Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE CE Conselho Europeu 1 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE 03, 04, 05 e 06 de junho de 2015 São Paulo www.faap.br [email protected] (11) 3662-7262 CONSELHO DE CURADORES Presidente Sra. Celita Procopio de Carvalho Integrantes Dr. Benjamin Augusto Baracchini Bueno Dr. Octávio Plínio Botelho do Amaral Dr. José Antonio de Seixas Pereira Neto Sra. Maria Christina Farah Nassif Fioravanti Embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-Presidente Dr. Antonio Bias Bueno Guillon ASSESSORIA DA DIRETORIA Assessor Administrativo e Financeiro Sr. Tomio Ogassavara Assessor de Assuntos Acadêmicos Prof. Rogério Massaro Suriani Diretor do Conselho de Ensino Prof. Victor Mirshawka Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE ORGANIZADORES Corte Internacional de Justiça Luana Assunção Teodoro Souza Marcela da Costa Valente Natália Brazinski de Andrade Gabriella Caterina Longobrado Secretariado Victor Dias Grinberg – Secretário-Geral Acadêmico José Victor Rosa Vilches – Secretário-Geral Administrativo Counter-Terrorism Committee STAFF ADMINISTRATIVO Guilherme de Pinho Vieira Silva Renato Gonzales Raposo de Mello Matheus D`Agostino Martins André de Melo Reis Bueno Filho – Diretor Financeiro Henrique Tilelli de Almeida Anacleto – Diretor de Estrutura Julia Pereira Borges – Diretora de Comunicação Gabinete Russo Thaís Mingoti Dutra Rafael Facuri Villela Thiago Godoy Organização Internacional do Trabalho STAFF ACADÊMICO Gabriela Lotaif Manoela Meirelles V. de Azevedo Agência Internacional de Energia Atômica Raquel Pereira Silva Dell’Agli Taís Duarte Grecco Isabela de Oliveira Maia Organização Mundial da Saúde Guiliano Guidi Braga Maiara Mayumi Ribeiro Shimote Rayanne C. Morales Assembleia Geral das Nações Unidas Leticia Astolfi Santana Madalena Rodrigues Derzi Carolina Andreosi Rachel Naddeo Gomes Gabriele Sampaio Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Bárbara Ilana Molitor Perini Fernanda Alves de Oliveira Jéssica Tozatti Comitê de Imprensa Terceiro Setor Julia Pereira Borges Priscila Tiemo Lopes Kawakami Victoria Junqueira F. Ribeiro Fernanda Cardoso de Oliveira Bruno Rossetto Carolina Comitre Conselho de Direitos Humanos União das Nações Sul-Americanas Júlio César Bardini Cuginotti Bethânia Kopke Carolina de Faveri Siqueira Giovanni de Oliveira Furlani Heitor P. Felippe Marcos Vinícius Alexandre Santos Conselho Europeu United Nations Security Council Thayná Mesquita de Abreu Yann Lucas Siqueira Severo Victoria Fontes Rodrigues Renan Yukio Nakano Gabriella Lemos Brackman Luiza Oliveira Damasceno 4 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE CARTA DE APRESENTAÇÃO Senhores delegados, É com enorme prazer que apresentamos a simulação do comitê do Conselho Europeu. Disponibilizamos aqui um material com a intenção de oferecer qualquer tipo de suporte para pesquisa e aprofundamento dos temas em questão. Sabemos que ao escolher um dos tópicos mais delicados da contemporaneidade podemos esperar um alto nível em nossas discussões a partir da boa consolidação de projetos que os senhores trarão. O comitê será dirigido por três diretores: Thayná Abreu, Vitória Fontes e Yann Lucas Siqueira Severo. Thayná Mesquita de Abreu atualmente é aluna da FAAP do curso de Relações Internacionais e está cursando o terceiro semestre. Participou como staff de estrutura no X Fórum FAAP, em 2014. Victória Fontes Rodrigues está no terceiro semestre de Relações Internacionais na FAAP. No X Fórum FAAP, em 2014, participou como staff de estrutura. Yann Lucas Siqueira Severo também é aluno da FAAP e está cursando o quinto semestre de Relações Internacionais. Participou como staff acadêmico no IX Fórum FAAP, dentro do comitê CDH (Conselho de Direitos Humanos) e como diretor acadêmico do X Fórum FAAP no comitê LEA (Liga dos Estados Árabes). Além do Fórum FAAP, participou de outras simulações como a SiEM 2014 (Simulação para o ensino médio) e do primeiro Modelo Knesset, que simula o parlamento de Israel, também em 2014. Esperamos que gostem do tema e que apresentem uma boa discussão. Todos os membros do comitê terão que manter a fidelidade à política externa do país que representam e agir com respeito aos outros membros do comitê. Até o XI Fórum FAAP de Discussão Estudantil em 2015! Thayná Mesquita de Abreu Victória Fontes Rodrigues Yann Lucas Siqueira Severo 5 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE HISTÓRICO DO COMITÊ Conselho Europeu O processo de formação da União Europeia como conhecemos atualmente iniciou-se a partir de 1951, no contexto do pós-Segunda Guerra Mundial e início da Guerra Fria, inicialmente intitulada de Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e composta apenas por Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e os Países Baixos. Porém, antes de sua criação, já existia uma organização chamada Benelux (formada por Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), fundada em 1943 e sendo inicialmente uma área de livre comércio, que mais tarde, com a adição da Alemanha, França e Itália, tornou- se a CECA. O Conselho Europeu teve início em 1974, de modo informal, como espaço para debate entre os estados. Somente em 1992 adquiriu um estatuto formal e em 2009 tornou-se uma das sete instituições oficiais da União Europeia. Atualmente, é órgão que define as prioridades políticas gerais e exerce o papel de resolver questões que impactam na política dos membros da UE. Apesar de definir a agenda política, o Conselho Europeu não tem qualquer poder legislativo. Tendo sua sede em Bruxelas, na Bélgica, o Conselho Europeu é composto por chefes de estado ou de governo de cada país da UE, o presidente da Comissão Europeia e o presidente do Conselho Europeu, que dirige as reuniões. A Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança também participam do Conselho, que se reúne duas vezes por semestre e, se necessário, pode-se convocar um conselho extraordinário. A criação dessa instituição foi o primeiro passo para a integração econômica que mais tarde evoluiria e também, pela primeira vez, que se aproximou da ideia de supranacionalidade, onde os países transferem parte de seu poder de decisão e sua soberania para uma instituição. Em 1957, os seis países-membros assinam o Tratado de Roma, dando origem à Comunidade Econômica Europeia (CEE), sendo uma união aduaneira, e à Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euratom). As decisões do Conselho Europeu são tomadas por consenso, salvo para questões específicas estipuladas pelos tratados onde as decisões podem ser tomadas, por unanimidade ou por maioria qualificada. “O consenso não é uma regra de votação e não tem definição jurídica. Trata-se do modo pelo qual, atualmente, o Conselho Europeu aprova conclusões ou outros textos de natureza política que não assumem a forma de ato com efeitos jurídicos obrigatórios em relação a terceiros.” É preciso lembrar que o Conselho Europeu tem caráter sugestivo e não mandatório. Em 1986, o Ato Único Europeu é assinado, dando início ao processo de formação do mercado único europeu que, mais tarde, depois de concluído, permitiria a livre circulação de mercadorias, pessoas, capitais e serviços. Finalmente, a União Europeia é criada em 1992 com o Tratado de Maastricht, sendo concebida como um mercado comum. O euro é implantado em 1999, elevando a União Europeia ao patamar de união monetária. Atualmente, a organização possui 28 membros, sendo a Croácia o último país a entrar como membro pleno em 2013. 6 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE HISTÓRICO DO PROBLEMA Porém, as migrações internacionais passaram a não ser bem-vindas quando se tornaram um problema para a população local. A partir da década de 1980, a ascensão do neoliberalismo e a intensificação do processo de globalização promoveram a abertura dos mercados e o desenvolvimento tecnológico. Esses fatos permitiram a migração das indústrias para outros países, em busca de novos mercados e de mão de obra não qualificada ainda mais barata, deixando os imigrantes sem emprego nos países europeus. Desse modo, os imigrantes passaram a ser uma ameaça aos empregos dos europeus, uma vez que, quando não existiam mais indústrias para o trabalho, eles precisavam de uma nova alternativa e essa envolveria uma disputa por um posto de trabalho contra um nativo. As imigrações para o continente europeu iniciaram-se com maior intensidade após o fim da Segunda Guerra Mundial. Determinados países, após a reconstrução, passaram a se destacar devido à força industrial que detinham na época. Dessa maneira, essas regiões se tornaram um alvo de migrações internacionais oriundas de países menos desenvolvidos. No início, as imigrações aconteciam de países da própria Europa, como Portugal, Grécia e Itália, mas, logo no início de 1970, esse fluxo migratório passou a ser substituído pelo o de ex-colônias europeias. Até mesmo os estados do continente, que migravam para os mais desenvolvidos, passaram a receber imigrantes. As novas tecnologias, com o aprimoramento dos meios de transporte e também dos meios de comunicação, ajudaram a interação em escala global: o imigrante detém com maior facilidade de ir e vir contato com familiares nos países de origem e ainda pode mandar dinheiro para aqueles que permaneceram lá. Dessa forma, os fluxos migratórios foram, mais uma vez, estimulados. As populações buscavam um lugar no mercado de trabalho já que, no país de origem, não há muito condicionamento para uma boa qualidade de vida, devido à alta desigualdade existente. Geralmente, os imigrantes eram encarregados dos trabalhos “menos procurados”, onde não há necessidade de mão de obra qualificada e os salários são baixos. Por tal motivo, as imigrações para a Europa entre 1950 e 1980 eram bastante estimuladas (mas controladas), pois não havia mercado de trabalho disponível para esse tipo de serviço. A xenofobia praticada pelo povo europeu ganhou forças a partir de então. Com a concorrência no mercado de trabalho, os europeus passaram a sustentar a ideia de que os imigrantes “roubam” o emprego do povo nativo. O imigrante aceitava o mesmo serviço com um salário mais baixo e condições de trabalho inferiores, quando comparado ao estipulado para o europeu. Além desses fatores econômicos, a Europa já se sentia ameaçada perante sua cultura. Com a vinda dos imigrantes, o continente passou a ter uma crise de identidade, que aumenta cada vez que os países se tornam ainda mais miscigenados, já que os novos habitantes trazem a sua própria cultura para a região. Os povos migram, permanecem no país e passam as origens para seus descendentes, o que leva a Europa a ser um berço de religiões, etnias, tradições e idiomas diferentes. Outro motivo que levou a Europa a aceitar de bom grado o fluxo migratório foi a necessidade de população ativa no continente. Com a tecnologia ajudando a aprimorar os mecanismos da saúde populacional, a tendência europeia é a vida longa. Além disso, a educação e os costumes europeus fizeram com que a taxa de natalidade se tornasse baixa. Esses pontos determinaram que a população idosa, com o tempo, ultrapassasse a jovem, sendo necessária uma nova população que suprisse o continente, tanto para completar a quantidade de jovens disponíveis ao trabalho, como para ajudar a sustentar a população aposentada, por meio dos impostos. 7 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Desde então, o continente europeu tenta bloquear a vinda dos povos estrangeiros, porém essas medidas têm estimulado as imigrações ilegais. Os governos da Europa se empenham em reforçar a repreensão e ainda construir muralhas e grades em pontos estratégicos, visando impedir o assédio dos povos migrantes. Com isso, os imigrantes se veem obrigados a enfrentar as “rotas da morte”, alternativas extremamente perigosas que se encontram no continente. Como resultado, temos pobreza extrema, o crescente número de redes de tráfico de pessoas e, principalmente, mortes. O espaço Schengen É impossível descartar a relevância do espaço Schengen quando o tema são as migrações na Europa, de modo que os imigrantes que entram em um país desta área têm acesso a todos os outros países. O espaço Schengen é uma área de livre circulação de pessoas – este direito sendo garantido pela União Europeia – que permite aos cidadãos europeus viajar, trabalhar e viver em outro país sem maiores dificuldades. Essa cooperação tem como um dos objetivos permitir a liberdade dos mais de 400 milhões de habitantes da União Europeia, assim como pessoas provenientes de países de fora do bloco, como turistas e empresários, sem a necessidade de controles fronteiriços. Por tais motivos, a imigração se tornou um problema para o europeu que, ao se sentir ameaçado pelo estrangeiro, transformou a Europa em um continente onde milhares de habitantes sofrem preconceito e discriminação. Diversas passeatas contra os fluxos migratórios são promovidas na Europa, como por exemplo, o ocorrido na capital de Portugal, Lisboa, em 2005. A população local carregava cartazes com dizeres como: “Imigrante = Criminoso”, juntamente com os discursos de ódio direcionados à população estrangeira. Há ainda os casos de agressão e morte por motivos de xenofobia. Na Noruega, em 2011, por exemplo, cerca de 80 pessoas foram mortas pela explosão de uma bomba no centro de Oslo, seguidas de fuzilamento de estudantes, que agiam contra o discurso de expulsão de imigrantes. O crime foi praticado por um norueguês com tendências xenofóbicas. Figura 1 – O espaço Schengen a partir de 2011 Fonte: European Commission Através dessas informações, é possível presumir que uma intensificação no fluxo migratório pode impactar diretamente na política interna e na economia dos países-membros da União Europeia. 8 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE TABELA 1 - PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA QUE FAZEM PARTE DO ESPAÇO SCHENGEN Alemanha Hungria Áustria Itália Bélgica Letônia Dinamarca Lituânia Eslováquia Luxemburgo Eslovênia Malta Espanha Países Baixos Estônia Polônia Finlândia Portugal França República Tcheca Grécia Suécia Dos países pertencentes à União Europeia, somente Irlanda e Reino Unido não fazem parte do espaço Schengen. “Tendo aderido apenas a uma parte do dispositivo Schengen, o Reino Unido e a Irlanda conservam o direito de controlar as pessoas em suas fronteiras e de não integrar as medidas respeitantes aos vistos, ao asilo e à emigração”1. Além dos países candidatos à entrada no espaço Schengen, existem os países que são candidatos à entrada na União Europeia – que também é um assunto relevante – como a Islândia, a Sérvia, a Macedônia, Montenegro e a Turquia, que estão em processo de transposição da legislação da UE para a legislação nacional. Outros estados como a Albânia, Kosovo, Bósnia e Herzegovina são considerados candidatos potenciais à entrada na UE, pois ainda não cumprem os critérios necessários para ser membros do bloco. Fonte: European Commission O caso dos turcos na Alemanha TABELA 2 - PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA QUE NÃO FAZEM PARTE DO ESPAÇO SCHENGEN República da Irlanda A migração de turcos para a Alemanha começou após o término da Segunda Guerra Mundial, com um tratado entre Alemanha e Turquia, devido ao fato de que a Alemanha estava destruída após a guerra e precisava de mão de obra para fomentar sua economia. Esses imigrantes turcos deveriam permanecer por pouco tempo no país, mas boa parte deles resolveu ficar na Alemanha e com o passar do tempo se tornou imigrante indesejado. Reino Unido Fonte: European Commission TABELA 3 - PAÍSES DO ESPAÇO SCHENGEN QUE NÃO FAZEM PARTE DA UNIÃO EUROPEIA Islândia Noruega Liechtenstein Suíça Atualmente, cerca de 2,7 milhões de turcos vivem na Alemanha e representam o maior grupo de imigrantes dentro do país. Fonte: European Commission TABELA 4 - PAÍSES CANDIDATOS À ENTRADA NO ESPAÇO SCHENGEN Bulgária Quando se trata das causas da migração turca, o principal motivo está relacionado à economia da Turquia, bastante afetada após a crise financeira que atingiu toda a Europa e os Estados Unidos em 2008, que consequentemente causa desemprego, pobreza e subdesenvolvimento. Romênia Croácia Fonte: European Commission 9 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE Nos últimos anos, o desemprego na Turquia não tem se mostrado um grande problema, já que tem se mantido abaixo de 10%, como mostra o gráfico a seguir: Figura 2 - Taxa de desemprego na Turquia Fonte: Trading Economics/Turkish Statistical Institute Uma notícia publicada no jornal O Globo, em 2011, mostra que fatores como a estabilidade política e a retomada do crescimento econômico na Turquia têm feito com que os imigrantes turcos que viviam na Alemanha retornem ao seu país de origem. O gráfico a seguir mostra o crescimento do PIB da Turquia entre 1998 a 2013: Figura 3 - Taxa de crescimento do PIB da Turquia (1998-2013) Fonte: Trading Economics/Turkish Statistical Institute 10 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE Entre 2006 e 2011, cerca de 140 mil turcos voltaram para a Turquia. ligados à Angela Merkel. Outra questão é o território Em 1987, a Turquia fez um pedido de adesão à União Europeia e foi reconhecida oficialmente como candidata em 1999, já as negociações para adesão foram iniciadas em 2005, mas estão paralisadas há três anos. Um dos motivos desta paralisação nas negociações é o veto da Alemanha, sendo que 25 países votaram a favor da entrada da Turquia na UE. Sabe-se que um dos motivos do voto contra da Alemanha é o fato de que se a Turquia entrar na UE, automaticamente ela está dentro do espaço Schengen, isso facilitaria ainda mais a entrada de turcos na Alemanha. turco, do qual apenas 3% encontra-se na Europa2. Os países que são a favor da entrada da Turquia na União Europeia alegam que a população jovem do país traria rejuvenescimento ao bloco, já que a população da UE passa por um processo de envelhecimento. Os temas mais polêmicos em torno da candidatura da Turquia são os direitos humanos e a religião, muçulmana, ao contrário da maioria dos países da União Europeia, cristãos. Ultimamente, vêm crescendo os temores A seguir, uma tabela comparando os índices da Alemanha e da Turquia, em vários âmbitos, nos dias atuais. de que a entrada do país iria “sobrecarregar” o bloco, por conta de seu tamanho e economia e essa é uma das plataformas eleitorais utilizadas por conservadores Tabela 5 - Comparação entre Alemanha-Turquia ALEMANHA TURQUIA População 80,996,685 81,619,392 Religião Protestante (34%), Católicos Romanos (34%), Muçulmanos (3,7%), Não afiliados ou Outros (28,3%) Muçulmanos (99,8%) (maioria sunita), Outros (0,2%) (Cristãos e Judeus) Urbanização 74% 71,5% Índice de Desenvolvimento Humano – IDH 0,92 0,722 Expectativa de vida 80,44 anos 73,29 anos Alfabetização 99% 94,1% Taxa de Desemprego 5,3% 9,3% PIB (em dólares) $3.593 trilhões $821.8 bilhões PIB per capita $39,500 $15,300 Inflação 1,6% 7,6% Fonte: CIA Facebook 11 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE Através destes dados podemos observar a disparidade entre os dois países, tanto no âmbito econômico, como em outras áreas, como educação, desemprego, IDH e expectativa de vida. imigração no ano de 2014 trouxe saldos positivos para a economia dos países do continente europeu. Além disso, a reportagem ainda destaca que a mão de obra qualificada também foi um ponto positivo. Dessa forma, a pesquisa levantou uma opinião contrária a dois dos principais argumentos que envolvem a negação dos imigrantes em solos europeus: o impacto dela na economia e a mão de obra precária. Prós da imigração na Europa Existem muitos motivos que levam as pessoas a saírem de suas nações à procura de algo diferente do que gozam em seus países de origem, no entanto não é apenas a vida da pessoa que muda, mas afeta a tudo e todos que a rodeiam. Pensando no âmbito do estado, a imigração legal na Europa é uma forma de combater os crescentes fluxos migratórios ilegais, contrariar o envelhecimento demográfico e desenvolver a economia do continente. A estimativa é que a imigração ao continente tenha resultado em um superávit de, aproximadamente, 23 bilhões de libras na economia britânica, entre 2000 e 2011. Um dado relevante é que são poucos os imigrantes que acabam retornando ao seu país de origem anos depois, devido a sua consolidação profissional e pessoal. Por esse motivo, a população de alguns países acaba diminuindo, enquanto a população de outros acaba aumentando. Na maioria das vezes, um dos aspectos que são levados em consideração na escolha de mudar de país, é geralmente a procura de destinos onde o IDH é maior do que no seu país de origem, a fim de encontrar melhores condições de qualidade de vida, oportunidades, educação e crescimento profissional, além dos problemas financeiros consideráveis em seu estado, como as dificuldades econômicas enfrentadas pelos países menos desenvolvidos. A imigração ilegal na União Europeia Os países europeus atraem o maior número de imigrantes do mundo (28% do total), seguindo-se dos Estados Unidos, com 35 milhões de estrangeiros (20%). Estima-se que cerca de 560 mil estrangeiros ilegais entram na Europa todos os anos. Destes, dois mil africanos morrem ao tentar atravessar o Mediterrâneo, revela o relatório da Comissão Mundial sobre as Migrações Internacionais (CMMI). Atualmente, 7,7% da população do continente europeu é de imigrantes (aproximadamente 56,1 milhões), incluindo 9,2 milhões de refugiados. Segundo o Estudo Econômico e Social Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), a imigração legal beneficia os países de origem e de destino. Além disso, os imigrantes contribuem para o aumento do produto interno bruto, e dos cofres do estado, além de aumentar a procura por bens e serviços. Porém isso não acontece apenas no país receptor, mas também naquele de onde saíram. É importante ressaltar que os migrantes residentes no estrangeiro acabam tornando-se grandes investidores de seu estado natal. Um caso recente que ocorreu envolvendo imigrantes que tentaram entrar na Europa foi a embarcação com cerca de 200 africanos que tentaram entrar na costa europeia, através do Mediterrâneo, porém houve uma colisão com outra embarcação na Líbia. Uma reportagem da BBC informa, de acordo com dados da Universidade de Londres (UCL), que a 12 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE Milhões de imigrantes acabam por morrer ao tentar chegar ao continente europeu ilegalmente. Sendo por embarcações que acabam em naufrágio antes do destino, seja pelas perigosas fronteiras que são percorridas até a Europa e também as péssimas condições que são encontradas pelos mesmos durante a tentativa de entrada. disso seriam as eleições, onde um dos principais pontos levantados seriam as medidas repreensivas que adotadas à entrada de imigrantes. De qualquer forma, nesses tempos, a Europa tem se mostrado mais preocupada com a entrada de imigrantes ilegais por suas fronteiras. O controle está cada vez mais rigoroso, e esse é um dos motivos pelo qual tantas capturas de ilegais são divulgadas na mídia, muito mais quando comparada aos últimos anos. A grande maioria da população europeia se apresenta contra a imigração. Uma das grandes provas Figura 4 – Travessia ilegal de fronteiras Fonte: Frontex 13 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE Porém, nos últimos anos o número de imigrantes ilegais na Europa tem caído significativamente para cerca de 49% em 2013, segundo relatório anual de riscos de 2012 divulgado pela agência europeia para a segurança das fronteiras limítrofes da UE, a Frontex. É interessante dizer que quando analisados por nacionalidade, quase um em cada três imigrantes que entram ilegalmente na União Europeia provém do Afeganistão. voltar ao seu país de origem, permanecendo em território europeu e transmitindo suas heranças genéticas aos seus descendentes, provocando uma transformação étnica muitas vezes indesejada pela sua população local. Para agravar a situação, nota-se que o crescimento migratório em muitos países europeus ultrapassa o crescimento vegetativo. Há também o fato de que muitas vezes os europeus têm a sensação de que os imigrantes “roubam” seus empregos, pois muitos acreditam que os estrangeiros realizam os mesmos serviços da população local, porém por um salário mais baixo, e condições de trabalho mais degradantes. Como já foi dito, um dos motivos que levam as pessoas a saírem de seu país de origem são problemas enfrentados no local, como é o caso de guerras. Apenas neste ano de 2014, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), pelo menos 1.880 imigrantes morreram tentando entrar na Europa, a maioria atravessando o Mar Mediterrâneo. “Uma vez mais esses eventos trágicos mostram que algo precisa ser feito para solucionar o problema da imigração irregular”, afirmou William Lacy Swing, coordenador da Organização Internacional de Migração (OIM). Um dos principais motivos para ocorrer esse aumento na imigração ilegal europeia é o conflito no Iraque, situação política delicada na Líbia, a guerra na Síria e no Mali, bloqueios fronteiriços na Ucrânia, o regime militar na Eritreia e a crise na Faixa de Gaza, estimulando a fuga de pessoas para a Europa. A crise econômica que atinge a Europa desde 2011 também acaba sendo um fator que aumenta a onda de xenofobia europeia, já que boa parte da população começou a responsabilizar os estrangeiros por meio de ideias preconceituosas pela retração econômica. Além disso, com a crise e o aumento de problemas sociais como o desemprego, ideais fascistas, racistas e anti-imigrantistas começam a ganhar força. Outro fato que acaba desencadeando a xenofobia é a insistência dos estrangeiros de manter as tradições do seu país natal no continente europeu. Diferentemente dos estrangeiros que buscam se adequar às tradições existentes os grupos que vão para Europa, cada vez maiores, mais organizados e mais influentes, articulam-se no sentido de conservar suas tradições, incluindo os seus idiomas. Essa atitude acaba gerando uma crise social muito grande, já que os nativos europeus não concebem essas ideias, consequentemente gerando conflitos cotidianos e sociais entre nativos e estrangeiros, o que pode acabar provocando, em um futuro próximo, uma crise sem precedentes no continente europeu. A xenofobia na Europa Infelizmente também existem ondas xenofóbicas na Europa. Um dos fatores mais discutidos sobre a ocorrência do mesmo está na “crise de identidade”, devido ao fato de que a Europa vai gradativamente se transformando em um local multimiscigenado, já que a maioria dos imigrantes não costuma 14 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE Figura 5 – Movimento demográfico na União Europeia (precisa mudar no box – Europeia) Fonte: Eurostat Imigrantes muçulmanos na Europa lho que não são desejados na Europa – trabalhos de baixa renda, como por exemplo, de faxineiro e garçom. Dessa forma, auxiliam o campo de trabalho em falta na Europa. A imigração de povos muçulmanos tem sido vista de modo negativo perante os olhares de boa parte dos europeus, mostrando novamente o xenofobismo existente no continente perante os estrangeiros que se encontram no território. Cerca de 15 milhões de mulçumanos vivem hoje em países-membros da União Europeia. Segundo dados apresentados pelo Instituto PEW, os países de maior preferência são Rússia, Alemanha e França. A resistência europeia ao povo imigrante faz com que a adaptação ao novo país se torne ainda mais complicada. A cultura, diferente dos diversos países do continente europeu, faz com que o repúdio se transforme em lei: como, por exemplo, na França, em que o uso da burca foi proibido – demonstrando o desrespeito e a não aceitação por parte do povo europeu. Ou a forma que os imigrantes são, de certa forma, obrigados a conviverem todos juntos em bairros mais pobres – é criado um novo território próprio para os determinados “invasores”. Com o ato da imigração, a população islâmica busca condicionamento melhor para a vida, considerando os fatores econômicos e políticos dos países de origem. Geralmente, ocupam postos de traba- 15 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE Mais uma demonstração clara da resistência em forma de lei é a que se adota na Europa: “jus sanguinis”, ou direito de sangue, é o fator que determina a cidadania de cada pessoa. Caso a pessoa seja nascida na Europa, porém não seja descendente do povo local, não será considerado um cidadão europeu. Muitos grupos xenófobos estimulam ainda a violência contra os estrangeiros e, principalmente, a restrição da entrada de imigrantes no continente. PANORAMA Há também a crença preconceituosa que associa todo e qualquer muçulmano ao terrorismo, principalmente depois do famoso atentado de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. Os líderes da Europa estão preocupados com a quantidade de muçulmanos provenientes de países europeus que pertencem ao grupo radical Estado Islâmico. Segundo as forças de segurança do Reino Unido, existem cerca de 500 muçulmanos britânicos. Alemanha A Alemanha, atualmente, apresenta um posicionamento contra a entrada de imigrantes em seu território. Angela Merkel (chanceler alemã) declara que, no início dos fluxos migratórios, a Alemanha acreditava que os imigrantes permaneceriam por certo tempo no território, mas que logo voltariam às terras de origem. Não foi esse o ocorrido, uma boa parte da população que vive no território alemão é imigrante. Os europeus temem ser vítimas de ataques terroristas por parte do grupo jihadista, visando a quantidade de muçulmanos residentes que deixam a Europa por um determinado período, para então se juntarem ao grupo. Em todo o caso, o xenofobismo alemão é considerado um dos grandes motivos da Alemanha estar se posicionando contra a entrada dos novos habitantes estrangeiros. A população que possui o sobrenome turco tem mais dificuldades de conseguir uma vaga de trabalho, comparando-se àquele que possui o sobrenome alemão. Além disso, recentemente foi aprovada uma lei que restringe os direitos dos estrangeiros em território alemão. De acordo com a chanceler, o documento é direcionado aos imigrantes que se aproveitam dos direitos de forma fraudulenta: o relatório prevê a retirada dos benefícios daqueles que usufruem de forma abusiva e provocam a expulsão dos mesmos do país, e ainda um período de 3 a 6 meses para que o estrangeiro consiga emprego, caso contrário, estará sujeito a expulsão. Inclusive o povo europeu teme que os novos integrantes dos grupos terroristas acabem por ser alguns descendentes deles. Como no caso que ocorreu recentemente na França: Nicolas Bons e Jean Daniel se converteram à religião islâmica e passaram a integrar o grupo jihadista, tendo como destino a morte em atentados. Dessa forma, muitas pessoas acreditam que a presença do povo islâmico pode influenciar alguns, cometendo o mesmo ato. Além disso, os islâmicos, e todos os outros imigrantes, são submetidos a uma série de acusações por determinados problemas criados na Europa, sejam esses envolvendo saúde, trabalho ou até educação. De acordo com o Instituto Konrad Adenauer, a xenofobia na Europa cresceu, principalmente, por causa da crise econômica que alastrou o continente. Dessa forma a disputa por empregos, inclusive os de baixa renda, ficou acirrada. Dinamarca A Dinamarca foi o primeiro país a descumprir o acordo do tratado do Espaço Schengen, em 2011, na tentativa de bloquear a entrada de imigrantes descendentes de países árabes, devido à grande onda de revoltas que se instalou sobre esse povo. 16 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE Itália Em 2002, a Dinamarca já apresentava atitudes anti-imigrantistas, uma vez que o governo dinamarquês aprovou algumas regras que endureciam ainda mais os limites para a imigração e o asilo. Dessa forma, a Dinamarca passou a ser um dos países com a legislação mais rígida para imigrantes naquele ano, dificultando os pedidos de asilo, vistos de residência e o acesso aos benefícios fornecidos aos estrangeiros. A criação de novas normas italianas em relação à imigração mostra que esse é um assunto que também incomoda os italianos. Essas normas parecem mais inspiradas em dificultar a integração do imigrado com a sua família, antes de combater a criminalidade, que frequentemente vê entre as próprias vítimas os imigrados, como afirmam. Entre essas normas estão: a proibição da expulsão para os que vivem juntos com parentes italianos de terceiro e quarto grau, entre outras. França O problema de xenofobia ao povo imigrante atinge também as terras francesas, onde a campanha eleitoral tem como base o problema da imigração – os candidatos às eleições parlamentares, tanto de esquerda como de direita, acreditam que o grande desafio da França está entrelaçado ao povo estrangeiro, que é o grande responsável pelo déficit público e o desemprego. Luxemburgo A lei da imigração de 2008 vem distinguir oito categorias de imigrantes não comunitários, e o objetivo de governo era encorajar a vinda de imigrantes altamente qualificados. Atualmente, Luxemburgo conta com cerca de 44% de estrangeiros. Mesmo entre os 56% luxemburgueses, alguns deles têm também um passado de imigração. O excesso de xenofobismo e ódio pode ser percebido, principalmente, pelo discurso feito pelo fundador do partido de extrema-direita francês (Frente Nacional). Jean-Marie Le Pen declarou que os problemas estabelecidos na França e no restante da Europa poderiam ser solucionados com o Ebola, doença extremamente contagiosa e perigosa que atacava alguns países na Europa naquele momento. Reino Unido O Reino Unido pretende endurecer as regras para imigrantes no seu território. Dentre elas, estão: obrigar os senhorios a verificarem se os candidatos a inquilinos são ou não imigrantes ilegais, impedir que os ilegais tenham carta de condução, aplicar penalizações pesadas a quem der emprego a imigrantes ilegais, obrigar os estrangeiros que vão ao Reino Unido a possuir seguro saúde ou, então, a pagarem do seu bolso todos os cuidados de saúde que receberem no país. Estas medidas, apesar de estarem em preparação há algum tempo, surgem em uma altura em que o partido eurocético e anti-imigração Ukip está crescendo a olhos vistos no Reino Unido. Hungria A imigração ilegal atinge níveis preocupantes no país do Leste Europeu. Com muitos imigrantes ilegais presos, não há sinais de que a tendência seja diminuir, conforme afirmam oficiais de fronteira húngara. Além dos refugiados de países próximos, cada vez mais imigrantes africanos e do leste asiático chegam ao território húngaro. Uma das condições impostas à Hungria para a sua entrada na União Europeia (UE) é que endurecesse o combate à imigração ilegal. Por esse motivo, a Hungria procura evitar imigrações. República Tcheca Imigrantes da República Tcheca são incentivados a regressar ao seu país de origem. 17 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE CONSIDERAÇÕES DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL Os delegados devem seguir a fidelidade à política externa do Estado que está representando. O DPO ou Documento de Posição Oficial é o documento que cada delegado apresentará com o posicionamento do país que representa sobre o tema. O DPO deve ter uma página e estar muito bem explicado, uma vez que estará disponível para eventuais consultas de outros delegados, além de ser instrumento para avaliação dos diretores. O Conselho Europeu tem o intuito de desenvolver a união dos países europeus, evitando medidas que causem o afastamento da relação entre os países membros, de modo que os estados-membros possam chegar a conclusões que serão adequadas a todos. No primeiro parágrafo do documento deverão constar dados sobre o país, como PIB (em dólar), PIB per capita, taxa de desemprego, população, religião, alfabetização, IDH, urbanização, inflação e expectativa de vida. Esses dados são essenciais para se compreender a natureza do tema. Se possível, fazer um breve resumo histórico do país dentro do contexto das imigrações. Nossa intenção com os diretores é de que desenvolvam a ideia de fortalecimento da aproximação dos países europeus. Medidas devem ser tomadas para que novos problemas não se propaguem no futuro na região, portanto, é preciso refletir antes de tomar qualquer decisão. Pensar nas consequências é muito importante nesse comitê. É necessário pensar na situação em que os imigrantes vivem em seus países de origem. Na segunda parte, deverá constar o posicionamento oficial do país a respeito do tema, apresentando os motivos desta posição e pontos específicos que possivelmente serão colocados em pauta na discussão do comitê. Os delegados podem apresentar as consequências que uma mudança na política de imigração pode causar internamente no país, caso julguem necessário, para enfatizar sua posição sobre o assunto. Outro ponto importante é decidir o que fazer a respeito da xenofobia existente na região. O documento deverá conter o nome oficial completo do país no centro do cabeçalho (em negrito), o logo do comitê no canto superior esquerdo e o brasão de armas da nação no canto superior direito. Além disso, deve seguir formatação ABNT, com fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples, texto em cor preta, espaço antes e depois dos parágrafos de 0 pt. Margens superior e esquerda devem ter 3 cm e as margens inferior e direita 2 cm. Deve conter a assinatura do delegado no canto inferior direito, em cima de uma linha em que abaixo está indicado o cargo oficial, no caso, chefe de estado. 18 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE BIBLIOGRAFIA EUROPEAN COMMISSION. Estatísticas da migração e da população migrante [on line]. Disponível em: ALTO COMISSARIADO PARA AS MIGRAÇÕES. Vantagens <http://epp.eurostat.ec.europa.eu/statistics_explained/ da imigração legal na Europa discutidos ao mais alto index.php/Migration_and_migrant_population_ nível em Lisboa [on line]. Disponível em: <http://www. statistics/pt>. 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