Ao Senhor Alexandre Abreu (Presidente do Banco do Brasil), Nós, funcionários do Banco do Brasil, vivemos uma situação de permanente insegurança, não sabendo por quanto tempo nosso setor vai continuar existindo e se nosso serviço vai continuar sendo feito onde estão atualmente. As reestruturações estão significando centralização, corte de direitos e redução no quadro de funcionários. O banco decidiu extinguir o CSL Recife e Rio de Janeiro, transformados em GENOP, com a diminuição de mais de 70 vagas em Recife e mais de 100 no Rio de Janeiro. No CSO, a centralização também vai continuar com a saída do setor de ações do Rio de Janeiro e de custas judiciais de Recife, além da centralização destes serviços no CENOP- SP. Muitos são funcionários que desempenham as funções na área meio do banco há anos. São colegas que se especializaram em administração contratos e licitação, por exemplo. Colocar estes funcionários para trabalhar na rede é uma irresponsabilidade, além de uma perda de conhecimentos ao longo dos anos investidos em suas formações. Mas as reestruturações não acontecem somente no CSL Rio ou em Pernambuco. No CENOP logística toda área de licitações vai ficar em São Paulo. Já a área de suprimento e patrimônio vai ficar em Curitiba e a de contratos em BH. Não existe nenhuma segurança que estas áreas vão continuar com a mesma dotação e com as mesmas comissões. As GECEX Negociais e os CSA’s, que acabaram de passar por um processo de reestruturação, devem enfrentar novas mudanças. Mas não são somente as reestruturações que estão acabando com a tranquilidade dos funcionários. Como o Senhor sabe o banco tem avançado na terceirização. No imobiliário, vários serviços, como as operações de financiamento que envolve imóvel usado, foram para Goiânia, terceirizada pela BBTS. Na primeira semana de agosto, foi anunciado aos funcionários da GERAC Imobiliário em São Paulo que parte do seu serviço vai ser terceirizado. Uma parte do setor, chamado do NUCAP também sofrerá com a terceirização. Este setor, que tem por volta de 20 funcionários, é responsável pela distribuição e triagem das análises de capacidade de pagamento para financiamentos de Pessoa Jurídica. É um trabalho que envolve a apreciação de documentação interna de empresas como demonstrativos de resultados, balanços e cadastro. Um trabalho claramente bancário. Além das questões levantadas acima, temos a questão do fechamento das agências no interior de São Paulo e Santa Catarina. Um banco público tem que respeitar seus funcionários. O resultado apresentado por ele não pode ser quantificado somente no seu lucro, precisa levar em conta seus funcionários e toda a sociedade. Neste sentido, solicitamos a suspensão das reestruturações e terceirizações dos vários setores, além da abertura de um diálogo com o conjunto do movimento sindical, que envolva os delegados sindicais dos setores que estão sendo reestruturados, a Comissão de Empresa da CONTRAF/CONTEC e eu, enquanto representante dos funcionários no Conselho de Administração. Juliana Publio Donato de Oliveira - Representante dos Funcionários no Conselho de Administração do Banco do Brasil