Sumário 5 Editorial 10 Cursos / Courses 11 Acontecimentos / Events 15 O que há de novo na Odontologia / What’s new in Dentistry 16 Insight Ortodôntico/ Orthodontic Insight 19 Entrevista com Vincent G. Kokich / Interview . Dr. Kokich foi presidente do American Board of Orthodontics (2000-2001) e da American Academy of Esthetic Dentistry. . Dr. Kokich was President of American Board of Orthodontics (2000-2001) and of American Academy of Esthetic Dentistry. Artigos Inéditos / Unpublished Articles 24. Análise facial numérica do perfil de brasileiros Padrão I Numeric facial analysis of the profile in Pattern I Brazilians Sílvia Augusta Braga Reis, Jorge Abrão, Leopoldino Capelozza Filho, Cristiane Aparecida de Assis Claro 35. Anquilose intencional dos caninos decíduos como reforço de ancoragem para a tração reversa da maxila. Estudo cefalométrico prospectivo Intentional ankylosis of the deciduous canines to enhance maxillary protraction. A prospective cephalometric analysis Omar Gabriel da Silva Filho, Terumi Okada Ozawa, Celeste Hiromi Okada, Helena Yuko Okada, Luciana Dahmen 45. A etiologia multifatorial da recessão periodontal The etiologic factors of periodontal recession Karen Ferreira Gazel Yared, Elton Gonçalves Zenobio, Wellington Pacheco 52. Estudo da degradação da força gerada por elásticos ortodônticos sintéticos Study of force degradation produced by synthetic orthodontic elastics Fabiana Ballete de Cara Araujo, Weber José da Silva Ursi 62. Avaliação cefalométrica em norma lateral entre indivíduos Classe I e II esqueléticas com a maturação óssea das vértebras cervicais Cephalometric evaluation in lateral norm between skeletal Class I and II individuals with the bone maturation of the cervical vertebraes Alexandre Medeiros Vieira, Rodrigo Generoso Carlos, Anderson Vieira de Paula, José Roberto Santos Bothrel, Mônica Costa Armond, Adair Ribeiro 73. Avaliação da condição periodontal em pacientes de 10 a 18 anos com diferentes más oclusões Periodontal evaluation of patients between 10 and 18 years with different maloclusion Henrique Torres, Daniela Soares Corrêa, Elton Gonçalves Zenóbio 81. C2 Relação clínica entre hábitos de sucção, má oclusão, aleitamento e grau de informação prévia das mães Clinical relationship among suction oral habits, malocclusion, infant feeding and mother’s previous knowledge Daniela Feu Rosa Kroeff de Souza, Marly Almeida Saleme do Valle, Maria Christina Thomé Pacheco C3 C4 91. Avaliação cefalométrica do perfil mole de pacientes “face longa” submetidos à cirurgia ortognática: estudo retrospectivo Cephalometric evaluation of the soft tissue profile in vertical face treated by orthognathic surgery: a retrospective study Carla Maria Melleiro Gimenez, Francisco Bertoz, Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli, Valfrido Antonio Pereira-Filho, Idelmo Garcia, Oswaldo Magro Filho 104. A relação profissional-paciente. O entendimento e implicações legais que se estabelecem durante o tratamento ortodôntico The relationship between the dentistry professional and patient. The understending and legal aspects involved in the orthodontic treatment Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani, Ricarda Duarte da Silva 114. N S Cephalometric study of anterior and posterior facial height in black young Brazilians with “normal occlusion” Lívia Maria Andrade de Freitas Uchiyama, Arnaldo Pinzan, Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino, Guilherme Janson, Marcos Roberto de Freitas 1 8 10 Ar 6 ENP 9 3 2 Estudo cefalométrico das alturas faciais anterior e posterior, em jovens brasileiros melanodermas, com “oclusão normal” ENA 7 Go 4 130Tópico Especial / Special Topic. 5 Me . Tópico Especial / Special Topic Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF) Aesthetics in Orthodontics: Diagrams of Facial Aesthetic References (DFAR) and Diagrams of Dental Aesthetic References (DDAR) Carlos Alexandre Leopoldo Peersen da Câmara 157Normas para publicação / Norms for publishing. Normas para publicação / Norms for publis Editorial Renovação salutar Entre os significados da palavra renovar, no dicionário Aurélio, encontram-se: tornar novo; dar aspecto ou feição de novo; mudar ou modificar para melhor; revigorar. Após três anos como editor da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, é chegada a hora de uma nova mudança. Assim como ocorreu com o atual publisher Laurindo Furquim, outrora editor, o processo deve continuar. Novas idéias, mais amadurecimento. Encerro, neste número, o meu “mandato” de editor. Agradeço imensamente a confiança dos autores, o apoio e colaboração de todos os membros da editora Dental Press, dos colegas do conselho editorial, dos incansáveis e imprescindíveis consultores e demais envolvidos nas edições desta respeitosa revista. Minha gratidão por tornarem mais fácil a tarefa de editor. Tenho a convicção de que o próximo colega a assumir a editoria cumprirá o significado da palavra renovação, o que certamente engrandecerá ainda mais a Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial. A vocação acadêmica e a perspicácia do professor Alberto Consolaro nos brindam com uma nova seção nesta revista. Por ele mesmo batizada Insight Ortodôntico, explorará, com o devido embasamento, temas que enriquecerão o senso crítico dos nossos leitores. O primeiro texto versa sobre a ingenuidade de subtrair informações, precipitadamente, apenas a partir dos resultados ou conclusões dos artigos. É claro que espera-se credibilidade do que está escrito no resumo ou nas conclusões, mas, como alertado por Consolaro, estes são baseados na metodologia utilizada, que pode ser inadequada. No último final de semana de setembro, ocorreu o 10º Encontro do Ex-Alunos de Ortodontia de Araraquara, que recebeu como palestrante internacional o professor Peter Buschang, de Dallas - EUA. Na ocasião, o professor Buschang também alertou aos participantes que deveriam avaliar cuidadosamente a metodologia e os resultados. Para ele, a revisão, discussão, resumo e as conclusões somente apresentariam valor e deveriam ser lidas após certificar-se de que a metodologia é adequada. No início de setembro, a Dental Press promoveu o 4º Encontro Internacional de Ortodontia, com a presença de ilustres professores brasileiros (Dr. Capelozza Filho, Dr. Marcos Janson, Dr. Jorge Faber, Dr. Carlos Eduardo Francischone) e do renomado professor Vincent Kokich. Também ficou claro que o ortodontista deve basear-se em evidências sólidas para nortear suas condutas. O senso crítico é desenvolvido com leitura de boas fontes. Durante o 4º Encontro, comemoramos também o 10º aniversário da Revista. Todos nós evoluímos nestes anos, aprimorando nosso senso crítico. Na seção Entrevista, o professor Kokich, uma vez mais, nos concedeu um pouco de sua vasta experiência clínica, versando sobre temas que também foram abordados em sua apresentação no 4º Encontro Dental Press, aqui em Maringá. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 5 No Tópico Especial, Carlos Câmara apresenta sua ótica de simplificação da avaliação da estética facial e dentária por meio dos diagramas de referência. A avaliação facial também é abordada no artigo de Reis e colaboradores, sobre as características faciais do Padrão I de Capelozza. Numa era em que a avaliação subjetiva da face tem sido tema de vários artigos, vale a pena conferir na seção O que há de novo na Odontologia o que explora o artigo da Nature (ago. 2006) sobre o reconhecimento facial baseado na comparação de padrões faciais préestabelecidos. Você já utilizou dentes decíduos, propositalmente anquilosados, para uma movimentação ortopédica-ortodôntica? Pois esta alternativa viável é explorada por Silva Filho e colaboradores, que aplicaram a técnica para favorecer os efeitos esqueléticos da protração maxilar num grupo de crianças. Uma revisão sobre a etiologia da recessão periodontal é abordada nesta edição e, em outro artigo, discute-se a relação entre os problemas periodontais e as más oclusões. Souza e colaboradores estudaram a correlação entre a forma de aleitamento, a informação materna sobre a amamentação natural e a instalação de hábitos de sucção não nutritivos, com a ocorrência de alterações oclusais em crianças de 2 a 5 anos de idade. Os aspectos estéticos do paciente face longa, corrigido por cirurgia ortognática, são apresentados em um trabalho retrospectivo, por Gimenez e colaboradores. O comprimento da face média em jovens Padrão I e II foi estudado, relacionado ao grau de maturidade óssea pelo método das vértebras cervicais, por Vieira e colaboradores. Ainda no campo da cefalometria, Uchiyama e colegas apresentam um estudo sobre as alturas faciais de jovens brasileiros melanodermas com oclusão normal. O tema relacionamento profissional-paciente e implicações legais volta à tona com o artigo de Melani e Silva. E, por fim, Araujo e Ursi avaliaram a degradação da força gerada por elásticos ortodônticos sintéticos. A cada leitura consolidamos ou renovamos conceitos. A cada novo passo em nossas vidas nos renovamos, nos revigoramos. A renovação é salutar e necessária em todos os campos: profissional, pessoal e espiritual! Serenidade, sabedoria e saúde para renovar sempre! Boa leitura. Adilson Ramos Editor Maringá, v. 11, n. 6, p. 5, nov./dez. 2006 Cursos e Eventos III Encontro Internacional de Ortodontia da UNOESTE Data: 8 e 9 de dezembro de 2006 Local: Presidente Prudente / SP Informações: (18) 3222-2835 - Michele (18) 3221-8321 - Mary 25º CIOSP Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo Data: 27 a 31 de janeiro de 2007 Local: Anhembi - São Paulo / SP Informações: [email protected] ou [email protected] www.ciosp.com.br (11) 6221-3810 (11) 3221-7204 IV Congreso Internacional De La Sociedad Ecuatoriana De Ortodoncia Data: 1 e 2 de fevereiro de 2007 Local: Quito, Hotel J.W. Marriott Informações: [email protected] www.soopecuador.com 50 Congresso Internacional Dental Press 1a Mostra Científica Dental Press Data: 19, 20 e 21 de abril de 2007 Local: Maringá / PR Informações: [email protected] (44) 3262-2425 6º Congresso ABOR 2007 - Rio Grande do Sul Data: 10 a 13 de outubro de 2007 Local: Gramado / RS Informações: [email protected] www.sogaor.org.br (51) 3330-9583 R Dental Press Ortodon Ortop Facial 10 Maringá, v. 11, n. 6, p. 10, nov./dez. 2006 Acontecimentos Tratamentos e inovações: 2º Congresso Internacional de Ortodontia e Ortopedia Facial da AMEO Cerca de 700 pessoas participaram, nos dias 17, 18 e 19 de agosto de 2006, em Belo Horizonte, do 2º Congresso Internacional de Ortodontia e Ortopedia Facial de Minas Gerais, promovido pela Associação Mineira de Especialistas em Ortodontia e Ortopedia Facial (AMEO) Palestras e debates movimentaram o evento, que também reconhecido como um excelente guitarriscontou com a participação de profissionais de várias ta, amante do rock dos anos 60 e 70. partes do país. No primeiro dia, o destaque foi a paImportantes empresas ligadas à área de saúde lestra do professor e reitor da Puc-Minas, Dr. Eusbucal também estiveram presentes na Feira de Extáquio Araújo, que falou sobre experiência científica posições realizada paralelamente ao evento, onde os e prática para os tratamentos da mordida aberta. congressistas puderam conhecer e adquirir as últimas Já no segundo dia, o grande destaque foi a palesnovidades em equipamentos e serviços do setor. tra do professor norte-americano Dr. Patrick Turley, que mostrou seus trabalhos para o diagnóstico e o tratamento precoce da má oclusão de Classe III. O renomado professor coreano Dr. Hee-Moon Kyung falou, no terceiro dia, aos congressistas sobre o emprego de miniimplantes de titânio como auxiliares para a movimentação dos dentes. Dr. Kyung, maior autoridade atual sobre o assunto, mostrou que o uso desses parafusos é certamente um dos melhores reDr. Adauto Lopes (Tesoureiro da AMEO e do Congresso), Dr. Marcelo Reis Fraga (Dicursos que a Ortodontia recente poderá retor Científico da AMEO e Presidente do Congresso), Dr. Luiz Fernando Eto (Tesouoferecer para tratamentos complexos. reiro da AMEO e Diretor da Programação Científica do Congresso), Dr. Hee-Moon Além disso, durante o evento, foi Kyung (palestrante internacional do Congresso) e Dr. Marcelo Marigo (Presidente da AMEO). realizada também a X Jornada de Ortodontia da AMEO, com palestras de representantes dos cursos de especialização do Estado de Minas Gerais. Na programação cultural do 2º CIOOF, uma festa de confraternização animou os participantes com o som da banda “Bebeto e seus Acéfalos”, que anos atrás se apresentava em palcos da cidade e é formada somente por dentistas. Junto com a banda, uma atração internacional foi destaque e surpreendeu: Dr. Patrick Turley que, além de ser reverenciado em Diretoria da AMEO e organizadores do evento: Dra. Mariele Cristina Garcia Pantuzo, Dra. Ana Cristina Fernandez Aguiar, Dra. Alessandra Simões, Dr. Adauto Lopes, Dr. todo mundo por sua competente atuação Luiz Fernando Eto, Dra. Anna Carolina Rangel de Carvalho, Dr. Marcelo Marigo, Dr. na área de Ortodontia, mostrou porque é José Mauricio de Barros Vieira, Dr. José Eymard Bicalho e Dr. Marcelo Reis Fraga. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 11 Maringá, v. 11, n. 6, p. 11-14, nov./dez. 2006 Acontecimentos P. H. Buschang em Bonito-MS Promovido pela Associação dos Ex-alunos de Ortodontia de Araraquara, de 28 a 30 de setembro, na cidade de Bonito-MS, o 10º Encontro de Ex-alunos teve também realizado, simultaneamente, o I Encontro Internacional Prof. Dr. Joel Cláudio da Rosa Martins. O convidado internacional foi o professor P. H. Buschang, do Departamento de Ortodontia na “Baylor College of Dentistry”, Dallas - EUA. Inúmeros trabalhos foram apresentados durante o evento pelos ex-alunos, demonstrando como a tradição em pesquisa passou a ser uma marca da Ortodontia nacional, fomentada, sem dúvida, também pelo grupo da UNESP de Araraquara. P. H. Buschang, da “Baylor College of Dentistry”, Dallas-EUA, durante palestra no evento. Da esquerda para a direita: Dra. Marcia Gandini e Dr. Luiz Gandini, Prof. Buschang, Dra. Lídia Martins, Dr. Ary dos Santos-Pinto e Dr. Dirceu Raveli, reunidos durante o 10º Encontro de Ex-alunos de Ortodontia de Araraquara. Sociedade Brasileira de Ortodontia Nos dias 20, 21 e 22 de julho, a SBO (Sociedade Brasileira de Ortodontia) realizou o IV ORTO RIO PREMIUM, na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro, com a participação de seis convidados internacionais: Dr. Jésus Fernandez, Dr. André-Jean Hörn, Dra. Isabelle Thiers, Dr. André Ferreira, Dr. Derek Mahony e Dr. Lionel Sadowsky, sendo que este último - por motivo de acidente - não pode estar no Rio de Janeiro e, assim, sua apresentação foi realizada através de vídeo-conferência, tornando-se a primeira desta modalidade, não só da Ortodontia como da Odontologia brasileira, com total sucesso. Nesta mesma oportunidade foi feito o comunicado oficial de que a Library of Congress in Washington/DC e a National Library of Medicine solicitaram o Livro “50 anos da Sociedade Brasileira de Ortodontia - sua história e trajetória científica”, para fazer parte do acervo das mesmas nos EUA. R Dental Press Ortodon Ortop Facial Diretoria da SBO durante o evento. Da esquerda para a direita: Dra. Valéria Sother de Oliveira, Dr. Oswaldo de Vasconcelos Vilella, Dr. José Alexandre Credmann Bottrel (Vice Presidente da SBO e Presidente do IV ORTO RIO PREMIUM), Tenente Renata (colaboradora da Escola de Guerra Naval), Dr. Eduardo Kant Rothier, Dr. Eduardo Kant Colunga Rothier e Dr. José Eduardo Raso Eulálio. 12 Maringá, v. 11, n. 6, p. 11-14, nov./dez. 2006 Acontecimentos 4º Encontro Internacional Dental Press Reunidos, entre os dias 7 e 9 de setembro, em Maringá/PR, vários ortodontistas do país discutiram o tema “Tratamento em adultos”. O evento contou com participantes de todo o país. Os palestrantes foram: Dr. Vincent Kokich (EUA), Dr. Carlos Eduardo Francischone, Dr. Marcos Janson, Dr. Leopoldino Capelozza Filho, todos de Bauru/SP, e Dr. Jorge Faber (Brasília/DF). O evento também comemorou os 10 anos de circulação da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, sua inclusão na Biblioteca SciELO e a qualificação Qualis A pela CAPES. Mais de 500 ortodontistas reuniram-se em Maringá, no 4º Congresso Internacional Dental Press. Dr. Alberto Consolaro, professor da FOB/USP, responsável pela abertura solene do evento. Dr. Carlos Eduardo Francischone, durante sua palestra, no primeiro dia do Congresso Internacional Dental Press. Neste ano, o expositores foram: Abzil, Dental Morelli, Quinelato, Orthomax, OrthoSource, Top Dent, Dental Tóta Livraria, N&F Ortho Dental e TP Orthodontics. Dr. Marcos Janson, de maneira muito empática, apresentou o tema “Manejo clínico de situações atípicas em pacientes adultos”. Durante os intervalos, os profissionais compartilhavam as novidades, aplicações clínicas e aproveitavam para conhecer as novidades dos expositores. Dra. Silvia Barreto Ramos, esposa do Dr. Adilson Ramos, editor da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, que comemorou 10 anos de lançamento. Durante o jantar de confraternização do evento, Dr. Alberto Consolaro e sua esposa Dra. Maria Fernanda, ambos de Bauru, juntos com a Dra. Teresa Furquim. O convidado internacional, palestrante americano Dr. Vincent Kokich, prendeu a atenção dos participantes com sua ampla casuística e experiência transdisciplinar. Dr. Jorge Faber apresentou o tema “As mais novas evoluções do tratamento ortodôntico de adultos”, compartilhando sua experiência relacionada à integração Ortodontia/Periodontia/Prótese. Dr. Laurindo Furquim, presidente do Congresso e publisher da Dental Press, foi homenageado pelo professor Jorge Faber. Na foto, ambos na entrega do certificado e lembrança ao palestrante. Dr. Leopoldino Capelozza Filho encerrou o evento com o tema “Diagnóstico com base na morfologia: o conceito levado ao extremo”. Apresentou sua experiência e questionou antigas metodologias. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 13 Maringá, v. 11, n. 6, p. 11-14, nov./dez. 2006 Acontecimentos 15º Congresso Brasileiro de Ortodontia Funcional dos Maxilares. As conferências abordaram assuntos como a possibilidade de aliar a Ortodontia a outras áreas da saúde, como a Fonoaudiologia e a Otorrinolaringologia. “A Ortodontia é multidisciplinar” foi o tema do 15º Congresso Brasileiro de Ortodontia, realizado de 4 a 7 de outubro, em São Paulo, reunindo especialistas nacionais e internacionais em Ortodontia e Ortopedia Alessandro Bellato (Porto Alegre/RS) e Eduardo Kenji Nakamura (Esteio/RS). Dr. S. Interlandi e sua esposa Solange Fantini juntos com Dr. Laurindo Furquim, no estande da Dental Press. Gabriela Rocha (Aracaju/SE) e Dr. Messias Rodrigues, autor do livro “Técnica Straigth-Wire Simplificada”. Valeska Rojo (São Paulo/SP), Patrici Lote (São José dos Campos/SP) e Débora Justi. Dras. Galbanha Sá, Vera Noronha e Joe Silva, todas de Boa Vista/RR. Teresa Furquim, diretora da Dental Press e Dr. Miguel Nobre, presidente do Conselho Federal de Odontologia - CFO. Dr. Laurindo Furquim, Dr. Leopoldino Capelozza Filho e Dr. Gustavo Moura (Botucatu/SP). Marco Girandi (Garibaldi/RS) e Edemar Pilon (Rio Grande/RS). Mariana Magalhães, Marina Machado Rôla e Ana Tereza Alcântara (Fortaleza/CE). Danieli Pereira, Aline Cristófaro e Aline Pereira (RJ). Tania Regina e Ivan Guinsburg (Taubaté/SP). Evely Brum e Fabiane Luz (Rio de Janeiro/RJ). R Dental Press Ortodon Ortop Facial 14 Maringá, v. 11, n. 6, p. 11-14, nov./dez. 2006 O que há de novo na Odontologia O reconhecimento facial é baseado na comparação das faces com padrões pré-estabelecidos Jorge Faber* A rica e imediata percepção de uma face familiar, incluindo sua identidade, expressão e mesmo intenção, é uma das mais impressionantes faculdades divididas pelo cérebro humano e de primatas não-humanos. O reconhecimento revela uma habilidade sofisticada de captar sutis variações morfológicas entre indivíduos, já que não existem duas pessoas exatamente iguais. Esse processo se beneficia da caricaturização, ou seja, o exagero de alguns aspectos que se distinguem da norma, como, por exemplo, um dorso de nariz proeminente. Apesar do grande número de trabalhos que se detém sobre a estética da face e os fatores preditivos de diminuição ou aumento de escores da beleza facial, um número relativamente restrito de artigos focou um aspecto relevante – como percebemos a diferença entre as faces? Um grupo de pesquisadores publicou na revista Nature1 achados interessantes, que trazem importantes dados a respeito dessa questão. Microeletrodos foram posicionados em dois macacos (Macaca mulatta) na região do córtex inferotemporal anterior, extracelularmente. Essa área sabidamente contém neurônios que respondem à face e outros padrões visuais complexos. A seguir, faces foram apresentadas aos animais com alterações incrementais em diferentes sentidos do espaço. As modificações foram produzidas a partir de uma face padrão, obtida de escaneamentos a laser em 3D. As respostas neuronais foram monitoradas para cada face apresentada. Os resultados dos neurônios testados foram muito consistentes. As células exibiram aumentos lineares nos potenciais de ação em função da identidade facial. As células foram capazes de discriminar entre duas faces sutilmente diferentes nas séries sucessivas apresentadas, mesmo para diferenças muito abaixo dos níveis de reconhecimento sugeridos pelos dados comportamentais. Esses achados sugerem que a identificação de uma face é o resultado de um processo interno de comparação com um padrão básico (Fig. 1). Esse padrão é possivelmente construído após a exposição a inúmeras faces. O mecanismo baseado no padrão pode também explicar porque nosso reconhecimento da face é tão imediato e sem esforço e também porque, ao mesmo tempo, nós temos tão pouca percepção intuitiva de como realizamos essa tarefa. R Dental Press Ortodon Ortop Facial O tópico abordado nesse artigo abre várias lacunas para pesquisas que podem elucidar importantes questionamentos na Odontologia. O primeiro é: será que a forma de identificação de um sorriso obedece ao mesmo mecanismo de uma face, ou seja, temos um padrão forjado por nossa exposição a vários sorrisos e distinguimos os vários fenótipos a partir da distância do padrão? Caso a forma de identificação seja a mesma, será que o sorriso agradável é o padrão ou ele se distancia do padrão tanto quanto um sorriso desagradável, só que em direção oposta? Essas e outras perguntas poderiam ser assuntos de interessantes pesquisas de mestrado e doutorado. FIGURA 1 - A identificação de uma face é um processo de comparação da distância relativa “D” da face padrão (no centro dos eixos cartesianos) daquela sob análise. Quanto maior a distância, maior é o potencial de ação dos neurônios envolvidos no processo. 1. LEOPOLD, D. A.; BONDAR, IV; GIESE, M. A. Norm-based face encoding by single neurons in the monkey inferotemporal cortex. Nature, London, v. 442, p. 572-575, Aug. 2006. * Doutor em Biologia - Morfologia, Laboratório de Microscopia Eletrônica da Universidade de Brasília. Mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Clínica privada focada no atendimento de pacientes adultos. 15 Maringá, v. 11, n. 6, p. 15, nov./dez. 2006 Insight Ortodôntico Equistatina como inibidor da reabsorção radicular ortodonticamente induzida: a essência não está no resumo e conclusões Alberto Consolaro Professor Titular em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP Muitos colegas se atualizam pelos resumos, verdaA ciência procura sempre a verdade absoluta, mas o relativismo da vida faz a verdade ser passageira, deiros cartões de visitas de um artigo, carregados contextual, frágil e substituída a qualquer momento de adjetivos e argumentos implícitos de que o trapor uma nova forma de ver o mesmo fenômeno. balho só apresenta virtudes e verdades inquestioNa essência, o conhecimento científico deve náveis. Afinal, todos caprichamos muito em nossos ser metódico, reproduzível em qualquer lugar do cartões de visita ... ou não? mundo, desde que sob as mesmas As conclusões são interpretativas condições e, principalmente, deve e muitas vezes representam verdaser público, publicado ou disponideiras sínteses dos resultados. Muitas bilizado. Quando um conhecimenvezes, o início das conclusões está to novo é gerado e utilizado para precedido por... com base na metoganhar dinheiro e poder, passamos dologia utilizada... ! E se a metodolopara o campo da tecnologia. gia não foi adequada e apropriada, ao Um trabalho, só porque foi puler apenas o resumo e/ou as conclublicado, não tem a chancela de bom, sões o leitor pode estar consumindo verdadeiro e inquestionável. Pelo informação e conhecimento equivocontrário, agora publicado passará cados! E claro, retransmitirá isto para a ser analisado por todos, criticado, seus colegas, alunos e aplicará este desprezado ou valorizado pela sua “conhecimento” em sua prática clíniqualidade, ou seja, será citado como ca, ou melhor, em seus pacientes. bom ou ruim, ou apenas ignorado, Quantas monografias, dissertacitado por poucos ou por ninguém. FIGURA 1 - Aspectos oclusais dos dentes ções, teses e trabalhos são publicaUma nova cultura poder-se-ia do rato da linhagem Wistar. dos com base apenas em leituras estabelecer e remover dos trabalhos os resumos e apressadas de resenhas, resumos e conclusões? as conclusões. Muitos dos melhores periódicos do Em fevereiro de 2006, no American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, uma mundo não têm estas partes em seus artigos. Em traequipe de pesquisadores liderados por Talic8, de balhos científicos, na medida do possível, recomenda-se evitar os adjetivos, priorizar os substantivos e Riad, na Arábia Saudita, com outros pesquisadoverbos. Os resumos e conclusões representam a parres de Chicago, nos Estados Unidos, avaliaram o efeito da equistatina como inibidor da reabsorção te mais subjetiva de um trabalho, a mais carregada radicular induzida ortodonticamente (Inhibition de adjetivos, talvez porque são feitos pelos próprios autores. Se nos trabalhos não houvessem resumos ou of orthodontically induced root resorption with echistatin, an RGD-containing peptide). conclusões os leitores obrigatoriamente haveriam de ler o material e métodos e os resultados. Haveriam No referido trabalho8 foram usados 14 ratos manecessariamente que analisar melhor os artigos. chos, divididos em 2 grupos experimentais: 7 rece- R Dental Press Ortodon Ortop Facial 16 Maringá, v. 11, n. 6, p. 16-18, nov./dez. 2006 Consolaro, a. trabalhos sobre o tema, mas principalmente aflora beram equistatina e 7 constituíram o grupo controle. a necessidade de critérios e design de metodologia O modelo experimental de movimentação dentária induzida escolhido utilizou bandas de elásticos apliadequados. Os corpos editoriais dos periódicos pocadas entre o primeiro e segundo molares superiores, deriam estar mais atentos. Estas são as razões que preconizado em 1954 por Waldo e Rothblatt10. nos remeteram a estas reflexões, neste trabalho: 1) O modelo de movimentação dentária inA equistatina foi infundida em cateter na jugular duzida em ratos com elásticos, na literatura, é reinterna durante 8h e 30min, imediatamente após a conhecidamente ruim, pois não se tem controle colocação da banda de elástico. Após 24h de movisobre a força aplicada, direção e tempo, enfim, é mento dentário, os animais foram mortos e o matealeatório e impreciso. Não é metódico, não é rerial coletado para análise com colorações especiais produzível com segurança. para os clastos. Na histomorfometria quantificou-se 2) Sete animais em cada grupo, para tão nobre a quantidade de clastos e de reabsorção radicular, objetivo, é muito pouco. O tão nobre objetivo é: quanto ao percentual e número de lacunas na raiz descobrir uma droga que inibe a reabsorção radimesiovestibular do primeiro molar superior. Não se cular em Ortodontia. No caso, a referida droga foi apresentou fotomicrografias com clastos e lacunas infundida em cateter por 8h e 30min, mas mesmo na superfície, como se mostrou na superfície óssea. assim sugeriu-se, nas concluNos dentes do lado mosões, a aplicação clínica do vimentado dos animais protocolo. que receberam equistatina 3) O primeiro molar a quantidade de reabsorsuperior de ratos represenções radiculares foi estatista um modelo maravilhoso ticamente semelhante à dos de movimentação dentária dentes do lado não moviprincipalmentado. Ou seja o movi- FIGURA 2 - Molares dos dentes de ratos Wistar seccionados para experimental, mente quando se usa apamento dentário não aumen- melhor visualização da relação do osso alveolar e raízes dentárias. relhos fixos e não elásticos4. tou ou diminuiu o número de clastos no ligamento periodontal. A diferença A raiz mesiovestibular é ideal, neste modelo, para quanto ao percentual e superfície reabsorvida foi se verificar o efeito de forças leves e moderadas. com o grupo de animais controle no lado moviNos períodos de 3, 5, 7 e 9 dias não se observam mentado com o lado movimentado do grupo expereabsorções nesta raiz, mesmo quando as forças rimental. O número de clastos não revelou diferenaplicadas sobre este dente são intensas ou severas. ças entre os lados de pressão e de tensão nos dentes Esta raiz é a maior do primeiro molar superior do movimentados, quando imunomarcados e quantifirato e difunde homogeneamente as forças aplicacados histomorfometricamente, tanto na raiz como das. Quando ocorrem reabsorções neste modelo, na superfície óssea. elas ocorrem nas demais raízes do primeiro molar A conclusão foi: a equistatina, sistemicamensuperior5,6,9. te aplicada, inibe a reabsorção radicular induzida 4) O tempo experimental neste modelo para ortodonticamente e sugere o uso clínico deste esque ocorram reabsorções microscopicamente quema terapêutico. Conclui-se ainda que a equisdetectadas inicia em torno de 3 a 5 dias após a tatina não afeta a diferenciação, a proliferação e a aplicação da força na raiz distovestibular e demais migração de células clásticas. raízes e não na mesiovestibular2. Os questionamentos surgidos após a leitura des5) Nas primeiras 24h o ligamento se comprime te trabalho nos remetem à necessidade de novos e o osso alveolar sofre deflexão óssea e estes dois R Dental Press Ortodon Ortop Facial 17 Maringá, v. 11, n. 6, p. 16-18, nov./dez. 2006 Insight Ortodôntico determinar a eficiência do medicamento. Há de se considerar ainda que neste período experimental, o uso de apenas 7 animais pode levar a equívocos interpretativos pelas casualidades proporcionadas pelo pequeno número de animais. 7) O microscópio de luz e a metodologia utilizada não oferecem oportunidade para avaliar a diferenciação, proliferação e migração de células. Para isto requer-se modelos de cultura celular, imunomarcação, marcadores de proliferação celular e radioautografia para detectar movimentação celular, e estas não foram aplicadas no trabalho examinado. Depois de uma análise criteriosa do trabalho, estimulada pelos maravilhosos título, resumo e conclusões, percebi que deveria expressar minha esperança de que resumos e conclusões não fizessem parte de um trabalho científico. Assim aumentaria a possibilidade de que material e métodos, resultados e discussão fossem mais apreciados. O resumo e as conclusões como porta de entrada de um trabalho científico têm grande valor. Mas me parece óbvio que todos compreendam que criei uma situação extrema ao sugerir a eliminação do resumo e conclusões, mas me parece mais óbvio ainda, reflexivo e extremo, que ao persistirem ambos os tópicos a maior parte das pessoas continuarão a lê-los exclusivamente, ignorando as demais partes tão importantes de um trabalho científico, pensando que estão adequadamente atualizadas. fenômenos permitem uma movimentação passiva do dente no alvéolo7. Neste período os clastos ainda não chegaram e se instalaram, não há organização de unidades osteorremodeladoras, lacunas de Howship, enfim neste período de 24 horas o ligamento periodontal está desorganizado, o mesmo ocorrendo com os osteoblastos e eventualmente com os cementoblastos1,3,7. Quantificar os clastos e estudá-los neste período não é exeqüível. É bem provável que os clastos analisados já estivessem ali presentes quando os animais foram submetidos ao experimento de 24h de duração. 6) Nas raízes dos molares de ratos eventualmente existem micro-áreas de reabsorção cementária e até dentinária. São áreas minúsculas e muito eventuais e esparsas, de tal modo que nem são consideradas nos estudos experimentais; provavelmente decorrentes de microtraumatismos na vestibular e mesial destes dentes durante a alimentação. Provavelmente foram estas as reabsorções detectadas pelos autores neste período experimental e nesta raiz. As fotomicrografias revelam estes aspectos morfológicos típicos da normalidade. A reabsorção dentária franca, explícita neste modelo experimental, ocorre na raiz distovestibular e não na mesiovestibular. Nos parece que o que foi observado faz parte habitual das variações morfológicas próprias dos dentes de ratos. O trabalho não mostra o que ocorreu com a raiz mesiodistal e nem porque não foi a escolhida para Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. duzida, em especial nos fenômenos da reabsorção dentária. Dissertação (Mestrado)-Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, 1995. 7. ROBERTS W. E.; GARETTO L. P.; KATONA, T. R. Principles of orthodontic biomechanics: metabolic and mechanical control mechanisms. In: CARLSON, D. S.; GOLDSTEIN, S. A. Bone biodynamics in orthodontic and orthopedic treatment. Ann Arbor: University of Michigan; Center for Human Growth and Development, 1992. Craniofacial Growth Series, v. 27. 8. TALIC, N. F.; EVANS, C.; ZAKI, M. Inhibition of orthodontically induced root resorption with echistatin, a RGD-containing peptide. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 129, p. 252-260, 2006. 9. VASCONCELOS, M. H. F.; PEREIRA, A. A. C.; TAVEIRA, L. A. A.; CONSOLARO, A. A histologic movement in rats under contraceptive use. In: DAVIDOVITCH, A. (Ed.). 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Porém, o tratamento em adultos muitas vezes foi considerado inviável, tanto pelos problemas periodontais associados, ausências dentárias e suporte ósseo insuficiente como pela dificuldade no tratamento ortodôntico pela falta de uma melhor integração entre as áreas como a Periodontia, Dentística Restauradora, Odontologia Estética, Reabilitação Protética e Implantodontia. Esta transdisciplinaridade associada aos grandes avanços tecnológicos e dos materiais tem propiciado a realização do tratamento em adultos de forma racional e eficiente. Muitos estudos têm sido conduzidos sobre o tema, mas Dr. Vincent Kokich, com seu vasto conhecimento e experiência clínica no tratamento de adultos, se tornou um dos professores mais requisitados em todo o mundo para ministrar cursos e conferências sobre este tema tão importante, devido à sua complexidade. Dr. Kokich foi presidente do American Board of Orthodontics (2000-2001) e da American Academy of Esthetic Dentistry (19981999), e participa como editor associado das mais importantes revistas da Ortodontia americana e como consultor científico em outros periódicos também de grande projeção mundial. Os anos dedicados à Ortodontia podem ser vistos nos diversos capítulos de livros, nos artigos científicos publicados nas mais importantes revistas científicas e nas suas apresentações em congressos, como o 4º Encontro Internacional de Ortodontia Dental Press, realizado recentemente em Maringá. Esta entrevista demonstra de uma maneira simples e objetiva, mas com imenso valor científico e clínico, um pouco do que o Dr. Kokich nos trouxe durante este evento. Rosely Suguino Vincent G. Kokich • Professor de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de Washington - EUA; • Clínica particular em Tacoma, Washington - EUA; • Ex-Presidente do American Board of Orthodontics; • Ex-Presidente da American Academy of Esthetic Dentistry; • Publicou 15 capítulos de livros e mais de 100 artigos científicos; • Ministrou mais de 500 cursos em encontros e congressos de Ortodontia em vários países do mundo; • Por sua excelência em Ortodontia, recebeu as seguintes premiações: Strang Award (1994), Salzmann Award (1996), Schluger Award (2000), Mershon Award (2001) e Dewel Award (2002); • Pertence ao corpo editorial das seguintes revistas: American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, The Angle Orthodontist, Practical Reviews of Orthodontics, Journal of Esthetic Dentistry, Seminars in Orthodontics, Clinical Orthodontics and Research, Dental Traumatology, The Australian Dental Journal e The British Journal of Orthodontics. 1) Dr. Kokich, já é conhecida a possibilidade de mover o pré-molar em um processo de crista alveolar na mandíbula com pouca ou nenhuma perda óssea adicional e apoio de tecido. Na verdade, com o uso de miniimplantes, a possibilidade de fechar espaços edêntulos com movimento mesial de dentes posteriores é uma realidade. Qual é a sua experiência com o movimento mesial de molares nas mesmas condições? Marcos Janson Tenho fechado espaços edêntulos existentes, resultantes de extração prévia de primeiros mo- R Dental Press Ortodon Ortop Facial lares, em várias ocasiões. Em algumas dessas situações, tenho visto alguma recessão secundária na superfície vestibular da raiz mesiovestibular do segundo molar inferior. Em outras situações, não ocorre recessão. Por que haveria uma diferença? Podem haver várias razões. Em primeiro lugar, eu acredito que está relacionado ao fato de haver ou não uma deiscência subjacente no osso sobre a raiz mesiovestibular do molar. Se uma deiscência estiver presente, é provável que ocorra uma recessão durante o fechamento de espaço. Segundo, a recessão provavelmente é correlacionada 19 Maringá, v. 11, n. 6, p. 19-23, nov./dez. 2006 kOkich, v. g. 9) É importante que os ortodontistas se submetam a testes de Conselhos de seus respectivos países? Se afirmativo, por que? Jorge Faber A resposta para esta pergunta depende totalmente da atitude do país, da percepção de renovação contínua da certificação e da força de compromisso da sociedade ortodôntica de cada país para melhorar o nível de excelência em cuidados ortodônticos. Como declarei anteriormente, esta evolução na definição de certificação do Conselho já mudou em Medicina e Odontologia nos Estados Unidos. Nós já fizemos essa transição. Nós agora consideramos a certificação dada pelo conselho não somente como uma honra obtida por alguns, mas como uma exigência para praticar a especialidade de Ortodontia. Infelizmente, outros países ainda têm a mesma atitude de 75 anos atrás sobre a certificação dada pelo Conselho. Que isso está reservado somente para alguns dos melhores, em minha opinião, é tolice. Certificação e re-certificação farão parte do futuro e os grandes vencedores nesse processo serão os programas de pós-graduação, os ortodontistas formandos, os ortodontistas em prática, os pacientes que nós tratamos e a reputação da Ortodontia. R Dental Press Ortodon Ortop Facial Marcos Janson - Mestre e Especialista em Ortodontia pela FOB – USP /Bauru. - Ortodontista Clínico em Bauru-SP. - Professor dos cursos de Especialização em Ortodontia da ABCD-Bahia, UNIC-Cuiabá e USP – Bauru. Leopoldino Capelozza Filho - Professor Assistente Doutor da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo. - Responsável pelo Setor de Ortodontia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, em Bauru-SP. Jorge Faber - Doutor em Biologia - Morfologia, Laboratório de Microscopia Eletrônica da Universidade de Brasília. - Mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. - Clínica privada focada no atendimento de pacientes adultos. 23 Maringá, v. 11, n. 6, p. 19-23, nov./dez. 2006 Artigo Inédito Análise facial numérica do perfil de brasileiros Padrão I Sílvia Augusta Braga Reis*, Jorge Abrão**, Leopoldino Capelozza Filho***, Cristiane Aparecida de Assis Claro**** Resumo Objetivo: o objetivo do presente estudo foi determinar as medidas do perfil facial de brasileiros portadores de equilíbrio facial, denominados Padrão I. Metodologia: a amostra foi constituída por 50 indivíduos (32 femininos e 18 masculinos), brasileiros, adultos, leucodermas, com idade média de 23 anos. Fotografias padronizadas do perfil foram obtidas. Sobre essas foram executados os traçados por dois avaliadores, que verificaram: 1) ângulo nasolabial; 2) ângulo mentolabial; 3) ângulo interlabial; 4) ângulo de convexidade facial; 5) ângulo de convexidade facial total; 6) ângulo do terço inferior da face; 7) proporção entre a altura facial anterior média e a altura facial anterior inferior e 8) proporção do terço inferior da face. Resultados e Conclusões: não houve diferença estatística relevante entre as duas medidas realizadas. Os valores de média, desvio-padrão, valores máximos e mínimos obtidos para cada variável estudada foram: 1) ângulo nasolabial: 108,13° ± 9,75° (81° a 127°); 2) ângulo do sulco mentolabial: 132,37° ± 9,82° (110,5° a 152°); 3) ângulo interlabial: 135,35° ± 11,14° (116,5° a 159,5°); 4) ângulo de convexidade facial: 12,32°± 3,93° (4° a 19,5°); 5) ângulo de convexidade facial total: 137,85° ± 4,08° (129,5° a 147,5°); 6) ângulo do terço inferior da face: 103,41° ± 8,12° (88° a 124°); 7) proporção entre os terços médio e inferior da face: 0,93 ± 0,10 (0,80 a 1,21) e 8) proporção do terço inferior da face: 0,45 ± 0,06 (0,30 a 0,67). Propõe-se esse conjunto de medidas como um padrão de referência para avaliação facial numérica de adultos, brasileiros, brancos. Palavras-chave: Diagnóstico. Fotografias extrabucais. Análise facial. Perfil. ideal de beleza, como a de Apolo Belvedere, estes autores tentavam estabelecer parâmetros de normalidade a serem conquistados com o tratamento ortodôntico. O advento da cefalometria desviou a atenção da face para a posição do esqueleto e dos dentes, permitindo o estabelecimento de referências de normali- introdução Desde o início da Ortodontia, autores como Angle1, Case6, Hellmann8 e Wuerpel23 valorizaram a análise facial como um recurso indispensável para o adequado diagnóstico e o sucesso do tratamento ortodôntico. Ao utilizarem a avaliação subjetiva para elegerem faces representativas do *Doutoranda em Ortodontia pela USP - São Paulo. Mestre em Ortodontia pela Universidade Metodista de São Paulo. Especialista em Ortodontia pela PROFIS – USP – Bauru. Professora Assistente do Departamento de Ortodontia da Universidade Metodista de São Paulo. **Professor Livre Docente da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. ***Professor Doutor da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – Bauru. Membro do setor de Ortodontia do HRAC – USP – Bauru. ****Doutoranda em Ortodontia pela USP – São Paulo. Mestre em Odontologia pela Universidade de Taubaté. Especialista em Ortodontia - C.T.A. Professora Colaboradora Assistente da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 24 Maringá, v. 11, n. 6, p. 24-34, nov./dez. 2006 Análise facial numérica do perfil de brasileiros Padrão I Numeric facial analysis of the profile in Pattern I Brazilians Abstract Aim: the aim of this study was to determine measurements of the facial profile in balanced faces of Pattern I Brazilian patients. Methods: the sample was comprised by 50 Brazilian adults (32 women and 18 men) selected by morphologic facial analysis in frontal and lateral views. Standardized lateral facial photographs were taken. They were measured for two different researches to obtain the following: 1) nasolabial angle; 2) angle of mentolabial fold; 3) interlabial angle; 4) angle of facial convexity; 5) angle of total facial convexity; 6) angle of the lower third of the face; 7) proportion between medium facial height and lower facial height; 8) proportion of the lower third of the face. Results and Conclusions: there was no statistical difference between the two measurements. The averages, standard deviation, minimal and maximal values obtained were: 1) nasolabial angle: 108.13° ± 9.75° (81° to 127°); 2) angle of mentolabial fold: 132.37° ± 9.82° (110.5° to 152°); 3) interlabial angle: 135.35° ± 11.14° (116.5° to 159.5°); 4) angle of facial convexity: 12.32°± 3.93° (4° to 19.5°); 5) angle of total facial convexity: 137.85° ± 4.08° (129.5° to 147.5°); 6) angle of lower third of the face: 103.41° ± 8.12° (88° to 124°); 7) proportion between medium facial height and lower facial height: 0.93 ± 0.10 (0.80 to 1.21); 8) proportion of lower third of the face: 0.45 ± 0.06 (0.30 to 0.66). With those results, we intend to determine values of reference for the measurements of facial profile, establishing averages and standard deviation to be used comparatively in the study and treatment of compromised faces of white Brazilians adults. Key words: Diagnosis. Facial photographs. Facial analysis. Profile. Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 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Metodologia: o protocolo de tratamento incluiu: 1) anquilose intencional dos caninos decíduos superiores; 2) expansão rápida da maxila e 3) tração reversa da maxila, imediatamente após o término da fase ativa da expansão. A amostra foi composta de 18 crianças nos estágios de dentadura decídua e dentadura mista, com idade média inicial de 7 anos e 1 mês. O intervalo médio de tratamento com a tração reversa da maxila foi de 1 ano e 1 mês. As telerradiografias laterais foram obtidas na documentação inicial e após a correção da Classe III. Resultados e Conclusões: os resultados demonstram que os ângulos representativos da convexidade facial, NAP e ANB, aumentaram de 0º para 6,6º e 3,5º, respectivamente. Isso significa dizer que a face transformou-se de reta ou côncava, peculiar na Classe III, para uma face convexa, característica de normalidade no estágio avaliado. Essa melhora na convexidade facial é atribuída ao avanço da maxila, registrado tanto na região alveolar (ângulo SNA e as distâncias Co-A e NPerp-A) como na região basal (ângulo SN.ENA). A maxila deslocou-se para frente, enquanto a redução do ângulo SNB de 80,56º para 79,61º demonstrou um retroposicionamento mandibular. Além da mudança no sentido sagital, houve rotação da mandíbula no sentido horário, com aumento dos ângulos SN.GoGn e SN.Gn. Somado aos efeitos ortopédicos, houve inclinação vestibular dos incisivos superiores. Palavras-chave: Má oclusão de Classe III de Angle. Maxila. Cefalometria. *Ortodontista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), Bauru-SP. **Professora do Curso de Ortodontia Preventiva e Interceptiva da Sociedade de Promoção Social do Fissurado Lábio-Palatal - PROFIS. ***Aluna do Curso de Ortodontia Preventiva e Interceptiva da Sociedade de Promoção Social do Fissurado Lábio-Palatal - PROFIS. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 35 Maringá, v. 11, n. 6, p. 35-44, nov./dez. 2006 Silva Filho, O. G.; Ozawa, T. O.; Okada, C. H.; Okada, H. Y.; Dahmen, L. claro que a anquilose intencional dos caninos decíduos pode até potencializar o efeito ortopédico induzido pela tração reversa da maxila, mas não evita a compensação dentária superior, representada pela vestibularização dos incisivos superiores. de 3,5º e os incisivos inferiores mantiveram suas posições iniciais. Esses dados discordam dos de Chong et al.6, Kapust et al.19, Silva Filho et al.35 e Wisth et al.43, os quais encontraram compensação apenas no arco dentário inferior. O comportamento do ângulo 1.PP sublinha a propensão para a compensação dentária superior nos pacientes com anquilose intencional de caninos decíduos. Esse resultado deixa Enviado em: setembro de 2004 Revisado e aceito: dezembro de 2005 Intentional ankylosis of the deciduous canines to enhance maxillary protraction. A prospective cephalometric analysis Abstract Aim: the current article analyses the effects of maxillary protraction associated to the intentional ankylosis of the deciduous canines on the basis of cephalometric measurements. Methods: the treatment protocol included: 1) intentional ankylosis of the upper deciduous canines; 2) rapid palatal expansion and 3) maxillary protraction performed immediately after the end of the expansion. The sample was comprised of 18 patients equally divided according to gender, in the primary and mixed dentition. The mean treatment time with maxillary protraction was 1 year. The lateral radiographs were taken in the beginning of the treatment and after correction of the Class III malocclusion. Results and Conclusion: the results show that the facial convexity angles - NAP and ANB - increased from 0º to 6.6º and 3.5º, respectively. This means that the patients’ profile changed from straight or concave, which is typical in the Class III malocclusion, to convex, which is typical in normal occlusion. Such an improvement in the facial convexity is due to the maxillary advancement, evidenced both in the dentoalveolar (SNA angle and Nperp-A measurement) and in the basal areas (SN.ANS angle). The maxilla was anteriorly displaced while the reduction of the SNB angle from 80.56º to 79.61º demonstrated a mandibular retropositioning. Besides the sagittal alterations, the mandible presented a clockwise rotation, with increase in the SN.GoGn and SN.Gn angles. Dental compensation was also noticed, represented by the buccal inclination of the upper incisors. Key words: Angle Class III malocclusion. Maxilla. Cephalometry. Referências 8. 1. 9. 2. 3. 4. 5. 6. 7. BACCETTI, T. et al. Skeletal effects of early treatment of Class III malocclusion with maxillary expansion and face-mask therapy. 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Por meio deste estudo, revistou-se a literatura sobre tais fatores, cujo conhecimento é de grande importância para o ortodontista, contribuindo durante o diagnóstico, planejamento e tratamento ortodôntico propriamente dito. Palavras-chave: Recessão gengival. Etiologia. Alterações mucogengivais. Os resultados presentes na literatura mostram que, além da importante atuação etiológica do biofilme bacteriano dentário14, a recessão periodontal se apresenta como uma condição de etiologia multifatorial11, embora o fator predominante em determinada área seja impossível de ser identificado24 e, desta forma, difícil predizer se em determinada área a recessão se desenvolverá. Diante da prevalência e dos problemas clínicos associados com a recessão periodontal, justificase a importância do conhecimento dos resultados da literatura sobre fatores relacionados à etiologia da mesma, que devem ser considerados durante o diagnóstico, planejamento e execução do tratamento ortodôntico. introdução A recessão periodontal corresponde à perda de inserção, resultando em uma posição mais inferior da margem gengival livre, em qualquer parte da superfície da raiz exposta18,24,25. Pode estar presente em ambos os arcos, nas faces vestibular e lingual e em quaisquer dentes. Oliver, Brown e Löe22 relataram um estudo epidemiológico nacional nos Estados Unidos, onde se observou o parâmetro periodontal de recessão maior ou igual a 3mm em 15% da população, aumentando o índice em 0,5%, dos 18 aos 24 anos, até 45% naqueles com mais de 65 anos, sendo que 3% de todas as áreas examinadas apresentavam esse grau de recessão. Da mesma forma, Albandar e Kingman2 apresentaram os resultados da avaliação de 9.689 indivíduos na 3ª Avaliação Nacional de Saúde e Nutrição, nos Estados Unidos, na qual foi observada a prevalência de recessão maior ou igual a 1 mm em 37,8% dos casos e a extensão em 8,6% dos dentes. Houve um aumento significativo na prevalência, extensão e gravidade da recessão com o avanço da idade. REVISÃO De LITERATURA Alguns fatores têm sido propostos como participantes na etiologia da recessão periodontal: o biofilme bacteriano dentário e sua conseqüente inflamação gengival, a oclusão traumatogênica, o trauma proveniente da escovação ou da inserção alterada do freio labial e características anatômicas locais *Mestre em Ortodontia COP – PUCMINAS. ** Doutor em Periodontia FOA-UNESP. Professor Adjunto III Periodontia PUCMINAS. Coordenador área de Periodontia. Mestrado COP- PUCMINAS. ***Mestre em Ortodontia UFRJ. Professor Adjunto III do Mestrado em Ortodontia COP - PUCMINAS. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 45 Maringá, v. 11, n. 6, p. 45-51, nov./dez. 2006 Yared, K. F. G.; Zenobio, E. G.; Pacheco, w. The etiologic factors of periodontal recession Abstract The literature shows that besides dental plaque, some external and anatomic local factors are still related to gingival recession etiology. This study reviewed the literature about those factors, which knownledge is of great benefit to the orthodontist, contributing during diagnostic, planning and orthodontic treatment. Key words: Gingival recession. Etiology. Mucogingival alterations. Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. McCOMB, J. L. Orthodontic treatment and isolated gingival recession: a review. Br J Orthod, Oxford, v. 21, no. 2, p.151-159, May 1994. 19. MENEZES, L. M. et al. A inter-relação Ortodontia / Periodontia em pacientes adultos. Ortodontia Gaúcha, Porto Alegre, v. 7, n.1, p. 6-21, jan./jun. 2003. 20. NEWMAN, G. V.; GOLDMAN, M. J.; NEWMAN, R. A. 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Pernambuco, 189 / sl. 502, Funcionários CEP: 30.130-150 - Belo Horizonte/MG E-mail: [email protected] 51 Maringá, v. 11, n. 6, p. 45-51, nov./dez. 2006 Artigo Inédito Estudo da degradação da força gerada por elásticos ortodônticos sintéticos Fabiana Ballete de Cara Araujo*, Weber José da Silva Ursi** Resumo Objetivo: analisar separada e comparativamente cinco marcas comerciais de elásticos sintéticos (Morelli, Ormco, GAC, TP e Unitek) quanto à degradação da força gerada por estes em função do tempo, quando mantidos continuamente estirados em uma distância de 20mm. Metodologia: as leituras das quantidades de força gerada pelos elásticos foram feitas nos intervalos 1/2, 1, 6, 12, 24, 48 horas; 7, 14, 21 e 28 dias. Construiu-se um gráfico de força versus tempo, onde se pôde observar significativa redução na quantidade de força liberada pelos elásticos na primeira hora de ativação. Resultados: verificou-se uma redução na quantidade de força gerada pelos elásticos de 20,31 a 38,47% na primeira hora de testes e de 47,7 a 75,95% em 28 dias de estiramento constante. Conclusões: concluiu-se que todas as amostras das marcas comerciais estudadas sofreram significativa redução na quantidade de força liberada na primeira hora de ativação e que a média de força gerada em 21 e 28 dias de testes foi semelhante para todas as amostras pesquisadas. Palavras-chave: Elásticos. Elastômeros. Cadeias elastoméricas. do arco aos braquetes, como substituto das ligaduras metálicas. No entanto, os elásticos sintéticos não podem ser considerados materiais elásticos ideais, pois são sensíveis à exposição prolongada à água, às enzimas e também às variações de temperatura3. Além disso, sofrem significante degradação na quantidade de força liberada ao longo do tempo de utilização. Vários estudos1,2,3,5,6,12,14,15,16,18,19,20 avaliaram a degradação da força liberada pelos elásticos sintéticos, em função do tempo de estiramento a que foram submetidos, e observaram que a maior redução na quantidade de carga gerada pelos elásticos ocorreu na primeira hora de testes, em média 30%. introdução O tratamento ortodôntico corretivo consiste na transmissão de forças mecânicas aos dentes, com o intuito de movimentá-los para uma posição adequada. Assim, os materiais elásticos são considerados importantes fontes de força na movimentação ortodôntica, juntamente com as molas e as alças. Os elásticos sintéticos começaram a ser produzidos na década de vinte, por petroquímicas, e sua utilização na Ortodontia se difundiu a partir da década de 603. Encontram sua maior aplicação nos mecanismos fixos aos dentes, onde são usados para mover estes elementos ao longo do arco16. São indicados no fechamento de diastemas e espaços de extrações, em correções de rotações e na fixação *Doutoranda em Odontologia Restauradora pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Unesp. **Mestre e Doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru- USP. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 52 Maringá, v. 11, n. 6, p. 52-61, nov./dez. 2006 Estudo da degradação da força gerada por elásticos ortodônticos sintéticos de ativação. - As amostras das cadeias elastoméricas das marcas Ormco e Morelli tiveram praticamente o mesmo perfil médio de força em função dos tempos considerados. - As amostras de elásticos sintéticos da marca Unitek mostraram maior percentual de queda na quantidade de força liberada ao final de 28 dias de testes. - As cadeias elastoméricas da marca GAC apresentaram os menores valores médios de força inicial e final em relação às outras marcas analisadas; enquanto as amostras da marca TP apresentaram o maior valor médio de força final, em comparação com as outras marcas comerciais estudadas. - Para todas as cadeias elastoméricas sintéticas houve igualdade estatística na quantidade de força gerada entre os intervalos de 21 e 28 dias, o que permite indicar a troca destes materiais em intervalos mensais, desde que a média de força alcançada em 21 dias seja suficiente para ainda induzir a movimentação dentária. - Cabe ao clínico avaliar a quantidade de força necessária para cada caso em particular e julgar, com base nos resultados encontrados, qual o elástico mais indicado e qual o tempo mais apropriado para sua troca, buscando alcançar a movimentação dentária desejada. força menor que a encontrada por esta pesquisa, provavelmente relacionado ao fato de terem realizado seus testes em meio seco. Ao término de 28 dias de análises, observouse uma redução de 47% a 76% na quantidade de força liberada por diferentes marcas de cadeias elastoméricas sintéticas. Porém, neste trabalho não realizou-se simulação de movimentação dentária, que para alguns autores4 promove um maior percentual de redução de força em função do tempo de ativação destes materiais. O presente trabalho mostrou valores estatisticamente significativos na quantidade de tensão dos elásticos sintéticos até o intervalo de 21 dias, contradizendo outros resultados1, o que pode estar relacionado à utilização de saliva artificial ao invés de água destilada como meio de armazenagem dos módulos plásticos. Pôde-se observar que as amostras de elásticos sintéticos ofereceram diferentes quantidades de força inicial e final, o que torna prudente o monitoramento da quantidade de tensão gerada pelos elásticos por parte do clínico, para se atingir os resultados desejados no tratamento. No entanto, o monitoramento de cargas não é um procedimento freqüente na rotina profissional dos ortodontistas13. CONCLUSÕES - Todos os grupos de amostras de cadeias elastoméricas sintéticas sofreram significativa redução na quantidade de força liberada na primeira hora Enviado em: maio de 2004 Revisado e aceito: novembro de 2004 Study of force degradation produced by synthetic orthodontic elastics Abstract Aim: to analyze five commercial brands of synthetic elastics (Morelli, Ormco, GAC, TP and Unitek), considering force degradation of these materials when maintained stretched continuously. Methods: the synthetic elastics were stretched 20mm and the readings of the amount generated for elastics were done in the intervals: 1/2, 1, 6, 12, 24, 48 hours; 7, 14, 21 and 28 days. Results: it was found in the first hour of activation a significant reduction on the amount of force generated for all elastics. There was a reduction in the amount of the generated force elastics of 20.31 to 38.47% in the first hour of the tests and 47.7 to 75.95% in 28 days of the activation. Conclusions: it was concluded that for the synthetic elastics the average force generated in 21 and 28 days of tests was statically similar in all samples. Key words: Elastic. Elastomer. Elastomeric chain. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 60 Maringá, v. 11, n. 6, p. 52-61, nov./dez. 2006 Cara Araujo, f. b.; ursi, w. j. s. Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. KERSHEY, M. L. et al. A comparison of dynamic and static testing of latex and nonlatex orthodontic elastics. Angle Orthod, Appleton, v. 72, n. 2, p. 181-6, Apr. 2003. 11. KERSHEY, M. L. et al. An in vitro comparison of 4 brands of nonlatex orthodontic elastics. Am J Orthod Dent Orthop, St. Louis, v. 123, n. 3, p. 401- 7, Sept. 2003. 12. KOVATCH, J. S. et al. Load-extension-time behavior of orthodontic alastiks. 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Dr. Ademar Nobre, 125 CEP: 02.940-140 - São Paulo/SP E-mail: [email protected] R Dental Press Ortodon Ortop Facial 61 Maringá, v. 11, n. 6, p. 52-61, nov./dez. 2006 Artigo Inédito Avaliação cefalométrica em norma lateral entre indivíduos Classe I e II esqueléticas com a maturação óssea das vértebras cervicais* Alexandre Medeiros Vieira**, Rodrigo Generoso Carlos***, Anderson Vieira de Paula****, José Roberto Santos Bothrel*****, Mônica Costa Armond******, Adair Ribeiro******* Resumo Objetivo: o objetivo deste trabalho foi averiguar a existência de diferenças no efetivo da face média (Co-A) entre indivíduos dos gêneros masculino e feminino, leucodermas, apresentando padrões esqueléticos Classe I e Classe II, na faixa etária dos sete aos treze anos, apresentando as mesmas fases de maturação óssea das vértebras cervicais. Metodologia: a amostra foi formada por 160 radiografias cefalométricas laterais de indivíduos sem prévio tratamento ortodôntico ou ortopédico facial. Resultados: os resultados mostraram não existir diferenças estatisticamente significantes entre os indivíduos com padrão esquelético Classe I e padrão esquelético Classe II, nem entre os gêneros masculino e feminino. Apenas a variação da medida Co-A na fase 1 (iniciação) de maturação das vértebras cervicais foi estatisticamente menor do que as demais fases (2 = aceleração, 3 = transição e 4 = desaceleração) nos dois grupos estudados. Conclusão: dessa forma, concluímos que tanto indivíduos apresentando padrões esqueléticos Classe I como Classe II, dos gêneros masculino e feminino, apresentaram o comprimento efetivo da face média semelhante, nas fases de maturação óssea das vértebras cervicais estudadas. Palavras-chave: Comprimento da maxila. Padrão esquelético Classe II. Idade esquelética. Vértebras cervicais. sendo muito utilizado pelos profissionais como referência para o tratamento das demais más oclusões de origem esquelética. Já o padrão esquelético Classe II se manifesta como um desequilíbrio no crescimento entre as bases ósseas, causado por protrusão da maxila (20% dos casos), retrusão da mandíbula ou uma combinação de ambas27,31,32. A partir desta constatação, torna-se importante INTRODUÇÃO O crescimento equilibrado das estruturas craniofaciais, dentre elas a maxila e a mandíbula, é um aspecto importante no diagnóstico e prognóstico ortodôntico e ortopédico-facial15,17,25. Assim, podemos citar como equilíbrio o padrão esquelético Classe I, que apresenta-se como um padrão harmonioso de crescimento entre as bases ósseas, * Resumo de dissertação de mestrado em Clínica Odontológica apresentada à Universidade Vale do Rio Verde, de Três Corações (UninCor - MG). ** Mestre em Clínica Odontológica (UninCor/MG). Doutorando em Ortodontia – CPOSLMandic/SP. Professor dos Cursos de Pós-graduação a nível de Especialização em Ortodontia pela FUNORTE/GAPO – Contagem/MG e FUNORTE/ IMPG - Alfenas /MG. *** Professor Titular de Ortodontia. Doutor em Odontologia UninCor-MG. **** Especialista em Ortodontia pela ABO- MG. ***** Ortodontista, Mestre em Clínica Odontológica UninCor-MG ****** Radiologista, Mestra e Doutora em Radiologia UninCor-MG. ******* Professor Titular de Radiologia UninCor-MG. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 62 Maringá, v. 11, n. 6, p. 62-72, nov./dez. 2006 Vieira. a. m.; Carlos, r. g.; paula, a. v.; Bothrel, j. r. s.; Armond, m. c.; Ribeiro, a. apresentando padrão Classe I e padrão Classe II, dos gêneros masculino e feminino na faixa etária estudada. 2) A média da medida Co-A na fase 1 (iniciação) de maturação óssea das vértebras cervicais mostrou-se estatisticamente menor em relação às demais fases 2 (aceleração), 3 (transição) e 4 (desaceleração) nos dois grupos estudados. mandíbula. O tempo ideal para a aplicação deste protocolo de tratamento seria especificamente entre as fases 3 e 4 de maturação das vértebras cervicais, que correspondem aproximadamente ao pico da curva de crescimento puberal3,6,20. CONCLUSÕES Diante da metodologia e amostra utilizadas, bem como dos resultados obtidos, conclui-se que: 1) Não houve diferença estatisticamente significante na variação da medida Co-A entre indivíduos Enviado em: junho de 2005 Revisado e aceito: agosto de 2005 Cephalometric evaluation in lateral norm between skeletal Class I and II individuals with the bone maturation of the cervical vertebraes Abstract Aim: to discover the existence of differences in the maxilla length ( Co-A) among individuals of the male and female genres, leucoderms, presenting skeletal Class I and Class II, in the age group from seven to thirteen years, presenting the same phases of maturation of the cervical vertebraes respectively. Methods: the sample was formed by 160 radiographics lateral cefalometrics of individuals without previous orthodontic or orthopedic facial treatment. Results: the results showed no statistical significant differences between the individuals with skeletal Class I and Class II, nor among the male and female genres. Just the variation of the Co-A measure in the phase 1 (initiation) of maturation of the cervical vertebraes was statistical smaller than the other phases (2, 3 and 4) in the two studied groups. Conclusions: with that, we concluded that so much individuals presenting skeletal Class I as Class II, of the male and female genres, they present similar maxilla length, not having influence of the phases of bone maturation of the cervical vertebraes. Key words: Maxillary length. Skeletal Class II. Bone age. Cervical vertebraes. Referências 1. 2. 3. 4. ARAÚJO, T. S. S. Estudo comparativo entre dois métodos de estimativa da maturação óssea. 2001. 101 f. 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Os parâmetros clínicos periodontais (índice de placa, sangramento gengival, mucosa ceratinizada inserida, recessão periodontal, profundidade de sondagem e perda de inserção) foram mensurados em dentes-índices (16, 11, 26, 36, 42 e 46). Os resultados foram analisados pelo teste estatístico de Kruskall Wallis (p<0,05). Resultados: observou-se que a condição periodontal dos dentes índices, nos quatro grupos de más oclusões avaliadas, apresentou-se nos limites de normalidade. Entretanto, observou-se uma maior tendência ao acúmulo de placa nos pacientes portadores de sobressaliência e sobremordida associadas, bem como nos portadores de mordida cruzada posterior que, também, apresentaram aumento na profundidade de sondagem, no entanto, sem significância estatística. Conclusão: a gravidade da má oclusão não esteve relacionada de maneira significante à presença de doença periodontal. Palavras-chave: Má oclusão. Doença periodontal. ficante entre oclusão e saúde periodontal; porém a demonstração desta correlação não comprova a existência de uma relação de causa e efeito entre os fatores envolvidos. A presença do apinhamento dentário tem atraído atenção especial. Poulton, Aaronson15 e Addy et al.1 encontraram um risco aumentado para o desenvolvimento de gengivite e bolsa periodontal em pacientes com mau posicionamento dentário e falta de espaço no arco. No entanto, nos casos com bom nível de higiene bucal e também nos casos com controle de placa deficiente, a associação entre introdução Tem-se discutido que certos traços morfológicos da má oclusão predispõem ao desenvolvimento da doença periodontal. Estudos3,5,8,11,14 buscaram estabelecer a associação entre má oclusão e a doença periodontal, porém resultados conflitantes foram obtidos. Uma associação entre acúmulo de placa, cálculo, gengivite e bolsa periodontal e a má oclusão, segundo a classificação de Angle, foi sugerida; entretanto, essa associação não tem se confirmado. Poulton e Aaronson15 afirmaram existir uma relação estatisticamente signi- *Especialista e Mestre em Ortodontia pela PUC-MG. Professor Assistente do Curso de Mestrado em Ortodontia PUC-MG. **Especialista em Periodontia pela PUC-MG. Mestre em Clínicas Odontológicas – Área de concentração em Periodontia pela PUC-MG. ***Doutor e Mestre em Periodontia pela UNESP/Araraquara. Coordenador e Professor da Área de Concentração em Periodontia do Mestrado em Clínicas Odontológicas e Ortodontia da PUC/MG. Professor Responsável da Disciplina de Periodontia da FOUI/MG. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 73 Maringá, v. 11, n. 6, p. 73-80, nov./dez. 2006 Avaliação da condição periodontal em pacientes de 10 a 18 anos com diferentes más oclusões Periodontal evaluation of patients between 10 and 18 years with different malocclusion Abstract Aim: to evaluate the periodontal status of 41 patients with ages between 10 and 18 years. Methods: all the patients presented one of the following severe malocclusion: overjet greater than 6mm, overbite greater than 6mm, posterior unilateral or bilateral cross-bite or overjet and overbite greater than 6mm. The periodontal indexes of plaque and bleeding and the parameters of probing depth, amount of keratinized mucosa, periodontal recession and attachment level were measured in index teeth (16, 26, 36, 46, 11 and 42). The data collected was evaluated by the Kruskall Wallis statistical test (p< 0.05). Results: periodontal of the teeth in the four groups of malocclusion was within the normal limits. However, the group with posterior cross-bite as well as the group with severe overjet and overbite associated, demonstrated tendency to have a greater plaque index when compared to normal parameters. The group, with posterior cross-bite malocclusion, also showed a tendency to have deeper probing depth, but without statistic significance. Conclusion: the severity of malocclusion was not significantly related with the presence of periodontal disease. Key words: Malocclusion. Periodontal disease. Referências 12. HÖRUP, N.; MELSEN, B.; TERP, S. Relationship between malocclusion and manteinance of teeth. Community Dent Oral Epidemiol, Copenhagen, v. 15, p. 74-78, July 1987. 13. LÖE, H. The gingival index, plaque index and the retention index system. J Periodontol, Chicago, v. 38, p. 626, 1967. 14. MILLER, J.; HOBSON, P. The relationship between malocclusion, oral cleanliness, gingival conditions and dental caries in school children. Br Dental J, London, v. 111, p. 43-52, Apr. 1961. 15. 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R Dental Press Ortodon Ortop Facial Endereço de correspondência Elton Gonçalves Zenóbio Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas Mestrado em Ortodontia Rua Don José Gaspar 500 - Prédio 46 CEP: 30.535-610 - Belo Horizonte/MG E-mail: [email protected] 80 Maringá, v. 11, n. 6, p. 73-80, nov./dez. 2006 Artigo Inédito Relação clínica entre hábitos de sucção, má oclusão, aleitamento e grau de informação prévia das mães Daniela Feu Rosa Kroeff de Souza*, Marly Almeida Saleme do Valle**, Maria Christina Thomé Pacheco*** Resumo Objetivo: este estudo avaliou a relação clínica entre a forma de aleitamento da criança, orientação prévia das mães sobre amamentação natural, instalação de hábitos de sucção não-nutritivos e a presença de más oclusões. Metodologia: foram examinadas 79 crianças (39 com hábitos de sucção e 40 sem hábitos de sucção), de ambos os gêneros, entre 2 e 5 anos, com a dentadura decídua completa e sem perda de tecido dentário interproximal, selecionadas de maneira randomizada, que participavam do Projeto de Bebês da Universidade Federal do Espírito Santo. Apenas um examinador (Kappa intra-examinador: 0,96) avaliou as características faciais e oclusais das crianças, no sentido ântero-posterior, transversal e vertical. As mães foram instruídas a responderem um questionário sobre o desenvolvimento da criança e o grau de orientação prévia que receberam sobre amamentação natural, hábitos, más oclusões e respiração bucal. Foram empregados os testes estatísticos qui-quadrado, teste exato de Fischer, t de Student e Odds Ratio. Resultados: os resultados mostraram que: 1) existe uma relação estatisticamente significante entre o prolongamento do aleitamento materno e a redução da instalação de hábitos de sucção (p<0,01); 2) a orientação prévia das mães sobre amamentação natural resultou num prolongamento no tempo de aleitamento natural, para crianças com e sem hábitos (p<0,01); 3) crianças com hábitos tiveram maior risco relativo de desenvolver más oclusões no sentido vertical (OR: 12,8), transversal (OR: 4,25) e alteração ântero-posterior na relação dos caninos (p<0,01). A alteração da relação ântero-posterior dos segundos molares decíduos não mostrou diferença estatisticamente significante (p:0,07). Conclusão: os resultados sugerem que o grau de informação das mães e o prolongamento do período de aleitamento natural estão diretamente relacionados com a menor incidência de más oclusões nessa fase do desenvolvimento da criança. Palavras-chave: Hábitos de sucção. Má oclusão. Amamentação. *Cirurgiã- Dentista. Aluna da especialização em Ortodontia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. **Mestre em Odontopediatria pela UFRJ e professora adjunta da disciplina de Odontopediatria da Universidade Federal do Espírito Santo. ***Mestre e Doutora em Ortodontia pela UFRJ e professora adjunta da disciplina de Ortodontia da Universidade Federal do Espírito Santo. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 81 Maringá, v. 11, n. 6, p. 81-90, nov./dez. 2006 kroeff de souza, d. f. r.; Valle, m. a. s.; Pacheco, m. c. t. volver hábito de sucção deletério. - A orientação das mães quanto à importância do aleitamento natural resultou num prolongamento do período de aleitamento materno exclusivo e num retardo na época de oferta da chupeta. - O local mais importante para a orientação das mães foi o hospital maternidade. No intuito de alongar o período de amamentação natural, reduzindo o risco de instalação de hábitos e conseqüentemente más oclusões, um esforço deve ser feito para que os hospitais maternidade tornem-se “Hospitais Amigos da Criança”18. - O tipo prevalente de hábito de sucção deletério foi o uso prolongado da chupeta. - As crianças que possuíam hábitos de sucção deletérios tiveram mais chances de desenvolverem más oclusões que as que não possuíam hábitos. - Na presença de hábitos deletérios houve um deslocamento do canino superior para uma posição mais mesial, todavia, esse deslocamento anterior é visto em menor quantidade para os molares. - As crianças que possuíam hábitos de sucção tiveram aproximadamente doze vezes mais chance de não ter selamento labial; quinze vezes mais chance de ter a arcada em V; quatro vezes mais chance de ter atresia maxilar e onze vezes mais chance de desenvolverem mordida aberta anterior. - As crianças com mordida aberta anterior foram mais propensas a apresentarem ausência de selamento labial e os caninos superiores deslocados para mesial. - O grau de informação das mães sobre aleitamento materno está diretamente relacionado com a menor incidência de más oclusões nas crianças estudadas. Enviado em: outubro de 2004 Revisado e aceito: novembro de 2005 Clinical relationship among suction oral habits, malocclusion, infant feeding and mother’s previous knowledge Abstract Aim: the proposal of this study was to associate infant feeding methods, mother’s previous knowledge about breast-feeding, installation of oral habits and presence of malocclusions. Methods: 79 children (39 with suction habits and 40 without habits), both genres, from ages between 2 and 5 years old, with complete health deciduous dentition were randomizedly selected from the ones attended at Baby’s Clinic, in Federal University of Espírito Santo. Only one examiner (Kappa intra-examiner= 0.96) evaluated facial characteristics and the occlusion at transversal, antero-posterior and vertical relation. Each mother was oriented to answer a questionnaire concerning child’s development and the degree of information she had received about breast-feeding, habits, malocclusion and oral breathing. The qui-square, Fischer, t Student and Odds Ratio tests were used. Results: the results evidenced that: 1) there is an association between breast-feed and less development of oral habits (p<0.01); 2) mothers´ knowledge about breast-feed results in a prolongation of breast- feeding’s period both for children with or without habits (p<0.001); 3) children with oral habits have a bigger relative risk to develop malocclusion at the vertical way (p<0.001; OR=12.8), at the transversal way (p<0.001; OR=4.25) and at the antero-posterior canines relation (p<0.001). Antero-posterior alteration at deciduous second molars did not present statistical significant difference (p=0.07). Conclusion: clinical results suggested that the degree of mothers´ information and a prolongated breastfeed period are directly related with lower incidence of malocclusion in this phase of children’s development. Key words: Suction habits. Malocclusion. Infant feeding. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 89 Maringá, v. 11, n. 6, p. 81-90, nov./dez. 2006 Relação clínica entre hábitos de sucção, má oclusão, aleitamento e grau de informação prévia das mães Referências 9. 10. 1. 2. 3 4. 5. 6. 7. 8. 11. BAUME, L. J. Physiological tooth migration and its significance for development of occlusion. J Dent Res, Chicago, v. 29, p. 123-132, 1950. BRAGHINI, M. et al. Relação entre aleitamento materno, hábito de sucção, forma do arco e profundidade do palato. Ortodontia Gaúcha, Porto Alegre, v. 5, p. 57-64, 2002. CORRÊA, M. S. N. P. Hábitos bucais. In: CORREA, M. S. N. P. Odontopediatria na primeira infância. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos. 1998. p. 561-577. EKLUND, S. A. et al. Calibration for oral health epidemiological surveys. Genèv: World Health Organization, 1991. p. 16. FARIA, A. R. et al. Associação entre aleitamento materno e hábitos de sucção não-nutritivos. 2000. Disponível em: <http://www.odontologia.com.br/artigos/aleitamentomaterno. htm>. 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Metodologia: 32 telerradiografias pós-cirúrgicas, com um mínimo de 6 meses de acompanhamento, foram submetidas a traçado manual (repetido 4 vezes) e digitalização (também repetida 4 vezes) no programa DFPlus para análise cefalométrica. Resultados: os resultados permitiram verificar que 9 das 11 medidas avaliadas encontravam-se estatisticamente diferentes da norma avaliada; contudo, ao se verificar o desvio padrão permitido na norma, os achados deste trabalho situam-se dentro da mesma, com exceção do ângulo mentocervical. Conclusões: as condições experimentais deste estudo permitiram concluir que, embora a população estudada tenha obtido resultados estéticos-funcionais satisfatórios, não se enquadrou nas normas da análise de Legan e Burstone, o que indica que a avaliação após a cirurgia ortognática deve ser principalmente clínica e que a estética facial não está totalmente relacionada com as medidas préestabelecidas na análise cefalométrica. Palavras-chave: Cefalometria. Cirurgia bucal. Face. Ortodontia. ao tecido mole, de acordo com os diferentes vetores de movimento esqueléticos possíveis para o desenvolvimento das estratégias de tratamento, maximizando assim a possibilidade de obtenção da estética facial esperada26. A face longa é uma deformidade com envolvimento esquelético, de prognóstico desfavorável em termos de metas de correção ortodôntica e estabilidade, que interfere intensamente na qualidade fun- introdução O tratamento ortodôntico-cirúrgico tem como objetivo primário corrigir as deficiências funcionais e promover uma relação equilibrada e harmoniosa dos componentes dentoesqueléticos, considerando também a importância dos tecidos moles na composição da estética do complexo facial. Isto requer que o cirurgião e o ortodontista tenham uma perspectiva de resposta em relação *Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp. Doutoranda em Odontologia, área de concentração em Ortodontia pela FOA-UNESP. ** Professor Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp. ***Professor Assistente Doutor da Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp. ****Professores adjuntos da Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 91 Maringá, v. 11, n. 6, p. 91-103, nov./dez. 2006 Avaliação cefalométrica do perfil mole de pacientes face longa submetidos à cirurgia ortognática: estudo retrospectivo Cephalometric evaluation of the soft tissue profile in vertical face treated by orthognathic surgery: a retrospective study Abstract Aim: to compare the postoperative tegumentar profile of vertical facial growth pattern Class II patients treated by orthognathic surgery approach, in relation with the norms describes in literature on the Legan & Burstone cephalometric analysis. Methods: thirty two post operatives lateral cephalograms, with a accompaniment minimum of six months was submitted to manual tracing, digitalization on DFPlus program and cephalometric analysis. Results: the results indicated that 9 of the 11 available references was statistically different of the norm, although if examine the admitted pattern deviation on the norm, the basis was placed into the same, exception the chin throat angle. Conclusions: the experimental conditions of this study permit to conclude that although the studied population had obtained satisfactory aesthetic-functional results, the cephalometric values doesn’t coincided with that of Legan & Burstone analysis. Therefore, the postoperative results’ assessment must be mainly clinical; and the facial esthetic is not whole relationated with preestablished measurements on cephalometrics analysis Key words: Cephalometry. Buccal surgery. Face. Orthodontics. Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. CHACONAS, S. J.; FRAGISKOS, F. D. Orthognathic diagnosis and treatment planning: a cephalometric approach. J Oral Rehabil, Oxford, v. 18, no. 6, p. 531-545, 1991. 15. COLLINS, P. C.; EPKER, B. N. 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Tradução: Soft Tissue cephalometric analysis for orthognathic surgery. Endereço de correspondência Carla Maria Melleiro Gimenez R. Padre Duarte 989, apto 24 – Centro CEP:14.801-310 - Araraquara/SP E-mail: [email protected] 103 Maringá, v. 11, n. 6, p. 91-103, nov./dez. 2006 Artigo Inédito A relação profissional-paciente. O entendimento e implicações legais que se estabelecem durante o tratamento ortodôntico Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani*, Ricarda Duarte da Silva** Resumo Objetivo: investigar a relação profissional/paciente na área da Ortodontia. Foram analisados os aspectos legais que permeiam o tratamento ortodôntico. Metodologia: a pesquisa foi realizada por meio de dois questionários: um dirigido a 10 profissionais da área de Ortodontia e o outro dirigido a 100 pacientes em tratamento ortodôntico dos respectivos profissionais. Resultados: a análise das respostas obtidas demonstrou que a preocupação estética é a principal motivação que leva os pacientes aos consultórios ortodônticos. Os profissionais acreditam existirem fatores imprevisíveis que podem intervir no desenvolvimento e no resultado do tratamento ortodôntico. Apesar deste fato, 40% dos profissionais asseguram ao paciente o sucesso do tratamento. Para todos os profissionais, o principal meio de defesa do ortodontista frente a um processo de responsabilidade civil é o prontuário completo. Porém, 90% dos entrevistados não possuem em seu prontuário a ficha de procedimentos executados, com as intercorrências anotadas e assinatura do paciente, pressupondo o consentimento do tratamento. Nos contratos escritos de honorários e manutenção foi verificado que 50% dos profissionais formalizavam o registro. Conclusão: concluiu-se que existe uma preocupação em relação à parte financeira, e os profissionais não vêem a correta execução do prontuário principal como um meio de defesa e tampouco preocupam-se em fornecer informações claras e por escrito aos seus pacientes. Palavras-chave: Ortodontia. Relação profissional-paciente. Aspectos legais. comportamento social, que reflete na prática da cidadania. Uma das principais evidências se deve ao fato de que parcela da população passou a ter acesso ao Código de Defesa do Consumidor, adotado em nosso país com a Lei 8.078, de 11 de setembro de 19904. Os principais conceitos legais relacionados à res- introdução A relação profissional/paciente envolve, fundamentalmente, três aspectos significativos: a conduta clínica, os aspectos éticos e os parâmetros legais. A preocupação com os aspectos legais tornou-se um assunto relevante a ser abordado, devido à ocorrência de um processo de modificação do * Professor Doutor do curso de mestrado em Deontologia e Odontologia Legal da Universidade de São Paulo (USP). ** Aluna do curso de mestrado em Deontologia e Odontologia Legal da Universidade de São Paulo USP. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). R Dental Press Ortodon Ortop Facial 104 Maringá, v. 11, n. 6, p. 104-113, nov./dez. 2006 A relação profissional-paciente. O entendimento e implicações legais que se estabelecem durante o tratamento ortodôntico podem, porventura, alterar o resultado e o tempo do tratamento ortodôntico. Sugere-se que os esclarecimentos sejam realizados de forma verbal e por escrito com assinatura do paciente. 3) A literatura e a legislação afirmam que o contrato de prestação de serviço odontológico é um acordo de vontades e pode estar implícito quando o paciente aceita a execução do tratamento ou expressa verbalmente, não necessariamente por escrito. Para os profissionais entrevistados a execução de contratos de honorários e manutenções é um procedimento apropriado, devido à preocupação com o aspecto financeiro do tratamento. 4) A relação profissional/paciente está baseada na capacidade técnica do profissional. Entretanto, manter um bom relacionamento com o paciente pode ser uma conduta que evite um processo de responsabilidade profissional. A adequação do prontuário, com assinatura do paciente, constituise o melhor meio de defesa do cirurgião-dentista. com as intercorrências anotadas e com a assinatura do paciente. Procedimento que a maioria dos profissionais entrevistados não executa. Colocando-os em uma situação difícil frente a um possível processo de responsabilidade civil, pois é na documentação odontológica que o cirurgião-dentista procura as provas para a sua defesa8. As provas apresentadas pelo profissional são produzidas oportunamente ou não servirão para este fim. Ou seja, se o profissional não adotou o critério de anotar no prontuário detalhadamente as condições em que o tratamento foi realizado, colhendo a assinatura do paciente, haverá, seguramente, extrema dificuldade para evidenciar a conduta clínica adotada. CONCLUSÕES 1) A preocupação estética é a principal motivação que leva os pacientes a realizarem o tratamento ortodôntico. Conhecer as expectativas do paciente antes de iniciar o tratamento pode evitar futuros descontentamentos. 2) Esclarecer os pacientes de forma adequada a respeito do desenvolvimento do tratamento e seus possíveis desdobramentos é uma conduta prudente, devido à existência de fatores imprevisíveis que Enviado em: julho de 2005 Revisado e aceito: setembro de 2005 The relationship between the dentistry professional and patient. The understanding and legal aspects involved in the orthodontic treatment Abstract Aim: the objective of the present research was to investigate the relationship between the dentistry professional and his/her patient in the orthodontic area. The legal aspects involved in the orthodontic treatments were deeply analyzed. Methods: this research was developed using two questionnaires: the first one was submitted to ten orthodontics professionals and the second questionnaire to one hundred patients treated by those ten professionals. Results: the percentile analysis of the patients’ reply has demonstrated that the aesthetic aspects are the main reason that impels the patients to the orthodontist’s office. All the interviewed professionals believe in the existence of unexpected factors that intervene in both the development and the results of the treatment. Despite the afore mentioned fact 40% of the professionals assure to the patient a successful treatment. For the majority of the orthodontics professionals the main means against any civil prosecution is the complete and detailed treatment documentation. However, the great majority (90%) of the professionals interviewed does not possess in their files the executed treatment procedures with the signature of the patient on them. Conclusion: was conclude that the orthodontics professionals has a financial concern, they don’t believe that the correct treatment documentation is the main evidence against any civil prosecution, neither worry about to provide complete information for the patients. Key words: Orthodontic. Patient/professional relationship. Legal aspects. Ethical aspects. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 112 Maringá, v. 11, n. 6, p. 104-113, nov./dez. 2006 Melani, r. f. h.; Silva, r. d. Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. JERROLD, L. Terminating the doctor-patients relationship: abandonment or not? Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 10, no. 6, p. 570-571, 1992. 15. KOUBIK, R.; FERES, M. A. L. Aspectos legais da Ortodontia. Ortodontia, São Paulo, v. 28, n. 2, p. 64-70, 1995. 16. MACHEN, D. E. Legal aspects of orthodontic practice: risk management concepts. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 97, no. 5, p. 476-477, 1990. 17. MEDEIROS, E. P. G. 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Manoel Miguel Ribeiro, nº 56 CEP: 80.520-090 – Curitiba /PR E-mail: [email protected] R Dental Press Ortodon Ortop Facial 113 Maringá, v. 11, n. 6, p. 104-113, nov./dez. 2006 Artigo Inédito Estudo cefalométrico das alturas faciais anterior e posterior, em jovens brasileiros melanodermas, com “oclusão normal” Lívia Maria Andrade de Freitas Uchiyama*, Arnaldo Pinzan**, Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino***, Guilherme Janson****, Marcos Roberto de Freitas***** Resumo Objetivo: com o propósito de apresentar um padrão cefalométrico específico para os jovens brasileiros melanodermas, este estudo se propôs a obter os valores médios de normalidade para algumas das grandezas cefalométricas esqueléticas, no sentido vertical da face (alturas faciais anterior e posterior) e verificar a presença de dimorfismo entre os gêneros. Metodologia: a amostra constituiu-se de 56 telerradiografias, em norma lateral, sendo 28 do gênero masculino, com idade média de 13,93 anos (idade mínima de 12,08 anos e máxima de 15,75 anos) e 28 do gênero feminino, com idade média de 13,79 anos (idade mínima de 12,58 anos e máxima de 15,67 anos), obtidas de amostras de jovens brasileiros, melanodermas, não submetidos a tratamento ortodôntico e que apresentavam “oclusão normal”, pertencentes ao arquivo da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo. As medidas cefalométricas empregadas foram de acordo com as Análises de Wylie, Johnson, Siriwat, Jarabak, Gebeck, Merrifield e Horn. Os valores foram submetidos à análise estatística pelo teste t independente para comparar as variáveis entre os gêneros. Resultados: com base nos resultados obtidos neste estudo, verificou-se que os jovens brasileiros melanodermas apresentaram valores médios específicos para as grandezas cefalométricas esqueléticas, no sentido vertical da face. Pôde-se observar a presença de dimorfismo, com os valores das grandezas das alturas faciais anterior e posterior total e superior (AFAT; AFAS; AFPT; AFPS) e as proporções faciais superior e inferior, com a altura posterior total (AFPS/AFPT; AFPI/AFPT), apresentando um maior desenvolvimento vertical anterior da face no gênero masculino. Uma maior proporção AFPS/AFPT foi encontrada para o gênero masculino e o gênero feminino apresentou valor superior de AFPI. Conclusão: as normas cefalométricas guiam o clínico para o respeito com a morfologia e o padrão facial, considerando fatores existentes como a miscigenação racial e sua origem geográfica. Palavras-chave: Grupos étnicos. Dimensão vertical. Cefalometria. *Mestre e Doutoranda em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. **Professor associado do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo. ***Mestre e Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. ****Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo. *****Professor Titular e Chefe do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 114 Maringá, v. 11, n. 6, p. 114-129, nov./dez. 2006 Estudo cefalométrico das alturas faciais anterior e posterior, em jovens brasileiros melanodermas, com “oclusão normal” Cephalometric study of anterior and posterior facial height in black young Brazilians with “normal occlusion” Abstract Aim: in order to present specific cephalometric norms to black young Brazilians, this study aimed to achieve the mean normal values for some vertical skeletal cephalometric variables (anterior and posterior facial heights) and to verify the presence of dimorphism between genders. Methods: the sample comprised 56 lateral cephalograms, 28 male subjects, at a mean age of 13.93 years (range 12.08 to 15.75 years), and 28 females, at a mean age of 13.79 years (range 12.58 to 15.67 years), obtained from an untreated sample of black young Brazilians, presenting “normal occlusion”, from the files of Orthodontic Department at Bauru Dental School – University of São Paulo. The cephalometric measurements were based on analyses of Wylie, Johnson; Siriwat, Jarabak; Gebeck, Merrifield, Horn. The comparison between genders was performed by independent t tests. Results: based on this study’ results, it was verified that black young Brazilians present specific norm values to vertical skeletal cephalometric variables. It was observed the presence of dimorphism in the variables total and upper anterior facial height and total and upper posterior facial height (TAFH; UAFH; TPFH; UPFH), and in the ratios of upper and lower posterior with the total posterior facial height (UPFH/TPFH; LPFH/TPFH). It was demonstrated a larger vertical facial development in male subjects. A greater UPFH/TPFH ratio was found in males subjects and the females presented highest values of LPFH. Conclusion: the cephalometric norms guide the professionals to respect the morphology and the facial pattern considering individual factors, as racial miscegenation and geographic origin. 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Octávio Pinheiro Brizolla, 9-75 CEP: 17.012-901 – Bauru/SP E-mail: [email protected] R Dental Press Ortodon Ortop Facial 129 Maringá, v. 11, n. 6, p. 114-129, nov./dez. 2006 Tópico Especial Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (dred) e Faciais (dref) Carlos Alexandre Leopoldo Peersen da Câmara* Resumo Seria interessante que todas as especialidades odontológicas envolvidas com a Odontologia Estética utilizassem parâmetros estéticos dentários e faciais que fossem comuns a todos os profissionais. Considerando que essa tarefa só poderá ser exercida quando as especialidades puderem contar com análises estéticas simplificadas que sejam do entendimento de todos, esse trabalho propõe-se a apresentar os Diagramas de Referências Estéticas Dentárias e Faciais, que terão o intuito de prover uma avaliação da estética dentofacial, de uma forma simples, individualizada e subjetiva de cada paciente, e que servem como instrumentos de referência para todas as especialidades odontológicas, auxiliando no diagnóstico e planejamento dos tratamentos multidisciplinares. Palavras-chave: Odontologia Estética. Ortodontia. Estética dentária. Estética bucal. Estética facial. niscível. Isto é, aquilo que conseguimos reconhecer como agradável mesmo sem perceber o porquê. Seria algo intuitivo ou talvez emotivo. É como diz o poeta Ernest Hello: “Beleza é a forma que o amor dá as coisas”. E o que seria estético? É aquilo que tem característica de beleza29. Avaliando essas definições podemos perceber o quanto elas são subjetivas. Não são suficientes para ajudar no reconhecimento dos fatores necessários para a execução de um tratamento odontológico, que tem por objetivo o melhor resultado estético. Precisamos criar maneiras de facilitar a nossa visualização, buscando de forma prática a obtenção de parâmetros para executar essa tarefa. Morfologia não se mede, se observa, mas embora a avaliação morfológica não seja uma tarefa para se obter com números, pode-se fazê-la com medições visuais, através de enquadramentos e comparações. A percepção de introdução Seria muito interessante que todas as áreas da Odontologia tivessem em comum a possibilidade de avaliar e reconhecer os requisitos morfológicos que interferem e influenciam a estética dentária e facial14. Seria como se pudéssemos avaliar as nossas obras de artes odontológicas com uma visão preparada para tal, sabendo por meios técnicos e científicos identificar os pontos chaves para esse reconhecimento. Não é fácil reconhecer o belo, trata-se de uma tarefa cerebral, que nem sempre pode ser bem explicada. Poderíamos perguntar: se uma imagem vale por mil palavras, será que mil palavras conseguem explicar uma imagem? E se essa imagem for bela? E ainda, o que é ser belo ou estético? Belo, segundo o dicionário Aurélio, é aquilo que é agradável aos sentidos29. Em outras palavras, é a expressão visual agradável do incog- *Especialista em Ortodontia pela FO-UER. Consultor científico da Revista Dental Press de Estética. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 130 Maringá, v. 11, n. 6, p. 130-156, nov./dez. 2006 Câmara, C. a. l. p. Aesthetics in Orthodontics: Diagrams of Facial Aesthetic References (DFAR) and Diagrams of Dental Aesthetic References (DDAR) Abstract It would be interesting if all odontological specialties engaged in the Esthetic Dentistry could use dental and facial esthetics parameters common to all professionals. Considering that this task will only be performed when the specialties can count upon a simplified esthetic analysis that everybody understands, this study aim to show Dental and Facial Esthetic References Diagrams in order to help both the diagnosis and planning of multidisciplinary treatments. Key words: Aesthetic dentistry. Orthodontics. Facial aesthetics. Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. CHICHE, G.; PINAULT, A. Artistic and scientific principles applied to esthetic dentistry. In: CHICHE, G.; PINAULT. A. Esthetics of anterior fixed prosthodontics. St. Louis: Quintessence, 1994. p. 13-32. 19. CHIU, C. S. W.; CLARK, R. K. F. 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Campos Sales 631, Tirol cep: 59.020-300 - Natal/RN E-mail: [email protected] R Dental Press Ortodon Ortop Facial 156 Maringá, v. 11, n. 6, p. 130-156, nov./dez. 2006 Normas de apresentação de originais — A Revista DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de artigos de investigação científica, relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse da classe ortodôntica solicitados pelo Corpo Editorial, revisões significativas, comunicações breves e atualidades. Tese e dissertação PEREIRA, A. C. Estudo comparativo de diferentes métodos de exame, utilizados em Odontologia, para diagnóstico da cárie dentária. 1993. Dissertação (Mestrado)-Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993. — Os artigos serão submetidos ao parecer dos consultores e do Conselho Editorial da Revista, que decidirá sobre a conveniência ou não da publicação, avaliando como “favorável”, indicando correções e/ou sugerindo modificações. Artigo de revista CAPELOZZA FILHO, Leopoldino. Uma variação no desenho do aparelho expansor rápido da maxila no tratamento da dentadura decídua ou mista precoce. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 4, n. 1, p. 69-74, jan./fev. 1999. — A cada edição o Conselho Editorial selecionará, dentre os artigos considerados favoráveis para publicação, aqueles que serão publicados imediatamente. STEPHAN, R.M. Effect of different types of human foods on dental health in experimental animals. J Dent Res, Chicago, v. 45, p. 1551-1561, 1966. — A Dental Press ao receber os artigos, não assume o compromisso de publicá-los. Citações de autores no texto Com o objetivo de facilitar a leitura do texto, ficou determinado que as citações dos autores serão numéricas, respeitando a ordem alfabética dos autores na lista de referências. — Devem ser normalizadas as abreviaturas dos títulos dos periódicos de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — Os artigos podem ser retirados a qualquer momento antes de serem selecionados pelo Conselho Editorial. — As afirmações assinadas são de responsabilidade integral dos autores. — Os textos* devem ser apresentados num editor de texto, em duas cópias impressas e uma em CD (com o número máximo de 5.000 palavras, incluindo as referências e legendas). — As notas elucidativas devem ser restringidas ao número essencial e devem ser apresentadas no fim do texto. — As ilustrações devem ter originais com qualidade apresentável, preferencialmente, na forma de slides ou em CD com imagem em alta resolução (300 DPI). — Quanto ao texto, exige-se: correção do português e do inglês (obrigatório). — Os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Conselho Editorial. — Os quadros, tabelas e figuras deverão ser incluídos no texto e numerados em algarismos arábicos (com suas respectivas legendas). — Os quadros e tabelas, numerados em algarismo arábico, com suas respectivas legendas devem vir em folhas separadas, porém inseridas no texto. — Não utilizar notas de rodapé. — A exatidão das Referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação. — Os textos devem ser acompanhados do resumo estruturado em português e inglês que não ultrapasse 250 palavras, bem como de 3 a 5 palavras-chave também em português e em inglês. — Todos os autores citados no texto devem constar na lista de referências. — As Referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às normas da ABNT 6023 - 2002, não ultrapassando o limite de 30, conforme os exemplos a seguir: — Os textos devem ter na primeira página identificação do autor (nome, instituição de vínculo, cargo, título, endereço, e-mail) que não ultrapasse 5 linhas. — Por motivo de isenção na avaliação dos trabalhos pelo Conselho Editorial, a segunda página deve conter título em português e inglês, resumo, palavras-chave, abstract, keywords, omitindo nomes ou quaisquer dados referentes aos autores. Livro com um autor BRASKAR, S. N. Synopsis of oral pathology. 5th ed. St. Louis: Mosby, 1977. — Todos os artigos devem ser enviados registrados, preferencialmente por Sedex com porte pago, e encaminhados à: Livros com até três autores HENDERSON, D.; McGIVNEY, G. P.; CASTLEBERRY, D. J. McCraken’s removable partial prosthodontics. 7th ed. St. Louis: C. V. Mosby, 1985. Livro com mais de três autores APRILE, H. et al. Anatomia odontológica orocervicofacial. 5. ed. Buenos Aires: El Ateneo, 1975. Capítulo de livro GONÇALVES, N. Técnicas radiográficas para o estudo da articulação temporomandibular. In: FREITAS, A.; ROSA, J. E.; FARIA, S. I. Radiologia odontológica. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1988. p. 247-258. R Dental Press Ortodon Ortop Facial Dental Press International Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5, CEP 87.015-180 Maringá - Paraná - Brasil Fone/Fax (0xx44) 3262-2425 E-mail: [email protected] *mais informações acesse: www.dentalpress.com.br/normas/pesquisa 157 Maringá, v. 11, n. 6, p. 157-158, nov./dez. 2006 Editorial Norms — “THE DENTAL PRESS ORTHODONTICS AND FACIAL ORTHOPEDICS” magazine, addressed to the dental class, manages the publishing of scientific investigation articles, clinical cases and technical reports, articles concerned to the orthodontic class interest requested by the Editorial Staff, significant reviews, brief communications and news. Thesis and Dissertation PEREIRA, A. C. Estudo comparativo de diferentes métodos de exame, utilizados em Odontologia, para diagnóstico da cárie dentária. 1993. Dissertação (Mestrado)–Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993. — The texts will be submitted to the Magazine Editorial Staff point of view, that will decide if they will be published or not, evaluating them as “favorable”, as well as indicating corrections and/or suggesting some changes. Magazine Article CAPELOZZA FILHO, Leopoldino. Uma variação no desenho do aparelho expansor rápido da maxila no tratamento da dentadura decídua ou mista precoce. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.4, n. 1, p. 69-74, jan./fev. 1999. — In each edition the Editorial Staff will select, among the articles considered favorable for publishing, those that will immediately be published. STEPHAN, R.M. Effect of different types of human foods on dental health in experimental animals. J Dent Res, Chicago, v. 45, p. 1551-1561, 1966. — Receiving the articles Dental Press company do not assume the compromise of publishing them. — The articles can be withdrawn at any time, before being selected by the Editorial Staff. Author citations in the text With the purpose of facilitating the reading of the text, it was certain that authors’ citations will be numeric. — The abbreviations of the periodicals titles must be adjusted according to the “Index Medicus” and “Index to Dental Literature” publications. — The illustrations must embrace originals of good quality, showed, preferably, in slides or diskette/CD in a high resolution image. — The drawings sent can be improved or traced again by the magazine production, according to the Editorial Staff criteria. — The figures and tables, in Arabic numbers, and with their respective legends, must be sent in separated papers, but inserted in the text. — The texts must enclose the strutred abstract in Portuguese and English of a maximum of 250 words, as well as 3 to 5 key-words also in Portuguese and English. — On the first page the texts must present the author’s identification (name, institution, post, title, address, e-mail) of a maximum of 5 lines. — By reason of exemption in the evaluation of the studies by the Editorial Staff, the second page must bring the title in Portuguese and English, the abstract, the key-words, as well as names or any data related to the authors. — All the articles must be registered and sent by mail, preferably by “Sedex”, with the payment to: — The signed statements are from the authors total responsibility. — The texts must be sent in a text editor, enclosing two printed copies and one in a diskette (5.000 words maximum, including references and legends). — The elucidative notes must be restricted to the essential number and must be presented in the end of the text. — Regarding the text, it demands: correction of the Portuguese and of the English (compulsory). —The pictures, tables and illustrations should be included in the text and numbered in Arabic numbers (with their respective legends). — Do not use baseboard notes. — The references accuracy is the authors’ responsibility; and these references must embrace all the data necessary to their identification. — All the authors mentioned in the text must be in the list of references. — The references must be presented in the end of the text, according to the norms of ABNT 6023, 2002, as the following examples:: Book with an author BRASKAR, S. N. Synopsis of oral pathology. 5th ed. St. Louis: Mosby, 1977. Book of a maximum of three authors HENDERSON, D.; McGIVNEY, G. P.; CASTLEBERRY, D. J. McCraken’s removable partial prosthodontics. 7th ed. St. Louis: C.V. Mosby, 1985. Book with more than three authors Dental Press International APRILE, H. et al. Anatomia odontológica orocervicofacial. 5. ed. Buenos Aires: El Ateneo, 1975. Av. Euclides da Cunha, 1718 - Zona 5, CEP 87015-180 Maringá - Paraná - Brasil Fone/Fax (0xx44) 3262-2425 E-mail: [email protected] Chapter of a book GONÇALVES, N. Técnicas radiográficas para o estudo da articulação temporomandibular. In: FREITAS, A.; ROSA, J. E.; FARIA, S. I. Radiologia odontológica. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1988. p. 247-258. R Dental Press Ortodon Ortop Facial * for more informations access: www.dentalpress.com.br/normas/pesquisa 158 Maringá, v. 11, n. 6, p. 157-158, nov./dez. 2006 Etapas para Publicação Artigos mediante aprovação dos dois consultores. Em caso de uma reprovação, será enviado para um terceiro consultor. 6) Caso seja necessário, o artigo será enviado aos autores para que procedam as correções e sugestões feitas pelo consultor. 7) Já de volta à empresa, o artigo será submetido à correção das citações e referências de acordo com as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 8) Uma equipe de diagramadores e profissionais de editoração encarrega-se, a partir dessa etapa, de adequar o artigo aos critérios gráficos da Revista. 9) Devidamente diagramado e revisado, o artigo é enviado ao Conselho Científico da Revista que revisará a obra, observando colocação de fotos, gráficos, texto, abstracts, unitermos e demais componentes. 10) Finalmente o artigo é enviado ao autor, que fará suas últimas observações. Somente nesta etapa do processo, os autores são informados sobre a edição na qual seu artigo será publicado. 11) Artigos e demais materiais de cada edição são reunidos, formando uma “boneca” da Revista que é revisada página por página, foto por foto, letra por letra pelo editor de arte da Revista - que assume o papel de “Ombudsman”. 12) Somente após serem feitas as derradeiras correções no “boneco”, iniciam-se as etapas gráficas e de impressão propriamente ditas. Dentre os principais objetivos da Revista Dental Press, tem considerável destaque a tarefa de preservar a idoneidade dos artigos publicados, valorizando-os perante a classe odontológica. Por esta razão, todo artigo recebido pela Editora passa pelo processo descrito abaixo: 1) O artigo chega até a sede da editora. A equipe responsável confere o material recebido e comunica o autor principal da chegada do mesmo. 2) Uma das cópias do artigo é enviada ao Conselho Editorial da Revista para apreciação. 3) Os membros do Conselho Editorial selecionam 2 profissionais, dentre os 88 consultores e colaboradores da Revista, para avaliar o artigo. Nesta etapa entra em vigor o sistema "duplo cego": o nome dos autores é, propositalmente, omitido para que a análise do trabalho não sofra qualquer influência e, da mesma forma, os autores, embora informados sobre o método em vigor, não ficam cientes sobre quem são os responsáveis pelo exame de sua obra. 4) Junto com o artigo, cada consultor recebe um questionário - cujo modelo encontra-se a seguir - que permitirá suas observações e determinará a publicação ou não do artigo. Ao devolver para a Dental Press o artigo e este questionário preenchido, cada consultor escolhe se deseja ver novamente o artigo - já corrigido - ou se não há necessidade desse retorno. 5) O artigo será selecionado para publicação somente R Dental Press Ortodon Ortop Facial de 159 Maringá, v. 11, n. 6, p. 159-160, nov./dez. 2006 Fluxograma dos artigos para publicação 1) Chegada do artigo à editora; 2) Envio de e-mail, acusando recebimento pela editora; 3) Envio de cópia impressa ao conselho editorial; 4) Seleção de dois consultores; 5) Envio de uma cópia do artigo, sem identificação, com formulário de avaliação, aos consultores; 6) Em caso de reprovação, envio para um terceiro consultor; 7) Envio para autores (caso tenha correções); 8) Reenvio aos consultores (caso solicitado); 9) Ao retornar, será pré-selecionado para uma edição; 10) Submetido à correção bibliográfica e normalização; 11) Diagramado de acordo com os critérios da revista; 12) Revisão da diagramação; 13) Envio para aprovação do autor; 14) Fechamento da edição; 15) Última correção editorial; 16) Produção gráfica. chegada do artigo na editora envio de email para os autores, acusando recebimento envio de cópia impressa ao conselho editorial seleção de dois consultores envio de uma cópia do artigo, juntamente com o questionário, aos consultores em caso de reprovação, envio para um terceiro consultor envio para autores (caso tenha correções) envio para consultores (caso solicitado) ao retornar, será pré-selecionado para uma edição submetido à correção bibliográfica diagramado conforme os critérios da revista revisão da diagramação envio para aprovação do autor fechamento da edição última correção editorial produção gráfica R Dental Press Ortodon Ortop Facial 160 Maringá, v. 11, n. 6, p. 159-160, nov./dez. 2006