SILAGEM DE MILHO DOW AGROSCIENCES. Qualidade em nutrição é herança de família. Guia de SilaGem 2011 DOW AGROSCIENCES SEMEANDO CONHECIMENTO Ao semear conhecimento, a Dow AgroSciences de silagem e os nossos melhores híbridos de milho participa do processo de desenvolvimento de para esse fim. tecnologia e difusão de informações. Detendo o conhecimento, o produtor pode tomar decisões A informação contida neste guia tem o objetivo de adequadas para sua realidade, visando o aumento ajudá-lo a enfrentar os longos e inevitáveis períodos do valor agregado e da rentabilidade do seu negócio. de estiagem, sem comprometer a produção de leite e carne, obtendo a melhor relação custo/benefício, A Dow AgroSciences tem compromisso com o com o uso da silagem de milho. desenvolvimento e a comercialização de produtos diferenciados e de alta qualidade que atendam às suas Para nós, da Dow AgroSciences, o caminho para necessidades e expectativas. Além disso, buscamos o sucesso é a parceria com você, agricultor e levar, juntamente com nossos produtos, informação agropecuarista. Entendemos que essa parceria se e tecnologia diferenciada seja qual for seu sistema faz com resultado e seriedade. de produção. Com essa visão, a Dow AgroSciences elaborou o Guia de Silagem e Alimentação Animal, Colha o seu resultado com a ajuda e a parceria onde você encontrará as etapas críticas da produção da Dow AgroSciences. PRODUÇÃO DE SILAGEM DE MILHO NO BRASIL Embora não haja dados oficiais recentes, a área cultivada de milho, anualmente, para a produção de silagem no Brasil varia entre 800 mil a 1,2 milhões de hectares. A maior parte está concentrada nas regiões de produção leiteira e a variação se deve, principalmente, ao preço do leite. Segundo levantamento da safra 2009/2010 (verão/ safrinha), estima-se uma área plantada no Brasil de 896.000 ha de milho destinado à silagem. Estimativa da Área de Silagem Milho no Brasil Fonte: Kleffmann Group Guia de SilaGem 2011 ÍNDICE SILAGEM DE PLANTA INTEIRA POR Que CONSeRVaR FORRaGeNS?..........................................................6 eNSilaGem ..................................................................................................6 alTuRa de CORTe e COlHeiTa...................................................................8 ReCOlHimeNTO e eNCHimeNTO dO SilO .................................................9 COmPaCTaÇÃO..........................................................................................10 FeCHameNTO ............................................................................................ 11 TamaNHO dO SilO .................................................................................... 11 TiPOS de SilO ............................................................................................ 11 aBeRTuRa dO SilO ...................................................................................12 eSCOlHa dOS HÍBRidOS ..........................................................................13 ÉPOCa de PlaNTiO ...................................................................................14 FeRTiliZaÇÃO ............................................................................................14 eSCalONameNTO dO PlaNTiO e PROGRamaÇÃO de CORTe PaRa eNSilaGem ....................................................................................15 SILAGEM DE GRÃOS ÚMIDOS uSO de SilaGem de GRÃOS ÚmidOS......................................................17 TeCNOlOGia de eNSilaGem ...................................................................18 ValOR NuTRiTiVO e deSemPeNHO aNimal ............................................19 SilaGem de GRÃOS ÚmidOS Na alimeNTaÇÃO de BOViNOS...............19 SilaGem de GRÃOS ÚmidOS Na alimeNTaÇÃO de SuÍNOS .................19 HÍBRIDOS DE MILHO PARA SILAGEM HÍBRidO 2a106 ......................................................................................... 20 HÍBRidO 2a120Hx..................................................................................... 22 HÍBRidO 2B433Hx .................................................................................... 24 HÍBRidO 2B688Hx .................................................................................... 26 ANEXO .................................................................................................. 29 BIBLIOGRAFIA ................................................................................. 30 4 PRODUTIVIDADE COM ALTA QUALIDADE NUTRICIONAL HÍBRIDOS DE MILHO DOW AGROSCIENCES GRÃO E SILAGEM 5 Guia de SilaGem 2011 SILAGEM DE PLANTA INTEIRA “a qualidade da silagem se resume na importância que é dada não apenas ao volume de material ensilado, mas sim, ao valor nutricional da matéria seca armazenada. 62% a 65% do conteúdo de um silo é preenchido por água. a matéria seca deve ser devidamente analisada e valorizada nutricionalmente pelo conteúdo de Nutrientes digestíveis Totais (NdT), sendo diretamente proporcional à quantidade de amido, açúcares, proteína, gordura e fibras digestíveis.” Fonte: Antônio Luiz Fancelli / Durval Dourado Neto POR QUE CONSERVAR FORRAGENS? 6 Os produtores que criam seus animais em pastagem têm que encontrar alternativas para lidar com a estacionalidade de produção das forrageiras. Como o número de animais de um rebanho permanece constante ao longo do ano, mas o mesmo não acontece com a produção da forrageira, há a necessidade da suplementação alimentar. Por exemplo, no norte do Paraná, as espécies do gênero Panicum têm 80% da sua produção concentrada entre os meses de novembro e fevereiro. A alternativa de melhor custo/ benefício ao pecuarista é o armazenamento de volumosos, com destaque para a silagem de milho que, além de volumosa, contém alta energia. A conservação de alimentos por ensilagem é uma técnica bastante antiga, sendo utilizada há pelo menos dois mil anos. Na ensilagem, utiliza-se o processo de fermentação anaeróbica (sem oxigênio) para a conservação da forragem. A necessidade de conservação de forragem foi observada primeiramente em países de clima frio, devido aos longos períodos de inverno, caracterizados por neve e gelo. A produção de feno e de silagem, nessas condições, foi e continua sendo indispensável para a pecuária de corte e de leite. A forragem ensilada passa por vários e complexos processos bioquímicos e microbiológicos, comumente chamados de fermentação. As plantas após colhidas e picadas ainda possuem células vivas que continuam respirando, consumindo oxigênio e carboidratos. O uso de silagem e/ou feno, nos países tropicais, não era difundido como nos países de clima frio. A tecnificação e a intensificação da produção pecuária de leite e de carne, entretanto, trouxeram a necessidade de suplementar os animais durante todo o ano, ou parte dele, com forragem conservada. A conservação visa o armazenamento de um alimento, de forma que se possa manter o seu valor nutritivo por um longo período. Essa técnica deve diminuir o máximo das perdas quantitativas e qualitativas. Na produção de silagem de milho, perdas de ate 15% são consideradas aceitáveis. Tais perdas são referentes principalmente ao processo de ensilagem e de fermentação. As maiores mudanças, durante o processo de fermentação, ocorrem com os carboidratos solúveis, produzindo ácidos orgânicos e álcool. O milho tem sido a espécie mais utilizada no processo de ensilagem. Sua popularidade deve-se à facilidade de cultivo e à alta produção de MS associada ao alto teor de energia por unidade de área. ENSILAGEM A fase chamada de aeróbica se caracteriza pela presença de oxigênio junto à massa picada, quando ocorre a respiração, que utiliza oxigênio do ar e os carboidratos solúveis presentes na massa, produzindo gás carbônico, água e gerando calor. Esse processo representa perda de matéria seca, na forma de açúcares ricos em energia, que poderia ser usada pelas bactérias produtoras de ácido lático ou pelos animais como fonte de energia. A fase anaeróbica inicia-se logo após a expulsão do oxigênio, havendo um rápido crescimento dos micro-organismos anaeróbicos, principalmente as enterobactérias produtoras de ácido acético, e diversos tipos de bactérias heterofermentativas tolerantes ao ácido acético e ao calor remanescente da respiração da fase anterior. Haverá, então, produção de ácido lático e etanol e o pH cai abaixo de 5. A partir desse ponto, aumenta a população de bactérias produtoras de ácido lático, fazendo com que o pH diminua rapidamente para valores abaixo de 4. Gradativamente, a população dessas bactérias cai e o processo de fermentação finaliza, garantindo a conservação do alimento até que o silo seja aberto, voltando a ter contato com o ar. O processo de ensilagem deve ser conduzido no sentido de minimizar as perdas de energia e maximizar a produção de ácidos graxos (acético, propiônico, lático, etc.). Desses, o ácido lático é o mais eficiente em baixar a acidez e manter a estabilidade da silagem. Fases do Processo de Fermentação Bactérias lácticas Oxigênio NÍVEL pH Oxigênio Fase aeróbica 0 Fase anaeróbica 1 Fase estável (estocagem) Fase de abertura e uso da silagem 14 TEMPO (dias) Fonte: Adaptação de Pitt e Shaver, University of Wisconsin, 1990. Analisando o processo de ensilagem de milho, podem ser apontados os principais fatores que afetam a qualidade da silagem: • Matéria seca ou umidade da silagem; • Tempo de enchimento do silo; • Tamanho de corte ou picagem e processamento do grão; • Compactação da silagem; • Método de retirada da silagem; • Tipo de silo; • Abertura do silo; • Híbridos de milho; • Clima. Avaliando-se cuidadosamente esses fatores, pode-se dizer que apenas o clima não sofre influência direta do produtor. Assim, conclui-se que 90% da qualidade da silagem depende das decisões tomadas pelo produtor. 7 Guia de SilaGem 2011 ALTURA DE CORTE E COLHEITA O milho deve ser cortado, picado e imediatamente transportado para o silo onde será estocado. O milho deve ser cortado quando a planta inteira apresentar entre 30% e 40% de matéria seca, ou seja, no ponto em que os grãos estiverem entre as fases de textura pastosa (linha do leite em 1/3) a farináceo-duro (linha do leite em 2/3). Em geral, uma altura de corte mais alta resulta em um aumento de kg leite/ton de silagem e uma pequena redução em kg leite/ha. A escolha de aumentar a altura de corte acima da ideal depende da qualidade de silagem disponível, do planejamento financeiro, do potencial produtivo do rebanho e do custo dos outros alimentos na dieta. É importante verificar se necessitamos de quantidade de matéria seca ou de qualidade, pois altura de corte elevada sacrifica a produtividade em prol da alta qualidade. De modo geral para vacas de alta produtividade, uma diminuição da fibra e aumento da digestibilidade acarreta em um consumo maior de silagem, o que pode ocasionar uma economia na dieta total (cada produtor é um caso). Silagens mais úmidas, com matéria seca menor que 25%, produzem maior quantidade de efluentes e são responsáveis pela perda de nutrientes de alta digestibilidade (carboidratos e proteínas), e o consumo voluntário dessa silagem é reduzido para 75% em relação às silagens mais secas. Esses efluentes representam perda de matéria seca e energia, e são grandes agentes poluidores devido ao seu grande poder corrosivo. VALOR NUTRITIVO DE SILAGENS DE MILHO Feitas em Diferentes Estágios de Maturidade dos Grãos Parâmetro MS% tMS/ha PB% FDA% FDN% DigMS% Início Dente 27 14 9,9 24,3 48 79 1/2 Linha Leite 34 15,8 9,2 22,8 45,1 80 3/4 Linha Leite 37 16 8,9 23,8 47,3 79,6 Ausência Leite 40 15,8 8,4 24 47,3 78,6 Fonte: Adaptado de Wiersma et al (1993). Tamanho de partículas O tamanho das partículas está diretamente relacionado com a facilidade de compactação e com a densidade do silo. O tamanho ideal das partículas está entre 0,5 e 1,5 cm. Nessas condições, ocorre maior contato físico entre as partículas, o que facilita 8 a expulsão do ar. Isso proporciona condições para uma fermentação predominantemente anaeróbica e, consequentemente, aumenta a qualidade da silagem e a capacidade de armazenamento de matéria seca por volume de silo. RECOLHIMENTO E ENCHIMENTO DO SILO Para o milho, a picagem deve ser entre 4 mm e 25 mm. A densidade adequada para a boa preservação da silagem é de 550 a 650 kg/m3 e, para isso, é necessário que a massa ensilada apresente tamanho médio de partículas de 15 mm. Para a produção de silagem de boa qualidade, é importante que o enchimento do silo seja rápido, estabelecendo assim uma condição de anaerobiose (eliminação total do oxigênio), o mais rápido possível. Quando forem necessários vários dias para o enchimento do silo, recomendamos o enchimento parcial, conforme mostra a figura seguinte. Assim será deixada menor quantidade de silagem em contato com oxigênio, evitando a fermentação aeróbica. Esquema de enchimento parcial do silo 1º dia 2º dia 3º dia Silo pronto Se houver risco de chuva deve-se cobrir o silo com lona plástica. 9 Guia de SilaGem 2011 COMPACTAÇÃO O sucesso da ensilagem depende, entre outros fatores, da compactação. Esse procedimento promove a remoção do ar do silo, evitando o prolongamento da vida das bactérias aeróbias, prejudiciais para a fermentação. A compactação é facilitada pela picagem, e deve ser feita constantemente durante o enchimento. Maior peso/área Melhor compactação Silagens com teores muito altos de matéria seca apresentam mais problemas na compactação e, como consequência, fermentação. Quanto maiores os níveis de matéria seca do volumoso, menores devem ser as partículas na picagem. Com relação ao milho, silagens com níveis altos de matéria seca apresentam mais um limitante no que diz respeito aos grãos, já que estes são mais difíceis de serem quebrados. A maioria passa inteira pela ensiladeira e, assim, os grãos não serão bem aproveitados pelos animais. As novas ensiladeiras, principalmente as importadas da Europa e dos Estados Unidos, são equipadas com um mecanismo que quebra ou amassa os grãos, permitindo assim o seu melhor aproveitamento. 10 A melhor forma de compactação se faz com tratores que apresentam maior peso aplicado sobre o solo (maior peso por área), como mostra a foto. Tratores com pneus largos e/ou com montagem dupla e tratores esteiras são os menos recomendados para a realização desse trabalho, pois o peso por área é menor (menor pressão). Ver ilustração. Menor peso/área Compactação prejudicada Recomenda-se a utilização de ensiladeiras que piquem a forragem em partículas, no menor tamanho possível, entre 4 mm e 25 mm. A picagem mais fina ajuda na compactação, pois facilita a retirada do ar, diminuindo as perdas com fermentações aeróbias. A qualidade da picagem não depende somente da máquina, mas também da regulagem desta. Facas e contrafacas afiadas, em condições adequadas para a realização do trabalho, são fatores relacionados com a velocidade e a qualidade com que se realiza o trabalho. A afiação deve ser feita pelo menos duas vezes ao dia. FECHAMENTO Após o enchimento do silo, deve-se vedar o produto conservado com lona plástica para que o oxigênio não entre na silagem. Apesar de a lona fechar o silo, é importante que se use algum artifício que possa evitar a entrada de ar por baixo da lona, prejudicando a fermentação e aumentando as perdas. O uso de pneus cortados tem sido muito frequente e com bom resultado. Outra alternativa é a colocação de uma camada de 10 cm de terra por cima da lona. Essa prática traz a vantagem, ainda, de amenizar as altas temperaturas na camada superficial do silo. Entretanto, deve-se tomar cuidado no momento de abertura e uso do silo para que a terra não se misture com a silagem, prejudicando sua qualidade. Cobertura do silo com lona plástica Camada de terra Lona plástica SILAGEM Silo tipo trincheira TAMANHO DO SILO TIPOS DE SILO O tamanho do silo está relacionado, em primeiro lugar, com o consumo diário, o qual deve ser pelo menos uma fatia ou faixa transversal de 20 cm, de cima até embaixo, sem que sejam deixadas sobras. Evita-se, assim, a possibilidade de ocorrer deterioração. Entre os vários tipos de silos, destacam-se o silo trincheira, o silo de superfície e silo tipo “bag”. A largura do silo deve ser de pelo menos 3,5 m para permitir uma compactação adequada (largura do trator) e a altura está relacionada com o consumo diário. A capacidade de corte e enchimento relacionase com o comprimento do silo. O silo de superfície é mais barato, porém, nesse tipo de silo, as perdas de silagem durante sua confecção e conservação são maiores. O silo trincheira é o mais indicado, principalmente para milho, já que é mais fácil de planejar a quantidade de volumoso para encher o silo. 11 Guia de SilaGem 2011 ABERTURA DO SILO Quando o silo é aberto, o material ensilado entra em contato com o ar, dando início ao processo de deterioração aeróbia, que se manifesta através da elevação da temperatura e do aparecimento de fungos. O processo de deterioração está diretamente relacionado com o fechamento do silo, com a compactação, com o procedimento de retirada do material e os cuidados que se tem após a abertura do silo. Quando o pH não atinge os níveis ideais de acidez na ensilagem, devido a uma fermentação anaeróbia inadequada, bactérias e demais micro-organismos irão reiniciar o processo de putrefação após a abertura do silo. Se os açúcares não tiverem sido transformados em ácidos, as leveduras poderão reiniciar seus “trabalhos”. O manejo ideal desse volumoso prevê a confecção imediata de uma dieta completa, ou seja, mistura com ingredientes concentrados e premix, para o pronto fornecimento aos animais. Deve-se evitar que a silagem fique mais de quatro horas sobre as carretas, pois o material sofrerá, com o aquecimento, elevada perda energética, diminuindo assim a procura e a ingestão pelos animais. Durante o consumo, podem ocorrer muitas perdas de matéria seca e valor nutritivo. Como já foi mencionado anteriormente, deve-se consumir pelo menos uma faixa diária de 20 cm, a fim de evitar o aquecimento e a deterioração. No mínimo 20 cm/dia VISTA LATERAL CERTO 4º 3º 2º 1º Dias VISTA LATERAL 1º Dia 2º Dia 3º Dia 4º Dia 12 ERRADO ESCOLHA DOS HÍBRIDOS Características importantes para escolha dos híbridos • Adaptado à região e com potencial produtivo de grãos; • Estabilidade de produção; • Alta produção de matéria seca; • % de grãos na matéria verde; • Alta digestibilidade de fibras (FDN digestível); • Resistência às doenças; • Stay green; • Grãos macios e longos; • Ponto de corte prolongado. O primeiro passo para garantir uma alta produtividade de matéria seca será a escolha de híbridos bem adaptados à região e à época de plantio em que se pretende instalar a cultura. Em relação ao conteúdo energético e ao consumo, devem-se selecionar híbridos com um bom equilíbrio de grãos e fibra digestível. estabilidade agronômica a campo. Ou seja, podem-se aliar altas produções de massa verde por hectare com qualidade, resultando em ganhos de produtividade. Para o agropecuarista, isso significa a possibilidade de reduzir seus custos de alimentação para gado de leite e corte, devido a menor suplementação energética, além de alcançar maiores níveis de produção. Atualmente é possível identificar híbridos de alta produtividade de grãos e, simultaneamente, colmo de bom valor nutritivo, sem que haja perda de SUGESTÃO DE PADRÕES BROMATOLÓGICOS IDEAIS Matéria Seca (%) Proteína Bruta (%) Extrato Etéreo (%) 33 a 35 (32 a 40) 6a8 2a3 FDA (%) FDN (%) NDT (%) < 30 < 50 > 65 Resíduo Mineral (%) 2a4 Amido Digestiblilidade (%) (%) 30 a 40 > 55 13 Guia de Silagem 2011 ÉPOCA DE PLANTIO A época de plantio tem grande influência na produção. O milho precisa ser plantado na época recomendada. Quando o plantio é feito fora dessa época, temos um risco maior de obter uma produção inferior, tanto em relação ao volume de massa como também uma menor participação de grãos, diminuindo-se o valor nutritivo da silagem. Deve-se ter consciência de que o milho que produz menos grãos também tem um menor valor nutritivo como silagem. Quando grandes áreas são cultivadas para silagem, devemos ter o cuidado de planejar o plantio e a escolha dos híbridos em função da estrutura disponível para a colheita, escolhendo híbridos de ciclos diferentes ou escalonando o plantio. É importante que cada gleba seja colhida em até 10 dias, pois, em média, após o estágio de grão leitoso, a planta apresenta um aumento diário de 0,5% no teor de matéria seca, passando de 30% para 35% de MS. Portanto, os híbridos de milho mantêm seu ponto em que as plantas terão maximizado sua produção de matéria seca e valor nutritivo. FERTILIZAÇÃO Ao se cortar forragens para ensilagem, são retirados do solo elementos como fósforo, enxofre, potássio, cálcio, magnésio, nitrogênio e também microelementos como zinco, cobre, manganês e outros. Quando se faz uma adubação química ou orgânica inadequada, essas áreas 14 ficam empobrecidas de minerais e não mantêm a produção esperada. O solo é mais exigente quando se cultiva milho para silagem, devido à retirada total dos nutrientes. Portanto, a adubação de plantio nas áreas destinadas para silagem deve ser maior do que quando for destinado a grão. ESCALONAMENTO DO PLANTIO E PROGRAMAÇÃO DE CORTE PARA ENSILAGEM A semeadura das áreas de produção deve ser de acordo com a perspectiva de colheita e com o ponto de colheita desejado. Linha do leite 2/3 Após o estágio de grão leitoso, o material sofre, em média, aumento diário de 0,5% no teor de matéria seca, determinando um intervalo de 10 dias para “janela de corte”, com evolução de 5 unidades percentuais em matéria seca (30% a 35%). Esse período compreende estágios fisiológicos de maturação da planta, com gradientes no teor de umidade da planta (65% – 70%) e textura dos grãos (linha do leite entre 1/3 e 2/3 do grão). Esses estágios são considerados aceitáveis para a maximização da produção e qualidade de silagem de milho. Como média na região Sudeste, somente 60% do período descrito como ideal para colheita da forragem é efetivamente utilizado, devido às consequências do período chuvoso. Assim, dos 10 dias de evolução fisiológica, somente 6 dias são úteis para o corte. A área que pode ser cortada durante esse período está relacionada à capacidade de corte das ensiladeiras disponíveis para a ensilagem e à capacidade de transporte e enchimento do silo. A capacidade de ensiladeiras de uma linha é estimada entre 10 e 20 toneladas por hora trabalhada. Utilizando-se máquinas de duas linhas, essa capacidade dobra. Máquinas automotrizes têm capacidade ainda maior de corte, dependendo do número de linhas e do sistema de corte. A programação do plantio e a escolha dos híbridos devem ser relacionadas com todos esses fatores. Em propriedades com áreas de milho destinadas à silagem, pode-se escalonar a época de plantio e também utilizar híbridos com ciclos diferenciados. A linha do leite deve ser utilizada como um indicador de quando iniciar o monitoramento da umidade da planta inteira. A linha do leite é a parte farinácea do grão, formada de fora para o centro da espiga. 15 Guia de SilaGem 2011 O ideal é verificar o ponto de ensilagem pelo teor de matéria seca das plantas. O resultado de inúmeras pesquisas no Brasil e no exterior mostra que o teor de MS ideal é de 33 - 35%, sendo o mínimo de 30% e o máximo de 40%. Nesse intervalo, o produtor garante alta participação de grãos na silagem, produtividade, boa digestibilidade do amido dos grãos e da fração fibra. Além disso, com teores de 30% a 35% de MS se consegue melhor compactação e melhor fermentação da silagem, reduzindo as perdas de matéria seca e favorecendo a conservação da silagem. Silagens colhidas com teores abaixo de 30% resultam em baixa produtividade, baixo teor de amido, aumento das perdas de matéria seca no silo, elevada acidez e instabilidade da atividade aeróbica (ácido butírico). Por outro lado, teores de umidade acima de 40% resultam em redução da digestibilidade do amido e da fração fibra, maior dificuldade em cortar e processar a silagem com tamanhos desejáveis e dificuldade de compactação, o que prejudica o processo de fermentação. Se a compactação não é adequada, fica uma maior quantidade de O2 na massa, o que irá aumentar as perdas de MS, favorecendo o desenvolvimento de fungos e reduzindo a qualidade da forragem. Nos dois casos, a qualidade da silagem é afetada negativamente, o que acarretará uma diminuição do potencial de ingestão dessas silagens. 110 PRODUÇÃO RELATIVA DE MATÉRIA SECA Porcentagem relativa de NDT 100 90 Consumo potencial relativo de MS Grãos 80 70 Curva média de produção de MS de milho e participação das frações da planta Sabugo, palha ou raquis Folha seca Folha verde PONTO IDEAL 10 20 30 40 50 60 70 80 90 DIAS APÓS O PLANTIO 50 40 30 20 10 Colmo e bainha 0 60 100 110 120 0 130 140 10.0 12.0 15.0 18.0 24.0 28.0 33.0 35.0 40.0 50.0 TEOR DE MATÉRIA SECA (%) Fonte: Departamento de Desenvolvimento de Produtos Dow AgroSciences. 16 SILAGEM DE GRÃOS ÚMIDOS Silagem de grãos úmidos é o produto final da conservação em ambiente anaeróbico (sem oxigênio) de grãos colhidos logo após a maturação fisiológica. Esse é o momento em que os grãos terão acumulado o máximo de matéria seca e seu teor de umidade estará ao redor de 30%, o que ocorre entre 50 e 65 dias após o florescimento. Influência da idade da planta sobre a umidade e peso da semente de milho 100 35 90 30 25 70 60 Maturação Fisiológica 20 50 15 40 30 10 PESO DE 100 SEMENTES (g) (%) TEOR DE UMIDADE 80 20 5 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 DIAS APÓS O FLORESCIMENTO Fonte: Departamento de Desenvolvimento de Produtos Dow AgroSciences. A ensilagem como forma de conservar grãos de cereais, especialmente de milho, é utilizada há vários anos nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, a tecnologia ainda é pouco difundida, tendo sido introduzida no início da década de 1980, com o objetivo de aumentar a eficiência da alimentação de suínos e, posteriormente, passou a ser empregada na bovinocultura e na avicultura. USO DE SILAGEM DE GRÃOS ÚMIDOS Vantagens Desvantagens • Antecipação na colheita em três a quatro semanas, permitindo liberar a área para plantio subsequente; • Impossibilidade de comercialização dos eventuais excedentes de produção; • Redução de perdas a campo por condições climáticas adversas, ataque de pássaros e insetos, além de diminuir a presença de fungos; • Baixos investimentos para armazenagem; • Impossibilidade de armazenar a ração misturada, e necessidade de formulação diária da dieta; • Necessidade de uma estrutura específica para armazenamento. • Menor custo de produção em relação ao grão seco; • Melhor desempenho animal; • Melhora a digestibilidade, aumentando o valor nutritivo; • Reduz o custo do frete. 17 Guia de SilaGem 2011 TECNOLOGIA DE ENSILAGEM A tecnologia de ensilagem de grãos deve seguir os mesmos princípios utilizados para conservação de forrageiras, tomando-se todos os cuidados com relação à colheita, carregamento, compactação, vedação e posterior descarregamento do silo. Logo após a colheita, os grãos devem ser quebrados ou laminados e devidamente compactados. Para uso em alimentação de suínos, recomenda-se moer finamente (peneira de 8 mm). Para bovinos, uma moagem grossa é suficiente, ou seja, quebrar em 3 ou 4 pedaços. A ensilagem de grãos inteiros dificulta a compactação, o que pode ocasionar a indesejável fermentação aeróbica, especialmente após a abertura do silo. Outro fator determinante na qualidade final do produto é a quantidade de sabugo na silagem. Observa-se que a presença excessiva de sabugo aumenta o desenvolvimento de leveduras devido a maior exposição ao ar, recomendando-se um nível máximo de 6% de sabugo na mistura. Não se recomenda a utilização de silos de superfície que, por não possuírem paredes laterais, dificultam a compactação pelo deslizamento dos grãos. Deve-se dar preferência aos silos trincheira pela facilidade operacional, ou silos tipo “bag” disponíveis no mercado. A colheita antecipada reduz, significativamente, as perdas de matéria seca na colheita. O quadro seguinte mostra as perdas em função do tempo entre a maturação fisiológica e a colheita. PERDAS DE MATÉRIA SECA DE GRÃOS DE MILHO em Função do Tempo entre a Maturação Fisiológica e a Colheita Dias após a maturação fisiológica Teor de umidade Perdas (%) 6 25 1,5 10 23 2,5 20 20 3,0 25 18 5,0 Fonte: Adaptado de Weber (1995) citado por Costa (1999). 18 VALOR NUTRITIVO E DESEMPENHO ANIMAL O grão seco de milho, mesmo quando triturado ou parcialmente quebrado, é protegido pelo pericarpo, o qual é muito resistente à degradação microbiana e à digestão enzimática no intestino delgado. Um aumento na proporção de amido degradado no rúmen se traduz em melhor desempenho animal, com aumento de ganho de peso/kg de alimento e também em aumento no teor de proteína do leite. Os estudos com silagem de grãos têm constatado que há um aumento na digestão do amido dos grãos ensilados devido, sobretudo, à fragilização da matriz proteica que recobre os grãos de amido. A composição química da silagem de grãos úmidos pode variar em função do híbrido escolhido, do ponto de colheita, da proporção de sabugo presente na massa, entre outros fatores. Teores de umidade acima de 35% favorecem as perdas de MS, podendo alterar, significativamente, os conteúdos de nitrogênio e carboidratos solúveis. Com umidade muito baixa, ao redor de 18%, não se consegue uma boa fermentação e as perdas normalmente são elevadas. O amido conservado na forma de silagem é digerido, em sua maior parte, no rúmen, e somente uma pequena fração dele, no intestino. FORMAS DE PROCESSAMENTO DE GRÃOS DE MILHO E SÍTIOS DA DIGESTÃO DO AMIDO Digestão do amido (%) Formas de processamento Rúmen Inteiro Intestino Delgado Grosso 58,9 17,0 2,8 Quebrado 68,9 12,9 8,2 Moído 77,7 13,7 4,3 Ensilado 86,0 5,5 1,0 Fonte: Adaptado de Owens (1986) citado por Costa (1999). SILAGEM DE GRÃOS ÚMIDOS NA ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS A pecuária de corte brasileira tem apresentado nos últimos anos uma melhoria significativa em seus índices de desempenho. Em pecuária leiteira, tem sido crescente o uso de silagem de grãos úmidos com aumento na produção de leite e no teor de proteína bruta do leite. SILAGEM DE GRÃOS ÚMIDOS NA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS Alguns estudos realizados no Brasil e no exterior têm demonstrado que a silagem de grãos úmidos pode substituir, com vantagem, os grãos secos na alimentação de suínos. Em todas as fases (inicial, crescimento e terminação), os animais alimentados com silagem de grão de milho têm apresentado melhor conversão alimentar e melhor ganho de peso, com melhor digestibilidade, principalmente para leitões recém-desmamados que apresentam reduzida capacidade de acidificação dos alimentos no estômago. Além disso, não é relatado nenhum distúrbio digestivo em suínos. O processo de fermentação anaeróbica que ocorre na ensilagem de grãos úmidos propicia um produto com maior disponibilidade de energia, permitindo, ainda, manter o padrão de valor nutritivo por longo tempo. 19 Guia de SilaGem 2011 Silagem de qualidade com hiperprecocidade. ANÁLISE DE SILAGEM DOS HÍBRIDOS DOW AGROSCIENCES Simples Modificado Hiperprecoce Uso para grão e silagem Pontos fortes: • Silagem de planta inteira e grãos úmidos; • Excelente arquitetura de folhas e planta; • Hiperprecocidade com alta produção de silagem por área; • Alta produção de nutrientes digestíveis totais (NDT) por área; • Fibra de alta digestibilidade; • Elevada participação dos grãos na silagem; • Elevado valor energético na silagem. 20 RESULTADOS DE ANÁLISES BROMATOLÓGICAS DO HÍBRIDO 2A106 Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Título Local Safra Competição de genótipos de milho para silagem Castro - PR 2008/2009 População Final (pl.ha-1) Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) 76042 57410 37 21301 6 Genótipo Dow 2A106 Ciclo FDA FDN NDT Rendimentos Grãos (%) (%) (%) (kg.ha-1) 27 48 69 11959 Silagem (dias) Colheita (dias) Puccinia sorghi 85 135 164 1 Phaeosphaeria Cercospora e. turcicum 0 0 0,56 VRN (%) Doenças Ponto Silagem (0 - 10) Floração (dias) Relação Grãos / Massa Leite Estimado Stenocarpella 2 1 (kgT1 MS) (kg.ha-1) 941 20045 135 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Local Safra Castro - PR 2009/2010 População Final (pl.ha-1) Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Ciclo Silagem (dias) 81250 67308 30 19995 7 29 50 67 123 Genótipo Dow 2A106 VRN (%) Doenças Ponto Silagem (0 - 10) Puccinia sorghi Puccinia polysora Phaeosphaeria Cercospora 0 0 0 1 e. turcicum Stenocarpella 1 0 Leite Estimado (Kg T1 MS) (Kg.ha-1) 836 16722 125 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) CONCURSO DE SILAGEM DE MILHO Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Título Local Safra 2º Concurso de Silagem de Milho Castro - PR 2009/2010 Híbridos Município MS (%) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Amido (%) pH P1 P2 P3 P4 VRN (%) Nota DOW 2A106 Castro 34 7 23 39 72 39 3,9 3 55 40 2 171 87 DOW 2A106 Carambeí 35 6 21 36 73 40 3,9 8 71 20 1 187 87 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) 21 Guia de SilaGem 2011 Silagem de qualidade com hiperprecocidade. ANÁLISE DE SILAGEM DOS HÍBRIDOS DOW AGROSCIENCES Simples Hiperprecoce Uso para grão e silagem Pontos fortes: • Silagem de planta inteira e grãos úmidos; • Alta produção de volumoso por área; • Excelente arquitetura de folhas e planta; • Precocidade com ampla janela de corte; • Alta produção de nutrientes digestíveis totais (NDT) por área; • Boa participação dos grãos na silagem; • Elevado valor nutricional na silagem. 22 Massa seca (kg.ha-1) Produção de massa - Curiúva 2010 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 17.205 17.022 16.872 16.851 16.359 16.048 DOW 2A120 DKB245 AG 9045 AS1596 DKB175 AG 2040 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) ANÁLISE BROMATOLÓGICA DO HÍBRIDO 2A120HX Fundação ABC e Cooperativa Castrolanda (COAC) Título Local Safra Competição de genótipos de milho para silagem (parcelão) Curiúva - Fazenda Estância Campeira 2009/2010 Genótipo Dow 2A120 População Final (pl.ha-1) Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Ciclo Silagem (dias) 73611 46806 37 17206 6 32 57 65 95 Data Semeadura: 10/10/2009 Data Corte: 17/01/2010 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Local Safra Castro - PR Verão 2009/2010 Genótipo Dow 2A120 População Final (pl.ha-1) Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Ciclo Silagem (dias) 71875 71940 27 19789 7 31 52 66 125 VRN (%) Doenças Ponto Silagem (0 - 10) Puccinia sorghi Puccinia polysora Phaeosphaeria Cercospora e. turcicum Stenocarpella 1 0 3 3 0 1 Leite Estimado (Kg T1 MS) (Kg.ha-1) 762 15083 119 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) CONCURSO DE SILAGEM DE MILHO 2º Concurso de Silagem de Milho da Fundação ABC - Safra Verão 2009/2010 Híbridos Município MS (%) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Amido (%) pH P1 P2 P3 P4 VRN (%) Nota Dow 2A120 Castro 29 7 23 42 72 31 3,8 3 72 23 2 158 77 Dow 2A120 Castro 27 8 26 47 69 32 3,8 6 76 18 1 134 65 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) 23 Guia de SilaGem 2011 Produção de silagem com alta qualidade nutricional. ANÁLISE DE SILAGEM DOS HÍBRIDOS DOW AGROSCIENCES Pontos fortes: • Silagem de planta inteira e grãos úmidos; • Produção de silagem com maior digestibilidade; • Estabilidade de produção com alta produção de nutrientes digestíveis totais (NDT) por área; Triplo Superprecoce Uso para grão e silagem 24 • Alta digestibilidade de fibra; • Facilidade na debulha com alta umidade; • Excelente adaptação em solos de média fertilidade; • Ampla adaptação em épocas de plantio; • Boa participação dos grãos na silagem; • Maior valor energético na silagem; • Permite escalonamento de colheita. ANÁLISE BROMATOLÓGICA DO HÍBRIDO 2B433Hx Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Título Local Safra Genótipos de milho para silagem na safrinha CDE Ponta Grossa (8B) 2008/2009 População Estrutura Final Plantas (pl.ha-1) (cm) Genótipo Dow 2B433 54167 Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Ciclo Silagem (dias) 34991 40 14077 7 26 48 69 109 204 Doença V8 VRN (%) Doenças Ponto Silagem (0 - 10) Puccinia sorghi Phaeosphaeria Puccinia sorghi Cercospora 3 19 0 8 Leite Estimado e. turcicum (Kg T1 MS) 2 135 945 (Kg.ha-1) 13306 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Local Safra Genótipo Dow 2B433 Castro 2009/2010 População Final (pl.ha-1) Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Ciclo Silagem (dias) 70313 50670 36 18359 7 25 44 70 119 VRN (%) Doenças Ponto Silagem (0 - 10) Puccinia sorghi Puccinia polysora Phaeosphaeria Cercospora e. turcicum Stenocarpella 0 1 1 0 0 1 150 Leite Estimado (Kg T1 MS) (Kg.ha-1) 1059 19444 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) 25 Guia de SilaGem 2011 Alta produção de silagem por área. ANÁLISE DE SILAGEM DOS HÍBRIDOS DOW AGROSCIENCES Pontos fortes: Triplo Precoce Uso para grão e silagem 26 • Planta de porte médio com alta produtividade de grãos; • Silagem de planta inteira e grãos úmidos; • Maior retorno dos investimentos em tecnologia; • Excelente participação de grãos na matéria seca; • Excelente potencial produtivo; • Estabilidade de produção com alta produção de nutrientes digestíveis totais (NDT) por área; • Alta digestibilidade de fibra; • Baixo teor de FDN; • Excelente janela de corte. ANÁLISE BROMATOLÓGICA DO HÍBRIDO 2B688Hx Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Título Local Safra Genótipo Dow 2B688 Competição de genótipos de milho para silagem Arapoti 2007/2008 População Final (pl.ha-1) Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Ciclo Silagem (dias) 63946 60278 32 19083 6 23 46 72 124 VRN (%) Doenças Ponto Silagem (0 - 10) Puccinia sorghi Phaeosphaeria Cercospora e. turcicum Stenocarpella 0 1 0 0 0 Leite Estimado (Kg T1 MS) (Kg.ha-1) 1048 19997 145 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Título Local Safra Genótipo Dow 2B688 Competição de genótipos de milho para silagem Arapoti 2008/2009 População Final (pl.ha-1) Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) 70573 69276 30 20851 7 25 52 70 Ciclo Rendimento Relação Grãos (kg.ha-1) Grãos/Massa 11435 0,55 VRN (%) Doenças Ponto Silagem (0 - 10) Leite Estimado Cercose. Floração Silagem Colheita Puccinia PhaeSteno(Kg T1 MS) (Kg.ha-1) (dias) (dias) sorghi osphaeria pora turcicum carpella (dias) 79 132 183 2 0 0 0 0 124 862 17974 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. Setor de Forragicultura. Local Safra Genótipo Dow 2B688 Castro 2009/2010 População Final (pl.ha-1) Massa Verde (kg.ha-1) Matéria Seca (%) Massa Seca (kg.ha-1) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Ciclo Silagem (dias) 70313 58351 33 19005 8 29 49 68 123 VRN (%) Doenças Ponto Silagem (0 - 10) Puccinia sorghi Puccinia polysora Phaeosphaeria Cercospora e. turcicum Stenocarpella 0 1 2 0 0 0 128 Leite Estimado (Kg T1 MS) (Kg.ha-1) 860 16336 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) 27 ENSAIO DE SILAGEM DO HÍBRIDO 2B688Hx Universidade de Passo Fundo. Setor de Forragicultura. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - Centro de Pesquisa em Alimentação - CEPA Produtor Município Data Análise Roni Frozzo Chapecó - SC 28/04/11 a 10/05/11 Resultados das Análises - Características Físicas e Químicas Ensaios Umidade e Substâncias Voláteis Base Úmida Base Seca Unidade 72,5 0,00 g/100g MS PB FDN FDA NDT Energia Líquida de Lactação Energia Líquida de Mantença 27,5 100 g/100g 2,26 8,22 g/100g 18,77 68,25 g/100g 8,21 29,84 g/100g 18,14 65,95 g/100g 0,41 1,5 Mcal/kg 0,45 1,63 Mcal/kg pH 3,69 - Ensaios Energia Líquida de Ganho Cálcio Base Úmida Base Seca Unidade 0,25 0,9 Mcal/kg 0,08 0,06 0,3 0,22 g/100g g/100g Fósforo Potássio Magnésio Sódio 0,24 0,89 g/100g 0,05 0,2 g/100g Digestibilidade Consumo Valor de Matéria Estimado da Relativo Seca Matéria Seca Alimento - 65,65 1,76 89,47 mg/kg g/100g kg/100gPV - Fonte: Universidade de Passo Fundo Universidade de Passo Fundo. Setor de Forragicultura. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - Centro de Pesquisa em Alimentação - CEPA Produtor Município Data Análise Marcos Canísio Spies Chapecó - SC 28/04/11 a 10/05/11 Resultados das Análises - Características Físicas e Químicas Ensaios Umidade e Substâncias Voláteis Base Úmida Base Seca Unidade 68,09 0,00 g/100g MS PB FDN FDA NDT Energia Líquida de Lactação Energia Líquida de Mantença 31,91 100 g/100g 2,19 6,87 g/100g 20,84 65,3 g/100g 8,17 25,6 g/100g 21,99 68,92 g/100g 0,5 1,57 Mcal/kg 0,55 1,71 Mcal/kg pH 3,94 - Ensaios Energia Líquida de Ganho Cálcio Base Úmida Base Seca Unidade 0,32 0,99 Mcal/kg 0,08 0,06 0,24 0,19 g/100g g/100g Fósforo Potássio Magnésio Sódio 0,17 0,53 g/100g 0,05 0,17 g/100g Digestibilidade Consumo Valor de Matéria Estimado da Relativo Seca Matéria Seca Alimento - 68,95 1,84 98,23 mg/kg g/100g kg/100gPV - Fonte: Universidade de Passo Fundo CONCURSO DE SILAGEM DE MILHO Fundação ABC para Assistência e Divulgação Técnica Agropecuária. Setor de Forragicultura. 2º Concurso de Silagem de Milho da Fundação ABC - Safra Verão 2009/2010 28 Híbridos Município MS (%) PB (%) FDA (%) FDN (%) NDT (%) Amido (%) pH P1 P2 P3 P4 VRN (%) Nota Dow 2B 688 Carambeí 34 7 27 49 69 37 3,9 10 62 27 1 129 69 Dow 2B 688 Arapoti 29 9 34 53 64 28 3,9 6 49 44 2 110 55 Dow 2B 688 Sengés 27 6 32 56 65 27 3,7 5 42 51 2 105 51 Fonte: Fundação ABC (Castro - PR) ANEXO: TERMOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DE FORRAGEM Matéria Seca (MS): A determinação da matéria seca é o ponto de partida da análise de alimentos e é feita submetendo-se o material original à secagem estufa para a retirada de toda a água. Se desejarmos comparar os resultados de análises realizadas em diferentes épocas, locais ou regiões, sempre fazemos com base em matéria seca. O conteúdo de MS é importante porque vai permitir o balanceamento correto da dieta final. Fibra em Detergente Neutro (FDN): É uma estimativa da porcentagem de parede celular, e é determinada pela digestão da forragem com reagentes específicos que solubilizam o conteúdo celular. A fração FDN contém celulose, hemicelulose, lignina e sais minerais. Os níveis de FDN nas forrageiras tropicais estão entre 48% e 60%. O conteúdo de FDN apresenta relação negativa com a taxa de ingestão de MS. Fibra em Detergente Ácido (FDA): É uma estimativa da fibra pouco digestível, sendo determinada pela digestão da forragem em reagentes específicos que solubilizam o conteúdo celular, a hemicelulose e parte da celulose. A fração FDA contém celulose, lignina insolúvel e sais minerais. A FDA tem correlação negativa com a digestibilidade da forragem. Os níveis de FDA nas forrageiras tropicais estão entre 22% e 36%. Lignina: Constitui a fração indigestível da forragem, determinada pelo tratamento da FDA por permanganato de potássio ou ácido sulfúrico. Silagens de milho contêm entre 3% e 9% de lignina. Digestibilidade: É a fração do potencial do alimento que é aproveitada pelo animal para suas funções de mantença e produção. A fração indigestível é excretada sob a forma de fezes, urina e outros exudados. Podemos determinar a digestibilidade da dieta total (digestibilidade da matéria seca), de frações da dieta (digestibilidade de matéria orgânica, FDN, FDA, etc.) ou de nutrientes isolados (digestibilidade da proteína, minerais, aminoácidos, etc.), havendo três métodos para sua avaliação: 1. Digestibilidade “in vivo”: É determinada diretamente com animais, fornecendo-se uma dieta conhecida e pesando ou estimando os dejetos, calculando-se a porcentagem digerida por diferença entre o ingerido e o excretado pelo animal. 2. Digestibilidade “in vitro”: É um processo de laboratório que simula a digestibilidade “in vivo”, avaliando a digestibilidade aparente da forragem. A amostra da forragem é incubada em um tubo de ensaio contendo fluido ruminal. Numa segunda etapa, adiciona-se pepsina e ácido clorídrico simulando a digestão no abomaso. Tem alta correlação com a digestibilidade “in vivo”. 3. Digestibilidade “in situ”: Estimativa da digestibilidade em que são usados animais fistulados, incubando-se a amostra do alimento em um saco de poliéster, diretamente no rúmen do animal. Tem alta correlação com a digestibilidade “in vivo”, sendo comum o uso da nomenclatura de degradabilidade “in situ”. Avalia a degradação potencial e efetiva da forragem. Proteína Bruta: É um termo que envolve grande grupo de substâncias com estruturas semelhantes, porém com funções fisiológicas muito diferentes. As proteínas são fundamentais na alimentação animal, uma vez que estão intimamente relacionadas com os processos vitais do organismo. Nutrientes Digestíveis Totais (NDT): O valor dos alimentos e as exigências energéticas dos animais podem ser expressas pelas várias formas de energia ou por meio de nutrientes digestíveis totais (NDT). A nova metodologia proposta pelo NRC (2001) nos permite calcular o valor de NDT através dos dados de composição do alimento, pelo somatório da digestibilidade dos Carboidratos não Fibrosos (dCNF), Proteína Bruta (dPB), Ácidos Graxos (dAG) e Fibra em Detergente Neutro (dFDN), conforme fórmula abaixo descrita. NDTa (%) = dCNF + dPBf + (dAG x 2,25) + dFDN – 7 29 Guia de SilaGem 2011 BIBLIOGRAFIA Literatura COSTA, C.; ARRIGONI, M.B.; SILVEIRA, A.C. & CHARDULO L.A.L. Silagem de grãos úmidos. In: Anais do 7º Simpósio sobre Nutrição de Bovinos. Piracicaba, FEALQ, pp. 69-87. 1999. JOBIM, C.C. & REIS, R.A. Produção e utilização de silagem de grãos úmidos de milho. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Piracicaba, FEALQ, pp. 912-927. 2001. HUBER, J.T., GRAF, G.C. & ENGEL, R.W. Effect of maturity on nutritive value of corn silage for lactating cows. J. Dairy Sci, 1965. pp. 1121-1123. NRC 2001. Nutrient Requirements of Dairy Cattle, Seventh Revised Edition, National Academy Press, Washington, DC. 2001. SANTOS, L.A. Silagem de Milho e Sorgo: Rendimento, qualidade e custo operacional. Pelotas, Universidade Federal de Pelotas. 131 p. 1996 (Dissertação de Mestrado). WILKINSON, J.M. The Ensiling of Forage Maize: Effects on Composition and Nutritive Value. Forage Maize. London Agricultural Research Council, pp. 201-237. 1978. FUNDAÇÃO ABC. Genótipos de milho para silagem safra 2009/2010. Relatório de pesquisa. Castro: Fundação ABC, 2010. Colaboração Equipe Dow AgroSciences: Eng. Agro. Breno Vieira - Marketing Developer Eng. Agro. Cleberson Santos - Marketing Developer Eng. Agro. Edson Tozetto - Marketing Developer Eng. Agro. Sandro Alves - Desenvolvimento de Produtos Eng. Agro. Vitor Cunha - Marketing Specialist Representantes Técnicos de Vendas/Franqueados Dow AgroSciences Revisão e Redação Final Equipe Dow AgroSciences: Eng. Agro. Anderson Versari - Desenvolvimento de Produtos Eng. Agro. Anibal Esteves - Líder Desenvolvimento de Produtos Eng. Agro. Cleberson Santos - Marketing Developer Eng. Agro. Fernanda Ferraro - Desenvolvimento de Produtos Eng. Agro. Gustavo Gonzaga Bueno - Gerente de Desenvolvimento de Produtos Eng. Agro. Paulo Robeto Salvador - Coordenador de Produção Eng. Agro. Silvano Souza - Gerente Desenvolvimento de Produtos Agradecimentos: Ao Engenheiro Agrônomo Igor Quirrenbach de Carvalho, Coordenador Forragicultura da Fundação ABC de Castro - PR, pela leitura, comentários e sugestões feitas sobre o texto original. Ao agropecuarista Sr. Raul Los e família, da Chácara Papagaios, em Castro - PR. 30 www.dowagro.com/br/produtos/sementes Cod. 11810/05/11 *Marcas registradas e de propriedade de Dow AgroSciences.