Aula 01 “Introdução e Revisão Matemática” Análise de Sinais – Introdução ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Quando se fala em sinais geralmente é associado à medição ou ao registo de algum fenómeno físico ou, em outras palavras, de um sistema. Portanto, sinais e sistemas são conceitos bastante interligados. Análise de Sinais – Introdução ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ entrada (input) saída (output) Quando se fala em sinais geralmente é associado à medição ou ao registo de algum fenómeno físico ou, em outras palavras, de um sistema. Portanto, sinais e sistemas são conceitos bastante interligados. Análise de Sinais – Introdução ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Neste primeiro capítulo faremos uma breve revisão de diversos tópicos básicos da matemática que serão úteis para os capítulos seguintes. Recapitularemos vários resultados, expressões e fórmulas da álgebra, da álgebra linear, da análise, do cálculo diferencial e integral e da trigonometria que serão de certa forma usados neste texto. Nos capítulos 2 e 3 trataremos da descrição e da terminologia dos sinais enquanto que no capítulo 4 trataremos de sistemas. Nos demais capítulos trataremos de algumas ferramentas de análise de sinais: Transformadas de Laplace (capítulo 5), Transformadas z (capítulo 6), Séries e Transformadas de Fourier (capítulos 7 e 8), e Diagramas de Bode (capítulo 9). Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ O número imaginário “ j ” j = −1 Na literatura de matemática é muito comum usar-se “ i ” (de “imaginário”) para o número imaginário: i = −1 Entretanto, em engenharia a letra “ i ” é normalmente reservada para a corrente eléctrica (medida em Ampères) enquanto que para o número imaginário usa-se a letra “ j ” j2 = −1 j3 = − − 1 1 j j j = = = = −j j j ⋅ j (−1) j4 = 1 j −2 = −1 −1 j5 = j4 ⋅ j1 = j = − 1 j−3 = j j6 = j4 ⋅ j2 = j2 = −1 j −4 = 1 j7 = j4 ⋅ j3 = j3 = − − 1 j8 = j4 ⋅ j4 = 1 ⋅ 1 = 1 e assim por diante. Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Um número complexo z ∈ ℂ é expresso por: z = α +β j onde α e β ∈ R (números reais) e j é o número imaginário puro conforme definido acima. α e β são chamados de: α = parte real de z, e β = parte imaginária de z α = Re (z) β = Im (z). Um número complexo z ∈ ℂ escrito na forma acima é dito estar na forma “cartesiana” ou “algébrica”. Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Um número complexo z ∈ ℂ pode ser escrito de forma equivalente como: onde ρ e θ são números reais, sendo que ρ > 0 e θ (em radianos) é um arco. z = ρ ⋅ e jθ A expressão acima é muito comummente abreviada (especialmente em textos de engenharia) para por uma questão de z = ρ ⋅ ∠θ simplicidade. Além disso, neste caso, quando se usa esta notação para z, é comum se denotar o ângulo θ em graus em vez de radianos. ρ e θ são chamados de: ρ = módulo de z, e θ = ângulo ou fase de z ρ = |z| θ = ∠z. Um número complexo z escrito nesta forma acima é dito estar na forma “polar” ou “trigonométrica”. Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Transformação da forma cartesiana para polar ρ = | z | = α2 + β2 β α θ = ∠z = arctg Transformação da forma polar para a forma cartesiana α = Re( z) = ρ ⋅ cos θ β = Im(z) = ρ ⋅ sen θ z2 = 2 − 2 j = 2 2∠ − 45º = 2 2 ∠315º = 2 2 ⋅ e − j( π / 4) = 2,8284 ⋅ e − j ( 0, 7854 ) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ O conjugado de um número complexo z ∈ ℂ é o número complexo z ou z = α +β j z* z = z* = α − β j Em termos da forma polar o conjugado de um número complexo z = ρ ⋅ e jθ é dado por: z = z* = ρ ⋅ e− jθ além disso, se x é um número real (x ∈ Note que z= (z* )* =z R), ou seja, x é um número complexo com a parte imaginária igual a zero, então: x = (x* )* = x Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Operações com números complexos A forma cartesiana é mais apropriada para operações de soma (z1 + z2) e subtração (z1 – z2) de números complexos, (α1 + β1 ⋅ j) + (α2 + β2 ⋅ j) = (α1 + α 2 ) + (β1 + β2 ) ⋅ j (α1 + β1 ⋅ j) − (α 2 + β2 ⋅ j) = (α1 − α 2 ) + (β1 − β2 ) ⋅ j enquanto que a forma polar é mais apropriada para operações de multiplicação (z1 ⋅ z2) e divisão (z1 / z2) de números complexos: ( ρ ⋅ e )⋅ ( ρ ⋅ e ) = ρ ⋅ ρ (ρ ⋅e ) = ρ ⋅e ( ) (ρ ⋅e ) ρ jθ1 1 jθ2 2 1 jθ1 1 2 2 ou, equivalentemente: ( ρ ⋅ e )⋅ ( ρ jθ1 1 jθ1 2 jθ 2 ) jθ2 ⋅ e = ρ1 ⋅ ρ2 ⋅ ∠(θ1 + θ2 ) 2 (ρ ⋅e ) = ρ (ρ ⋅e ) ρ 1 j⋅ θ1 − θ 2 1 jθ 2 j⋅(θ1 + θ2 ) ⋅ e 2 1 2 ⋅ ∠(θ1 − θ 2 ) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Um resultado bastante útil é dado pela equação abaixo: (α + β j) ⋅ (α − β j) = α 2 + β2 ou seja, o produto de um número complexo z pelo seu conjugado é um número real (um número complexo sem a parte imaginária) e cujo valor é a soma do quadrado da parte real de z com o quadrado da parte imaginária de z. Este resultado permite que se escreva uma fração entre números complexos seja escrita na forma cartesiana A + j⋅B, ou seja, z α + jβ = = A + j⋅ B z′ σ + jω ou seja, multiplicando-se ambos o numerador e o denominador de z/z’ pelo conjugado do denominador temos: z z z′ (α + jβ)(σ − jω) (ασ + βω) + j ⋅ (βσ − αω) = = = z′ z′ z′ (σ + jω)(σ − jω) σ 2 + ω2 z (ασ + βω) (βσ − αω) = 2 + j ⋅ z′ σ + ω2 σ2 + ω2 ( ) ( ) e portanto, A= B= (ασ + βω) (σ 2 + ω2 ) (βσ − αω) (σ 2 + ω2 ) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Outro resultado bastante útil é o seguinte: ou seja, e jθ = 1, ∀θ z = e jθ é um ponto da circunferência de raio 1 centrada na origem do plano s. Na verdade z = e jθ é o ponto desta circunferência cujo ângulo com o eixo real positivo é θ. e j0 = 1 j π 2 e =j e jπ = −1 e −j π 2 = −j Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ O seno e o co-seno sen (θ) = c cateto oposto = a hipotenusa cos (θ) = b cateto adjacente = a hipotenusa Teorema de Pitágoras a 2 = b2 + c2 A tangente tg (θ) = c cateto oposto = b cateto adjacente tg (θ) = sen (θ) cos(θ) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ seno sen 2 (θ) + cos2 (θ) = 1 π π cos (θ) = sen − θ = sen θ + 2 2 π sen (θ) = cos θ − 2 sen (θ) = sen (π − θ) co-seno cos (θ) = − cos (π − θ) sen (θ) = − sen (− θ) cos (θ) = cos (− θ) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ tangente tg (θ) = tg (θ + π) = tg (θ − π) tg (θ) = tg (θ + k π), k ∈ { 0, ± 1, ± 2, ...} Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A equação de Euler O matemático e físico suíço Leonhard Euler (1707-1783) publicou o seguinte resultado em 1748: e jθ = cos θ + j ⋅ sen θ e facilmente se deduz que: e jθ + e − jθ cos θ = 2 e j θ − e − jθ sen θ = 2j Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ As inversas de seno, co-seno e tangente As funções seno, co-seno e tangente não são inversíveis. Pelos gráficos de x(t) = sen (ωt), x(t) = cos (ωt) e x(t) = tg (ωt) vemos que se α e β forem valores no intervalo [–1, 1], e γ for um valor real qualquer, ou seja, α ∈[–1, 1], β ∈[–1, 1], γ ∈(–∞, ∞), e então vão haver muitos valores de t∈(–∞, ∞) para os quais x(t) = sen (ωt) = α x(t) = cos (ωt) = β x(t) = tg (ωt) = γ Para poder se achar a função inversa de seno, co-seno e tangente temos que limitar o intervalo destas funções. No caso do seno limitamos ao intervalo t∈[–π/2 , π/2], no caso co-seno limitamos ao intervalo t∈[0 , π], e no caso da tangente limitamos ao intervalo t∈[–π/2 , π/2]. Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ seno, co-seno e tangente com seus intervalos limitados Esta é a norma geral adoptada pelas máquinas calculadoras e meios informáticos de cálculo modernos. Limita-se o arco a 2 quadrantes: 1º e 4º quadrante, no caso do seno ou da tangente; e 1º e 2º quadrante, no caso do co-seno. Desta forma é possível falar nas funções inversas do seno, do co-seno e da tangente: arcsen (α), arccos (β) e arctg (γ). Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Por exemplo, se γ = 1 θ = 45º e π arctg (1) = = 45º 4 θ = 225º Embora existam muitos outros arcos θ cuja tangente também é 1. No caso particular da inversa ser de uma fração arcsen (b/a), arccos (b/a) e arctg (b/a) então podemos levar em consideração o quadrante do ponto (a, b). Desta forma a inversa do seno, do co-seno ou da tangente não fica limitada ao intervalo [–π/2 , π/2] ou [0 , π] que representam apenas 2 quadrantes, pois temos informação suficiente para determinar o arco nos 4 quadrantes. Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Por exemplo: 1 π arctg = = 45º 1 4 (1º quadrante) − 1 5π arctg = = 225º = −135º −1 4 (3º quadrante) −1 − π arctg = = −45º = 315º 4 1 (4º quadrante) 1 3π arctg = = 135º −1 4 (2º quadrante) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Exponenciais e logaritmos O “número neperiano” e (devido ao matemático, astrólogo e teólogo escocês. John Napier, 1550-1617) vale aproximadamente e = 2,7183 Mais precisamente, ele pode ser escrito como uma série infinita ou como um limite (esta última forma devido ao matemático suíço Jakob Bernoulli, 1654-1705): ∞ e=∑ n =0 1 n! 1 e = lim1 + n →∞ n n O “número neperiano” também é chamado de “constante de Euler” e é a base dos logaritmos naturais (ln). ln ( x ) e =x Algumas relações básicas de exponenciais e logaritmos: e ⋅e = e x y x+y ex x−y = e ey (e ) x y = e x⋅y Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Algumas relações básicas de exponenciais e logaritmos: ln (x ⋅ y) = ln (x ) + ln (y) ( ) = a ln (x ) ln x a x ln = ln (x ) − ln (y ) y e − ln ( x ) =e ln (1 / x ) = 1 x Transformação da base e para a base 10: log10 (x ) = ln(x ) ln(x ) = = 0,4343⋅ ln(x ) ln(10) 2,3 Transformação da base 10 para a base e: log10 (x ) log10 (x ) ln (x ) = = = 2,3 ⋅ log10 (x ) log10 (e ) 0,4343 Transformação de qualquer base “b” para a base “a”: log a (x ) = log b (x ) log b (a ) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Derivadas A teoria do cálculo diferencial é de autoria do físico e matemático inglês Sir Isaac Newton (1643-1727) e do filósofo e matemático alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716). df dt A notação das derivada de uma função f(t) pode ser f ' (t ) (devido à Newton) (devido à Leibniz) A derivada de uma função f(t) no instante t nos dá a inclinação (ou declive) de uma reta tangente à curva naquele instante. Se f(t) é crescente em t = a, então a derivada será positiva naquele instante f ' (a ) = df dt >0 t =a Por outro lado, se f(t) é decrescente em t = a, então a derivada será negativa naquele instante df f ' (a ) = dt <0 t =a Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Inclinação positiva (ou declive positivo) da reta tangente à curva f(t) no instante t = a. Inclinação negativa (ou declive negativo) da reta tangente à curva f(t) no instante t = a. Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Inclinação nula (ou declive nulo) da reta tangente à curva f(t) no instante t = a. Caso de máximo ou mínimo local. Inclinação nula (ou declive nulo) da reta tangente à curva f(t) no instante t = a. Caso de ponto de inflexão, não é máximo nem mínimo local. Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Algumas propriedades e regras das derivadas: Linearidade: d(c ⋅ f ( t ) ) df ( t ) = c⋅ = c ⋅ f ' (t) dt dt (homogeneidade) d(f1 ( t ) + f 2 ( t ) ) df1 ( t ) df 2 ( t ) = + = f1 ' ( t ) + f 2 ' ( t ) (aditividade) dt dt dt Regra do produto: d (f (t ) ⋅ g(t )) = df (t ) ⋅ g(t ) + f (t ) ⋅ dg(t ) = f ' (t ) ⋅ g( t ) + g' (t ) ⋅ f (t ) dt dt dt Regra do quociente: d f (t) = dt g ( t ) g( t ) ⋅ df ( t ) dg ( t ) − f (t) ⋅ dt dt = g ( t ) ⋅ f ' ( t ) − f ( t ) ⋅ g ' ( t ) g 2 (t) g 2 (t ) Regra da cadeia: d df dg( t ) (g(t )) ⋅ f (g( t )) = = f ' (g( t )) ⋅ g' ( t ) dt dt dt Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Se definirmos u (t) = f (t) e v( t ) = g ( t ) e dg = v′ dt então, df = u′ dt E as regras acima podem ser reescritas de forma mais compacta como: (c ⋅ u )′ = c ⋅ u′ (u + v )′ = u ′ + v ′ (u ⋅ v )′ u v ′ (homogeneidade) (aditividade) = u ′ ⋅ v + u ⋅ v′ = v ⋅ u ′ − u ⋅ v′ v2 du du dv = ⋅ dt dv dt (regra do produto) (regra do quociente) (regra da cadeia) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Integrais A integral indefinida de uma função f(t) é representada como ∫ f ( τ ) ⋅ dτ Por outro lado, a integral definida, representada como ∫ b a f ( τ) ⋅ d τ ∫ b −∞ f (τ) ⋅ dτ ∫ ∞ a f ( τ) ⋅ d τ faz a Soma de Riemann que calcula a área sob a curva em m intervalo bem definido. Georg Friedrich Bernhard Riemann (1826-1866), matemático alemão A integral é um processo inverso do da derivada de funções pois, ∫ f ′ (t ) dt = ou df ∫ dt ( t ) dt = d dt df ( t ) ∫ dt dt = ( ∫ f (t ) ⋅ dt ) = f (t ) ∫ df = f (t ) + C Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ t F( t ) = ∫ f ( t ) ⋅ dt Mais precisamente: é chamada de primitiva de f(t). a Este resultado é chamado de Teorema Fundamental do Cálculo e faz a interligação entre o Cálculo Diferencial e o Cálculo Integral. Algumas regras de integração de funções em geral ∫ a f (t ) dt = a ⋅ ∫ f (t ) dt + C (regra da homogeneidade) ∫ [ f (t ) + g (t ) ] dt = ∫ [ f ′ (t ) ⋅ g (t ) ] dt = f (t ) ⋅ g ( t ) + ∫ f ( t ) ⋅ g ′(t ) dt Se definirmos então, ∫ f (t ) dt + ∫ g (t ) dt + C (regra da aditividade) (regra da integral por partes) u (t ) = g(t ) e v( t ) = f ( t ) du = g ′(t ) ⋅ dt e dv = f ′(t ) ⋅ dt Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ e a regra da integral por partes pode ser escrita doutra forma: ∫ u ⋅ dv = uv − ∫ v du Por outro lado, se u(t) = f (t) então a integral definida é calculada como: A integral definida desde da função f ∫ b a b ∫a a até b f ( τ ) ⋅ dτ = S é a área S sob a curva e (regra da integral por partes) du = f ′( t ) ⋅ dt du = u ]a = u ( b) − u (a ) b Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Dois exemplos da integral definida desde a até b da função f, onde áreas abaixo do eixo das abcissas contam negativamente. ∫ b a f 1 ( τ) ⋅ dτ = S1 − S 2 ∫ b a f 2 ( τ) ⋅ dτ = S1 − S 2 + S 3 Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Dois exemplos da integral definida em intervalos infinitos como: ] –∞, b] , [ a, ∞ [ . b ∫−∞ f (τ) ⋅ dτ = S' 3 ∞ ∫a f 4 ( τ) ⋅ dτ = S' ' Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Decibéis (dB) A unidade Bell (B) tem este nome em alusão ao escocês Alexander Graham Bell (1847-1922). O deciBel (dB) é um submúltiplo do Bell que corresponde a um décimo do Bell. Entretanto, o deciBel tornou-se uma unidade de uso muito mais comum que o Bell. O deciBel (dB) é usado para uma grande variedade de medições, especialmente em acústica (intensidade de sons), mas também como medida de ganho ou intensidade relativa na física (para a pressão r) e na electrónica (para a tensão eléctrica v, para a corrente eléctrica i, ou para a potência P). O decibel (dB) é uma unidade de medida adimensional assim como as medidas de ângulo: o radiano (rad) e o grau (º), ou a percentagem (%). O decibel é portanto uma unidade de intensidade ou potência relativa (uma medida da razão entre duas quantidades, sendo uma de referência). A definição do dB é obtida com o uso do logaritmo da seguinte forma: x em decibéis usualmente é definido como: x dB = 20 ⋅ log10 (x ) Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Como o deciBell é uma medida relativa de ganho relativo (em relação a um valor de referência) somente são calculados os decibéis de valores positivos. Não faz sentido calcular os decibéis de um valor negativo. 1 dB = 20 ⋅ log 10 (1) = 0 dB Valores maiores que 1 se tornarão positivos ao serem transformados em dB. Eles representam um ganho de facto. Por outro lado, valores menores que 1 (i.e., valores entre 0 e 1) se tornarão negativos ao serem transformados em dB. Eles representam uma atenuação. Outro detalhe: x dB =− 1 x dB Análise de Sinais – Revisão Matemática ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ se x > 1 x se x = 1 x se 0 < x < 1 x se x < 0 dB dB dB > 0 dB = 0 dB < 0 dB não existe x dB Alguns exemplos: 10 1 10 dB = 20 ⋅ log10 (10) = 20 dB = 0,1 dB ( ) = 20 ⋅ log10 10 −1 = (− 1) ⋅ 20 ⋅ log 10 (10 ) = −20 dB dB 100 2 dB dB = 6 dB 1 2 = 10 2 dB 0,5 = −3 dB dB ( ) = 20 ⋅ log10 10 2 = 40 dB dB = − 6 dB 200 dB 2 = 46 dB dB = 3 dB 0, 2 dB = − 14 dB 50 dB = 34 dB Obrigado! Felippe de Souza [email protected]