Efeito do ácido alfa lipóico (ALA) na glomeruloesclerose e na
ativação de Nrf2 no tecido renal de ratos nefrectomizados
Susan Amaral Jaigobind
Iniciação Científica vinculada ao CNPq
Lia Sumie Nakao
Introdução: A doença renal crônica (DRC)
compromete
a organização
homeostática
do
organismo e está associado a estresse oxidativo.
Portanto, este trabalho propôs-se a investigar o
tratamento antioxidante com ácido alfa lipóico (ALA)
na DRC. Objetivos: Avaliar se o ácido alfa lipóico inibe
o grau de glomeruloesclerose no tecido renal no
modelo experimental da doença renal crônica; Avaliar
se o ácido alfa-lipóico induz ativação da via Nrf2 em
células endoteliais de aorta de coelho (RAEC).
Método: A glomeruloesclerose do tecido renal de ratos
submetidos a cirurgia de laparotomia e nefrectomia de
5/6 e tratados com ALA (250 mg/L, administrado na
agua de beber) do 7º ao 60º dia, foi analisada
histologicamente após coloração por PAS; A avaliação
da translocação de Nrf2 nos extratos nuclear e
citossólico de células RAEC tratadas (durante 8 horas)
com ALA (1mM), tBHQ (0,3mM), soro urêmico (10%) e
não urêmico (10%) foi feita através de imunoblotting
utilizando anticorpo primário anti-Nrf2 (Santa Cruz).
Referências: VAZIRI, N. D. Roles of oxidative stress and
antioxidant therapy in chronic kidney disease and hypertension.
Current Opinion in Nephrology and Hypertension, v.13, n.1,
Jan, p.93-9. 2004. XIAOFANG, Y. et al.Oxidative Stress in 5/6
Nephrectomized Rat Model: Effect of Alpha-Lipoic Acid. Renal
Failure, Volume 34, Number 7, August 2012 , pp. 907-914(8)
Resultados/Discussão: Os resultados obtidos da análise
histológica mostram que nestas condições experimentais, o ALA
não protegeu o rim de glomeruloesclerose e danos tubulares
(Figura 1). Através do imunoblotting (Figura 2), quando as células
RAEC são submetidas ao tratamento hiperglicêmico, ocorre
ativação da via Nrf2 demonstrada por uma concentração de Nrf2
maior no núcleo do que no citossol numa altura de
aproximadamente 70 kDa, o que difere de todos os outros
tratamentos, incluindo o ALA, que não ativou a via Nrf2 neste
experimento.
Figura 1. Efeito do ALA analisando
glomérulos totais, esclerosados,
clindros com proteína hialina, infiltrado
glomerular e fibrose e atrofia.
Figura 2. Resultados de Imunoblotting.
Coloração com Ponceau e revelações com
anticorpos anti Nrf2 e anti Lamin A (Santa
Cruz).
Conclusões: O período de tratamento de 60 dias para ratos DRC
com ALA não mostra resultados positivos em termos histológicos
em comparação com o grupo não tratado. No que tange à análise
visual de imunoblotting, o ALA não ativa a via Nrf2 durante um
tratamento de 8 horas em células RAEC. Porém o presente estudo
é preliminar, e precisa ser repetido para comprovar a
reprodutibilidade ou não dos resultados obtidos.
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