CORREIO DO POVO Judiciário ameaça paralisar as obras Todas as obras do poder Judiciário em andamento correm o risco de paralisar caso a instituição deixe de contar com os recursos provenientes do gerenciamento dos depósitos judiciais. A afirmação foi feita ontem pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Eugênio Tedesco, durante a instalação da 3a Vara Criminal de Novo Hamburgo. Ele manifestou sua preocupação com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta pela OAB/Nacional, em atendimento à OAB/RS, contra a lei estadual que instituiu o Sistema de Gerenciamento Financeiro dos Depósitos Judiciais pelo Poder Judiciário do RS. “São atualmente 160 mil metros quadrados só em construção. Se perdermos esses recursos, será o caos, pois o orçamento do Estado não contempla um tostão para investir em melhorias na jurisdição”, advertiu. Tedesco disse que a lei permite pagar honorários a comarcas que não dispõem de defensores públicos patrocinados pelo Estado. Magistrado aprova o novo Código Civil O novo Código Civil representa um consenso das expectativas da comunidade jurídica de modificação da legislação nos últimos 30 anos. A opinião é do desembargador Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ). Para o magistrado, apesar da demora no trâmite legislativo, que se prolongou por mais de 25 anos, o código trouxe importantes mudanças, em especial nos contratos. Sanseverino lembrou que no Código de 1916 o prazo de prescrição relativo a direitos pessoais era de 20 anos. No atual, caiu para 10 anos, chegando a três em algumas situações, como em ações reparativas de danos. As avaliações ocorreram durante debate sobre o novo Código, no programa TV Justiça, produzido pelo setor de Comunicação do TJ. Ele enfatizou que o atual Código sustenta-se em quatro pilares: capacidade de resolver os problemas práticos da vida em sociedade, sistematicidade, ética e preocupação com a função social dos meios jurídicos. Juizado implanta processo eletrônico Foi implantado, ontem, no Juizado Especial Federal Cível de Londrina (PR), o Processo Eletrônico, sistema que elimina o uso de papel e dispensa o deslocamento dos advogados à sede da Justiça Federal. A partir dessa sistemática, a ação será toda virtual, com os atos processuais realizados em meio digital, desde a petição inicial até o arquivamento. A instalação desse projeto piloto de Processo Eletrônico contou com a presença dos desembargadores federais Vilson Darós, corregedor-geral da Justiça Federal e coordenador-geral dos JEFs na 4ª Região, e Tadaaqui Hirose, ambos do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, além de diversos juízes, entre esses o coordenador do projeto, juiz federal Sérgio Renato Tejada Garcia. O sistema funcionará inicialmente como experiência piloto em quatro cidades da Região Sul. Ainda neste mês, serão implementados o sistema de Processo Eletrônico em Florianópolis (dia 15), Blumenau (dia 16) e em Rio Grande (dia 28). GERAL QUARTA-FEIRA, 9 de julho de 2003 — 7