SINDUSCON-JP do programa “Café da Manhã com os Parlamentares” será o senador José Maranhão (PMDB), que também já foi governador do Estado por quase oito anos. “Queremos aglutinar forças com um objetivo único, que é o de viabilizar o desenvolvimento do Estado”, disse Irenaldo Quintans. 3 informativo sinduscon Feicon reúne multidão Feira da construção leva mais de 170 mil pessoas ao Anhembi, em São Paulo Inúmeros lançamentos para o setor da construção, corredores movimentados e atrações diferenciadas marcaram a 15ª edição da Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon), realizada de 13 a 17 deste mês, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Vários empresários paraibanos estiveram participando do evento. Organizado e promovido pela Alcantara Machado Feiras de Negócios e Reed Exhibitions, o evento recebeu mais de 170 mil visitantes nacionais, vindos de todo o Brasil, e internacionais de locais como Estados Unidos, Argentina, França, Chile, Paraguai, China, Itália, Portugal, Alemanha, entre outros. Foram mais de 2 mil produtos lançados e mais de 650 expositores - de 40 países, como Estados Unidos, Espanha, Emirados Árabes, entre outros - es- 4 palhados pelos 78 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi. Entre as novidades, estavam ducha com controle remoto; banheira acionada via Internet; tintas e vernizes à base água; cubas estilizadas; portas e janelas com designs diferenciados e isolamentos acústicos; revestimentos; vasos sanitários e lavatórios inteligentes; spa´s; metais e acessórios em geral; aquecedores solares; enfim, todos os produtos para construir e reformar uma casa. (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) fizeram o número de arquitetos triplicar em relação à última edição”, completou Jair Saponari. Já Juan Pablo De Vera, presidente da Reed ExhibitiPresidente Lula prestigiou o evento on no Brasil, também disse estar muito satisfeito com o Para o diretor da feira, Jair evento. “A Feincon é realmente o Saponari, o evento mais uma local ideal para se fazer negócivez surpreendeu a organização. os, conquistar novos clientes e “Nossas expectativas foram al- se atualizar perante as novidacançadas e por mais um ano a des do mercado. A qualidade, a Feincon provou ser o principal beleza, a tecnologia e o design evento na América Latina, lan- inovador dos produtos brasileiçador de novidades e grande ros são muito bem aceitos fora do gerador de negócios”, disse. País, o que é comprovado com a “O atual momento pelo presença dos compradores interqual passa o setor, com o surgi- nacionais”, enfatizou De Vera. mento do PAC (Programa de AceA edição 2008 da Feicon leração do Crescimento), propi- vai acontecer de 8 a 12 de abril, ciou um novo incentivo aos em- no Pavilhão de Exposições do presários brasileiros. Além disso, Anhembi. A feira fará parte da o apoio do IAB (Instituto de Ar- Semana Internacional da Indúsquitetos do Brasil) e da Asbea tria da Construção e Iluminação. João Pessoa-PB Março de 2007 Aglutinando as forças Sindicato reúne empresários e cria Central de Compras para reduzir preço de insumos A famosa frase “dividir para conquistar” perdeu força entre os construtores paraibanos. No Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa, a palavra de ordem agora é unir forças para crescer. A concretização dessa linha de raciocínio já tem nome e um futuro traçado: a Central de Compras do SINDUSCON-JP, que deverá sair do papel em um prazo de aproximadamente 90 dias. A idéia, já em vigor em outros estados, consiste na união dos construtores para comprar em bloco, aumentando, assim, o poder de barganha. O empresário Marcos Lago, um dos entusiastas do projeto, prevê redução superior a 15% no valor dos insumos utilizados pelo setor no processo de construção dos empreendimentos. “A Central de Compras será sucesso garantido”, disse. A aplicação prática da Central de Compras, na concepção do empresário Fábio Sinval é ilimitada, apesar de apenas alguns itens estarem cotados para integrar a lista de insumos disponibilizados após a implantação. “Trabalhamos com mais de 10 mil itens na construção civil. A perspectiva é que gradativamente eles passem a figurar entre os produtos adquiridos”, destacou. Com maior capacidade de compra, segundo Sinval, os empresários terão como fazer frente à “cartelização velada” praticada por grandes corporações, que dominam os setores de cimento e aço. “Se vamos comprar muito, teremos preços mais em conta, pois os fornecedores de matéria prima não estão dispostos a perder grandes vendas”, ressaltou o empresário. Comprando mais barato e melhor, a tendência é que a redução no valor final do empreendimento seja repassado para o cliente. “Aumentaremos a competitividade e abriremos espaço para que uma maior parcela da população possa adquirir a casa própria, por exemplo”, exemplificou Marcos Lago, lembrando que só a união fará com que o projeto engrene. Marcos Lago (detalhe) prevê redução de 15% no valor de insumos Cooperativa Os construtores paraibanos estão criando a Central de Compras de olho em algo maior: a Cooperativa da Construção. O empresário Gilson Frade acredita que a união de forças vai alavancar o setor na Paraíba. Para ele, isso também trará impacto positivo no que diz respeito aos custos de transportes e agilidade. O funcionamento será coordenado por um executivo, contratado para esse fim. A expectativa é que a Paraíba trilhe os passos do Ceará, onde a cooperativa funciona há vários anos. “A perspectiva é a de que em pouco tempo toda a cadeia produtiva da construção civil seja incluída, inclusive com a contratação de serviços”, disse Sinval, ressaltando que produtos como concreto poderão ser incluídos, com o contrato do serviço a custos mais baratos. As centrais de compra e cooperativas já funcionam bem em vários estados brasileiros. Marcos Lago explicou que o modelo desenvolvido pelo Sindicato tem sucesso garantido, pois conta com contribuições de idéias já em vigor em outras localidades do Brasil. “Vai ser um sucesso. Não tenho dúvidas disso”, ressaltou o empresário. 5 informativo sinduscon Busca pela eficiência Coordenadora do PBQP-H diz que 60 empresas da PB já aderiram ao programa A busca pela melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva são dois objetivos básicos do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), mantido pelo governo federal. Com o objetivo de estimular a certificação, o Construção Notícias entrevistou a nova representante do programa, na Paraíba, Rosana Mergulhão, que deu detalhes sobre o programa, desenvolvido através do Ministério das Cidades. Entre os assuntos abordados, ela informou que cerca de 60 empresas paraibanas já aderiram ao programa. O PBQP-H faz parte do compromisso assumido pelo Brasil durante a assinatura da Carta de Istambul, durante a Conferência do Habitat II, em 1996. O programa congrega vários segmentos integrantes da cadeia produtiva da constru- ção, a exemplo de construtores, projetistas, fornecedores, fabricantes de materiais e componentes, bem como a comunidade acadêmica e entidades de normalização, além do governo federal. Rosana explicou que o programa procura se articular com o A entrevista de de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil (Siac), é fornecido um documento público, emitido por um Organismo de Certificação Credenciado, chamado de certificado de conformidade. A importância da certificação para uma empresa construtora está nos benefícios que ela proporciona, sendo a principal delas a valorização da imagem da empresa no mercado, sem falar em benefícios como modernização tecnológica e gerencial e aumento de produtividade. - Há quanto tempo o PBQPH foi implantado no Estado? - Considerando que o evento que marca o início do processo de implantação é a formalização de um termo de adesão ao programa, pode-se dizer que há quase 7 anos, com a adesão da Caixa Econômica na Paraíba. - Quantas empresas já adquiriram ou estão em vias de receber a certificação? - Na Paraíba, já houve a adesão de cerca de 60 empresas. - O que é a certificação e qual a importância dela? - A certificação é um processo pelo qual, em havendo a conformidade do sistema de gestão da qualidade de uma empresa com um dos Referenciais Normativos do Sistema de Avaliação da Conformida- 6 - Toda a cadeia produtiva da construção civil é estimulada a adquirir a certificação? - Sim. Diversas entidades fazem parte do programa, representando segmentos como construtores, projetistas, fornecedores, fabricantes de materiais e componentes, bem como a comunidade acadêmi- setor privado afim de que este potencialize a capacidade de resposta do PBQP-H na implementação do desenvolvimento sustentável do habitat urbano. “Por isso, sua estrutura envolve entidades representativas do setor, compostas por duas Coordenações Nacionais, que desenham as diretrizes do Programa em conjunto com o Ministério das Cidades”, enfatizou. O Programa não se vale de novas linhas de financiamento, mas procura estimular o uso eficiente dos recursos existentes, oriundos de diferentes fontes (OGU, FGTS e Poupança) e aplicados por diferentes entidades (Caixa, BNDES, Finep Sebrae e Senai). Por outro lado, o Programa conta com grande contrapartida privada, ca e entidades de normalização. - Isso não representa um gasto a mais para o construtor? - Na verdade, o que acontece é um investimento, pois a implantação de um sistema de gestão da qualidade tem como fim promover ganhos de eficiência e eficácia e, como ganhar eficiência e eficácia significa redução de custos, logo a relação custo x benefícios se apresentará positivo. Se não houve, é porque a implantação do sistema não alcançou o seu objetivo e, não, o sistema. O sistema de gestão da qualidade adotado pelo governo federal em seu programa, PBQP-H, toma por base a norma ISO 9001, reconhecida no mundo pelos resultados tem gerado. - Qual o retorno da certificação para o cliente final? - Para o cliente final, o retorno da certificação é a garan- Rosana explica o PBQP-H sendo os recursos do governo federal destinados basicamente para custeio, estruturação de novos projetos e divulgação. Confira a seguir a entrevista na íntegra com Rosana. tia de que está adquirindo um produto de qualidade, desenvolvido com base em critérios e métodos necessários para assegurar os resultados esperados, sempre visando às expectativas, respeitando as normas, regulamentos e estatutos vigentes. - Quantos empresários já aderiram ao programa? - Tomando por base o número de empresas que participaram até hoje do PBQP-H, podemos dizer que cerca de 60 empresários em nosso Estado aderiram ao programa. - Qual a participação do SINDUSCON-JP nesse processo? - O SINDUSCON-JP faz, há alguns anos, a representação estadual do PBQP-H e, por isso, tem lhe cabido participar da promoção, condução e coordenação do processo de implantação do programa em nosso Estado. João Pessoa-PB Março de 2007 Recursos assegurados PAC: Paraíba tem projetos de R$ 30 milhões selecionados para obras de saneamento É bem possível que a Paraíba comece a receber os primeiros benefícios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, já a partir do primeiro semestre deste ano. A previsão foi feita pelo superintendente regional da Caixa Econômica na Paraíba, Jorge Gurgel, durante reunião com dirigentes da Cagepa. Ele revelou que, só para obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário, serão disponibilizados recursos da ordem de R$ 30 milhões. Jorge Gurgel explicou que o Governo do Estado, através da Cagepa, conseguiu cumprir, em tempo hábil, todas as etapas estabelecidas para pleitear os recursos do PAC e, por isso, teve oito projetos na área de saneamento básico pré-selecionados. “Vamos agora encaminhar os projetos para o Ministério das Cidades e esperar a tramitação legal. Acredito que, se tudo ocorrer bem, esses recursos já estejam disponíveis neste primeiro semestre”, observou o superintente da Caixa, que fez questão de destacar a qualidade dos projetos elaborados pela Cagepa e a rapidez com que eles foram feitos. A participação efetiva do governador Cássio Cunha Lima foi fundamental para que a Pa- raíba tivesse seus projetos na área de saneamento básico préselecionados dentro do PAC. “A perseverança do governador, aliado ao prestígio pessoal dele junto ao presidente Lula foram preponderantes em todo esse processo”, destacou o presidente da Cagepa, Ricardo Leal. Municípios beneficiados Ele adiantou que os projetos pré-selecionados pela Caixa prevêem investimentos em três municípios paraibanos: João Pessoa, Santa Rita e Cabedelo. “Vamos investir esses recursos na ampliação, melhoria e implantação de sistemas de abastecimento d’água e esgotamento sanitário. São investimentos que trarão bene- Dirigentes da CEF e da Cagepa analisam os projetos selecionados fícios significativos para a melhoria da qualidade de vida dos paraibanos”, observou o presidente da Cagepa. Após a reunião na superintendência da Caixa, o diretor de Expansão da Cagepa, Rubens Falcão, detalhou como serão investidos os recursos do PAC destinados à área de saneamento básico na Paraíba. “Em Cabedelo, estaremos investindo algo em torno de R$ 18 milhões, em obras de esgotamento sanitário e melhoria na rede de distribuição d’água. Já para Santa Rita, estão previstos R$ 4,5 milhões, para obras de am- pliação do sistema de abastecimento d’água e rede coletora de esgotos”, explicou Falcão. Obras em João Pessoa Ele revelou, ainda, que para João Pessoa estão previstos recursos de mais de R$ 7,5 milhões. “Com esses recursos vamos, por exemplo, dotar o Jardim Cidade Universitária de rede coletora de esgotos”, observou Rubens Falcão, acrescentando que também serão destinados recursos para obras de esgotamento sanitário e abastecimento d’água em outros bairros da Capital, como o Bessa, por exemplo. 7 informativo sinduscon Sinal de alerta no ar João Pessoa é a única capital do País que não iniciou a revisão do Plano Diretor Matéria publicada no dia 12 deste mês pelo portal de notícias Clickpb, revela que João Pessoa é a única capital do Brasil que não iniciou processo de discussão com a sociedade para elaboração do novo Plano Diretor da cidade. A constatação, conforme o site, é do Jornal ‘Valor Econômico’, de São Paulo, que fez recente levantamento do andamento da revisão do Plano Diretor, legislação para o reordenamento urbano das cidades, entre as capitais brasileiras. Segundo o Jornal, 14 capitais dos atuais, 83% dos 1,6 mil municípicumpriram o prazo estabelecido pelo os com mais de 20 mil habitantes já enEstatuto das Cidades e estão com os caminharam uma proposta à Câmara. Planos devidamente regularizados, Para os municípios que já sete estão com o projeto em tramita- possuem um Plano Diretor a leção nas câmaras municipais e cin- gislação impõe a obrigatoriedade co estão discutindo a revisão com de atualização em no máximo dez a sociedade. João Pessoa, de acordo anos da última elaboração. com o ‘Valor Econômico’, é a única que sequer iniciou a discussão. O outro lado Com isso,Écorre o risco de per-NOVAODIRETORIA Construção Notícias entrou QUEM QUEM NA der os prazos estabelecidos em lei, em contato com a Secretaria de Plaficando o prefeito Ricardo Coutinho nejamento de João Pessoa, para ou(PSB) sujeito a acusação de impro- vir a versão da Prefeitura. No enbidade administrativa e o municí- tanto, a assessoria de imprensa do pio ameaçado de não receber ver- órgão alegou que o titular da pasta, bas do Ministério das Cidades. Luciano Agra, estava ocupado na O Plano Diretor é uma obrigação elaboração de projetos de interesse para os municípios com mais de vinte para o município e que, por isso, mil habitantes. De acordo com o Esta- não poderia, naquele momento, tuto das Cidades, os municípios que conceder entrevista. Ele assegurou, não tinham Plano em vigor deveriam por meio da assessoria, que concediscutir e elaborar um documento até derá uma entrevista para a próxioutubro de 2006. De acordo com da- ma edição do Construção Notícias. Mais tecnologia em tubos e conexões. www.amanco.com.br (81) 3565.2888 8 João Pessoa-PB Março de 2007 Direto ao Assunto Por Germano Romero [email protected] Natureza e construção A Arquitetura e a Construção Civil, não raro, vestem máscaras de vilania inapropriadas e destoantes de seus méritos. Tamanha injustiça! Que seria da humanidade sem essas duas atividades irmãs, presentes no cenário humano em todos os cantos do planeta?... Ciências afins e complementares que, juntas, se põem a serviço do homem, suprindo-lhe necessidades básicas e complexas, criando-lhe espaços propícios ao seu repouso, ao seu trabalho, ao lazer, à sua produção, enfim, à própria evolução. Nada seria de nós se não existissem as obras de edificação que nos servem em todos os momentos abrigando-nos nas mais distintas atividades. Contudo, tanto por culpa dos “acusadores” como dos profissionais de tais nobres áreas, é comum se dizer que estamos ligados “à força da grana que destrói coisas belas”. Verdade seja dita. Muitas e muitas vezes a expansão urbana desenfreada e inconseqüente fez com que cidades inteiras se construíssem sem que a Natureza pudesse fluir entre seus espaços, harmoniosa e sem contaminação de suas entranhas. Rios e relvas viraram esgotos e pedras, e a falta de permeabilidade do chão produziu áridas plataformas que sufocaram o subsolo e suscitam enchentes a qualquer chuvinha a mais. Quem já não viu São Paulo, Rio de Janeiro e tantas outras cidades grandes viveram calamitosamente socorrendo pessoas e carros que se afogam em enchentes, que também destroem barracas em barrancos por cima de pau e pedra? Mas, essas e outras culpas não devem ser atribuídas à Arquitetura e à Engenharia, e sim àqueles que delas fizeram uso inconseqüentemente dissentidos do bom senso. Afinal, tantas outras ciências e criações tecnológicas tiveram seu uso desvirtuado da ética e da solidariedade com a Natureza... Não se pode culpar a invenção da aeronave e da pólvora por terem servido ao terror das guerras. Nem criticar a descoberta da energia nuclear pela estupidez em Hiroshima. A Arquitetura e a Engenharia são divinas. Ainda mais agora, quando arquitetos e engenheiros estão cada vez mais integrados na produção de suas obras. Inteligentemente afinados com a realidade tecnológica, econômica e social, hoje o arquiteto é visto como um parceiro, um aliado do investidor, dos construtores e engenheiros dos mais diversos segmentos, para que dessa interação possam surgir projetos enxutos, bem pensados, prontos para atender ao mercado e às necessidades humanas. Aquela idéia retrógrada e deturpada que antigamente muitas vezes atribuiu ao arqui- teto a pecha de “profissional do supérfluo”, inflexível, que encarece obra, felizmente se extinguiu. Hoje uma de nossas maiores preocupações é com o desperdício, trabalhando sintonizados com a preservação dos recursos, valorizando a reciclagem, modulando estruturas e perfis para cortes exatos e múltiplos, e, principalmente, agindo direcionados a atender aos objetivos tanto do cliente, quanto da fatia de mercado à qual sua produção se dirige. É a preocupação com aquilo que se chama viabilidade, dando aos responsáveis pelos empreendimentos a segurança do Projeto de Arquitetura plenamente exeqüível, totalmente integrado com os complementares desde a sua primeira concepção. E esse zelo com a “viabilidade” jamais deve ser restrito ao âmbito puramente técnico, e sim desgarrar-se dos interesses imediatistas e se voltar a aspirações produtivas que possam controlar a intervenção no meio ambiente, preservando, e até recuperando as áreas naturais. Dessa forma a Arquitetura terá maior compromisso com a beleza, com a harmonia e os contornos estéticos das obras que obrigará sejam vistas por todos, no dia-a-dia, urbano ou não. Afinal, como disse muito bem o jornalista Carlos Aranha, a grande responsabilidade da Arquitetura é por se transformar em “propriedade pública do cotidiano”. E por que não da Natureza? Germano Romero é arquiteto 9 informativo sinduscon aniversariantes Em Foco Por Gizélia Gomes Café da Manhã com os Parlamentares O SINDUSCON-JP promoveu com sucesso, na manhã do dia 12 deste mês, o evento que marcou o lançamento do projeto “Café da Manhã com os Parlamentares” que, segundo o presidente Irenaldo Quintans, irá funcionar como elemento de afinidade e interação entre os associados e os parlamentares em gestão. Para abrir o projeto com chave de ouro, o primeiro parlamentar convidado foi o senador Cícero Lucena, que fez uma explanação sobre sua participação nas comissões parlamentares e deixou sua opinião sobre o PAC – Plano de Aceleração do Crescimento. Após as considerações iniciais, o debate em si foi iniciado, onde foram lançadas perguntas, algumas delas sobre PAC, reforma tributária, política e trabalhista. Estiveram presentes também ao evento, os membros da diretoria, empresários, o prefeito de Mamanguape, Fábio Fernandes, representantes da imprensa (TV Miramar e Tambaú FM) e diversos associados. Segurança em obras de saneamento O CPR-PB promoveu, no dia 14 deste mês, o Encontro Sobre Segurança na Execução de Obras de Saneamento Básico. O evento foi realizado no auditório do SINDUSCON-JP e contou com a presença de 51 participantes, entre representantes da Cagepa e de construtoras que executam obras para o programa Boa Nova, do Governo da Paraíba, além de membros do próprio Comitê e de profissionais do Recife e de Campina Grande. No encontro, foi referendada a criação de um grupo de trabalho interdisciplinar, que terá como atribuição elaborar propostas a serem adotadas para prevenir novas mortes por soterramento nesse segmento da indústria da construção. Também foi lembrada a importância de que os resultados em segurança e saúde no trabalho sejam reconhecidos como indicadores de responsabilidade social e econômica dos negócios. 4º Torneio de Futebol da Construção Civil Continuam abertas as inscrições para o 4º Torneio de Futebol da Construção Civil. O evento será realizado no próximo dia 14 de abril, nas dependências do SESI do Distrito e será intitulado, Torneio João José Moreira Neto, fazendo, com isso, uma homenagem ao um ex-dirigente do SINDUSCON-JP, falecido prematuramente em 26 de maio de 2001. Inscreva já sua equipe! As vagas limitadas! Mais informações no SINDUSCON-JP, com Fernanda Nunes. Próximos Eventos 28/05 a 02/06 - 58º Congresso Mundial da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci), em Barcelona (Espanha). Mais informações podem ser obtidas junto à Secretaria da Fiabci no Brasil, pelos telefones: (11) 5078-7778 e (11) 5078-6748, com Rosa Maria. 10 Abril 01 - Elvio Ribeiro de Mendonça (Meta) e Jose Francisco da Costa (CTE Construção), 04 Gilmar Barbosa da Silva (TTTEC Tec. Construção), 05 - Lourival Batista Cabral (Mega Const) e Ovidio C. Maribondo da Trindade (CRE Engenharia), 09 - Hermogenes Paulino do Bonfim (Bomfim), 10 Maria A. de Carvalho (Const. Litoral), 12 - José Reinaldo Lima (Proenge), Wagner Pericles Amorim Pereira (Link Engenharia), Janina R. Victor (Compec) e Alexandre José de Castro Lucena (Construtora ABC), 13 - João Ferreira L. Júnior (JGA Engenharia) e Trajano Ramalho Filho (Construtora Brascon), 15 Maria de Lourdes Henriques Ribeiro (Hidra Perfuração), 17 - Luciana Pontes de Araujo Dias (AP Engenharia), 18 - Marisa M. Pessoa (Earlen Ltda.) e Ruth Barros de Almeida (Integral Engenharia), 21 Analígia Miranda Ribeiro (Construtora CCA), 25 - Fernando Mello C. de Albuquerque (Vertical Engenharia) e Eduardo Henrique Coelho Monteiro (Monteiro Construções), 26 - Fred Queiroga Pinto (FF Const), Amiraldo Baunilha Dias (Bomfim), Luiz Virginio (MC Construtora) e Wandick Damasceno (Dias Paiva) e 28 - Mouriele Pessoa Moreira (Const. Empren. Moreira). João Pessoa-PB Março de 2007 Investimentos externos Grupo espanhol decide construir complexo hoteleiro no Litoral Sul paraibano O litoral paraibano entrou definitivamente no roteiro de investimentos internacionais, em especial, para os espanhóis. Em menos de duas semanas, pelo menos dois grandes grupos anunciaram a pretensão de investir na Paraíba, o Anjoca e o ValeroBrasil (Imovovalero). O ValeroBrasil, inclusive, já anunciou o investimento de R$ 1 bilhão na construção de um complexo hoteleiro em Pitimbu, Litoral Sul paraibano. Na primeira quinzena de fevereiro, o grupo ValeroBrasil assinou com o Governo da Paraíba um protocolo de intenções de investimento em Pitimbu. Cid César, representante comercial do grupo, disse que já foi adquirida uma área de 2,4 quilômetros de praias - 344 hectares - no final do ano passado, para a construção de um complexo que compreende um resort, três hotéis cinco estrelas e um campo de golfe. O projeto ainda indica a construção de um centro de convenções, um shopping center, um balneário, um centro esportivo e de lazer, além de vilas e bangalôs. Atualmente, o projeto está em fase de análise para que seja dada entrada na documentação junto aos órgãos ambientais. “Queremos respostas para os limites legais da construção”, disse Cid César, afirmando que a concepção do projeto depende dessa etapa. Geração de empregos O executivo do grupo espanhol disse que não há previsão para início das obras do empreendimento, que deverá gerar inicialmente 400 empregos diretos. Cid César, no entanto, revelou que o grupo Blau Hotéis e Resorts, também espanhol, deverá assumir a administração do complexo, com a experiência de já atuar em 10 hotéis pelo mundo, como em Cuba e Caribe. “A diretora de expansão do grupo para a América Latina esteve na Paraíba e ficou encantada com o que viu. A Paraíba é, sem dúvidas, um lugar encantador”, disse. Turma do curso de Assistente de Gerenciamento de Obras Sesi e Senai promovem curso de qualificação para trabalhdores A escolarização e a qualificação profissional são importantes em todas as áreas e, para os profissionais da construção civil não é diferente. Pensando nisso, mais uma vez, o Sesi e o Senai da Paraíba, juntos, deram início este mês no curso de Assistente de Gerenciamento de Obras, numa ação articulada entre Educação Básica (Sesi) e Educação Profissional (Senai), visando a formação integral do trabalhador da indústria. O curso teve início no dia 5 deste mês, quando foi realizada a aula inaugural, no Centro de Educação Profissional de Construção Civil do Senai, em Bayeux, com uma palestra sobre Mercado de trabalho e Construção Civil na Paraíba, proferida pelo presidente SINDUSCON-JP, Irenaldo Quintans. A proposta do curso é promover a escolarização e qualificação profissional do trabalhador para que ele seja capaz de realizar o acompanhamento da execução de obras de construção civil, auxiliando na elaboração do orçamento, planilhas de previsão e consumo de materiais, segundo as normas, métodos e procedimentos estabelecidos, visando a qualidade e a produtividade dos processos produtivos. 11 João Pessoa-PB Março de 2007 informativo sinduscon Soenco Construtora paraibana prima pelo respeito ao meio abiente Responsabilidade social e preocupação ambiental são dois dos princípios que vêm norteando o trabalho da Soenco no setor da construção civil de João Pessoa. A empresa, genuinamente paraibana, foi criada em 1985, pelos irmãos Germano e Geraldo Guedes Pereira, ambos ainda à frente da construtora, e pelo atual secretário de Infra-estrutura da Capital, Fred Pitanga. A Soenco, de acordo com o engenheiro Germano Guedes, dedicou-se, nos primeiros anos de mercado, prioritariamente às obras públicas. Nesse período, foram desenvolvidas, principalmente, obras de reforma e construção de escolas, postos de saúde, ginásios esportivos, creches e lavanderias. Até que, a partir de 812 1992, a construtora migrou para o setor de incorporação imobiliária. Atualmente, a empresa contabiliza 17 prédios entregues, dois em construção e um lançamento previsto para o segundo semestre deste ano. O público focado pela Soenco é o de classe média e média alta, o que exige cada vez mais investimentos em tecnolo- gia e qualificação da mão de obra. “Os prédios entregues atualmente atendem um mercado cada vez mais exigente”, disse Germano. Para os empresários que estão iniciando a carreira no mercado da construção, Germano dá uma dica: solidez e respeito só se conquistam com um histórico de seriedade e ética. “Posso afirmar que, como em qualquer atividade econômica, a partir do momento que a empresa for tratada com seriedade, ética e muito trabalho, o sucesso será apenas uma conseqüência”, ressaltou. Do alto dos 22 anos de experiência, dedicados exclusivamente ao mercado paraibano, Germano analisou com bons olhos o segmento empresarial de João Pessoa. “Veremos que houve um grande amadurecimento do setor, que evoluiu para atender às novas regras do mercado. Quanto ao cliente, notamos que ele assimilou um maior nível de exigência em todos os aspectos”, disse. Para Germano, o setor da construção civil da Paraíba tem grande potencial de crescimento, porém, para que isso se efetive, se faz necessário que os governos municipal, estadual e federal invistam mais em infra-estrutura, sem esquecer do quesito segurança. “Dessa forma, poderemos ter uma demanda regular de investimentos nacionais e internacionais no setor da construção”, acredita. ‘ Os prédios entregues atualmente atendem um mercado cada vez mais exigente Germano Guedes ’