Processo Eletrônico, uma grande piada. Quando da implantação do processo eletrônico esperavam os advogados uma celeridade processual, a altura do merecimento dos seus custos. Talvez a última esperança de um cenário emperrado a beira da morte. Já diziam Ministros do STF e STJ, “a Justiça é uma velha cheia de reumatismo e emperrada”. Pois bem, aqueles que militam sabem muito bem de quem é a celebre expressão entre outras Eu um simples mortal, advogado, diria: “é um remédio mal administrado.” A doença do judiciário não é a implantação de um sistema que já se mostrou inoperante, e que não desafiem o signatário, pois as provas estão para todos verem no site do TJ/RJ desde a famosa juntada que demora de 30 a 60 dias. E ai se pergunta: De que adiantou o sistema. E não adiantará como não adiantou construir, construir, e não colocar pessoas. Os prazos só correm para os advogados, coitados sem uma representação a altura para reclamar, a despeito do muito que tem sido feito nas duas últimas gestões, as anteriores eram só políticas... Mas voltando ao mote da questão. Não adianta reclamar e nem tem a quem se reclamar. A coisa virou “samba do crioulo doido”, ou seja, ninguém liga para nada. Reclamar na Ouvidoria... perda de tempo; na Corregedoria já tem até texto pronto, (e haja processos sumindo quando da ida para as Instâncias superiores), e a celeridade tão almejada, fica sempre menoscabada. O que falta Srs. Administradores, ou quem quer que seja, é: Primeiro um passeio aos corredores da primeira Instância, vendo de perto as mazelas que ali acontecem; Abrir as portas dos gabinetes aos advogados, efetivos colaboradores na forma do estatuto que já há muito parece ter sido revogado , mas está em vigor; Acabar com as construções nababescas, e colocar funcionários para trabalhar. Minimizar os problemas de imediatos inexistentes criados por um mal gerado sistema de informática. Abrir os gabinetes para que se veja o servidor em trabalho. Coibir o não atendimento a advogados, barrados às vezes por sisudos “secretários” alguns nem concursados; Certamente nesse momento começará um novo rumo para uma justiça célere e justa, pois o povo e os operadores do Direito já há muito estão desacreditando desta. Saudades de tempos de outrora onde Desembargadores se relacionavam com advogado e mantinham suas portas abertas, e os atendiam com a cortesia que merecem, valendo o refrão: Sem advogado não há Justiça, e eu diria todos até os das mais altas cortes de nosso país, nunca deveriam esquecer que foram e sempre serão “advogados”, elementos primordiais, e cruciais para o inicio de uma brilhante carreira publica até seu ápice. Se todos dessem as mãos, e efetivamente praticassem o instituído no Estatuto da Advocacia, o início de uma nova era seria rapidamente reconhecido. José Sobral Pinto