FACULDADES EST – ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA INSTITUTO SUPERIOR DE MÚSICA BACHARELADO EM MUSICOTERAPIA Leonardo da Silveira Borne PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO DE BACHARELADO EM MUSICOTERAPIA: UMA PROPOSTA PARA A UFC-SOBRAL São Leopoldo 2011 LEONARDO DA SILVEIRA BORNE PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO DE BACHARELADO EM MUSICOTERAPIA: UMA PROPOSTA PARA A UFC-SOBRAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Musicoterapia das Faculdades EST como requisito para obtenção do título de Bacharel em Musicoterapia. Orientadora: Profª Schmidt da Silva São Leopoldo 2011 Drª Laura Franch AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus. Como não poderia deixar de agradecer? À minha mãe, exemplo de pessoa, mulher, profissional e por todo o carinho dado; À Profª Drª Laura Franch Schmidt da Silva, parceira e apoiadora das minhas “viagens” da vida; À família de sangue, nas figuras do Vô e do Guto: gerações que me espelho; Às professoras Sofia Dreher e Maryléa Vargas, comissão avaliadora: pelos ensinamentos, contribuições e tempo despendido; Aos amigos e colegas Marco Antonio Toledo, Giann Mendes Ribeiro, Gerardo Viana Júnior, Guillermo Tinoco e Marcelo Mateus pela amizade, incentivo, debate e leituras; Ao pessoal da dança, que me fez esquecer um pouco o academicismo; Aos amigos que encontrei na igreja e levei para a vida: Everton, To, Mari, Lu, Gordo, entre tantos outros; Ao Dan, surpresa mais que agradável no CE: mais questionador e desequilibrador que minha orientadora. Cartógrafo de respostas; SUMÁRIO 1 Apresentação .........................................................................................................6 2 Justificativa.............................................................................................................7 2.1 O que é musicoterapia?...................................................................................7 2.2 O contexto e a realidade do norte e noroeste do Ceará: música, saúde, educação e assistência social..........................................................................................8 2.3 O campus da UFC em Sobral..........................................................................9 2.4 Formação em Musicoterapia na UFC-Sobral.................................................10 3 Objetivo do Curso.................................................................................................11 4 Competências e Habilidades Desenvolvidas .......................................................11 5 Perfil do Egresso ..................................................................................................12 6 Áreas de Atuação.................................................................................................12 7 Metodologias de Ensino e de Aprendizagem .......................................................13 8 Concepção e Organização Curricular ..................................................................14 8.1 Campo das Ciências da Saúde .....................................................................15 8.2 Campo da Psicologia .....................................................................................16 8.3 Campo da Música..........................................................................................17 8.4 Campo da Musicoterapia...............................................................................20 8.5 Ementário: .....................................................................................................21 8.6 Trabalho de Conclusão de Curso ..................................................................30 8.7 Atividades Complementares ..........................................................................31 9 Acompanhamento e Avaliação.............................................................................32 9.1 Avaliação do discente....................................................................................33 9.2 Avaliação do docente ....................................................................................33 9.3 Avaliação do componente curricular..............................................................34 9.4 Acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico de Curso ..................34 10 Funcionamento do Curso ...................................................................................34 10.1 Unidades Curriculares .................................................................................35 10.2 Componentes Curriculares por Departamento ............................................36 11 Número de Vagas e Forma de Ingresso ............................................................36 12 Corpo docente e estrutura física ........................................................................37 13 Plano de Necessidades para Oferta do Curso ...................................................39 13.1 Técnicos Administrativos .............................................................................40 13.2 Docentes (setores de estudo)......................................................................40 13.3 Referências para aquisição .........................................................................40 14 Referências USADAS NA ELABORAÇÃO DESTE ppc .....................................41 ANEXO: Quadro Longitudinal das Disciplinas.........................................................42 1 APRESENTAÇÃO O presente tem por objetivo propor um Projeto Pedagógico de Curso para criação de um curso de graduação em musicoterapia na Universidade Federal do Ceará – Campus de Sobral (UFC-Sobral). A musicoterapia, que se configura como uma ciência no entrelaçamento entre a música, a saúde e as ciências humanas, busca a promoção da saúde e o bem estar dos indivíduos a partir de vivências musicais conduzidas por um profissional habilitado: o musicoterapeuta. A realidade do Campus da UFC – Sobral, que conta com três cursos na área da Saúde (Medicina, Odontologia e Psicologia) e um curso de Música – Licenciatura, oferece um campo profícuo para a oferta e desenvolvimento do que será a primeira graduação no eixo Norte-Nordeste do país. No âmbito nacional, o primeiro curso inicia ainda na década de 70, no estado do Rio de Janeiro, e vai se desenvolvendo e crescendo até contar, no ano de 2011, com oito cursos em estados da região sul (RS e PR), centro-oeste (GO) e sudeste (SP, RJ e MG), sendo que apenas três na esfera pública (PR, GO e MG). Atualmente, a profissão de musicoterapeuta está cadastrada no Catálogo Brasileiro de Ocupações sob o código 2239-15, sendo ali tratado como uma sub-área da Terapia Ocupacional. Entretanto, ainda que seja uma vitória para a classe da musicoterapia, é consenso entre os musicoterapeutas que a musicoterapia não se resume apenas a ser uma sub-área; ela por si só se constitui como uma ciência e uma terapia complexa, própria, singular e com necessidades específicas, necessitando, portanto uma formação profissional que contemple as áreas correlatas, o diálogo entre as ciências humanas, música e saúde, bem como a especificidade da Musicoterapia. Para facilitar a leitura do presente projeto, inicialmente é construída uma justificativa baseada em quatro aspectos: uma busca da epistemologia da Musicoterapia, o contexto da região norte e noroeste do Ceará, a UFC-Sobral e a formação em Musicoterapia nesse contexto. A seguir, apresentam-se os objetivos do curso, as competências e habilidades desenvolvidas, perfil do egresso e áreas de atuação (itens 3, 4, 5 e 6). As metodologia de ensino e aprendizagem são exploradas no item 7, que é seguido pela concepção e organização curricular (item 8). Na sequência encontram-se as sessões de acompanhamento e avaliação (item 9), funcionamento do curso (10) e número de vagas e ingresso (11). No item 12, levantam-se questões do corpo docente e da infraestrutura disponível no Campus, que são complementadas no item 13 com o plano de necessidades para oferta do curso. 2 JUSTIFICATIVA 2.1 O QUE É MUSICOTERAPIA? Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia (WFMT), musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover a comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas. Dessa forma, ela é uma forma de terapia que, através da música e dos sons, busca o desenvolvimento do indivíduo em todas suas esferas, seja ela física, mental, social ou cognitiva. A musicoterapia também busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele alcance uma melhor organização intra e/ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida através da prevenção, reabilitação ou tratamento. Na atuação do musicoterapeuta, incluem-se atividades de diversos tipos, todas elas direcionadas, adaptadas ou focadas para um paciente ou grupo específico. Essas atividades podem ser ativas, quando o paciente/grupo faz música com o corpo e/ou instrumentos musicais, ou passivas, quando o paciente/grupo escuta uma música executada ou gravada. Ainda nesse contexto, as atividades podem ser direcionadas à: a) audição musical, ou a escuta com fins terapêuticos específicos, conduzida por um musicoterapeuta; b) criação musical, onde paciente e terapeuta fazem uma música inédita, muitas vezes direcionada a um momento específico; ou ainda c) recriação musical, momento em que paciente e terapeuta interpretam/arranjam/executam músicas já conhecidas por eles, como músicas populares, folclóricas e sacras. A musicoterapia, portanto, é uma ciência da área da saúde que, quando aplicada por um musicoterapeuta qualificado, busca a promoção da saúde. Ela é utilizada em diversos locais, como hospitais, clínicas, consultórios, associações – inclusive Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Associação dos Amigos da Criança com Deficiência (AACD) e Pestalozzis – reabilitação de abuso de substâncias psicoativas, cuidado paliativo, geriatrias e casas de repouso, entre tantos outros. 2.2 O CONTEXTO E A REALIDADE DO NORTE E NOROESTE DO CEARÁ: MÚSICA, SAÚDE, EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL. Sobral é o principal centro urbano da região norte e noroeste do estado do Ceará. Localizada a 240km da capital, Fortaleza, dista ainda 350km da capital do estado do Piauí, Teresina, e liga-se ainda à serra da Ibiapaba – importante produtora e distribuidora de hortifrutigranjeiros – e a Camocim, que durante o século XX teve um papel chave na economia do estado por seu porto. Sobral, ou a Princesa do Norte, como é chamada, apresenta um alto índice de desenvolvimento da educação básica e em franco crescimento, com pontuação de 6,6 para as séries iniciais do ensino fundamental e 4,0 para as séries finais no ano de 2009. Conta com duas universidades públicas, a Universidade Federal do Ceará – Campus de Sobral e a Universidade Estadual do Vale do Acaraú, além de diversas faculdades particulares que se instalaram na região na última década. De forte tradição cultural, com nomes expressivos na história e no cenário musical atual, como Domingos Olímpio, Dom José Tupinambá de Frota, Padre Ibiapina, Belchior, entre outros, registra atividades musicais desde 1813, com sua primeira escola de música, e, em 1880, com a fundação do seu Teatro São João, em atividade até hoje. Atualmente conta com um movimento musical expressivo, com uma escola de música laica e pública – Maestro Wilson Brasil – além de possuir duas outras escolas particulares, diversas atividades nas escolas municipais (através do programa Jornada Ampliada) e vários professores particulares. Essa expressividade culmina, em 2010 e após forte manifestação da sociedade sobralense e da região quando da visita do então presidente Lula, com a criação do curso de Música-Licenciatura na UFC-Sobral, tendo sua primeira turma iniciando em 2011. Na saúde, Sobral é referência e principal destino da região daqueles que necessitam atendimentos nessa área. Possui uma Santa Casa de Misericórdia, fundada em 1925, que atende a uma população de 1,6 milhões de pessoas por mês, segundo dados da própria instituição. É interessante notar que esse número é superior a 800% maior que a população de Sobral (aproximadamente 180 mil habitantes), o que mostra a importância e a referência que a cidade é na área da saúde. Com todo esse contexto, aqui se instalou o curso de medicina da UFC ainda em 2001, sendo seguido pelos cursos de odontologia e psicologia em 2006. A região ainda conta com o curso de enfermagem na UVA, fisioterapia em uma instituição particular e diversos cursos técnicos e tecnólogos na área, como enfermagem, nutrologia e raio-x. Percebe-se, portanto, que o município se transforma em pólo de saúde de uma vasta região, abrangendo outras cidades distantes, por vezes, mais de 200km. Na assistência social, além de contar com uma graduação em Serviço Social oferecido por uma faculdade particular, o município conta com uma Fundação de Ação Social (FASM), vinculada à Secretaria de Saúde e Ação Social, com o objetivo de articular e fomentar ações de assistência social. O município também conta com uma rede de atendimento sócio assistencial, composto por diversos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), bem como variadas fundações não governamentais com propostas na área, como a Associação Shalom de Promoção Humana, a Sociedade PróInfância, Serviço Social do Comércio (SESC), da Indústria (SESI) e do Transporte (SEST). 2.3 O CAMPUS DA UFC EM SOBRAL O campus da Universidade Federal do Ceará em Sobral foi criado em 2001, com a primeira turma do curso de medicina, como já dito. Em 2006, com o Programa de Expansão Universitária REUNI do governo federal, ampliam-se os cursos, com a inclusão de graduações em Psicologia, Odontologia, Economia, Engenharia Elétrica e Engenharia. Mais tarde agregar-se-iam ao campus o curso de Música – Licenciatura, Finanças (o primeiro no Brasil), Administração Pública (na modalidade EAD) e os Magistérios Indígenas específicos – MITS e MISI. No âmbito da Pós-Graduação, no contexto stricto sensu, há o mestrado em Saúde da Família e o mestrado em Biotecnologia, voltado à área da saúde. Além disso, há forte atuação dos projetos de extensão voltados à sociedade. São projetos nas diversas áreas do conhecimento e atuação, seja com públicos específicos, como escolas e ONGs, quanto abertos à comunidade sobralense e da região. Os alunos do campus são oriundos de diversas localidades ao redor do município. Em levantamento feito pelo curso de Música (TOLEDO et alli, 2011), percebe-se que o raio de atuação inclui municípios a mais de 100km, onde os alunos transportam-se diariamente para o campus, e também alunos oriundos de Fortaleza. 2.4 FORMAÇÃO EM MUSICOTERAPIA NA UFC-SOBRAL Percebe-se que há uma vocação do campus à área da saúde e, mais recentemente, às Artes e Música. A área da saúde, como apresentado, conta com três graduações, em Medicina, Odontologia e Psicologia, e dois mestrados acadêmicos. Isso é fruto da demanda por atendimentos na área da saúde em Sobral, que, como dito, é referência na região com sua Santa Casa, com mais de um milhão de pacientes atendidos por mês. A formação do musicoterapeuta na UFC-Sobral vem para completar uma lacuna existente não só em Sobral, mas no nordeste como um todo, que não possui uma formação em nível de graduação em Musicoterapia. Esta graduação, portanto, visa a atender inicialmente uma demanda de profissionais de nove estados brasileiros, mas, mais especificamente, à região norte e noroeste do estado. Contando já com um curso de Música, um de Psicologia e um de Medicina, existem as áreas principais que sustentarão o Curso, com conhecimentos nas artes e na saúde. Além disso, há a necessidade de se entender a especificidade da formação do musicoterapeuta, que é um profissional que não entende apenas de música, e não a utiliza apenas como ferramenta lúdica, artística ou pedagógica, mas sim se forma com os conhecimentos e as habilidades necessárias para utilizar a música de modo terapêutico. Para a Musicoterapia não há fórmulas prontas; não existe música boa para determinada patologia. É impossível dizer que um paciente se beneficiará das mesmas técnicas musicoterápicas ou das mesmas atividades musicais que outro paciente se beneficiou. É necessário que o profissional musicoterapeuta compreenda que cada paciente é um sujeito, único e inigualável, que tem e teve um histórico musical próprio e que é necessário para esse terapeuta envolver e incluir esse caráter singular em cada uma de suas ações terapêuticas. Dessa forma, não basta apenas o conhecimento de Música ou das ciências da saúde; não é suficiente uma formação em outra área da saúde e habilidades em um instrumento musical ou voz. É sim necessária a formação específica do conhecimento musicoterápico, isto é, como a música torna-se comunicação e se aplica como linguagem terapêutica, e como isso se faz de forma a promover a saúde e o bem estar dos pacientes. Para isso, são importantes as práticas em estágios supervisionados, bem como os contatos com os professores em supervisões e em momentos de sala de aula e extraclasse, onde esse olhar e essas competências são desenvolvidas no estudante. 3 OBJETIVO DO CURSO Formar o profissional musicoterapeuta capaz de compreender e utilizar a linguagem sonoro-musical como linguagem terapêutica no campo social, educacional e na promoção da saúde (prevenção, tratamento, reabilitação, cuidado paliativo), com os mais variados tipos de paciente em qualquer instituição. 4 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESENVOLVIDAS O profissional Musicoterapeuta precisa de sólida formação tanto na área de música quanto na área da Saúde e suas Técnicas Terapêuticas, bem como uma formação que contemple valores éticos e humanos. Juntamente com esses campos, um elo conector é a formação na própria Musicoterapia. Dessa forma, o Curso trata de formar profissionais com habilidades e competências em música, saúde, técnicas terapêuticas e valores humanos e éticos. Esses campos serão apresentados com mais propriedade no item 8 (Concepção e Organização Curricular), entretanto cabe aqui introduzir brevemente essas áreas. No campo da Música, o estudante deverá ser capaz de decifrar e entender a linguagem musical, seja através da voz, seja através de instrumentos musicais. Essa compreensão inclui: os processos de leitura e escrita musical, tradicional ou não; a participação, direção, condução e organização de grupos musicais; os processos analíticos e composicionais da música. Para isso, o estudante deve adquirir habilidades e competências na leitura e escrita musical, técnicas de execução vocal e instrumental, organização de grupos musicais e compreensão da música enquanto linguagem sonora, social e cultural. Já na área da Saúde, é importante ao futuro profissional que as suas habilidades e competências condigam com a compreensão do corpo e do ser humano, do físico e do psíquico. Dessa maneira, além das técnicas terapêuticas, a condução de um tratamento e do trabalho em equipes multidisciplinares, o estudante deve entender o corpo humano, seu funcionamento, desenvolvimento, sistemas e patologias, bem como a estrutura psíquica do ser humano, com a formação do sujeito, a influência do contexto e outros assuntos relevantes. Andando lado a lado, as competências éticas e que levem os valores humanos em consideração são trabalhadas juntamente com a formação em Musicoterapia. O aprendizado das principais técnicas musicoterápicas, as principais correntes terapêuticas, e a interação com outros profissionais da Saúde, Educação e Assistência Social são articulados com a ética no trabalho com seres humanos e o valores humanos. A observação, o planejamento e a ação do musicoterapeuta são habilidades necessárias ao profissional, portanto elas são enfatizadas e trabalhadas com os estudantes durante os componentes curriculares dentro da universidade e as práticas terapêuticas, como nos Estágios Supervisionados. 5 PERFIL DO EGRESSO O egresso do curso de Bacharelado em Musicoterapia da Universidade Federal do Ceará – Campus de Sobral deve dominar a linguagem sonoro-musical, sua estrutura, sua relação com o componente humano no indivíduo e na sociedade e sua história, também possuir habilidade em, pelo menos, um instrumento harmônico (violão ou teclado), um instrumento melódico (sopro ou corda friccionada) e instrumentos de percussão, bem como os conhecimentos e habilidades necessárias para atuar nas esferas sociais, educacionais e da saúde. 6 ÁREAS DE ATUAÇÃO Elencamos, a seguir, algumas das possíveis áreas de atuação do musicoterapeuta. • Esfera Social: ONGs, OSCIPs, presídios, CAPs, CRAS. • Esfera Educacional: APAEs Escola, Escolas Regulares, Escolas Especiais. • Esfera da Saúde: hospitais, clínicas e consultórios, AACD, Institutos Pestalozzi, centros de reabilitação (abuso de substâncias psicoativas). 7 METODOLOGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM No curso de Musicoterapia da UFC-Sobral as atividades se desenvolverão com o foco no estudante, isto é, sua vivência prévia, sua experiência, seus conhecimentos e suas habilidades serão consideradas como centro e cerne de sua formação. Sabe-se que a procura por um curso de Musicoterapia se dá após reflexão do aluno, pois por se tratar de um campo pouco conhecido, ele, o aluno, busca se informar antes com a maior quantidade de dados possíveis. Busca-se que o estudante compreenda a realidade que ele está inserido, bem como qual o impacto que ela tem sobre sua vida. Também se pretende que o estudante, após avaliar o que o cerca, seja capaz de avaliar e intervir nessa realidade, de forma que a transforme para seu bem e da sua comunidade, respeitando os valores humanos, morais e éticos. Dessa forma, pretende-se que a formação do musicoterapeuta seja crítica, priorizando a reflexão em detrimento do mecanicismo que assola a sociedade como um todo atualmente. Não basta apenas o estudante saber tocar um instrumento musical ou cantar, é necessário saber como aplicar o instrumento musical ou a voz em intervenções musicoterápicas, sendo que essa sua ação modificará o contexto em que ele vive. São essas habilidades e competências, que vem do saber-fazer com a reflexão, que proporcionarão uma educação e formação plena. Os pilares do Curso são baseados em habilidades e competências. Percebe-se que não basta apenas apresentar informações para o estudante, é necessário que ele compreenda a sua aplicabilidade na sua futura profissão; dito de outra forma, apenas conhecer uma situação não significa estar apto a lidar com ela. Por essa razão, o trabalho crítico-reflexivo realizado com os estudantes são norteados nas habilidades e competências musicais, humanas e terapêuticas que um profissional competente deve possuir. Essas habilidades e competências, por sua vez, têm como sustentáculo os saberes trazidos no relatório elaborado pela UNESCO 1999: saber-ser, saber-fazer, saber-conhecer, saber-viver. Para trabalhá-las no âmbito da formação de profissionais, lançamos mão de algumas estratégias curriculares, através da concepção e organização do currículo, que será discutida a seguir. Por ora, basta salientar que a formação do musicoterapeuta ocorre, principalmente, a partir da experiência e da vivência, coadunados com o contato com os professores e supervisores. Dessa forma, crê-se que são nos momentos musicais e musicoterápicos práticos e nos estágios supervisionados que o estudante compreende e aprende a profissão de musicoterapeuta. 8 CONCEPÇÃO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR O currículo do curso de Bacharelado em Musicoterapia da UFC-Sobral é constituído de 3336 horas totais. Compreende esta carga horária 2816 horas de componentes curriculares obrigatórios, ou seja, 176 créditos. Cabe salientar que, nessa estrutura, cada crédito equivale a dezesseis horas. Ainda são requeridas 256 horas para componentes curriculares optativos, totalizando 16 créditos, 200 horas para atividades complementares e 480 horas de estágio curricular obrigatório. Além disso, há a possibilidade do estudante cursar até 16 créditos de componentes curriculares livres. O estudante terá, no mínimo, 8 semestres para concluir seu curso e, no máximo, 12 semestres. Neste Curso, um crédito equivale a 16 horas. Os componentes curriculares optativos podem ser ofertados dentro da integralização curricular e/ou em módulos, como componentes curriculares intensivos, com a carga horária distribuída em um período de duas a quatro semanas. No caso dos módulos, pode haver reserva de vagas para alunos de outros cursos que queiram cursar como atividade complementar ou componente curricular livre, bem como para a comunidade em geral, através da extensão universitária. A cada semestre deve ser ofertado pelo menos um componente curricular optativo. Os componentes curriculares obrigatórios estão organizadas em quatro grandes áreas: ciências da saúde, psicologia, música e musicoterapia. As ciências da saúde trazem os conhecimentos e habilidades da área médica necessária à profissão do musicoterapeuta. Já a área da psicologia é compreendida sendo tanto uma ciência humana quanto ciência da saúde, e abarca os conhecimentos e habilidades relativos à psique humana. A área da Musica traz os conhecimentos e habilidades da música enquanto organização sonora, sua estruturação, suas técnicas instrumentais e vocais, teorias e outras relacionadas. Por fim, a área da musicoterapia traz os componentes curriculares que tratam do conhecimento específico da formação do profissional musicoterapeuta, bem como os estágios curriculares obrigatórios. 8.1 CAMPO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE Os componentes curriculares da área de saúde apresentam uma gama de conhecimentos que, além de proporcionar um conhecimento melhor acerca do funcionamento do corpo e da mente humana, tem um papel chave no desenvolvimento do profissional musicoterapeuta, que, de posse desses conhecimentos, pode planejar a sua prática profissional (seja clínica, escolar ou hospitalar) com todas as bases necessárias. O musicoterapeuta, além dos conhecimentos sobre a anatomia e fisiologia fundamentais a qualquer profissão da área da saúde, necessita subsídios em neurologia, fonoaudiologia e fisioterapia. Cada uma dessas desempenha papel chave na instrumentalização do profissional que atuará em equipes multidisciplinares e ambientes hospitalares e educacionais. Inicialmente cabe ao futuro profissional os conhecimentos básicos dos sistemas existentes em nosso corpo, a sua composição, sua função e funcionamento: o sistema músculo-esquelético, sistema nervoso, sistema cardiorrespiratório, sistema circulatório, sistema digestório e sistema reprodutor. Esses conhecimentos serão abordados nos componentes curriculares de Anatomofisiologia I e II ao longo dos dois primeiros semestres. Seguem-se a elas os componentes curriculares de Fisiologia da Voz, que aprofunda os conhecimentos necessários acerca da produção da voz: processos de fonação, ressonância, articulação e respiração. Com mesmo grau de importância, o componente curricular Saúde Pública pretende trabalhar os sistemas de saúde brasileiros, especialmente o Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as suas áreas de atuação: formação do profissional da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação. O componente curricular também trará os conceitos básicos e gerais em saúde pública, bem como a discussão da legislação que rege o âmbito nacional. O componente curricular Psicomotricidade tem por intuito inserir o futuro profissional nas discussões acerca da área, que envolvem fatores psicológicos, neurológicos e motores na produção de movimento. Esse componente curricular é base para o componente curricular de Fundamentos de Fisioterapia e Fundamentos de Fonoaudiologia I e II, que tem por objetivo iniciar o futuro musicoterapeuta nos conceitos básicos dessas ciências, buscando a articulação entre as áreas com a musicoterapia e preparando o estudante à atuação em equipes multidisciplinares. Em Psicofarmacologia o estudante é instigado a conhecer os principais grupos psicofarmacológicos e os principais tratamentos medicamentosos ligados à psique, no intuito de compreender o que se passa com seus pacientes/clientes que estão fazendo uso desses fármacos. São abordados conteúdos como estimuladores, controladores e depressores neuronais. Já em Neurologia Aplicada à Musicoterapia o conhecimento da neurologia conversará com a prática musicoterápica, no intuito de fornecer aos futuros profissionais subsídios para compreender o funcionamento do ser humano, do ponto de vista neurológico, e as principais influências da música no cérebro e no sistema nervoso como um todo. 8.2 CAMPO DA PSICOLOGIA O estudo da psicologia, de suas correntes e do processo psicológico como um todo em um curso de graduação em musicoterapia tem por intuito a compreensão do ser humano, visto de maneira integral, nas dimensões biológicas, sociais, psicológicas e afetivas que perpassam a constituição do sujeito, sujeitos que apresentam diferenças e se constituem de modo singular. Os momentos da vida (gestação, infância, adolescência, adultez e envelhecimento) são compreendidos de modo afirmativo, valorizando as experiências vividas e o desenvolvimento do ser humano. Assim, a consideração dos processos psicológicos, aliados à música como um dos suportes desses processos, destaca-se para o estudante de musicoterapia como pertinente e essencial ao seu fazer profissional. Esse corpo de estudos discute ainda a relação terapeuta-paciente-música, bem como processos de avaliação para que o estudante construa sua práxis profissional. A partir de referenciais dialógicos e processuais que permitam a construção do conhecimento acerca da psicologia, busca-se desenvolvimento das habilidades e competências necessárias à atuação como musicoterapeuta capaz atuar em diferentes contextos e de dialogar com outras áreas do conhecimento e outros profissionais, como psicólogos, pedagogos, terapeutas ocupacionais, médicos e enfermeiros. Como apontado acima, é importante que um acadêmico de musicoterapia tenha conhecimentos e habilidades básicas em psicologia de modo geral, enfatizando as áreas que tratem do desenvolvimento humano, da aprendizagem, da personalidade, da patologia e das suas articulações com a arte, em especial com a música. Esses componentes curriculares têm por intuito abordar tanto a relação saúde e patologia quanto as principais formas de tratamento dessas patologias utilizando a linguagem musical. Dessa maneira temos um corpo de componentes curriculares que iniciam na Introdução à Psicologia. O entendimento do ser humano enquanto ser integral necessita de conceitos básicos e da compreensão que a psicologia é uma ciência e, como tal, passou e passa por processos evolutivos característicos das áreas, que forma e moldam os pensamentos contemporâneos. Também traz o estudo dos processos psicológicos básicos (percepção, memória e atenção), necessários tanto ao entendimento da psicologia quanto dos mecanismos que seguem à experiência musical. Os componentes curriculares de Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem (na infância e na adolescência) promovem o estudo, a discussão e as correntes que tratam do desenvolvimento psicológico humano: suas naturezas cognitivas, afetivas, sociais, morais. Também aborda a relação da música com esse desenvolvimento, buscando tanto a compreensão do desenvolvimento musical quanto do desenvolvimento geral e suas articulações com a música. Segue-se, então, o estudo da psicologia da música que busca, de forma dialógica, a compreensão do fenômeno musical com a psique em todos os contextos, etapas e realidades da vida. Os componentes curriculares de Fundamentos de Psicopatologia e Patologia têm o foco na compreensão dos conceitos de saúde e patologia. Abordam-se temáticas como normalidade, saúde, correntes psicopatológicas, tratamentos, sofrimento psíquico, entre outros. 8.3 CAMPO DA MÚSICA A música, para o musicoterapeuta, é a linguagem pela qual os processos terapêuticos são conduzidos. Por essa razão é importante que o estudante tenha sólidos conhecimentos e habilidades musicais. O campo da música traz os componentes curriculares que fazem parte da formação artístico-musical do musicoterapeuta. Esses componentes curriculares dizem respeito à formação teórica, prática, cultural e histórica com relação à música, sendo que a formação prática se pautará a partir do fazer musical. O fazer musical é aquele onde o foco está no processo de criação, recriação e audição musical, no qual o sonoro e o auditivo estão em primeiro plano, sustentados pela articulação entre a teoria e a técnica. Para a aprendizagem da leitura e escrita musical, bem como o treinamento auditivo e a prática do solfejo, o currículo propõe quatro semestres do componente curricular Percepção e Solfejo. A percepção é a habilidade do músico, e consequentemente do musicoterapeuta, em ouvir uma música e dela depreender os aspectos do som e da interpretação, através do reconhecimento do ritmo, da melodia, do contraponto e da harmonia, bem como os aspectos de interpretação, de gênero e outros. Já o solfejo é a habilidade de reconhecimento e entoação de linhas melódicas a uma ou mais vozes à primeira vista, tendo como referência as diversas possibilidades escalas melódicas, os aspectos rítmicos, contrapontísticos e harmônicos da música. Ainda no campo formação musical, na sua vertente vocal, pretende-se que o futuro musicoterapeuta tenha conhecimentos e habilidades na utilização da sua própria voz, bem como no processo de ensino para utilização correta do aparelho vocal por seus pacientes. Dessa maneira, os componentes curriculares de Técnica Vocal trazem essa proposta de formação, em conjunto com o componente curricular de Fisiologia da Voz. Nelas, o estudante terá os conhecimentos necessários sobre os mecanismos respiratórios, articulatórios, ressonadores e de emissão vocal, bem como prováveis patologias vinculadas à voz. Com a mesma importância mostra-se a formação instrumental. A voz é o instrumento principal por excelência do musicoterapeuta na nossa proposta de informação, entretanto ela pode e deve ser sustentada pela aprendizagem de um corpus voltado à aprendizagem do instrumento musical. Dessa maneira, propõe-se que o estudante tenha sólidos conhecimentos em um instrumento musical harmônico, isto é, teclado ou violão, escolhido por cada estudante. Esses instrumentos são, por excelência, muito utilizados no acompanhamento de canções, que será um dos principais recursos do musicoterapeuta. O futuro musicoterapeuta terá formação no instrumento harmônico durante quatro semestres, através de uma metodologia coletiva de ensino, onde a aprendizagem colaborativa é fortemente enfatizada e estimulada. De maneira complementar, é esperado que o aprendiz também adquira conhecimentos e habilidades básicas em um instrumento melódico, no intuito de saber utilizá-lo de maneira solo e em grupos musicais de diversos portes, como grupos populares, cameratas e orquestras. Enquanto musicoterapeuta, essa formação, além de possibilitar a aquisição de habilidades em um instrumento melódico (sopros ou cordas friccionadas, à escolha do estudante), também traz a aprendizagem de dinâmica dos grupos musicais. Essa aprendizagem é essencial à prática musicoterápica, que por diversas vezes organiza grupos musicais com seus pacientes. Além disso, a prática coletiva e em grupo propicia ao estudante a aprendizagem de escutar a si e aos outros simultaneamente, não se prendendo à individualidade que pode acontecer com os músicos. Essa habilidade, de escutar os outros, é importante por ser a escuta ao outro a base de todo o processo musicoterápico. Essa aprendizagem também é complementada e reforçada com os componentes curriculares de Oficina de Música. Esses componentes curriculares propõem a prática musical em grupo, em diversas linguagens e gêneros, desde o erudito ao popular, passando pelo folclórico, étnico e sacro. As decisões artístico-musicais são de responsabilidade e iniciativa dos estudantes, enquanto sujeitos da sua formação, acompanhados proximamente de professores que orientarão essas decisões. Completando o corpo de componentes curriculares instrumentais, é previsto também a aquisição de habilidades em instrumentos de percussão, como pandeiros, meia lua, xilofones, membramofones, entre outros. Os instrumentos de percussão são, por excelência, de fácil acesso e manuseio àqueles que ainda não possuem conhecimentos musicais, fator esse que torna essencial ao futuro musicoterapeuta conhecimentos e habilidades básicas nos referidos instrumentos. No âmbito analítico e teórico da música, há o conjunto de componentes curriculares que abrangem as áreas de Análise Musical e Harmonia. Os componentes curriculares de Harmonia tratam das combinações das alturas musicais e condução de vozes para criar o colchão por onde se desenvolverá toda a melodia musical. Já a Análise Musical aborda diferentes e diversas maneiras com a qual a música pode ser analisada: os motivos, as formas, a semiologia musical, a fraseologia, entre outros. Essa discussão se dá em conversa com os conteúdos históricos trabalhados ao longo das práticas musicais, a estética e os elementos musicais. Completa essa parte o componente curricular Antropologia e Cultura Musical, onde a música é compreendida como pertencente à sociedade, ao homem e ao seu contexto. 8.4 CAMPO DA MUSICOTERAPIA Os conhecimentos de musicoterapia são o cerne da formação do profissional musicoterapeuta que utiliza a linguagem sonora e musical na prevenção, tratamento, reabilitação e cuidado paliativo de seus pacientes/clientes. O corpus dos componentes curriculares está dividido em eixos: o de apropriação da musicoterapia enquanto ciência e componente curricular da saúde (saber-conhecer) e o da prática musicoterápica (saberfazer). No primeiro eixo, saber-conhecer musicoterapia, o componente curricular de Fundamentos da Musicoterapia trata, além dos fundamentos e preceitos históricos na musicoterapia, o preparo do profissional a partir dos fundamentos básicos da musicoterapia, a relação terapeuta, paciente/cliente e música/som, as esferas de atuação do musicoterapeuta, introdução às técnicas ativas e passivas em musicoterapia, e as etapas de um processo terapêutico. Ainda nesse eixo, há um núcleo de cinco componentes curriculares, Musicoterapia I a V, que tratam de diversos campos de atuação da musicoterapia e as principais técnicas, buscando a articulação entre teoria e prática, através de estudos de casos clínicos e das experiências vivenciadas nas práticas e estágios em musicoterapia. Completam esse eixo os componentes curriculares de Tópicos em Musicoterapia, que trazem atualidades em musicoterapia, com o intuito de formar profissionais que estejam cientes e preocupados com as mudanças e a contemporaneidade da musicoterapia. Esse universo de técnicas e informações de todos componentes curriculares nesse eixo têm, também, como intuito apresentar diversos modos de atuação do profissional, estimulando o estudante a ter liberdade de se identificar com estas ou aquelas abordagem. No eixo saber-fazer, encontram-se os componentes curriculares que tratam das práticas em musicoterapia através dos Estágios em Musicoterapia I a V. Gradativamente os estudantes entrarão em contato com a prática em musicoterapia, primeiro através da observação de outras práticas, para após inserção, como co-terapeuta, em sessões de musicoterapia. Propõe-se que o estudante atue como terapeuta, a cada semestre, assumindo aos poucos a responsabilidade de comandar uma sessão, nas proporções 25%, 50%, 75% e, no último semestre de estágio, 100% das sessões. 8.5 EMENTÁRIO: Campo da Musicoterapia COMPONENTE CURRICULAR CR CH EMENTA de 1º 4 64 Histórico da musicoterapia. Fundamentos de musicoterapia: locais de atuação, som, música. Relação terapeuta, música e paciente/cliente. Prevenção, tratamento, reabilitação, cuidado paliativo. Técnicas terapêuticas. Anamnese, indicação terapêutica, feedback, alta. Musicoterapia ativa e passiva. Musicoterapia I 2º 4 64 Musicoterapia na saúde. Musicoterapia na gravidez, infância, adolescência e idade adulta. Planejamento de sessões e atividades musicoterápicas. Técnicas ativas em musicoterapia: psicoterapia musical de Benenzon, musicoterapia Nordoff-Robbins. Musicoterapia II 3º 4 64 Musicoterapia na prevenção. Estimulação precoce, grupos e entidades sociais. Técnicas ativas em musicoterapia: musicoterapia analítica de Priestley, psicodrama musical de Moreno, musicoterapia comunitária e social. Musicoterapia III 4º 4 64 Musicoterapia no tratamento. Deficiência intelectual, motora, auditiva, visual. Improvisação musical, abordagem multimodal em musicoterapia e musicoterapia com orientação comportamental. Musicoterapia IV 5º 4 64 Musicoterapia na reabilitação. Transtornos mentais e psicológicos. Técnicas psicodinâmicas em musicoterapia. Musicoterapia V 6º 4 64 Musicoterapia no cuidado paliativo e cuidadores/família. Musicoterapia neurológica. com em 4º 2 32 Estágio supervisionado de observação musicoterapia. Observação clínica: métodos. em Estágio em 5º Musicoterapia II 4 64 Estágio supervisionado de planejamento e ação em musicoterapia clínica e em instituições. Atuação em co-terapia. Estágio em 6º Musicoterapia III 6 96 Estágio supervisionado de planejamento e ação em musicoterapia clínica e em instituições. Atuação em co-terapia e terapia. Estágio em 7º Musicoterapia IV 8 128 Estágio supervisionado de ação em musicoterapia clínica e em instituições. Atuação em terapia com apoio de co-terapeuta. Estágio em 8º Musicoterapia V 10 160 Estágio supervisionado de ação em musicoterapia clínica e em instituições. Atuação em terapia com ou sem apoio de co-terapeuta. Fundamentos musicoterapia Estágio Musicoterapia I SERIA ÇÃO Tópicos Especiais 7º em Musicoterapia I 2 32 Atualidades em musicoterapia e em saúde. A contemporaneidade, o terapeuta, a música/som e o paciente/cliente. Tópicos Especiais 8º em Musicoterapia II 2 32 Aprofundamento em atualidades em musicoterapia e em saúde. A contemporaneidade, o terapeuta, a música/som e o paciente/cliente. Campo das Ciências da Saúde COMPONENTE CURRICULAR SERIAÇ ÃO CR CH EMENTA Anatomofisiologia I 1º 06 96 Conceitos base em anatomia e fisiologia. Sistema músculo-esquelético, sistema nervoso. Anatomofisiologia II 2º 06 96 Aprofundamento dos conceitos em anatomia e fisiologia. Sistema cardiorrespiratório, sistema circulatório, sistema digestório e sistema reprodutor Fundamentos de 4º Fonoaudiologia I: linguagem, fala e escrita. 02 32 A linguagem: desenvolvimento, formação, avaliação e patologias. O bebê e desenvolvimento da fala. Fonemas, morfemas e processos de lecto-escrita. Fundamentos de 5º Fonoaudiologia II: voz, motricidade orofacial e audiologia. 02 32 A voz e os aspectos ligados à fonoaudiologia. Características da voz e processos de formação. Motricidade orofacial. Conceitos básicos em audiologia: desenvolvimento da audição, avaliação e patologias. Psicomotricidade 3º 04 64 Psicomotricidade: conceituação e preceitos básicos. Desenvolvimento psicomotor. Movimentos amplos e finos, freio inibitório, lateralidade. Significado, significante. Estudos de caso. Perspectivas contemporâneas da psicomotricidade. de 4º 02 32 Conceitos básicos em fisioterapia. Desenvolvimento do movimento. Patologias motoras. 3º 02 32 Anatomofisiologia da produção da voz: processos de fonação, ressonância, articulação e respiração. Patologias da voz. Neurologia aplicada 6º à musicoterapia 04 64 Sistema nervoso central e periférico. Desenvolvimento Conceitos básicos: aprendizagem, memória, percepção, sensação. Música, musicoterapia e neurologia. A influência da música no sistema nervoso. Psicofarmacologia 02 32 Principais grupos psicofarmacológicos e os principais tratamentos medicamentosos ligados à psique. Estimuladores, controladores e depressores neuronais. Fundamentos Fisioterapia Fisiologia da Voz 7º Saúde Pública 2º 02 32 Conceitos básicos e gerais em saúde pública. Sistemas de saúde brasileiros. Sistema Único de Saúde (SUS): formação do profissional da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação. Legislação nacional. Campo da Psicologia COMPONENTE CURRICULAR CR CH EMENTA à 1º 04 64 A Psicologia como ciência. Evolução histórica do pensamento psicológico. Objeto de estudo e principais teorias. Dimensões sócio-históricas da psicologia. Processos psicológicos básicos: percepção, memória, atenção. Campos de investigação e de aplicação da prática psicológica Psicologia do 2º desenvolvimento e da aprendizagem musical na infância 04 64 O estudo do desenvolvimento e da aprendizagem humanos. Concepções de infância. A infância contemporânea. Dimensões do desenvolvimento humano: psicomotor, sócioafetivo e cognitivo. A música e o Desenvolvimento Humano. Processo psicológico de aprendizagem e sua relação com as dimensões biológicas, socioculturais, afetivas e cognitivas. O desenvolvimento humano e as características individuais no processo de Aprendizagem. Processos e avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento musical na infância. Psicologia do 3º desenvolvimento e da aprendizagem na adolescência 04 64 Conceito e características da adolescência. Desenvolvimento sócio-afetivo e cognitivo. Crises na adolescência. Fatores psicológicos no processo ensino/aprendizagem: percepção, atenção, motivação, memória e inteligência. Distúrbios na aprendizagem. Avaliação da Aprendizagem. Introdução Psicologia SERI AÇÃ O OU Teorias psicológicas da vida adulta e da velhice. Mudanças cognitivas e intelectivas no processo de envelhecimento; sexualidade e afetividade na maturidade; mudanças psicossociais na vida adulta e na velhice: relações familiares, sociabilidade, perdas, luto, morte; O Estatuto do Idoso; As práticas psicológicas. Psicologia da Música 4º 04 64 Fundamentos da expressão e comunicação musical humanas. Estudo de temas contemporâneos na psicologia da música: cognição, emoção, habilidade e função. Fundamentos Psicopatologia de 5º 06 96 O surgimento do saber psicopatológico: aspectos históricos, epistemológicos e clínicos. As grandes correntes em psicopatologia e as tendências atuais. Perspectivas diagnósticas. Psicopatologia 6º 04 64 Critérios de normalidade. Diferentes quadros psicopatológicos e propostas de tratamento no contexto da psicopatologia atual. Diferentes estruturas de personalidade e o sofrimento psíquico no adulto. Campo da Música COMPONENTE CURRICULAR SERI AÇÃ O CR CH EMENTA Instrumento Harmônico I 1º 02 32 (Violão) Considerações gerais sobre o instrumento. Desenvolvimento de técnicas de execução violonística. Leitura básica de cifras. Estudo ordenado e progressivo de exercícios e obras para violão. Prática musical em conjunto e prática de acompanhamento ao violão. OU (Teclado) Considerações gerais sobre o instrumento. Cifras e sua realização. Estudo prático de encadeamentos harmônicos IV, V, I em todas as tonalidades com tríades e tétrades conduzindo vozes e utilizando tensões. Estudo prático de ritmos brasileiros: baião, bossa-nova e samba. Prática musical em conjunto. Instrumento Harmônico II 2º 02 32 (Violão) Desenvolvimento da prática instrumental I em nível crescente de complexidade. Estudo da técnica violonística brasileira, suas raízes, matizes, autores e repertório. Prática musical em conjunto e prática de improvisação. OU (Teclado) Desenvolvimento da prática instrumental I em nível crescente de complexidade. Estudo da técnica de teclado, Música brasileira, folclórica e popular: suas raízes, matizes, autores e repertório. Prática musical em conjunto e prática de improvisação. Instrumento Harmônico III 3º 02 32 (Violão) Desenvolvimento da prática instrumental II em nível crescente de complexidade. Estudo de arranjos de música popular brasileira para violão solo. Estudos básicos de harmonia aplicados à prática violonística. Prática musical em conjunto. OU (Teclado) Desenvolvimento da prática instrumental II em nível crescente de complexidade. Estudo de arranjos de música popular brasileira para teclado. Estudos básicos de harmonia aplicados à prática tecladista. Prática musical em conjunto. Instrumento Harmônico IV 4º 02 32 (Violão) Desenvolvimento da prática instrumental III em nível crescente de complexidade. Dimensões técnicas e didáticas para a formação de grupos camerísticos de violão. Prática musical em conjunto. OU (Teclado) Desenvolvimento da prática instrumental III em nível crescente de complexidade. Dimensões técnicas e didáticas para a formação de grupos de teclado. Prática musical em conjunto. Percepção e Solfejo 1º I 04 64 Solfejo e percepção de ritmos e melodias. Memorização e classificação de intervalos harmônicos e melódicos. Audição de acordes de três sons no estado fundamental. Percepção de cadências harmônicas. Percepção e Solfejo 2º II 04 64 Desenvolvimento do solfejo e da percepção de ritmos, melodias e harmonias em nível crescente de complexidade. Memorização e classificação de intervalos harmônicos e melódicos e de acordes de quatro e cinco sons no estado fundamental. Percepção de cadências harmônicas. Percepção e Solfejo 3º III 04 64 Desenvolvimento do solfejo e da percepção de ritmos, melodias e harmonias em nível crescente de complexidade. Memorização e classificação de intervalos harmônicos e melódicos, como também de acordes invertidos. Percepção de cadências harmônicas e das resoluções naturais dos acordes na música popular brasileira. Percepção e Solfejo 4º IV 04 64 Desenvolvimento do solfejo e da percepção de ritmos, melodias e harmonias em nível crescente de complexidade. Memorização e classificação de intervalos harmônicos e melódicos e de acordes alterados. Percepção de cadências harmônicas e das resoluções naturais dos acordes na música popular brasileira. Antropologia Cultura Musical e 1º 04 64 As relações e inter-relações humanas com a realidade à luz de conceitos antropológicos e sociológicos. Fundamentos básicos da criatividade humana na geração de conhecimentos e na criação de obras artísticas musicais. Técnica Vocal I 1º 02 32 Compreensão da anatomia e fisiologia do aparelho fonador. Atributos e possibilidades da voz. Exercícios de relaxamento, respiração, apoio (diafragmático, intercostal e torácico) e impostação (articulação) da voz em contextos individuais e coletivos. Técnica Vocal II 2º 02 32 A utilização da voz na educação e reeducação vocal. Fundamentação e estruturação de exercícios de técnica vocal. Junção de aspectos técnicos e interpretativos da emissão vocal através da prática de canto solo e em grupo. Instrumento Melódico I 5º 02 32 (Cordas Friccionadas) Considerações gerais sobre instrumentos de cordas friccionadas. Técnicas da mão direita (arco e pizzicato) e estudo da primeira e segunda posição da mão esquerda. Estudo coletivo, ordenado e progressivo de exercícios e obras para instrumentos de cordas friccionadas. Prática musical em conjunto. OU (Sopros) Considerações gerais sobre os instrumentos de sopros. Técnicas de execução, embocadura e de controle da respiração. Estudo coletivo, ordenado e progressivo de exercícios e obras para instrumentos de sopros. Dimensões técnicas e didáticas para a formação de grupos musicais. Prática musical em conjunto. Instrumento Melódico II 6º 02 32 (Cordas Friccionadas) Desenvolvimento da prática instrumental I em nível crescente de complexidade. Desenvolvimento da técnica de mão direita (detaché, stacatto, legatto, spicatto e martelatto) e estudo da terceira e quarta posição de mão esquerda. Estudo coletivo, ordenado e progressivo de exercícios e obras para instrumentos de cordas friccionadas. Prática musical em conjunto. OU (Sopros) Desenvolvimento da prática instrumental I em nível crescente de complexidade. Técnicas de execução do instrumento de sopro. Estudo de ornamentações e articulações. Estudo coletivo, ordenado e progressivo de exercícios e obras para instrumentos de cordas friccionadas. Prática musical em conjunto. Oficina Percussão I de 5º 02 32 Estudo da estrutura acústica (física) e cultural do instrumental tradicional brasileiro de percussão e suas práticas musicais. Técnica e execução dos instrumentos de percussão. Prática de execução musical em conjunto. Oficina Percussão II de 6º 02 32 Desenvolvimento da percussão no século XX. Instrumentos de percussão de outras culturas. Pesquisa e prática de novos meios de expressão instrumental percussiva. Percussão corporal. Técnicas de execução em conjunto. Harmonia I 5º 04 64 Encadeamento das funções harmônicas da primeira e segunda lei tonal, em arranjos para três ou quatro vozes mistas. Extensão das vozes do quarteto vocal clássico. Uso de notas estranhas aos acordes: bordaduras, apogiaturas, retardos, antecipações e notas de passagem. Harmonia II 6º 04 64 Encadeamento das funções harmônicas da terceira e quarta lei tonal. Realização de arranjos sobre temas folclóricos para vozes mistas e iguais. Estudo dos caminhos harmônicos da música brasileira. Harmonia III 7º 04 64 Estudo prático da quinta lei tonal em realizações vocais e instrumentais. Estudo de arranjos de música brasileira com especial atenção para as questões rítmicas nas execuções à capela. Oficina de Música I 7º 02 32 Prática e vivência dos diversos e diferentes gêneros e estilos da música brasileira. Formação de grupos vocais e instrumentais. Prática em conjunto com interação de expressões instrumentais e vocais. Oficina de Música II 8º 02 32 Prática e vivência dos diversos e diferentes gêneros e estilos da música brasileira. Prática em conjunto com interação de expressões instrumentais e vocais. Estudos dos procedimentos de execução musical em conjunto. Criação e improvisação musical. Análise Musical I 7º 04 64 Estudo dos idiomas, texturas e formas musicais da música ocidental, enfatizando a compreensão dos processos de composição num estudo comparativo entre o processo de criação musical e a realidade que o abriga. Análise Musical II 8º 04 64 Estudo de obras musicais de caráter pluri-instrumental no que concerne sua estruturação idiomática, textura, arquitetura musical. Compreensão das relações entre a chamada “música de concerto” e a “música popular” (folclórica). Disciplinas Optativas COMPONENTE CURRICULAR CR CH EMENTA Canto Coral I 4 64 Prática de canto em conjunto. Análise, leitura e execução de obras corais de diferentes gêneros, estilos e formas com ênfase para a música popular brasileira. Canto Coral II 4 64 Prática de canto em conjunto. Análise, leitura e execução de obras corais de diferentes gêneros, estilos e formas com ênfase na música latino-americana. Canto Coral III 4 64 Prática de canto em conjunto. Análise, leitura e execução de obras corais de diferentes gêneros, estilos e formas com ênfase na música folclórica e popular brasileira infantil. Canto Coral IV 4 64 Prática de canto em conjunto. Análise, leitura e execução de obras corais de diferentes gêneros, estilos e formas com ênfase para a musica erudita européia (renascença e barroco) e música contemporânea do Brasil. Estética 4 64 Introdução ao mundo conceitual e teórico da filosofia estética. A arte como experiência de expressão humana. O belo como categoria da ação humana. Definições da obra de arte. A função estética da arte na educação. História da Música I: 2 Música Ocidental 32 Origens da música. Aspectos históricos, técnicos e estéticos desde a Antigüidade até o Século XIX. Estudo das relações entre as circunstâncias históricas dos grandes ciclos do caminho cultural ocidental e as expressões musicais contemporâneas a esses ciclos. História da Música II: 2 Música Brasileira até século XIX 32 Aspectos históricos, técnicos e estéticos da música brasileira das origens até o século XIX. História da Música III: 2 Música Brasileira do Século XX 32 Aspectos históricos, técnicos e estéticos da música brasileira do século XX até a atualidade. A música popular brasileira. Estudos Sócio- 4 Históricos e Culturais da Educação 64 Conceitos fundamentais à Sociologia, História e Antropologia para a compreensão da relação entre Educação e Sociedade. A interdisciplinaridade do pensamento pedagógico. Multiculturalismo e políticas educacionais de ação afirmativa. Técnica Vocal III 32 O canto coral e a música popular brasileira. Problemas técnicos de emissão vocal do repertório coral brasileiro e da música popular brasileira arranjada para coro. Prática interpretativa da Música Popular Brasileira (solo e em grupo). 2 Regência I 2 32 Estudo prático do gestual de regência e suas implicações técnicas na execução de diferentes gêneros estilos e formas musicais. Técnicas de marcação para compassos simples e compostos. Técnicas de ensino, de análise estrutural e de estudo de repertório na forma cânone e a duas vozes. Função social do regente e sua missão enquanto educador musical. Interpretação de repertório folclórico e infantil brasileiro. Regência II 2 32 Estudo prático, em nível crescente de complexidade, do gestual de regência e suas implicações técnicas na execução de diferentes gêneros estilos e formas musicais. Técnicas de marcação para compassos alternados e mistos. Técnicas de ensino, de análise estrutural e de estudo de repertório a três vozes. Princípios de organização e estratégias de ensaio para a formação de coros e outros grupos musicais. Interpretação de repertório popular brasileiro. Regência III 2 32 Estudo prático, em nível crescente de complexidade, do gestual de regência e suas implicações técnicas na execução de diferentes gêneros estilos e formas musicais. Técnicas de movimentos de expressão. Técnicas de ensino, de análise estrutural e de estudo de repertório a quatro vozes e com acompanhamento. O regente como criador / re-criador de uma obra musical. Interpretação de repertório contemporâneo brasileiro. Contraponto I 2 32 Estudo da polifonia do Século XVI, em suas várias espécies, através da criação de estruturas polifônicas e análise de madrigais e motetos renascentistas. Contraponto II 2 32 Estudo do contraponto Bachiano e suas formas de realização: prelúdios, fugas, corais. Composição de estruturas polifônicas tonais geradas a partir de temas populares. Música e Informática I 2 32 Conhecimento básico das diversas tecnologias de codificação sonora no computador. Exploração dos principais softwares de Seqüenciamento de Sons. Noções Básicas de Editoração de Partituras utilizando programas de computador. Música e Informática II 2 32 As Técnicas de Manipulação e Edição de Sons com os recursos de software. Editoração avançada de partituras utilizando programas de computador. As concepções metodologias subjacentes aos principais softwares de Educação Musical. Prosódia Musical 2 32 Análise comparativa da dimensão ritmo-musical na literatura poética. Estudo dos processos de ajustamento rítmico nas relações entre a literatura poética e a música. Etnomusicologia 2 32 Estudo da música das culturas e manifestações populares. Gêneros musicais brasileiros: vaneirão, candomblé, xangô, maracatus, caboclismo, frevo, desafio, coco, congada, forro, catimbó, samba entre outros. A música das culturas não ocidentais. Música Contemporânea 2 32 Estudo das tenências sonoras: atonalismo, serialismo, estruturalismo neo-clacissismo, música concreta, música eletrônica, música eletroacústica. Compreensão dos princípios filosóficos que norteiam a produção musical dos séculos XX e XXI. Arranjo Musical I 2 32 Aplicação de elementos harmônicos, rítmicos, melódicos, vocais e instrumentais na construção de arranjos com uma perspectiva de educação musical. Prática de elaboração de arranjos. Arranjo Musical II 2 32 Princípios formais e estruturais comuns utilizados em arranjos musicais. Análise e prática de elaboração de arranjos e pequenas composições. Composição Musical 2 32 Elementos constitutivos da formas musicais. A forma e a harmonia. Criação e execução de peças vocais e/ou instrumentais para uma ou mais partes, nos diferentes idiomas e texturas musicais. Cultura 4 64 Estudo das manifestações do folclore e da cultura popular. Relações entre o processo de produção capitalista e o desaparecimento dessas manifestações. Folclores nacionais, regionais e locais. Introdução à Pesquisa 4 em Música 64 Estudos orientados para elaboração de um projeto de pesquisa em música. Leitura e análise de trabalhos de pesquisa em música. A conduta e o método científico em música. Etapas para o desenvolvimento de um projeto de pesquisa musical. Trabalhos práticos e noções básicas para o desenvolvimento de uma pesquisa em música. Folclore Popular e 8.6 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Ao final do Curso, é requerido do estudante um trabalho que sumarize os conhecimentos adquiridos no curso, onde será enfocada uma área específica que o interesse. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um momento onde ele, o estudante, pode se aprofundar em determinado aspecto que mais lhe interessa, objetivando assim, o desenvolvimento de habilidades essencialmente acadêmicas, amparadas em uma literatura sistematizada e com caráter reflexivo. O TCC, que deverá ser orientado por um professor do curso e apresentado diante de uma banca de avaliação, é um documento oficial que poderá ser redigido em uma das seguintes formas: • Artigo científico acadêmico, seguindo as normas em vigência da ABNT • Monografia de conclusão de curso • Criação de material ou técnica para uso terapêutico • Outra modalidade, quando apreciado e aprovado pelo colegiado do curso 8.7 ATIVIDADES COMPLEMENTARES A atividade complementar é, para o estudante, um espaço onde ele poderá especializar, ampliar e/ou aprimorar sua formação; é uma das parcelas cuja qual ele poderá delimitar a sua própria trajetória. A partir de um leque diversificado de atividades, que podem tanto ser de cunho mais artístico quanto terapêutico ou outros, o aprendiz é levado a fazer escolhas que venham ao encontro de suas ansiedades enquanto futuro musicoterapeuta. O presente Projeto pauta as atividades complementares baseado na Resolução 07 de 2005 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da UFC, dando sugestões iniciais já utilizadas no curso de Música-Licenciatura que serão, futuramente, discutidas e desenvolvidas pelo colegiado do curso de Bacharelado em Musicoterapia. Segundo essa proposição, o aluno pode atuar em diferentes modalidades: Ensino, Pesquisa, Extensão, Artes e Esportes, Eventos Científicos, Produção Científica e Experiência Profissional. Pela Resolução, a integralização curricular deve ser composta por, no mínimo, 5% da carga horária total e, no máximo, 10%. Dessa forma, com a carga horária total de 3272 horas, estabelece-se aqui que o estudante deverá completar, no mínimo, 200h de atividades complementares, o que representa aproximadamente 6% da carga horária total. Segue abaixo o quadro de sugestão inicial de atividades complementares: MODALIDADE Ensino Pesquisa UNIDADE CARGA HORÁRIA CARGA MÁXIMA Semestre 40h/Semestre 80h Bolsa Aprendizagem Ano Cooperativa 40h/Semestre 80h Bolsa Iniciação Docência à Semestre 40h/Semestre 120h Bolsa Iniciação Científica Semestre (Remunerada/Voluntária) 20h/Semestre 100h Projetos de Pesquisa Ano vinculados a Grupos de pesquisa cadastrados 20h/Ano 40h Monitoria de disciplinas HORÁRIA CNPq/UFC Extensão Bolsa Extensão Semestre (Remunerada/Voluntária) Cursos/Projetos Extensão (Ouvinte) Artes Esportes Eventos Profissional Publicações 20h/Semestre 100h de Evento de 8h 2h/Evento 20h Cursos/Projetos de Evento de 8h 4h/Evento Extensão (Ministrante) 40h Bolsa Arte 20h/Semestre 100h Grupos Musicais Ano (Músico/Diretor Artístico/Regente) 20h/Ano 100h Apresentação musical 1h/Evento 40h Semestre artístico- Evento Gravação de CD Unidade 20h/Unidade 40h Bolsa Esporte Semestre 20h/Semestre 60h Olimpíadas/Competição Evento com 4h/Evento mais de duas participações Comunicação Eventos Científicos 20h em Evento 4h/Evento 40h Participação em Eventos Evento Científicos 4h/Evento 40h Organização de Eventos Evento Científicos/Estudantis 10h/Evento 80h Estágio Curricular Não- Semestre Obrigatório 20h/Semestre 100h Trabalho Voluntário Semestre 20h/Semestre 100h Artigo em Periódico Unidade 60h/Unidade 180h Artigo em Anais Unidade 40/Unidade 160h Resumo em Anais Unidade 20h/Unidade 100h 9 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO Para o acompanhamento e avaliação do proposto neste PPC e dos estudantes, propõem-se alguns pontos norteadores. Esses pontos são pautados em quatro esferas: o discente, o docente, o componente curricular e o próprio PPC. Dessa forma, espera-se que o acompanhamento do Curso de Musicoterapia traga no seu seio esses fatores. 9.1 AVALIAÇÃO DO DISCENTE O processo avaliativo do discente, como já explorado anteriormente, deve ser realizado pautado na autonomia, na dialogicidade e no processo. Independentemente das ferramentas elegidas e utilizadas pelos docentes, tais como provas, testes, apresentações, trabalhos, seminários, mesas-redondas, entre outras, compreende-se aqui que o processo de formação do musicoterapeuta não reside nos resultados fornecidos por situações pontuais. Essas situações, por vezes, podem causar sobrecarregamento e uma pressão demasiada no estudante, o que pode não condizer com a realidade de suas habilidades, competências e conhecimentos. Dessa forma, por avaliação processual entende-se que ela, a avaliação, leva em conta o seu desenvolvimento do estudante ao longo do período letivo, não apenas um produto final que ele apresente ao final desse. Ao docente cabe realizar um acompanhamento longitudinal, vislumbrando o ponto de partida, tecendo uma meta final e analisando a realidade de cada estudante, buscando o olhar individual e sintético. Já por avaliação autônoma e dialógica compreende-se que o docente não tomará para si toda a responsabilidade da aprendizagem; cabe ao discente ser sujeito de seu próprio processo. Dito de outra forma, o professor estimulará a atuação autônoma do estudante, onde ele deve ser capaz de procurar soluções para seus próprios problemas; o diálogo, a conversa e a troca de experiências entre docentes e discentes tomam aí grande importância na prática avaliativa e, consequentemente, no processo de formação do musicoterapeuta. 9.2 AVALIAÇÃO DO DOCENTE O processo de avaliação docente ocorre conforme as resoluções específicas da UFC, somados aspectos específicos dos cursos de música. O docente é avaliado pelos discentes de maneira qualitativa e quantitativamente ao final de cada semestre, onde os últimos atribuem notas a diversos aspectos da atuação docente. Essas avaliações são tabuladas e repassadas ao curso, que repassam ao referido docente, de onde ele pode refletir a sua prática, buscando sempre o aprimoramento. As questões que os estudantes respondem compreendem um universo que vão desde a escolha do material de referência e educacional até os aspectos positivos e aqueles que poderiam ser aprimorados, na visão dos discentes, pelo docente. Também é avaliado se o docente faz uso das tecnologias educacionais disponibilizados pela Universidade. 9.3 AVALIAÇÃO DO COMPONENTE CURRICULAR Ao final de cada semestre letivo, é solicitado ao estudante que faça uma avaliação do componente curricular, onde ele elenque os pontos fortes e as necessidades de cada componente curricular. Dessa forma, o aluno indica para o curso os pontos fortes e os aspectos que necessitam de melhorias e aprimoramento quanto à infraestrutura, contemplando salas de aula, instrumentos e acessórios musicais, mobiliário, biblioteca e acervo de livros, partituras, áudios e vídeos. Também se espera que o aluno consiga avaliar as habilidades e competências trabalhadas durante o componente curricular, vislumbrando a sua formação e futura prática profissional. É através de perguntas tais quais “Como você acredita que o componente curricular avaliado contribui para a sua formação e prática profissional?” que o discente pode discorrer sobre a sua percepção do que a graduação lhe oferece. 9.4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO O acompanhamento e a avaliação do Projeto Pedagógico de Curso (PPC) estão a cargo de toda a comunidade acadêmica, entretanto, o seu porta voz é o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Bacharelado em Musicoterapia. O NDE se reunirá regularmente durante o ano letivo, quando tratará de assuntos referentes à implementação do PPC e outros tópicos pertinentes. Além disso, a coordenação do curso em conjunto com o NDE realizará encontros bianuais, ou quando se fizer necessário, com toda a comunidade acadêmica interessada, com o propósito de esclarecer e discutir o PPC e, quando julgar necessário, propor alterações ao colegiado do curso de Bacharelado em Musicoterapia. 10 FUNCIONAMENTO DO CURSO O curso de Bacharelado em Musicoterapia da UFC-Sobral terá funcionamento em turno integral. O horário dos componentes curriculares da área da música será preferencialmente no turno da noite, juntamente com o curso de Música-Licenciatura, e os da área da psicologia e da área da saúde preferencialmente no turno da manhã, em conjunto com os cursos da área da saúde. Ele estará sediado junto com o curso de Música-Licenciatura do campus, localizado no prédio da Escola de Comunicação e Ofícios das Artes de Sobral/CE. Já os estágios funcionarão em diversos espaços no município e na região, inclusive o Serviço de Psicologia Aplicada da UFC-Sobral. 10.1 UNIDADES CURRICULARES O Bacharelado em Musicoterapia da UFC, no intuito de cumprir com seus objetivos de formação profissional, encontra ressonâncias das suas propostas educacionais, profissionalizantes e de ação no ponto de intersecção entre o contexto a que está inserido, a projeção do mercado de trabalho e os seus componentes curriculares. Desse ponto de intersecção, surgem as Unidades Curriculares (UC), que nortearão a organização curricular e a atuação dos docentes na esfera do ensino. Essas UCs, que representam grandes áreas de estudo, seguem a mesma distribuição dos quatro campos dos componentes curriculares que, por sua vez, buscam acompanhar as áreas dos outros cursos de graduação da UFC-Sobral que subsidiarão o Curso de Musicoterapia. São elas: • Unidade Curricular da Música • Unidade Curricular da Psicologia • Unidade Curricular da Saúde • Unidade Curricular da Musicoterapia Essas áreas, que foram exploradas e discutidas anteriormente, quando bem definidas, tornarão visível o sentido da unidade curricular e justificarão as divisões setoriais que integralizarão o currículo. São eles: • Setor de Percepção, Teoria e Solfejo • Setor de Violão, Teclado, Harmonia e Análise • Setor de Expressão Vocal Coletiva • Setor de Sopros e Cordas Friccionadas • Setor de Estudos da Teoria e da Prática da Musicoterapia • Setor de Estudos da Psicologia • Setor de Fundamentos do Corpo Humano e da Saúde • Setor de Fundamentos de Terapias Esses setores de estudo são responsáveis pelos docentes, programas e componentes curriculares que contemplam a Matriz Curricular. Dessa maneira, poderá abranger propostas complementares para o ofício do musicoterapeuta, em uma visão que todo e qualquer processo é voltado à formação humana, ética e profissional, estando a organização dos componentes curriculares flexível e suscetível a aprimoramentos e mudanças. O foco, entretanto, sempre será oferecer uma formação atual, qualificada e pensando no perfil de egresso que se almeja do curso. 10.2 COMPONENTES CURRICULARES POR DEPARTAMENTO Todos os componentes curriculares do Bacharelado em Musicoterapia serão alocados diretamente na Diretoria do Campus de Sobral, onde não existe estrutura departamental. Dessa forma, a divisão de componentes curriculares por Departamento não se aplica a este projeto. 11 NÚMERO DE VAGAS E FORMA DE INGRESSO O ingresso no curso de Bacharelado em Musicoterapia da Universidade Federal do Ceará – Campus de Sobral se dá através do Sistema Unificado de Seleção (SiSU), conforme é realizado na UFC. Serão ofertadas 10 (dez) vagas para ingresso anual no primeiro semestre letivo. Além do acesso via SiSU, serão admitidos alunos via mobilidade acadêmica, transferência e admissão de graduados, quando as vagas assim permitirem. É importante salientar, ainda, que para o ingresso não será necessária a realização de prova de aptidão ou prova específica de conhecimentos musicais. Assim como já acontece nos cursos de Música da UFC, a graduação também será responsável pela sólida formação musical do estudante, sendo oferecido a ele oportunidade, espaço e tempo para desenvolvimento pleno das habilidades e competências artísticas e musicais. 12 CORPO DOCENTE E ESTRUTURA FÍSICA Durante os dois primeiros anos do curso, contaremos com a estrutura de corpo docente já existente no Campus de Sobral. Esse corpo conta com 10 professores, com titulações distribuídas da seguinte forma: • 20% de doutores • 70% de mestres • 10% de especialistas É importante salientar que o corpo docente do curso deverá estar comprometido com a proposta apresentada nesse projeto para a formação do profissional, isto significa que o docente do bacharelado em musicoterapia da UFC-Sobral deve estar apto a compreender o ser humano a partir de todas suas dimensões. O fazer musical deve estar vinculado à prática musicoterápica de formação dos estudantes; não que a música em si não seja importante, pelo contrário, considera-se ela de forma essencial. Contudo, é importante a compreensão que não é a expertise musical ou ainda o virtuosismo que serão, necessariamente, adequados a uma prática terapêutica que busque promover a saúde e a qualidade de vida. O corpo docente do curso de musicoterapia da UFC-Sobral atual será formado pelos seguintes professores nas seguintes áreas, além de outros professores que se integrariam ao curso através de concurso público: NOME TITULAÇÃO FORMAÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO Marco Nascimento Toledo Doutor Licenciado em música – Música: história, antropologia, Unirio; Mestre em instrumento melódico (sopros), música – Unirio; Doutor análise musical. em Música – Toulouse/França Simone Sousa Santos Mestre Bacharel em música – Música: fisiologia da voz, técnica UECE; Bacharel em vocal, canto coral. Teatro – IFCE; Mestre em educação – UFC. Guillermo Tinoco Mestre Cáceres da Silva Bacharel em música – Música: instrumento harmônico UFRJ; Mestre em (teclados); tecnologia e música, música – UFRJ. análise musical, harmonia. Leonardo da Silveira Mestre Borne Bacharel em música – Música: percepção e solfejo. UFRGS; Bacharel em Musicoterapia: fundamentos, musicoterapia – tópicos e estágio. ISM/EST; Mestre em educação – UFRGS Marcelo Oliveira Mateus Mestre Licenciado em música – Música: instrumento harmônico UFC; Mestre em (violão); harmonia, análise educação – UFC musical, história da música. Joana D’Arc Almeida Especialista Teles Bacharel em música – Música: instrumento melódico UFG; Licenciada em (cordas friccionadas); história da música – UFG música; contraponto Érica Átem Mestre Gonçalves de Araújo Costa Psicóloga – UFC; Psicologia; Psicologia Mestre em Educação – infância; Fundamentos UFC; Doutoranda em terapia. Educação – UFC da de Nara Maria Diogo Rocha Psicóloga – UFC; Psicologia; Psicologia Mestre em Psicologia – Desenvolvimento e UFC Aprendizagem; Psicologia Criança e do Adolescente. do da da Iratan Bezerra Sabóia Forte Mestre de Mestre Rita Helena Sousa Doutora Ferreira Gomes Psicólogo – UNIFOR; Psicologia; Psicologia do Mestre em Psicologia – Trabalho e da Personalidade; UFC Psicanálise. Licenciada – UECE; Filosofia Doutorado – UFMG em Filosofia Filosofia; Filosofia da Arte; Mestre em Filosofia e Psicanálise; Ética; – UFMG; Trabalho; em Filosofia Quanto à infraestrutura, o campus de Sobral da UFC dispõe diversos espaços que serão utilizados pelo Bacharelado em Musicoterapia: ECOA, SPA e os Blocos Didáticos. A Escola de Comunicação e Ofícios das Artes (ECOA) é um espaço do município de Sobral onde funcionam diversas atividades ligadas às artes. A UFC, através de convênio de cedência assinado com a prefeitura, utiliza parte das instalações, onde funciona o Curso de Música – Licenciatura. O prédio conta com cinco (05) salas de aula para 40 alunos para as disciplinas da música, um laboratório de informática, uma sala para pequenos grupos, uma sala de estudos, uma sala para os Centros Acadêmicos e diversos gabinetes para professores, além dos espaços para coordenação e secretaria. Essa será a sede administrativa do curso de Bacharelado em Musicoterapia. O Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da UFC-Sobral é um espaço de clínicaescola onde os estudantes de Musicoterapia poderão realizar prática clínica e estágios sob a supervisão de professores da musicoterapia. Adicionalmente, por ser um espaço criado no âmbito do curso de psicologia, poderá participar de ações e práticas clínicas em conjunto com os estudantes do curso de psicologia, já articulando habilidades do trabalho em equipes multidisciplinares. Por fim, os Blocos Didáticos são os prédios do complexo da sede do Campus da UFC em Sobral. Contando com diversas salas preparadas para abrigar uma média de 50 alunos em cada, têm por função oferecer espaço para o desenvolvimento dos componentes curriculares teóricos de qualquer área, especialmente os do campo da psicologia e da saúde. Complementam ainda esses espaços as parcerias já estabelecidas pelo Curso de Música – Licenciatura com outros órgãos da região, como a Escola de Música de Sobral, a Secretaria de Cultura e a Prefeitura de Sobral e a Universidade Estadual Vale do Acaraú, que podem fornecer espaços para outras atividades, como o Teatro São João, o Teatro da ECOA, entre outros. Cabe ainda salientar que, por conta da estrutura prévia proveniente do curso de Música – Licenciatura, o Bacharelado em Musicoterapia conta com equipamentos de informática e audiovisuais, dois estúdios digitais, mobiliário adequado, salas climatizadas e um grande número de instrumentos musicais, a exemplo da lista a seguir: • Violinos, violas de concerto, violoncelo e contrabaixo; • Teclados, pianos digitais, sintetizadores de som e um piano de meia cauda; • Violões, violas caipiras, bandolins, cavaquinhos; • Flautas doce, flautas transversais, flautins, saxofones, clarinetes; • Tropas, trombones, bombardinos, trompetes; • Bateria e um grande número de percussões musicais; • Acessórios musicais, como estante de partituras, suportes para instrumentos e outros. 13 PLANO DE NECESSIDADES PARA OFERTA DO CURSO Como o Campus de Sobral já conta com a estrutura física e de equipamentos nos cursos de Psicologia, Medicina e Música – Licenciatura, e essas serão utilizadas pelo Bacharelado em Musicoterapia, as necessidades apresentadas aqui visam, inicialmente, a adequação do quadro de técnicos administrativos e docentes para a oferta plena do curso, bem como uma lista de referências básicas para a biblioteca do Campus de Sobral. Torna-se evidente que outras necessidades surgirão com o tempo e com o andamento da graduação, especialmente a partir das demandas dos alunos e as levantadas em seu colegiado. Essas serão supridas conforme surjam, de forma que não estão contempladas no descrito a seguir: 13.1 TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS Um técnico para atuar na secretaria do curso, junto à coordenação 13.2 DOCENTES (SETORES DE ESTUDO) Um Docente: Setor de Estudos Teoria e da Prática da Musicoterapia 13.3 REFERÊNCIAS PARA AQUISIÇÃO A seguir, lista-se a bibliografia inicial necessária e ainda não existente na Biblioteca do Campus de Sobral para a atuação do curso nos primeiros dois anos: BARANOW, Ana L. Von. Musicoterapia: Uma Visão Geral. Rio de Janeiro: Enelivros, 1999. BARCELLOS, Lia R. Cadernos de Musicoterapia, 4. Etapas do processo musicoterápico ou para uma metodologia de musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 1999. BENENZON, Rolando O. Manual de Musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 1985. BRUSCIA, Kenneth E. Definindo Musicoterapia. Tradução Mariza Velloso Fernandez Conde. Rio de Janeiro; Enelivros, 2000. BRUSCIA, Kenneth. Improvisational Models of Music Therapy. Springfield: Charles C. Thomas, 1987. DAVIS, William B.; GFELLER, Kate E.; THAUT, Michael H. An Introduction to Music Therapy: Teory and Practice. London: McGraw-Hill, 1998. GASTON, E. Thayer.et alli. Tratado de Musicoterapia. Buenos Aires: Paridas, 1966. LANGER, Susane. Sentimento e Forma. São Paulo: Perpectiva, 1980. MILLECCO, Ronaldo. É Preciso Cantar: Musicoterapia Cantos e Canções. Rio de Janeiro: Enelivros, 2001. OLIVAL, H., SILVA, M. Voz Cantada - Evolução, Avaliação e Terapia Fonoaudiológica. São Paulo: Louise, 1998. QUEIROZ, Gregório. Aspectos da Musicalidade e da Música de Paul Nordoff e suas implicações na prática clínica musicoterapêutica. São Paulo: Apontamentos, 2003. SLOBODA John A. The Musical Mind: The cognitive Psychology of music. 10th Ed. Oxford: Oxford University Press, 1996. SLOBODA, John A. (Org.). Musical Beginnings: origins and development of musical competence. Oxford: Oxford University Press, 1996. TORO, M. Betés. Fundamentos de Musicoterapia. Madrid: Morata, 2000. WIGRAM, Tony. Comprehensive Guide to Music Therapy: Theory, Clinical Practice, Research and Training. Philadelphia: Jessica Kingsley, 2002. 14 REFERÊNCIAS USADAS NA ELABORAÇÃO DESTE PPC DELORS, Jacques, Educação: Um Tesouro a Descobrir. Relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez Editora, 1999. BRASIL. Resolução CNE/CES nº 2, de 08 de março de 2004. Aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Música e dá outras providências. MEC: Brasília, 2004. BRASIL. Resolução CNE/CES nº 5, de 15 de março de 2011. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, estabelecendo normas para o projeto pedagógico complementar para a Formação de Professores de Psicologia. MEC: Brasília, 2011. ANEXO: QUADRO LONGITUDINAL DAS DISCIPLINAS