UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS
FCM - UNICAMP
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO O TRABALHO
PARA A SAÚDE – PET SAÚDE
CS - SOUSAS
Maria Flávia Minguini
Maria Aparecida De Almeida Passos
Alessandra Maria dos Santos Alongi
João Paulo Sartori
Pedro Henrique S. Castro
Êmily Quintana Gomes
Júlia Fazzio Ferreira
Ana Clara Llorente
Danielle Uehara De Lima
CENTRO DE SAÚDE SOUSAS
 População abrangida: 25.651
pessoas
•Cadastrados: 11.837 pessoas (SMS
2008)
 Inaugurado em 1955
Sousas, Vila Brandina, Jardim das
Palmeiras e bairros vizinhos.
Três equipes:
•Manacá, Jasmim e Girassol
Atendimento médico, odontológico,
psicológico e nutricional.
LOCALIZAÇÃO
Região Leste
10 centros de saúde
3 CAPS (Centro de atenção Psicossocial)
1 Pronto atendimento
Distrito de Sousas
1 Centro de Saúde
2 creches
3 ONGs de atendimento complementar
3 Escolas Públicas
Igrejas e Paróquias
2 Centros de Convivência
1 ONG de Proteção Ambiental
1 Centro de Reabilitação
1 Biblioteca Pública
2 Praças de Esporte
1 Casa de Cultura
Ações do Serviço
• Acompanhamento das familias que apontem necessidade
por área adscrita, referenciada pelos agentes e
enfermeiras via território, no qual a assistência é realizada
pelo profissional disponível
• Parceria com o centro cultural Candido/FUMEC nas ações
de saúde
• Rede intersetorial- Discussão de casos e construção de
projeto terapêutico individual ou familiar, com redes de
apoio da região – ONGs: Casa da criança, APAS (associação
Plesbiteriana), CECOIA (Centro comunitário Irmão André),
Candido Ferreira, Conselho tutelar.
O DISTRITO DE SOUSAS
Foto condomínios
Sousas
Foto Favelas em
Sousas
Hoje, Sousas é composta por duas realidades contrastantes: condomínios de alto
padrão cercados por seguranças e muros altos impondo a separação da
população de baixa renda que vive em áreas de vulnerabilidade social e pequenos
espaços com moradias de madeira, alvenaria e construção mista, com cômodos
reduzidos e sem rede de esgoto e infra-estrutura básica.
O DISTRITO DE SOUSAS
O índice de criminalidade na região vem crescendo e 50% das ocorrências
registradas no Distrito de janeiro a maio/2007 (Delegacia Policial de Sousas), são
devido ao trafico de drogas; nelas 15% têm o envolvimento de crianças e
adolescentes, nas ocorrências de furto temos 5% do mesmo envolvimento e nos
casos de roubo, 10%.
Vila Brandina, Belmont, Cohab, Beco I e Beco II são as regiões de maior risco no
tocante a gravidez na adolescência, constatação de casos endêmicos na área da
saúde, contaminação de mananciais, aglomerações de famílias sem a estrutura
social e de saneamento básico, consumo e tráfico de drogas, baixa utilização de
espaços educativos, a baixa estima, dificuldades relativas ao desempenho
escolar, dificuldades de qualificação profissional e empregabilidade e dificuldade
com transporte para a zona rural.
POPULAÇÃO – 2009 - Sousas
 25.651 habitantes
49% Homens
51% Mulheres
RM: R$ 2.186,60 ( CPQ: R$ 1.459,80)
8,5 Anos de estudo (CPQ: 7,9 anos)
50,3% usam o CS freqüentemente ( CPQ: 50,8%)
54% usam vacinação (CPQ: 46,3%)
62,1% usam medicação (CPQ: 66,5%)
20% Possuem convênio (~CPQ)
CPQ: Campinas
RM: Renda Média
CS: Centro de Saúde
FONTES: CADCAMP 2008 e CENSO 2000
POPULAÇÃO – 2009 - Sousas
FONTE: TABNET 2009
Epidemiologia - SIM
Fonte: SIM – Sistema
de informação de
Motalidade
Apesar das críticas, as estatísticas de mortalidade sempre foram e continuam
sendo a principal fonte de dados para se conhecer o perfil epidemiológico de uma
área, analisar tendências, indicar prioridades, avaliar programas, dentre outras
finalidades. (Laurenti et al, 2007).
Menores
de 2 anos
20 – 29
anos
30 – 39
anos
40 – 49
anos
50 – 59
anos
Total
2009
1
5
2
9
7
24
2008
4
2
5
9
23
43
2007
1
5
6
7
13
32
2006
5
5
4
6
12
32
Fonte: SIM
POPULAÇÃO
Epidemiologia - 2009
Fonte: SIM
Dados SIM: 2009
• Total: 135 óbitos , para
todas as faixas etárias.
• Faixas definidas: 24 óbitos
• Feminino: 7 óbitos
• Masculino: 17óbitos
Fonte: SIM
Óbitos: Faixas etárias definidas
Fonte: SIM
POPULAÇÃO
Epidemiologia - 2009
“O Brasil tem vivenciado um processo de mudança do perfil de adoecimento e
morte da população, queda acentuada da mortalidade por doenças transmissíveis
e aumento das doenças crônicas não transmissíveis – diabetes, doenças
cardiovasculares,câncer, acidentes de trânsito, etc. Mudanças no modo de vida
produziram um novo padrão de doenças que impõe a necessidade de entender
esse processo, para, efetivamente, promover a saúde, prevenir a doença e a
morte precoce.”
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde Brasil 2006:
uma análise da desigualdade em saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
POPULAÇÃO
Epidemiologia - 2009
Fonte: SIM
Óbitos: CID e faixa etária (20- 59 anos)
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Algumas doenças infecciosas e parasitarias (I): 1 óbito;
Neoplasias/ tumores (II): 6 óbitos;
Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas (III): 1 óbito;
Doenças do sistema nervoso (V): 1 óbito;
Doenças do aparelho circulatório (VI): 4 óbitos;
Doenças do aparelho respiratório (X): 1 óbito;
Doenças do aparelho digestivo (VIII): 1 óbito;
Gravidez parto e puerpério (XI): 1 óbito;
Causas externas de morbidade e mortalidade (XIV): 7
óbitos;
Fonte: SIM
Fonte: SIM
Óbitos por causas Externas
Fonte: SIM
Fonte: SIM
POPULAÇÃO
Epidemiologia - 2009
CS Resid.
CAMPINAS
CS Sousas
CS Resid.
Hipertensão Hipertensão - Sim
Não
86,16%
13,84%
85,08%
14,92%
Diabetes - Não
Diabetes - Sim
Total
100,00%
100,00%
Total
CAMPINAS
95,56%
4,44%
100,00%
CS Sousas
95,58%
4,42%
100,00%
Fonte: CADCAMP 2008
POPULAÇÃO
CS Resid.
CAMPINAS
CS Sousas
CS Resid.
CAMPINAS
CS Sousas
CS Resid.
CAMPINAS
CS Sousas
D. Respiratória - D. Respiratória
Não
- Sim
89,47%
10,53%
88,99%
11,01%
Total
Alcoolismo - Não
Alcoolismo Sim
2,44%
1,74%
Total
Tabagismo Sim
10,20%
11,01%
Total
97,56%
98,26%
Tabagismo - Não
89,80%
88,99%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
Fonte: CADCAMP 2008
Dados do SINAN em 2009
Incidência da doença
Casos
Esquistossomose
21
Toxocaríase
4
Hepatite C
4
Dengue
3
Hepatite B
2
Sífilis
2
DISCUSSÃO
“As informações e indicadores de saúde têm sido descritos como os olhos dos
responsáveis pela formulação das políticas de saúde. Não resta dúvida de que,
freqüentemente, os gestores são incapazes de ver através da nevoa provocada
pelas variáveis de confusão, mal-classificadas ou ausentes.”1
1AbouZahr
C, Adjei S, Kanchanachitra C. Tomado de: data to policy: good practices
and cautionary tales. Lancet. 2007; 369:1039-1046.
DISCUSSÃO
•Aspectos geográficos e socioeconômicos particulares – Requerem
planejamento específico
•Muitos dos dados epidemiológicos estão subdimensionados em relação
aos valores nacionais, isso pode ser uma possível evidência de
subnotificação dessas doenças.
•Mortalidade maior em homens
•População Flutuante (Vila Brandina,
condomínios, Igreja dos Mórmons)
empregadas
domésticas
em
•Referência em saúde mental – Joaquim Egidio
•Causas externas como principal causa de mortalidade na população
adulta (20-59)
Discussão/Propostas
• Viabiliazar a organização de núcleo de saúde
coletiva com o objetivo de facilitar e ampliar as
ações de saúde coletiva
• Dialogar com o conselho local para
compartilhar as informações
• Obtenção e interpretação de dados que
possibilitem eleger o foco para o planejamento
das ações
Bibliografia:
• Prefeitura Municipal de Campinas.TABNET: Sistema de informação em
saúde. Disponível em http://tabnet.saude.campinas.sp.gov.br/ ; acessado
em 19 de julho de 2010
• Brasil.Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Descreve informações
sobre os Centros de Saúde.Disponível em :
http://2009.campinas.sp.gov.br/saude/