O nosso planeta,
o nosso futuro
Juntos na luta
contra as alterações
climáticas
Ação Climática
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«
As alterações climáticas são atualmente uma das maiores
ameaças que a humanidade tem pela frente. Não é um
problema que possa ser adiado para pensarmos nele
quando tivermos mais tempo ou mais dinheiro. Todos
temos o dever de atuar para impedir que o clima piore.
As ações que tomamos agora vão determinar o estado do
mundo em que vivemos daqui a 10, 20 ou 50 anos. E serão
necessários enormes esforços de todos nós, dos governos,
das empresas, das escolas e de outras organizações, para
juntos conseguirmos um clima melhor e um futuro melhor.»
Miguel Arias Cañete, comissário europeu para a Ação Climática
e a Energia
COMO OBTER PUBLICAÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA
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Encontram-se mais informações sobre a União Europeia na rede Internet,
via servidor Europa (http://europa.eu)
Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2015
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ISBN 978-92-79-42892-0
ISBN 978-92-79-42868-5
doi:10.2834/23232
doi:10.2834/93088
ML-06-14-050-PT-C
ML-06-14-050-PT-N
© União Europeia, 2015
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Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
Direitos de autor: Capa, Comissão Europeia; p. 2, Comissão Europeia; p. 2-3, Sergoua, iStock, Thinkstock; p. 5:
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Swart/ Hollandse Hoogte/ Photo News e gkuna, iStock, Thinkstock e Heiko Küverling, iStock, Thinkstock e Ocean
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Printed in Belgium
Impresso em papel reciclado que obteve o rótulo ecológico europeu para papel gráfico (www.ecolabel.eu)
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Índice
10
5
24
3 A ferver
4 Um pouco de ciência
8 Um mundo em mudança
14 Fazer a diferença
24 Lutar contra as alterações
climáticas em todo o mundo
26 É a tua vez!
ec.europa.eu/clima
facebook.com/EUClimateAction
youtube.com/EUClimateAction
pinterest.com/EUClimateAction
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twitter.com/EUClimateAction
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Tudo na página 9
Olá, segue-me para saberes mais sobre
as alterações e como te adaptares
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2
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A ferver
P
or que razão toda a gente fala sobre as alterações
climáticas? Bem, provavelmente porque é um dos
desafios mais graves que o nosso mundo enfrenta hoje.
O nosso planeta está a sofrer alterações climáticas importantes
e cada vez mais rápidas, que tiveram início há um século.
A maioria dos cientistas concorda que o planeta está a aquecer mais
rápido do que nunca devido à grande quantidade de gases com efeito
de estufa que são lançados para a atmosfera em resultado das ações
dos seres humanos. Isto inclui atividades como a combustão de
combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), utilização de automóveis
e abate de florestas.
Muitos de nós já presenciaram ― e sofreram ― os efeitos das
alterações climáticas. Mas não se trata apenas de condições climáticas
extremas, como cheias, secas e furações. As alterações no nosso clima
têm o potencial para alterar completamente a forma como vivemos.
A boa notícia é que a União Europeia (UE) e, em todo o mundo,
governos, empresas e pessoas estão a trabalhar no sentido de
combater as suas causas e nos adaptarmos às mudanças que
acarreta. Todos temos aqui um papel a desempenhar porque as
alterações climáticas são um problema global que pode afetar
cada um de nós.
Todos partilhamos um planeta e as alterações que fazemos num
lugar podem afetar outras pessoas muito longe. Podemos dizer que
o nosso comportamento deixa uma impressão duradoura, como uma
pegada. Assim, através das nossas ações e escolhas, cada um de nós
pode tomar medidas para deixar pegadas mais pequenas e ajudar
a combater as alterações climáticas.
3
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Um pouco de
ciência
O calor entra…
e não
pode sair!
O
clima da Terra sempre mudou ao longo da história,
ficando gradualmente mais quente ou mais frio durante
E EU TAMBÉM NÃO…
longos períodos de tempo. Nos últimos milhões de anos
existiram cerca de dez períodos glaciais, com períodos muito mais
quentes entre eles. Estas alterações resultaram de causas naturais, como mudanças na curvatura do planeta,
atividade solar e correntes oceânicas. Mas as alterações a que assistimos hoje são diferentes ― e somos
responsáveis por elas! Ao libertar cada vez mais gases que «aprisionam» o calor na atmosfera, estamos a fazer
com que a temperatura na Terra aumente a uma velocidade extraordinária.
O efeito de estufa
Quando a luz solar bate na superfície
da Terra, uma parte da mesma
é absorvida e aquece o solo,
enquanto outra parte é refletida
de volta para o espaço. O calor
absorvido acaba por ser libertado
novamente para o ar. À medida que
se desloca para cima na direção do
espaço, alguns gases na atmosfera,
nomeadamente o vapor de água,
o dióxido de carbono, o metano e
o óxido nitroso, aprisionam o calor
e atuam como um vidro numa
estufa ― mantendo o interior
quente. Este «efeito de estufa»
é o que normalmente mantém
o nosso planeta a uma temperatura
confortável. Mas as atividades
humanas estão a criar grandes
quantidades de gases com efeito
de estufa, que se estão a acumular
na atmosfera e a tornar o efeito de
estufa muito mais forte.
quantidades de gases com efeito
de estufa àqueles naturalmente
presentes na atmosfera. Isto está
a aumentar o efeito de estufa
e o aquecimento global.
O que está
a causar as
alterações
climáticas?
A energia é essencial para a nossa
vida diária. Temos de aquecer
e iluminar as nossas casas
e escolas, fornecer eletricidade
às nossas empresas, fábricas
e centrais elétricas, e fazer circular
os transportes que utilizamos ―
automóveis, autocarros, comboios,
etc. Mas queimar combustíveis
fósseis para produzir esta energia,
assim como outras atividades
humanas, como o abate de
florestas tropicais e a criação
de gado, adicionam grandes
Tempo vs. clima
O tempo e o clima são coisas
diferentes, mas estão relacionadas.
O tempo descreve as condições
diárias num determinado lugar ― por
exemplo, num dia pode estar nublado
e chover e no dia seguinte fazer sol.
O clima são as condições médias do
estado do tempo num lugar durante
períodos de tempo relativamente
longos. Os desertos, por exemplo,
apresentam um clima quente e seco,
enquanto as regiões do Ártico e da
Antártida são frias e secas.
A aquecer
A temperatura média à superfície da Terra aumentou em 0,85°C desde
o próximo século. Pode não parecer muito, mas vê isto:
k
grande parte deste aquecimento aconteceu nas últimas
décadas, por isso o aumento da temperatura está a acelerar;
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neste século;
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não te esqueças de que isto é um aumento médio: alguns
lugares tornaram-se muito mais quentes e outros mais frios;
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O ciclo do carbono:
sempre em movimento
O carbono está em todo o lado e em todas as coisas vivas
― incluindo tu! Mas o carbono não fica sempre no mesmo
lugar ― está em movimento constante de uma parte
do planeta para outra e muda de forma. Por exemplo,
o carbono existe no ar essencialmente como gás (dióxido
de carbono) que é absorvido pelas plantas, incluindo
as árvores, e os oceanos.
Em terra, os animais, incluindo nós, ingerem carbono
quando comem plantas e expiram-no durante
a respiração. Quando as plantas e os animais morrem,
os seus restos apodrecem e decompõem-se criando
carbono que é absorvido de volta à terra. O ciclo do
carbono tem mantido a proporção de gás na atmosfera
mais ou menos estável.
No entanto, este equilíbrio delicado está a ser perturbado
pelas atividades humanas que tanto libertam CO2
a uma velocidade mais rápida do que aquela a que
pode ser removido naturalmente, como reduzem os
reservatórios naturais de carbono através, por exemplo,
da desflorestação das florestas tropicais.
O buraco na camada de
ozono é responsável pelas
alterações climáticas?
Não! O ozono é um gás muito útil que existe lá no cimo da
atmosfera da Terra e que absorve a radiação ultravioleta
prejudicial do Sol. Quando os cientistas se aperceberam
de que os gases produzidos pelo homem utilizados
nos frigoríficos e nos aerossóis estavam a causar um
buraco na camada de ozono, a comunidade internacional
decidiu eliminá-los gradualmente. Foi redigido um
acordo, chamado Protocolo de Montreal, para reduzir
gradualmente a utilização destas substâncias perigosas
denominadas clorofluorcarbonetos (CFC).
Os esforços tiveram tanto sucesso que a camada de ozono
está no bom caminho para recuperar até meados do
século XXI. Infelizmente, os CFC ― e as suas substâncias
sucessoras ― acabaram por ser substituídos por gases
fluorados, conhecidos como gases F. Estes não têm efeito
na camada de ozono mas são gases com efeito de estufa
poderosos. A União Europeia está a liderar a comunidade
mundial no que toca à restrição da sua utilização e
a encontrar alternativas aos mesmos. Até 2030, as
emissões da UE de gases F será reduzida em dois terços
em comparação com os níveis atuais.
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Os combustíveis fósseis — como o carvão —
são os restos de plantas e animais antigos
enterrados nas profundezes do solo
durante milhões de anos e que se tornaram
em substâncias que podem ser utilizadas
como combustíveis.
outros gases com efeito
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o puro.
Cerca de 20% do nosso co
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é carbono.
Contribuição para
o aquecimento
global
Tempo
de vida
Poder de
armazenamento
de calor
Dióxido de
carbono (CO2)
55%
50-500 anos
/
12 anos
28 x CO2
Metano
Óxido nitroso
(N2O)
Hidrocarbonetos
halogenados e
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32%
6%
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a milhares
de anos
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5
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Medir as alterações
A nossa pegada de carbono mede
o impacto que temos no planeta
em termos de quantidade de
gases com efeito de estufa que
produzimos nas nossas vidas
diárias, por exemplo, quanto
combustível e eletricidade
utilizamos ou é necessário
para produzir as coisas que
utilizamos. Vê na página 26
algumas dicas para tornar a tua
pegada de carbono mais pequena.
As amostras de gelo retiradas das profundezas da
Antártida contêm bolhas de ar de há 650 000 anos.
Estas amostras dizem-nos como eram os níveis de
gases com efeito de estufa no passado e revelam
que as concentrações de CO2 e de metano na
atmosfera eram muito inferiores às de hoje.
Três anéis representam o registo de crescimento de
um ano. Os cientistas estudam os anéis em árvores
muito antigas para saber como o clima mudou ao
longo do tempo. Por exemplo, os anéis são mais
finos quando o tempo é frio ou seco.
O Observatório Mauna Loa, no Havai, Estados
Unidos, mede os níveis de CO2 na atmosfera desde
1958. As medições feitas neste local remoto, onde
o ar não é perturbado, são um bom indicador dos
níveis globais de CO2.
As imagens de satélite mostram-nos a diferença
na calota de gelo do mar Ártico durante um período
de tempo.
O objetivo abaixo
dos 2°C
Pôr a ciência
em dia
Os governos chegaram a acordo
que para evitar os impactos mais
graves das alterações climáticas,
o aumento da temperatura global
deve ser limitado a menos de 2°C
em comparação com o nível na era
pré-industrial (antes da Revolução
Industrial). Isto porque os cientistas
acreditam que para além deste
ponto o risco de alterações a
grande escala irreversíveis aumenta
dramaticamente. O objetivo abaixo
dos 2°C foi acordado no âmbito
da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre as Alterações Climáticas
(CQNUAC) ― o acordo internacional
relativo às alterações climáticas.
A cada seis ou sete anos, um
importante organismo científico
chamado Painel Intergovernamental
sobre as Alterações Climáticas (PIAC)
divulga um relatório sobre evidências
científicas relativas às alterações
climáticas. Os climatologistas mais
influentes e respeitados do mundo
contribuem para este documento.
Avaliam dezenas de milhares de
ensaios científicos para atualizar
o mundo sobre o estado do clima
fornecendo também opções para
combater o aquecimento global
e as mudanças que implica.
O último Relatório de Avaliação
do PIAC (RA5), publicado em 2013
e 2014, envolveu milhares de autores
e editores de mais de 80 países
e revela que existe pelo menos 95%
de certeza de que as atividades
humanas são a causa principal das
alterações climáticas. O documento
afirma que não é muito tarde
para evitar alterações climáticas
perigosas, mas o mundo tem de agir
rapidamente para reduzir as emissões
de gases com efeito de estufa.
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Pede aos teus pais para
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compram um novo frigorífico
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da Terra.
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do aquecimento glob
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da frequência de co
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(como cheias
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de calor),
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o das estações
e alterações no rend
imento
das culturas.
ntista
Dr Jolene Cook
climatologista
As alterações climáticas
são muito graves?
O nosso planeta está a aquecer
rápido. As atividades do ser
humano estão a causar esta
mudança, e estamos a começar a ver as
consequências em todo o mundo. Quanto
mais perturbamos o clima, maiores são os riscos
de alterações perigosas e mais difícil e dispendioso
será limitar as futuras alterações e adaptar-nos aos
impactos inevitáveis.
A temperatura média da superfície da Terra pode
aumentar em 4°C ou mais antes do fim deste século
se não tomarmos medidas urgentes para reduzir as
emissões dos gases com efeito de estufa.
Como é que a ciência ajuda na luta
contra as alterações climáticas?
A ciência é onde tudo começa. Ajuda-nos
a compreender as alterações pelas quais estamos
a passar atualmente e aquelas que podem
acontecer no futuro e que dependem das nossas
ações hoje e nas próximas décadas. A ciência
fornece evidências sólidas que orientam os decisores
políticos e permitem-lhes tomar decisões informadas
sobre o melhor curso de ação.
O que podemos fazer
sobre as alterações climáticas?
Infelizmente, vão existir alguns impactos das
alterações climáticas que não conseguiremos evitar
e teremos de nos adaptar a eles, mas, mesmo
assim, é importante limitar a escala dos impactos
futuros. A boa notícia é que existem muitas coisas
que podemos fazer. Não basta os políticos tomarem
medidas. Todos podemos fazer a nossa parte
optando por escolhas inteligentes, como comer
menos carne e mais frutas e vegetais produzidos
localmente, poupar eletricidade, e andar de bicicleta
ou a pé em vez de nos deslocarmos de automóvel
(especialmente nos percursos curtos). A vantagem
é que muitas destas ações também são boas para
a nossa saúde e as nossas carteiras.
7
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s efeitos das alterações climáticas estão a sentir-se em todos os
continentes do mundo e prevê-se que se tornem mais frequentes
e mais intensos nas próximas décadas. Diferentes países
e regiões enfrentam diferentes problemas. Estas alterações têm o poder
de transformar o nosso mundo, afetando os recursos alimentares e
hídricos e a nossa saúde. Quanto maiores forem os problemas, mais difícil
e dispendioso será resolvê-los ― razão pela qual tomar medidas atempadas
para lidar com as alterações climáticas é a melhor opção.
ssoas morreram
Cerca de 50 000 pe
as em França)
(quase 15 000 apen
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durante uma onda de
de 2003, tendo
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altas de sempre.
temperaturas mais
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Para refletir
O mundo tem cada vez mais dias quentes
e menos dias frios, prevendo-se que as
ondas de calor se tornem mais frequentes
e durem mais tempo. Os períodos longos
de tempo excecionalmente quente podem
ser perigosos, causando problemas de
saúde, como insolações e mesmo a morte.
Um planeta mais quente pode também ter
como consequência a escassez de água
e secas. Já estamos a sentir isto na Europa,
em particular nas zonas a sul. E a falta
de chuva significa que as árvores e outras
plantas ficam muito secas e incendeiam-se facilmente, resultando em incêndios
incontroláveis devastadores.
O calor abrasador e a escassez de água são uma combinação
desastrosa para as culturas e para os recursos alimentares mundiais.
As plantas precisam de água para sobreviver, e sem plantas para
comer, os animais, como o gado, também passam fome. Quando
a camada superior do solo do campo de uma quinta seca torna-se
poeirenta e voa com o vento, levando consigo nutrientes vitais que
as plantas necessitam. O resultado é menos alimentos, o que é um
grande problema porque a população mundial deverá aumentar de
7 mil milhões para 9 mil milhões até 2050, por isso vamos precisar
de mais alimentos, não de menos.
Os nossos recursos alimentares também estão ameaçados pelo efeito
das alterações climáticas nas abelhas e outros polinizadores. Alguns
cientistas acreditam que as primaveras mais quentes encorajam as
abelhas a deixar os seus ninhos de inverno muito cedo, antes das
plantas com que se alimentam e polinizam terem florescido.
Sabias que...
A Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e a Agricultura
estima que dos cerca de 100 tipos
de culturas que fornecem 90%
dos alimentos de todo o mundo,
71 sejam polinizados por abelhas!
8
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Exemplos de condições climáticas extremas em 2013
Cheias intensas
assolaram
a Europa Central
Rajadas de vento gelado
do Ártico atingiram
os Estados Unidos
Partes da Rússia
sofreram as piores
cheias de há 120 anos
Seca severa no sul
da China
Tufão mais vigoroso
(Haiyan) alguma vez
observado assolou
as Filipinas
Queda de neve sem
precedentes em
Israel, Jordânia
e Síria
Tornado mais violento
alguma vez observado
atingiu El Reno,
Oklahoma
Onde de calor
recorde na
Austrália
Piores secas no sul da
África em 30 anos
Ciclone Phailin
assolou a Índia
Nordeste do Brasil — pior seca
em 50 anos
Tempestades
violentas
O aquecimento global está a ser
associado a tempestades cada vez
mais violentas e destruidoras. Furações,
tufões e ciclones são nomes diferentes
para as tempestades violentas que se
formam sobre as massas quentes de
água, como o oceano Pacífico ou o mar
das Caraíbas, quando há muito calor
e ar húmido na atmosfera. Em terra,
os ventos rápidos e em espiral podem
arrancar árvores, destruir edifícios
e levantar veículos. Em 2013, o tufão
Haiyan, que alcançou velocidades
de vento superiores a 300 km por
hora, matou mais de 5 700 pessoas
nas Filipinas.
O mapa acima mostra alguns
exemplos de condições climáticas
extremas em 2013. No futuro,
podemos esperar que este tipo de
fenómenos aconteça com mais
frequência em resultado das
alterações climáticas.
Sabias que...
Em junho de 2013, as cheias
na Europa Central causaram
danos estimados em cerca
de 12 mil milhões de euros.
Alerta de cheia!
As chuvas fortes causam cheias
quando correm pela terra e inundam
rios e represas fazendo com que
saiam das suas margens. O impacto
pode ser extremo nas cidades, onde
a água não pode ser absorvida pelo
betão e o asfalto. Depois das águas
da cheia terem descido, o trabalho de
limpeza é demorado e dispendioso.
Vida selvagem
em movimento
Muitas espécies terrestres e marinhas
já se deslocaram para novos locais.
Algumas ficarão em risco mais
elevado de extinção se não forem
tomadas medidas para limitar as
alterações climáticas. As alterações
no clima significam também que
alguns insetos, que antes viviam
numa região, estejam agora a invadir
novos lugares. Alguns mosquitos
transmitem doenças quando picam,
como a febre-amarela, febre dengue,
chikungunya e malária.
Originalmente, estes insetos
viviam apenas nas zonas
tropicais, mas alguns
vivem e reproduzemse agora na Europa
do Sul porque
o clima é mais
quente.
9
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Sabias que...
Os cientistas acreditam que os
oceanos
>"
KW
que em qualquer outra altura nos
últimos
300 milhões de anos.
Oceanos mais
quentes
As alterações climáticas estão
também a ter um grande impacto
nos oceanos do mundo. Os oceanos
absorveram mais de 90% do calor
adicional resultante das alterações
atmosféricas causadas pelas nossas
atividades durante os últimos
40 anos. Apesar de isto significar
que a atmosfera não está a aquecer
tanto quanto poderia, está a aquecer
os oceanos. Águas mais quentes
reduzem o número de peixes e de
crustáceos e faz com que as espécies
migrem. Por exemplo, os pequenos
camarões tipo krill, que são fonte
de alimento de peixes e baleias,
respiram melhor em águas frias.
As águas quentes significam menos
krill e menos peixes. Os recifes de
corais, que albergam mais de 25% de
toda a vida marinha e onde muitos
peixes se reproduzem, também lutam
pela sobrevivência quando a água
aquece demasiado.
Os oceanos absorvem cerca de
um quarto do dióxido de carbono
que libertamos todos os anos,
e o aumento dos níveis de CO2
significa que quantidades maiores de
gases são armazenadas nos mares.
Isto ajuda a regular o clima mas está
a alterar o equilíbrio químico nos
oceanos. As águas estão a tornar-se
mais ácidas, o que é prejudicial para
a vida marinha, em particular para os
seres vivos marinhos com carapaça,
como as lagostas, ostras e corais.
Sabias que...
rvem
Os oceanos abso por
O
C
cerca de 4 kg de 2
pessoa por dia.
Consegues imaginar como seria saberes que um dia a tua casa
pode ser submersa por água? As ilhas Marshall, no norte do oceano
<=>@$"$
com grande parte da terra a apenas três metros acima no nível do
&+=$
apenas 80 cm pode submergir dois terços de terra.
Níveis do mar
a aumentar
Entre 1901 e 2010, o nível médio do
mar no mundo aumentou em 19 cm.
Existem duas razões principais para
isto: a primeira é que à medida que
a água fica mais quente expandese e ocupa mais espaço. A segunda
é que o aquecimento global está
a fazer com que os glaciares
e os gigantes lençóis de gelo na
Gronelândia e na Antártida derretam
mais rapidamente, acrescentando
mais água aos oceanos. A subida
dos níveis do mar que daí resulta
causa cheias nas linhas costeiras
baixas e está a ameaçar submergir
completamente algumas ilhas.
Níveis do mar mais elevados podem
também prejudicar importantes
ecossistemas costeiros, como os
mangues, que são refúgios para os
peixes jovens e outra vida selvagem,
protegendo-os das tempestades
que assolam as costas. E quando
a água salgada é absorvida pela
terra, arruína os recursos de água
potável e estraga os solos, fazendo
com que o crescimento de culturas
seja impossível.
10
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Sabias que...
Veneza afundou mais de
&
Cidade a
afundar-se
Os pilares de madeira sobre os
quais Veneza está construída
estão a desaparecer no lodo da
lagoa pouco profunda no mar
Adriático. Com as águas da lagoa
a aumentar cerca de 2 mm por
ano, o efeito combinado é de
um aumento de 4 mm por
ano do nível do mar. As cheias
frequentes danificam os
edifícios históricos, cobrem
passagens e afetam o turismo.
Contudo, está em curso um
plano para instalar 78 portas
de aço de grande dimensão
para deter as cheias.
Ameaça alimentar
polar
Os maiores predadores polares,
como as focas-leopardo e os ursos
polares, precisam de pequenas algas
que crescem na parte inferior do gelo
para sobreviverem. Estas algas são
o início de quase todas as cadeias
alimentares polares. O plâncton
come as algas, os peixes pequenos,
o krill e outros seres vivos comem
o plâncton, e assim por diante na
cadeia alimentar até chegarmos aos
peixes, pinguins e focas. Com cada
vez menos gelo marinho na Antártida
e no Ártico, estas cadeias alimentares
estão a desintegrar-se.
e...
Sabias qu a Terra
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% da água
Apenas 2,5 ável. Destes,
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11
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Mudar com
o clima
Quer gostemos ou não, as alterações
climáticas fazem parte das nossas
vidas. Mesmo se pudéssemos
eliminar amanhã todas as nossas
emissões, o planeta teria, mesmo
assim, de recuperar dos gases com
efeito de estufa que já se encontram
na atmosfera. Isto significa que temos
de nos adaptar às alterações que
estão a acontecer agora e planear
o futuro para evitar ou limitar os
danos que as alterações climáticas
podem causar.
Adaptação
à elevação
das águas
Casas flutuantes: em Maasbommel,
nos Países Baixos, país de baixa
elevação, alguns residentes estão
a preparar-se para cheias mais
frequentes vivendo em casas anfíbias
que estão ancoradas na terra mas
que são concebidas para levantarem
quando a água subir.
Construção de barreiras: a construção
de diques e paredes artificiais ajuda
a manter a água fora da terra, assim
como as dunas de areia. Nestas,
podem ser plantadas gramíneas
resistentes cujas raízes impedem
o desaparecimento das dunas.
Esponjas verdes: as planícies aluviais
(áreas naturais que drenam para os
rios) podem atuar como esponjas,
absorvendo o excesso de água
das chuvas. Os países ao longo
do rio Danúbio e do rio Elba estão
a restaurar as planícies originais
dando mais espaço aos rios.
Poupar água
Conservação da água: algumas
pessoas estão a encontrar novas
formas de poupar água, por
exemplo, instalando sistemas de
«águas cinzentas» nas habitações
e empresas (como hotéis) que
reutilizam a água das lavagens e das
casas de banho. E os agricultores
inovadores estão a utilizar a irrigação
gota-a-gota à noite para que as
plantas obtenham água diretamente
nas raízes sem que evapore com
o calor do dia.
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Tomar medidas para evitar
cheias pode poupar vidas
e dinheiro: cada euro gasto
na proteção contra cheias
pode poupar seis euros com
custos de reparação!
Lidar com o calor
Plantação inteligente: alguns
agricultores estão a plantar mais
culturas entre as árvores para
obter sombra e lidar com o clima
mais quente e seco. Nas cidades,
os paisagistas estão a introduzir
flores tolerantes a secas e arbustos
nos parques e ao longo das estradas,
que conseguem lidar com condições
quentes e secas.
Paredes e telhados verdes:
várias cidades estão a plantar
plantas nas paredes e telhados
para absorver o calor e ajudar
a controlar a temperatura dentro
dos edifícios quando está quente.
Também absorvem água e reduzem
o escoamento da mesma durante
tempestades.
Planos para
combater as
alterações
climáticas
Muitos países da União Europeia já
prepararam planos nacionais para
lidar com os problemas causados
pelas alterações climáticas.
Como regiões diferentes vão
enfrentar problemas diferentes,
estes planos têm de ser adaptados
aos contextos regionais e locais.
Nas zonas agrícolas, por exemplo,
isto pode incluir o investimento em
instalações de armazenamento para
regar as culturas em situação de
seca, enquanto nas cidades pode
significar a criação de mais parques
para manter as pessoas frescas
durante as ondas de calor.
Copenhaga:
em preparação
para condições
climatéricas
extremas
Em julho de 2011, choveu em
Copenhaga... mas não foi uma chuva
qualquer. Caíram cerca de 15 cm
de chuva em apenas duas horas.
Os sistemas de drenagem não
conseguiram lidar com o volume
de água e os edifícios e estradas
ficaram inundados. Dois dos
principais hospitais de Copenhaga
estiveram em risco de fechar devido
a inundação e cortes de eletricidade.
O acontecimento levou os
responsáveis pela cidade a considerar
a elaboração de um plano para
proteger a cidade de futuros
fenómenos meteorológicos extremos.
Assim, foi desenvolvido um Plano de
Gestão de Chuvas Diluvianas, que não
só vai ajudar a gerir melhor as águas
da chuva no futuro, como também
melhorar a qualidade de vida
na cidade. O plano inclui mesmo
propostas para desenvolver novas
ciclovias que também servem como
canais para águas pluviais.
13
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Fazer a
a
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n
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d
O
desafio mais importante que enfrentamos hoje é impedir que
as alterações climáticas piorem. Há muitas coisas que podemos
― e devemos ― fazer para que o nosso mundo consuma menos
energia e seja mais amigo do clima. Isto significa encontrar soluções
que nos ajudem a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.
Para além de ser bom para o clima, é também bom para a nossa saúde
(menos poluição), a segurança dos nossos recursos energéticos e cria
mais empregos, ajudando a economia a crescer.
Energias
renováveis
Novas ideias
no horizonte
Uma forma de reduzir as emissões
dos gases com efeito de estufa
é utilizar mais energias renováveis,
como a eólica e solar. Estas
proporcionam um abastecimento
interminável de energia, ao contrário
dos combustíveis fósseis, que um
dia acabarão. E ao contrário da
combustão dos combustíveis fósseis
nas centrais elétricas, a geração de
eletricidade a partir das renováveis
produz poucos ou nenhuns gases com
efeito de estufa.
Encontrar soluções sustentáveis
para lidar com as alterações
climáticas exige novas investigações
e descobertas científicas. O Horizonte
2020, o programa de investigação
e inovação da União Europeia mais
extenso de sempre, tem disponíveis
quase 80 mil milhões de euros para
financiamento entre 2014 e 2020
destinados a ajudar os investigadores
e os inventores a desenvolver
ideias que possam ser aplicadas no
mundo real. A UE também apoia
o desenvolvimento de centrais
elétricas de baixo carbono inovadoras
(ver as páginas 20-21).
A União Europeia lidera a nível
mundial as tecnologias das energias
renováveis, e muitos países da
UE já estão a gerar muita da sua
eletricidade a partir das renováveis.
Obter mais da nossa energia a partir
de fontes renováveis não só reduz
as emissões, como também significa
gastar menos com a importação
de carvão, petróleo e gás de fora
da União. Atualmente, cerca de
15% da energia da UE tem origem
nas energias renováveis. O plano
é aumentar para 20% até 2020 e,
pelo menos, para 27% até 2030.
Sabias que...
oas
milhões de pess
Pelo menos 4,2
a trabalham
na União Europei
da UE.
no setor verde
Sabias que...
A União Europeia importa mais
de metade da sua energia
— a um custo de mais de mil
milhões de euros por dia!
Fenomenal
A energia geotérmica é algo
fenomenal! Alguns países podem
usar a energia armazenada abaixo
da superfície da Terra para aquecer
tubagens que, por sua vez, aquecem
as casas e a água, ou para alimentar
um gerador para produzir eletricidade.
Muitas termas na Hungria usam
a energia geotérmica para aquecer
a água para atividades de lazer,
e a União Europeia também apoia
projetos de energia geotérmica
inovadores neste país.
Os países da União Europeia
já estão a empreender muitos
esforços para reduzir as
emissões dos gases com efeito
de estufa e cumprir os objetivos
de redução: -20% até 2020
e pelo menos -40% até 2030,
o que nos mantém no bom caminho
da meta a longo prazo de pelo
menos -80% até 2050.
14
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Uma escola
alimentada
pelo sol
Ciclovia solar
A Escola Gedved, em Horsens,
Dinamarca, obtém 75% da sua
energia a partir do Sol, permitindo
à escola poupar 30 000 euros
por ano. Esta verba pode agora
ser utilizada para a educação.
A mudança para a energia solar
não só reduziu as emissões de
CO2 em 90 toneladas, como está
também a ajudar a educar os alunos
sobre as alterações climáticas.
Sabias que...
Entre 2014 e 2020, 20% do
orçamento da União Europeia
(ou 180 mil milhões de euros)
será despendido em ações
relacionadas com o clima.
Os Países Baixos, o famoso país das
bicicletas, construíram um troço de
ciclovia de 70 metros em Krommenie,
a norte de Amesterdão, com células
solares incorporadas que convertem
a energia da luz solar em eletricidade.
A ciclovia está a ser usada para
testar a tecnologia pioneira e será
alargada para 100 metros em 2016.
Espera-se que o projeto-piloto gere
eletricidade suficiente para alimentar
três habitações.
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O setor verde: empregos
relacionados com a proteção
e a preservação do ambiente,
por exemplo, na gestão
de recursos hídricos
e de resíduos, reciclagem
e energias renováveis.
Sabias que..
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As emissões d
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em 19% entre 19 duzidas
90 e 2013.
15
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Conduzir
a mudança
Que tipos de transportes utilizas?
Automóveis, comboios, autocarros,
barcos e aviões, que queimam
combustíveis à base de petróleo, são
responsáveis por cerca de 25% das
emissões de gases com efeito de
estufa da União Europeia. Felizmente,
as novas tecnologias estão a ajudar
a tornar os transportes mais amigos
do clima. Ao reduzir o trânsito
e a poluição, estão também a tornar
as nossas cidades mais limpas.
As emissões com origem
no setor mundial dos
transportes marítimos
totalizam cerca de 1 mil
milhão de toneladas por
ano, representando 3% das
emissões totais mundiais de
gases com efeito de estufa.
A UE adotou legislação para
monitorizar as emissões de
navios de grandes dimensões
que utilizam os portos
da União Europeia.
Sabias q
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Rumo
a transportes
mais limpos
Mais de dois terços das
emissões dos transportes
têm origem nos transportes
rodoviário, mas graças às
normas relativas às emissões de
culos
CO2 da União Europeia, os veículos
estão a tornar-se menos poluentes.
Por exemplo, um novo automóvel
produzido na UE emite 20% menos
CO2 hoje do que em 2007. A União
Europeia possui algumas das
normas mais rígidas do mundo
e trabalha de forma contínua para
as reforçar. Muitos países, como
o Japão, os Estados Unidos, o Canadá
e a China também introduziram
normas relativas ao CO2.
OOs automóveis
t ó i híbridos
híb iidd
possuem um motor
a combustível para viagens
longas e a velocidade
mais elevadas, e um motor
elétrico alimentado por uma
bateria que é utilizado nas
deslocações curtas, com
muitos «pára-arranca».
Os elétricos emitem,
indiretamente, CO2 devido
à eletricidade que utilizam,
a não ser que sejam
alimentados por energias
renováveis e, neste caso,
não emitem nenhuma,
mas as emissões por
passageiro/quilómetro
são, mesmo assim, menos de
metade das de um automóvel
pequeno.
Sabias que...
O óleo alimentar, a casca das
s
frutas e os restos de vegetai
em
podem ser convertidos
combustível automóvel.
A aviação é uma das fontes em maior
crescimento de emissões de gases com
efeito de estufa. A União Europeia tem
legislação em vigor para reduzir as emissões
le
da aviação em todos os voos dentro da
Europa e está a trabalhar com a comunidade
E
internacional para desenvolver medidas
que abranjam todo o mundo.
16
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As alterações
climáticas
e a cidade
Sabias que...
A UE pretende reduzir
as emissões de carbono
com origem nos transportes
em 60% até 2050.
As cidades contribuem muito para
as alterações climáticas ― o que
não é surpreendente, uma vez que
é aí que vive atualmente 75% dos
europeus. Como centro de atividade,
são uma fonte relevante de emissões
de carbono. As áreas urbanas
totalizam 60%-80% da utilização
mundial de energia e cerca da mesma
proporção em emissões de CO2, por
isso têm uma pegada de carbono
grande. Mas tal como são parte do
problema, as cidades podem também
ser parte da solução. As cidades
na União Europeia estão a mudar
para melhor, graças à inovação
e à visão dos líderes locais que
estão a ajudar a reduzir as emissões
através do planeamento inteligente
e de planos astuciosos.
Cidades
acessíveis
MELHOR DICA
Os novos autom
óveis vendidos
nos
países da União
Europeia possue
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uma etiqueta qu
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el
com baixo cons
umo
de combustível
.
Os dias sem automóveis são
uma forma ideal de fazer com
que as pessoas explorem formas
alternativas de se deslocarem na
cidade. Este é um dos eventos que
acontece em muitas cidades durante
a Semana Europeia da Mobilidade,
uma campanha apoiada pela
Comissão Europeia que é organizada
sempre em setembro. Em 2014,
participaram mais de 2000 cidades
de 44 países. E apesar do nome,
também participaram cidades
exteriores à UE ― incluindo no
Japão, Brasil e Equador. A Semana da
Mobilidade permite que as pessoas
experimentem formas alternativas
de transporte e encorajam as
cidades a introduzir medidas
práticas. Graças à campanha, foram
introduzidas mais de 8 000 medidas
permanentes, como esquemas de
boleias e de partilha de bicicletas.
Sabias que...
As cidades abrangem cerca
de 2% da superfície da
Terra mas albergam mais de
metade da população mundial.
Autarcas com
uma missão
Mais de 6000 cidades na União
Europeia assumiram um compromisso
voluntário para tomar medidas para
reduzir as emissões de gases com
efeito de estufa. Para isso, aderiram
ao Pacto de Autarcas, uma iniciativa
da Comissão Europeia para encorajar
as cidades a reduzirem as emissões
aumentando a eficiência energética
e a utilização das fontes de energia
renováveis. O sucesso tem sido tanto
que foi implementada uma segunda
iniciativa, chamada «Mayors Adapt».
Esta centra-se nas ações para
antecipar os efeitos adversos das
alterações climáticas nas cidades
e em tomar medidas para evitar
ou minimizar os danos. A tua cidade
faz parte destas iniciativas?
Sabias que...
90% dos europeus
consideram as
alterações climáticas
um problema grave.
17
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Poupa energia,
poupa dinheiro
Edifícios e aparelhos mais eficientes
podem permitir poupar grandes
quantidades de energia, emissões
e dinheiro. Uma grande quantidade
da energia utilizada pelos agregados
familiares na União Europeia
destina-se a aquecer as casas.
Janelas com vidro triplo para não
deixar sair o calor, bom isolamento
e telhados cobertos com plantas
que armazenam a água da chuva
e ajudam a manter os edifícios
frios, são apenas algumas das
formas para reduzir a pegada
de carbono nas nossas casas,
escolas e escritórios. Até 2020,
os aparelhos mais eficientes, como
frigoríficos e máquinas de lavar
roupa, permitirão aos agregados
familiares europeus poupar cerca de
465 euros por ano nas suas contas
de eletricidade.
A União Europeia
comprometeu-se em melhorar
X#
em 20% até 2020 e em pelo
menos 27% até 2030.
Sabias que
...
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edifícios na $
União
de ser edifíc Europeia terão
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quase nulo d m consumo
e energia.
Capitais
verdes
da Europa
O prémio «Capital verde da
Europa» é atribuído a cidades
que estão comprometidas em
ser mais sustentáveis. Bristol,
no sudoeste da Inglaterra,
ganhou o prémio em 2015.
Liubliana, na Eslovénia, vai
assumir o título em 2016.
O objetivo é que as cidades
se inspirem umas nas outras
e partilhem ideias e experiências.
as.
Liubliana
Bristol
Sustentável:: ca
cappaz de garantir que te
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e continuamos a ter, os re
cursos básicos
necessários para sobrev
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tomar conta do planeta e
viver dentro dos limites
daquilo que pode fornecer
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18
Copenhaga (Capital Verde da Europa 2014)
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Pensa no que deitas fora
Da próxima vez que atirares algo para o caixote de lixo,
pensa nisso. Em média, cada uma dos 500 milhões de
pessoas que vivem na União Europeia deita fora cerca
de meia tonelada de lixo doméstico todos os anos!
Apesar da quantidade de lixo que é reciclado estar
a aumentar, uma grande parte ainda acaba em aterros
sanitários. À medida que o lixo apodrece, liberta para
o ar elevadas quantidades de metano ― um poderoso
gás com efeito de estufa ― contribuindo para as
alterações climáticas. Atualmente, uma melhor gestão
dos resíduos significa que mais energia é recuperada,
e a legislação da UE sobre deposição em aterros está
a fazer uma grande diferença. Evitar o desperdício
é cada vez mais importante à medida que a população
mundial aumenta e delapidamos o nosso fornecimento
finito de recursos naturais.
Que desperdício!
Sabias que...
ifícios utilizam
Hoje, os novos ed
am
gia que utilizav
metade da ener
nos anos 80.
Imagina que regressas do supermercado e deitas fora
um terço das tuas compras no caixote de lixo. Isto
representa, aproximadamente, a proporção de alimentos
produzidos em todo o mundo que são perdidos ou
desperdiçados todos os anos. A Comissão Europeia
está a trabalhar com os seus parceiros para ajudar
a disseminar informações sobre como fazer compras
de forma inteligente, o significado das datas nos rótulos
dos alimentos e como utilizar os restos. Está também
a tentar que seja mais fácil ― onde seja seguro fazê-lo ― que os excedentes de produtos alimentares
sejam doados a bancos alimentares ou utilizados
para alimentar animais. Vamos todos trabalhar juntos
para reduzir as cerca de 100 milhões de toneladas
de alimentas que são atualmente desperdiçados todos
os anos na União Europeia!
Pensa duas vezes antes
de mudar de aparelho
Os resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos
((REEE) são a categoria de resíduos que mais cresce
na União Europeia. Os REEE estão cheios de plásticos
n
e metais, incluindo alguns prejudiciais, como o mercúrio,
e outros valiosos, como o ouro utilizado nas placas
d
de circuitos. A UE definiu objetivos para a reciclagem
de aparelhos eletrónicos para poupar recursos e limitar
d
o
os materiais perigosos que os fabricantes podem inserir
nos aparelhos eletrónicos, protegendo os operadores
n
d
de reciclagem e o ambiente.
19
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11/06/15 17:14
Industrias
mais limpas
As fábricas que elaboram
os produtos que utilizamos todos
os dias e as centrais elétricas que
produzem a eletricidade de que
necessitamos para gerir as nossas
casas, escolas e empresas, libertam
grandes quantidades de CO2 e outros
gases com efeito de estufa (GEE).
Para ajudar a reduzir estas emissões,
a União Europeia concebeu o sistema
mais amplo, e primeiro do mundo,
que limita a quantidade de GEE que
podem ser emitidos e também obriga
as empresas a pagar pelas emissões
que libertam para a atmosfera.
O Regime de Comércio de Licenças de
Emissão da União Europeia (RCLE-UE)
define um limite para a quantidade
anual de GEE que as empresas
podem emitir. Esta quantidade geral
é reduzida todos os anos, e porque
as empresas têm de apresentar
relatórios sobre as suas emissões,
podemos ter a certeza de que as
nossas indústrias estão a tornar-se
menos poluentes. Quanto mais as
empresas emitirem, mais têm de
pagar, por isso é de seu interesse
emitir o mínimo possível, por exemplo,
investindo em tecnologias mais
limpas que produzem menos CO2.
Apoiar as novas
tecnologias
O RCLE-UE foi lançado em 2005
e é uma parte crucial da política
climática da União. Engloba
atualmente mais de 11 000 centrais
elétricas e unidades industriais
em todos os países da UE e
também inclui as emissões de voos
na União Europeia.
Hoje, existem sistemas similares em
todo o mundo, por exemplo na China,
Califórnia e Coreia do Sul.
Mais países estão a seguir a União
Europeia estabelecendo um preço
para as emissões, para que, ao longo
do tempo, as empresas na maioria
dos países tenham de pagar se
quiserem poluir.
Para os setores que não estão
incluídos no RCLE-UE, como
o automóvel, construção, agricultura
e resíduos, a responsabilidade para
reduzir as emissões é partilhada
entre os países da União Europeia
os
através de objetivos
definidos a nível
nacional.
Cimentar ações sobre
as emissões de CO2
O betão é um material de construção essencial —
utilizado para construir edifícios, estradas e pontes
— mas a produção do seu ingrediente básico, o cimento,
também gera grandes quantidades de CO2. A produção
de uma tonelada de cimento liberta uma tonelada de
CO2 porque a maioria do cimento é produzida através
do aquecimento de calcário a altas temperaturas. A
indústria cimenteira está agora a começar a produzir
cimento mais sustentável investindo em tecnologias
modernas e utilizando materiais que emitem menos CO2.
A União Europeia está a ajudar
a financiar tecnologias
revolucionárias de baixo carbono em
toda a Europa através de um fundo
especial financiado pelo RCLE-UE.
Até ao momento, cerca de 2,1 mil
milhões de euros de financiamento
da UE foram utilizados para apoiar
38 projetos de energias renováveis,
como turbinas eólicas no mar, energia
geotérmica e biocombustíveis,
assim como novas tecnologias que
captam o carbono e o armazenam no
subsolo. A União Europeia continuará
no futuro a apoiar a investigação
e o desenvolvimento de soluções
amigas do clima. Os países europeus
estão também a gastar vários
mil milhões de euros angariados
através de RCLE-UE para fazer face
às alterações climáticas.
Empregos na forja
Gostavas de ter uma carreira estimulante
a trabalhar com as últimas tecnologias de
ponta? Existem atualmente muitos empregos
em áreas como as energias renováveis,
que não existiam há dez anos. Alguns países
da União Europeia implementaram centros
de formação especiais para a operação
e a manutenção de turbinas eólicas no mar.
Imagina subir a torre de uma turbina eólica
de 85 metros para reparar uma falha elétrica
ou mudar o filtro do óleo ― muito longe da
costa e a trabalhar em mares agitados e com
ventos fortes!
20
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Corpos quentes
Sabes quando ficamos quentes
ao caminhar de forma apressada?
Engenheiros criativos instalaram
sistemas de ventilação para
capturar o calor corporal de
250 000 passageiros que percorrem
a Estação Central de Estocolmo
todos os dias. O calor aquece a água
em depósitos subterrâneos, que
é depois bombeada para um edifício
de escritórios de 13 andares nas
redondezas, onde é utilizada para
manter os trabalhadores quentes.
Armazenar carbono no subsolo
O primeiro projeto a grande escala na Europa que materializa
a tecnologia de captura e armazenamento de carbono terá
#[\"$[]^@\@&
O projeto «White Rose» envolverá a extração de CO2 de uma
nova central elétrica a carvão para as rochas debaixo do mar
do Norte. O projeto, que se localizará em Yorkshire, deverá
capturar 90% das emissões da nova central, em vez de serem
w&{"#w
de estufa numa quantidade equivalente a retirar mais de um
milhão de automóveis da estrada. A captura e o armazenamento
de carbono é uma tecnologia com um potencial importante de
contribuição para a luta contra as alterações climáticas, tanto
na Europa como a nível mundial.
21
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11/06/15 17:15
A destruir muito
mais do que
apenas árvores
Sabias que...
\"*
cerca do mesmo tamanho
da Grécia
é abatida todos os anos.
As florestas mundiais estão a ser
abatidas a um ritmo alarmante: até
80% da desflorestação tropical é feita
para desbravar terrenos para quintas,
mas as árvores também são abatidas
para o fabrico de produtos como
madeira e papel, ou para a construção
de estradas e minas. A desflorestação
tem um impacto importante nos
níveis de CO2. Quando existem menos
árvores, menos CO2 é absorvido,
e quando as árvores são abatidas
ou queimadas libertam o CO2 que
têm armazenado para a atmosfera.
A desflorestação tem também
outros impactos devastadores, como
a destruição do habitat dos animais
da floresta ― uma tragédia nas
florestas tropicais, que albergam
cerca de metade de todas as espécies
conhecidas que vivem em terra ―
assim como a alteração dos padrões
de precipitação, causando secas.
Então, qual é a solução?
Os países podem proteger áreas
florestais existentes e impedir as
pessoas de venderem árvores que são
abatidas ilegalmente. O regulamento
da União Europeia sobre a madeira
monitoriza a madeira desde as florestas
até aos depósitos de madeira para
garantir que apenas madeira extraída
legalmente é importada para a UE. A lei
abrange tanto a madeira produzida a
nível interno como importada, assim
como os seus produtos derivados,
como o papel e a polpa, ou a madeira
maciça e soalhos.
22
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Proteger
as florestas
do mundo
Solo:
superarmazém
de carbono
Um projeto chamado REDD+
(Reduzir as Emissões resultantes
da Desflorestação e da Degradação
da Floresta incluindo a conservação)
ajuda os países tropicais a adotar
abordagens mais sustentáveis.
O mecanismo paga às pessoas
nos países em desenvolvimento
para preservarem as suas florestas
calculando o valor do carbono que
é impedido de entrar na atmosfera
devido ao não abate das florestas,
e convertendo isto em verbas para
uma utilização dos terrenos florestais
que pensa no clima. Os fundos
do REDD+ têm sido utilizados
em mais de 40 países, focando-se,
por exemplo, na monitorização
das florestas (medindo as árvores),
melhorando a resposta dos serviços
de combate a incêndios florestais,
e desenvolvendo a indústria
agroflorestal (uma combinação
de agricultura e silvicultura). Implica
um exercício de equilíbrio cuidado
entre a conservação e a proteção
dos interesses das pessoas que
vivem na floresta e dependem dela
para a alimentação, água e outros
recursos. A Comissão Europeia atribui
cerca de 25 milhões de euros por
ano às atividades do REDD+ na Ásia,
África e América Latina.
...
Sabias que
A maioria de nós considera o solo
abaixo dos nossos pés como
apenas sujo, mas o solo tem um
papel essencial na regulação do
clima mundial. O solo armazena
carbono, essencialmente na forma
de matéria orgânica, e é o segundo
maior reservatório de carbono
da Terra, depois dos oceanos.
A capacidade do solo para captar
as grandes quantidades de carbono
que armazena foi enfraquecida nas
últimas décadas, em grande parte
devido a práticas de gestão das
terras insustentáveis e a alterações
no uso da terra. No entanto, com
quase metade do solo da Europa
utilizado para atividades agrícolas
e cerca de 40% coberto por florestas,
a agricultura sustentável, as boas
práticas florestais e a boa gestão
das terras podem ajudar a manter,
ou mesmo a aumentar, a quantidade
de carbono captada no solo.
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s esforços globais para lutar contra as alterações climáticas
tiveram início em 1992, quando países de todo o mundo aderiram
a um tratado internacional com o objetivo de evitar alterações
climáticas perigosas. O acordo chama-se Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre as Alterações Climáticas (CQNUAC).
«
Como ator imito uma vida.
Represento personagens fictícias
que muitas vezes têm de resolver
problemas fictícios. Acredito
que a humanidade olhou para
as alterações climáticas dessa
mesma forma: como se fosse
ficção, a acontecer no planeta
de outros, como se fingir que as
alterações climáticas não eram
reais fizesse com que, de alguma
forma, desaparecessem.
Mas acho que somos capazes
de fazer melhor. Todas as
semanas assistimos a novos
e inquestionáveis fenómenos
climáticos, uma evidência de
que as alterações climáticas
são muitos reais.»
Leonardo DiCaprio, mensageiro da Paz das
Nações Unidas, 2014, a discursar para os
líderes mundiais na Cimeira das Nações
Unidas sobre Clima, em Nova Iorque
Alguns países, incluindo a União
Europeia, chegaram a acordo sobre
objetivos juridicamente vinculativos
para limitar as suas emissões até
2020 no âmbito de um acordo
chamado Protocolo de Quioto.
Juntos, mais de 90 países de todo
o mundo também se comprometeram
a tomar medidas voluntárias
até 2020. Mas estas promessas
não serão suficientes para evitar
alterações climáticas perigosas.
Rumo a um novo
acordo global
Graças à pressão da União Europeia
e de outros países, estão em
curso negociações na ONU para se
alcançar um novo acordo climático
juridicamente vinculativo que exija
a ação de todos os países para
reduzir as emissões de gases com
efeito de estufa. Os cidadãos e as
empresas têm também um papel
a desempenhar
Os líderes mundiais vão reunir-se
em Paris, em dezembro de 2015,
para finalizar o acordo, que deve ser
implementado em 2020.
Sabias que...
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dualmente,
assim como a União
Europeia
como organização.
Financiar
a mudança
As nações pobres e vulneráveis
vão precisar de ajuda para reduzir
as suas emissões e adaptaram-se aos impactos das alterações
climáticas. A UE fornece a maior
parcela de verbas públicas aos
países em desenvolvimento para
o financiamento de projetos
climáticos. Em 2013, por exemplo,
a União Europeia e os seus
Estados-Membros forneceram,
em conjunto, 9,5 mil milhões de
euros para os ajudar a lidar com as
alterações climáticas. Os EstadosMembros da UE também contribuíram
com quase metade dos 10 mil
milhões de euros prometidos para
o novo Fundo Verde para o Clima
das Nações Unidas, que também vai
apoiar os países em desenvolvimento.
24
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Marcos
1988
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de cientistas para avaliar as evidências
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e os seus impactos.
1992
Os países aderiram à Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas
(CQNUAC), o principal tratado internacional para
combater as alterações climáticas.
1997
A CQNUAC adota o Protocolo de Quioto, o primeiro
tratado mundial sobre as emissões de gases
com efeito de estufa.
2005
A UE lança o seu Regime de Comércio de Licenças
de Emissão da União Europeia (RCLE-UE)
(consulta a página 20).
2007
A UE chega a acordo sobre o pacote relativo
ao clima e à energia para 2020 com o objetivo
de reduzir as emissões de gases com efeitos
de estufa da UE em 20% em relação aos níveis
de 1990, aumentar a quota das renováveis para
20% da utilização energética da UE, e melhorar
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…&
2009
A Conferência das Nações Unidas sobre o Clima,
em Copenhaga, termina sem um acordo geral sobre
reduções vinculativas.
2014
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a Cimeira das Nações Unidas sobre o Clima; o quinto
}<Z]%"
declara que o objetivo de manter o aumento da
temperatura abaixo dos 2°C ainda pode ser alcançado;
a União Europeia chega a acordo sobre o seu pacote
relativo ao clima e à energia para 2030, incluindo um
objetivo para reduzir as emissões de gases com efeito
de estufa na União Europeia em pelo menos 40%.
2015
Paris, França: novo acordo climático global para
ser adotado.
Sabias que
...
A União Euro
peia é respo
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ões mundiais
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Unidos 11%.
A Marcha Global
pelo Clima
Em setembro de 2014, realizou-se
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sempre de líderes mundiais para
debater as alterações climáticas.
Em antecipação a esta Cimeira das
Nações Unidas sobre o Clima, cerca
de 400 000 pessoas foram para as
ruas demonstrar o seu apoio à ação
climática. Esta foi a maior marcha
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não foi o único lugar onde as pessoas
defenderam o clima — realizaram-se
mais de 2500 marchas em mais de
150 países. Na cimeira, governos,
cidades, empresas e indivíduos
comprometeram-se a reduzir a sua
utilização de combustíveis fósseis e
a utilizarem alternativas mais limpas.
Os líderes mundiais, que representaram
quase metade da população mundial,
>
as emissões de gases com efeito
de estufa.
25
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tua
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vez!
E
tu? Estás preocupado com as
ameaças das alterações climáticas?
Estás entusiasmado com
a necessidade de reduzir as emissões
de carbono? Um bom ponto de partida
é começares a fazer mudanças nas tuas
ações de todos os dias para reduzires
a tua pegada de carbono. Todas as ações
que tomares são importantes.
Faz escolhas
inteligentes
Uma forma de fazeres a diferença
é optar por escolhas inteligentes
quando vais às compras.
Compra menos: compra melhor,
gasta menos ― por exemplo, compra
um bom par de sapatos em vez de
comprares três pares baratos.
Compra localmente: optar por frutas
e vegetais locais da época em vez
daqueles que são cultivados muito
longe permite poupar a energia
utilizada para o transporte (mas,
lembra-te, local nem sempre
é sinónimo de melhor gestão do
carbono, por exemplo, quando
o cultivo é feito em estufas aquecidas
ou com fertilizantes fabricados com
combustíveis fósseis).
Sê exigente com a embalagem:
as embalagens de plástico
aumentam a quantidade de resíduos
e não são facilmente recicláveis.
Sabias que...
A pegada de carbono média
de um europeu é de 7 tone
ladas
de CO2 por ano.
Compra produtos em embalagens
recicladas ou compostáveis e utiliza
uma saca reutilizável para levares
as compras para casa.
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Compensação
para o carbono
Faz ouvir
a tua voz!
A compensação para o carbono
é quando calculas a quantidade de
carbono que uma atividade liberta,
por exemplo, uma viagem de avião,
e depois pagas a uma organização
para reduzir as emissões noutro
lugar ou, em alguns casos, para
plantar árvores. Parece perfeito,
mas algumas pessoas afirmam que
é melhor tentar criar primeiro menos
carbono. Qual é a tua opinião?
Por que não participas?
Podes ter uma ideia que pode
mudar o futuro!
Reutilizar,
reparar
e reciclar
resíduos
permite poupar
os escassos
recursos
naturais, energia
e emissões
de CO2.
Jovens
europeus
assumem
a liderança
Quando Felix Finkbeiner,
de Munique, Alemanha,
tinha nove anos fez uma
apresentação na escola sobre
a crise climática. Inspirado
na história de uma mulher
queniana, Wangari Maathai,
que iniciou uma campanha em
prol da plantação de árvores,
Felix definiu para si, e para
os jovens estudantes de todo
o mundo, um desafio ―
plantar um milhão de árvores
em cada país do mundo.
k Fala sobre os problemas com os teus
amigos e família e envolve-os. Serás
capaz de lhes explicar os assuntos
de uma forma que realmente tem
impacto ― e ao mostrar-lhes como
te preocupas poderás fazer com que
também se preocupem mais.
k Encoraja a tua família a fazer
mudanças em casa e nas suas
vidas diárias.
k Obtém informações sobre as ações
climáticas realizadas pela tua escola.
k Escreve aos autarcas, políticos
e líderes empresariais para os
encorajares a tomar medidas.
A primeira árvore foi plantada
na sua escola. Felix tem
agora 17 anos, e hoje o seu
movimento Plant-for-thePlanet envolve cerca de
100 000 de crianças que
plantaram vários mil milhões
de árvores em todo o planeta.
O plano é plantar um bilião
de árvores até 2020.
Diz-nos o que pensas sobre as
alterações climáticas e o que estás
a fazer para as combater em:
ec.europa.eu/clima/citizens/youth/
Para mais dicas amigas do clima visita:
ec.europa.eu/clima/citizens/tips/
Vê os nossos filmes mais recentes em:
youtube.com/EUClimateAction
E lembra-se de
três coisas:
1.
Prepara os teus argumentos
e junta-te ao debate sobre as
alterações climáticas na tua escola
e em casa. E se estás realmente
entusiasmado, por que não começar
a defender a ação climática:
Não é demasiado tarde
para estabilizar
o clima
2.
Podes fazer
a diferença
3.
Todas as ações
que tomares são
importantes
27
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És um especialista em alterações climáticas?
1 Com que percentagem a União Europeia se comprometeu a reduzir as emissões de gases com efeito
de estufa até 2020?
A 20% abaixo do nível
de 1990
B 12% abaixo do nível
de 1990
C 17% abaixo do nível
de 2005
2 Qual destes gases contribui para o aquecimento global?
A Oxigénio
B Metano
C Árgon
3 Qual dos seguintes aspetos está a causar a elevação dos níveis do mar?
A Oceanos quentes
B Navios pesados
C Erosão das praias
4 Se fosses visitar a tua família na outra ponta do país, qual é a forma «mais verde» de viajares até lá?
A De automóvel
B De comboio
C De avião
5 Qual das seguintes não é uma energia renovável?
A Energia geotérmica
B Energia solar
C Energia a carvão
6 Através de que instrumentos a União Europeia limita as emissões de gases com efeito
de estufa com origem nas centrais elétricas e unidades industriais de grande dimensão?
A O Protocolo
de Montreal
B O Regulamento da União
Europeia sobre a madeira
C O Regime de Comércio
de Licenças de Emissão
da União Europeia
7 Para evitar alterações climáticas perigosas, a comunidade internacional chegou a acordo
para manter o aumento da temperatura global abaixo de um determinado nível. Qual é esse nível?
A 4°C acima da
temperatura antes da
[$>
B 2°C acima da temperatura
antes da Revolução
C 2°C abaixo da
temperatura quando
Leonardo da Vinci nasceu
8 Qual das seguintes situações não liberta dióxido de carbono para a atmosfera?
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B†*>
C Captura e armazenamento
de carbono
9 Que proporção de alimentos produzidos mundialmente é desperdiçada todos os anos?
A 1/4
B 1/3
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A É demasiado tarde
para estabilizar
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B Todos podem fazer a sua
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(Respostas na página 29)
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O nosso Planeta, o nosso Futuro: Juntos na luta contra as