Jornal Brasileiro no Canadá - Brasil News - Brazilian Newspaper from Canada Home | Editorial | Columnists | Events | Classifieds | About Us | Advertisements | Contact us Brazil Behaviour Business Caderno 2 Canada Chronicles Community Connection City Culture Day-By-Day Economy English Headlines ! Health Highlights Home and Decoration Immigration It s my line Law Market Miscellaneous Ontario Opinion Opportunities/ Workplace Politics Psychology Miscellaneous A Visita dos índios brasileiros a Toronto – Parte II Por: Rita Simone “Esse curso (um programa na universidade Federal de Minas Gerais – UFMG) foi conseguido com muita luta pelos mais velhos e hoje estamos entusiasmados com o que estamos tendo a oportunidade de aprender”, disse Itxai Pataxó, que é técnico agrícola e também está estudando na UFMG. Por certo, Itxai despertou a atenção do grupo canadense - professores e indígenas, quando apresentou seu Projeto de Permacultura no seminário da Ryerson. Segundo o Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (www.cca.ufsc.br/permacultura/) a idéia da permacultura nasceu para criar sistemas de florestas produtivas para substituir as monoculturas de trigo e soja, responsáveis pelo desmatamento mundial. Observando e imitando as formas de florestas naturais do lugar, revelou-se possível a criação de sistemas altamente produtivos, estáveis e recuperadores dos ecossistemas locais. Itxai acredita que esse sistema já era usado por seus antepassados, “não com essa nomenclatura, mas com o mesmo princípio”. Passo a passo, este Pataxó desenhou com detalhes no quadro branco da sala de conferência do Graduate Studies da Ryerson University, todo seu projeto. “A gente está preocupado com a alimentação do nosso povo, pois a alimentação saudável sem os agrotóxicos é muito importante, já que a química utilizada em alguns processos prejudica a saúde. Queremos trabalhar pela natureza não contra ela. Nossa preocupação é o cuidado com as pessoas, com o planeta”. A nossa vida está dentro desse projeto, disse o Cacique Toê. “Nós somos dois grupos, Pataxó e Pankaruru cada qual tem os costumes diferentes, mas hoje nós temos um sonho só que é a Permacultura, a construção de nossa aldeia e a preservação de nossa identidade”. O tempo parece estar favorável para Toê e sua gente, diante dos resultados já alcançados. Real Estate Sports Teleguide Toronto Tourism Vancouver Apesar de estarem somente há dois anos no Vale do Jequitinhona, uma das regiões mais pobres e secas do país, eles já começaram a transformar a terra. “No começo, quando nos mudamos para lá fomos muito criticados, porque as pessoas não acreditavam que poderíamos sobreviver com nossa própria agricultura. As pessoas diziam esses índios são loucos de irem morar em um lugar que só tem pedras, não tem mata, não tem caça, não tem água. E ainda tem os que chamam a gente de preguiçosos. Esses nos criticam por não criarmos gado, só plantarmos mato". http://www.brasilnews.ca/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=418&sid=55 (1 of 2) [11/26/2008 1:25:04 PM] Jornal Brasileiro no Canadá - Brasil News - Brazilian Newspaper from Canada World SEARCH No entanto, comenta Toê, nosso projeto de vida é cuidar do meio-ambiente. “Agora a terra está reagindo e está muito diferente de quando chegamos. Onde se costumava plantar somente pasto para gado, já temos árvores grandes. Hoje, já contamos até com árvores frutíferas e nossa pequena plantação de legumes. Moramos à beira de um rio que está poluído, mas estamos buscando alternativas para fazermos a terra que foi destruída renascer”. Sobre o período que ficou no Canadá, o Cacique disse que parecia um sonho. “Foi muito bom mesmo”. Por certo, tanto Toê Pankararu(Fogo), quanto Itxai Pataxó (Grande Estrela) e Yamany Pataxó (Rainha das Águas) reuniram os elementos necessários para encher a todos que tiveram contato com eles de profundo entusiasmo. A assistente de pesquisa da Ryerson, Bernadete Nóbrega, que trabalhou como tradutora do grupo disse que para ela um dos momentos mais marcantes desse projeto foi quando eles participaram da caminhada Buffalo Jump. “Meu coração batia forte, ritmado pelos tambores e pelo canto deles. Especialmente, quando houve o encontro com as outras comunidades Indígenas do Canadá e do mundo, foi muito bonito. Eles se identificaram com as lutas, ou melhor, com o desafio pacífico em busca dos sonhos comuns, como a valorização da Terra e do alimento”. Enquanto eu traduzia, eles iam se identificando mais e mais, como se fossem uma grande família, com parentesco e afinidades, disse Bernadete. “As pessoas se aproximavam dos povos Pataxó e Pankaruru saudando e exaltando o parentesco que os ligavam, apesar da distância geográfica. No momento em que compartilhou o alimento, fechou-se o ciclo de parentesco, numa atitude totalmente altruísta e incondicional”, comentou a tradutora. Toê, Itxai e Yamani retornaram ao Brasil. Por certo, ainda vão ficar por muito tempo na memória de todos que aqui tiveram contato com tamanho carisma, conhecimento e atitudes positivas diante da vida. Back to Miscellaneous | Print | Tell a friend Mais notícias anterior < Comunidade brasileira recebe seu award A comunidade brasileira finalm... próxima > Vice-governador de MG visita Toronto procurando projetos canadenses para o desperdício de água O vice-governador de Minas Ger ... 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